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Reflexos Inatos e Comportamento Reflexo

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AS TEORIAS COGNITIVO COMPORTAMENTAIS 
Aula 2: Paradigma Respondente 
Thatiana Valory 
AS TEORIAS COGNITIVO COMPORTAMENTAIS 
AULA 2: Paradigma Respondente 
OS REFLEXOS INATOS 
Os reflexos inatos possuem uma relação determinada 
com o ambiente, de forma que cada vez que o 
estímulo aparece, o comportamento é semelhante. 
Eles fazem parte de um conjunto de comportamentos 
transmitidos geneticamente, e que variam conforme 
as espécies. Essas são sempre o produto de uma longa 
seleção natural, que atuou nos diversos seres vivos 
selecionando os comportamentos mais adaptados ao 
ambiente no qual vivem. 
AS TEORIAS COGNITIVO COMPORTAMENTAIS 
AULA 2: Paradigma Respondente 
Há uma classe de comportamentos que são 
compreendidos como uma “preparação 
mínima” para o organismo interagir com seu 
ambiente, e que possuem um papel 
importante na sobrevivência da espécie. 
AS TEORIAS COGNITIVO COMPORTAMENTAIS 
AULA 2: Paradigma Respondente 
Um bebê, desde o nascimento, necessita mamar ao peito. Há uma série de 
movimentos de sucção importantes, e imagine ter que ensiná-lo a fazer isso, 
como seria difícil. Porém, logo que se leva o bebê ao mamilo, ele inicia os 
reflexos de sucção. Imagine, por outro lado, que você tivesse que aprender a 
retirar o braço toda vez que sente a espetada de um prego. Isso também 
ocorre automaticamente, sem que você precise aprender. São justamente 
estes comportamentos, que fazem parte do repertório inato do ser humano e 
de outras espécies animais, que são chamados de reflexos. 
AS TEORIAS COGNITIVO COMPORTAMENTAIS 
AULA 2: Paradigma Respondente 
Na Psicologia, deve-se compreender que a palavra “reflexo” refere-se a uma 
relação estabelecida entre o que aconteceu antes do comportamento (o 
estímulo) e o próprio comportamento (a resposta a essa estimulação). 
 
AS TEORIAS COGNITIVO COMPORTAMENTAIS 
AULA 2: Paradigma Respondente 
O reflexo indica uma relação entre um estímulo (ambiental) e uma resposta do 
organismo. O estímulo indica uma parte do ambiente, ou uma mudança que 
ocorreu nele, e que afetou de determinada forma o organismo. Esse efeito, a 
mudança no organismo, é a resposta. Para representar essa relação reflexa, 
utiliza-se a letra S para indicar estímulo (de stimulus, em inglês) e a letra R para 
indicar a resposta. Como a análise do comportamento pode lidar com 
diferentes estímulos e respostas, costuma-se enumerá-los, para facilitar a 
diferenciação – S1, S2, S3... e R1, R2, R3... 
AS TEORIAS COGNITIVO COMPORTAMENTAIS 
AULA 2: Paradigma Respondente 
Características do ato reflexo 
 Para compreender o fenômeno reflexo, é importante observar as mudanças 
possíveis entre a intensidade do estímulo e a magnitude da resposta. 
 
 Magnitude se refere à grandeza variável da resposta emitida. Por exemplo, o 
diâmetro da pupila (reflexo pupilar), a distância que a perna se locomove 
(reflexo patelar), entre outros. 
 
AS TEORIAS COGNITIVO COMPORTAMENTAIS 
AULA 2: Paradigma Respondente 
Características do ato reflexo 
 No exemplo do reflexo pupilar, a intensidade do estímulo é a intensidade de 
luz projetada sobre o olho, e a magnitude da resposta é o tamanho da 
contração obtida (diâmetro antes da apresentação da luz menos diâmetro 
depois da apresentação da luz). 
 
 O importante é que essa relação refere-se aos aspectos mensuráveis dos 
estímulos e das respostas, ou seja, àquilo que é possível medir em cada um. 
 
