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GEO 9 - CAP 13 JAPÃO e TIGRES ASIÁTICOS ARARIBÁ MAIS 17 09 22

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192 – 3o BIMESTRE
OCEANO
PACÍFICO
TRÓPICO DE CÂNCER
EQUADOR
110º L 140º L
0º
M A L Á S I A
I N D O N É S I A
TAIWAN
VIETNÃ
CAMBOJA
FILIPINAS
CHINA
TAILÂNDIA
LAOS
Manila
CINGAPURA
Kuala Lumpur
Bangcoc
Hanói
Jacarta
Tigres 
Asiáticos
Japão
Tigres 
Asiáticos de
Segunda
Geração
$
Área: 378 000 km² 
JAPÃO
126,4 41 200
$
Área: 99 260 km² 
51,1 37 700
COREIA DO SUL
Seul
Tóquio
$
$
Área: 36 184 km² 
23,5 48 100
$
Área: 300 076 km² 
104,2 7 700
$
Área: 331 210km² 
96,1 6 400
$
Área: 300 076 km² 
31,3 27 300
$
Área: 1 904 570 km² 
260,5 11 700
$
Área: 697 km² 
5,8 87 800
$
Área: 1 103 km² 
7,1 58 400
HONG KONG
Taipé$
Área: 300 076 km² 
68,4 16 900
População
(milhões)
PIB per capita
(US$)
O Japão é uma das maiores economias do mundo. O país apresentou notável desenvolvi-
mento tecnológico e industrial na segunda metade do século XX e foi um dos responsáveis 
pelo grande crescimento econômico dos chamados Tigres Asiáticos — grupo formado inicial-
mente por Cingapura, Taiwan, Hong Kong e Coreia do Sul. Essa denominação provém do fato 
de esses países terem apresentado rápido crescimento industrial e desenvolvimento social, 
além de terem alcançado influência no mercado mundial, especialmente após a década de 
1980, em decorrência de seu alinhamento com a economia do Japão e do Ocidente.
A partir da década de 1990, outros países se juntaram ao grupo e foram chamados de 
Tigres Asiáticos de Segunda Geração: Indonésia, Malásia, Filipinas, Tailândia e Vietnã.
JAPÃO E TIGRES ASIÁTICOS (2017)
Elaborado 
com base em 
dados obtidos 
em: CIA. The 
World Factbook. 
Disponível em: 
<https://www.
cia.gov/library/
publications/the-
world-factbook/
graphics/ref_
maps/political/
pdf/asia.pdf>.
Acesso em: 20 
nov. 2017.
NE
LO
SE
S
N
NO
SO
460 km
C A P Í T U L O
192 Unidade VI – Ásia: China, Japão e Tigres Asiáticos
Japão e Tigres Asiáticos13
https://www.cia.gov/library/publications/the-world-factbook/graphics/ref_maps/political/pdf/asia.pdf
https://www.cia.gov/library/publications/the-world-factbook/graphics/ref_maps/political/pdf/asia.pdf
https://www.cia.gov/library/publications/the-world-factbook/graphics/ref_maps/political/pdf/asia.pdf
https://www.cia.gov/library/publications/the-world-factbook/graphics/ref_maps/political/pdf/asia.pdf
https://www.cia.gov/library/publications/the-world-factbook/graphics/ref_maps/political/pdf/asia.pdf
https://www.cia.gov/library/publications/the-world-factbook/graphics/ref_maps/political/pdf/asia.pdf
https://www.cia.gov/library/publications/the-world-factbook/graphics/ref_maps/political/pdf/asia.pdf
https://www.cia.gov/library/publications/the-world-factbook/graphics/ref_maps/political/pdf/asia.pdf
https://drive.google.com/file/d/1Owavm_0GoGfPkzvCPfJKimNWwu2-tH71/view?usp=sharing
https://drive.google.com/file/d/1g9uuHBBqTDecUK9BmWAL7Ga69eNfqaOj/view?usp=sharing
https://mega.nz/file/7IpSDAxS#bK54R_Q1L6Q3CAnFkQpPKrQiCIuyZAVSockTj9YdYWU
https://www.youtube.com/watch?v=QHjbpzZ6YJY
https://mega.nz/file/ydpGgAyZ#IorL8zmAdjeh4xOzbSnIkwm5OrsT08TKbmPF81PLRbM
https://mega.nz/file/PBp2GYgA#KKxUOJT2aWV5A4oZgCZvhiKLY1snjXy3hLdLARqi1ZI
https://mega.nz/file/aVh0HKDQ#5w_sJl6z79AAyZ_4B1FcheoGAzqNviakgX33eHQk3sA
https://mega.nz/file/7FxWQKoY#F-Xdm7lA_nRSI64GrxIvRvQW0fG3d0KPahZh3iQLOeY
Professor Capri
Realce
Professor Capri
Realce
https://youtu.be/gJzyxMjA3qw
3o BIMESTRE – 193
JAPÃO: POPULAÇÃO E ECONOMIA
País-arquipélago de tradições milenares, o Japão tem apenas 378 000 km2 de exten-
são. É constituído por milhares de ilhas, entre as quais se destacam quatro: Honshu, 
Hokkaido, Kyushu e Shikoku. O país sobressai pela longevidade de sua população, 
pelos altos índices socioeconômicos e pelo desenvolvimento de tecnologia de ponta.
O Japão é um dos países mais populosos do mundo (com aproximadamente 
126 milhões de habitantes, em 2017) e apresenta alta densidade demográfica (cerca de 
336 habitantes/km2). A população japonesa é predominantemente urbana (94%), con-
centrando-se em cidades como Tóquio (capital do país), Yokohama, Osaka, Nagoya, 
Sapporo, Kobe, Kyoto e Fukuoka. Na faixa que se estende de Tóquio a Kyoto, encon-
tra-se uma das maiores aglomerações urbanas do mundo, com mais de 70 milhões de 
habitantes. A concentração populacional em grandes áreas urbanas dificulta a solução, 
por parte do governo, do problema de espaço para moradia e trabalho.
A população japonesa apresenta queda constante da taxa de natalidade, há alguns 
anos, e elevada expectativa de vida (85,3 anos em 2017). Esse quadro aponta para o 
envelhecimento da população e para a necessidade da destinação de verbas públicas 
a um número cada vez maior de aposentadorias.
O alto nível educacional da população, a maior inserção da mulher no mercado de 
trabalho e a formação de uma sociedade informatizada e altamente competitiva con-
tribuíram para a queda das taxas de natalidade.
Uma das consequências da queda do crescimento vegetativo é a carência de mão 
de obra. Com isso, muitos imigrantes foram para o Japão em busca de emprego e 
melhores salários, incluindo brasileiros descendentes de japoneses, num movimento 
que teve início na década de 1980 e persiste até os dias atuais. 
Vista da cidade de Osaka, Japão (2017), em que é possível observar a intensa aglomeração urbana. 
YU
R
I S
M
IT
YU
K
/T
A
SS
/G
ET
TY
 IM
A
G
ES
Capítulo 13 – Japão e Tigres Asiáticos 193
Sugestão para o professor:
SASAKI, Elisa. A imigração para o Japão. Estudos Avançados, São Paulo, v. 20, n. 57, maio-ago. 2006. 
Este artigo aborda a imigração japonesa para o Brasil no início do século XX, assim como o movimento de brasileiros migrando 
para o Japão a partir do final do mesmo século, os chamados dekasseguis. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.
php?pid=s0103-40142006000200009&script=sci_arttext>. Acesso em: 22 ago. 2018.
