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DIREITO CAMBIÁRIO

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DIREITO CAMBIÁRIO
SURGIMENTO E 
EVOLUÇÃO HISTÓRICA
• Os títulos de crédito tiveram seu surgimento na Idade 
Média com a intenção de conferir maior segurança e 
facilidade na circulação de valores. Neste primeiro 
momento, os títulos de crédito se aproximavam muito 
mais de um contrato do que de um título de crédito 
propriamente dito.
• A evolução histórica do direito cambiário pode ser dividida em quatro 
períodos (para André Luiz Santa Cruz Ramos):
• a) período italiano (até 1650): no contexto medieval, cada cidade 
cunhava sua própria moeda, o que dificultava a sua circulação. Neste 
momento, presenciou-se o surgimento da letra de câmbio, sendo, 
também, desse período também tem-se o surgimento do aval e do 
aceite.
• b) período francês (1650-1848): surgimento da cláusula à ordem e, 
consequentemente, surgimento do endosso, permitindo que o 
beneficiário da letra possa transferi-la a terceiro sem a autorização do 
sacador.
• c) período alemão (1848-1939): ordenação geral do direito cambiário.
• d) período uniforme (1930-dias atuais): se inicia em 1930 com as 
Convenção de Genebra e aprovação da Lei Uniforme das Cambiais.
• No Brasil, até a promulgação do Dec. 2044/1908, 
adotava-se a concepção francesa, bem como nosso 
Código Comercial de 1850. Com a promulgação do Dec. 
2044 (Lei Saraiva) adota-se o sistema alemão, o que 
acarreta a abstração e autonomia das relações jurídico 
cambiarias. O Código Civil de 1916 não disciplinou os 
títulos de crédito. 
Legislação Aplicável
• Letra de Câmbio e Nota Promissória: Dec. 2044 e Dec. 
57.663 (LUG);
• Cheque: Lei n. 7357/85 e Dec. 57.595;
• Duplicata: Lei n. 5474/68;
• Código Civil/2002: trata dos títulos inominados e não 
revogou as leis especiais (art. 903, CC). Para Rizzardo 
(2206, 3): “as disposições do CC que tratam sobre títulos 
de crédito têm aplicação suplementar, ou seja, incidem 
unicamente na ausência de lei própria”. 
Conceito
• “Documento necessário para o exercício do direito literal 
e autônomo nele mencionado” (Vivante).
• Art. 887, CC: “título de crédito, documento necessário ao 
exercício do direito literal e autônomo nele contido, 
somente produz efeito quando preenchidos os requisitos 
da lei”. 
Atributos
• Circulabilidade;
• Executividade (art. 784, I, CPC/2015);
• Negociabilidade.
Características 
•NATUREZA COMERCIAL; o direito cambiário é sub-ramo do direito comercial para conferir aos 
títulos de crédito as prerrogativas necessárias ao cumprimento de sua função primordial: circulação de 
riqueza com segurança. 
•DOCUMENTO FORMAL: pois só será considerado titulo de credito se preencher os requisitos 
legais; 
•BEM MÓVEL: sujeitam-se aos princípios que norteiam a circulação desses bens (arts. 82 a 84, CC/
02), como o que prescreve que a posse de boa-fé vale como propriedade. 
•TITULO DE REPRESENTAÇÃO: deriva do conceito: documento literal e autônomo para o 
exercício do direito nele contido. 
•TÍTULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL: configuram obrigação líquida e certa (arts. 783 e 784 
CPC). 
•EFICÁCIA PROCESSUAL ABSTRATA; 
•OBRIGAÇÃO QUESÍVEL: o credor deve dirigir-se ao devedor a fim de exigir o pagamento do 
titulo. 
•OBRIGAÇÃO PRO SOLVENDO: NÃO implica em novação no que toca à relação causal, que 
subsiste junto com a relação cambiaria, porque as duas coexistem. 
•TITULO DE RESGATE: REALIZA imediatamente o valor nele contido. 
•TÍTULO DE CIRCULAÇÃO: não circula o crédito, mas os direitos nele incorporados. Quem tem a 
posse do título (documento) tem a propriedade dos direitos que ele contém. Os direitos só podem 
circular com o documento, deve apresentar o documento.
Princípios
• Cartularidade: por esse princípio, temos que o título de 
crédito é um documento, materializado por uma cártula, 
sendo, assim, os títulos de crédito títulos de 
apresentação, ou seja, o credor somente exercerá seus 
direitos se estiver em posse da cártula. O art. 223, CC, 
não admite cópia do titulo para o exercício dos direitos 
nele contido. No entanto, a jurisprudência tem aceitado a 
fotocópia autenticada da cártula para fins de instrução da 
ação cambial. Referido princípio vem sendo relativizado 
em virtude do desenvolvimento tecnológico (art. 889,§3º 
e art. 425,§2º, CPC). Sua transferência se dá por tradição 
(art. 904,CC).
• Literalidade: terá eficácia jurídico cambiaria o que no 
título vem escrito, ou seja, vale tudo o que está escrito. 
De acordo com o art. 893,CC: “a transferencia do título 
de crédito implica a de todos os direitos que lhe são 
inerentes”. 
• ATENÇÃO: Sumula 387, STF: “a cambial pode ser 
emitida ou aceita com omissões, ou em branco, pode ser 
completada pelo credor de boa-fé antes da cobrança ou 
do protesto”. Esta também é a posição adotada pelo 
Código Civil, em seu art. 891.
