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UNIVERSIDADE FEDERAL DOS VALES DO JEQUITINHONHA E MUCURI 
FACULDADE INTERDISCIPLINAR DE HUMANIDADES – HISTÓRIA 
HISTÓRIA MODERNA 
 
 
Aluna: Jéssica Fernandes Mourão Disciplina: História Moderna 
Data: 11/12/2021 Atividade I 
 
Questão 01: Discuta as características gerais do Humanismo e do Renascimento, 
enfatizando em seu texto: 
a) pelo menos 2 inovações artísticas, científicas e técnicas deste movimento; 
b) o espaço geográfico em que o Humanismo e a Cultura Renascentista melhor se 
desenvolveram; 
c) os grupos sociais que melhor acolheram as ideias humanistas e renascentistas. 
É impossível falar sobre a Era 
Moderna e não citar o Humanismo e o 
Renascentismo. Os movimentos tinham 
como base o antropocentrismo, a 
valorização da racionalidade e a 
cientificidade como forma de explicar o 
mundo e a natureza, como uma espécie de 
contraponto à visão moderna sobre o período 
medievo. Isso se refletia, por exemplo, nas 
artes através de mudanças que traziam um 
grau muito mais alto de detalhes nas 
proporções dos corpos e expressões faciais 
retratadas naquele momento refletindo a 
clara influência que a Antiguidade Clássica 
tinha sobre os movimentos em questão. Já no 
campo científico temos as teorias de Isaac 
Newton que foram concebidas neste 
período, o que mostra como a cientificidade 
era valorizada. Outro personagem 
importante deste período que pode citar é 
René Descartes que desenvolve métodos e 
técnicas para compreender 
matematicamente a natureza. Na arquitetura, 
por exemplo, pode-se notar que a geometria 
usada era harmoniosa, tendendo sempre a ter 
um equilíbrio preciso. 
De acordo com Bezares, o 
desenvolvimento do Humanismo e do 
Renascentismo aconteceram principalmente 
onde hoje é a Itália, mais especificamente 
nas cidades do centro e do norte, tais como 
Veneza, Florença e Gênova se espalhando 
de maneira muito rápida pelo restante da 
Europa. Esse desenvolvimento foi possível 
de forma tão rápida muito em função dos 
patronos que existiam nesstas cidades, 
pessoas poderosas que ostentavam obras de 
pintores que até hoje conhecemos, essa 
categoria de patronos ficou conhecida como 
mecenato. 
Essas ideias foram difundidas 
primeiro entre pensadores e artistas daquela 
época, tendo em seguida chegado aos 
mecenas, pessoas que detinham o acesso ao 
dinheiro e bens, e depois se espalharam para 
 
 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DOS VALES DO JEQUITINHONHA E MUCURI 
FACULDADE INTERDISCIPLINAR DE HUMANIDADES – HISTÓRIA 
HISTÓRIA MODERNA 
 
outras classes sociais, tendo sido 
especialmente utilizadas pelos reis para 
justificarem reformas que rompessem com a 
Igreja naquele tempo. 
 