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=s0103-40142006000200009&script=sci_arttext
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=s0103-40142006000200009&script=sci_arttext
capri
Realce
https://mega.nz/file/iQwCASiK#Kl-_89oUgQ71FJMmNJTG8pINPU4OodctqmbaWKfK70E
https://mega.nz/file/OFxyRSIY#G-Ly9G-UwWuyNWQ3ib50vuf5CMXL9KiT7_crGtIUL6g
https://www.youtube.com/watch?v=crj4gC8g2JM
https://mega.nz/file/TA5QDarS#o64kfG_9bv1dUDdmRI7ukM6JfF_1805thTNFc6Om5SE
capri
Realce
capri
Realce
Professor Capri
Realce
194 – 3o BIMESTRE
A atividade agrícola
A atividade agrícola no Japão enfrenta enormes desafios, entre os quais o relevo 
montanhoso, com vários vulcões ativos, e a pequena extensão territorial, fatores que 
dificultam a produção e, consequentemente, o abastecimento alimentar da popula-
ção. Isso leva o país a recorrer à importação de alimentos.
Para superar essa limitação, os japoneses têm investido em recursos tecnológicos e 
técnicas agrícolas modernas e cada vez mais mecanizadas, obtendo alta produtividade 
com boa qualidade. Os principais produtos da agricultura japonesa são o arroz, o trigo 
e o chá-verde.
A atividade industrial
É na atividade industrial que se concentra a força econômica do Japão.
O governo busca aliar valores tradicionais aos processos industriais do Ocidente, 
formando pactos com suas antigas elites (os zaibatsus) para investir maciçamente na 
criação da infraestrutura necessária às grandes indústrias.
132º L
40º N
32º N
140º L
Nagoya
Osaka
RÚSSIA
COREIA
DO SUL
MAR DO JAPÃO
(MAR DO LESTE)
OCEANO
PACÍFICO
Sendai
Tóquio
Yokohama
Megalópole
Cidade mundial
Cidades com mais de
2 milhões de habitantes 
Trem de grande velocidade 
(Shinkansen)
Pontes e viadutos principais
Tecnopolos
JAPÃO: ATIVIDADE INDUSTRIAL (2010)
Fonte: FERREIRA, Graça M. L. Atlas geográfico: espaço 
mundial. 4. ed. São Paulo: Moderna, 2013. p. 106.
SO
N
IA
 V
A
Z
Zaibatsus
Poderosos grupos financeiros japoneses 
controlados por famílias tradicionais, 
proprietárias de grandes empresas, 
que se unem e buscam parceria com 
o Estado no desenvolvimento de suas
atividades produtivas.
Ramos industriais
O Japão está entre os mais importantesprodutores mundiais em quase todos os 
ramos industriais, como:
siderúrgico: dependente de importa-
ções de matéria-prima, principalmente da 
Ásia, da América do Sul e da Austrália;
automobilístico: com um sistema de 
produção que emprega robótica e 
oferece alta qualidade, é um dos líde-
res de venda para os Estados Unidos;
eletroeletrônico: com grande produ-
ção de equipamentos de imagem e 
som, transmissão de dados digitais e 
microcircuitos;
naval: o país é um dos maiores cons-
trutores de navios do mundo;
têxtil: desenvolvimento de novas 
fibras têxteis artificiais.
Como as áreas montanhosas impe-
dem a expansão para o interior, os 
japoneses construíram pôlderes 
(diques) e ilhas artificiais à beira-mar 
para a instalação de indústrias.
NE
LO
SE
S
N
NO
SO
205 km
Unidade VI – Ásia: China, Japão e Tigres Asiáticos194
Sugestão para o professor:
BBC BRASIL. O que podemos aprender com o inemuri, o costume japonês de dormir em qualquer lugar. Disponível em <https://www.bbc.
com/portuguese/vert-fut-36523163>. Acesso em: 23 ago. 2018.
Com este texto, é possível entender como o trabalho está enraizado na cultura japonesa e como os japoneses adaptam seu dia a dia ao 
trabalho, considerado um fator de honra. 
https://www.bbc.com/portuguese/vert-fut-36523163
https://www.bbc.com/portuguese/vert-fut-36523163
capri
Realce
capri
Realce
https://mega.nz/file/KBgwGCxS#8mn-mMrFEO5nyhCswNXzb9JZ3P6uH4LJ2SIH4EPTD6A
https://mega.nz/file/HVxGSaqa#nZOrYxK2LKuMOCfDJibpOiZ74gxJqUp26BcWmOEeuMU
capri
Realce
3o BIMESTRE – 195
O tsunami de 2011 e a questão energética
No dia 22 de março de 2011, um tremor de 8,9 graus na escala Richter, seguido 
de um tsunami, atingiu a costa nordeste do Japão. A usina nuclear de Fukushima foi 
fortemente abalada, obrigando as autoridades a evacuar a população num raio de 
20 km ao redor da central nuclear. Mais de 13 mil pessoas morreram em decorrência 
do desastre.
Em março de 2012, cerca de 340 mil pessoas ainda ocupavam residências tempo-
rárias na região afetada pelo terremoto e pelo tsunami, apesar dos grandes esforços 
governamentais em limpar e reconstruir as áreas arruinadas — a prioridade foi a rápida 
reconstrução das infraestruturas de transporte. 
Após o acidente nuclear, o Japão tem discutido sua política energética, enfrentando 
grande resistência popular à construção de novas usinas termonucleares. 
Poderio militar e relações exteriores
O Japão tem grande poderio militar. Grandes investimentos têm sido feitos com 
o objetivo de modernizar as forças armadas, parte deles destinada à construção de
mísseis capazes de interceptar armas ofensivas de longo alcance, bem como à compra
de equipamentos, como navios e aviões militares. As forças armadas japonesas conta-
vam, em 2016, com um orçamento de 48 bilhões de dólares.
O Japão realiza operações de treinamento em conjunto com a Coreia do Sul. Nos 
últimos anos, os testes nucleares e os lançamentos de mísseis balísticos efetuados 
pela Coreia do Norte têm preocupado as autoridades japonesas. As forças armadas do 
Japão também temem as ações militares da vizinha China, pois os dois países mantêm 
uma disputa territorial no Mar da China Oriental. A Constituição do país limita o uso 
das forças armadas em conflitos internacionais. 
Embarcações e aeronaves 
da Força de Autodefesa do 
Japão, na baía de Sagami, no 
sul de Tóquio, Japão (2015).
uu MUSEU Histórico da 
Imigração Japonesa no Brasil. 
Disponível em: <http://
www.museubunkyo.org.br>. 
Acesso em: 9 mar. 2018.
Nesse site é possível ter 
acesso a parte do acervo 
desse museu, incluindo 
fotografias e outros 
documentos dos imigrantes 
japoneses que começaram a 
chegar ao Brasil em 1908.
