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Prévia do material em texto

Assembleia Legislativa do 
Estado do Amapá - ALAP 
Assistente Administrativo 
 
 
 
 
Língua Portuguesa 
Interpretação de texto ....................................................................................................................................................................................... 1 
Argumentação. Pressupostos e subentendidos .................................................................................................................................... 3 
Níveis de linguagem ............................................................................................................................................................................................ 7 
Ortografia e acentuação. ................................................................................................................................................................................... 8 
Articulação do texto: coesão e coerência. ............................................................................................................................................. 17 
Classes de palavras .......................................................................................................................................................................................... 26 
Sintaxe. Termos da oração. Processos de coordenação e subordinação. .............................................................................. 47 
Discurso direto e indireto ............................................................................................................................................................................. 71 
Tempos, modos e vozes verbais ................................................................................................................................................................. 76 
Flexão nominal e verbal ................................................................................................................................................................................. 77 
Concordância nominal e verbal. Regência nominal e verbal. Ocorrência da Crase. ........................................................ 83 
Pontuação. ............................................................................................................................................................................................................. 83 
Equivalência e transformação de estruturas ....................................................................................................................................... 88 
Redação. ................................................................................................................................................................................................................. 89 
Raciocínio Lógico-Matemático 
Números inteiros e racionais: operações (adição, subtração, multiplicação, divisão, potenciação); ........................ 1 
Expressões numéricas; .......................................................................................................................................................................................6 
Múltiplos e divisores de números naturais; problemas ................................................................................................................... 8 
Frações e operações com frações .............................................................................................................................................................. 10 
Números e grandezas proporcionais: razões e proporções; ....................................................................................................... 12 
Divisão em partes proporcionais; ............................................................................................................................................................. 14 
Regra de três; ....................................................................................................................................................................................................... 17 
Porcentagem e problemas ............................................................................................................................................................................ 20 
Estrutura lógica de relações arbitrárias entre pessoas, lugares, objetos ou eventos fictícios; deduzir novas 
informações das relações fornecidas e avaliar as condições usadas para estabelecer a estrutura daquelas 
relações ................................................................................................................................................................................................................... 21 
Compreensão e elaboração da lógica das situações por meio de: raciocínio verbal, raciocínio matemático, 
raciocínio sequencial, orientação espacial e temporal, formação de conceitos, discriminação de 
elementos .............................................................................................................................................................................................................. 36 
Compreensão do processo lógico que, a partir de um conjunto de hipóteses, conduz, de forma válida, a 
conclusões determinadas .............................................................................................................................................................................. 50 
História e Geografia do Amapá 
História Colonização da região do Amapá e grupos étnicos. Disputas territoriais e conflitos estrangeiros no 
Amapá. História econômica da região do Amapá: do século XIX ao XXI. História política do Amapá: século XX. 
A Cabanagem no Amapá. A Criação do Território Federal do Amapá. A criação do Estado do Amapá. 
Manifestações populares e sincretismo cultural no Amapá. História da Região Norte. O patrimônio histórico 
do Amapá .................................................................................................................................................................................................................. 1 
 
 
Geografia O espaço natural do Amapá (noções de relevo, clima, vegetação e hidrografia do estado). O meio 
ambiente. A população do Amapá: crescimento, distribuição, estrutura e movimentos. A população indígena. 
O espaço econômico: atividades agropecuárias, extrativistas e industriais e de serviços. O desenvolvimento 
econômico do Amapá. O estado do Amapá no contexto brasileiro ............................................................................................. 8 
Conhecimentos Específicos 
Noções de Administração Geral: Administração: conceitos e objetivos; níveis hierárquicos e competências 
gerenciais .................................................................................................................................................................................................................. 1 
Noções de processo organizacional (planejamento, organização, direção e controle.) ................................................ 13 
Relações Interpessoais: comunicação e relações interpessoais ................................................................................................ 17 
Administração de conflitos: desenvolvimento de trabalho em equipe.................................................................................. 25 
Noções sobre Administração de Materiais e Patrimônio .............................................................................................................. 34 
Logística: conceito, evolução, dimensão, processo logístico, transporte. ............................................................................. 44 
Arquivos: finalidade, classificação, fases, técnicas, sistemas e métodos de arquivamento ......................................... 54 
Protocolo: finalidades, objetivos e atividades.....................................................................................................................................59 
Noções sobre Licitações e Contratos Administrativos ................................................................................................................... 61 
Noções de administração de pessoal, de material e de patrimônio ...................................................................................... 110 
Atos administrativos de uso comum: circulares, avisos, portarias, ofícios, despachos e ordens de serviço ... 118 
Procedimentos administrativos .............................................................................................................................................................. 120 
Noções básicas de organização de arquivos e fichários.............................................................................................................. 122 
Documentos oficiais, tipos de documentos ...................................................................................................................................... 124. 
Correspondência oficial: conceito, classificação; recepção e expedição de correspondência em geral ............. 127 
Protocolo: conceito, sistema de protocolo. ........................................................................................................................................ 131 
Noções de Administração Pública: princípios ................................................................................................................................. 131 
Descentralização e desconcentração. Administração Direta e Indireta. ............................................................................ 135 
Características básicas das organizações formais modernas: tipos de estrutura organizacional, natureza, 
finalidades e critérios de departamentalização. ............................................................................................................................. 144 
Empreendedorismo governamental e novas lideranças no setor público ........................................................................ 151 
Convergências e diferenças entre a gestão pública e a gestão privada............................................................................... 158 
Excelência nos serviços públicos ............................................................................................................................................................ 161 
Gestão da Qualidade. ..................................................................................................................................................................................... 164 
Gestão de resultados na produção de serviços públicos ............................................................................................................ 169 
O paradigma do cliente na gestão pública. ........................................................................................................................................ 172 
Noções de administração de recursos materiais: funções e objetivos; classificação e especificação de 
materiais; compras; registros; cadastro de fornecedores; acompanhamento de pedidos ....................................... 175 
 
Noções de Direito Administrativo e de Administração 
Pública 
Administração Pública: conceito; ................................................................................................................................................................. 1 
Princípios básicos do arts. 37 e 38 da Constituição Federal de 1988 o princípio da segurança jurídica; princípio 
da indisponibilidade do interesse público; ............................................................................................................................................. 3 
Princípio da supremacia do interesse público; princípio da finalidade e princípio da continuidade do serviço 
público; distinção entre ente federativo, governo e administração pública; ......................................................................... 3 
Organização administrativa: Administração direta e indireta. ..................................................................................................... 8 
A estrutura administrativa da Assembleia Legislativa do Estado do Amapá (Lei nº 2.382, de 21.11.2018 e 
Resolução nº 91, de 26.04.2006 – Regimento Interno ALAP); ...................................................................................................... 8 
Atos administrativos: conceito, elementos, atributos, pressupostos e classificação dos atos administrativos; 
relação entre motivo e motivação dos atos administrativos; teoria dos motivos determinantes; atos 
administrativos discricionários e vinculados; .................................................................................................................................... 69 
Controle da administração pública; controle administrativo: controle hierárquico e finalístico; Súmula 473 do 
Supremo Tribunal Federal; controle legislativo; controle judicial; controle popular .................................................... 75 
 
 
Licitação: conceito, princípios, finalidades, objeto, modalidades; Lei nº 8.666, de 21.6.1993; Lei nº 
10.520/2002. Contratos administrativos: conceito, características e interpretação; formalização; execução, 
inexecução, revisão e rescisão. ................................................................................................................................................................... 81 
Agentes públicos: conceito; espécies; classificação; regime de direito público e contratual; Servidores públicos 
(arts. 37 a 42 da Constituição Federal e arts. 47 ao 74 da Constituição do Estado do Amapá); ............................... 86 
Os conceitos de efetividade, estabilidade e disponibilidade; responsabilidade civil, penal e administrativa; 
sindicância e processo administrativo disciplinar; direitos e vantagens dos servidores públicos civis do Estado 
do Amapá (Lei Estadual nº 066, de 03 de maio de 1993); ........................................................................................................ 100 
Lei de Improbidade Administrativa: Lei nº 8.429, de 2.6.1992 .............................................................................................. 112 
Lei de Acesso Informação (Lei nº 12.527, de 18.11.2011). ....................................................................................................... 116 
 
 
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http://www.apostilasopcao.com.br/contatos.phpLÍNGUA PORTUGUESA 
 
 
 
APOSTILAS OPÇÃO 
Língua Portuguesa 1 
 
 
 
 
 
 
INTERPRETAÇÃO DE TEXTO 
 
A leitura é o meio mais importante para chegarmos ao 
conhecimento, portanto, precisamos aprender a ler e não 
apenas “passar os olhos sobre algum texto”. Ler, na verdade, é 
dar sentido à vida e ao mundo, é dominar a riqueza de 
qualquer texto, seja literário, informativo, persuasivo, 
narrativo, possibilidades que se misturam e as tornam 
infinitas. É preciso, para uma boa leitura, exercitar-se na arte 
de pensar, de captar ideias, de investigar as palavras… Para 
isso, devemos entender, primeiro, algumas definições 
importantes: 
 
Texto 
O texto (do latim textum: tecido) é uma unidade básica de 
organização e transmissão de ideias, conceitos e informações 
de modo geral. Em sentido amplo, uma escultura, um quadro, 
um símbolo, um sinal de trânsito, uma foto, um filme, uma 
novela de televisão também são formas textuais. 
 
Interlocutor 
É a pessoa a quem o texto se dirige. 
 
Texto-modelo 
“Não é preciso muito para sentir ciúme. Bastam três – você, 
uma pessoa amada e uma intrusa. Por isso todo mundo sente. 
Se sua amiga disser que não, está mentindo ou se enganando. 
Quem agüenta ver o namorado conversando todo animado 
com outra menina sem sentir uma pontinha de não-sei-o-quê? 
(…) 
É normal você querer o máximo de atenção do seu 
namorado, das suas amigas, dos seus pais. Eles são a parte 
mais importante da sua vida.” 
(Revista Capricho) 
 
Modelo de Perguntas 
1) Considerando o texto-modelo, é possível identificar 
quem é o seu interlocutor preferencial? 
Um leitor jovem. 
 
