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Determinantes sociais; equidade; políticas públicas; Comissão nacional DSS Professores Rosana e Péricles CONTEÚDOS A medicina e o processo saúde doença Fatores determinantes do processo saúde doença Determinantes sociais; equidade; políticas públicas; comissão nacional DSS OBJETIVOS DA AULA: Compreender a gama de aspectos determinantes no processo de saúde doença e o inegável impacto dos determinantes sociais na carga de adoecimento da população em geral e de grupos mais vulneráveis. Refletir sobre estilo de vida e condições de vida na realidade nacional, nas diferentes regiões e estratos sociais. Compreender a estreita relação de saúde e qualidade de vida. A medicina e o processo saúde doença Fatores determinantes do processo saúde doença Determinantes sociais; equidade; políticas públicas; comissão nacional DSS Determinantes Sociais de Saúde: processo saúde doença O trabalho na Estratégia da Saúde da Família (ESF) requer uma base epidemiológica, em que o fenômeno saúde doença deve ser compreendido e revisitado muitas vezes no decorrer de nossa prática. Os paradigmas sobre o fenômeno saúde doença modificou-se através dos tempos, evidentemente a partir da evolução da tecnologia e dos avanços sócio-econômicos que envolveram as civilizações. Historicidade e olhares sobre o processo saúde-doença: uma nova percepção No evoluir da história das sociedades, os maiores flagelos associados à vigilância em saúde decorreram de fatores intrínsecos à construção das comunidades, o que evidencia a íntima relação da saúde com as condições ambientais. O olhar da medicina sobre a saúde humana prioriza soluções corretivas em detrimento das preventivas, pois privilegia o pensamento cartesiano, com a tradicional diagnose e profilaxia, condicionado pela mercantilização do conhecimento científico. Essa visão relacional entre saúde e ambiente originou-se na Grécia com Hipócrates, cujas ideias contribuíram para a formulação de conceitos como endemia e epidemia, ainda que de forma rudimentar, a partir do entendimento que a enfermidade era produto da interferência do meio ambiente e, em especial, das mudanças atmosféricas na saúde dos seres humanos. No início do século XX, o médico norte americano Abraham Flexner elaborou um estudo que lançou as bases para a consolidação da medicina cientificista, cujo desenvolvimento tecnológico baseava-se em terapêuticas assistenciais e em possibilidades hospitalocêntricas, inclusive com valorização da aprendizagem e com prevalência da formação especialista disciplinar sobre a formação generalista interdisciplinar, da ótica individual sobre o ser integral e coletivo e das práticas curativas sobre as preventivas. Em 1910, Abraham Flexner, realizou um estudo, no período de seis meses, após visita em 155 escolas de medicina dos EUA e do Canadá. A partir das avaliações que realizou, naquele mesmo ano, publicou o famoso relatório – denominado Relatório Flexner. Na ocasião em que ele iniciou suas avaliações nas escolas médicas nos EUA, evidenciou um ensino caótico, por isso a importância de entender o contexto da época. Não havia a exigência de concessão e controle estatal para o exercício da medicina, bem como ocorreu uma grande proliferação de escolas de medicina. Pasmem, as escolas médicas habilitavam, exclusivamente, seus currículos, independente de fundamentação teórico-científica. Assim, haviam uma pluralidade de abordagens terapêuticas, sem padronização, vinculadas ou não a núcleos universitários, com ou sem equipamentos producentes, com critérios de admissão e tempo de duração dos cursos diferenciados. A medicina moderna tem como primazia o caráter corretivo dos flagelos, o que distanciou, por muito tempo, o diálogo entre setores de saúde e setores ambientais, ocasionando ações pontuais, fragmentadas, que estimulam esse olhar distanciado do objeto. Exemplo disso são as doenças ditas negligenciadas que não só prevalecem nas condições de pobreza mas, também, contribuem para a manutenção da desigualdade socioambiental, tendo em vista que são consideradas indicadoras dessas condições e promotoras de entraves para o desenvolvimento dos países. O processo saúde/doença é um fenômeno eminentemente social e mutável, cujas manifestações dependem direta ou indiretamente da estrutura social de reprodução das condições materiais que se efetiva por meio do trabalho transformador da natureza. Pensar a saúde ou a doença como um fenômeno que se revela na sociedade, como um processo social, demanda compreender o contexto social em que as doenças ocorrem, pensá-las para além de suas causas biológicas, entendê-las na perspectiva de que as pessoas ou os corpos estão interligados com as outras pessoas de seu grupo de trabalho, de sua família, de sua comunidade, de sua classe social. Assim, da oposição ser humano/natureza surge e se organiza uma série de relações mediadoras - sociais e biológicas - capazes de problematizar a