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Capítulo 13 – Japão e Tigres Asiáticos 195
http://www.museubunkyo.org.br
http://www.museubunkyo.org.br
https://www.youtube.com/watch?v=5mw1JJ0KdFc
https://mega.nz/file/nA5EyQQA#_h_siFMMPjf0x6jL9sw6-Mz-M2J1nE26rbC2RyFpK1c
https://www.youtube.com/watch?v=estja8hovag
https://www.youtube.com/watch?v=ISvkRqLkCXQ
https://mega.nz/file/LMpgFQIQ#LD6q0ZykGX_zaus-YDQ3avAMOXkaLVFN2eva1kugvAE
https://youtu.be/Bp8A9TJ48RQ
Professor Capri
Caixa de texto
Em plena Segunda Guerra, a vida brutal das escravas sexuais coreanas
Acredita-se que cerca de 200 mil mulheres foram forçadas a oferecer serviços eróticos para soldados japoneses

https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/reportagem/a-cruel-saga-das-escravas-sexuais-coreanas-segunda-guerra.phtml
INTERNACIONAL DESCUBRA 
Japão 
Isolado do mundo por séculos, o país sofreu com bombas atômicas em 
1945 e com um dos mais graves acidentes nucleares da história em 2011 
História 
O Japão, conhecido como "terra do sol 
nascente", manteve-se durante séculos 
relativamente isolado do exterior. No 
século IV da Era Cristã, o clã Yamato 
unifica os vários estados do país sob um 
único imperador. Do século XII ao XIX, 
o Japão vive o feudalismo e é governado
por xóguns, líderes de uma aristocracia
militar originada de guerreiros campone­
ses (os samurais), que eliminam o poder
da monarquia e do imperador. A partir de
1603, o xogunato proíbe o cristianismo,
fecha o país à entrada de estrangeiros e
não permite o contato com eles, medidas
que são mantidas por 250 anos.
Na segunda metade do século XIX, 
o Japão abre os portos ao comércio
externo. Em 1868, começa a ERA MEIJI:
o imperador Mutsuhito abole o feuda­
lismo e o poder dos xóguns. As trocas
comerciais e culturais com o Ocidente
crescem. Nos anos 1920, a crise econô­
mica abre caminho para o crescimen­
to político do nacionalismo de direita.
O Japão começa uma expansão militar
invade territórios na Coreia e na China.
Em 1940, o Japão alia-se à Alemanha e à 
Itália na II Guerra Mundial e, em dezembro 
de 1941, ataca e destrói a esquadra norte­
americana ancorada em Pearl Harbour, 
no Havaí. Derrotado, o país é obrigado a 
sair das áreas que ocupara e fica anos sob 
a intervenção dos Estados Unidos. 
195-A GE ATUALIDADES 1° SEMESTRE 2012 
< --:::;:;:::;;;::;:;::=::::;::;:-s:;-,,_::,;:�=:;;_::;.�:::-:.-,::::-:::-;;:;:-::-::-3:;:-::;::-::::-r:;:;::;-:-,::-:::-:-=�-::--:--:-:--:-'."""'--:-----:-,� 
Bomba atômica 
A rendição do Japão na II Guerra acon­
tece após A EXPLOSÃO DA BOMBA ATÕMICA 
EM HIROSHIMA, em 6 de agosto de 1945, e 
de outra em Nagasaki, três dias depois. 
A força destruidora da explosão varria 
do mapa Hiroshima e quase 100 mil dos 
seus habitantes: foi assim que o mundo 
assistiu ao início da era atômica. 
O Japão é o único país vitimado pela 
bomba atômica. No total, mais de 180 
mil pessoas morreram. O calor incine­
rou seres humanos, animais e edifícios. 
No epicentro da explosão, a maioria 
das construções desapareceu. A onda 
de choque provocou ventos fortíssimos, 
que ampliaram a devastação. As terríveis 
consequências das bombas ainda se fa­
zem sentir seis décadas depois, pois os 
efeitos da radiação causaram um aumen­
to nos casos de leucemia, câncer, catara­
ta e microcefalia da população exposta 
à explosão. As duas cidades japonesas 
tornaram-se sede de movimentos que 
lutam para que nunca mais essas bombas 
sejam usadas. 
Os norte-americanos ocuparam o Ja­
pão até 1952 e impuseram uma Consti­
tuição e um sistema de governo baseados 
nos moldes das democracias ocidentais. 
O Japão assinou, em 1954, um tratado de 
defesa mútua com os EUA, que incluiu 
a instalação de bases militares norte­
americanas em seu território. 
Economia 
As florestas ainda cobrem a maior parte 
do território japonês. A explicação para 
isso é que o território é muito monta­
nhoso, pouco adequado à agricultura e 
existe manejo florestal (corte limitado 
de árvores) há séculos. A soma das qua­
tro ilhas principais e das inúmeras ilhas 
menores resulta em um litoral extenso, o 
que está na origem do desenvolvimento 
de uma das maiores frotas pesqueiras do 
planeta. A atividade industrial é a base 
da economia. A nação abriga a metrópole 
mais populosa do globo: na região me­
tropolitana de Tóquio, a capital dopaís, 
vivem mais de 36 milhões de pessoas. 
No início dos anos 1990, começou 
uma grande crise econômica. Os pre­
ços desabaram e o setor bancário sofreu 
enormes prejuízos. Após um período de 
recuperação, o colapso da economia glo­
bal em 2008 atinge fortemente o Japão, 
que depende muito de suas exportações. 
Em 2011, o país perdeu o posto de a segunda 
maior economia mundial para a China. 
A situação se agravou com o tsunami e 
o acidente nuclear ocorridos em março de
2011. Para reconstruir as áreas atingidas, 
o governo liberou 230 bilhões de dólares,
agravando a dívida pública. Mas o pro­
cesso de reconstrução desempenha papel
importante na reativação da economia
japonesa, que cresceu 1,5% no terceiro
trimestre de 2011.
JAPÃO 
. Capital ........................ f .Tóquio .............................. . 
.. Língua oficial ............... l Japonês ............................ . 
.. Religião predominante. i. Budismo .......................... ..
.. População(2011) .... .J.126,s.milhões .................... . 
. PIB uss (20101... ......... Js,s trilhões ....................... .. 
IDH (2011) 1 0,901 
Fonte: ALMANAQUE ABRIL 2012 
•. 
1; 
.., 
Tsunami e acidente nuclear 
Um terremoto de 8,9 pontos na escala 
Richter, seguido de um TSUNAMI (mare­
moto), em março de 2011, provocou a 
pior tragédia no Japão desde a II Guerra 
Mundial. O sismo liberou uma quantidade 
de energia equivalente a 27 mil bombas 
atômicas iguais às que arrasaram Hiroshi­
ma. Apesar do sistema de alerta contra 
tremores, houve mais de 23 mil vítimas, 
entre mortos e desaparecidos. Os prejuízos 
materiais superaram 300 bilhões de dóla­
res - é o desastre natural mais prejudicial 
de todos os tempos. 
Para piorar, as ondas gigantes atin­
giram os reatores da usina nuclear de 
Fukushima, provocando um dos mais 
sérios acidentes radioativos da história. 
O sistema de resfriamento da usina 
entrou em colapso, os reatores supera­
queceram e vazou material radioativo 
para a atmosfera e para o lençol freático. 
A área num raio de 20 quilômetros da 
usina foi evacuada e está deserta - cerca 
de 80 mil pessoas foram deslocadas. 
O acidente teve impacto mundial, pois 
fez com que vários países reavaliassem 
seu plano de construção de novas usinas. 
A Alemanha anunciou que fechará os seus 
17 reatores até 2022. O Japão é a terceira 
nação com mais usinas nucleares, pois 
é pobre em fontes de energia. Com 55 
reatores, só fica atrás dos Estados Unidos 
(104) e da França (59).
ESCAIA 
F=--1 
O 108km 
Imigrantes e dekasseguis 
O processo de industrialização, no co­
meço da Era Meiji (iniciada em 1868), fez 
com que muitos japoneses abandonas­
sem o campo em busca de emprego nas 
cidades, que não tinham condições para 
absorver tanta gente. Grande número 
decidiu emigrar, e os Estados Unidos 
eram o destino mais procurado. 