2) Quais são as informações (explícitas ou não) que 
permitem a você identificar o interlocutor preferencial do 
texto? 
Do contexto podemos extrair indícios do interlocutor 
preferencial do texto: uma jovem adolescente, que pode ser 
acometida pelo ciúme. Observa-se ainda , que a revista 
Capricho tem como público-alvo preferencial: meninas 
adolescentes. 
A linguagem informal típica dos adolescentes. 
 
09 DICAS PARA MELHORAR A INTERPRETAÇÃO DE 
TEXTOS 
01) Ler todo o texto, procurando ter uma visão geral do 
assunto; 
02) Se encontrar palavras desconhecidas, não interrompa 
a leitura; 
03) Ler, ler bem, ler profundamente, ou seja, ler o texto 
pelo menos duas vezes; 
04) Inferir; 
05) Voltar ao texto tantas quantas vezes precisar; 
06) Não permitir que prevaleçam suas ideias sobre as do 
autor; 
07) Fragmentar o texto (parágrafos, partes) para melhor 
compreensão; 
08) Verificar, com atenção e cuidado, o enunciado de cada 
questão; 
09) O autor defende ideias e você deve percebê-las; 
Fonte: http://portuguesemfoco.com/09-dicas-para- 
melhorar-a-interpretacao-de-textos-em-provas/ 
 
Não saber interpretar corretamente um texto pode gerar 
inúmeros problemas, afetando não só o desenvolvimento 
profissional, mas também o desenvolvimento pessoal. O 
mundo moderno cobra de nós inúmeras competências, uma 
delas é a proficiência na língua, e isso não se refere apenas a 
uma boa comunicação verbal, mas também à capacidade de 
entender aquilo que está sendo lido. O analfabetismo funcional 
está relacionado com a dificuldade de decifrar as entrelinhas 
do código, pois a leitura mecânica é bem diferente da leitura 
interpretativa, aquela que fazemos ao estabelecer analogias e 
criar inferências. Para que você não sofra mais com a análise 
de textos, elaboramos algumas dicas para você seguir e tirar 
suas dúvidas. 
Uma interpretação de texto competente depende de 
inúmeros fatores, mas nem por isso deixaremos de contemplar 
alguns que se fazem essenciais para esse exercício. Muitas 
vezes, apressados, descuidamo-nos das minúcias presentes 
em um texto, achamos que apenas uma leitura já se faz 
suficiente, o que não é verdade. Interpretar demanda paciência 
e, por isso, sempre releia, pois uma segunda leitura pode 
apresentar aspectos surpreendentes que não foram 
observados anteriormente. Para auxiliar na busca de sentidos 
do texto, você pode também retirar dele os tópicos frasais 
presentes em cada parágrafo, isso certamente auxiliará na 
apreensão do conteúdo exposto. Lembre-se de que os 
parágrafos não estão organizados, pelo menos em um bom 
texto, de maneira aleatória, se estão no lugar que estão, é 
porque ali se fazem necessários, estabelecendo uma relação 
hierárquica do pensamento defendido, retomando ideias 
supracitadas ou apresentando novos conceitos. 
Para finalizar, concentre-se nas ideias que de fato foram 
explicitadas pelo autor: os textos argumentativos não 
costumam conceder espaço para divagações ou hipóteses, 
supostamente contidas nas entrelinhas. Devemos nos ater às 
ideias do autor, isso não quer dizer que você precise ficar preso 
na superfície do texto, mas é fundamental que não criemos, à 
revelia do autor, suposições vagas e inespecíficas. Quem lê com 
cuidado certamente incorre menos no risco de tornar-se um 
analfabeto funcional e ler com atenção é um exercício que deve 
ser praticado à exaustão, assim como uma técnica, que fará de 
nós leitores proficientes e sagazes. Agora que você já conhece 
nossas dicas, desejamos a você uma boa leitura e bons estudos! 
Fonte: http://portugues.uol.com.br/redacao/dicas-para-uma-boa- 
interpretacao-texto.html 
 
Questões 
 
O uso da bicicleta no Brasil 
 
A utilização da bicicleta como meio de locomoção no Brasil 
ainda conta com poucos adeptos, em comparação com países 
como Holanda e Inglaterra, por exemplo, nos quais a bicicleta 
é um dos principais veículos nas ruas. Apesar disso, cada vez 
mais pessoas começam a acreditar que a bicicleta é, numa 
comparação entre todos os meios de transporte, um dos que 
oferecem mais vantagens. 
A bicicleta já pode ser comparada a carros, motocicletas e 
a outros veículos que, por lei, devem andar na via e jamais na 
calçada. Bicicletas, triciclos e outras variações são todos 
considerados veículos, com direito de circulação pelas ruas e 
 
Interpretação de texto. 
http://portuguesemfoco.com/09-dicas-para-
http://portugues.uol.com.br/redacao/dicas-para-uma-boa-
APOSTILAS OPÇÃO 
Língua Portuguesa 2 
 
 
prioridade sobre os automotores. 
Alguns dos motivos pelos quais as pessoas aderem à 
bicicleta no dia a dia são: a valorização da sustentabilidade, 
pois as bikes não emitem gases nocivos ao ambiente, não 
consomem petróleo e produzem muito menos sucata de 
metais, plásticos e borracha; a diminuição dos 
congestionamentos por excesso de veículos motorizados, que 
atingem principalmente as grandes cidades; o favorecimento 
da saúde, pois pedalar é um exercício físico muito bom; e a 
economia no combustível, na manutenção, no seguro e, claro, 
nos impostos. 
No Brasil, está sendo implantado o sistema de 
compartilhamento de bicicletas. Em Porto Alegre, por 
exemplo, o BikePOA é um projeto de sustentabilidade da 
Prefeitura, em parceria com o sistema de Bicicletas SAMBA, 
com quase um ano de operação. Depois de Rio de Janeiro, São 
Paulo, Santos, Sorocaba e outras cidades espalhadas pelo país 
aderirem a esse sistema, mais duas capitais já estão com o 
projeto pronto em 2013: Recife e Goiânia. A ideia do 
compartilhamento é semelhante em todas as cidades. Em 
Porto Alegre, os usuários devem fazer um cadastro pelo site. O 
valor do passe mensal é R$ 10 e o do passe diário, R$ 5, 
podendo-se utilizar o sistema durante todo o dia, das 6h às 
22h, nas duas modalidades. Em todas as cidades que já 
aderiram ao projeto, as bicicletas estão espalhadas em pontos 
estratégicos. 
A cultura do uso da bicicleta como meio de locomoção não 
está consolidada em nossa sociedade. Muitos ainda não sabem 
que a bicicleta já é considerada um meio de transporte, ou 
desconhecem as leis que abrangem a bike. Na confusão de um 
trânsito caótico numa cidade grande, carros, motocicletas, 
ônibus e, agora, bicicletas, misturam-se, causando, muitas 
vezes, discussões e acidentes que poderiam ser evitados. 
Ainda são comuns os acidentes que atingem ciclistas. A 
verdade é que, quando expostosnas vias públicas, eles estão 
totalmente vulneráveis em cima de suas bicicletas. Por isso é 
tão importante usar capacete e outros itens de segurança. A 
maior parte dos motoristas de carros, ônibus, motocicletas e 
caminhões desconhece as leis que abrangem os direitos dos 
ciclistas. Mas muitos ciclistas também ignoram seus direitos e 
deveres. Alguém que resolve integrar a bike ao seu estilo de 
vida e usá-la como meio de locomoção precisa compreender 
que deverá gastar com alguns apetrechos necessários para 
poder trafegar. De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro, 
as bicicletas devem, obrigatoriamente, ser equipadas com 
campainha, sinalização noturna dianteira, traseira, lateral e 
nos pedais, além de espelho retrovisor do lado esquerdo. 
(Bárbara Moreira, http://www.eusoufamecos.net. Adaptado) 
 
01. De acordo com o texto, o uso da bicicleta como meio de 
locomoção nas metrópoles brasileiras 
(A) decresce em comparação com Holanda e Inglaterra 
devido à falta de regulamentação. 
(B) vem se intensificando paulatinamente e tem sido 
incentivado em várias cidades. 
(C) tornou-se, rapidamente, um hábito cultivado pela 
maioria dos moradores. 
(D) é uma alternativa dispendiosa em comparação com os 
demais meios de transporte. 
(E) tem sido rejeitado por consistir em uma atividade 
arriscada e pouco salutar. 
 
02. A partir da leitura, é correto concluir que um dos 
objetivos centrais do texto é 
(A) informar o leitor sobre alguns direitos e deveres do 
ciclista. 
(B) convencer o leitor de que circular em uma bicicleta é 
mais seguro do que dirigir um carro. 
(C) mostrar que não há legislação acerca do uso da bicicleta 
no Brasil. 
(D) explicar de que maneira o uso da bicicleta como meio 
de locomoção se consolidou no Brasil. 
(E) defender que, quando circular na calçada, o ciclista 
deve dar prioridade ao pedestre. 
 
03. Considere o cartum de Evandro Alves. 
 
Afogado no Trânsito 
 
(http://iiiconcursodecartumuniversitario.blogspot.com.br) 
 
Considerando a relação entre o título e a imagem, é correto 
concluir que um dos temas diretamente explorados no cartum 
é 
(A) o aumento da circulação de ciclistas nas vias públicas. 
(B) a má qualidade da pavimentação em algumas ruas. 
(C) a arbitrariedade na definição dos valores das multas. 
(D) o número excessivo de automóveis nas ruas. 
(E) o uso de novas tecnologias no transporte público. 
 
