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Um pouco de Engenharia

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Um pouco de Engenharia... 
Preparado por: Edilson S. Maia Página 1 de 65 
 
 
 
 
 
 
 
Um pouco de Engenharia... 
Eng. Especialista: Edilson S. Maia 
Emails: Edilson.maia1@gmail.com; edilson_maia@hotmail.com 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Revisão 2.0 
 
mailto:Edilson.maia1@gmail.com
mailto:edilson_maia@hotmail.com
Um pouco de Engenharia... 
Preparado por: Edilson S. Maia Página 2 de 65 
Sobre o autor: 
Edilson Sousa Maia 
Possui graduação em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal 
do Maranhão (1989). Tem experiência na área de Engenharia 
Eletrônica, com ênfase em Automação Industrial e Tecnologia da 
Informação. Atualmente é Docente na Faculdade Pitágoras (São Luis 
- MA). 
Histórico Profissional: 
Possui Graduação em Engenharia Elétrica, com ênfase em 
eletrônica, pela Universidade Federal do Maranhão, UFMA, Brasil 
(1983 - 1988); 
Consultor em Automação pelo Consórcio Alumínio do Maranhão 
(1989-2011); 
 Publicação em Revista Internacional: “Redundant PLC System 
(CPU) to Digestion Shutdown System”. Reliability Newsletter, 
Pittsburgh – USA; 2000; 
 Definição, Elaboração e Implantação de dezenas de projetos 
de Controle & Automação, utilizando PLCs/ SCADAs; 
 Participação na Automation Fair – (Rockwell Automation). 
2006, St Louis – USA; 
 Implantação de sistema M.E.S. na área da Redução da 
ALUMAR (2006); 
 Definição do M.E.S. para as Redução da ALCOA (2007); 
Quebec (CAN), Knoxville (USA) e Geelong (AUS); 
Possui Pós-Graduação em Gestão Empresarial, ISAN/ FGV (2004 – 
2005); 
É docente na Faculdade Pitágoras, lecionando as Disciplinas 
Engenharia & Profissão, Gestão de Projetos, Automação Industrial e 
Informática Industrial (2009- atual); 
Foi Coordenador dos Cursos de Engenharia Elétrica/ Controle & 
Automação/ Produção/ Ambiental e Civil na Faculdade Pitágoras 
(2011 – atual); 
 Organização da 1ª Semana de Engenharia da Faculdade 
Pitágoras (out/2012), em conjunto com os Coordenadores 
Lourival Filho (Engenharia de Produção) e Valdilea L. Ferreira 
(Engenharia Civil e Ambiental), apresentando na mesma a 
Palestra “O Novo Engenheiro e o Mercado de Trabalho. ” 
 Organização da 2ª Semana de Engenharia da Faculdade 
Pitágoras (Nov/2013), em conjunto com os Coordenadores 
Lourival Filho (Engenharia de Produção) e Dennis Guilhon 
(Arquitetura) 
 
Um pouco de Engenharia... 
Preparado por: Edilson S. Maia Página 3 de 65 
 Organização da 3ª Semana de Engenharia da Faculdade 
Pitágoras (Nov/2014), em conjunto com os Coordenadores de 
Engenharia e o Docente Michel A. Coelho; 
 Organização da 4ª Semana de Engenharia da Faculdade 
Pitágoras (Nov/2015), em conjunto com os Coordenadores de 
Engenharia e o Docente Michel A. Coelho; 
 
 
Um pouco de Engenharia... 
Preparado por: Edilson S. Maia Página 4 de 65 
LISTA DE ABREVIATURAS 
 
ABEnge: Associação Brasileira de Educação em Engenharia 
ConFEA: Conselho Federal de Engenharia e Agronomia 
CREA: Conselho Regional de Engenharia e Agronomia 
EAP: Estrutura Analítica do Projeto 
EPR: Engenharia de Produção. 
FNE: Federação Nacional dos Engenheiros 
ISO: International Organization for Standardization; Organização Internacional para 
Padronização 
PGP: Plano de Gerenciamento do Projeto. 
PMI: Project Management Institute. 
PMO: Project Management Office/ Escritório de projetos. 
PMP: Project Management Professional; Profissional de Gerência de Projetos 
PDU: Professional Development Unit 
TAP: Termo de Abertura do Projeto. 
WBS: Work Breakdown Structure. 
 
Um pouco de Engenharia... 
Preparado por: Edilson S. Maia Página 5 de 65 
ÍNDICE 
 
1. O QUE É A ENGENHARIA? 
1.1. HISTÓRIA DA ENGENHARIA 
1.2. A ENGENHARIA NO BRASIL 
1.3. ENGENHARIA AMBIENTAL 
1.4. ENGENHARIA CIVIL 
1.5. ENGENHARIA DE COMPUTAÇÃO 
1.6. ENGENHARIA DE CONTROLE & AUTOMAÇÃO 
1.7. ENGENHARIA DE PRODUÇÃO 
1.8. ENGENHARIA ELÉTRICA 
1.9. ENGENHARIA MECÂNICA 
1.10. ENGENHARIA QUÍMICA 
2. PROJETO: A ESSÊNCIA DA ENGENHARIA 
2.1. INTRODUÇÃO 
2.2. FERRAMENTAS DE AUXÍLIO NA CONDUÇÃO DE PROJETOS 
2.3. FATORES DE SUCESSO EM PROJETOS 
3. CONCEITOS DE GERENCIAMENTO DE PROJETO 
3.1. O CICLO DE VIDA DE UM PROJETO 
3.2. O PMI E O GUIA PMBOK 
3.3. GERENCIAMENTO DE PROJETOS 
3.4. INICIANDO UM PROJETO 
3.4.1. IDENTIFICANDO OS STAKEHOLDERS DO PROJETO 
3.5. O TERMO DE ABERTURA DO PROJETO (TAP) 
4. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA 
 
Um pouco de Engenharia... 
Preparado por: Edilson S. Maia Página 6 de 65 
O QUE É A ENGENHARIA? 
 
Um começo de conversa 
Uma das perguntas mais feitas pelos meus alunos de quando adentram à IES é: “Professor, e o 
que faz um engenheiro”? 
Uma primeira definição para engenheiro: “o engenheiro é um especialista na solução de 
problemas práticos utilizando-se sempre de fundamentos em conhecimentos científicos”. 
Durante a formação do engenheiro, o desenvolvimento de algumas competências e habilidades, 
tais como: a capacidade de liderar e trabalhar em equipe, realizar experimentos e testar 
protótipos, comunicar e se relacionar com todas as pessoas do ambiente do trabalho serão 
fundamentais para o seu sucesso profissional. 
Ao perceber que o engenheiro tem bom raciocínio analítico e uma visão integrada e sistêmica 
que lhe confere um bom domínio do ambiente social e econômico, iremos compreender as 
razões pelas quais este profissional se destaca nos mais diversos setores econômicos, como: 
pesquisa básica e aplicada, ensino, desenvolvimento, projeto de sistemas e componentes, 
manutenção, teste, vendas, consultoria, produção e operação. 
Serão apresentados também os principais campos de atuação do engenheiro que 
correspondem às grandes áreas da Engenharia. São elas: Engenharia Ambiental, Engenharia 
Civil, Engenharia Elétrica, Engenharia de Controle e Automação, Engenharia Mecânica, 
Engenharia de Produção, Engenharia Química e a Engenharia de Computação. 
 
As competências e habilidades 
De posse de forte raciocínio analítico e a sua capacidade sistêmica de analisar e integrar 
diversos elementos do ambiente de trabalho, os engenheiros estão cada vez mais ocupando 
posições até então destinadas aos administradores e economistas. As funções destinadas aos 
engenheiros vão desde as atividades de investigação científica (Pesquisa Básica e Aplicada) às 
atividades de venda e consultoria. 
No núcleo central da atuação de um engenheiro, destaca-se a sua capacidade de aplicar 
conhecimentos científicos na resolução de problemas. Os conhecimentos científicos estão 
relacionados: à estrutura e propriedade da matéria, aos fenômenos eletromagnéticos, às leis da 
física, à transferência de calor e de massa e à modelagem matemática de fenômenos físicos. 
Novas competências e habilidades também são exigidas dos recém-graduados em engenharia. 
Dentre elas, destacam-se: a habilidade de liderar pessoas e trabalhar em equipes para 
solucionar complexos problemas e a habilidade de se comunicar em mais de uma língua. 
O número de engenheiros no Brasil cresce em um ritmo muito lento quando comparado aos 
países também em desenvolvimento como China e Índia. Conforme matéria publicada pela 
Um pouco de Engenharia... 
Preparado por: Edilson S. Maia Página 7 de 65 
revista Veja em 19 de dezembro de 2007, ainda faltam muitos engenheiros no Brasil para 
ocupar os cargos disponíveis nas empresas multinacionais e nacionais. 
 
1.1. HISTÓRIA DA ENGENHARIA 
 
1.1.1. Introdução 
Para compreender o significado da palavra engenharia, é preciso conhecer o surgimento e a 
evolução de algumas técnicas e dispositivos desenvolvidos por engenhosos seres humanos com 
o intuito de solucionar problemas reais da humanidade no seu dia-a-dia. 
Confunde-se com a própria história da humanidade, se processa de forma contínua, 
caminhando ao sabor da cultura, dos contextos históricos e sociais; 
Quando nasceu a engenharia? 
- O primeiro emprego do termo engenheiro – proveniente da palavra latina ingenium, que 
significa engenho ou habilidade - foi feito na Itália (1337-1380); 
- Apenas no século18 começou a ser utilizada para identificar aqueles que faziam técnicas 
com base em princípio científico; 
- O primeiro título de engenheiro foi usado pelo inglês John Smeaton (1724-1792), como 
engenheiro civil. 
- As origens históricas remontam à época da Revolução Industrial em 1760 onde o foco da 
demanda torna-se o foco da solução de problema; 
- Nesse período a expectativa era em prover o conhecimento necessário à produção em larga 
escala; 
- Com o passar dos anos, a questão-chave tornou-se, além de produzir cada vez mais e 
melhor, otimizar o uso de recurso e materiais; 
Durante o século XIX ocorreu uma revolução que mudou para sempre a forma do homem 
trabalhar, de pensar, de produzir... mudou para sempre a relação do homem com a máquina. 
Essa revolução teve origem na Inglaterra e logo se espalhou para o resto do mundo. Esse fato 
histórico ficou denominado "Revolução Industrial". Com o progresso no setor industrial da 
época, surgiu a necessidade de organizar e administrar complexos sistemas de produção. 
Contudo, foi no início deste século que a sua difusão foi intensificada, fundamentando-se 
basicamente na indústria metalo-mecânica. Posteriormente, outros fatores como o 
desenvolvimento japonês e a adoção da temática da Qualidade & Produtividade como pontos 
centrais nas empresas e organizações privadas, públicas, industriais, serviços e de governos, 
consolidaram essa difusão. Para mais tarde, com o advento da produção em massa, difundida 
por Henry Ford, e posteriormente a produção enxuta, concebida por Taichii Ohno dentro da 
Toyota, a Engenharia Industrial ganhasse grande destaque mundial. 
 