AS TEORIAS COGNITIVO COMPORTAMENTAIS 
AULA 2: Paradigma Respondente 
 Ao se observar um comportamento reflexo, discriminando suas 
variações quantitativas, é possível buscar verificar se há relações 
que seguem um determinado padrão. 
 
 Tais padrões podem ser estabelecidos e descritos através de leis ou 
propriedades, que possibilitam compreender e mesmo prever o 
exato funcionamento reflexo. 
 
AS TEORIAS COGNITIVO COMPORTAMENTAIS 
AULA 2: Paradigma Respondente 
 Lei da intensidade-magnitude: Ela demonstra que, quanto maior é a 
intensidade do estímulo, maior será a magnitude da resposta. Como 
no exemplo do reflexo pupilar, quanto maior for à intensidade da luz, 
maior será a contração da pupila. Deve-se levar em conta que há uma 
intensidade máxima do estímulo que provoca essa relação. Estímulos 
muito fortes podem na realidade comprometer o organismo em vez 
de eliciar uma resposta reflexa. 
 
Leis/Propriedades dos Reflexos 
AS TEORIAS COGNITIVO COMPORTAMENTAIS 
AULA 2: Paradigma Respondente 
 Lei do limiar: Toda resposta reflexa só é eliciada frente a 
uma intensidade mínima do estímulo. Ou seja, é necessário 
que o estímulo atinja uma intensidade suficiente (o que 
varia de reflexo para reflexo, e de organismo para 
organismo) para conseguir eliciar uma resposta. No caso do 
reflexo patelar, somente com uma determinada quantidade 
de força é que a perna levanta. Entretanto, o valor do limiar 
não é um valor exato, mas uma faixa de intensidade, na 
qual a resposta pode ou não ocorrer. 
AS TEORIAS COGNITIVO COMPORTAMENTAIS 
AULA 2: Paradigma Respondente 
 Lei da Latência e da duração: Essa lei descreve que quanto maior 
for a intensidade do estímulo, menor será a latência, ou seja, o 
tempo que vai desde a estimulação até a ocorrência da resposta. 
 Imagine que você leve um susto devido a um barulho. Se alguém 
medir a altura do som e as contrações musculares associadas a seu 
susto, poderá perceber que, quanto mais alto for o som, mais 
rápido seu corpo se contrai. 
 Essa regra não só vale para a latência, mas também para a duração 
da resposta: quanto mais intenso o estímulo, maior a duração da 
resposta eliciada. 
AS TEORIAS COGNITIVO COMPORTAMENTAIS 
AULA 2: Paradigma Respondente 
 Força do reflexo: Ela representa uma relação entre a latência, a magnitude 
e a duração da resposta. Ou seja, a força do reflexo será considerada fraca 
se sua latência for longa, a magnitude pequena e a duração curta, e será 
considerada forte se a latência for curta, a magnitude for grande e a 
duração longa. 
AS TEORIAS COGNITIVO COMPORTAMENTAIS 
AULA 2: Paradigma Respondente 
 Efeito das eliciações sucessivas: Deve-se considerar que, após sucessivas 
apresentações do mesmo estímulo, na mesma intensidade, há uma 
mudança na relação dele com as respostas. 
 
 Imagine, por exemplo, que você tem que cortar uma cebola. Seus olhos 
rapidamente começam a lacrimejar abundantemente. Conforme você 
continua a cortar outras cebolas, a quantidade de lágrimas tende a 
diminuir. Esse fenômeno se chama habituação do reflexo. 
AS TEORIAS COGNITIVO COMPORTAMENTAIS 
AULA 2: Paradigma Respondente 
 Em outros casos, há a tendência de aumentar a reação ao estímulo conforme as 
sucessivas apresentações. Por exemplo, se você ouve uma goteira na torneira. 
No início, o barulho não incomoda muito, mas, com o tempo, cada goteira 
parece ter um som cada vez mais alto, tornando-se um barulho irritante. Esse 
fenômeno é chamado de potenciação do reflexo. 
 