• Sobre o principio da literalidade: “o que não está no 
titulo, não esta no mundo” (MAMEDE: 2006, v. 3, 46)
• Autonomia: As obrigações jurídico cambiarias são 
autônomas e independentes entre si, ou seja, o vício de 
uma não afeta as demais. Princípio de tamanha 
importância que gera a segurança jurídica mínima para 
que os títulos circulem. De acordo com posicionamento 
do STJ, a responsabilidade cambiaria do avalista, em 
vista dos princípios da autonomia e abstração, não é 
afastada pela falsificação ou nulidade de outra assinatura, 
salvo se se configurar a má-fé.
• Subprincípio da abstração: a partir do momento em que 
o título é posto em circulação ele se desvincula do 
negocio jurídico que lhe deu origem.
• Para Vivante: “a obrigação abstrata se evidencia quando 
se põe em relação duas pessoas que não contrataram 
entre si, encontro-se uma em frente da outra em virtude 
apenas do título”. 
• Subprincípio da inoponibilidade às exceções pessoais 
do terceiro de boa-fé: reflexo processual do principio da 
autonomia. Assim, tendo circulado o título, o devedor 
somente poderá alegar em sua defesa vícios na forma ou 
prescrição (art. 17, LUG e art. 916, CC). No entanto, só há 
que se falar em inoponibilidade quando presente a boa-
fé.
Questão de Prova
 Maria emitiu uma nota promissória em favor de Antônio, no valor de R$ 15.000,00 (quinze mil 
reais), com vencimento em 03 de março de 2008, pagável em Belo Horizonte. Antônio exigiu 
avalistas. Assim, foram apostas as assinaturas das seguintes pessoas no título:
Carla, menor impúbere, lançou sua assinatura na nota promissória, na qualidade de avalista de 
Maria. 
Joana, maior e capaz, apresentou-se como procuradora de Cristina, e lançou sua assinatura no 
título, avalizando a Maria. 
José, maior e capaz, lançou sua assinatura no título, avalizando a Maria.
Ocorre que na época do pagamento, Antônio certificou-se de que Carla era menor incapaz. 
Descobriu que Joana não tinha os poderes específicos para o aval dado e verificou que o aval dado 
por José era perfeito e regular. Com base nestas informações, assinale a alternativa correta:
(A) Joana, se executada por Antônio, deverá pagar o valor correspondente à nota promissória, 
pessoalmente.
(B) A irregularidade do aval dado por Carla invalida todas as demais obrigações contidas no título. 
(C) Cristina, se executada por Antônio, deverá pagar o valor correspondente à nota promissória, em 
virtude do aval dado por Joana, como sua procuradora. 
(D) José somente poderá ser executado por Antônio, após serem frustradas todas as possibilidades 
de recebimento do crédito pelos demais avalistas.
Requisitos
• Em vista do formalismo cambiário, para que o documento 
valha como título de crédito deve preencher os requisitos 
formais, além daqueles elencados no art. 104,CC. 
• Para o art. 889, CC, deve o título conter a data da 
emissão, indicação precisa dos direitos que confere, 
assinatura do emitente.
• As leis especiais indicam quais são os requisitos 
essenciais a serem preenchidos no momento da emissão.
• De acordo com o art. 888, CC, a omissos de qualquer 
requisito legal, que tire ao escrito sua validade como 
título de crédito, não implica a invalidadedo negocio 
jurídico que lhe deu origem.
• Como já visto, o titulo pode ser emitido em branco ou 
incompleto, devendo ser preenchido, de boa-fé, antes da 
apresentação para cobrança ou protesto (Sumula 387, 
STF).
• Mamede entende que a data da emissão também se 
configura como requisito essencial pois influencia na 
contagem do prazo prescricional.
• Atenção: art. 890, CC, informa que considera-se não 
escrita a clausula de juros (comporta exceções - art. 5º, 
LUG), a proibitiva de endosso, excludente de 
responsabilidade pelo pagamento ou pelas despesas, a 
que dispense a observância de termos e formalidades 
prescritas e que exclua ou restrinja direitos e obrigações. 
REQUISITOS 
ESSENCIAIS
REQUISITOS NAO 
ESSENCIAIS
• Data da emissão;
• Indicação precisa dos 
direitos;
• Assinatura do emitente;
• Denominação do titulo 
• Data do vencimento 
(considera-se a vista);
• Lugar da emissão;
• Lugar do pagamento 
(domicilio do emitente)
Questão de Prova
Relativamente aos títulos de crédito, analise as proposições a seguir: 
I) Pelo princípio da abstração, o credor do título de crédito deve provar que se encontra na 
posse do documento para exercer o direito nele mencionado. 
II) Atos consubstanciados em documentos apartados não influenciam no conteúdo das 
obrigações retratadas no título, pois dele não são considerados parte. 
III) Pelo princípio da autonomia das obrigações cambiais, os vícios que comprometem a 
validade de uma relação jurídica, documentada em título de crédito, não se estendem às 
demais relações abrangidas no mesmo documento. 
IV) Quando o título de crédito é posto em circulação pelo endosso, diz-se que se opera a 
abstração, isto é, a desvinculação do título em relação ao ato ou negócio jurídico que deu 
ensejo à sua criação. 
Está(ão) CORRETA(S): 
(A) Somente as proposições III e IV. 
(B) Somente as proposições II, III e IV. 
(C) Somente as proposições II e III. 
(D) Somente a proposição IV. 
(E) Todas as proposições. 

Classificação 
QUANTO AO MODELO:
Vinculado: a forma ou modelo vem previamente definido em 
legislação, ou seja, o direito definiu um padrão para o 
preenchimento dos requisitos específicos de cada um	 . E x . : 
duplicata mercantil (nasce de uma compra e venda a prazo ou 
da prestação de um serviço, logo, está vinculada à nota fiscal) 
e cheque (uniformes, atendendo às normas de formatação do 
BACEN).