04. Considere o cartum de Douglas Vieira. 
 
Televisão 
 
(http://iiiconcursodecartumuniversitario.blogspot.com.br. Adaptado) 
 
É correto concluir que, de acordo com o cartum , 
(A) os tipos de entretenimento disponibilizados pelo livro 
ou pela TV são equivalentes. 
(B) o livro, em comparação com a TV, leva a uma 
imaginação mais ativa. 
(C) o indivíduo que prefere ler a assistir televisão é alguém 
que não sabe se distrair. 
(D) a leitura de um bom livro é tão instrutiva quanto 
assistir a um programa de televisão. 
(E) a televisão e o livro estimulam a imaginação de modo 
idêntico, embora ler seja mais prazeroso. 
 
Leia o texto para responder às questões: 
Propensão à ira de trânsito 
Dirigir um carro é estressante, além de inerentemente 
perigoso. Mesmo que o indivíduo seja o motorista mais seguro 
do mundo, existem muitas variáveis de risco no trânsito, como 
clima, acidentes de trânsito e obras nas ruas. 
E com relação a todas as outras pessoas nas ruas? Algumas 
http://www.eusoufamecos.net/
http://iiiconcursodecartumuniversitario.blogspot.com.br/
APOSTILAS OPÇÃO 
Língua Portuguesa 3 
 
 
não são apenas maus motoristas, sem condições de dirigir, mas 
também se engajam num comportamento de risco – algumas 
até agem especificamente para irritar o outro motorista ou 
impedir que este chegue onde precisa. 
Essa é a evolução de pensamento que alguém poderá ter 
antes de passar para a ira de trânsito de fato, levando um 
motorista a tomar decisões irracionais. 
Dirigir pode ser uma experiência arriscada e emocionante. 
Para muitos de nós, os carros são a extensão de nossa 
personalidade e podem ser o bem mais valioso que possuímos. 
Dirigir pode ser a expressão de liberdade para alguns, mas 
também é uma atividade que tende a aumentar os níveis de 
estresse, mesmo que não tenhamos consciência disso no 
momento. 
Dirigir é também uma atividade comunitária. Uma vez que 
entra no trânsito, você se junta a uma comunidade de outros 
motoristas, todos com seus objetivos, medos e habilidades ao 
volante. Os psicólogos Leon James e Diane Nahl dizem que um 
dos fatores da ira de trânsito é a tendência de nos 
concentrarmos em nós mesmos, descartando o aspecto 
comunitário do ato de dirigir. 
Como perito do Congresso em Psicologia do Trânsito, o Dr. 
James acredita que a causa principal da ira de trânsito não são 
os congestionamentos ou mais motoristas nas ruas, e sim 
como nossa cultura visualiza a direção agressiva. As crianças 
aprendem que as regras normais em relação ao 
comportamento e à civilidade não se aplicam quando 
dirigimos um carro. Elas podem ver seus pais envolvidos em 
comportamentos de disputa ao volante, mudando de faixa 
continuamente ou dirigindo em alta velocidade, sempre com 
pressa para chegar ao destino. 
Para complicar as coisas, por vários anos psicólogos 
sugeriam que o melhor meio para aliviar a raiva era 
descarregar a frustração. Estudos mostram, no entanto, que a 
descarga de frustrações não ajuda a aliviar a raiva. Em uma 
situação de ira de trânsito, a descarga de frustrações pode 
transformar um incidente em uma violenta briga. 
Com isso em mente, não é surpresa que brigas violentas 
aconteçam algumas vezes. A maioria das pessoas está 
predisposta a apresentar um comportamento irracional 
quando dirige. Dr. James vai ainda além e afirma que a maior 
parte das pessoas fica emocionalmente incapacitada quando 
dirige. O que deve ser feito, dizem os psicólogos, é estar ciente 
de seu estado emocional e fazer as escolhas corretas, mesmo 
quando estiver tentado a agir só com a emoção. 
(Jonathan Strickland. Disponível em: http://carros.hsw.uol.com.br/furia-no- 
transito1 .htm. Acesso em: 01.08.2013. Adaptado) 
 
05. Tomando por base as informações contidas no texto, é 
correto afirmar que 
(A) os comportamentos de disputa ao volante acontecem à 
medida que os motoristas se envolvem em decisões 
conscientes. 
(B) segundo psicólogos, as brigas no trânsito são causadas 
pela constante preocupação dos motoristas com o aspecto 
comunitário do ato de dirigir. 
(C) para Dr. James, o grande número de carros nas ruas é o 
principal motivo que provoca, nos motoristas, uma direção 
agressiva. 
(D) o ato de dirigir um carro envolve uma série de 
experiências e atividades não só individuais como também 
sociais. 
(E) dirigir mal pode estar associado à falta de controle das 
emoções positivas por parte dos motoristas. 
 
Gabarito 
1. B / 2. A / 3. D / 4. B / 5. D 
 
1http://www.infoescola.com/redacao/argumentacao/ 
http://educacao.globo.com/portugues/assunto/texto- 
argumentativo/argumentacao.html 
 
 
 
ARGUMENTAÇÃO 
 
Argumentar1 é a capacidade de relacionar fatos, teses, 
estudos, opiniões, problemas e possíveis soluções a fim de 
embasar determinado pensamento ou ideia. 
Um texto argumentativo sempre é feito visando um 
destinatário. O objetivo desse tipo de texto é convencer, 
persuadir, levar o leitor a seguir uma linha de raciocínio e a 
concordar com ela. 
Para que a argumentação seja convincente é necessário 
levar o leitor a um “beco sem saída”, onde ele seja obrigado a 
concordar com os argumentos expostos. 
No caso da redação, por ser um texto pequeno, há uma 
obrigatoriedade em ser conciso e preciso, para que o leitor 
possa ser levado direto ao ponto chave. Para isso é necessário 
que se exponha a questão ou proposta a ser discutida logo no 
início do texto, e a partir dela se tome uma posição, sempre de 
forma impessoal. O envolvimento de opiniões pessoais, além 
de ser terminantemente proibido em textos que serão 
analisados em concursos, pode comprometer a veracidadedos 
fatos e o poder de convencimento dos argumentos utilizados 
Por exemplo, é muito mais aceitável uma afirmação de um 
autor renomado ou de um livro conhecido do que o simples 
posicionamento do redator a respeito de determinado 
assunto. 
Uma boa argumentação só é feita a partir de pequenas 
regras as quais facilmente são encontradas em textos do dia a 
dia, já que durante a nossa vida levamos um longo tempo 
tentando convencer as outras pessoas de que estamos certos. 
 
Os argumentos devem ter um embasamento, nunca deve- 
se afirmar algo que não venha de estudos ou informações 
previamente adquiridas. 
Os exemplos dados devem ser coerentes com a realidade, 
ou seja, podem até ser fictícios, mas não podem ser 
inverossímeis. 
Caso haja citações de pessoas ou trechos de textos os 
mesmos devem ser razoavelmente confiáveis, não se pode 
citar qualquer pessoa. 
Experiências que comprovem os argumentos devem ser 
também coerentes com a realidade. 
Há de se imaginar sempre os questionamentos, dúvidas e 
pensamentos contrários dos leitores quanto à sua 
argumentação, para que a partir deles se possa construir 
melhores argumentos, fundamentados em mais estudo e 
pesquisa. 
Quanto a estrutura do texto, este deve apresentar uma 
lógica de pensamentos. Os raciocínios devem ter uma relação 
entre si, e um deve continuar o que o outro afirmava. 
No início do texto deve-se apresentar o assunto e a 
problemática que o envolve, sempre tomando cuidado para 
 
http://brasilescola.uol.com.br/redacao/a-argumentacao.htm 
Argumentação. 
Pressupostos e 
subentendidos. 
http://carros.hsw.uol.com.br/furia-no-
http://www.infoescola.com/redacao/argumentacao/
http://educacao.globo.com/portugues/assunto/texto-
http://brasilescola.uol.com.br/redacao/a-argumentacao.htm
APOSTILAS OPÇÃO 
Língua Portuguesa 4 
 
 
não se contradizer. 
Ao decorrer do texto vão sendo apresentados os 
argumentos propriamente ditos, junto com exemplificações e 
citações (se existirem). 
No final do texto as ideias devem ser arrematadas com uma 
tese (a conclusão). Essa conclusão deve vir sendo prevista pelo 
leitor durante todo o texto, à medida que ele vai lendo e se 
direcionando para concordar com ela. 
A argumentação não trabalha com fatos claros e evidentes, 
mas sim investiga fatos que geram opiniões diversas, sempre 
em busca de encontrar fundamentos para localizar a opinião 
mais coerente. 
Não se pode, em uma argumentação, afirmar a verdade ou 
negar a verdade afirmada por outra pessoa. O objetivo é fazer 
com que o leitor concorde e não com que ele feche os olhos 
para possíveis contra-argumentos. 
Caso seja necessário se pode também fazer uma 
comparação entre vários ângulos de visão a respeito do 
assunto, isso poderá ajudar no processo de convencimento do 
leitor, pois não dará margens para contra-argumentos. Porém 
deve-se tomar muito cuidado para não se contradizer e para 
ser claro. Para isso é necessário um bom domínio do assunto. 
 
Organização Textual 
 
O ser humano se comunica por meio de textos. Desde uma 
simples e passageira interjeição como “Olá” até uma 
mensagem muitíssimo extensa. Em princípio, esses textos 
eram apenas orais. Hoje, são também escritos. Nesse processo, 
os textos ganharam formas de organização distintas, com 
propósitos nitidamente distintos também. As principais 
formas de organização textual registradas na humanidade são, 
assim: 
- Narrativa: aquela que compreende textos que contam 
uma história, relatam um acontecimento. 
- Argumentativa: a que visa ao convencimento do 
interlocutor. 
- Descritiva: cuja finalidade é apresentar concreta ou 
metaforicamente uma dada descrição. 
Cada uma dessas formas de organização textual desdobra- 
se em inúmeros gêneros textuais distintos, que nada mais são 
do que cada concretizável possível a cada um dos objetivos 
textuais. Assim, por exemplo, a diferentes formas e formatos 
para se narrar: fábula, conto de fadas, romance, conto, notícia, 
fofoca, etc. 
 