 É importante que a habituação e a potenciação modificam temporariamente o 
reflexo, já que, quando as repetições cessam por um determinado período de 
tempo, a relação entre estímulo e resposta retorna ao habitual. 
AS TEORIAS COGNITIVO COMPORTAMENTAIS 
AULA 2: Paradigma Respondente 
O REFLEXO APRENDIDO (CONDICIONAMENTO RESPONDENTE) 
 O condicionamento respondente amplia o repertório de respostas de um 
organismo, e o prepara para mudanças importantes de seu meio ambiente. 
 
 há uma classe de comportamentos que são compreendidos como uma 
“preparação mínima” para o organismo interagir com seu ambiente, e que 
possuem um papel importante na sobrevivência da espécie. Estes 
comportamentos são denominados reflexos inatos. 
AS TEORIAS COGNITIVO COMPORTAMENTAIS 
AULA 2: Paradigma Respondente 
 Contudo, tais comportamentos sofrem efeitos de uma forma específica de 
aprendizado, gerando novos comportamentos. 
 
 Quando uma pessoa temmedo do dentista, devido à dor que sentiu em um 
tratamento anterior, muitas vezes sente os sintomas de medo quando ouve 
um som semelhante ao dos equipamentos odontológicos. Como a reação de 
medo (tremores, sudorese), sentida primeiramente com a dor da primeira 
consulta, foi “transportada” para o som? Essa relação está ligada ao chamado 
condicionamento respondente. 
AS TEORIAS COGNITIVO COMPORTAMENTAIS 
AULA 2: Paradigma Respondente 
De acordo com a teoria evolutiva, é muito 
importante aos seres vivos não só terem 
reflexos inatos, pois estes só os auxiliam em 
situações específicas do ambiente. É 
necessário também que ele aprenda novos 
reflexos, para poder lidar com situações 
que se modificaram, que estão fora do 
previsto biologicamente por seu organismo. 
AS TEORIAS COGNITIVO COMPORTAMENTAIS 
AULA 2: Paradigma Respondente 
O reflexo aprendido, ou condicionado, foi descoberto e 
estudado pelo fisiologista russo Ivan Petrovich Pavlov. Em seu 
laboratório, ele realizava diversos estudos fisiológicos, com o 
objetivo de estudar o funcionamento do sistema digestório 
utilizando, para tanto, o reflexo salivar, ou seja, a secreção de 
saliva por um organismo, eliciado pela apresentação de 
alimento. Em seu experimento, ele fazia uma pequena fístula 
próximo às glândulas de saliva do cão, na qual introduzia uma 
cânula, de forma a captar a quantidade de saliva produzida, 
podendo mensurar sua quantidade. 
AS TEORIAS COGNITIVO COMPORTAMENTAIS 
AULA 2: Paradigma Respondente 
O que Pavlov percebeu foi que, quando ele mostrava o alimento ao cão, a 
produção de saliva aumentava. Esse é o reflexo inato alimentar: alimento 
elicia saliva. Ele buscava verificar a variação da magnitude da resposta 
(quantidade de saliva) frente à variação da intensidade do estímulo 
(quantidade de alimento). Entretanto, ele acabou fazendo novas descobertas 
acidentais. Ele percebeu que a magnitude da resposta do reflexo salivar, após 
algumas repetições, variava mesmo antes da apresentação do alimento: ao 
ouvir os passos ou mesmo ao ver Pavlov chegando ao laboratório. Mesmo a 
proximidade do horário costumeiro de realização dos experimentos já parecia 
levar a um aumento da salivação. 
AS TEORIAS COGNITIVO COMPORTAMENTAIS 
AULA 2: Paradigma Respondente 
Para compreender melhor esses fenômenos, Pavlov montou o seguinte 
experimento: 
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AULA 2: Paradigma Respondente 
TERMOS UTILIZADOS NO CONDICIONAMENTO CLÁSSICO 
Si – estímulo incondicionado (ou inato) – estímulo que naturalmente elicia (provoca) 
uma resposta incondicionada (ou inata). 
 
Ri – resposta incondicionada – resposta involuntária (automática) eliciada (provocada) 
pelo estímulo incondicionado. 
 