Livre: a forma não vem definida em lei. A forma não precisa 
observar um padrão normativamente estabelecido, ou seja, 
pode-se elaborar um título de crédito até mesmo em casa. 
Ex.: nota promissória e letra de câmbio.
QUANTO ÀS HIPÓTESES DE EMISSÃO:
Causal: Possuem causa necessária, isto é, só existem em função de um 
determinado negócio fundamental e esse negócio especial influencia a 
sua existência; sendo assim, os documentos trazem, nas declarações 
literais que contêm referência ao negócio – são os títulos que somente 
podem ser emitidos se ocorrer o fato que a lei elegeu como causa 
possível para sua emissão. Ex.: duplicata: só pode ser emitida nos 
casos de compra e venda mercantil ou nos casos de prestação de 
serviço, warrant, conhecimento de frete.
Não causal: não precisa de causa especificada em lei para ser emitido. 
são aqueles em que os direitos incorporados no título não se ligam ou 
dependem do negócio que deu lugar ao nascimento do título – assim, 
ao portador ou qualquer obrigado não é permitido inquirir a causa do 
título, já que esse vale por si mesmo – podem ser criados por qualquer 
causa, para representar obrigação de qualquer natureza no momento do 
saque – ex.: letra de câmbio, nota promissória, cheque. 
QUANTO À ESTRUTURA:
Ordem de pagamento: três figuras intervenientes:
-Aquele que dá a ordem (SACADOR)
-Aquele que recebe a ordem (SACADO)
-Tomador (BENEFICIÁRIO)
Promessa de pagamento: duas figuras intervenientes:
-Promitente
-Tomador beneficiário.
Apenas a nota promissória é promessa, os demais, todos 
são ordem de pagamento.
QUANTO À SUA CIRCULAÇÃO:
Ao portador: aquele que não identifica o 
beneficiário. Circula por mera tradição. Súmula STF 
387. Desde a Lei n. 8021/90 não se admite mais 
títulos ao portador, exceto se lei especial possibilitar 
o título ao portador. Art. 907, CC/02, Ex.: Lei n. 
9069/95 (institui o Plano Real), art. 69 (cheque ao 
portador até o valor de R$100,00).
Títulos Nominais: aquele que identifica o beneficiário/ o seu titular (credor). 
A transferência da titularidade exige não apenas a tradição (entrega do documento a outra pessoa), 
mas também um ato formal. Tradição + Ato Formal. Se for:
À ordem: circula por endosso.
O endosso (ato típico do regime cambial) é o ato formal necessário para a transferência dos títulos 
“à ordem” – art. 910, CC/02. Art. 914, CC/02 – Regula o CC que o endossante não se responsabiliza 
pelo pagamento do título, exceto se dispuser de forma contrária no ato do endosso.
Art. 914. Ressalvada cláusula expressa em contrário, constante do endosso, não responde o 
endossante pelo cumprimento da prestação constante do título. 
§ 1°Assumindo responsabilidade pelo pagamento, o endossante se torna devedor solidário. 
§ 2° Pagando o título, tem o endossante, ação de regresso contra os coobrigados anteriores. 
OBS: O caput desse artigo não tem aplicabilidade porque as leis especiais que regem os títulos dispõe 
que o endossante é o responsável pelo pagamento, salvo se dispuser de maneira contrária no ato do 
endosso.
Não à ordem: circula por meio de cessão civil.
O título “não à ordem” ou “não endossável” implica na não possibilidade de circular por meio de 
endosso, mas poderá circular por meio da cessão civil de crédito. Assim a cláusula “não à ordem” 
impossibilita a circulação por endosso, mas há possibilidade de circulação por cessão civil de crédito.
Nominativos: São aqueles emitidos em favor de pessoa determinada, cujo nome 
consta de registro específico mantido pelo emitente do título (art. 921, CC/02). 
Não podem ser transferidos mediante endosso. A transferência só se opera 
validamente por meio de termo no referido registro, o qual deve ser assinado pelo 
emitente (proprietário) e pelo adquirente do título (art. 922, CC/02).
 Art. 922. Transfere-se o título nominativo mediante termo, em registro do 
emitente, assinado pelo proprietário e pelo adquirente. 
Pode não ser nominal, mas é possível a circulação em preto - § 1º art. 923, 
CC/02.
Pode o emitente exigir a autenticidade da assinatura.
Ex.: ações das sociedades anônimas. Obs.: As ações de companhias e 
sociedades anônimas não são títulos de crédito, já que não decorrem de uma 
operação de crédito e seu possuidor só adquire os direitos de acionista. O 
acionista não adquire direito de crédito, mas apenas direito de acionista.
QUANTO AO CONTEÚDO DAS DECLARAÇÕES:
Próprios: 
São aqueles que consubstanciam uma operação de crédito e correspondem a documentos de legitimação. São aqueles 
que encerram uma verdadeira operação de crédito, subordinada, a sua existência, à confiança que inspiram os que dele 
participam – são aqueles que preenchem todos os requisitos e princípios do Direito Cambiário, bem como os seus atributos – 
ex.: letra de câmbio e nota promissória.
Impróprios: 
Embora também sejam títulos de legitimação, não visam à circulação de direitos. Caracterizam-se como meros 
instrumentos comprobatórios da sua causa e não encerram operações de crédito, ou seja, não representam uma verdadeira 
operação de crédito, mas, que quando revestidos de certos requisitos dos títulos de crédito propriamente ditos, circulam com 
as garantias que caracterizam esses papéis.
