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Que nossa aula seja muito agradável e que possamos aprender muito, todos juntos! Renata São Leandro: Economista graduada pela Universidade de Sorocaba (UNISO), especialista em Engenharia da Qualidade formada pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP), Mestra em Comunicação e Cultura formada pela Universidade de Sorocaba (UNISO), Doutoranda em Comunicação e Cultura pela Universidade de Sorocaba (UNISO). Palestrante, conta ainda com quinze anos de vivência na docência do ensino superior e dezesseis anos de experiência no segmento industrial, atuando na área administrativa, com ênfase na coordenação, planejamento e gestão de recursos organizacionais, materiais, patrimoniais, financeiros e humanos. Suas contribuições técnicas e humanas criaram e desenvolveram uma ponte entre as análises econômicas e a conduta comportamental das organizações, incentivando a aplicação de conceitos de gestão baseados na motivação para o sucesso e para a otimização dos recursos. Desenvolveu, no campo interdisciplinar do conhecimento, a melhor compreensão das pessoas, dos processos e das empresas e, até hoje, orienta seu olhar observacional para a pesquisa e para a prática produtiva pautada em princípios éticos e sustentáveis. Vamos conhecer nossa disciplina? Governança Corporativa • carga horária semanal: 03 horas/aula • carga horária semestral: 60 horas/aula Ementa (Pontos Essenciais): Esta disciplina trata do que vem a ser a governança corporativa, seus princípios, sua necessidade e das principais práticas requeridas dos seus principais agentes. Trata também do que é uma má governança e dos novos desafios da boa governança. Objetivos Gerais: Contribuir para o desenvolvimento das competências requeridas dos alunos, para que possam bem exercer seu papel, conforme definidas no Projeto Pedagógico dos Cursos, em consonância com suas Diretrizes Curriculares Nacionais. Objetivos Específicos: Saber o significado e os principais princípios da governança corporativa, sua importância/necessidade e como deve ser praticada, por meio de seus principais agente. COMPETÊNCIAS • Senso crítico e capacidade de contextualização . • Visão estratégica. • Pensamento sistêmico. • Orientação para processos. • Orientação para as necessidades do cliente . • Orientação para resultados. • Consciência ética e social . • Solução de problemas. • Trabalho em equipe. • Comunicação e expressão. • Desenvolvimento pessoal . CONTEÚDO PROGRAMÁTICO 1. O que é a governança corporativa 2. Princípios da governança corporativa 3. O imperativo da governança corporativa 4. Principais atribuições/responsabilidades dos agentes da governança corporativa 5. Quando a governança corporativa não cumpre os seus papéis 6. Novos desafios da governança corporativa PLANO DE AULA Procedimentos Didáticos, Habilidades e Competências. Procedimentos Didáticos: Leitura e análise crítica de textos, discussão e apresentação de ideias, debates, estudos individuais e em grupo, filmes/vídeos, estudos de caso sempre com o suporte das referências bibliográficas; Habilidades: Formar profissionais com visão mercadológica e em sincronicidade com os processos, costumes, políticas, leis, regulamentos e instituições que regulam a maneira como uma empresa é dirigida, administrada ou controlada. Competências: Formação técnica, teórica, humana e ética proporcionando o aperfeiçoamento das análises relacionadas à Governança Corporativa. ROSSETTI, J.P.; ANDRADE, A. Governança corporativa: fundamentos, desenvolvimento e tendências. 7ª ed. São Paulo: Atlas, 2014 SILVEIRA, A.D.M. Governança corporativa no Brasil e no mundo: teoria e prática. 2ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2015 INSTITUTO BRASILEIRO DE GOVERNANÇA CORPORATIVA. Código das melhores práticas de governança corporativa. 5ª ed. São Paulo: IBGC, 2015 (*) Bibliografia Básica: Esse livro mescla a análise gerencial das práticas de alta gestão com as evidências da investigação acadêmica, com resultados de pesquisas de campo de consultorias e com proposições de instituições de mercado. O resultado é uma obra expositiva, elegante, didática e abrangente. Esta obra apresenta uma nova abordagem comportamental centrada no fator humano que permite alcançar o objetivo maior da boa governança: criar um ambiente no qual as pessoas desejem, voluntariamente, cumprir as regras, agir eticamente e tomar decisões alinhadas ao propósito da organização. Bibliografia Básica: O Código apresenta recomendações das melhores práticas de governança com o objetivo de contribuir para a evolução da governança corporativa das empresas e demais organizações atuantes no Brasil. Bibliografia Complementar: SILVA, E.C. Governança corporativa nas empresas: guia prático de orientação para acionistas, investidores, conselheiros de administração, executivos, gestores, analistas de mercado e pesquisadores. 