concretude dos processos de saúde/doença dos seres humanos. Processo saúde/doença como fenômeno Bio Social e mutável Em uma análise histórica da evolução das doenças, observa-se o papel do meio ambiente nas proposições médico-científicas como agente determinante de inúmeras causas de doenças existentes no Brasil e na América Latina. No contexto atual, posta a complexidade das interações que o ser humano realiza com si mesmo e com o meio ambiente, em um mundo cada vez mais dinâmico e degradado, percebe-se a necessidade de a medicina avançar na superação da lógica racionalista cartesiana e no modelo flexneriano, dado que seus fundamentos não respondem mais às demandas do processo saúde- doença, instaurado para as populações que vivem situações de vulnerabilidade e de riscos. O desafio de tratar a saúde do indivíduo e não a doença, decorrente de uma nova forma de interpretar a realidade, deve ser respondido trocando-se o paradigma determinista por outro reversível e desordenado, no qual processos e atores evoluam e se auto definem mutuamente em um movimento cíclico auto regulador Nesta ótica, busca-se instaurar uma nova ciência que não aceite o reducionismo imposto pelo modelo capitalista ou que supere a visão hospitalocêntrica com prescrição de medicamentos que desconsidera o viés de prevenção pautado em uma investigação integral do sujeito e de possibilidades de tratamentos preventivos e alternativos, com a criação de vínculos mais afetivos do médico com o paciente, que passa a ser ativo em seu processo de equilíbrio e cura. O problema ou o desafio Determinantes da saúde A complexidade da saúde é inegável, independentemente da perspectiva pela qual é abordada. As agendas internacionais têm, ao longo das últimas décadas, vindo a posicionar-se entre uma perspetiva baseada maioritariamente na tecnologia médica e uma posição que tenta compreender a saúde como fenômeno social, o que implica formas mais complexas de ação (WHO, 2010). O problema ou o desafio Os determinantes da saúde podem ser definidos como os fatores que influenciam, afetam e/ou determinam a saúde dos povos e cidadãos). O equilíbrio saúde-doença é determinado por uma multiplicidade de fatores de origem social, económica, cultural, ambiental e biológica/genética conhecida internacionalmente. Apesar da inquestionável influência de fatores externos ao indivíduo, nem sempre foram incluídos na formulação de políticas relacionadas com a saúde. Aspectos sociocultura is da saúde e da doença e suas repercussões pragmáticas Fatores sociais e culturais são grandemente associados com vários processos de vida do ser humano. Estão presentes em contextos políticos, gestores e inclusive na perspectiva de saúde e doença. A disparidade de fatores levou ao desenvolvimento de diferentes estratégias para permitir uma maior equidade na assistência à saúde.. As características socioculturais encontraram um campo fértil no que tange a aplicações e adequações necessárias para o campo da saúde coletiva. São formas de conhecimento que auxiliam na interpretação e questionamentosinseridos na antropologia política e voltada a área da saúde Esses aspectos socioculturais estão inseridos em diversas áreas da saúde principalmente naquelas mais estigmatizadas pela sociedade tais como infecção pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) e doenças mentais. A compreensão desses fatores envolvidos pode levar a melhores desfechos em relação à direcionamento em saúde e inclusive no próprio tratamento. Nesse contexto, também estão inseridos alguns Determinantes Sociais de Saúde (DSS), que se relacionam entre si de maneira bastante importante na saúde pública e os quais populações vulneráveis socialmente os possuem de maneira deficitária. Alguns desses fatores como condições de vida, ambiente de trabalho, condições de habitação e higiene podem ser considerados. São necessárias políticas de abrangência populacional que promovam mudanças de comportamento com programas educativos, comunicação social, acesso a alimentos saudáveis assim como o estabelecimento de laços de coesão social. Aqui se incluem políticas que busquem estabelecer redes de apoio e fortalecer a organização e participação das pessoas e das comunidades Desse modo, sinaliza-se a necessidade de reflexão de fatores que estão inseridos no campo social e que influenciam de maneira significativa como acontece o processo de saúde e doença na sociedade. O objetivo foi analisar os aspectos relacionados ao processo de saúde e doença A influência dos aspectos socioculturais na construção da saúde pública A chamada integração cultural que norteia as populações pode ser a origem prática de diversos problemas presentes no campo da saúde. Deficiências de comunicação e cumprimento de tratamento são alguns dos fatores mais comuns de serem encontrados quando se trata de concepções principalmente culturais não trabalhados por estratégias como a educação em saúde. Os problemas de origem cultural estão