➢Títulos de participação: conferem aos seus titulares, na qualidade de sócios, direito de participação em relação ao quadro 
associativo. São direitos de natureza pessoal e patrimonial. 
➢Títulos de legitimação: não se confundem com comprovantes de legitimação. Estes são, em regra, intransferíveis e devem 
ser apresentados para sua utilização. Os títulos de legitimação, porsua vez, confere ao portador o direito de receber coisa 
ou prestação de serviço. 
➢Ações e debêntures: as ações, parcela mínima que integra o capital social de uma S/A, não observam os princípios 
cambiários (cartularidade, literalidade e autonomia), embora seja titulo de resgate; é titulo impróprio de participação. As 
debêntures, por sua vez, são títulos de crédito que conferem direito de crédito ao seu titular, contra a sociedade emissora. 
➢Duplicatas: visa documentar o saque pelo vendedor da importância faturada ou pela prestação do serviço. No entanto, 
aplicam-se os princípios cambiários. 
➢Títulos representativos 
➢Títulos de financiamento e títulos de investimento; Entre outros exs. como: conhecimento de depósito, warrant, 
conhecimento de frete.
Questão de Prova
(Promotor/MP-PB/2011) Assinale, dentre as alternativas 
abaixo, aquela que corresponde a um título de crédito 
causal:
a) duplicata.
b) letra de câmbio.
c) cheque.
d) nota promissória.
Institutos Cambiários
• São eles: saque, aceite, endosso, aval, protesto.
Saque
• Ato de emissão do título de crédito. O sacador é o 
emitente. Caso o título seja uma ordem de pagamento 
serão três figuras: sacador, sacado e tomador. Se for uma 
promessa da pagamento, duas figuras intervenientes: 
sacador e beneficiário. 
• Ressaque (art. 52, LUG): ato que permite que o portador 
emita, à vista, uma nova letra baseada naquela não paga, 
desde que vencida e protestada, contra qualquer um dos 
coobrigados. 
Aceite
• Ato pelo qual, na Letra de Câmbio, o sacado aceita a 
ordem que lhe foi dada, pelo sacador, tornando-se, 
assim, devedor principal na medida do seu aceite.
• Na letra de câmbio é ato facultativo; na duplicata, é 
obrigatório. 
Questão de Prova
(VI Exame da OAB-2011) Com relação ao instituto do aceite dos títulos 
de crédito, assinale a alternativa correta.
a) a duplicata não pode ser aceita, sem qualquer fundamentação pelo 
sacado; neste caso, ele não será responsável pelo pagamento do título.
b) para a cobrança de uma duplicata não aceita, é necessária apenas a 
realização de seu protesto.
c) o aceite de cheque é condição essencial para que o beneficiário 
possa executar o sacado.
d) o aceite de uma letra de câmbio torna o sacado devedor direto do 
título.
Endosso
• “Ato cambiário abstrato e formal, decorrente de 
declaração unilateral de vontade e corresponde a uma 
declaração cambiaria eventual e sucessiva, manifestada 
no título de crédito, ainda que, dele não conste a cláusula 
à ordem, pela qual, o beneficiário ou terceiro adquirente 
(endossante) transfere os direitos dele decorrentes a 
outra pessoa (endossatário), ficando, em regra, o 
endossan te responsáve l pe lo ace i t e e pe lo 
pagamento” (ROSA JR., 2007, 219).
• O endosso é o principal modo de se transferir um título 
de crédito, não se confundindo, todavia, com a cessão 
civil de créditos. 
• O endosso pode ser: a) em preto ou em branco; b) 
próprio ou impróprio (endosso-mandato e endosso-
caução); c) endosso sem garantia; d) endosso póstumo; 
e) cláusula proibitiva de novo endosso.
• Atenção: endosso parcial é NULO.
Questão de Prova
(Advogado/AGU/2009-CESPE) Acerca dos títulos de 
crédito, julgue o item subsequente (certo ou errado). Para a 
validade do endosso dado no anverso do título de crédito, é 
suficiente a assinatura do endossante, imediatamente após 
a qual ocorre a transferência do referido título.
Aval
• “Declaração cambiaria sucessiva e eventual decorrente 
de uma manifestação unilateral de vontade, pela qual 
uma pessoa, natural ou jurídica, estranha à relação 
cartular, ou que nela já figura, assume obrigação 
cambiaria autônoma e incondicional de garantir, total ou 
parcialmente, no vencimento, o pagamento nas 
condições nele estabelecidas” (ROSA Jr, 2007, 283)
• Aval não se confunde com fiança, instituto civil, 
obrigação subsidiária.
• Aval não admite o benefício de ordem.
• III, art. 1647/CC.
• Avalista responde nas mesmas condições que o 
avalizado (LUG, art. 32; CC, art. 899)
• Aval total, parcial; em preto, em branco; sucessivo, 
simultâneo (Súmula 189, STF).
Questão de Prova
(VII Exame da OAB-2012) Com relação ao instituto do aval, é correto 
afirmar que
a) é necessário o protesto para a cobrança dos avalistas do emitente e 
dos endossantes de notas promissórias.
b) o avalista, quando executado, pode exigir que o credor execute 
primeiro o avalizado.
c) o aval pode ser lançado em documento separado do título de crédito.
d) a obrigação do avalista se mantém, mesmo no caso de a obrigação 
que ele garantiu ser nula, exceto se essa nulidade for decorrente de 
vício na forma.
Vencimento
• À vista;
• A prazo;
• A certo termo de data;
• A certo termo de vista. 
• Pelo vencimento o título torna-se exigível em face dos 
endossantes, sacador e demais coobrigados e perde seu 
poder de circulação. 