Na época, o Brasil enfrentava escas­
sez de mão de obra em consequência da 
abolição da escravatura, e a solução foi 
atrair imigrantes da Europa e de outras 
partes do mundo. 
Os primeiros 781 japoneses chegaram 
ao Brasil em 18 de junho de 1908, quando 
o navio Kasato Maru atracou no Porto
de Santos (SP). Vinham trabalhar nos
cafezais do interior. Até a II Guerra, cerca
de 190 mil japoneses entraram no Brasil.
Do fim da guerra até a década de 1960,
foram mais 50 mil.
Nos anos 1980, o movimento se inver­
teu, e descendentes de japoneses pas­
saram a buscar melhores condições de 
vida no Japão. São os dekasseguis (os que 
trabalham fora de casa). A quantidade de 
brasileiros no Japão só diminuiu após a 
crise econômica de 2008, que causou de­
missões em massa nas fábricas japonesas. 
O número caiu de 312 mil para 267 mil 
brasileiros entre 2008 e 2009, no auge da 
crise. Os acidentes de 2011 acentuaram 
o retorno dos dekasseguis.
Mar de 
Okhotsk 
OCEANO PACIFICO 
140'! 
• llhasOgasawara 
Mar_clas •• 
hftpmas ._ 
ESc,,t,. Chichi5hima 
oi=-:: ' 
AmamiO 1 •
Shima 
., . 
KumeShima 
Jardas 1i1pinas 
128'! 
@ Patrimônio cultural 
O Patrimônio natural 
Também chamado de 
MardoLeste, 
denominaç:lo reivindicada 
pelasCoreiasdoSul 
edoNone 
Akira Kurosawa 
O mais consagrado diretor de cinema 
japonês, Akira Kurosawa, nasceu em 1910 
e queria, na verdade, ser pintor. A falta 
de dinheiro atrapalhou a concretização 
desse projeto, mas acabou por levá-lo 
ao cinema. 
Kurosawa começa a trabalhar como 
assistente de direção em 1936 e, du­
rante a II Guerra Mundial, dirige seus 
primeiros filmes. Seus longas trazem 
uma visão crítica sobre o Japão, que se 
opõe ao forte nacionalismo da época. 
Em sua primeira fita significativa, Anjo
Embriagado, de 1948, Kurosawa explora 
o submundo, filmando a amizade de um
médico alcoólatra com um gângster. Tam­
bém filma obras de escritores ocidentais,
como o romance O Idiota, de Dostoievski,
e uma interpretação japonesa da peça Rei
Lear, de Shakespeare.
Sua consagração mundial vem com o 
filme Rashomon, que conta a história de 
um estupro e assassinato por meio dos 
relatos divergentes de quatro testemu­
nhas. A fita recebe um Oscar honorário 
qe melhor filme estrangeiro e um Leão 
de Ouro no Festival de Veneza de 1951. 
Nas décadas seguintes, Kurosawa dirige 
filmes extraordinários, como Dersu Uza­
la, rodado na União Soviética e falado em 
russo. Ele morreu aos 88 anos, depois 
de complicações de um acidente que o 
obrigou a usar cadeira de rodas. 
1° SEMESTRE 2012 GE ATUALIDADES 1195-B 
o INTERNACIONAL DE OLHO NA HISTORIA
Ataque com as 
bombas atômicas 
completa 70 anos 
Em agosto de 1945 os Estados Unidos lançavam 
a bomba atômica sobre Hiroshima, matando 
100 mil pessoas, e repetiam esse flagelo em 
Nagasaki, forçando o fim da II Guerra Mundial 
E 
m 6 de agosto de 1945, o avião 
militar B-29 Enola Gay dos 
Estados Unidos (EUA) lança­
va sobre a cidade de Hiroshima, no 
sul do Japão, uma bomba atômica, a 
mais mortífera arma de destruição em 
massa até então já feita. A explosão 
provocada pela fissão em cadeia de 
átomos de urânio liberou o equiva­
lente à energia de 12 milhões de qui­
los de dinamite, e devastou a cidade. 
Calcula-se que matou cerca de 100 mil 
pessoas e feriu outras 100 mil. O calor 
alcançou 1 milhão de graus Celsius, e a 
maioria das vítimas morreu incinerada. 
O deslocamento dessa massa incendi­
ária de ar alcançou 1.500 km por hora, 
destroçou as construções e parte das 
195-C GE ATUALIDADES 2015 1 2º semestre 
vítimas morreu entre escombros. Em 
9 de agosto, outra bomba foi lançada 
sobre a cidade de Nagasaki, e estima­
se que matou mais 70 mil pessoas. As 
bombas obrigaram o Japão a se render. 
Era o fim da II Guerra Mundial e o 
começo da corrida armamentista, um 
dos marcos da Guerra Fria (1949-1991). 
Desenvolvimento 
Em 1939, o físico Albert Einstein es­
creveu uma carta ao presidente dos 
Estados Unidos na época, Franklin Roo­
sevelt, alertando-o sobre possíveis ten­
tativas dos alemães de desenvolver uma 
bomba atômica. O alerta de Einstein 
teria sido um dos motivos que levaram 
Roosevelt a criar um programa militar 
norte-americano para desenvolver a 
tecnologia para a bomba, anos depois. 
O governo norte-americano reuniu 
uma equipe de cientistas e militares, 
no ultrassecreto Projeto Manhattan, 
liderado pelo físico norte-americano 
Julius Robert Oppenheimer. Seus in­
tegrantes trabalharam durante três 
anos para desenvolver e testar a fissão 
nuclear, princípio de funcionamento da 
bomba. O processo consiste em bom­
bardear um átomo de urânio com um 
nêutron, provocando sua divisão em 
dois átomos e mais nêutrons livres. As 
divisões continuam numa reação em 
cadeia, liberando imensa quantidade 
de energia. Foram gastos 2 bilhões de 
dólares no projeto, cuja base ficava no 
Novo México. A bomba lançada em 
Hiroshima, apelidada de Little Boy 
(garotinho), era feita de urânio-235, 
uma forma de urânio pouco encontrada 
na natureza, e pesava quatro toneladas. 
As razões de guerra 
A partir de 1942, os aliados (França, 
Reino Unido, EUA, URSS e China) co­
meçam a virar o jogo contra o eixo (Ale­
manha,Itália e Japão). Após sucessivas 
derrotas, e com o avanço dos soviéticos 
sobre a Alemanha, Hitler se suicida 
em 30 de abril de 1945. Os soviéticos 
ocupam Berlim em 2 de maio de 1945, e 
a Alemanha finalmente se rende cinco 
dias depois. É o fim da guerra na Eu­
ropa. Porém, os conflitos continuavam 
no Pacífico, com a resistência do Japão. 
A essa altura, os norte-americanos 
já conseguiam alcançar o território 
japonês pelo ar e, em março, haviam 
atacado Tóquio com mais de 300 aviões 
carregados com milhares de bombas 
incendiárias de napalm. O bombardeio 
da capital é um dos mais horrendos 
da II Guerra - calcula-se que deixou 
cerca de 100 mil mortos - e antecipou 
as tragédias de Hiroshima e Nagasaki. 