ENGENHARIA 
Um pouco de Engenharia... 
Preparado por: Edilson S. Maia Página 8 de 65 
Engenharia (latim ingeniu = "faculdade inventiva, talento") é a arte, a ciência e a técnica de 
bem conjugar os conhecimentos especializados (científicos) de uma dada área do saber com a 
sua viabilidade técnico-econômica, para produzir novas utilidades e/ou transformar a 
natureza, em conformidade com ideias bem planejadas. 
Alguns marcos históricos importantes na história da engenharia: 
 Leonardo da Vinci (1452-1519) é um dos precursores da tecnologia como é hoje 
entendida desenvolveu inúmeros projetos, tais como: roda d’água, máquina de escavação, 
bestas e máquinas voadoras (tecnologia); 
 Benjamin Franklin em 1752 inventa o para-raios; 
 Thomas Edison em 1878 inventa a lâmpada elétrica; 
 Santos Dumont com o 14 Bis em 1906; 
 
1.2. A ENGENHARIA NO BRASIL 
 
1.2.1. Introdução 
A engenharia vive um grande momento no contexto atual de desenvolvimento do Brasil. As 
suas contribuições foram e são inúmeras nos campos das telecomunicações, na geração e 
distribuição de energia, no aumento da produtividade e qualidade das empresas, na construção 
de estradas e cidades. 
- Podemos afirmar que ela efetivamente começou com as primeiras casas construídas pelos 
colonizadores, o que não é classificado como obra de engenharia; 
- Seu desenvolvimento manteve-se por muitos anos atrasado pelo fato da economia ser 
baseada na escravidão; 
- O ensino da engenharia iniciou entre 1648 e 1650, com a contratação do holandês Miguel 
Timermans contratado para ensinar sua arte e sua ciência; 
- A primeira escola de engenharia foi a academia Real Militar criada em 4 de dezembro de 
1810; 
- Em 25 de abril de 1874 foi criada a Escola Politécnica do Rio de Janeiro; 
- Ainda no século 19 mais cinco escolas foram criadas: Politécnica de São Paulo, Politécnica 
do Mackenzie College, Escola de engenharia do Recife, Politécnica da Bahia e a escola de 
Engenharia de Porto Alegre; 
 
1.2.2. Grandes obras e contribuições da Engenharia no Brasil. 
Um pouco de Engenharia... 
Preparado por: Edilson S. Maia Página 9 de 65 
 
 
Ponte Rio - Niterói (1969) 
 
 
MASP (Museu de Arte de São Paulo) 
 
Rodovia dos imigrantes (2002): 
 
1.2.3. Mercado de Trabalho no Brasil 
 
Um pouco de Engenharia... 
Preparado por: Edilson S. Maia Página 10 de 65 
O ConFEA revela que nos anos recentes aproximadamente 100 mil novos engenheiros 
desembarcaram no mercado de trabalho por ano. Esse número é quase cinco vezes mais alto 
que no ano 2000, quando o País teve 21 mil novos profissionais da área registrados. 
Ainda assim, o mercado continua atrás de profissionais qualificados. Um estudo do Instituto de 
Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) mostra que seria necessário quase dobrar o número atual 
de engenheiros até o ano 2020 para suprir a demanda do País. 
Os engenheiros encontram trabalho em praticamente qualquer ramo de atuação da economia. 
Alguns exemplos: 
 Engenheiro civil – trabalha em empresas que constroem infraestruturas como prédios, 
pontes, aeroportos, shopping centers, estradas, túneis, etc. 
 Engenheiro mecânico – indústrias de base mecânica, mineração, alimentos, 
eletrodomésticos, produção de veículos. 
 Engenheiro de produção – atua em indústrias e empresas de diversos portes, 
ajudando na otimização de processos, redução de custos e aumento de produtividade. 
 Engenheiro agrônomo – contratado por empresas agrícolas, de fiscalização sanitária, 
como agente de desenvolvimento rural, em empresas de desenvolvimento de 
maquinário e produtos para uso no campo. 
 Engenheiro eletricista – concessionárias de geração, Transmissão e distribuição de 
energia, empresas de automação. 
 Engenheiro de Controle e Automação – empresas de tecnologia ou que necessitem 
ferramentas de controle de processo/ produção/ serviços através de recursos 
computacionais ou eletrônicos. 
 Engenheiro metalúrgico – metalúrgicas, siderúrgicas, empresas de beneficiamento de 
minérios, montadoras de veículos, indústria de máquinas. 
 Engenheiro de computação – empresas de TI, telecomunicações, desenvolvimento de 
software e hardware, banco de dados, comércio eletrônico. 
Melhores oportunidades para Engenharia 
Um estudo da consultoria Robert Half revela que as melhores oportunidades para engenheiros 
de diversas formações estão na área de gestão de pessoas, projetos e processos de grandes 
empresas. 
Nesses cargos, os salários podem atingir patamares impressionantes. Entretanto, para chegar a 
este patamar, é necessário muito estudo, experiência, especialização e, principalmente, 
capacidade de se comunicar e estabelecer redes de relacionamento. 
Os cargos podem variar bastante. Veja alguns: 
 Diretor de Engenharia 
 Diretor de Operações 
 Gerente de Planejamento 
 Gerente de Logística 
 Gerente de Projetos 
 Gerente de Melhoria Contínua 
 Gerente de Planta 
Um pouco de Engenharia... 
Preparado por: Edilson S. Maia Página 11 de 65 
 Gerente de Contratos 
 Engenheiro de Aplicação / Tecnologia; 
 Engenheiro de Qualidade, Segurança, Meio Ambiente e Saúde 
 Engenheiro de Pesquisa & Desenvolvimento 
 Engenheiro de Produção/Processos 
 Coordenador de Manutenção 
 
Áreas da Engenharia mais populares 
Engenharia Civil é o ramo da Engenharia com mais profissionais no mercado, de acordo com 
uma pesquisa da consultoria Kelly Services. Conheça as áreas mais populares no Brasil: 
1. Engenharia Civil 
2. Engenharia Mecânica 
3. Engenharia Elétrica 
4. Engenharia de Produção 
5. Engenharia Ambiental 
6. Engenharia de Computação 
7. Engenharia Química 
Os melhores salários, de acordo com a mesma pesquisa, estão distribuídos entre as seguintes 
engenharias: 
 Engenharia Química 
 Engenharia Mecânica 
 Engenharia Elétrica (ou Eletrônica) 
 Engenharia de Computação 
 Engenharia Civil 
 Engenharia de Produção 
Como se dar bem no mercado de trabalho para Engenharia 
Os engenheiros têm motivos de sobra para comemorar. Além de possuírem um dos índices de 
empregabilidade mais altos do Brasil – superior a 95%, de acordo com o Instituto de Pesquisa 
Econômica Aplicada (Ipea), também contam com boas médias salariais. 
A concorrência, entretanto, é forte, o que aumenta a necessidade de desenvolver mais e mais 
conhecimentos. 
Se você está pensando em seguir no mercado de Engenharia, vejaalguns conhecimentos 
recomendáveis para se obter antes, durante e depois de entrar no mercado de trabalho. 
 Língua inglesa – é essencial o domínio fluente do inglês, dado que a Engenharia é uma 
ciência universal e muito material de pesquisa é oferecido nesta língua. Também é 
fundamental para conseguir estágios ou oportunidades de trabalho no exterior! 
Um pouco de Engenharia... 
Preparado por: Edilson S. Maia Página 12 de 65 
 Língua espanhola – muitas empresas brasileiras de Engenharia têm se expandido pela 
América Latina, especialmente na Bolívia e no Peru, o que abre mais oportunidades para 
profissionais que dominam a língua espanhola. 
 Especialização – depois da formatura, busque cursos de pós-graduação. Pode ser uma 
especialização, um mestrado, um MBA, o que você quiser. Quanto mais conhecimento 
tiver um engenheiro, mais chances ele terá de se dar bem no mercado de trabalho. 
Fonte: https://www.guiadacarreira.com.br/carreira/mercado-de-trabalho-engenharia/ 
 
 
https://www.guiadacarreira.com.br/carreira/mercado-de-trabalho-engenharia/
Um pouco de Engenharia... 
Preparado por: Edilson S. Maia Página 13 de 65 
1.4. A ENGENHARIA AMBIENTAL 
 
A Engenharia ambiental é um ramo da engenharia que estuda os problemas ambientais de 
forma integrada nas suas dimensões ecológica, social, econômica e tecnológica, com vista a 
promover o desenvolvimento sustentável. 
A Engenharia Ambiental é um curso que, devido a desestruturação que tem vindo a ocorrer no 
meio ambiente, tende a ser uma profissão bastante cotada e principalmente no Brasil, que é um 
dos países que vem sendo mais afetado devido ao aquecimento global, e por ser um pais com 
intenso fluxo industrial. O engenheiro ambiental tem como função ajudar em projetos para 
diminuição do aquecimento global, evitando o envio dos gases ricos em CO2 para a camada de 
ozônio. Não só essas, mas a reestruturação de rios e afluentes, controlar e amenizar a poluição 
da água, entre inúmeras outras funções, que colocam a engenharia ambiental como a "profissão 
do futuro". 
 
1.4.1. Resolução de criação 
O curso de Engenharia Ambiental foi criado pela Resolução Nº 447, de 22 de setembro de 2000 
que dispõe sobre o registro profissional do engenheiro ambiental e discrimina suas atividades 
profissionais. 
 
1.4.2. Competências do engenheiro ambiental dentre as engenharias 
Compete ao engenheiro ambiental o desempenho das atividades 1 a 14 e 18 do art. 1º da 
Resolução nº 218, de 29 de junho de 1973, referentes à administração, gestão e ordenamento 
ambientais e ao monitoramento e mitigação de impactos ambientais, seus serviços afins e 
correlatos. 
 