Pagamento
• É a quitação do título de crédito. De acordo com o art. 
901/CC: fica validamente desonerado o devedor que 
paga o título de crédito ao legítimo portador, no 
vencimento, sem oposição, salvo se agiu de má-fé. E, 
efetuando o pagamento, pode o devedor exigir a entrega 
do título e sua respectiva quitação.
• Deve o credor procurar o devedor para que este pague o 
título pois, como visto, trata-se de obrigação quesível. 
Protesto
• De acordo com o art. 1º, Lei n. 9492/1997, protesto é o 
ato formal e solene pelo qual se comprova o 
inadimplemento de uma obrigação originada em título e 
em outros documentos de dívida. 
• Fica a cargo do Tabelião de Protesto de Títulos.
• O protesto pode ser facultativo ou necessário.
• Súmula 475/STJ - “Responde pelos danos decorrentes 
do protesto indevido o endossatário que recebe por 
endosso transitivo título de crédito contendo vício formal 
extrínseco ou intrínseco, ficando ressalvado seu direito de 
regresso contra os endossantes e avalistas”.
• Súmula 476/STJ: “O endossatário de título de crédito po 
endosso-mandato só responde por danos decorrentes de 
protesto indevido se extrapolar os poderes de 
mandatário”. 
• De acordo com o art. 9, todos os títulos e documentos de 
dívida protocolizados serão examinados em seus 
caracteres formais e terão curso se não apresentarem 
vícios, não cabendo ao Tabelião de Protesto investigar a 
ocorrência de prescrição ou caducidade, sendo que, 
qualquer irregularidade formal observada pelo Tabelião 
obstará o registro do protesto. 
Ação Cambial
• Ação de execução - art. 784, I, CPC.
• Ação de regresso.
Questão de Prova
(Procurador da Fazenda/AGU/2006-ESAF) Com base no que dispõe o Código Civil Brasileiro sobre Títulos de Crédito, 
julgue os itens a seguir, assinalando, ao final, a opção com a resposta correta.
I. a omissão de algum requisito legal que tire do documento sua validade como título de crédito não implica a 
invalidade do negócio jurídico que lhe deu origem.
II. invalida o título de crédito a cláusula que exclua ou restrinja direitos e obrigações além dos limites fixados em lei. 
III. o pagamento de título de crédito, que contenha obrigação de pagar soma determinada, pode ser garantido por 
aval, total ou parcial. 
IV. o aval posterior ao vencimento do título de crédito não produz efeitos.
V. o pagamento parcial do título não pode ser recusado pelo credor, se no seu vencimento. 
a) V,F,F,F,F
b) V,F,V,V,V
c) F,V,F,V,V
d) V,F,F,F,V
e) V,V,V,F,F
LETRA DE CÂMBIO
• Letra de Câmbio é uma ordem de pagamento, à vista ou 
a prazo, onde o sacador dá a ordem para que o sacado 
efetue o pagamento ao beneficiário.
• Ref. Leg.: Dec. 2044/1908; Dec. 57.663/1966 (LUG); 
Código Civil.
Requisitos Essenciais 
• Expressão Letra de Câmbio no próprio texto;
• Mandato puro e simples;
• Nome do sacado;
• Lugar do pagamento (vide art. 889,§2º/CC);
• Nome do tomador (não se admite letra de câmbio sacada ao 
portador);
• Local e data do saque;
• Assinatura do sacador.
Prazos de Apresentação
• Art. 33/LUG: a vista; aprazo; a certo termo de data; a 
certo termo de vista (não admite cláusula não aceitável).
• Art. 24 - chamado prazo de respiro.
• Consequência da não observância dos prazos de 
apresentação: a) letra comum: credor responde pelas 
despesas de eventual depósito judicial efetuado por um 
dos devedores; b) letra de câmbio com cláusula sem 
despesas, o credor perde o direito de crédito contra 
todos os coobrigados (art. 53/LUG).
Questão de prova
(Juiz/TRT23/2011) Sobre a letra de câmbio é correto afirmar que:
a) deve ser emitida em modelo padronizado, sendo nula se emitida em qualquer 
papel, ainda que preenchidos os requisitos legais;
b) é inadmissível a sua emissão em moeda estrangeira;
c) apresentada a letra ao sacado, este pode pedir nova apresentação no prazo de 10 
dias, a fim de refletir sobre o lançamento ou não do aceite, o qual se denomina prazo 
de respiro;
d) prescreve em 10 anos a pretensão de haver o seu pagamento, nesta condição;
e) se for emitida ou aceita com omissões, ou em branco, pode ser completada pelo 
credor de boa-fé antes da cobrança ou do protesto.
NOTA PROMISSÓRIA
• A Nota Promissória se caracteriza como uma promessa 
de pagamento onde emitente/sacador assume 
compromisso de pagar importância em dinheiro ao 
tomador/beneficiário.
• A Nota não se confunde com a Letra pois naquela temos 
uma promessa de pagamento, ao passo que nessa, uma 
ordem de pagamento.
• Seus requisitos essenciais encontram-se elencados no 
art. 75/LUG, quais sejam: a) expressão nota promissória 
no próprio titulo; b) promessa pura e simples de pagar 
quantia determinada; c) época do pagamento; d) 
indicação do lugar em que se deve fazer o pagamento; e) 
nome do beneficiário; f) indicação da data e do lugar em 
que a nota promissória é passada; g) assinatura do 
subscritor.
• Tais requisitos essenciais são relativizados pelo art. 76.
Questão de Prova
(XIX Exame da OAB-2016) Nanci, empresária individual, contraiu empréstimo com 
instituição financeira, formalizado em contrato de abertura de crédito. A esse contrato 
foi vinculada nota promissória avalizada, emitida pela mutuária em favor do mutuante. 