A justificativa formal para o lança­
mento dessas bombas era conseguir a 
rendição do Japão, sem ter de invadir 
o país. Roosevelt morre em abril e seu
vice, Harry Truman, que assume apre­
sidência, teria sido convencido por
assessores a utilizar essas bombas, para
evitar a invasão por terra e a morte de
mais soldados norte-americanos. Para
alguns historiadores, no entanto, os
norte-americanos objetivaram mostrar
► 
1 
L 
As bombas atômicas 
deflagram a corrida 
armamentista, um dos 
marcos da Guerra Fria 
entre EUA e URSS 
PESADELO Cogumelo 
atômico da explosão 
em Nagasaki: os 
EUA desenvolvem e 
utilizam a primeira 
arma de destruição 
em massa da história 
seu poderio militar ao mundo - prin­
cipalmente aos soviéticos. Na mesma 
época, entre julho e agosto de 1945, os 
líderes aliados se reuniam na Conferên­
cia de Potsdam para discutir o futuro 
da Alemanha e definir a configuração 
geopolítica do pós-guerra. 
Consequências da bomba 
"Meu Deus, o que fizemos'?", teria 
sido a exclamação do copiloto Robert 
Lewis ao ver o cogumelo atômico ge­
rado pela explosão. Lançada de 9.600 
metros de altitude, a bomba explodiu 
ainda no ar, e gerou uma chuva negra, 
que atingiu a vegetação e os reserva­
tórios de água de Hiroshima. A cidade 
foi tomada por uma lava escura. Em um 
raio de 1,5 km do centro da explosão, 
todas as edificações foram destruídas. 
Além dos milhares que morreram ins­
tantaneamente, centenas morriam a 
cada dia e semanas seguintes, em razão 
das queimaduras e efeitos da radiação. 
As mortes e essas consequências se 
repetiram em Nagasaki. Nas décadas 
seguintes, ainda se contabilizavam do­
entes e mortos vitimados pela radiação. 
As bombas de Hiroshima e Nagasaki 
iniciaram a disputa· nuclear entre os 
EUA e a União Soviética (URSS). Os 
anos seguintes do pós-guerra são mar­
cados pela polarização ideológica entre 
as duas potências, e a posse da bomba 
atômica é uma das faces dessa disputa. 
Em 1949, a União Soviética explode 
sua primeira bomba atômica num teste 
controlado. A partir de então, os dois 
países detêm essa arma mortal, e um 
conflito entre ambos poderia resultar 
em destruição mútua. A ameaça da 
guerra nuclear barra o confronto dire­
to entre os países, situação conhecida 
como "equilíbrio do terror". 
A ameaça nuclear leva 190 países 
a assinar, a partir de 1968, o Tratado 
de Não Proliferação Nuclear. Por esse 
tratado, os países que já haviam cons­
truído bombas podem mantê-las, mas 
se comprometem a não repassar a tec­
nologia ou as bombas - são os cinco 
membros permanentes do Conselho 
de Segurança da ONU (veja na pág. 62).
Os demais países se comprometem a 
não desenvolver a tecnologia ou adquirir 
essas armas. Índia, Paquistão, Israel e 
Coreia do Norte são nações que pos­
suem a bomba, à margem do tratado. 181 
GE ATUALIDADES 2015 l 2° semestre 195-D 
196 – 3o BIMESTRE
Vista do 
distrito 
empresarial 
de Cingapura 
(2017). 
OS TIGRES ASIÁTICOS
Na década de 1980, Cingapura, Taiwan (Formosa), Hong Kong e Coreia do Sul rece-
beram a denominação de Tigres Asiáticos. 
Esses países tiveram grande desenvolvimento socioeconômico, em decorrência da 
forte atuação do Estado na proteção da indústria nacional, inspirado nos modelos polí-
tico e econômico japonês e estadunidense. Essa proteção se concretizou na forma de 
pesados impostos sobre os produtos importados e na implantação de estratégias para 
atrair investimentos estrangeiros. Os governos desses países empenharam-se na quali-
ficação da mão de obra, ainda que barata, no incentivo às exportações e na melhoria na 
distribuição de renda.
Indonésia, Malásia, Filipinas, Tailândia e Vietnã se juntaram ao grupo a partir da 
década de 1990, sendo chamados de Tigres Asiáticos de Segunda Geração.
Cingapura
A cidade-Estado de Cingapura foi colônia britânica até 1965, quando obteve a inde-
pendência, tornando-se membro da Comunidade Britânica das Nações.
A partir de 1980, Cingapura entrou em uma fase de grande crescimento econômico, 
firmando-se como centro financeiro e de indústrias de alta tecnologia, atraídas de 
outras partes do mundo pela mão de obra barata. As principais atividades econômicas 
do país atualmente se concentram nos serviços portuários e bancários, no turismo e 
nas indústrias química e de equipamentos eletroeletrônicos.
A maioria da população de Cingapura é de origem chinesa (cerca de 74,3%). Malaios, 
indianos, britânicos e japoneses compõem, entre outros, as minorias do país.
O país conseguiu integrar-se aos circuitos globalizados e desenvolveu políticas 
internas marcadas por investimentos em inovação tecnológica, que visam atrair capi-
tais estrangeiros. O padrão de vida da população é bastante elevado.
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Unidade VI – Ásia: China, Japão e Tigres Asiáticos196
 Texto complementar
O texto a seguir fala sobre 
o envolvimento do Estado
em atividades de desenvol-
vimento industrial e tec-
nólogico em alguns países
asiáticos.
O papel do Estado
A primeira evidência vem 
do Japão e dos “Tigres Asiá-
t icos”, incluindo Coreia, 
Cingapura e Taiwan [ . . . ] . 
Esses países costumam ser 
apresentados como casos 
de êxito do livre mercado e 
da competição, em contraste 
com as dificuldades encon-
tradas pelas economias cen-
tralizadas conduzidas pelo 
Estado [...].
A análise mais aprofunda-
da do caso dos países asiáti-
cos mostra, no entanto, não 
o afastamento do Estado
das atividades de desenvol-
vimento industrial e tecnoló-
gico, mas, ao contrário, um
envolvimento governamen-
tal muito mais forte e de-
cisivo do que o que jamais
pode ser feito no Brasil [...].
Existem pelo menos quatro
diferenças importantes, no
entanto, que costumam ser
assinaladas. A primeira é
que a ação governamental
nos países asiáticos não se
deu pela constituição de um
grande conjunto de empre-
sas estatais, como no Brasil,
e sim pela associação entre
o Estado e o setor privado.
Segundo, naqueles países, as
políticas de desenvolvimen-
to industrial e tecnológico se
pautaram sempre por claras
considerações macroeconô-
micas, voltadas sobretudo
para a obtenção de com-
petitividade nos mercados
internacionais. Terceiro, o
desenvolvimento da capaci-
dade inovativa nas indústrias
se deu a partir da produção
de componentes simples,
que foram gradualmente
se sofisticando. E quarto, o
fortalecimento de indústrias
nacionais não se fez pela ex-
clusão de firmas e tecnolo-
gias estrangeiras, mas a par-
tir de associações com elas.
É exatamente o contrário do
que o Brasil tentou fazer na
área de informática, criando
empresas estatais, como a
Cobra, garantindo preços in-
ternos irrealistas pelo fecha-
mento do mercado, tentando começar pelo produto final, o computador (com a ideia de ir nacionalizando 
aos poucos os componentes) e impedindo a presença das firmas e tecnologias de outros países.