Texto Argumentativo 
Esse tipo de texto, que é aplicado nas redações do Enem, 
inclui diferentes gêneros, tais quais, dissertação, artigo de 
opinião, carta argumentativa, editorial, resenha 
argumentativa, dentre outros. 
Todo e qualquer texto argumentativo, como já dito, visa ao 
convencimento de seu ouvinte/leitor. Por isso, ele sempre se 
baseia em uma tese, ou seja, o ponto de vista central que se 
pretende veicular e a respeito do qual se pretende convencer 
esse interlocutor. Nos gêneros argumentativos escritos, 
sobretudo, convém que essa tese seja apresentada, de maneira 
clara, logo de início e que, depois, através de uma 
argumentação objetiva e de diversidade lexical seja 
sustentada/defendida, com vistas ao mencionado 
convencimento. 
A estrutura geral de um texto argumentativo consiste de 
introdução, desenvolvimento e conclusão, nesta ordem. Cada 
uma dessas partes, por sua vez tem função distinta dentro da 
composição do texto: 
 
Introdução: é a parte do texto argumentativo em que 
apresentamos o assunto de que trataremos e a tese a ser 
desenvolvida a respeito desse assunto. 
Desenvolvimento: é a argumentação propriamente dita, 
correspondendo aos desdobramentos da tese apresentada. 
Esse é o coração do texto, por isso, comumente se desdobra em 
mais de um parágrafo. De modo geral, cada argumentação em 
defesa da tese geral do texto corresponde a um parágrafo. 
Conclusão: a parte final do texto em que retomamos a tese 
central, agora já respaldada pelos argumentos desenvolvidos 
ao longo do texto. 
 
Relação entre Tese e Argumento 
De modo geral, a relação entre tese e argumento pode ser 
compreendida de duas maneiras principais: 
Argumento, portanto, Tese (A→ pt→T) ou Tese porque 
Argumento (T→ pq→A): 
 
(A→ pt→T) 
“O governo gasta, todos os anos, bilhões de reais no 
tratamento das mais diversas doenças relacionadas ao 
tabagismo; os ganhos com os impostos nem de longe 
compensam o dinheiro gasto com essas doenças. Além disso 
(Ainda, e, também, relação de adição → quando se enumeram 
argumentos a favor de sua tese), as empresas têm grandes 
prejuízos por causa de afastamentos de trabalhadores devido 
aos males causados pelo fumo. Portanto (logo, por 
conseguinte, por isso, então → observem a relação semântica 
de conclusão, típica de um silogismo), é mister que sejam 
proibidas quaisquer propagandas de cigarros em todos os 
meios de comunicação.” 
 
(T→ pq→A) 
O governo deve imediatamente proibir toda e qualquer 
forma de propaganda de cigarro, porque (uma vez que, já que, 
dado que, pois → relação de causalidade) ele gasta, todos os 
anos, bilhões de reais no tratamento das mais diversas 
doenças relacionadas ao tabagismo; e, muito embora (ainda 
que, não obstante, mesmo que → relação de oposição: usam- 
se as concessivas para refutar o argumento oposto) os ganhos 
com os impostos sejam vultosos, nem de longe eles 
compensam o dinheiro gasto com essas doenças. 
 
Há diferentes tipos de argumentos e a escolha certa 
consolida o texto. 
- Argumentação por citação: sempre que queremos 
defender uma ideia, procuramos pessoas ‘consagradas’, que 
pensam como nós acerca do tema em evidência. 
Apresentamos no corpo de nosso texto a menção de uma 
informação extraída de outra fonte. A citação pode ser 
apresentada assim: 
Para Piaget, “toda moral consiste num sistema de regras e a 
essência de toda moralidade deve ser procurada no respeito que 
o indivíduo adquire por essas regras” (Piaget, 1994, p.11). 
A essência da moral é o respeito às regras. A capacidade 
intelectual de compreender que a regra expressa uma 
racionalidade em si mesma equilibrada. 
O trecho citado deve estar de acordo com as ideias do texto, 
assim, tal estratégia poderá funcionar bem. 
 
- Argumentação por comprovação: a sustentação da 
argumentação se dará a partir das informações apresentadas 
(dados, estatísticas, percentuais) que a acompanham. 
Esse recurso é explorado quando o objetivo é contestar um 
ponto de vista equivocado. Veja: 
O ministro da Educação, CristovamBuarque, lança hoje o 
Mapa da Exclusão Educacional. O estudo do Inep, feito a partir 
de dados do IBGE e do Censo Educacional do Ministério da 
Educação, mostra o número de crianças de sete a catorze anos 
que estão fora das escolas em cada Estado. 
Segundo o mapa, no Brasil, 1,4 milhão de crianças, ou 5,5 
% da população nessa faixa etária (sete a catorze anos), para a 
qual o ensino é obrigatório, não frequentam as salas de aula. 
O pior índice é do Amazonas: 16,8% das crianças do 
APOSTILAS OPÇÃO 
Língua Portuguesa 5 
 
 
Estado, ou 92,8 mil, estão fora da escola. O melhor, o Distrito 
Federal, com apenas 2,3% (7 200) de crianças excluídas, 
seguido por Rio Grande do Sul, com 2,7% (39 mil) e São Paulo, 
com 3,2% (168,7 mil). 
(Mônica Bergamo. Folha de S. Paulo, 3.12.2003) 
 
Nesse tipo de citação o autor precisa de dados que 
demonstrem sua tese. 
 
- Argumentação por raciocínio lógico: a criação de 
relações de causa e efeito é um recurso utilizado para 
demonstrar que uma conclusão (afirmada no texto) é 
necessária, e não fruto de uma interpretação pessoal que pode 
ser contestada. Veja: 
“O fumo é o mais grave problema de saúde pública no 
Brasil. Assim como não admitimos que os comerciantes de 
maconha, crack ou heroína façam propaganda para os nossos 
filhos na TV, todas as formas de publicidade do cigarro 
deveriam ser proibidas terminantemente. Para os 
desobedientes, cadeia.” 
(VARELLA, Drauzio. In: Folha de S. Paulo, 20 de maio de 2000.) 
 
Para a construção de um bom texto argumentativo faz-se 
necessário o conhecimento sobre a questão proposta, 
fundamentação para que seja realizado com sucesso. 
 
Modalizadores 
 
2Os modalizadores discursivos possuem a tarefa de 
evidenciar o ponto de vista assumido pelo falante, além de 
assegurar o modo como ele produz o discurso. 
Em nossas diversas interações diárias, existem inúmeras 
intenções que explicitamos, por conta disso existem vários 
tipos de modalizadores discursivos. Em um argumento, há 
vários recursos linguísticos, como verbos auxiliares, modos 
verbais, advérbios, adjetivos, etc. 
Não há nenhum tipo de interação comunicativa sem 
modalização, pois, quando nos expressamos, também 
indicamos nosso ponto de vista em relação ao assunto em 
pauta. 
Castilho e Castilho3 classificaram esses modalizadores: 
 
Modalização Epistêmica 
Possui a função de expressar uma avaliação sobre o valor 
de verdade e as condições de verdade da preposição. Dividem- 
se em três subclasses: 
Os Asseverativos – Afirmativos: realmente, 
evidentemente, naturalmente, efetivamente, certo, claro, sem 
dúvida, lógico, mesmo, entre outros. Negativos: de forma 
alguma, de jeito nenhum. 
Os Quase-Asseverativos – assim, talvez, provavelmente, 
possivelmente, eventualmente. 
Os Delimitadores – um tipo de, quase, uma espécie de, 
biologicamente, geograficamente, etc. 
 
Modalização Deôntica 
Tem relação com o princípio da obrigação e da permissão: 
obrigatoriamente, necessariamente, etc. 
 
Modalização Afetiva 
Tem a função de verbalizar as reações emotivas do falante 
em face do conteúdo proposicional, colocando de lado 
quaisquer considerações de caráter epistêmico ou deôntico. 
 
Modalizadores Afetivos 
Dividem-se em dois tipos: Subjetivos – infelizmente, 
 
2 https://bit.ly/30HbVak. 
3 CASTILHO, A. T.; CASTILHO, C. M. M de. Advérbios modalizadores. In: ILARI, 
Rodolfo (Org.). Gramática do português falado. 2. ed. Campinas: Editora da 
Unicamp, 1993. 
felizmente, surpreendentemente, curiosamente, 
espantosamente, etc. 
Intersubjetivos – francamente, sinceramente, 
estranhamente, lamentavelmente, etc. 
Questão 
 
01. Identifique o sentido argumentativo dos seguintes 
textos, e separe, por meio de barras, a tese e o(s) 
argumento(s). 
(A) “Meu carro não é grande coisa, mas é o bastante para o 
que preciso. É econômico, nunca dá defeito e tem espaço 
suficiente para transportar toda a minha família.” 
(B) “Veja bem, o Brasil a cada ano exporta mais e mais; 
além disso, todo ano batemos recordes de produção agrícola. 
Sem contar que nosso parque industrial é um dos mais 
modernos do mundo, definitivamente, somos o país do futuro.” 
(C) “Embora a gente se ame muito, nosso namoro tem tudo 
para dar errado: nossa diferença de idade é grande e nossos 
gostos são quase que opostos. Além disso, a família dela é 
terrível.” 
(D) “Como o Brasil é um país muito injusto, toda política 
social por aqui implementada é vista como demagogia, 
paternalismo.” 
 