Em relação à obrigação firmada pelo avalista, assinale a alternativa correta:
a) a nota promissória vinculada ao contrato de abertura de crédito não goza de 
autonomia em razão da iliquidez do título que a originou.
b) a nota promissória vinculada ao contrato de abertura de crédito goza de autonomia 
em razão do contrato de abertura de crédito ser título executivo extrajudicial.
c) o avalista poderá arguir exceção de preexecutividade em razão da iliquidez do título 
que originou a nota promissória, mesmo que esta tenha força executiva e autonomia.
d) a nota promissória gozará de autonomia somente com a anuência do avalista no 
contrato de abertura de crédito, além da sua assinatura no título.
Atenção
• A nota promissória vinculada a um contrato, desde que conste 
expressamente da cártula da nota promissória, é um título causal 
e não abstrato, perdendo a autonomia, já que o terceiro, ao 
receber essa nota promissória, saberá da vinculação ao contrato. 
Esse é o entendimento de Luiz Emydio F. da Rosa Jr. Como regra 
geral, essa nota promissória mantém a força executiva, por 
exemplo, quando vinculada a um contrato de mutuo bancário 
(AgRg no REsp 777.912/RS), a não ser que o contrato a que se 
vincula seja ilíquido, como é o caso de contrato de abertura de 
conta corrente (STJ, EDiv em REsp 262.623/RS).
• Súmula 258 (STJ): “A nota promissória vinculada ao contrato 
de abertura de crédito não goza de autonomia em razão de 
iliquidez do título que a originou”.
CHEQUE
• Ref. Leg.: Lei n. 7357/1985.
• Conceito: “ordem de pagamento emanada de uma 
pessoa (emitente ou sacador) que mantém um contrato 
com uma instituição bancária (sacado) para que este 
pague, à vista, determinada importância ao beneficiário 
nomeado, a sua ordem ou, não havendo nomeação de 
beneficiário ou nomeando-se genericamente o portador 
àquele que a apresentar” (MAMEDE: 2006, v.3, 241).
Notas Introdutórias
• Trata-se de título improprio, de modelo vinculado, abstrato, à vista (art. 32).
➢O sacado não tem obrigação cambial.
➢O banco não é responsável pela provisão de fundos.
O sacado não pode:
➢Aceitar o cheque (art.6)
➢Endossar (art.18 par.1)
➢Avalizar (art. 29)
REQUISITOS DO CHEQUE 
Art.1º da Lei do Cheque e art. 3º da Lei 6.268/75: expressão cheque; ordem 
incondicional de pagar quantia determinada; nome do sacado; lugar do pagamento; local e 
data da emissão; assinatura do emitente ou de seu mandatário. 
MODALIDADES DE CHEQUE: 
➢Cheque visado;
➢Administrativo; 
➢Cruzado;
➢E para se levar em conta.
• Classifica-se como título abstrato, modelo vinculado, à 
vista, que aceita endosso em branco ou em preto, 
nominal (no entanto, os cheques com valores inferiores a 
R$100,00 podem circular ao portador - art. 69, Lei n. 
9069/1995). O cheque é pagável à pessoa nomeada, com 
ou sem cláusula à ordem, circulando por endosso; se 
com cláusula não à ordem, só é transmissível pela forma 
e com os efeitos de uma cessão civil (art. 17).
• Se caracteriza como instrumento de pagamento.
Aval
• Art. 29: o cheque pode ser garantido, no todo ou em 
parte, por aval prestado por terceiro, exceto pelo sacado 
ou mesmo por signatário. 
• O aval deve indicar a pessoa em favor de quem é dado. 
Não sendo feito, presume-se em favor do sacador (art. 
31, LUG)
Cheque Pós-datado
• Prática comum é o chamado cheque “pré-datado” (em 
verdade, cheque pós-datado). Essa prática não encontra 
respaldo legal pois de acordo com art. 32 cheque é uma 
ordem de pagamento à vista considerando-se não escrita 
qualquer menção em contrário. 
• No entanto, a sua apresentação antecipada gera dano 
moral (Sumula 370, STJ).
• Atenção: caso a prova cobre a contagem de prazo 
prescricional de cheque pós-datado, se basear na Lei 
(arts. 32, 47 e 59), salvo se enunciado da questão pedir 
posicionamento doutrinário-jurisprudencial.
Revogação e Sustação
• Os artigos 35 e 36 cuidam da revogação (ou contra-
ordem) e oposição (sustação), respectivamente.
• A revogação é ato exclusivo do emitente e produzirá 
efeitos após expirado o prazo de apresentação.
• A sustação é ato que pode ser praticado pelo emitente 
ou portador e seus efeitos são imediatos. 
• Cuidado!: a revogação ou sustação podem caracterizar a 
prática de crime de estelionato (CP, art. 171, §2º, VI, se 
constatado o dolo), sendo que o sacado não tem 
competência para avaliar as razões do pedido. 
Apresentação e pagamento 
do cheque
• Arts. 32 a 43.
• Prazo de apresentação: 30 ou 60 dias, sendo o cheque 
de mesma praça ou praça distinta. Caso o cheque não 
seja apresentado para pagamento no prazo previsto, o 
art. 47, § 3º determina que : “o portador que não 
apresentar o cheque em tempo hábil, ou não comprovar 
a recusa de pagamento pela forma indicada neste artigo, 
perde o direito de execução contra o emitente, se este 
tinha fundos disponíveis durante o prazo de apresentação 
e os deixou de ter, em razão de fato que não lhe seja 
imputável”.