mais prevalentes na população feminina. É um fato verificado principalmente quando se trata de sexualidade e outros aspectos íntimos em que o desconforto para abordar tais assuntos, fazendo com que a expressão de sentimentos se torne limitada, o que acaba prejudicando a abordagem integral da pessoa. A religião é um outro fator de bastante relevância nesse contexto. A religião e vínculos familiares em que prevalecem aspectos sociais e culturais característicos, auxiliam no processo de enfrentamento de determinadas doenças e situações mais críticas. Diante de culturas e religiões mais restritas a aceitação de mudanças, essa adaptação não ocorre de uma maneira linear, prejudicando o modo como o indivíduo se insere no campo de enfrentamento. São influências que também repercutem em doenças crônicas, como o diabetes mellitus. Nesse aspecto, o subjugamento de diretrizes preventivas para as doenças impacta negativamente na saúde dos sujeitos pelo fato de não reconhecerem alguns fatores determinantes como influentes na sua saúde Aspectos preventivos que se tornam prejudicados também ocorre em doenças sexualmente transmissíveis como pelo HIV. Não somente a esse aspecto fica restrito, a procura pelo diagnóstico e tratamento se tornam prejudicados pelas mesmas concepções culturais e de julgamento prévio que envolve boa parte da sexualidade humana A estigmatização na saúde mental também ocorre de maneira significante. Um comportamento não rotineiro na sociedade leva a um processo de exclusão social que agrava o modo que o indivíduo se insere no meio social. É um fato que dificulta o processo de recuperação e tratamento de um modo de difícil combate. Algumas disparidades raciais e étnicas, assim como fatores socioeconômicas influenciam no equilíbrio contextual de variáveis que se relacionam com o processo de saúde e doença também em crianças e adolescentes. Diferenças, por exemplo, de estados nutricionais podem variar de acordo com variáveis econômicas sendo considerado um fator primordial na saúde. Determinantes econômicos São inúmeros os fatores que contribuem para desigualdades socioeconômicas no setor da saúde. Como exemplo, a privação material, os comportamentos relacionados com a saúde que dependem diretamente do rendimento e o des/emprego. O fenômeno da globalização, com as consequentes eliminação de fronteiras e facilidade de circulação de pessoas e mercadorias, tem sido criticado por aproximar economias e culturas desiguais. Esta aproximação tende a produzir resultados desiguais não só entre diferentes países, mas também dentro destes. Países que apresentam bons resultados econômicos podem ter sido prejudicados pelo processo de globalização . A preocupação com a desigualdade tem sido global. Não obstante o acelerado crescimento econômico das últimas décadas, o bom desempenho de determinados países, apesar de necessário, tem-se mostrado insuficiente na redução das desigualdades. Os comportamentos relacionados com a saúde encontram-se entre os fatores muitas vezes associados aos determinantes econômicos. O rendimento pode (ou não) permitir o acesso a determinados comportamentos com impacto da saúde dos indivíduos (participar em atividade física, escolhas alimentares). Os indicadores de saúde podem ser reflexo das diferenças de riqueza material. Segundo a perspetiva da saúde, nos determinantes ambientais podem ser incluídos o impacto que determinados agentes químicos, físicos e biológicos têm sobre a saúde. Existe uma preocupação com a poluição do ar, água, terra, alimentos e, mais recentemente, com alguns riscos globais, dos quais a destruição da camada de ozono e as alterações climatéricas são exemplo. É conhecida a relação entre a capacidade dos determinantes ambientais influenciarem as populações e seu desenvolvimento socioeconômico Determinantes ambientais Determinantes sociais Historicamente, ao longo do tempo foram surgindo diversas teorias explicativas para os problemas de saúde. A teoria miasmática, predominante no século XIX, defendia que as doenças tinham origem nos miasmas (o conjunto de odores fétidos resultantes da matéria orgânica em putrefação nos solos e lençóis de água contaminados). Tal explicava as mudanças sociais e práticas de saúde que ocorreram na época, fruto dos processos de urbanização e industrialização. É referido que Virchow (Médico, investigador reconhecido e defensor desta teoria; entendia que a medicina era uma ciência social, afirmava que as condições econômicas e sociais que determinam a condição de saúde da população deveriam ser alvo de investigação Os determinantes da saúde estão dispostos em diferentes níveis, sendo o centro do modelo os indivíduos (com as características individuais de idade, gênero e fatores genéticos). No primeiro nível encontram-se os fatores relacionados com os estilos de vida (com potencial para serem alterados por ações baseadas em informação). No seguinte estão as redes de apoio sociais e comunitárias, indispensáveis