1.4.3. Atividades previstas para o Engenheiro Ambiental 
 Estudo, planejamento, projeto e especificação; 
 Estudo de viabilidade técnico-econômica; 
 Supervisão, coordenação e orientação técnica; 
 Assistência, assessoria e consultoria; 
 Direção de obra e serviço técnico; 
 Vistoria, perícia, avaliação, arbitramento, laudo e Parecer técnico; 
 Análise de Desempenho de cargo e função técnica; 
 Ensino, pesquisa, análise, experimentação, ensaio e divulgação técnica; extensão; 
 Padronização, mensuração e controle de qualidade; 
 Execução de desenho técnico. 
 Elaboração de orçamento; 
Um pouco de Engenharia... 
Preparado por: Edilson S. Maia Página 14 de 65 
 Execução de obra e serviço técnico; 
 Fiscalização de obra e serviço técnico; 
 Produção técnica e especializada; 
 Condução de trabalho técnico; 
 
1.4.4. Atuação do engenheiro ambiental 
No Brasil, o Engenheiro Ambiental tem por função resolver problemas concretos de prevenção 
e remediação (atividade corretiva) diante das ações antrópicas mediante aplicações da 
tecnologia disponível, pontual e localmente apropriada. De modo geral, tanto no âmbito 
público como privado, sua atuação deve atender aos objetivos da Política Nacional do Meio 
Ambiente, em obediência ao Artigo Nº 225 da Constituição Federal. Além disso, deve também 
atender às preocupações ambientais mais amplas, consideradas em tratados internacionais 
como exigências relativas ao clima da Terra, entre outros. 
São exemplos as determinações das Cartas de Estocolmo (1972), do Rio de Janeiro (ECO-92), a 
Convenção de Viena (1985), o Protocolo de Montreal (1987), relativo à camada de Ozônio, o 
Protocolo de Kioto (1997), o Protocolo de Annapolis e a Conferência promovida pela ONU em 
Bali (2007) quanto às mudanças climáticas. 
De modo geral, sua atuação tem em vista condições de contorno ambientais próprias do 
entorno circundante. Deve também preocupar-se com o efeito abrangente por sobre a extensão 
territorial afetada - exemplificada pela bacia hidrográfica quanto às águas e, o potencial da 
emissão atmosférica potencialmente carregada pelos ventos para local distante. 
Evidentemente também prevenir sobre possibilidade de outros vetores capazes de provocar 
alterações de natureza diversa. 
Pela competência instituída pela lei (5.194/66) e atribuições pelo CONFEA, deverá fixar as 
exigências técnicas a serem atendidas em relação aos empreendimentos tanto de natureza 
pública como privada. Por este motivo, o seu mercado de trabalho é bastante heterogêneo e 
distribui-se por: administração central, seus serviços descentralizados a nível regional, 
administração local, empresas industriais, empresas de consultoria, empresas de serviços, 
ONGs, instituições de investigação e ensino superior. 
Uma das aptidões que devem ser desenvolvidas pelo engenheiro ambiental é a avaliação da 
duração, magnitude e reversibilidade das alterações causadas pela atividade humana no meio 
ambiente, independentemente de sua natureza adversa ou benéfica. 
 
Histórico 
O primeiro curso de Engenharia Ambiental criado no Brasil foi o da Universidade Luterana do 
Brasil (ULBRA), campus de Canoas (RS), pela Resolução Consun/ ULBRA n. 45, de 31 de 
outubro de 1991, subsidiada pelo Parecer n. 1.031, de 6 de dezembro de 1989, que somente foi 
iniciado em 1 de março de 1994. Já o primeiro curso que entrou em funcionamento foi o da 
Um pouco de Engenharia... 
Preparado por: Edilson S. Maia Página 15 de 65 
Universidade Federal do Tocantins (UFT), em 9 de março de 1992, que foi criado pela 
Resolução CESu n 118, de 19 de dezembro de 1991 (BRASIL, 2004a; UFT, s.d.). 
Segundo o INEP, existem 110 cursos regulamentados de engenharia ambiental no Brasil. 
 
1.4.5. Áreas de atuação 
Algumas das áreas de atuação do engenheiro ambiental são: 
 Análise de riscos ambientais 
 Auditorias e diagnósticos ambientais 
 Avaliação de impactos ambientais 
 Controle de qualidade ambiental - sistemas de monitoramento e vigilância 
 Educação e sensibilização ambiental 
 Geologia Ambiental 
 Diagnósticos e Investigações de Passivos Ambientais 
 Gestão ambiental 
 Gestão de recursos naturais e conservação da natureza (Meio Urbano, Rural e Costeiro) 
 Gestão de resíduos sólidos 
 Licenciamento Ambiental 
 Modelagem ambiental 
 Ordenamento do território (uso do solo), planejamento regional e urbano 
 Planejamento energético e energias renováveis 
 Poluição da água, poluição atmosférica, poluição do solo e ruído 
 Redes de saneamento, (tratamento de água e de efluentes) 
 Emissários submarinos e sub-fluviais 
 Hidrologia e hidrogeologia 
 Remediação de Áreas Degradadas 
 Regulamentação e normalização ambiental 
 Seguros e ambiente 
 Sistemas de informação ambiental 
 Tecnologia/ Produção limpa 
 Tratamento de águas residuárias e de abastecimento 
 Redução e controle das emissões de material particulado (poluição atmosférica) 
 
Brasil 
No Brasil, a Engenharia Ambiental obedece aos conceitos adotados nos demais países do 
mundo e uma de suas principais atribuições é o levantamento e redução dos danos 
ocasionados pelo ser humano nos meios biológicos e físicos. A criação de novos meios para 
combater os efeitos causados pelo ser humano é um grande objetivo dessa profissão. Uma das 
principais causas mais comentadas e trabalhadas atualmente é o aquecimentoglobal e seus 
respectivos danos ao meio ambiente. 
Um pouco de Engenharia... 
Preparado por: Edilson S. Maia Página 16 de 65 
 
1.5. ENGENHARIA CIVIL 
 
Engenharia Civil é o ramo da engenharia que projeta e executa obras como edifícios, pontes, 
viadutos, estradas, barragens e outras obras da engenharia hidráulica fluvial e da Hidráulica 
Marítima, assim como da engenharia sanitária. 
Os termos Construção civil e Engenharia Civil são originados de uma época em que só existiam 
apenas duas classificações para a Engenharia sendo elas Civil e Militar. Com o tempo, a 
Engenharia Civil, que englobava todas as áreas, foi se dividindo, e hoje conhecemos várias 
divisões, como a elétrica, mecânica, química, naval, entre outras. Exemplos como Engenharia 
naval dão origem a construção naval, mas ambas eram agrupadas apenas na grande área da 
civil. 
O engenheiro civil projeta e acompanha todas as etapas de uma construção e/ou reabilitação 
(reformas). Deve estudar as características dos materiais, do solo, incidência do vento, destino 
(ou ocupação) da construção. Com base nesses dados, desenvolve o projeto, dimensionando e 
especificando as estruturas, hidro-sanitárias e gás, bem como os materiais a serem utilizados. 
No gabinete de obra, chefia as equipes, supervisionando os prazos, os custos e o cumprimento 
das normas de segurança, saúde e meio ambiente. Cabe-lhe garantir a segurança da edificação, 
exigindo que os materiais empregados na obra estejam de acordo com as normas técnicas em 
vigor. A Engenharia Civil tem, de alguma forma, relações com todas as atividades humanas, 
notadamente com a Arquitetura. 
 
1.5.1. Métodos 
A Engenharia Civil utiliza, como ferramentas mais usuais, a computação, a matemática, a física, 
a química, e um conjunto de técnicas no desenvolvimento de suas atividades, entre as quais os 
modelos matemáticos e os modelos físicos nos mais diversos laboratórios de Engenharia Civil 
das diferentes modalidades. Além destas, aplica contribuições da administração e da economia. 
Trata-se de ciência aplicada, que incorpora contribuições de diversas áreas de conhecimento, 
de ciência básica, para alcançar sucesso em projeto, acompanhamento, e gerência de 
empreendimentos. 
Na solução de problemas complexos, como aqueles associados a problemas de hidráulica, 
hidrologia, mecânica dos solos, mecânica dos fluidos, mecânica estrutural, de estruturas 
esbeltas e nanoestruturas a Engenharia Civil utiliza a modelagem computacional e a 
modelagem física. 
 
1.5.2. Formação acadêmica 
Um pouco de Engenharia... 
Preparado por: Edilson S. Maia Página 17 de 65 
Para a atividade, um estudante tem de adquirir conhecimentos teóricos e práticos em 
estruturas, estradas e transportes, hidráulica e saneamento, geotecnia e materiais, também o 
conhecimento de todas as exigências legais e de segurança. O estágio é fundamental para que o 
aprendiz entre em contato com a realidade técnica de seu futuro local de atuação profissional. 
O curso de graduação é normalmente desenvolvido em cinco anos, ou muitas vezes onze 
semestres. 
O profissional de Engenharia Civil pode exercer suas atividades em: 
 Área técnica, como na elaboração de projetos; 
 Área gerencial, como execução de obra, gestão de empresas ou departamentos de 
grandes empresas voltadas à construção civil, ou não; 
 Área financeira, como gestão de carteiras de clientes corporativos (empresas) em 
bancos ou instituições financeiras. 
 Área Acadêmica, em atividade de Pesquisa & Desenvolvimento e/ ou lecionando 
disciplinas específicas em Instituições de Ensino Superior; 
Durante a graduação, além de estágios em obras, é sugerido cursos de atualização, participação 
em eventos e congressos técnicos. A pós-graduação, hoje em dia, é considerada quase uma 
exigência para o mercado de trabalho. 
 
1.5.3. Áreas de Engenharia Civil 
Estruturas 
No campo das estruturas, a Engenharia Civil abraça um vasto campo de matérias como a física, 
a matemática aplicada, resistência dos materiais e mesmo a computação. 
A análise de estruturas abrange estudos do comportamento de edifícios, pontes, casas, 
barragens, entre outros. A sua análise pressupõe basicamente o estudo das forças resultantes 
nos elementos, como o esforço axial, os momentos fletores e o esforço de corte, com base nas 
forças atuantes. 
 