Prescrição 
• O prazo prescricional do cheque é de seis meses a contar 
do final do prazo de apresentação (art. 59). A ação de 
regresso de uma obrigado ao pagamento do cheque 
contra outro também prescreve em seis meses, porém, 
contados do dia em que o obrigado pagou o cheque ou 
do dia em que foi demandado (art. 59, parágrafo único).
• Já a ação de enriquecimento ilícito (locupletamento) 
contra o emitente ou demais coobrigados prescreve em 
dois anos a contar da data em que se consumou a 
prescrição prevista no art. 59 (art. 61).
Ação por Falta de 
Pagamento
Art . 47 Pode o portador promover a execução do cheque:
I - contra o emitente e seu avalista;
II - contra os endossantes e seus avalistas, se o cheque apresentado em tempo 
hábil e a recusa de pagamento é comprovada pelo protesto ou por declaração do 
sacado, escrita e datada sobre o cheque, com indicação dodia de apresentação, 
ou, ainda, por declaração escrita e datada por câmara de compensação.
§ 1º Qualquer das declarações previstas neste artigo dispensa o protesto e 
produz os efeitos deste.
§ 2º Os signatários respondem pelos danos causados por declarações inexatas.
§ 3º O portador que não apresentar o cheque em tempo hábil, ou não 
comprovar a recusa de pagamento pela forma indicada neste artigo, perde o direito 
de execução contra o emitente, se este tinha fundos disponíveis durante o prazo de 
apresentação e os deixou de ter, em razão de fato que não lhe seja imputável.
§ 4º A execução independe do protesto e das declarações previstas neste 
artigo, se a apresentação ou o pagamento do cheque são obstados pelo fato de o 
sacado ter sido submetido a intervenção, liquidação extrajudicial ou falência.
Atenção! 
• Súmula 600, STJ: “Cabe ação executiva contra o 
emitente e seus avalistas, ainda que não apresentando o 
cheque ao sacado no prazo legal, desde que não 
prescrita a ação cambiária”. 
Questões de Prova
(FCC – TJPI – Juiz Substituto – 2015) Alberto emitiu um cheque nominal em 
favor de Bruno, que, por sua vez, endossou o título a Carlos, subordinando o 
endosso a determinada condição que anotou do verso da cártula. Carlos 
então apresentou o cheque para pagamento ao banco sacado dentro do 
prazo legal. Nesse caso, considerando que Alberto mantém fundos 
suficientes e disponíveis para o pagamento, o banco sacado deve
(A) pagar o cheque, mas desde que tenha sido previamente informado pelo 
endossante ou pelo sacador sobre a realização da condição anotada na cártula.
(B) pagar o cheque, reputando-se não escrita a condição anotada na cártula pelo 
endossante.
(C) pagar o cheque, mas desde que lhe seja apresentada, pelo endossatário, 
prova escrita da realização da condição anotada na cártula.
(D) negar o pagamento, pois a anotação de condição pelo endossante da cártula 
invalida o cheque.
(E) negar o pagamento, pois a anotação de condição torna o cheque título causal, 
impossibilitando, por consequência, a sua transmissão por endosso.
(XVIII Exame da OAB-2015) Feijó recebeu de Moura um cheque com 
cruzamento especial no valor de R$2.300,00 (dois mil e trezentos reais). 
Acerca das disposições legais que disciplinam tal espécie de cheque, 
assinale a alternativa correta:
a) o cheque com cruzamento especial pode ser pago em dinheiro no 
estabelecimento contra o qual foi sacado ou mediante a uma câmara de 
compensação.
b) o cruzamento especial não pode ser convertido em geral e a inutilização 
do cruzamento ou do nome do banco é reputada como inexistente.
c) a aposição de vários cruzamentos especiais invalida o cheque, exceto se 
o portador, no primeiro cruzamento, indicar o mesmo banco que o sacado.
d) o cheque com cruzamento especial obriga o sacado a debitar a quantia 
indicada no título da conta do emitente e a reservá-la em benefício do 
portador legitimado, durante o prazo de apresentação. 
DUPLICATA
• Título tipicamente brasileiro.
• Ref. Leg. : Lei n. 5474/1966.
Conceito
• Conceitua-se como “título de crédito formal, impróprio, 
causal, à ordem, extraído por vendedor, ou prestador de 
serviços, que visa documentar o que fundado sobre 
crédito decorrente de compra e venda mercantil ou 
prestação de serviços, assimilada aos títulos cambiários 
por lei, e que tem como seu pressuposto a extração de 
uma fatura” (ROSA Jr.: 2007, 673).
Requisitos
• expressão duplicata no próprio texto, data da emissão e número de sua ordem;
• numero da franquia da qual ela foi extraída;
• data certa do vencimento (a certo termo de vista ou a certo termo de data) ou à vista;
• identificação completa do vendedor e do comprador;
• importancia a ser paga;
• local ou praça do pagamento;
• cláusula à ordem (não se admite cláusula não à ordem);
• assinatura do comprador;
• assinatura do vendedor.
Fatura
• Nas compras mercantis entre partes domiciliadas no 
território brasileiro, com prazo não inferior a 30 dias, 
contado da data de entrega ou despacho das 
mercadorias, o vendedor deve extrair a respectiva fatura 
para apresentação ao comprador.
• Fatura é de extração obrigatória e duplicata, facultativa.
• Caso se extraia a duplicata, ela deverá ser escriturada em 
livro específico, qual seja, Livro de Registro de 
Duplicatas.
Remessa e Devolução
• Remessa: 30 dias (art. 6);
• Devolução: 10 dias, podendo haver intermédio de 
instituição financeira (art. 7).