Gabarito 
 
a) O sentido aí presente é (T→ pq→A), uma vez que, após 
uma constatação, se seguem as motivações que a 
fundamentam. 
Meu carro não é grande coisa, mas é o bastante para o que 
preciso (TESE)./ É econômico (argumento 1), /nunca dá 
defeito (argumento 2)/ e tem espaço suficiente para 
transportar toda a minha família (argumento 3). 
 
b) Nesse exemplo, já encontramos a orientação (A→ pt→T), 
uma vez que se parte de exemplificações para, a partir delas, 
enunciar uma proposição. 
Veja bem, o Brasil a cada ano exporta mais e mais 
(argumento 1);/ além disso, todo ano batemos recordes de 
produção agrícola (argumento 2)./ Sem contar que nosso 
parque industrial é um dos mais modernos do mundo 
(argumento 3)./ Definitivamente, somos o país do futuro. 
(TESE). 
 
c) Aqui, o sentido é (T→ pq→A), em que de uma afirmação 
inicial se desdobram exemplos que a justificam. 
Embora a gente se ame muito, nosso namoro tem tudo para 
dar errado (TESE):/ nossa diferença de idade é grande 
(argumento 1) e nossos gostos são quase que opostos 
(argumento 2). Além disso, a família dela é terrível (argumento 
3). 
 
d) Nesse exemplo, o movimento é (A→ pt→T), já que se 
parte de uma causa que funciona como justificativa a uma 
enunciação que, por sua vez, é a consequência constatada. 
Como o Brasil é um país muito injusto (argumento),/ toda 
política social por aqui implementada é vista como demagogia, 
paternalismo (TESE). 
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Faça uma boa redação no Enem: dicas para prova de 2014. 
 
Para que seja possível compreender o que vem a ser 
informação explícita4 em um texto, é preciso compreender que 
 
 
4http://educacao.globo.com/portugues/assunto/estudo-do- 
texto/implicitos-e-pressupostos.html (Adaptado) 
http://educacao.globo.com/portugues/assunto/estudo-do-
APOSTILAS OPÇÃO 
Língua Portuguesa 6 
 
 
a linguagem verbal é polissêmica: um mesmo enunciado pode 
assumir diferentes sentidos em diferentes contextos e 
diferentes leitores podem atribuir sentidos distintos a um 
texto, segundo Kátia Lomba Bräkling. Vejamos a interação a 
seguir: 
 
Aluno: [levantando a mão] Professora, você pode me dizer 
que horas são? 
Professora: [olha no relógio e responde] Podem guardar o 
material, pessoal! 
Aluno: Êba! [rapidamente, guarda o material, seguido por 
outros colegas] 
 
Podemos observar que o aluno não perguntou se poderia 
guardar o material. No entanto, pela reação dele era o que 
queria saber. A professora, interpretando a sua intenção, 
autorizou a guarda do material, encerrando a aula. Nesse caso, 
o sentido dos enunciados foi definido por fatores externos ao 
texto, autorizados pelas características da situação 
comunicativa e pelo conhecimento mútuo dos interlocutores 
sobre si mesmos e sobre as regras de convivência colocadas. 
Se o texto tivesse sido compreendido no sentido literal – 
ou seja, se tivessem sido consideradas as suas informações 
explícitas– a resposta da professora teria que ser outra- como, 
por exemplo, “São cinco para as 11”. Nesse caso, as 
autorizações não teriam sido dadas e os alunos continuariam 
executando as tarefas. 
Podemos dizer, então, que o sentido de um texto é 
constituído tanto por informações que são apresentadas 
explicitamente na superfície ou linearidade do texto, quanto 
por outras, que se encontram implícitas. As primeiras são 
facilmente localizáveis no texto, pois se encontram escritas 
com todas as letras. Já as segundas são dependentes do 
repertório préviodos interlocutores e das características da 
situação comunicativa. 
A capacidade de localizar informações explícitas no texto é 
fundamental para a constituição da proficiência leitora e deve 
ser objeto de ensino, desde os primeiros anos de escolarização, 
já no processo de alfabetização. 
Muitos consideram essa capacidade a mais simples de 
todas. No entanto, é preciso considerar que nenhuma 
capacidade de leitura é mobilizada no vazio, mas sempre em 
função da materialidade textual. Assim, se o texto for mais 
complexo ou extenso, o processo de localização da informação 
solicitada – e a decorrente atribuição de sentido - poderá ser 
igualmente mais complexo. 
 
Informações Implícitas 
 
Muitos candidatos ao ENEM se perguntam como melhorar 
sua capacidade de interpretação dos textos. Primeiramente, é 
preciso ter em mente que um texto é formado por informações 
explícitas e implícitas. As informações explícitas são aquelas 
manifestadas pelo autor no próprio texto. As informações 
implícitas não são manifestadas pelo autor no texto, mas 
podem ser subentendidas. Muitas vezes, para efetuarmos uma 
leitura eficiente, é preciso ir além do que foi dito, ou seja, ler 
nas entrelinhas. 
Por exemplo, observe este enunciado: 
 
- Patrícia parou de tomar refrigerante. 
A informação explícita é “Patrícia parou de tomar 
refrigerante”. A informação implícita é “Patrícia tomava 
refrigerante antes”. 
Agora, veja este outro exemplo: 
- Felizmente, Patrícia parou de tomar refrigerante. 
A informação explícita é “Patrícia parou de tomar 
refrigerante”. A palavra “felizmente” indica que o falante tem 
uma opinião positiva sobre o fato – essa é a informação 
implícita. 
Com esses exemplos, mostramos como podemos inferir 
informações a partir de um texto. Fazer uma inferência 
significa concluir alguma coisa a partir de outra já conhecida. 
Nos vestibulares, fazer inferências é uma habilidade 
fundamental para a interpretação adequada dos textos e dos 
enunciados. 
A seguir, veremos dois tipos de informações que podem 
ser inferidas: as pressupostas e as subentendidas. 
 
Pressupostos 
Uma informação é considerada pressuposta quando um 
enunciado depende dela para fazer sentido. 
Considere, por exemplo, a seguinte pergunta: “Quando 
Patrícia voltará para casa?”. Esse enunciado só faz sentido se 
considerarmos que Patrícia saiu de casa, ao menos 
temporariamente – essa é a informação pressuposta. Caso 
Patrícia se encontre em casa, o pressuposto não é válido, o que 
torna o enunciado sem sentido. 
Repare que as informações pressupostas estão marcadas 
através de palavras e expressões presentes no próprio 
enunciado e resultam de um raciocínio lógico. Portanto, no 
enunciado “Patrícia ainda não voltou para casa”, a palavra 
“ainda” indica que a volta de Patrícia para casa é dada como 
certa pelo falante. 
 
Subentendidos 
Ao contrário das informações pressupostas, as 
informações subentendidas não são marcadas no próprio 
enunciado, são apenas sugeridas, ou seja, podem ser 
entendidas como insinuações. 
O uso de subentendidos faz com que o enunciador se 
esconda atrás de uma afirmação, pois não quer se 
comprometer com ela. Por isso, dizemos que os subentendidos 
são de responsabilidade do receptor, enquanto os 
pressupostos são partilhados por enunciadores e receptores. 
Em nosso cotidiano, somos cercados por informações 
subentendidas. A publicidade, por exemplo, parte de hábitos e 
pensamentos da sociedade para criar subentendidos. Já a 
anedota é um gênero textual cuja interpretação depende a 
quebra de subentendidos. 
 
Questão 
 
01. Texto I 
 
(Época. 12 out. 2009 - Foto: Reprodução/Enem) 
 
Texto II 
Conexão Sem Fio no Brasil 
Onde haverá cobertura de telefonia celular para baixar 
publicações para o Kindle. 
 
(Época. 12 out. 2009 - Foto: Reprodução/Enem) 
APOSTILAS OPÇÃO 
Língua Portuguesa 7 
 
 
A capa da revista Época de 12 de outubro de 2009 traz um 
anúncio sobre o lançamento do livro digital no Brasil. Já o texto 
II traz informações referentes à abrangência de acessibilidade 
das tecnologias de comunicação e informação nas diferentes 
regiões do país. A partir da leitura dos dois textos, infere-se 
que o advento do livro digital no Brasil 
(A) possibilitará o acesso das diferentes regiões do país às 
informações antes restritas, uma vez que eliminará as 
distâncias, por meio da distribuição virtual. 
(B) criará a expectativa de viabilizar a democratização da 
leitura, porém esbarra na insuficiência do acesso à internet por 
telefonia celular, ainda deficiente no país. 
(C) fará com que os livros impressos tornem-se obsoletos, 
em razão da diminuição dos gastos com os produtos digitais 
gratuitamente distribuídos pela internet. 
(D) garantirá a democratização dos usos da tecnologia no 
país, levando em consideração as características de cada 
região no que se refere aos hábitos de leitura e acesso à 
informação. 
(E) impulsionará o crescimento da qualidade da leitura dos 
brasileiros, uma vez que as características do produto 
permitem que a leitura aconteça a despeito das adversidades 
geopolíticas. 
 
Gabarito 
01.B 
 
 
LINGUAGEM 
 
É a capacidade que possuímos de expressar nossos 
pensamentos, ideias, opiniões e sentimentos. A linguagem está 
relacionada a fenômenos comunicativos; onde há 
comunicação, há linguagem. 
Podemos usar inúmeros tipos de linguagens para 
estabelecermos atos de comunicação, tais como: sinais, 
símbolos, sons, gestos e regras com sinais convencionais 
(linguagem escrita e linguagem mímica, por exemplo). 
Num sentido mais genérico, a linguagem pode ser 
classificada como qualquer sistema de sinais que se valem os 
indivíduos para comunicar-se. Podendo ser dividida em: 
 
Linguagem Verbal (falada): aquela que faz uso 
das palavras para comunicar algo. 
 
Linguagem Não Verbal (escrita): aquela que utiliza 
outros métodos de comunicação, que não são as palavras. 
Dentre elas estão a linguagem de sinais, as placas e sinais de 
trânsito, a linguagem corporal, uma figura, a expressão facial, 
um gesto, etc. 
 