Vias de comunicação 
A área das vias de comunicação é amplamente multidisciplinar em áreas fora e dentro da 
Engenharia Civil. Disciplinas como a mecânica dos solos, a matemática, sociologia, hidráulica, 
estatística, métodos numéricos entre muitos outros poderão ser incluídos no estudo, 
dimensionamento e exploração de vias de comunicação, nomeadamente: 
 Desenho urbano 
 Estradas 
 Autoestradas 
 Caminhos de ferro 
Um pouco de Engenharia... 
Preparado por: Edilson S. Maia Página 18 de 65 
 Aeroportos e Aeródromos 
 Portos 
 
1.6. ENGENHARIA DE CONTROLE E AUTOMAÇÃO 
 
A engenharia de controle e automação tem como objetivo desenvolver controladores que 
melhorem o desempenho de sistemas dinâmicos, tais como máquinas, processos, produtos e 
serviços para trabalharem de maneira auto-regulada e ou auto-gerenciada. 
Para alcançar este objetivo é necessário realizar o projeto de automação. Primeiro 
identificando o sistema que se deseja automatizar ou controlar, modelar matematicamente 
este sistema. Segundo lugar desenvolver e construir o controlador deste sistema, definindo as 
ações de controle, os sensores, os atuadores. Este controlador poderá ser mecânico, eletro-
eletrônico, software ou eletro-pneumático. Neste passo além de construir o controlador é 
necessário definir os sensores e os atuadores do sistema. Por fim ajustar e calibrar o sistema, 
definir os parâmetros de operação e manutenção. 
É dada ênfase a alguns conhecimentos de engenharia elétrica, mecânica e computação para 
aplicação em controle de processos industriais, manufatura, controle de servomecanismo 
(robôs e manipuladores), automação de serviços (predial, bancário, hospitalar), controle 
embarcado (metrô, aviões, foguetes) e outros. 
A Engenharia de Controle e Automação se concentra, acima de tudo, na automação de uma 
planta, que é fazer um processo manual tornar semi-automático ou totalmente automático. A 
automação é completa quando toda uma linha de produção funciona do começo ao fim sem a 
intervenção humana, agindo apenas pelo controle das próprias máquinas e controladores. Para 
obter a automação de um sistema é necessário conseguir uma visão global do processo 
produtivo, o que faz o profissional da área usar informações que relacionem áreas de 
conhecimento distintas, como é o caso da mecânica, da elétrica e da ciência da computação. 
A Engenharia de controle e automação é levemente diferenciada da Engenharia Mecatrônica, 
devido ao fato que a Mecatrônica possui uma área mais voltada para a mecânica enquanto a 
engenharia de controle e automação é voltada para elétrica. Controle e automação é a área 
dentro da engenharia voltada ao controle de processos industriais e automação de processos 
de manufatura, utilizando-se para isso de elementos sensores, elementos atuadores, sistemas 
de controle, Sistemas de Supervisão e Aquisição de Dados e outros métodos que utilizem os 
recursos da elétrica, eletrônica, da mecânica e da informática. 
Um robô industrial é um ótimo exemplo de sistema de controle e automação que inclui 
aspectos de eletrônica, computação e mecânica nos trabalhos do dia-a-dia. 
Diagrama de Automação 
Um pouco de Engenharia... 
Preparado por: Edilson S. Maia Página 19 de 65 
 
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Engenharia_de_controle_e_automação 
 
Na figura acima é possível observar esta relação, e em especial a intercessão entre a mecânica, 
a ciência da computação e a elétrica - neste caso dividida em eletrônica e controle. 
 
1.6.1. Histórico do curso de Engenharia de Controle e Automação 
 
O surgimento da Engenharia de Controle e Automação é uma tendência observada há muito 
tempo.No século XVII as primeiras máquinas de combustão surgiram, e eram utilizadas para o 
bombeamento de água em minas de carvão. Em 1769, James Watt aperfeiçoou a máquina a 
vapor, dando a ela regularidade de marcha. Já no início do século XIX, surge a primeira 
máquina programável. 
As máquinas complexas, desenvolvidas no período entre guerras, com navios e aviões, só 
foram possíveis graças ao desenvolvimento das primeiras técnicas de automação industrial. Na 
Segunda Guerra Mundial, apareceram os computadores, máquinas complexas com capacidade 
de memória e processamento de dados. A introdução destes nos controladores permitiu 
sofisticá-los e torná-los inteligentes. 
Foi neste contexto que os cursos de Engenharia de Controle e Automação começaram aparecer 
e disciplinas de automação e controle foram incorporadas às ciências de engenharia. A 
tecnologia de Controle gerou um grande aumento na competitividade nas mais diversas áreas 
enquanto que a Automatização dos processos aumentou significativamente a produtividade e 
qualidade dos produtos. 
Um grande crescimento na demanda por tecnologia ocorreu e ainda ocorre motivado pela 
indústria bélica, em especial no século 20 com as duas grandes guerras mundiais, mas um 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Engenharia_de_controle_e_automação
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Esquemamecatronica.jpg
Um pouco de Engenharia... 
Preparado por: Edilson S. Maia Página 20 de 65 
exemplo de como a Engenharia de Controle e Automação está presente de forma construtiva 
em nossas vidas se dá pela evolução de nossos meios de transporte. A Indústria automobilística 
é um bom exemplo de como este setor cria desafios e soluções por meio de desenvolvimento 
de tecnologia de ponta. 
Outro exemplo mais recente da evolução da Controle e Automação é na área espacial, devido à 
necessidade de construção de sistemas de controle precisos e de alta complexidade para guiar 
os foguetes, sondas e naves espaciais. 
 
1.6.2. História no Brasil 
O primeiro curso de Controle em uma universidade brasileira ocorreu no segundo semestre de 
1953 para os alunos de Engenharia Eletrônica do ITA. 
Porém o primeiro curso de Controle ministrado por brasileiros, só ocorreu em 1960, na Escola 
Politécnica da USP. 
Em nível de graduação, a partir dos anos 80, surgem: 
 Os cursos de Mecatrônica, o primeiro dos quais foi criado na Escola Politécnica da USP, 
sob a denominação de Engenharia Mecânica – Habilitação Automação e Sistemas 
(Mecatrônica); 
 Os cursos de Engenharia de Controle e Automação, tendo sido o primeiro fundado na 
UFSC em 1988; 
 As ênfases em Controle de cursos de Engenharia Elétrica; 
 E, mais recentemente, as ênfases em Controle e Automação em outros cursos de 
Engenharia, como na Química e na Computação; 
De acordo com a elaboração da Portaria 1694/ MEC/ 94 (Brasil, 1994), foi estabelecido que: “A 
Engenharia de Controle e Automação é uma habilitação específica que tem sua origem nas áreas 
Elétrica e Mecânica do curso de Engenharia” (Art. 1º). Isso permitiu rápido crescimento do 
curso de Engenharia de Controle e Automação, que passou de 8 em 1996 para 60 em 2005. 
A Faculdade Pitágoras (MA) atualmente possui no curso de Engenharia de Controle & 
Automação, 12 turmas: 4 no horário matutino (208 alunos) e 8 no horário noturno (432 
alunos) 
 
História do nome 
O nome Engenharia de Controle e Automação (que é o aceito atualmente pelo MEC) surgiu 
pelas ideias propostas abaixo: Controle significa Controle Automático (isto é, que se move ou 
age por si, sem operador) de Sistemas físicos quaisquer. Automação significa o emprego do 
computador para automatizar, com ou sem controle dinâmico. 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Escola_Polit%C3%A9cnica_da_USP
http://pt.wikipedia.org/wiki/UFSC
http://pt.wikipedia.org/wiki/MEC
Um pouco de Engenharia... 
Preparado por: Edilson S. Maia Página 21 de 65 
De acordo com a Larousse Cultural (1998), os nomes Automação e Automática são definidos 
assim: “Automação- Parte da automática que trata dos automatismos mais complexos. Palavra 
utilizada pela primeira vez em 1936... na General Motors...” “Automática- Ciência e técnica da 
automatização, agrupando o conjunto das disciplinas teóricas e tecnológicas que intervêm na 
concepção, construção... dos sistemas automáticos.” 
 
O curso de engenharia de controle e automação 
No Brasil, o currículo do curso está organizado em três núcleos: 
O básico é formado por disciplinas de matemática, química, física, mecânica dos sólidos, 
informática, materiais, humanas, ambientais, administrativas, econômicas e de expressão 
gráfica. 
O profissionalizante genérico compreende disciplinas de análise de sistemas, mecânica 
aplicada, eletricidade e eletrônica, modelagem, simulação de sistemas físicos. 
As disciplinas do núcleo profissionalizante específico apresentam conteúdos sobre gestão de 
tecnologia, instrumentação para automação e controle, processos e sistemas de fabricação, 
automação da manufatura e controle de sistemas. Esse controle se baseia na programação de 
máquinas, no monitoramento e aperfeiçoamento do desempenho de processos e adaptações de 
programas computacionais, com a finalidade de reduzir custos e prazos, aumentar a segurança 
da produção além de melhorar a qualidade dos produtos e da produtividade de empresas dos 
mais variados ramos. 
Em algumas instituições pode ocorrer variação de ênfase. Isso ocorre pela própria situação 
regional, visto que no Rio de Janeiro, o número de empresas no ramo da robótica é bastante 
reduzido, frente a outros estados como São Paulo. Cabe ao aluno verificar através da própria 
grade curricular, qual a ênfase deste curso na instituição ou universidade desejada. 
 
Atribuições profissionais 
O Engenheiro de Controle e Automação recebe a seguinte designação profissional do CONFEA: 
 Grupo: 1 Engenharia 
 Modalidade: 2 Eletricista 
 Nível: 1 Graduação 
 Código: 121-03-00 
 Título: Engenheiro de Controle e Automação 
Destaca-se que a estrutura do Curso foi concebida para que o aluno receba atribuição 
profissional básica semelhante aos Engenheiros Eletricistas, com ênfase nas seguintes áreas de 
atuação: 
 Controle e automação de processos; 
Um pouco de Engenharia... 
Preparado por: Edilson S. Maia Página 22 de 65 
 Informática industrial; 
 Engenharia de sistemas e produtos; 
Nessas áreas, o Engenheiro de Controle e Automação recebe atribuições para exercer vários 
tipos de atividades: 
 Estudo, planejamento, projeto e especificações; 
 Estudo de viabilidade técnico-econômica; 
 Supervisão, coordenação e orientação técnica; 
 Assistência, assessoria e consultoria; 
 Direção de obra e serviço técnico; 
 Vistoria, perícia, avaliação, arbitramento, laudo e parecer técnico; 
 Ensino, pesquisa, análise, experimentação, ensaio e divulgação técnica; extensão; 
 Elaboração de orçamento; 
 Padronização, mensuração e controle de qualidade; 
 Execução de obra e serviço técnico; 
 Fiscalização de obra e serviço técnico; 
 Produção técnica e especializada; 
 Condução de trabalho técnico; 
 Condução de equipe de instalação, montagem, operação, reparo ou manutenção; 
 Execução de instalação, montagem e reparo; 
 Operação e manutenção de equipamento e instalação; 
 Execução de desenho técnico. 
 