SCHWARTZMAN, Simon. A redescoberta da cultura: São Paulo, Edusp, 1997. Disponível em <http://www.
schwartzman.org.br/simon/redesc/paradox.htm>. Acesso em: 23 ago. 2018.
http://www.schwartzman.org.br/simon/redesc/paradox.htm
http://www.schwartzman.org.br/simon/redesc/paradox.htm
https://www.youtube.com/watch?v=HaFtwxpcgsI
3o BIMESTRE – 197
Hong Kong
O território chinês de Hong Kong esteve sob administra-
ção britânica desde 1842 e foi devolvido àChina em 1997. 
De acordo com as negociações entre os dois governos, 
para sua reintegração ao domínio chinês, Hong Kong deverá 
manter a estrutura de governo autônoma e seu sistema 
socioeconômico por pelo menos meio século.
O relevo montanhoso e a escassez de água dificultam o 
desenvolvimento da agricultura em Hong Kong. A indústria é 
bastante diversificada e voltada para a exportação, sobretudo 
de bens de consumo, como roupas, relógios, calculadoras, 
brinquedos etc.
Hong Kong é um dos maiores centros financeiros e de ser-
viços do mundo, concentrando grande quantidade de bancos, 
seguradoras e companhias de exportação e importação.
Taiwan
A presença chinesa em Taiwan data do século XIII. No 
século XVII, os chineses anexaram o arquipélago, que, em 
1887, passou a ser uma província da China. Desde essa 
época, o território é disputado por chineses e japoneses. Em 
1949, com a revolução socialista na China continental, Taiwan 
tornou-se um Estado à parte, capitalista, com a influência de 
fugitivos do regime socialista, liderados por Chiang Kai-shek, 
presidente deposto da chamada China Nacionalista.
Atualmente, Taiwan vive às voltas com a questão da 
reunificação com a China con-
tinental. O governo taiwanês 
restabeleceu as comunicações 
marítimas com a China, libe-
rou o comércio e o transporte 
de passageiros entre algumas 
de suas ilhas e o continente, 
mas recusa a proposta chinesa 
de “um país e dois sistemas”, 
ou seja, de integrar-se à China 
Popular mantendo seu sistema 
econômico capitalista. 
Vista de Hong Kong, 
China (2017).
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Capítulo 13 – Japão e Tigres Asiáticos 197
https://www.youtube.com/watch?v=oPGfNIxjBLg
https://drive.google.com/file/d/1g9uuHBBqTDecUK9BmWAL7Ga69eNfqaOj/view?usp=sharing
https://mega.nz/file/jA5i0TaI#T5DIIyxSnaGk5okcBVMkxJ3GG5pqbTg7KyTPQio9Aso
https://mega.nz/file/7dgQ1Z7K#IJFA0GyP4MUtxNv6a6wXJTlwAvX46ufVNHUy2UzcnH4
https://mega.nz/file/HUIRWYhQ#8C-WVr5N0-6NfTGnxIoVuHLTiefzoQSCTrZxh_dTu6s
198 – 3o BIMESTRE
Coreia do Sul
Por causa do relevo montanhoso do seu território, a Coreia do Sul, localizada 
em uma península, tem uma agricultura pouco desenvolvida, cuja produção é 
insuficiente para o abastecimento da população. A atividade industrial, portanto, é 
fundamental para a economia do país, com destaque para o setor de telecomuni-
cações e para a produção de automóveis e eletroeletrônicos. 
O desenvolvimento econômico sul-coreano decorreu do modelo econômico 
que tornou o país uma plataforma de exportação, como ocorreu nos demais Tigres 
Asiáticos. Na base desse desenvolvimento, houve uma significativa liberação do 
comércio externo e a diminuição dos investimentos sociais do governo.
A crise econômica mundial de 1997 atingiu a Coreia do Sul intensamente, 
levando à liquidação de bancos e à privatização de empresas estatais. Medidas 
de ajuste estrutural da economia, tomadas a partir de 1998, deram resultado, 
apesar de seu alto custo social. Incluíam grandes investimentos em educação 
e em infraestrutura, principalmente a ligada ao parque de pesquisa em ciência 
e tecnologia. O IDH da Coreia do Sul, em 2017, foi de 0,903, considerado muito 
elevado (o 22o na classificação dos países). Além disso, em 2016, quase 100% da 
população acima dos 15 anos era alfabetizada, e a média de anos de estudo da 
população era de 16,9 anos.
Funcionários de empresa de alta tecnologia realizando testes em robô de passeio tripulado, controlado 
por piloto utilizando gestos de braços, em Seul, Coreia do Sul (2016).
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Unidade VI – Ásia: China, Japão e Tigres Asiáticos198
https://mega.nz/file/nVhAyLRT#mrR6S9-y4PtZSoMIoKy_V-heJsv6jiBw1rV0KkOcxzg
https://mega.nz/file/jZIHESoR#MDbAdSCy5lmAU_se1Bp3AXZuHIKsgohwyZukFbClrE0
https://mega.nz/file/6I5CUJTA#Vb9ABQqDibpM1BMErI_UkjiLWbUQKDWp1WSohMTFgYI
https://mega.nz/file/nAI3GYCT#V_5XC0I8f-xQ8a03Ko-bOPnAbJOJOSkJqOuAMzKSH9M
https://mega.nz/file/eIQX2KpK#JJFFXkOqumHlBPax4v46lGv62S7huTvW0BCOs1X8-wc
COREIA 
DOSIJL 
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C. substiruição
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de importação 
mercado inter 
MERCADO CONSUMIDOR 
INTERNO 
https://www.youtube.com/watch?v=HaFtwxpcgsI
186
O infográfico evidencia a 
prioridade dada à educação na 
sociedade sul-coreana. Acom-
panhe os alunos na interpre-
tação dos gráficos e dos textos. 
Estimule-os a comparar as prá-
ticas pedagógicas e os dados 
sul-coreanos e brasileiros, pro-
curando contrastá-los com a 
realidade local.
Temas contemporâneos
O conteúdo deste infográ-
fico permite abordar os temas 
Vida Familiar e Social, Ciência 
e Tecnologia e Diversidade 
Cultural. Trabalhe a relação 
dos sul-coreanos com a edu-
cação como uma caracterís-
tica própria dessa sociedade, 
conferindo a especificidade 
na ampla diversidade cultu-
ral que compõe as sociedades 
humanas. Discuta a presença 
e o uso de materiais tecno-
lógicos como recursos peda- 
gógicos nas escolas coreanas.
186
Educação na Coreia do Sul
Na Coreia do Sul, a educação é prioridade. O investimento em instituições de ensino, sobretudo 
no nível básico, foi um dos fatores responsáveis por reerguer o país após a Guerra da Coreia 
(1950-1953). Mais de seis décadas após o conflito, a Coreia do Sul figura entre os Estados de mais 
destaque no Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (PISA), uma pesquisa que mede 
o desempenho escolar de jovens de 15 anos em todo o mundo, em diversas áreas do conhecimento.
Investimentos
O desenvolvimento da educação em um país 
depende do investimento do governo nesse setor. 
Entre os investimentos, destacam-se a formação 
e a remuneração de professores e a utilização de 
ferramentas e práticas pedagógicas adequadas 
e avançadas. Mesmo com uma destinação de 
recursos proporcionalmente menor, o gráfico 
aponta que três dos Tigres Asiáticos têm 
resultados melhores que os do Brasil 
em educação. 
Disputa
A competitividade é um fator 
que estimula os alunos a se 
dedicar mais aos estudos, 
mas a pressão pelo bom 
desempenho pode trazer 
problemas psicológicos, 
como ansiedade e depressão. 