4ª ed. São Paulo: Atlas, 2016. INSTITUTO BRASILEIRO DE GOVERNANÇA CORPORATIVA. Modelo de regimento interno de conselho de administração. São Paulo: IBGC, 2008 . Por Edson Cordeiro Silva As principais questões que os acionistas, executivos, investidores, empresários, conselheiros e todas as pessoas envolvidas com processos de governança devem saber são abordadas nesta obra como o Código das Melhores Práticas de governança corporativa, as iniciativas de estímulo e aperfeiçoamento ao modelo de governança, os indicadores financeiros e não financeiros estratégicos, a relevância da transparência na divulgação das informações ao mercado, a ética nos negócios, no conselho de administração, fraudes e corrupções, grandes escândalos (contabilidade criativa) manipulação de dados contábeis e a governança nas empresas familiares. Lançado em 2008, o documento propõe às companhias, abertas e fechadas, um modelo de regimento para disciplinar o funcionamento de um conselho de administração. A proposta está em consonância com a regulamentação, a legislação e com o Código das Melhores Práticas de Governança Corporativa. Este material está disponível em seu formato digital e também em cópia física para consulta na sede do IBGC. Bibliografia Complementar: INSTITUTO BRASILEIRO DE GOVERNANÇA CORPORATIVA. Guia de orientação para melhores práticas de comitês de auditoria. São Paulo: IBGC INSTITUTO BRASILEIRO DE GOVERNANÇA CORPORATIVA. Monitoramento de desempenho empresarial. São Paulo: IBGC, 2017 ASSI, M. Governança, riscos e compliance: mudando a conduta nos negócios. São Paulo: Saint Paul Editora, 2018 Publicações disponíveis no site www.ibgc.org.br. www.ibgc.org.br Lembrando que a leitura desenvolve a concentração, a memória, o foco seletivo e a imaginação, ajudando a manter o cérebro saudável e jovem. ENTÃO, VAMOS AS NOSSAS REFLEXÕES INICIAIS! Sempre que possível, a nossa fala deve ser portadora de otimismo, esperança e alegria. Deixe que os outros vivam suas vidas tanto quanto você deseja viver a sua vida. Dificuldades atrapalham, é certo. Entretanto, sem obstáculos, nenhum de nós consegue efetuar a superação das próprias limitações. Mostre que você é capaz de gerar esperança e alegria no encalço das boas realizações. A vida é aquilo que desejamos diariamente! Gratos pela vida, vamos começar a aula de hoje! Nosso estudo de hoje: Professora Renata Muller Veiga São Leandro GOVERNANÇA EM EMPRESAS PÚBLICAS Iniciamos nossas discussões lembrando que o conceito de governança se aplica a todos tipos de organização: privada, pública, terceiro setor, capital aberto, capital fechado e pequena e microempresa. Nasce aí, a necessidade de um diálogo aberto e honesto com a sociedade. Isso é essencial para fortalecer os laços de confiança com a instituição e reduzir o nível de incertezas em relação à sua atuação. E quais são os desvios de integridade na gestão pública que devem ser alvo de constantepreocupação para a governança pública? É preciso criar um “cultura de governança centrada no cidadão que utilize ferramentas, políticas e práticas inovadoras e sustentáveis para promover transparência, capacidade de resposta e responsabilização do governo, de forma a incentivar a participação das partes interessadas no apoio à democracia e ao crescimento inclusivo” (OCDE, 2017d). Todos podemos colaborar? Sim!! Todos podemos colaborar! Um dos principais pilares da política de governança é a sua abertura à construção horizontalizada de iniciativas e de instrumentos para aprimoramento da governança. A construção conjunta de boas práticas de governança por todos os órgãos e entidades interessadas garante maior legitimidade ao processo. E o que é, então, a Governança Pública? Vamos assistir ao vídeo “O que é Governança Pública?" Disponível em: https://youtu.be/kGYdT1mJ-0c Acesso em 30 AGO 2022 Duração: 4 minutos e 19 segundos Governança pública é o sistema que assegura, às partes interessadas pertinentes, o governo estratégico das organizações públicas e o efetivo monitoramento da alta administração. A governança pública assegura, ainda, às partes interessadas, equidade e transparência (responsabilidade pelos resultados) com obediência aos princípios constitucionais e às políticas de consequência. Vamos ver como estão os seus conhecimentos sobre a governança corporativa? Imagine a seguinte situação: João, Ana e Maria são irmãos. Seu pai faleceu recentemente e deixou como herança um grande e lucrativo hospital que ele mesmo administrava. Enquanto as questões de partilha são resolvidas, sua mãe ficou responsável pela gestão do patrimônio. Entretanto, além dos três irmãos, há mais um irmão, Franco, que sempre foi excessiva e explicitamente protegido por sua mãe. Franco e sua mãe trabalhavam com o pai no hospital e conhecem muito bem o negócio. João, Ana e Maria não têm interesse em participar da gestão do hospital, mas concordam que é preciso “vigiar” as ações de sua mãe e de Franco, pois eles não querem ser prejudicados na partilha. Como toda a família, em especial João, Ana e Maria se beneficiariam se a empresa da família fosse adotada a Governaça Corporativa nessa empresa? • auditorias independentes; • unidades de avaliação; • unidades de controle interno e externo; • instrumentos fundamentais para o exercício do controle. A relação entre a coisa pública e a gestão se dá por meio de práticas tais como: A governança pública requer práticas que tenham por objetivo gerar transparência e aprimorar o nível de confiança entre todas as partes interessadas e que geram impacto no valor, na sustentabilidade financeira e orçamentária, social e ambiental e na governabilidade da organização. Quais são os princípios da governança