Perfil e áreas de atuação 
A Engenharia de Controle e Automação é uma atividade-meio, ou seja, a mesma utiliza técnicas 
que são básicas para toda engenharia, além de ser instrumento para aplicação em quase todas 
as áreas do conhecimento. Ela está presente na indústria química, petroquímica, alimentícia, 
têxtil, papeleira e empresas de saneamento, uma vez que nos processos químicos que 
decorrem ao longo do percurso produtivo numa planta industrial, é necessário controlar o 
comportamento das variáveis que interferem na qualidade dos produtos de acordo com 
padrões pré-estabelecidos. 
Todos os ramos da manufatura se beneficiam das técnicas de controle. Entre as aplicações 
neste ramo da indústria estáa robótica industrial, usinagem de peças, controle de motores, 
entre outras. 
O projeto de um sistema de controle automático requer o conhecimento amplo e aprofundado 
de várias outras disciplinas que vão desde a eletrônica até a otimização, passando pela 
informática, matemática discreta e a teoria de sistemas lineares e não-lineares. 
Assim, com base numa formação suficientemente abrangente para exercer uma ação 
integradora, o Engenheiro de Controle e Automação poderá, no que concerne às atividades de 
engenharia: trabalhar em setores industriais, comerciais, residenciais e de serviços, sendo 
responsável pela modernização, automação e otimização destes processos; atuar em empresas 
de engenharia, projetando e integrando sistemas de automação industrial, hospitalar e predial; 
Um pouco de Engenharia... 
Preparado por: Edilson S. Maia Página 23 de 65 
participar de treinamento de recursos humanos em empresas em geral e instituições de 
ensino; executar projetos de engenharia básica visando planejar a expansão e automação de 
longo prazo; desenvolver produtos de instrumentação, controle, operação e supervisão de 
processos industriais, comerciais e residenciais. Além disso, dependendo das opções que fizer 
durante e após o curso, o profissional formado poderá também se dedicar ao desenvolvimento 
e gerência do próprio negócio, tornando-se um empresário. 
O profissional formado deve ter sólida base teórica em física, química, matemática e 
informática, conhecimentos gerais em eletricidade e mecânica (instrumentação eletrônica e 
mecânica e acionamentos elétricos, mecânicos e hidráulicos) que lhe permitam compreender 
os efeitos das interfaces entre o mundo real e o sistema de automação. 
De forma geral, tem-se: 
 Nível de componente: circuito integrado, sensor, atuador, mecanismo, mancal. 
 Nível de máquina: robôs, máquinas de usinagem, medição, inspeção, movimentação, 
embalagem. 
 Nível de sistema produtivo: projeto e análise auxiliados por computador, manufatura 
integrada por computador, sistema flexível de manufatura. 
Quanto mais próximo do nível de componente, mais próximo de fenômenos físicos estará o 
Engenheiro de Controle e Automação. Quanto mais próximo do nível de sistema produtivo, 
mais interessado em informação e abstrações estará esse Engenheiro. A formação em 
Engenharia de Controle e Automação deve, portanto habilitá-lo a transitar por esses 
diferentes níveis, tendo a capacidade de integrar e combinar conhecimentos. 
Algumas áreas em que o profissional pode atuar: 
 Automação comercial e robótica: Projetar sistemas automatizados de controle de 
equipamentos em edifícios comerciais e em residências, como elevadores, iluminação, 
aparelhos de ar condicionado e eletrodomésticos. 
 Automação industrial: Desenvolver e implantar projetos de automação em indústrias. 
Manipular robôs industriais. 
 Bioprocessos: Projetar, construir e operar equipamentos empregados nas indústrias de 
biotecnologia. 
 Informática: Projetar sistemas de informação e bancos de dados. Programar 
equipamentos automatizados. 
 
O Mercado 
Toda indústria, atualmente, tem alguma forma de automação, de um sistema simples aos mais 
elaborados. Isso facilita para esse engenheiro encontrar vagas. Além disso, o atual momento 
econômico do país impulsionou os investimentos, e as indústrias estão trabalhando a todo o 
vapor, demandando mais profissionais. 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Circuito_integrado
http://pt.wikipedia.org/wiki/Sensor
http://pt.wikipedia.org/wiki/Atuador
http://pt.wikipedia.org/wiki/Mecanismo
http://pt.wikipedia.org/wiki/Mancal
http://pt.wikipedia.org/wiki/Usinagem
Um pouco de Engenharia... 
Preparado por: Edilson S. Maia Página 24 de 65 
O mercado de trabalho é crescente, especialmente na indústria nacional, na qual a automação é 
uma necessidade quando se busca maior competitividade (redução de custos e melhoria da 
qualidade). 
O engenheiro de controle e automação é contratado pelas empresas para atuar no projeto e 
desenvolvimento de novos sistemas que visem a aumentar a produtividade de uma indústria e 
a qualidade dos produtos. Também pode gerenciar projetos de automação, fazer adaptação de 
softwares e banco de dados. O melhor caminho para entrar nas grandes indústrias é o estágio. A 
maior quantidade de empregos ainda está no eixo Rio-São Paulo. Nas indústrias que migraram 
para cidades do Nordeste também há ótimas possibilidade de vagas. 
O profissional pode atuar nas indústrias de automação, de informática, têxteis, na 
agropecuária, metalúrgicas, siderúrgicas, de cerâmicas, de bioengenharia, na área aeroespacial, 
automobilísticas, mecânicas etc. 
Pela característica de área meio, a Engenharia de Controle e Automação também permite ao 
egresso uma atuação em serviços de engenharia e consultoria especializada, em firmas ou de 
forma autônoma. 
 
1.7. ENGENHARIA DE PRODUÇÃO 
 
A Engenharia de Produção dedica-se à concepção, melhoria e implementação de sistemas que 
envolvem pessoas, materiais, informações, equipamentos, energia e o ambiente. Ela é uma 
engenharia menos tecnológica, na medida em que é mais abrangente e genérica, englobando 
um conjunto maior de conhecimentos e habilidades, para que utilizando-se desse 
conhecimento especializado em matemática, física e ciências sociais, em conjunto com análise e 
projeto de engenharia, ela possa especificar, prever e avaliar os resultados obtidos por tais 
sistemas (http://pt.wikipedia.org/wiki/Engenharia_de_produção). 
De modo geral, a Engenharia de Produção, ao enfatizar as dimensões do produto e do sistema 
produtivo, encontra-se com as ideais de projetar produtos, viabilizar produtos, projetar 
sistemas produtivos, viabilizar sistemas produtivos, planejar a produção, produzir e distribuir 
produtos que a sociedade valoriza. 
Segundo Cunha (2002), os cursos do tipo pleno concentram quase toda a sua carga horária 
profissionalizante no estudo da gestão da produção, enquanto que os de habilitação específica 
dividem essa carga entre esse estudo e o dos sistemas técnicos - normalmente, priorizando 
este último por larga margem. Deve-se notar que a legislação atualmente em vigor considera 
apenas os egressos do primeiro tipo de curso como Engenheiros de Produção. 
Cunha (2002) ressalta que o aparecimento da Engenharia de Produção com uma componente 
mais gerencial deveu-se, provavelmente, ao fato dos cursos da área das Ciências da 
Administração de Empresas conduzirem seus egressos a uma formação sem o foco principal na 
resolução de problemas, característica bem mais típica da Engenharia. 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Engenharia_de_produção
Um pouco de Engenharia... 
Preparado por: Edilson S. Maia Página 25 de 65 
Abaixo, um Quadro-Resumo constando os cursos de Engenharia de Produção no Brasil.. 
QUADRO 2 - Cursos de EPR no Brasil subdivididos por ênfase 
CURSOS TOTAL 
Produção 51 
Produção Mecânica 21 
Produção Civil 11 
Produção Elétrica 8 
Produção Agroindustrial 7 
Produção Química 4 
Produção Metalúrgica 3 
Produção Materiais 1 
Produção Têxtil 1 
Produção Calçados e Componentes 1 
Produção: Tecnologias + Limpas 1 
Produção Software 1 
Total 110 
Fonte: Adaptado da Revista Pesquisa e Tecnologia FEI, 
2002. 
 
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Engenharia_de_produção 
 
1.7.1. História 
A Engenharia de Produção nasceu dentro da Engenharia Mecânica e por isso se dedicou 
inicialmente aos sistemas físicos. Na década de setenta, notou-se mesmo no Brasil, que os 
conceitos e métodos próprios da Engenharia de Produção ganharam notável desenvolvimento 
e tornaram-se independentes de qualquer área tecnológica sendo aplicada a todas as áreas 
clássicas das engenharias. A Engenharia de Produção é uma habilitação específica derivada de 
qualquer uma das grandes áreas da engenharia. Assim, existem cursos de Engenharia de 
Produção Plena (envolvendo todas as seis grandes áreas), Engenharia de Produção Elétrica, 
Engenharia de Produção Civil, Engenharia de Produção Mecânica,etc. 
 
1.7.2. Mercado de Trabalho 
A formação acadêmica de um engenheiro de produção permite que este profissional 
desempenhe algumas funções que um administrador de empresa poderia exercer em uma 
organização (desde que não interfira nas atividades privativas do administrador, visto que a 
profissão de administrador no Brasil é regulamentada por uma lei federal - 4769/65). Muitas 
empresas estão contratando engenheiros de produção no Brasil, a fim de obter um profissional 
bastante completo e que possa desempenhar um grande leque de atividades dentro da 
organização. 
Quanto a retração do mercado de engenharia no Brasil, o mercado de Engenharia de Produção, 
mesmo tendo pouco tempo, é o que desfruta da melhor situação. Todos os Engenheiros de 
Produção vêm conseguindo boas colocações no mercado principalmente em função do seu 
perfil que coincide com o que se está demandando nos dias de hoje: um profissional com uma 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Engenharia_de_produção
Um pouco de Engenharia... 
Preparado por: Edilson S. Maia Página 26 de 65 
sólida formação científica e com visão geral suficiente para encarar os problemas de maneira 
global. 
Em 1970, o mercado de trabalho do Engenheiro de Produção no Brasil começou a se tornar 
bastante abrangente envolvendo todos os setores da economia, desde o primário (relativo às 
atividades de extrativismo, pecuária, agricultura, etc.), passando pelo secundário (toda a 
indústria de transformação) até o terciário (setor de serviços). 
 