Língua 
 
É um instrumento de comunicação, sendo composta por 
regras gramaticais que possibilitam que determinado grupo 
de falantes consiga produzir enunciados que lhes permitam 
comunicar-se e compreender-se. Como por exemplo, os 
falantes da língua portuguesa. 
A língua também possui um caráter social e pertence a um 
conjunto de pessoas, as quais podem agir sobre ela. E cada 
membro da comunidade pode optar por esta ou aquela forma 
de expressão, mas por outro lado, não é possível criar uma 
língua particular e exigir que outros falantes a compreendam. 
Dessa forma, cada indivíduo pode usar de maneira particular 
a língua comunitária, originando a fala. 
A fala está sempre condicionada pelas regras socialmente 
estabelecidas da língua, mas é suficientemente ampla para 
permitir um exercício criativo da comunicação. Deste modo 
um indivíduo pode pronunciar um enunciado das seguintes 
maneiras: A família de Regina era paupérrima; ou A família de 
Regina era muito pobre. 
As diferenças e semelhanças constatadas devem-se às 
diversas manifestações da fala de cada um. Note, além disso, 
que essas manifestações devem obedecer às regras gerais da 
língua portuguesa, para não correr o risco de produzir 
enunciados incompreensíveis, como por exemplo: Família a 
paupérrima de era Regina. 
 
Língua Falada e Língua Escrita 
 
Não devemos confundir língua com escrita, pois são dois 
meios de comunicação distintos. A escrita representa um 
estágio posterior de uma língua. A língua falada é mais 
espontânea, abrange a comunicação linguística em toda sua 
totalidade. Além disso, é acompanhada pelo tom de voz, 
algumas vezes por mímicas, incluindo-se fisionomias. A língua 
escrita não é apenas a representação da língua falada, mas sim 
um sistema mais disciplinado e rígido, uma vez que não conta 
com o jogo fisionômico, as mímicas e o tom de voz do falante. 
No Brasil, por exemplo, todos falam a língua portuguesa,mas existem usos diferentes da língua devido a diversos 
fatores. Dentre eles, destacam-se: 
 
Fatores culturais: o grau de escolarização e a formação 
cultural de um indivíduo também são fatores que colaboram 
para os diferentes usos da língua. Uma pessoa escolarizada 
utiliza a língua de uma maneira diferente da pessoa que não 
teve acesso à escola. 
Fatores contextuais: nosso modo de falar varia de acordo 
com a situação em que nos encontramos, quando conversamos 
com nossos amigos, não usamos os termos que usaríamos se 
estivéssemos discursando em uma solenidade de formatura. 
Fatores profissionais: o exercício de algumas atividades 
requer o domínio de certas formas de língua 
chamadas línguas técnicas. Abundantes em termos 
específicos, essas formas têm uso praticamente restrito ao 
intercâmbio técnico de engenheiros, químicos, profissionais 
da área de direito, informática, biólogos, médicos, linguistas 
entre outros especialistas. 
Fatores naturais: o uso da língua pelos falantes sofre 
influência de fatores naturais, como idade e sexo. Uma criança 
não utiliza a língua da mesma maneira que um adulto, daí fala- 
se em linguagem infantil e linguagem adulta. 
 
Fala 
 
É a utilização oral da língua pelo indivíduo. É um ato 
individual, pois cada indivíduo, para a manifestação da fala, 
pode escolher os elementos da língua que lhe convém, 
conforme seu gosto e sua necessidade, de acordo com a 
situação, o contexto, sua personalidade, o ambiente 
sociocultural em que vive, etc. 
Desse modo, dentro da unidade da língua, há uma grande 
diversificação nos mais variados níveis da fala. Cada 
indivíduo, além de conhecer o que fala, conhece também o que 
os outros falam; é por isso que somos capazes de dialogar com 
pessoas dos mais variados graus de cultura, embora nem 
sempre a linguagem delas seja exatamente como a nossa. 
 
Níveis da fala 
Devido ao caráter individual da fala, é possível observar 
alguns níveis: 
 
Nível coloquial-popular: é a fala que a maioria das 
pessoas utilizam no seu dia a dia, principalmente em situações 
 
Níveis de linguagem. 
APOSTILAS OPÇÃO 
Língua Portuguesa 8 
 
 
informais. Esse nível da fala é mais espontâneo, ao utilizá-lo, 
não nos preocupamos em saber se falamos de acordo ou não 
com as regras formais estabelecidas pela língua. 
 
Nível formal-culto: é o nível da fala normalmente 
utilizado pelas pessoas em situações formais. Caracteriza-se 
por um cuidado maior com o vocabulário e pela obediência às 
regras gramaticais estabelecidas pela língua. 
 
Questões 
 
01. (CGE/RO - Auditor de Controle Interno - 
FUNRIO/2018) 
No texto, há exemplo de uso coloquial da linguagem na 
passagem: 
(A) então tudo foi pensado para que o público entrasse 
junto com a gente nesse túnel do tempo. 
(B) Com frases que parecem retiradas de um romance 
antigo, [...] os personagens se expressam de maneira correta e 
erudita. 
(C) Quem assiste a “Tempo de Amar” já reparou no 
português extremamente culto e correto... 
(D) o autor da novela [...] diz que o linguajar de seus 
personagens é um ponto que leva a novela a se destacar. 
(E) Ele revela que toma diversos cuidados na hora de 
escrever o texto, utilizando, inclusive, o dicionário. 
 
Entrevista de Carlos Heitor Cony 
“Hoje, se os Mamonas Assassinas [banda de pop-rock que 
estourou em 1995, morta em um acidente de avião 1 ano 
depois] escreverem um livro sobre a teoria do quanta, não vai 
faltar editor e não vai faltar leitor. (...) A indústria do livro era 
muito elitista naquela época, havia um certo elitismo. O livro 
era considerado um objeto, quase um totem, uma coisa 
sagrada. Acho o fenômeno do Paulo Coelho muito útil. É um 
homem que vende milhões de exemplares, faz o editor ganhar 
dinheiro, e esse editor pode investir em outras coisas.” (Em 
entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura). 
 
O nome de “Mamonas Assassinas” dado à banda de pop- 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Alfabeto 
Gabarito 
01. C / 02.A 
 
 
 
 
ORTOGRAFIA 
rock mostra um traço de modernidade, que é: 
(A) a preferência pela linguagem coloquial. 
(B) a presença da linguagem figurada. 
(C) a busca de originalidade criativa. 
(D) a utilização de imagens infantis. 
(E) a falta de coerência, gerando incomunicabilidade. 
 
02. (TJ/SP - Escrevente Técnico Judiciário - 
VUNESP/2018) 
Quem assiste a “Tempo de Amar” já reparou no português 
extremamente culto e correto que é falado pelos personagens 
da novela. Com frases que parecem retiradas de um romance 
antigo, mesmo nos momentos mais banais, os personagens se 
expressam de maneira correta e erudita. 
Ao UOL, o autor da novela, Alcides Nogueira, diz que o 
linguajar de seus personagens é um ponto que leva a novela a 
se destacar. “Não tenho nada contra a linguagem coloquial, ao 
contrário. Acho que a língua deve ser viva e usada em sintonia 
com o nosso tempo. Mas colocar um português bastante culto 
torna a narrativa mais coerente com a época da trama. Fora 
isso, é uma oportunidade de o público conhecer um pouco 
mais dessa sintaxe poucas vezes usada atualmente”. 
O escritor, que assina o texto da novela das 18h ao lado de 
Bia Corrêa do Lago, conta que a decisão de imprimir um 
português erudito à trama foi tomada por ele e apoiada pelo 
diretor artístico, Jayme Monjardim. Ele revela que toma 
diversos cuidados na hora de escrever o texto, utilizando, 
inclusive, o dicionário. “Muitas vezes é preciso recorrer às 
gramáticas. No início, o uso do coloquial era tentador. Aos 
poucos, a escrita foi ficando mais fácil”, afirma Nogueira, que 
também diz se inspirar em grandes escritores da literatura 
brasileira e portuguesa, como Machado de Assis e Eça de 
Queiroz. 
Para o autor, escutar os personagens falando dessa forma 
ajuda o público a mergulhar na época da trama de modo 
profundo e agradável. Compartilhou-lhe o sentimento Jayme 
Monjardim, que também explica que a estética delicada da 
novela foi pensada para casar com o texto. “É uma novela que 
se passa no fim dos anos 1920, então tudo foi pensado para 
que o público entrasse junto com a gente nesse túnel do tempo. 
Acho que isso é importante para que o telespectador consiga 
se sentir em outra época”, diz. 
(Guilherme Machado. UOL. https://tvefamosos.uol.com.br. 15.11.2017. 
Adaptado) 
O alfabeto da língua portuguesa é formado por 26 letras. A – 
B – C – D – E – F – G – H – I – J – K – L – M – N – O – P – Q – R – S – 
T – U – V – W – X – Y – Z. 
 
Observação: emprega-se também o “ç”, que representa o 
fonema /s/ diante das letras: a, o, e u em determinadas palavras. 
 
Emprego das Letras e Fonemas 
 
Emprego das letras K, W e Y 
Utilizam-se nos seguintes casos: 
1) Em antropônimos originários de outras línguas e seus 
derivados. Exemplos: Kant, kantismo; Darwin, darwinismo; 
Taylor, taylorista. 
 
2) Em topônimos originários de outras línguas e seus 
derivados. Exemplos: Kuwait, kuwaitiano. 
 
3) Em siglas, símbolos, e mesmo em palavras adotadas como 
unidades de medida de curso internacional. Exemplos: K 
(Potássio), W (West), kg (quilograma), km (quilômetro), Watt. 
 
Emprego do X 
Se empregará o “X” nas seguintes situações: 
1) Após ditongos. 
Exemplos: caixa, frouxo, peixe. 
Exceção: recauchutar e seus derivados. 
 
2) Após a sílaba inicial “en”. 
Exemplos: enxame, enxada, enxaqueca. 
Exceção: palavras iniciadas por “ch” que recebem o prefixo 
“en-”. Ex.: encharcar (de charco), enchiqueirar (de chiqueiro), 
encher e seus derivados (enchente, enchimento, preencher...) 
 