Sn - estímulo neutro – estimulo que não mantém relação com o reflexo inato em 
questão (o reflexo inato é a relação estabelecida entre o estímulo incondicionado e a 
resposta incondicionada). 
 
AS TEORIAS COGNITIVO COMPORTAMENTAIS 
AULA 2: Paradigma Respondente 
 
Sc – estímulo condicionado – nova denominação do estímulo neutro após o 
seu pareamento com o estímulo incondicionado. Em função deste 
pareamento o estímulo neutro assume as propriedades do estímulo 
incondicionado, passando a eliciar a mesma resposta. 
 
Rc – resposta condicionada – resposta eliciada pelo estímulo condicionado. A 
relação estabelecida entre o estímulo condicionado e a resposta condicionada 
caracteriza o reflexo aprendido. 
AS TEORIAS COGNITIVO COMPORTAMENTAIS 
AULA 2: Paradigma Respondente 
Influências sobre o condicionamento respondente 
O emparelhamento de um estímulo neutro (Sn) e de um estímulo incondicionado 
(Si) não é garantia de que o condicionamento ocorra. Alguns fatores são 
importantes para aumentar a chance de que o emparelhamento estabeleça o 
condicionamento: 
• Frequência de emparelhamentos: quanto maior a frequência de 
emparelhamento, mais forte será a resposta condicionada. Entretanto é 
importante considerar que um único emparelhamento, de alta intensidade, 
pode provocar um condicionamento forte o suficiente para durar toda a vida, 
mesmo sem a presença posterior do estímulo incondicionado. 
AS TEORIAS COGNITIVO COMPORTAMENTAIS 
AULA 2: Paradigma Respondente 
• Tipo de emparelhamento: quando o estímulo neutro aparece antes do 
estímulo incondicionado, e permanece durante sua apresentação, maior 
será a eficácia do emparelhamento. 
• Intensidade do estímulo incondicionado: quanto mais forte o estímulo 
incondicionado, mais facilmente ocorrerá o condicionamento; 
• Grau de predição do estímulo condicionado: para que o condicionamento 
ocorra, não é necessário somente que o emparelhamento seja frequente, 
mas a apresentação do estímulo neutro deve ser previsível. 
AS TEORIAS COGNITIVO COMPORTAMENTAIS 
AULA 2: Paradigma Respondente 
Aplicações do conceito de condicionamento respondente 
 
 O processo de condicionamento respondente, portanto, cria novas relações 
entre estímulos e respostas. 
 
 Essa relação também é importante para se compreender as emoções 
humanas. Watson demonstrou através de experimentos como as diversas 
emoções humanas podem ser aprendidas através do condicionamento, 
surgindo novas relações entre estímulos e respostas emocionais. 
AS TEORIAS COGNITIVO COMPORTAMENTAIS 
AULA 2: Paradigma Respondente 
 Pode-se então afirmar que as diferentes fobias são o resultado de algum 
emparelhamento anterior, que transferiu ao estímulo fóbico suas 
propriedades eliciadoras de pânico. 
 
 Nas fobias há uma reação exagerada de medo a animais ou situações que 
na realidade não apresentam nenhum risco à pessoa. 
 
