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Defesa prévia

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 1º VARA CRIMINAL DA COMARCA DE SÃO PAULO-SP
PROCESSO Nº:XXX
Fulano de tal, devidamente qualificado nos autos em epígrafe que lhe move a Justiça Pública, vem respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, por seu advogado infra-assinado, com procuração em anexo, possuindo endereço profissional situado (endereço completo), com base no art. 55 da Lei 11.343/06, APRESENTAR tempestivamente:
DEFESA PRÉVIA
pelos motivos de fato e de direito a seguir expostos.
1-) SÍNTESE DA DEMANDA 
Os policiais civis lastreada em denúncia anônima, entraram em sua residência sem mandado judicial, ingressaram na residência sem qualquer consentimento do morador. Com sua prisão em flagrante, Fulano de tal fora encaminhado para a audiência de custódia que fora realizada um mês depois do fato. O relaxamento da prisão em flagrante foi rejeitado , tendo em vista que ela não fora feita de forma legal, uma vez que se descumpriu o art. 310, caput, CPP, que exige o prazo de 24 horas para a sua realização, todavia, o magistrado entendeu por bem decretar a prisão preventiva.
2-) DO DIREITO
2.1-) DA FALTA DO LAUDO PERICIAL 
Tendo em vista que, a autoridade policial não requereu a realização do laudo pericial definitivo conforme o art.50 da lei 11.340 /11, a presente denúncia deve ser rejeitada porque não há comprovação da materialidade do crime. 
 Diante tal fato, é questão de justiça, ante a atipicidade material, que seja rejeitada a denúncia.
2.2-) DO CONCURSO DE CRIMES 
O réu está sendo processado pelo artigo 33 da lei de drogas em c/c artigo 71 do código penal. Tal artigo revela a prática do crime continuado que se trata de mais um crime no mesmo contexto.
 Neste caso não se aplica o crime continuado, pois o réu não cometeu mais de um crime, apenas foi atuado com comprimidos de ecstasy.
 Deve, caso não seja rejeitada a denúncia, que seja prosseguido o processo sem o concurso de crimes.
3-) DOS PEDIDOS
 Diante de todo o exposto REQUER-SE o ACOLHIMENTO DA PRESENTE DEFESA PRÉVIA, em todos os seus termos, para que NÃO SEJA RECEBIDA A DENÚNCIA OFERECIDA PELO NOBRE MEMBRO DO MINISTÉRIO PÚBLICO. 
 Subsidiariamente, caso não seja esse o entendimento, requer-se que seja afastado o concurso de crimes do artigo 71 do código penal.
 No mais, conforme possibilita o art. 55, requer nesse momento a juntada de rol das testemunhas que deverão ser ouvidas na audiência de instrução e julgamento a ser designada por esse respeitável juízo. 
 
Nestes termos,
Pede deferimento.
São Paulo, 11 de maio de 2022.
Advogado
OAB/Nº

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