3) Após a sílaba inicial “me-”. 
Exemplos: mexer, mexerica, mexicano, mexilhão. 
Exceção: mecha. 
 
4) Se empregará o “X” em vocábulos de origem indígena ou 
africana e em palavras inglesas aportuguesadas. 
Exemplos: abacaxi, xavante, orixá, xará, xerife, xampu, 
bexiga, bruxa, coaxar, faxina, graxa, lagartixa, lixa, lixo, puxar, 
 
Ortografia e acentuação. 
APOSTILAS OPÇÃO 
Língua Portuguesa 9 
 
 
rixa, oxalá, praxe, roxo, vexame, xadrez, xarope, xaxim, xícara, 
xale, xingar, etc. 
 
Empregodo Ch 
Se empregará o “Ch” nos seguintes vocábulos: bochecha, 
bucha, cachimbo, chalé, charque, chimarrão, chuchu, chute, 
cochilo, debochar, fachada, fantoche, ficha, flecha, mochila, 
pechincha, salsicha, tchau, etc. 
 
Emprego do G 
Se empregará o “G” em: 
1) Substantivos terminados em: -agem, -igem, -ugem. 
Exemplos: barragem, miragem, viagem, origem, ferrugem. 
Exceção: pajem. 
 
2) Palavras terminadas em: -ágio, -égio, -ígio, -ógio, -úgio. 
Exemplos: estágio, privilégio, prestígio, relógio, refúgio. 
 
3) Em palavras derivadas de outras que já apresentam “G”. 
Exemplos: engessar (de gesso), massagista (de massagem), 
vertiginoso (de vertigem). 
 
Observação - também se emprega com a letra “G” os 
seguintes vocábulos: algema, auge, bege, estrangeiro, geada, 
gengiva, gibi, gilete, hegemonia, herege, megera, monge, 
rabugento, vagem. 
 
Emprego do J 
Para representar o fonema “j’ na forma escrita, a grafia 
considerada correta é aquela que ocorre de acordo com a 
origem da palavra, como por exemplo no caso da na palavra jipe 
que origina-se do inglês jeep. Porém também se empregará o “J” 
nas seguintes situações: 
 
1) Em verbos terminados em -jar ou -jear. Exemplos: 
Arranjar: arranjo, arranje, arranjem 
Despejar: despejo, despeje, despejem 
Viajar: viajo, viaje, viajem 
 
2) Nas palavras de origem tupi, africana, árabe ou exótica. 
Exemplos: biju, jiboia, canjica, pajé, jerico, manjericão, Moji. 
 
3) Nas palavras derivadas de outras que já apresentam “J”. 
Exemplos: laranja –laranjeira / loja – lojista / lisonja – 
lisonjeador / nojo – nojeira / cereja – cerejeira / varejo – 
varejista / rijo – enrijecer / jeito – ajeitar. 
 
Observação - também se emprega com a letra “J” os 
seguintes vocábulos: berinjela, cafajeste, jeca, jegue, majestade, 
jeito, jejum, laje, traje, pegajento. 
 
Emprego do S 
Utiliza-se “S” nos seguintes casos: 
1) Palavras derivadas de outras que já apresentam “S” no 
radical. Exemplos: análise – analisar / catálise – catalisador / 
casa – casinha ou casebre / liso – alisar. 
 
2) Nos sufixos -ês e -esa, ao indicarem nacionalidade, título 
ou origem. Exemplos: burguês – burguesa / inglês – inglesa / 
chinês – chinesa / milanês – milanesa. 
 
3) Nos sufixos formadores de adjetivos -ense, -oso e –osa. 
Exemplos: catarinense / palmeirense / gostoso – gostosa / 
amoroso – amorosa / gasoso – gasosa/ teimoso – teimosa. 
 
4) Nos sufixos gregos -ese, -isa, -osa. 
Exemplos: catequese, diocese, poetisa, profetisa, 
sacerdotisa, glicose, metamorfose, virose. 
 
5) Após ditongos. 
Exemplos: coisa, pouso, lousa, náusea. 
 
6) Nas formas dos verbos pôr e querer, bem como em seus 
derivados. 
Exemplos: pus, pôs, pusemos, puseram, pusera, pusesse, 
puséssemos, quis, quisemos, quiseram, quiser, quisera, 
quiséssemos, repus, repusera, repusesse, repuséssemos. 
 
7) Em nomes próprios personativos. 
Exemplos: Baltasar, Heloísa, Inês, Isabel, Luís, Luísa, 
Resende, Sousa, Teresa, Teresinha, Tomás. 
 
Observação - também se emprega com a letra “S” os 
seguintes vocábulos: abuso, asilo, através, aviso, besouro, brasa, 
cortesia, decisão, despesa, empresa, freguesia, fusível, maisena, 
mesada, paisagem, paraíso, pêsames, presépio, presídio, 
querosene, raposa, surpresa, tesoura, usura, vaso, vigésimo, 
visita, etc. 
 
Emprego do Z 
Se empregará o “Z” nos seguintes casos: 
1) Palavras derivadas de outras que já apresentam Z no 
radical. 
Exemplos: deslize – deslizar / razão – razoável / vazio – 
esvaziar / raiz – enraizar /cruz – cruzeiro. 
 
2) Nos sufixos -ez, -eza, ao formarem substantivos abstratos 
a partir de adjetivos. 
Exemplos: inválido – invalidez / limpo – limpeza / macio – 
maciez / rígido – rigidez / frio – frieza / nobre – nobreza / pobre 
– pobreza / surdo – surdez. 
 
3) Nos sufixos -izar, ao formar verbos e -ização, ao formar 
substantivos. 
Exemplos: civilizar – civilização / hospitalizar – 
hospitalização / colonizar – colonização / realizar – realização. 
 
4) Nos derivados em -zal, -zeiro, -zinho, -zinha, -zito, -zita. 
Exemplos: cafezal, cafezeiro, cafezinho, arvorezinha, cãozito, 
avezita. 
 
5) Nos seguintes vocábulos: azar, azeite, azedo, amizade, 
buzina, bazar, catequizar, chafariz, cicatriz, coalizão, cuscuz, 
proeza, vizinho, xadrez, verniz, etc. 
 
6) Em vocábulos homófonos, estabelecendo distinção no 
contraste entre o S e o Z. Exemplos: 
Cozer (cozinhar) e coser (costurar); 
Prezar (ter em consideração) e presar (prender); 
Traz (forma do verbo trazer) e trás (parte posterior). 
 
Observação: em muitas palavras, a letra X soa como Z. 
Como por exemplo: exame, exato, exausto, exemplo, existir, 
exótico, inexorável. 
 
Emprego do Fonema S 
Existem diversas formas para a representação do fonema “S” 
no qual podem ser: s, ç, x e dos dígrafos sc, sç, ss, xc, xs. Assim 
vajamos algumas situações: 
 
1) Emprega-se o S: nos substantivos derivados de verbos 
terminados em -andir, -ender, -verter e -pelir. 
Exemplos: expandir – expansão / pretender – pretensão / 
verter – versão / expelir – expulsão / estender – extensão / 
suspender – suspensão / converter – conversão / repelir – 
repulsão. 
 
2) Emprega-se Ç: nos substantivos derivados dos verbos ter 
e torcer. 
APOSTILAS OPÇÃO 
Língua Portuguesa 10 
 
 
Exemplos: ater – atenção / torcer – torção / deter – detenção 
/ distorcer – distorção / manter – manutenção / contorcer – 
contorção. 
 
3) Emprega-se o X: em casos que a letra X soa como Ss. 
Exemplos: auxílio, expectativa, experto, extroversão, sexta, 
sintaxe, texto, trouxe. 
 
4) Emprega-se Sc: nos termos eruditos. 
Exemplos: acréscimo, ascensorista, consciência, descender, 
discente, fascículo, fascínio, imprescindível, miscigenação, 
miscível, plebiscito, rescisão, seiscentos, transcender, etc. 
 
5) Emprega-se Sç: na conjugação de alguns verbos. 
Exemplos: nascer - nasço, nasça / crescer - cresço, cresça / 
Descer - desço, desça. 
 
6) Emprega-se Ss: nos substantivos derivados de verbos 
terminados em -gredir, -mitir, -ceder e -cutir. 
Exemplos: agredir – agressão / demitir – demissão / ceder – 
cessão / discutir – discussão/ progredir – progressão / 
transmitir – transmissão / exceder – excesso / repercutir – 
repercussão. 
 
7) Emprega-se o Xc e o Xs: em dígrafos que soam como Ss. 
Exemplos: exceção, excêntrico, excedente, excepcional, 
exsudar. 
 
Atenção - não se esqueça que uso da letra X apresenta 
algumas variações. Observe: 
1) O “X” pode representar os seguintes fonemas: 
“ch” - xarope, vexame; 
“cs” - axila, nexo; 
“z” - exame, exílio; 
“ss” - máximo, próximo; 
“s” - texto, extenso. 
 
2) Não soa nos grupos internos -xce- e -xci- 
Exemplos: excelente, excitar. 
 
Emprego do E 
Se empregará o “E” nas seguintes situações: 
1) Em sílabas finais dos verbos terminados em -oar, -uar 
Exemplos: magoar - magoe, magoes / continuar- continue, 
continues. 
 
2) Em palavras formadas com o prefixo ante- (antes, 
anterior). 
Exemplos: antebraço, antecipar. 
 
3) Nos seguintes vocábulos: cadeado, confete, disenteria, 
empecilho, irrequieto, mexerico, orquídea, etc. 
 
Emprego do I 
Se empregará o “I” nas seguintes situações: 
1) Em sílabas finais dos verbos terminados em -air, -oer, -uir. 
Exemplos: 
Cair- cai 
Doer- dói 
Influir- influi 
 
2) Em palavras formadas com o prefixo anti- (contra). 
Exemplos: anticristo, antitetânico. 
 