Organizações Empregadoras 
• As indu strias de uma maneira geral, como a de construça o, automo veis, alimentos, 
agroindu stria, eletrodome sticos, equipamentos, etc.; 
• Empresas de serviço de uma maneira geral, como a de transporte ae reo, Internet, 
consultorias, etc.; 
• Empresas pu blicas como os Correios, a Petrobra s, ANEEL, ANP, BNDES, etc.; 
• Grandes empresas privadas de petro leo, concessiona rias de telefonia, bancos, 
seguradoras, fundos de pensa o, bancos de investimento, etc. 
 
1.7.3. Perfil Profissional 
Os aspectos relacionados à gestão dos sistemas produtivos vieram a ser a base tecnológica 
própria da Engenharia de Produção. Com as recentes mudanças estruturais e organizacionais 
desses sistemas de produção e a evolução dos cursos de Engenharia de Produção, os 
profissionais egressos desta modalidade têm se mostrado também, hábeis empreendedores e 
capazes de atuar nas mais diversas organizações da sociedade. 
O perfil do Engenheiro de Produção pressupõe espírito crítico, criatividade e consciência em 
relação à sua atuação técnica, política, econômica e social. Pois bem, ele vem se mostrando um 
profissional versátil, considerando a interdependência entre os vários segmentos empresariais, 
levando em consideração o desenvolvimento de novas máquinas, novos processos de produção 
e sua manutenção, agindo no sentido de planejar, orientar, supervisionar, inspecionar e 
controlar a produção de bens e serviços, elaborar, executar e acompanhar projetos buscando a 
otimização dos sistemas produtivos. 
Competências Científicas 
 So lida formaça o em cie ncias ba sicas como Matema tica, Computaça o, Administraça o e 
Economia, com e nfase nos me todos quantitativos relacionados a estas u ltimas; 
 Capacidade de trabalho em equipes multidisciplinares; 
 Capacidade pra tica de abordagem experimental; 
 Capacidade de analisar e otimizar processos; 
 Formaça o e tico-profissional. 
Competências Pessoais 
Um pouco de Engenharia... 
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 Capacidade de utilizar ferramental matema tico e estatí stico para modelar sistemas de 
produça o e auxiliar na tomada de deciso es; 
 Capacidade de projetar, implementar e aperfeiçoar sistemas, produtos e processos, 
levando em consideraça o os limites e as caracterí sticas das comunidades envolvidas; 
 Capacidade de utilizar indicadores de desempenho, sistemas de custeio, bem como 
avaliar a viabilidade econo mica e financeira de projetos; 
 Capacidade de prever e analisar demandas, selecionar tecnologias e know-how, 
projetando produtos ou melhorando suas caracterí sticas e funcionalidade; 
 Capacidade de incorporar conceitos e te cnicas da qualidade em todo o sistema 
produtivo, tanto nos seus aspectos tecnolo gicos quanto organizacionais, aprimorando 
produtos e processos, e produzindo normas e procedimentos de controle e auditoria; 
 Capacidade de prever a evoluça o dos cena rios produtivos, percebendo a interaça o entre 
as organizaço es e os seus impactos sobre a competitividade; 
 Capacidade de acompanhar os avanços tecnolo gicos, organizando-os e colocando-os a 
serviço da demanda das empresas e da sociedade; 
 Capacidade de compreender a inter-relaça o dos sistemas de produça o com o meio 
ambiente, tanto no que se refere a utilizaça o de recursos escassos quanto a disposiça o 
final de resí duos e rejeitos, atentando para a exige ncia de sustentabilidade; 
 Capacidade de dimensionar e integrar recursos fí sicos, humanos e financeiros a fim de 
produzir, com eficie ncia e ao menor custo, considerando a possibilidade de melhorias 
contí nuas; 
 
1.7.4. Áreas de Atuação 
Com maiores especializações, as atividades de atuação estão sendo relacionadas ao 
desenvolvimento de projetos, à aplicação de métodos gerenciais, ao uso de métodos para 
melhoria da eficiência das empresas e à utilização de sistemas de controle dos processos das 
empresas. 
Assim, de uma forma geral, tudo o que se refere ao planejamento, programação e controle de 
compras, produção e distribuição de produtos constitui atividade da Engenharia de Produção: 
 A rea de Tecnologia da Informaça o, na implantaça o de sistemas de TI; 
 A rea de operaço es, envolvendo a distribuiça o dos produtos, controle dos suprimentos, 
etc.; 
 A rea de gesta o agro-industrial, gesta o da manutença o, automaça o industrial, etc.; 
 A rea financeira, incluindo o controle financeiro, controle de custos, ana lise de 
investimentos, etc.; 
 A rea de logí stica, incluindo o uso e desenvolvimento de sistemas de roteamento, gesta o 
e controle de frotas, etc.; 
 A rea de marketing, tratando do planejamento e desenvolvimento de novos produtos, 
incluindo a utilizaça o de me todos estatí sticos avançados destinados ao estudo de 
mercado etc.; 
 A rea de planejamento, abrangendo os setores estrate gico, produtivo, financeiro, etc. 
 A rea de ergonomia, engenharia de segurança, organizaça o do trabalho, engenharia de 
me todos, etc.; 
Um pouco de Engenharia... 
Preparado por: Edilson S. Maia Página 28 de 65 
 A rea de gesta o econo mica, engenharia econo mica, gesta o de custos e/ou investimentos, 
etc.; 
 A rea de engenharia da qualidade, incluindo Controle estatí stico de qualidade, projeto de 
experimentos, metodologia 6-sigma, regressa o e correlaça o. 
 
Problemas tratados 
 Melhoria e garantia da qualidade dos processos: implanta e desenvolve sistemas de 
garantia da qualidade (como as normas regulamentadoras da se rie ISO 9000), focando 
sempre a qualidade do produto e o cliente; 
 Produtividade focada em estrate gias de manufatura: atua na organizaça o e 
planejamento do fluxo de produça o, reduça o de estoques, diminuiça o do tempo de 
atravessamento, otimizaça o e racionalizaça o de processos, entre outras atividades; 
 Projeto de produtos: dedica-se a projeto de softwares ergono micos, gesta o de projetos e 
da inovaça o, reduça o do tempo de produça o nominal em uma nova fa brica, transfere ncia 
de tecnologia e de seu domí nio efetivo; 
 Organizaça o do trabalho: volta-se para a formaça o, qualificaça o e desenvolvimento de 
compete ncias adequadas a novas tecnologias. 
 
1.7.5. Exemplos de atuação 
Na gestão do trabalho e da empresa; 
 Elaboraça o de planos para avaliaça o de cargos e sistemas de incentivos; 
 Elabora planos para identificar e resolver problemas de alocaça o de recursos; 
 Atua em programas de higiene e segurança do trabalho; 
 Participa e colabora na seleça oe treinamento de pessoal; 
 Realiza a interface entre as a reas administrativas e te cnicas da empresa 
 
Na área de planejamento industrial 
 Realiza estudos sobre a localizaça o geogra fica da empresa e planejando o arranjo fí sico 
de suas instalaço es; 
 Desenvolve estudos de viabilidade te cnico-econo mica para aplicaça o de capital no 
processo industrial; 
 Conduz programas de reduça o de custos; 
 Elabora e calcula lotes econo micos e se ries de produça o, bem como previso es de venda; 
 Estabelece polí ticas de administraça o e controle de estoques e reposiça o de 
equipamentos; 
 Presta assiste ncia no desenvolvimento de ma quinas, ferramentas e produtos e no 
desenvolvimento de polí ticas e procedimentos; 
 Acompanha e supervisiona a operaça o de materiais e equipamentos. 
Um pouco de Engenharia... 
Preparado por: Edilson S. Maia Página 29 de 65 
 
Como gestor do sistema produtivo 
 Desenvolve projetos e faz o planejamento para controlar a produtividade ou eficie ncia 
operacional de uma empresa, conjugando os recursos humanos e materiais disponí veis, 
visando ao aumento da produça o com o menor custo possí vel; 
 Desenvolve me todos de otimizaça o do trabalho; 
 Cria procedimentos para programaça o e controle de produça o; 
 Desenvolve programas de controle da qualidade; 
 Apresenta modelos de simulaça o para problemas administrativos complexos. 
 
1.8. ENGENHARIA ELÉTRICA 
 
A engenharia elétrica é o ramo da engenharia que lida com o estudo e a aplicação da energia 
elétrica e do eletromagnetismo. A engenharia elétrica dedica-se ao estudo e aplicações de: 
 Geração de energia (usinas/ fábricas geradoras hidrelétricas, termoelétricas, 
nucleares); 
 Transmissão/ transporte de energia (linhas de transmissão de alta tensão) (AT) e extra 
alta tensão (EAT); 
 Distribuição e utilização de energia nas residências, nas indústrias (controle e 
automação, máquinas elétricas, motores elétricos); 
 Telecomunicações (telefonia fixa e celular, rádio, televisão, internet); 
 Eletrônica. 
 
1.8.1. Especializações 
Ela divide-se nas seguintes áreas de especialização: 
 Sistemas de energia elétrica ou sistemas de potência - estudos de geração, transmissão e 
distribuição de energia elétrica; planejamento, confiabilidade, estabilidade e proteção 
de sistemas elétricos e utilização de técnicas computacionais aplicadas a sistemas de 
potência; 
 Sistemas de eletrônica - desenvolvimento de circuitos eletrônicos para a aquisição de 
dados como temperatura, umidade, pressão entre outros e transmissão de dados por 
radiofrequência etc; 
 Sistemas de microeletrônica - projeto, fabricação e testes de circuitos integrados - C.I. 
para sistemas de computação, telecomunicações, entretenimento entre outros; 
 Sistemas de eletrônica de potência - estudos de dispositivos eletrônicos de potência, 
acionamento de máquinas elétricas, controle de motores, simulação digital de máquinas 
e conversores e cargas elétricas especiais; 
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 Sistemas de telecomunicações - estudos de sistemas de áudio e vídeo, antenas e 
propagação de ondas eletromagnéticas, micro-ondas, telefonia analógica e digital, fibras 
ópticas, processamento analógico e digital de sinais, telecomunicações por satélite e 
redes de comunicações; 
 Sistemas de computação - estudos de sistemas operacionais para computadores, projeto 
e programação de sistemas digitais, redes digitais, computação gráfica e CAD, Ciência 
dos computadores e análise de sistemas computacionais; 
 Sistemas de controle e automação - estudos de controle de processos industriais por 
computador, controle óptico, sistemas inteligentes para automação industrial, robótica, 
inteligência artificial, controles adaptativos e não-lineares. 
 Sistemas biomédicos - Especificar e gerenciar a utilização de equipamentos médico-
assistenciais em hospitais, clínicas e laboratórios, além do projeto e construção desses 
mesmos tipos de aparelhos. 
 