Questão 03: O século XVI ficou caracterizado como uma época de profundas mudanças 
sociais nos povos da Europa Ocidental. Caracterize esta sociedade em transformação, a 
partir da diferenciação de cada um dos grandes grupos sociais. 
É importante entender que as 
mudanças que aconteceram com o fim do 
período medievo não foram abruptas, é 
essencial que se desconstrua a ideia de que 
com o advento da Era Moderna, tudo mudou 
instantaneamente na sociedade. Apesar das 
mudanças, essa sociedade continuou por um 
tempo sendo galgada em pilares que estavam 
presentes durante a Idade Média, tais como 
a Igreja e a família, neste sentido e pela 
formação de grupos sociais caracterizamos 
esta sociedade como corporativista. 
Outra marca da modernidade no 
tocante à organização social é que aquela era 
uma sociedade estamental. Uma 
organização social estamental implica e 
baixa mobilidade social, isso significa que a 
regra é que um camponês nascia e morria 
camponês, a mesma lógica se aplica a outros 
grupos sociais. É a partir dessa lógica que 
devemos pensar que existiam quatro grupos 
sociais principais e muito bem delineados: 
setores marginalizados, camponeses, 
população urbana e a nobreza. 
Os setores marginalizados eram 
pessoas extremamente pobres, geralmente 
dependentes da Igreja, e cuja falta de 
controle poderia ser vista como algo 
perigoso, é muito importante ressaltar que 
essa lógica era aplicada aos ciganos também. 
Os camponeses representavam, nesta época, 
cerca de 80% da população, ou seja, era a 
maior quantidade de pessoas e dentro desse 
grupo ainda existia uma grande pluralidade, 
podendo citar o exemplo de que cerca de 5% 
dessas pessoas eram grandes arrendatários e 
possuíam condições de empregar mão de 
obra assalariada através de uma espécie de 
mediação dentro dessa lógica senhorial em 
que estavam inseridos. Já a população 
urbana, é constituída principalmente por 
artesãos, cuja organização se dava 
principalmente através de grêmios, mas 
também criados e outros trabalhadores sem 
qualificação. A burguesia se encaixa neste 
recorte social também, mas como estamos 
falando do século XVI, ela é formada por 
uma minoria que naquele momento se 
encontrava no burgo, nas universidades, 
governos municipais ou no comércio. A 
nobreza era formada por cerca de 1 a 2 por 
cento da população e vivia em meio ao luxo, 
como regra e em teoria detinha a 
 
 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DOS VALES DO JEQUITINHONHA E MUCURI 
FACULDADE INTERDISCIPLINAR DE HUMANIDADES – HISTÓRIA 
HISTÓRIA MODERNA 
 
responsabilidade e o poder militar da época, 
e boa parte dos títulos concedidos a esta 
classe vinham do rei e não do período 
medieval. 
Destaca-se ainda que algumas 
revoluções foram inspiradas pelas 
transformações que começaram a acontecer 
durante o século XVI bem como as ideias e 
pensamentos que foram desenvolvidos e 
começaram a ser difundidos neste período 
daí a importância de se compreender a 
organização social desta época. 
 
Referências 
RODRÍGUEZ-SAN PEDRO BEZARES, Luis Enrique. Cap. 2: Humanismo y Renacimiento 
Cultural. In: FLORISTÁN, Alfredo (Coord.) Historia Moderna Universal. Barcelona: Ariel, 2015. 
Pp. 57-83. 
MOLAS, Pere. Cap. 11: Los Cambios Sociales. In: FLORISTÁN, Alfredo (Coord.) Historia 
Moderna Universal. Barcelona: Ariel, 2015. Pp. 279-289. 
FLORISTÁN, Alfredo. Cap. 3: La ruptura de la cristiandad occidental: las reformas religiosas. 
In: FLORISTÁN, Alfredo (Coord.) Historia Moderna Universal. Barcelona: Ariel, 2015. Pp. 84-
107. 
 
 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DOS VALES DO JEQUITINHONHA E MUCURI 
FACULDADE INTERDISCIPLINAR DE HUMANIDADES – HISTÓRIA 
HISTÓRIA MODERNA 
 
REFERÊNCIAS 
RODRÍGUEZ-SAN PEDRO BEZARES, Luis Enrique. Cap. 2: Humanismo y Renacimiento 
Cultural. In: FLORISTÁN, Alfredo (Coord.) Historia Moderna Universal. Barcelona: Ariel, 
2015. Pp. 57-83. 
BURKE, Peter. Uma História Social do Conhecimento: de Gutenberg a Diderot. Rio de 
Janeiro: Ed. Zahar, 2003. Pp. 25-77. 
MOLAS, Pere. Cap. 11: Los Cambios Sociales. In: FLORISTÁN, Alfredo (Coord.) Historia 
Moderna Universal. Barcelona: Ariel, 2015. Pp. 279-289.

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