Aceite
• Na duplicata o aceite é obrigatório, podendo ser 
recusado, nas hipóteses elencadas no art. 8 - avaria ou 
não recebimento das mercadores, quando não expedidas 
ou não entregues por conta e risco; vícios, defeitos e 
diferenças na qualidade ou quantidade das mercadorias, 
devidamente comprovados; divergência nos prazos ou 
nos preços ajustados.
• O aceite pode ser ordinário; por comunicação (ocorre 
quando há a retenção da duplicata pelo comprador em 
face da autorização da instituição financeira encarregada 
da cobrança, comunicando o sacado por escrito sobre a 
retenção e o aceite); por presunção (sacado recebe a 
mercadoria, sem recusa expressa do aceite).
Protesto
• Protesto por falta de pagamento, por falta de devolução e 
por falta de aceite.
• Prazo de 30 dias a contar de seu vencimento.
• Protesto por indicação.
Execução 
• Pode-se executar ou pedir a falência do devedor 
empresário com base em duplicata mercanti l , 
regularmente aceita. No entanto, para que se requeira a 
falência, faz-se necessário o protesto.
• Atenção: art. 15, I e II.
Prescrição
• 03 anos, a contar do vencimento, contra devedor 
principal;
• 01 ano, contra coobrigados, a contar do protesto;
• 01 ano, coobrigados entre si, a contar da data em que 
um deles efetuou o pagamento.
Duplicata Virtual
• Art. 8, p.u., Lei n. 9492/1997 - “poderão ser 
recepcionadas as indicações a protestos das Duplicatas 
Mercantis e de Prestação de Serviços, por meio 
magnético ou de gravação eletrônica de dados, sendo de 
inteira responsabilidade do apresentante os dados 
fornecidos, ficando a cargo dos Tabelionatos a mera 
instrumentalização das mesmas”. 
• Para Luiz Emygdio Rosa Jr. (2007, 755): “o vendedor, via 
computador, saca a duplicata e envia pelo mesmo 
processo ao banco, que, igualmente, por meio 
magnético, realiza a operação de desconto, creditando o 
valor correspondente ao sacador, expedindo, em 
seguida, guia de compensação bancária, que, por 
correio, é enviada ao devedor da duplicata virtual, para 
que o sacado, de posse do boleto, proceda ao 
pagamento em qualquer agência bancária”. 
• O Código Civil, em seu art. 889, §3º prevê que “o título 
poderá ser emitido a partir dos caracteres criados em 
computador ou meio técnico equivalente e que constem 
da escrituração do emitente, observados os requisitos 
mínimos previstos nesse artigo”. 
Questão de Prova
(Procurador Município/São Paulo-SP/2008-FCC) A duplicata e um título de 
crédito
a) que pode ser extraído para documentar o saque do vendedor pela importância 
faturada ao comprador, e se levado a protesto por falta de aceite, de devolução 
ou pagamento.
b) formal, que só admite protesto por falta de pagamento.
c) causal, que só pode ser emitido para documentar a prestação de serviços por 
empresários individuais ou sociedades empresarias. 
d) causal, que só pode ser emitido para documentar a venda e compra mercantil.
e) que consubstancia promessa de pagamento à vista, admite endosso e pode 
ser levado a protesto por falta de aceite ou falta de pagamento.
OUTROS TÍTULOS
• São eles:
➢Títulos de Legitimação - Os que asseguram ao seu 
portador a prestação de um serviço ou acesso a 
prêmios em certame promocional: - ex: bilhete de 
metrô, raspadinha;
➢Títulos Representativos - Instrumentos jurídicos, que 
representam titularidade de mercadoria custodiada 
(custódia de terceiro não proprietário).;
➢Títulos de Financiamento - Instrumentos cedulares 
representativos de crédito decorrente de financiamento;
➢Títulos de Investimento - Destinam-se à captação de 
recursos pelo emitente - assemelha-se a mútuo..
Títulos de Crédito 
Comercial
• Destaque para o conhecimento de depósito e warrant, 
regidos pelo Dec. 1102/1903. São títulos emitidos pelos 
armazéns gerais. São emitidos conjuntamente (chamados 
títulos irmãos), mas podem circular conjunta ou 
separadamente.
• O conhecimento de depósito representa a mercadoria 
depositada, o qual pode circular por endosso. A warrant, 
por sua vez, é título constitutivo de promessa de 
pagamento, cuja garantia é a própria mercadoria 
depositada.
• Também são títulos de crédito comercial as cédulas de 
crédito comercial e notas de crédito comercial, regidas 
pela Lei n. 6840/1980. São títulos causais, emitidos com 
base em financiamento para fins de incremento da sua 
atividade empresarial. Se configuram como promessas 
de pagamento, sendo que a cédula possui garantia real 
ao passo que a nota não.
Títulos de Crédito Industrial
• Ref. Leg. - Decreto-Lei n. 413/1969.
• São as cédulas de crédito industrial e as notas de crédito 
industrial. São títulos causais, emitidos em virtude de 
financiamento para fins industriais. São promessas de 
pagamento, sendo que as cédulas possuem garantia real 
ao passo que as notas, não.
Títulos de Crédito à 
Exportação
• Ref. Leg. - Lei n. 6313/1975.
• Títulos causais emitidos em virtude de financiamento 
para exploração de atividades destinadas à exportação. 
• Promessas de pagamento, sendo que as cédulas 
possuem garantia real ao passo que as notas, não.
Títulos de Crédito Rural
• Decreto-lei n. 167/67 - cédulas e notas rurais; nota 
promissória rural; duplicata rural. 
• Lei n. 8929/1994 - cédula de produto rural (CPR)

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