1.8.2. Matérias estudadas 
Matemática e física são as matérias básicas. O aluno passa parte do tempo em laboratórios, 
para aprender, conhecer e interpretar fenômenos elétricos, especialmente o eletromagnetismo, 
assunto ao qual é dedicada parte significativa do curso. Além de matemática e física também 
estuda-se química, sociologia, Ética e outros. Algumas faculdades dão maior ênfase a 
eletrotécnica ("altas tensões e baixas frequências") ou eletrônica ("baixas tensões e altas 
frequências"). 
 
Engenharia eletrotécnica 
A ênfase em eletrotécnica estuda o sistema de potência elétrica. O sistema de potência elétrica 
compreende a geração, transmissão, distribuição e utilização de energia elétrica; materiais e 
equipamentos elétricos, instalações elétricas prediais e industriais; acionamentos industriais; 
fontes alternativas de energia; máquinas elétricas; eficiência energética; sistemas de medição e 
controle. Além disso, geralmente a área de eletrotécnica abrange assuntos de outros ramos, 
como eletrônica analógica, digital e de potência. 
 
Engenharia eletrônica 
A eletrônica digital surgiu quando foi possível aplicar a teoria da lógica digital (que define 
apenas dois estados, certo/ errado; falso/ verdadeiro, 0/1, ligado/ desligado, e está já existia 
há mais de 200 anos) em equipamentos compactos. Os primeiros computadores à válvula 
diminuíram em tamanho, porém, continuaram grandes, caros e complicados. A eletrônica 
digital permitiu a miniaturização dos circuitos, a diminuição do consumo de energia elétrica e o 
aumento na velocidade do processamento das informações. 
A grande vantagem da eletrônica é que ela permite equipamentos, máquinas, dispositivos que 
respondam mais rápido e com maior eficiência energética. 
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Engenharia de computação 
A engenharia de computação tem como objetivo o desenvolvimento de sistemas 
computacionais. Um sistema computacional é todo e qualquer dispositivo eletrônico que 
responde a ação de um software, bem como suas interligações. 
A partir dos anos 70 devido ao grande crescimento da indústria de computadores, e sua 
atuação nas diversas áreas da engenharia, tornou-se necessário um profissional que 
entendesse tanto de engenharia elétrica como de computação. 
Muitas universidades têm até hoje os departamentos de engenharia elétrica e de computação 
juntos. Controle inteligente, processamento digital de sinais, microprocessadores, 
reconhecimento de padrões, redes de sensores, redes de computadores e robótica, são 
exemplos de áreas onde a computação atua. 
Engenheiros de computação são engenheiros eletricistas especialistas em sistemas 
computacionais. Estudam os fundamentos da engenharia elétrica e da ciência da computação. 
Tem forte bases em cálculo, física, eletromagnetismo, microeletrônica e eletrônica digital, 
microprocessadores, processamento digital de sinal, arquitetura de computadores, sistemas 
operacionais, redes de computadores, algoritmos, estruturas de dados, inteligência artificial, 
sistemas distribuídos, banco de dados e engenharia de software. 
 
Telecomunicação 
Na habilitação em telecomunicação o engenheiro deve projetar sistemas que, interligados, 
transmitem informação para diversos pontos. As informações podem ser áudio (voz), imagem 
(vídeo) ou dados. Os meios em que serão transmitidas são os mais variados: pelo ar (por ondas 
eletromagnéticas via radiofrequência ou micro-ondas), via cabos metálicos, fibra óptica (sinais 
luminosos) e até através de linhas de energia elétrica. 
Telecomunicação é a transmissão, emissão ou recepção, por fio, radioeletricidade, meios 
ópticos ou qualquer outro processo eletromagnético, de símbolos, caracteres, sinais, escritos, 
imagens, sons ou informações de qualquer natureza. 
 
O profissional 
O campo de trabalho do engenheiro eletricista é vasto e inclui empresas de energia elétrica e 
telecomunicações, escritóriosde projetos e consultoria, firmas de montagem e manutenção de 
instalações elétricas e de telecomunicações, indústrias diversas e empresas comerciais de 
pequeno e grande porte, manutenção de equipamentos e componentes eletro-eletrônicos, 
hospitais, empresas de radiodifusão, informática etc. 
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As perspectivas quanto ao progresso do curso são excelentes e tendem a uma melhoria das 
oportunidades de trabalho, dada a grande demanda por serviços nessas áreas e aos grandes 
investimentos, públicos e privados, que serão feitos nos próximos anos, no campo da 
Engenharia Elétrica. 
 
Regulamentação da profissão no Brasil 
No Brasil é considerado engenheiro eletricista quem for formado em engenharia elétrica, 
porém para poder exercer a profissão é necessário registro no sistema do CREA (Conselho 
Regional de Engenharia e Agronomia) do estado onde atua. 
No artigo 55 da lei nº 5.194 de 1966, é definido como infração o engenheiro que exerça 
atividade profissional sem registro no CREA do estado em que atua, com penalidade prevista 
na alínea “b” do artigo 73 da mesma lei.2 
 
Piso Salarial 
Ao longo dos anos muito se discutiu se a legislação foi criada para estabelecer piso salarial ou 
jornada de trabalho. No entanto, a polêmica foi pacificada com a publicação da Súmula 370 do 
Colendo Superior do Trabalho, cujo entendimento é que a lei nº 4.950-A/66 foi criada para 
fixar o piso salarial e não jornada de trabalho. 
Logo, o salário mínimo profissional equivale a 8,5 salários mínimos para uma jornada de 
trabalho de 8 horas. 
Ainda hoje, muitos engenheiros sujeitam-se ou são coagidos a aceitar salários menores que o 
piso mínimo. Esta situação é totalmente ilegal e pode ser alvo de uma denúncia anônima ao 
CREA, ou mesmo uma ação judicial para que o piso salarial seja atendido. Existem também 
muitas empresas que não contratam os engenheiros, mas sim os obrigam a abrir empresas de 
prestação de serviços de engenharia, terceirizando a atividade e os encargos sociais. Isso retira 
do engenheiro muitos direitos, os quais teria garantido se fosse contratado pela CLT. 
 
1.9. ENGENHARIA MECÂNICA 
 
A engenharia mecânica é a aplicação de matemática e ciências básicas, principalmente física, no 
projeto, construção, análise, manutenção e operação de sistemas mecânicos. Sistemas 
mecânicos são constituídos por elementos físicos, construídos pelo homem ou presentes na 
natureza (http://pt.wikipedia.org/wiki/Engenharia_mec%C3%A2nica). 
 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Engenharia_mec%C3%A2nica
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Ciências mecânicas 
A engenharia mecânica é didaticamente dividida em áreas como a criação que frequentemente 
se entrelaçam nos diversos ramos de atuação. Destas áreas, aquelas mais próximas à física são 
chamadas ciências mecânicas e servem de base teórica às áreas de direta aplicação de 
engenharia. As ciências mecânicas pouco abordam aspectos tecnológicos e práticos, tratam de 
conceitos básicos bem estabelecidos e que muito dificilmente se tornam ultrapassados. 
 
Mecânica geral 
A mecânica geral engloba áreas fundamentais da física, podendo ser separada em estática e 
dinâmica. Suas abordagens mais conhecidas são: clássica, de Lagrange e a dinâmica dos corpos 
rígidos. Ainda que a mecânica geral inclua teorias fundamentais de dinâmica, teorias mais 
sofisticadas a respeito fogem ao tipo de abordagem, que geralmente trata de corpos inflexíveis 
e é pouco viável para análise de sistemas complexos. 
São estudados pela mecânica geral modelos de atrito, inércia, choque mecânico, trabalho e 
energia, gravitação e quantidade de movimento. Estes conceitos são imprescindíveis ao 
desenvolvimento das demais áreas de engenharia mecânica. 
 
Dinâmica 
A Dinâmica, não só no campo da mecânica, estuda a forma como elementos se comportam e 
interagem entre si, ao longo do tempo. Considera-se um sistema dinâmico se o estado ou 
condição em que o mesmo se encontra não depende apenas das forças ou condições 
momentâneas a que é submetido, mas também depende do estado anterior em que se 
encontrava. Este tipo de sistema físico geralmente acarreta em modelos matemáticos de 
equações diferenciais. A análise envolvida pode atingir alto grau de complexidade demandando 
soluções algébricas sofisticadas ou até se restringindo a simulações numéricas (através de 
modelos computacionais). 
Na mecânica, a dinâmica é empregada em diversos tipos de tecnologia, como suspensão de 
automóvel, motores, projetos de navios e estruturas offshore, aeronaves, projeto de próteses 
ósseas etc. 
 
Controle 
A Engenharia de Controle tem como objetivo o desenvolvimento de máquinas acopláveis a 
sistemas dinâmicos, com a função de modificar o comportamento dos mesmos. Por trás do 
projeto de controle, envolvem-se as teorias de dinâmica associadas a lógicas de controle. 
Os primeiros sistemas de controle, no século XVIII, eram puramente mecânicos. Hoje, são mais 
comuns dispositivos que envolvem partes eletrônicas e eletromecânicas, contendo sensores, 
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atuadores e controladores digitais, como é o caso dos sistemas de injeção eletrônica de 
combustível de veículo automotores e piloto automático de navios, aeronaves e mísseis. 
 
Mecânica dos sólidos 
Também conhecida como resistência dos materiais, a mecânica dos sólidos estuda o 
comportamento de corpos submetidos a esforços mecânicos. Entre as principais teorias, 
envolvem-se a da elasticidade, plasticidade e estabilidade 
A mecânica dos sólidos é fundamental no desenvolvimento de estruturas e elementos de 
máquinas, tais como engrenagens, árvores (eixos), mancais, etc. Permite estudar as variações 
de tensões e deformações ao longo do sólido (ou peça), essenciais ao dimensionamento do 
mesmo. 
 