 O condicionamento respondente permite compreender então que a razão 
desse medo “irracional” é algum emparelhamento que deve ter ocorrido 
em algum momento da vida da pessoa. 
AS TEORIAS COGNITIVO COMPORTAMENTAIS 
AULA 2: Paradigma Respondente 
 Compreender como que tais comportamentos são estabelecidos auxilia não 
só na sua compreensão, mas também permite modificá-los, por exemplo, 
eliminando fobias, que acabam sendo comportamentos inadaptados e que 
causam muito sofrimento aos seus portadores. 
AS TEORIAS COGNITIVO COMPORTAMENTAIS 
AULA 2: Paradigma Respondente 
Propriedades do Reflexo condicionado 
O condicionamento respondente não se restringe especificamente ao 
estímulo apresentado no processo de emparelhamento. Portanto, 
quando se cria um reflexo salivar no cão através da sineta, isso não 
significa que ele responderá somente àquele som específico. Após o 
processo de condicionamento, estímulos semelhantes fisicamente 
conseguem eliciar a mesma resposta. Assim, sons parecidos com a 
sineta também eliciarão o reflexo salivar. Esse fenômeno chama-se 
generalização respondente. 
AS TEORIAS COGNITIVO COMPORTAMENTAIS 
AULA 2: Paradigma Respondente 
 Entretanto, esses estímulos semelhantes não produzem a mesma magnitude da 
resposta eliciada pelo estímulo condicionado original (Sc). 
 Há um gradiente de generalização, ou seja, uma relação direta entre a 
semelhança do estímulo condicionado e a magnitude da resposta eliciada. 
 Ou seja, quanto mais próximo o estímulo estiver do Sc, maior será a magnitude 
da resposta. 
 Cachorros grandes, mesmo de outras raças, darão mais medo que cães de 
pequeno porte, que também eliciarão mais medo que imagens de cachorros ou 
bichos de pelúcia. 
AS TEORIAS COGNITIVO COMPORTAMENTAIS 
AULA 2: Paradigma Respondente 
 Outra propriedade importante do reflexo condicionado diz 
respeito à sua permanência ou não quando não há mais 
emparelhamento dos estímulos. 
 Quando o Sc é apresentado várias vezes sem estar emparelhado 
com o Si, o que ocorre é uma gradual perda do seu poder de 
eliciação: aos poucos, a resposta cessa de ser eliciada. 
 A campainha não causa mais a salivação do cão, se depois de 
sucessivas apresentações não houver alimento. 
 Esse fenômeno é chamado deextinção respondente. 
AS TEORIAS COGNITIVO COMPORTAMENTAIS 
AULA 2: Paradigma Respondente 
 A extinção respondente é importante, por exemplo, 
para a eliminação de fobias. 
 Da mesma forma que se pode aprender a sentir medo, 
pode-se também aprender a não mais sentir medo, 
através do processo de extinção. 
 Entretanto, para isso, é importante que o indivíduo se 
exponha ao estímulo condicionado algumas vezes, sem 
que haja o emparelhamento com o estímulo 
incondicionado. 
 
AS TEORIAS COGNITIVO COMPORTAMENTAIS 
AULA 2: Paradigma Respondente 
 Deve-se salientar que o processo de extinção de um reflexo 
condicionado, através da apresentação sucessiva do Sc sem o Si, não é 
contínuo, podendo haver momentos no qual o reflexo é recuperado. 
 
 Esse fenômeno é conhecido como recuperação espontânea: Após a 
realização de um processo de extinção, é possível que haja uma 
recuperação da força do reflexo condicionado, mas não com a mesma 
força que antes. 
AS TEORIAS COGNITIVO COMPORTAMENTAIS 
AULA 2: Paradigma Respondente 
 Retome por exemplo o medo de cachorro. Após um 
período de tempo no qual a pessoa passa ao lado de 
um cachorro manso, o reflexo de medo desaparece. 
Entretanto, após um período no qual ele não entra 
mais em contato com outros cães, ao avistar um 
atravessando por seu caminho na rua, ele sente 
reavivar uma sensação de medo. 
 Tais recuperações espontâneas vão se tornando cada 
vez mais raras conforme se continua o processo de 
extinção respondente. 
AS TEORIAS COGNITIVO COMPORTAMENTAIS 
AULA 2: Paradigma Respondente 
Aplicações acerca do reflexo condicionado 
Duas técnicas foram consideradas como forma de amenizar o sofrimento do paciente 
fóbico. 
 A primeira delas chama-se contracondicionamento. Essa técnica consiste em se realizar 
o condicionamento de uma resposta contrária àquela que é produzida através do 
estímulo condicionado (Sc). 
 A segunda técnica é chamada de dessensibilização sistemática. Ela baseia-se na 
generalização respondente e no mapeamento do gradiente de generalização, realizando 
através dele um processo gradual de extinção. 
AS TEORIAS COGNITIVO COMPORTAMENTAIS 
AULA 2: Paradigma Respondente 
https://youtu.be/QO9SSrYZjW0 
Condicionamento Clássico

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