para a saúde da sociedade. No nível mais distal estão representados os determinantes em nível macro (macro determinantes), relacionados com aspetos económicos, ambientais, culturais da sociedade em geral. Estes possuem grande capacidade de influenciar os fatores dos níveis subjacentes. De forma geral, a lógica dos determinantes sociais da saúde pretende reduzir as iniquidades em saúde, melhorar a saúde e melhorar o bem-estar, promover o desenvolvimento e alcançar as metas de saúde Equidade Equidade e saúde, parte de dois pressupostos: grupos de pessoas menos favorecidas têm menores chances de sobrevida e existem grandes diferenças nas experiências de adoecimento entre as pessoas. Considerando que existem diferenças no perfil de saúde entre nações e entre grupos de uma mesma nação, a Inequidade se refere a uma diferença específica: a desnecessária, evitável e injusta. Tal termo ganha uma perspectiva moral e ética, à medida que, embora os fatores biológicos e os efeitos de pessoas doentes se deslocando para classes sociais mais baixas sejam em parte responsáveis pelas diferenças em saúde, os fatoressocioeconômicos e ambientais são os protagonistas nesse cenário. No Brasil, a equidade constitui um dos princípios doutrinários do Sistema Único de Saúde (SUS), embora o termo não conste nos principais dispositivos legais que o regulamentam: a Constituição Federal de 1988 (Brasil, 1988) e a Lei nº 8.080 de 1990. Quando a equidade é apresentada pela primeira vez após a criação do SUS no texto de uma cartilha do Ministério da Saúde (Brasil, 1990), seu conceito estava relacionado à igualdade dos cidadãos perante as ações e serviços do SUS. Na década seguinte, observa-se o enfoque na igualdade dos cidadãos é substituído pela ênfase na redução das disparidades sociais e regionais existentes do país (Brasil, 2000). Comissão Nacional sobre Determinantes Sociais da Saúde Iniciativa de grande importância ética e humanitária, que visa: Identificar com maior precisão as causas de natureza social, econômica e cultural da situação de saúde da nossa população; Identificar políticas públicas de saúde e extra-setoriais, assim como iniciativas da sociedade, que ajudem a enfrentá-las, buscando garantir maior eqüidade e melhores condições de saúde e qualidade de vida para os brasileiros A CNDSS e a Constituição Federal (1988) “A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação” Constituição Federal, art.196 Como é formada a CNDSS •Decreto presidencial cria a CNDSS •Grupo de dezessete especialistas e personalidades da vida social, econômica, cultural e científica do país, nomeado pelo Ministro da Saúde •Sua constituição expressa o reconhecimento que a saúde é um bem público a ser construído com a participação solidária de todos os setores da sociedade brasileira Para pensar??? www.menti.com code XX XX XX X Quais são os determinantes sociais da saúde? Qual a importância dos determinantes sociais da saúde? Referências The Flexner report: for good and for bad 05 |Determinantes Sociais de Saúde: processo saúde doença Sumário Determinante da saúde no Brasil: a procura da equidade na saúde Determinante da saúde no Brasil: a procura da equidade na saúde A saúde e seus determinantes sociais Da noção de determinação social à de determinantes sociais da saúde Determinantes ambientais da saúde | Produção cientifica Determinantes Ambientais e Sociais da Saúde - Fundação Oswaldo Cruz CONSTITUIÇÃO Lei nº 8.080 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-55022008000400012 https://www.unasus.unifesp.br/biblioteca_virtual/pab/7/unidades_conteudos/unidade05/unidade05.pdf https://www.scielosp.org/article/sausoc/2017.v26n3/676-689/ http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-73312007000100006&lng=en&nrm=iso http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-11042017000100063&lng=pt&tlng=pt http://www6.ensp.fiocruz.br/repositorio/taxonomy/term/15222 https://portal.fiocruz.br/livro/determinantes-ambientais-e-sociais-da-saude https://www.stf.jus.br/arquivo/cms/legislacaoConstituicao/anexo/CF.pdf https://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2015/setembro/30/Lei-8080.pdf Slide Number 1 Slide Number 2 Slide Number 3 Slide Number 4 Slide Number 5 Slide Number 6 Slide Number 7 Slide Number 8 Slide Number 9 Slide Number 10 Slide Number 11 Slide Number 12 Slide Number 13 Slide Number 14 Slide Number 15 Slide Number 16 Slide Number 17 Slide Number 18 Slide Number 19 Slide Number 20 Slide Number 21 Slide Number 22 Slide Number 23 Slide Number 24 Slide Number 25 Slide Number 26 Slide Number 27 Slide Number 28 Slide Number 29 Slide Number 30 Slide Number 31 Slide Number 32 Slide Number 33 Slide Number 34 Slide Number 35 Slide Number 36 Slide Number 37 Slide Number 38 Slide Number 39 Slide Number 40 Slide Number 41 Slide Number 42 Slide Number 43 Slide Number 44 Slide Number 45 Slide Number 46 Slide Number 47 Slide Number 48
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