 
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2. PROJETO: A ESSÊNCIA DA ENGENHARIA 
 
Um começo de conversa 
O engenheiro é um grande solucionador de problemas e estas atividades fazem parte de um 
processo natural de formação de qualquer engenheiro. 
Perceberemos na prática que o engenheiro soluciona problemas por meio de “projetos” de 
produtos, de processos e de sistemas. Tudo isso sempre aplicando seus conhecimentos 
técnicos e científicos aprendidos nas disciplinas de formação básica e profissional. Iremos 
constatar que “o projeto é a essência da Engenharia” (BAZZO, 2006). 
O sucesso dos projetos acadêmicos e profissionais está relacionado com 
• Entrega conforme a especificação do cliente; 
• O prazo de entrega do projeto; 
• Os custos de execução e gerenciamento do projeto e 
• A qualidade intrínseca do resultado final (seja produto, processo ou sistema) que lhe for 
demandado; 
 
2.1. INTRODUÇÃO 
 
Projeto é “conjunto de atividades planejadas com Início, Meio e Fim, que precedem a execução de 
um produto, processo ou serviço, ou resultado específico. ” 
Um projeto é um esforço temporário empreendido para criar um produto, serviço ou 
resultado exclusivo. A sua natureza temporária indica um início e um término definidos. O 
término é alcançado quando os objetivos tiverem sido atingidos ou quando se concluir que 
esses objetivos não serão ou não poderão ser atingidos e o projeto for encerrado, ou quando o 
mesmo não for mais necessário. 
Um esforço de trabalho contínuo é geralmente um processo repetitivo porque segue os 
procedimentos existentes de uma organização. As tarefas podem ser novas para a equipe do 
projeto, o que demanda planejamento mais dedicado do que outro trabalho rotineiro. Um 
projeto pode envolver uma única pessoa, uma única ou múltiplas unidades organizacionais. 
Um projeto pode criar: 
 Um produto que pode ser um item final ou um item componente de outro item. Ou seja, é 
um bem tangível; 
 Uma capacidade de realizar um serviço, como funções de negócios que dão suporteà 
produção ou à distribuição ou 
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 Um resultado, como um produto ou um documento (por exemplo, um projeto de pesquisa 
desenvolve um conhecimento que pode ser usado para determinar se uma tendência está 
presente ou se um novo processo beneficiará a sociedade). 
Exemplos de projetos podem incluir: 
 Desenvolvimento de um novo produto ou serviço; 
 Efetuar uma mudança de estrutura, de pessoal ou de estilo de uma organização; 
 Desenvolvimento ou aquisição de um sistema de informações novo ou modificado; 
 Construção de prédio ou infraestrutura ou 
 Implementação de um novo procedimento ou processo de negócios. 
 
2.2. FERRAMENTAS DE ANÁLISE E SOLUÇÃO DE PROBLEMAS 
 
Existem algumas Ferramentas de Qualidade que auxiliam o engenheiro nas suas análises e 
Tomadas de Decisão com relação a seus projetos. Listaremos agora algumas delas: 
(http://riscozerotreinamentos.blogspot.com.br/2009/10/ferramentas-da-qualidade.html). 
 
Análise S.W.O.T. (Strengths, Weaknesses, Opportunities e Threats); 
A Análise SWOT é uma ferramenta utilizada para fazer análise de cenário (ou análise de 
ambiente), sendo usado como base para gestão e planejamento estratégico de uma corporação 
ou empresa, mas podendo, devido a sua simplicidade, ser utilizada para qualquer tipo de 
análise de cenário, desde a criação de um blog à gestão de uma multinacional. 
O termo SWOT é uma sigla oriunda do idioma inglês, e é um acrônimo de Forças (Strengths), 
Fraquezas (Weaknesses), Oportunidades (Opportunities) e Ameaças (Threats). 
S W 
 Material didático de boa qualidade 
 Corpo Docente qualificado 
 Equipamentos de informática modernos 
 Estacionamento insuficiente 
 Muitos alunos por computador; 
 Climatização inadequada; 
O T 
 Estágio;  Concorrência existente 
 Novos concorrentes; 
 Inadimplência; 
Quadro 1: Exemplo de Matriz SWOT para Implantação de um Curso de Informática. 
 
http://riscozerotreinamentos.blogspot.com.br/2009/10/ferramentas-da-qualidade.html
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Não há registros precisos sobre a origem desse tipo de análise, segundo PÚBLIO (2008) a 
análise SWOT foi criada por dois professores da Harvard Business School: Kenneth Andrews e 
Roland Christensen. Por outro lado, TARAPANOFF (2001:209) indica que a ideia da análise 
SWOT já era utilizada há mais de três mil anos quando cita em uma epígrafe um conselho de 
Sun Tzu: "Concentre-se nos pontos fortes, reconheça as fraquezas, agarre as oportunidades e 
proteja-se contra as ameaças" (SUN TZU, 500 a.C.) Apesar de bastante divulgada e citada por 
autores, é difícil encontrar uma literatura que aborde diretamente esse tema. 
 
Objetivos 
o Efetuar uma síntese das análises internas e externas; 
o Identificar elementos chave para a gestão da empresa, o que implica estabelecer 
prioridades de atuação; 
o Preparar opções estratégicas: Riscos/ Problemas a resolver. 
 
Aplicação prática 
Análise SWOT Esta análise de cenário se divide em: 
Ambiente interno (Forças e Fraquezas) - Principais aspectos, que diferencia a empresa 
dos seus concorrentes (decisões e níveis de desempenho que se pode gerir). O ambiente 
interno pode ser controlado pelos dirigentes da empresa, uma vez que ele é resultado 
das estratégias de atuação definidas pelos próprios membros da organização. Desta 
forma, durante a análise, quando for percebido um ponto forte, ele deve ser ressaltado 
ao máximo; e quando for percebido um ponto fraco, a organização deve agir para 
controlá-lo ou, pelo menos, minimizar seu efeito. 
Strenghts - Vantagens internas da empresa em relação às empresas concorrentes. 
Weakness - Desvantagens internas da empresa em relação às empresas 
concorrentes. 
Ambiente externo (Oportunidades e Ameaças) - Corresponde às perspectivas de 
evolução de mercado; Fatores provenientes de mercado e meio envolvente (decisões e 
circunstâncias externas ao poder de decisão da empresa). O ambiente externo não está 
totalmente no controle da organização. Mas, apesar de não poder controlá-lo, a empresa 
deve conhecê-lo e monitorá-lo com frequência, de forma a aproveitar as oportunidades 
e evitar as ameaças. Evitar ameaças nem sempre é possível, no entanto pode-se fazer 
um planejamento para enfrentá-las, minimizando seus efeitos. 
Opportunities - Aspectos positivos da envolvente com potencial de fazer crescer a 
vantagem competitiva da empresa. Geralmente não itens que não estão sob o 
total controle da empresa. 
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Threats - Aspectos negativos da envolvente com potencial de comprometer a 
vantagem competitiva da empresa. 
A combinação destes dois ambientes, interno e externo, e das suas variáveis, Forças e 
Fraquezas; Oportunidades e Ameaças, vai facilitar a análise e a procura para tomada de 
decisões na definição das estratégias de negócios da empresa. 
Forças e Oportunidades - Tirar o máximo partido dos pontos fortes para aproveitar ao 
máximo as oportunidades detectadas. 
Forças e Ameaças - Tirar o máximo partido dos pontos fortes para minimizar os efeitos 
das ameaças detectadas. 
Fraquezas e Oportunidades - Desenvolver estratégias que minimizem os efeitos 
negativos dos pontos fracos e que em simultâneo aproveitem as oportunidades 
detectadas. 
Fraquezas e Ameaças - As estratégias a adotar devem minimizar ou ultrapassar os 
pontos fracos e, tanto quanto possível, fazer face às ameaças. 
 
Como podemos verificar, a análise SWOT ajuda a empresa na tomada de decisão ao nível 
de poder maximizar as oportunidades do ambiente em torno dos pontos fortes da 
empresa e minimizar os pontos fracos e redução dos efeitos dos pontos fracos das 
ameaças. 
 
• Brainstorm (Tempestade de Ideias) 
O Brainstorming é uma ferramenta associada à criatividade e é, por isso, 
preponderantemente usada na fase de Planejamento (na busca de soluções). 
Ele é usado para que um grupo de pessoas crie o maior número de ideias acerca de um 
tema previamente selecionado. O seu nome deriva de Brain = mente e Storming = 
tempestade, que se pode traduzir como: Tempestade Cerebral. É também usada para 
identificar problemas no questionamento de causas ou para se fazer a análise da relação 
causa-efeito. 
O Brainstorming pode ser de dois tipos: 
 Estruturado: todos os integrantes devem dar uma ideia quando chegar a sua vez na 
rodada, ou passar a vez até a próxima rodada. Isso evita a preponderância dos 
integrantes mais falantes, dá a todos uma oportunidade igual para contribuir com ideias 
e promove um envolvimento maior de todos os integrantes, mesmo os mais tímidos. O 
Brainstorming termina quando nenhum dos integrantes tem mais ideias e todos 
“passam a vez” numa mesma rodada; 
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 Não-estruturado: Qualquer integrante lança ideias à medida que vão surgindo na 
mente. Tende-se a criar uma atmosfera mais relaxada, mas também há o risco dos 
integrantes mais falantes dominarem o ambiente. Torna-se mais fácil para certos 
integrantes pegar carona nas ideias dos outros. Essa técnica termina quando nenhum 
integrante tem mais ideias e todos concordam em parar. 
Um Brainstorming é realizado em 6 etapas básicas: 
 Construir a equipe: a equipe deve ser definida. Geralmente participam os membros do 
setor que busca envolver o problema. Eventualmente, pessoas criativas, de outros 
setores da empresa, podem ser convocadas. Os participantes devem estar reunidos em 
torno da uma mesa e devem indicar uma pessoa para secretariar (facilitador) a reunião, 
isto é: anotar as ideias que cada membro vai ditando. 
 Definir foco e enfoque: foco é o tema principal, o assunto. Geralmente está associado a 
um resultado indispensável (problema) ou a um desafio que se quer vencer. Definido o 
foco é necessário estabelecer o enfoque, que mostrará como o foco vai ser abordado. 
Por exemplo,

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