3) Nos seguintes vocábulos: aborígine, artimanha, chefiar, 
digladiar, penicilina, privilégio, etc. 
 
Emprego do O/U 
A oposição o/u é responsável pela diferença de significado 
de algumas palavras. Veja os exemplos: comprimento 
(extensão) e cumprimento (saudação, realização) soar (emitir 
som) e suar (transpirar). 
- Grafam-se com a letra “O”: bolacha, bússola, costume, 
moleque. 
- Grafam-se com a letra “U”: camundongo, jabuti, Manuel, 
tábua. 
 
Emprego do H 
Esta letra, em início ou fim de palavras, não tem valor 
fonético. Conservou-se apenas como símbolo, por força da 
etimologia e da tradição escrita. A palavra hoje, por exemplo,grafa-se desta forma devido a sua origem na forma latina hodie. 
Assim vejamos o seu emprego: 
 
1) Inicial, quando etimológico. 
Exemplos: hábito, hesitar, homologar, Horácio. 
 
2) Medial, como integrante dos dígrafos ch, lh, nh. 
Exemplos: flecha, telha, companhia. 
 
3) Final e inicial, em certas interjeições. 
Exemplos: ah!, ih!, eh!, oh!, hem?, hum!, etc. 
 
4) Em compostos unidos por hífen, no início do segundo 
elemento, se etimológico. 
Exemplos: anti-higiênico, pré-histórico, super-homem, etc. 
 
Observações: 
1) No substantivo Bahia, o “h” sobrevive por tradição. Note 
que nos substantivos derivados como baiano, baianada ou 
baianinha ele não é utilizado. 
 
2) Os vocábulos erva, Espanha e inverno não iniciam com a 
letra “h”. No entanto, seus derivados eruditos sempre são 
grafados com h, como por exemplo: herbívoro, hispânico, 
hibernal. 
 
Questões 
 
01. (FIOCRUZ – Assistente Técnico de Gestão em Saúde 
– FIOCRUZ/2016) 
 
O FUTURO NO PASSADO 
 
1 Poucas previsões para o futuro feitas no passado se 
realizaram. O mundo se mudava do campo para as cidades, e 
era natural que o futuro idealizado então fosse o da cidade 
perfeita. Mas o helicóptero não substituiu o automóvel 
particular e só recentemente começou-se a experimentar 
carros que andam sobre faixas magnéticas nas ruas, liberando 
seus ocupantes para a leitura, o sono ou o amor no banco de 
trás. As cidades não se transformaram em laboratórios de 
convívio civilizado, como previam, e sim na maior prova da 
impossibilidade da coexistência de desiguais. 
2 A ciência trouxe avanços espetaculares nas lides de 
guerra, como os bombardeios com precisão cirúrgica que não 
poupam civis, mas não trouxe a democratização da 
prosperidade antevista. Mágicas novas como o cinema 
prometiam ultrapassar os limites da imaginação. 
Ultrapassaram, mas para o território da banalidade 
espetaculosa. A TV foi prevista, e a energia nuclear intuída, 
mas a revolução da informática não foi nem sonhada. As 
revoluções na medicina foram notáveis, certo, mas a 
prevenção do câncer ainda não foi descoberta. Pensando bem, 
nem a do resfriado. A comida em pílulas não veio - se bem que 
a nouvelle cuisine chegou perto. Até a colonização do espaço, 
como previam os roteiristas do “Flash Gordon”, está atrasada. 
Mal chegamos a Marte, só para descobrir que é um imenso 
terreno baldio. E os profetas da felicidade universal não 
APOSTILAS OPÇÃO 
Língua Portuguesa 11 
 
 
contavam com uma coisa: o lixo produzido pela sua visão. 
Nenhuma previsão incluía a poluição e o aquecimento global. 
3 Mas assim como os videntes otimistas falharam, talvez o 
pessimismo de hoje divirta nossos bisnetos. Eles certamente 
falarão da Aids, por exemplo, como nós hoje falamos da gripe 
espanhola. A ciência e a técnica ainda nos surpreenderão. 
Estamos na pré-história da energia magnética e por fusão 
nuclear fria. 
4 É verdade que cada salto da ciência corresponderá a um 
passo atrás, rumo ao irracional. Quanto mais perto a ciência 
chegar das últimas revelações do Universo, mais as pessoas 
procurarão respostas no misticismo e refúgio no tribal. E 
quanto mais a ciência avança por caminhos nunca antes 
sonhados, mais leigo fica o leigo. A volta ao irracional é a birra 
do leigo. 
(VERÍSSIMO. L. F. O Globo. 24/07/2016, p. 15.) 
 
“e era natural que o futuro IDEALIZADO então fosse o da 
cidade perfeita.” (1º §) O vocábulo em destaque no trecho 
acima grafa-se com a letra Z, em conformidade com a norma 
de emprego do sufixo–izar. 
 
Das opções abaixo, aquela em que um dos vocábulos está 
INCORRETAMENTE grafado por não se enquadrar nessa 
norma é: 
(A) alcoolizado / barbarizar / burocratizar. 
(B) catalizar / abalizado / amenizar. 
(C) catequizar / cauterizado / climatizar. 
(D) contemporizado / corporizar / cretinizar 
(E) esterilizar / estigmatizado / estilizar. 
 
02. (Pref. De Biguaçu/SC – Professor III – Inglês/2016) 
De acordo com a Língua Portuguesa culta, assinale a 
alternativa cujas palavras seguem as regras de ortografia: 
(A) Preciso contratar um eletrecista e um encanador para 
o final da tarde. 
(B) O trabalho voluntário continua sendo feito 
prazerosamente pelos alunos. 
(C) Ainda não foram atendidas as reinvindicações dos 
professores em greve. 
(D) Na lista de compras, é preciso descriminar melhor os 
produtos em falta. 
(E) Passou bastante desapercebido o caso envolvendo um 
juiz federal. 
 
03. (PC/PA – Escrivão de Polícia Civil – FUNCAB/2016) 
Dificilmente, em uma ciência-arte como a Psicologia- 
Psiquiatria, há algo que se possa asseverar com 100% de 
certeza. Isso porque há áreas bastante interpretativas, sujeitas 
a leituras diversas, a depender do observador e do observado. 
Porém, existe um fato na Psicologia-Psiquiatria forense que é 
100% de certeza e não está sujeito a interpretação ou a 
dissimulação por parte de quem está a ser examinado. E 
revela, objetivamente, dados do psiquismo da pessoa ou, em 
outras palavras, mostra características comportamentais 
indissimuláveis, claras e objetivas. O que pode ser tão exato, 
em matéria de Psicologia-Psiquiatria, que não admite 
variáveis? Resposta: todos os crimes, sem exceção, são como 
fotografias exatas e em cores do comportamento do indivíduo. 
E como o psiquismo é responsável pelo modo de agir, por 
conseguinte, tem os em todos os crimes, obrigatoriamente e 
sempre, elementos objetivos da mente de quem os praticou. 
Por exemplo, o delito foi cometido com multiplicidade de 
golpes, com ferocidade na execução, não houve ocultação de 
cadáver, não se verifica cúmplice, premeditação etc. Registre- 
se que esses dados já aconteceram. Portanto, são insimuláveis, 
100% objetivos. Basta juntar essas características 
comportamentais que teremos algo do psiquismo de quem o 
praticou. Nesse caso específico, infere-se que a pessoa é 
explosiva, impulsiva e sem freios, provável portadora de 
algum transtorno ligado à disritmia psicocerebral, algum 
estreitamento de consciência, no qual o sentimento invadiu o 
pensamento e determinou a conduta. 
Em outro exemplo, temos homicídio praticado com um só 
golpe, premeditado, com ocultação de cadáver, concurso de 
cúmplice etc. Nesse caso, os dados apontam para o lado do 
criminoso comum, que entendia o que fazia. 
Claro que não é possível, apenas pela morfologia do crime, 
saber-se tudo do diagnóstico do criminoso. Mas, por outro 
lado, é na maneira como o delito foi praticado que se 
encontram características 100% seguras da mente de quem o 
praticou, a evidenciar fatos, tal qual a imagem fotográfica 
revela-nos exatamente algo, seja muito ou pouco, do momento 
em que foi registrada. Em suma, a forma como as coisas foram 
feitas revela muito da pessoa que as fez. 
PALOMBA, Guido Arturo. Rev. Psique: n° 100 (ed. comemorativa), p. 82. 
 
Tal como ocorre com “interpretaÇÃO ” e “dissimulaÇÃO”, 
grafa-se com “ç” o sufixo de ambas as palavras arroladas em: 
(A) apreenção do menor - sanção legal. 
(B) detenção do infrator - ascenção ao posto. 
(C) presunção de culpa - coerção penal. 
(D) interceção do juiz - contenção do distúrbio. 
(E) submição à lei - indução ao crime. 
 
04. (Câmara Municipal de Araraquara/SP – Assistente 
de Tradução e Interpretação – IBFC/2016) 
Leia as opções abaixo e assinale a alternativa que não 
apresenta erro ortográfico. 
(A) Plocrastinar - idiossincrasia - abduzir 
(B) Proclastinar - idiosincrasia - abduzir 
(C) Plocrastinar- idiossincrasia - abiduzir 
(D) Procrastinar - idiossincrasia - abduzir 
 
05. (Pref. De Quixadá/CE – Agente de Combate às 
Endemias – Serctam/2016) Marque a opção em 
que TODOS os vocábulos se completam com a letra “s”: 
(A) pesqui a, ga olina, ali erce. 
(B) e ótico, talve , ala ão. 
(C) atrá , preten ão, atra o. 
(D) bati ar, bu ina, pra o. 
(E) valori ar, avestru , Mastru . 
 
Gabarito 
 
01. B / 02 .B / 03. C / 04. D / 05. C 
 
Emprego das Iniciais Maiúsculas e Minúsculas 
 
Inicial Maiúscula 
Utiliza-se inicial maiúscula nos seguintes casos: 
1) No começo

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