Para amenizá-los, o governo 
reduziu a quantidade de 
provas e passou a transmitir 
aulas pela TV aberta, com 
o objetivo de diminuir a 
frequência em hagwons.
Avaliação internacional
O PISA é realizado a cada três anos, 
por iniciativa da Organização para 
Cooperação e Desenvolvimento 
Econômico (OCDE). Estudantes 
de 15 anos são avaliados em 
matemática, leitura e ciências. 
Os países que compõem os Tigres 
Asiáticos ficaram entre os primeiros 
colocados na avaliação feita em 2015.
Investimento em educação (em % do PIB) – 2008-2013 
Brasil e Tigres Asiáticos: classificação no PISA 2015 por área do conhecimento
Matemática CiênciasLeitura
Cingapura
Hong Kong
Taiwan
Coreia do Sul
Brasil
1o lugar
2o lugar
4o lugar
7o lugar
66o lugar
1o lugar
2o lugar
7o lugar
23o lugar
59o lugar
1o lugar
4o lugar
9o lugar
11o lugar
63o lugar
INFOGRÁFICO
Brasil Coreia do Sul Hong Kong Cingapura
0
6%
5%
3%
4%
2%
1%
7%
2008 2009 2010 2012 20132011
186
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Tecnologia
A tecnologia de ponta é um 
dos pilares da economia sul-
-coreana, e isso se reflete no 
ambiente escolar. Livros digitais 
e computadores auxiliam no 
aprendizado. Os alunos
são encorajados a estudar em 
casa em plataformas digitais.
Educação contínua
Em 2014, 98% dos sul-coreanos entre 
25 e 34 anos tinham concluído os 
estudos equivalentes aos do Ensino 
Médio. Cerca de 45% da população 
tinha diploma de ensino superior, 
enquanto a média mundial era de 33%.
Professor valorizado
Na Coreia do Sul, os professores 
de escolas públicas recebem 
até 82 mil dólares por ano. 
É a quarta maior média 
mundial (dados de 2015). 
As boas perspectivas salariais e a 
grande procura por profissionais 
estimulam os jovens a seguir a 
carreira de professor.
Rotina intensa
Sul-coreanos vão àescola 
190 dias por ano (dez a menos 
que no Brasil). A maior parte 
dos estudantes coreanos 
também frequenta hagwons, 
instituições particulares que 
fornecem aulas extras 
à tarde e à noite. Combinadas, 
as jornadas chegam a 
12 horas por dia.
Fontes: OECD. Education GPS. Disponível em: <http://gpseducation.oecd.org/Home>; OECD. PISA. Disponível 
em: <https://www.oecd.org/pisa/>; OECD. Education at glance 2017. Disponível em: <https://www.oecd-
ilibrary.org/education/education-at-a-glance-2017_eag-2017-en>; World Bank. Indicators. Disponível em: 
<https://data.worldbank.org/indicator/SE.XPD.TOTL.GD.ZS?view=chart>. Acessos em: 24 set. 2018.
Interprete
1. Cite três fatores que
contribuem para o bom
desempenho da Coreia do Sul
no PISA. Você considera que os
três são positivos? Explique.
Contextualize
2. Em sua opinião, seria possível
o Brasil atingir desempenho
educacional como o da Coreia
do Sul por meio da adoção
de políticas educacionais
inspiradas no exemplo
sul-coreano?
187
http://gpseducation.oecd.org/Home
https://www.oecd.org/pisa/
https://www.oecd-ilibrary.org/education/education-at-a-glance-2017_eag-2017-en
https://www.oecd-ilibrary.org/education/education-at-a-glance-2017_eag-2017-en
https://data.worldbank.org/indicator/SE.XPD.TOTL.GD.ZS?view=chart
 
 
 
 
 
 
 
 
3o BIMESTRE – 199
atividades
1 Observe os mapas e responda às questões a seguir.
a) De que assunto tratam os dois mapas? Verifique as informações que eles contêm e dê um título para
cada um deles.
b) Redija um parágrafo explicando de forma sucinta a relação existente entre os dois mapas.
2 Descubra o Tigre Asiático descrito em cada um dos itens a seguir. Escreva no caderno.
a) A atividade industrial é de extrema importância para o país; seu relevo montanhoso impede um
maior desenvolvimento da agricultura.
b) O território foi alvo de muitas disputas entre chineses e japoneses até que, em 1949, tornou-se um
Estado à parte, capitalista, com fugitivos do regime socialista implantado na China.
c) É um dos maiores centros financeiros e de serviços do mundo. Foi devolvido à China em 1997, porém
manteve sua estrutura de governo autônoma e seu sistema socioeconômico.
d) Cidade-Estado membro da Comunidade Britânica das Nações. A maioria da população é de ori-
gem chinesa, mas também composta de malaios, indianos, britânicos e japoneses, formando um 
mosaico cultural.
3 Faça a leitura do trecho a seguir.
Na Ásia, a política invariavelmente sanciona o que a economia já sabe. O Século do Pacífico come-
çou a conhecer seu DNA nos jardins do palácio presidencial de Bogos, Indonésia, em 15 de novembro 
de 1994, quando os príncipes dos 18 países da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec), trajando 
descontraídas camisas de batik e sorvendo suco de tangerina, brindaram ao estabelecimento de total 
livre-comércio e investimentos no arco do Pacífico até no máximo 2020. [...]
ESCOBAR, Pepe. 21: O século da Ásia. São Paulo: Iluminuras, 1997. p. 80-81.
a) O texto menciona o uso da vestimenta típica da Indonésia (batik) por representantes de diferentes
países em um mesmo evento. O que isso significa?
b) Qual a importância do livre-comércio para os países desse grupo?
Fonte: FERREIRA, Graça M. L. Atlas geográfico: espaço mundial. 4. ed. São Paulo: Moderna, 2013. p. 106.
 
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DO SUL
COREIA
DO
NORTE
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(MAR DOLESTE)
OCEANO
PACÍFICO
I. Hokkaido
I. Honshu
I. Kyushu
I. Shikoku
FUJI
3 776 m
1000
200
0
Altitude
(metros)
Pico
132º L
40º N
32º N
140º L
Sapporo
Nagoya
OsakaKitakyushu
Hiroshima
RÚSSIA
COREIA
DO SUL
MAR DO JAPÃO
(MAR DO LESTE)
OCEANO
PACÍFICO
Sendai
Kyoto Kawasaki
Kobe
Tóquio
Yokohama
Fukuoka
Menos de 50
1,0 a 5,0
Densidade demográfica
(hab./km²)
Cidades
(população em milhões)
Mais de 200
De 50 a 200
8,0
M
A
PA
S:
 S
O
N
IA
 V
A
Z
NE
LO
SE
S
N
NO
SO
225 km
NE
LO
SE
S
N
NO
SO
220 km
Capítulo 13 – Japão e Tigres Asiáticos 199
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200 – 3o BIMESTRE
para refletir
AS POLÍTICAS AMBIENTAIS ADOTADAS LOCALMENTE 
CONTRIBUEM DE FORMA EFETIVA PARA A DIMINUIÇÃO 
DOS IMPACTOS NO PLANETA TERRA?
Apesar dos avanços verificados nas últimas décadas com relação à preservação e conser-
vação do planeta Terra, as questões ambientais não são protagonistas nas políticas adotadas 
pelos países, evidenciando que ainda há um caminho longo a ser percorrido.