pública? Transparência Consiste no desejo de disponibilizar para as partes interessadas as informações que sejam de seu interesse e não apenas aquelas impostas por disposições de leis ou regulamentos. Não deve restringir-se ao desempenho econômico-financeiro, contemplando também os demais fatores (inclusive intangíveis) que norteiam a ação gerencial e que conduzem à preservação e à otimização do valor da organização. Equidade Caracteriza-se pelo tratamento justo e isonômico de todos os sócios e demais partes interessadas (stakeholders), levando em consideração seus direitos, deveres, necessidades, interesses e expectativas. Prestação de contas (accountability) Os agentes de governança devem prestar contas de sua atuação de modo claro, conciso, compreensível e tempestivo, assumindo integralmente as consequências de seus atos e omissões e atuando com diligência e responsabilidade no âmbito dos seus papéis. No caso da governança pública, accountability é traduzido como responsabilidade com ética e remete à obrigação, à transparência, de membros de um órgão administrativo ou representativo de prestar contas a instâncias controladoras ou a seus representados. Responsabilidade corporativa Os agentes de governança devem zelar pela viabilidade econômico- financeira das organizações, reduzir as externalidades negativas de seus negócios e suas operações e aumentar as positivas, levando em consideração, no seu modelo de negócios, os diversos capitais (financeiro, manufaturado, intelectual, humano, social, ambiental, reputacional etc) no curto, médio e longo prazos." Todos esses princípios são advindos de estratégias, sistemas, políticas e processos estabelecidos. A governança no setor público compreende essencialmente os mecanismos de liderança, estratégia e controle postos em prática para avaliar, direcionar e monitorar a atuação da gestão, com vistas à condução de políticas públicas e à prestação de serviços de interesse da sociedade. A boa governança é crucial para qualquer sociedade que deseje promover seu desenvolvimento econômico e o bem-estar de seu povo. No nível mais básico, governança pública significa a capacidade de estabelecer metas para a sociedade, bem como a capacidade de desenvolver programas que permitam atingir esses objetivos. O Decreto nº 9.203, de 22 de novembro de 2017, trata a governança pública como um “conjunto de mecanismos de liderança, estratégia e controle postos em prática para avaliar, direcionar e monitorar a gestão, com vistas à condução de políticas públicas e à prestação de serviços de interesse da sociedade”. Considera-se que governança pública compreende tudo o que uma instituição pública faz para assegurar que sua ação esteja direcionada para objetivos alinhados aos interesses da sociedade. Sem governança adequada é pouco provável que os interesses identificados reflitam as necessidades dos cidadãos, que as soluções propostas sejam as mais adequadas e que os resultados esperados impactem positivamente na sociedade. PARA QUE SERVE UMA POLÍTICA DE GOVERNANÇA? Uma das principais funções da política de governança é garantir que a atuação pública seja tida como legítima pelo cidadão, de forma a fortalecer o cumprimento voluntário de regras sociais e a reduzir a necessidade de controles mais rígidos e burocráticos. As principais motivações para criação de política de governança são: • necessidade de se fortalecer a confiança da sociedade nas instituições públicas; • busca por maior coordenação das iniciativas de aprimoramento institucional; • estabelecer patamares mínimos de governança. Uma sociedade saudável passa pela ideia de um Estado cujas instituições entregam os resultados previamente pactuados, a partir de um processo que mitiga as assimetrias de poder e permite a construção coletiva de objetivos e prioridades. Assimetria de Poder: diferenciais de poder político ou de poder econômico que separam as instituições ou países. Vamos assistir ao vídeo “O estado de bem- estar social" da Dinamarca.” Disponível em: https://youtu.be/bH4BtXlD93c Acesso em 30 Ago 2022 Duração: 7 minutos e 51 segundos Importante destacar que boas práticas de governança não são receitas universais e atemporais, devendo ser constantemente reexaminadas, ainda que já tenham se provado excelentes. Para o Banco Mundial, em seu Relatório de Desenvolvimento Mundial de 2017, é necessário repensar a governança pública a partir de quatro resultados desejáveis, uma espécie de síntese última dos fins estatais: segurança, crescimento, equidade e sustentabilidade (Banco Mundial, 2017). Então, um dos grande desafios de uma boa governança pública é estabelecer, em todas as instâncias públicas, comprometimento, coordenação e cooperação para a realização de suas políticas. Além de eficiência, será necessário: • garantir a capacidade de resposta; • a publicidade na transparência e na prestação de contas; • Confiabilidade ... não há legalidade que possa se desvincularda confiabilidade. A transparência representa o compromisso da administração pública com a divulgação das suas atividades, prestando informações confiáveis, relevantes e tempestivas à sociedade. Então, vamos a última pergunta da noite … CANSADOS? Ehhhhh, acabou!! Obrigada pela dedicação! Por hoje é só!!!! Bons estudos e até o nosso próximo encontro!!