A Ásia sofre com as mudanças ambientais em curso, enfrentando as consequências do 
aquecimento global e a perda de solos férteis em virtude das práticas agrícolas que degradam 
excessivamente a superfície terrestre.
O mapa abaixo ilustra o Índice de Desempenho Ambiental elaborado pelas universidades 
de Columbia e Yale, nos Estados Unidos. Tal índice leva em consideração diversos aspectos, como 
qualidade do ar, recursos hídricos, agricultura, biodiversidade, pesca, clima, energia e desmata-
mento. Nesse índice os valores variam entre 0 e 100, sendo que, quanto mais próximo de 100, 
mais perto da meta ambiental. Observe os valores registrados para diversas regiões do mundo.
PLANISFÉRIO: ÍNDICE DE DESEMPENHO AMBIENTAL (2016)
Elaborado com base em dados obtidos em: NASA. SEDAC. Disponível em: <http://sedac.ciesin.
columbia.edu/downloads/maps/epi/epi-environmental-performance-index-2016/epi2016-ev-climate-
energy.jpg>. Acesso em: 25 mar. 2018.
025-NOVA-m-PROJGEO9-L02-U06-G
No que se refere ao desmatamento, alguns países abrigam pequenas parcelas de florestas 
primárias, demonstrando que, ao longo do processo histórico, a manutenção da cobertura 
vegetal não foi uma verdadeira preocupação das autoridades. O mapa da página seguinte 
demonstra os percentuais de florestas primárias em diferentes regiões do mundo.
O desmatamento é uma das causas das mudanças climáticas globais. Levando em consi-
deração que a retirada da cobertura vegetal em um determinado país é capaz de influenciar as 
condições ambientais do país vizinho, como pensar em políticas locais, já que muitos impactos 
ambientais são globais? Leia o trecho da entrevista na próxima página.
EQUADOR
CÍRCULO POLAR ÁRTICO
CÍRCULO POLAR ANTÁRTICO M
ER
ID
IA
N
O
 D
E 
G
R
EE
N
W
IC
H
TRÓPICO DE CAPRICÓRNIO
TRÓPICO DE CÂNCER
0°
0°
Índice
De 23,83 a 57,12
De 57,13 a 72,77
De 72,78 a 80,59
De 80,60 a 88,91
De 88,92 a 99,24
Sem dados
OCEANO
PACÍFICO
OCEANO
PACÍFICO
OCEANO
ATLÂNTICO
OCEANO
ÍNDICO
OCEANO GLACIAL 
ÁRTICO
NE
LO
SE
S
N
NO
SO
3 060 km
200
http://sedac.ciesin.columbia.edu/downloads/maps/epi/epi-environmental-performance-index-2016/epi2016-ev-climate-energy.jpg
http://sedac.ciesin.columbia.edu/downloads/maps/epi/epi-environmental-performance-index-2016/epi2016-ev-climate-energy.jpg
http://sedac.ciesin.columbia.edu/downloads/maps/epi/epi-environmental-performance-index-2016/epi2016-ev-climate-energy.jpg
3o BIMESTRE – 201
A preocupação ambiental é tão desigual quanto a distribuição de renda
Para Claudio Felisoni, da USP, os países mais desenvolvidos e as regiões mais ricas do Brasil pre-
cisam suportar o custo do ajuste ecológico
[...] Com as mudanças climáticas é necessária a adoção de padrões de produção e con-
sumo sustentável. O que isso significa no cenário mundial para países desenvolvidos e 
subdesenvolvidos?
Claudio Felisoni – Cobrar dos menos favorecidos um comportamento semelhante àque-
le que os mais abastados têm condições de ter é incoerente. As coisas não são assim. 
Infelizmente, não só a economia brasileira como a mundial têm uma distribuição muito 
desigual com relação aos benefícios do desenvolvimento econômico. Para que se possa co-
locar essas questões ambientais em patamar de importância em que efetivamente merecem 
estar, presentes no cenário global, é preciso ter uma sociedade com distribuição mais justa 
de riquezas. Até porque nós todos habitamos o mesmo planeta. Isso significa que países 
mais desenvolvidose regiões do Brasil mais ricas precisam suportar o ônus, custo gerado 
nesse processo de ajuste, maior. Desse modo, é possível integrar os menos favorecidos num 
esforço conjunto de preservação.
GALVÃO, Desirêe. A preocupação ambiental é tão desigual quanto a distribuição de renda. Época, 
30 jun. 2017. Disponível em: <https://epoca.globo.com/ciencia-e-meio-ambiente/blog-do-planeta/
noticia/2017/06/preocupacao-ambiental-e-tao-desigual-quanto-distribuicao-de-renda.html>. 
Acesso em: 25 mar. 2018.
1 Quais países apresentam elevados índices de desempenho ambiental e de florestas pri-
márias? Compare os países asiáticos com as outras regiões do mundo.
2 De acordo com o que foi discutido, como devem ser as políticas ambientais para que haja 
efetivamente a diminuição dos impactos no planeta Terra?
EQUADOR
CÍRCULO POLAR ÁRTICO
M
ER
ID
IA
N
O
 D
E 
G
R
EE
N
W
IC
H
TRÓPICO DE CAPRICÓRNIO
TRÓPICO DE CÂNCER
0°
0°
OCEANO
PACÍFICO
OCEANO
PACÍFICO
OCEANO
ATLÂNTICO
OCEANO
ÍNDICO
OCEANO GLACIAL 
ÁRTICO
Floresta primária 
(em %)
Menos de 2,52
De 2,52 a 10,25
De 10,25 a 24,91
De 24,91 a 50,37
Mais de 50,37
Sem dados
PERCENTUAIS DE FLORESTAS PRIMÁRIAS (2015)
Elaborado com base 
em dados obtidos em: 
FAO. Disponível em: 
<http://www.fao.org/
faostat/en/#data/EL/
visualize>. Acesso em: 
25 mar. 2018.
SO
N
IA
 V
A
Z
NE
LO
SE
S
N
NO
SO 3 425 km
201
Questões para 
autoavaliação
Nesta Unidade, as questões 
sugeridas para autoavalia-
ção – e que também podem 
ser utilizadas, a seu critério, 
para o diagnóstico do grau 
de aprendizagem dos estu-
dantes – são as seguintes:
1. Como a China se tornou
uma das economias mais im-
portantes do século XXI?
2. Quais os interesses da
China em outras regiões do
mundo, como a África, por
exemplo?
3. Quais as consequências
ambientais do modelo de
desenvolvimento chinês?
4. Como o Japão venceu a
sua pouca disponibilidade
de espaço e recursos naturais
para se tornar uma das maio-
res economias do mundo?
5. Quais as características dos
chamados Tigres Asiáticos?
No Manual do Professor – 
Digital poderá ser acessada 
uma Proposta de Acompa-
nhamento da Aprendiza-
gem dos estudantes, com 
questões abertas e de múlti-
pla escolha e ficha para re-
gistro de desempenho deles 
neste terceiro bimestre.
https://epoca.globo.com/ciencia-e-meio-ambiente/blog-do-planeta/noticia/2017/06/preocupacao-ambiental-e-tao-desigual-quanto-distribuicao-de-renda.html
https://epoca.globo.com/ciencia-e-meio-ambiente/blog-do-planeta/noticia/2017/06/preocupacao-ambiental-e-tao-desigual-quanto-distribuicao-de-renda.html
http://www.fao.org/faostat/en/#data/EL/visualize
http://www.fao.org/faostat/en/#data/EL/visualize
http://www.fao.org/faostat/en/#data/EL/visualize

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