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1 GOVERNO DE GOIÁS Secretaria de Desenvolvimento Econômico Superintendência Executiva de Ciência e Tecnologia Gabinete de Gestão de Capacitação e Formação Tecnológica CURSO FIC Torneiro Mecânico - 2018 Torneiro Mecânico Agosto 2018 Ficha Catalográfica Referências para Oferta de Cursos na Modalidade a Distância no Âmbito da Rede Itego Governador do Estado de Goiás Ronaldo Ramos Caiado Secretário de Desenvolvimento e Inovação Adriano da Rocha Lima Subsecretário de Ciência e Tecnologia e Inovação Márcio Cesar Pereira Superintendente de Capacitação e Formação Tecnológica José Teodoro Coelho Coordenadora Geral do Pronatec Ludmilla Alves Danas Gonçalves Supervisão Pedagógica e EaD Maria Dorcila Alencastro Santana Tânia Mara Lopes Ribeiro Professor Conteudista Robson de Almeida Vilela Projeto Gráfico Maykell Guimarães Designer Andressa Cruvinel Revisão da Língua Portuguesa Denise Candini de Brito Banco de Imagens http://freepik.com Apresentação Empreendedorismo, inovação, iniciativa, criatividade e habilidade para trabalhar em equipe são alguns dos requisitos imprescindíveis para o profissional que busca se sobressair no setor produtivo. Sendo assim, destaca- se o profissional que busca conhecimentos teóricos, desenvolve experiências práticas e assume comportamento ético para desempenhar bem suas funções. Neste contexto, os Cursos Técnicos oferecidos pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento e Inovação (SEDI) visam a garantir o desenvolvimento dessas competências. Com o propósito de suprir demandas do mercado de trabalho em qualificação profissional, os cursos ministrados pelos Institutos Tecnológicos do Estado de Goiás, que compõem a REDE ITEGO, abrangem os seguintes eixos tecnológicos, nas modalidades EaD e presencial: Saúde e Estética; Desenvolvimento Educacional e Social; Gestão e Negócios; Informação e Comunicação; Infraestrutura; Produção Alimentícia; Produção Artística e Cultural e Design; Produção Industrial; Recursos Naturais; Segurança; Turismo; Hospitalidade e Lazer, incluindo as ações de Desenvolvimento e Inovação Tecnológica (DIT), transferência de tecnologia e promoção do empreendedorismo. Espera-se que este material cumpra o papel para o qual foi concebido: servir como instrumento facilitador do seu processo de aprendizagem, apoiando e estimulando o raciocínio e o interesse pela aquisição de conhecimentos, ferramentas essenciais para desenvolver sua capacidade de aprender a aprender. Bom curso a todos! Secretaria de Estado de Desenvolvimento e Inovação (SEDI). Conteúdo Interativo Essa apostila foi cons- truída com recursos que possibilitam a interatividade tais como hiperlinks e páginas com hipertexto. Pré-requisitos: Para acessar a interatividade utilize o Inter- net Explorer, ou salve o arquivo no computador e abra-o no Acrobat Reader. Sumário ORGANIZAÇÃO CURRICULAR UNIDADE 1 QSMS (Qualidade, Segurança, Meio Ambiente e Saúde) 11 1.1 – Segurança do trabalho 11 1.1.1 - Risco x Perigo 12 1.1.2 - Acidente de trabalho 12 1.1.3 – Condição insegura x ato inseguro 13 1.1.4-Normas Regulamentadoras (NR) 13 NR 5 – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA). 14 NR 6 – Equipamentos de Proteção Individual (EPI). 15 NR 12 – Proteção de máquinas e equipamentos. 16 NR 17 – Ergonomia. 17 NR 24 – Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho. 17 NR 28 – Fiscalização e Penalidades. 17 UNIDADE 2 Prevenção de acidentes 18 2.1.1 - Ferramentas comportamentais 18 2.1.2 - Medidas relativas ao ambiente 18 2.1.3 – Medidas relativas ao pessoal 19 2.2 – Análise de acidentes. 19 UNIDADE 3 Introdução ao Torno Mecânico 21 3.1 - História do Torno Mecânico 21 UNIDADE 4 A Operação de Torneamento 24 4.1 - Tornear superfície cilíndrica na placa e ponta 26 4.2 - Tornear superfície cilíndrica externa entre pontas 26 4.3 - Recartilhar no torno 27 4.3.1 - Principais fases de execução: 27 4.3.1.1 - Prender e centrar a peça, deixando para fora das castanhas um comprimento maior que a parte a usinar (fig.1.25) 27 4.3.1.2 Prender a ferramenta verificando seu alinhamento e altura (fig. 1.26) 28 4.3.1.3 - Marcar o comprimento a ser torneado, usando-se compasso, escala ou paquímetro (fig. 1.27, 1.28, e 1.29) 28 4.3.1.4 Ligar o torno, aproximar a ponta da ferramenta até colocá-la em contato com a peça (fig. 1.30) 28 4.3.1.5 Iniciar a operação 28 4.4 - Segurança do mecânico 29 4.5 - Torneamento paralelo interno 29 4.6 - Facear 29 4.6.1 Principais fases de execução: 30 4.6.1.1 Prender a peça na placa, deixando para fora um comprimento igual ou menor que o diâmetro do material 30 4.7 - Broquear 30 4.8 - Rosquear (Roscar) 30 4.9 - Sangrar (Cortar) 30 4.10 - Operação de sangrar no torno mecânico 31 4.11 - Tornear cônico 32 4.12 - Perfilar 32 UNIDADE 5 Metrologia Dimensional 33 5.1 - Sistemas de medidas 33 5.2 - Paquímetro 34 5.3 - Micrômetro 34 5.4 - Goniômetro 35 5.5 - Convenções de medidas 35 5.6 - Unidades de Comprimento 35 UNIDADE 6 Desenho Técnico Mecânico 37 9 6.1 - Linhas convencionais 40 6.2 - Projeções vistas essenciais 40 6.2.1 - As três dimensões principais de um objeto 41 6.3 - Dimensionamento cotagem 41 6.4 - Caligrafia técnica 43 Referências Bibliográficas 44 Recursos Didáticos FIQUE ATENTO A exclamação marca tudo aquilo a que você deve estar atento. São assuntos que causam dúvida, por isso exigem atenção redobrada. PESQUISE Aqui você encontrará links e outras sugestões para que você possa conhecer mais sobre o que está sendo estudado. Aproveite! CONTEÚDO INTERATIVO Este ícone indica funções interativas, como hiperlinks e páginas com hipertexto. DICAS Este baú é a indicação de onde você pode encontrar informações importantes na construção e no aprofundamento do seu conhecimento. Aproveite, destaque, memorize e utilize essas dicas para facilitar os seus estudos e a sua vida. VAMOS REFLETIR Este quebra-cabeças indica o momento em que você pode e deve exercitar todo seu potencial. Neste espaço, você encontrará reflexões e desafios que tornarão ainda mais estimulante o seu processo de aprendizagem. VAMOS RELEMBRAR Esta folha do bloquinho autoadesivo marca aquilo que devemos lembrar e faz uma recapitulação dos assuntos mais importantes. MÍDIAS INTEGRADAS Aqui você encontra dicas para enriquecer os seus conhecimentos na área, por meio de vídeos, filmes, podcasts e outras referências externas. Vocabulário O dicionário sempre nos ajuda a compreender melhor o significado das palavras, mas aqui resolvemos dar uma forcinha para você e trouxemos, para dentro da apostila, as definições mais importantes na construção do seu conhecimento. ATIVIDADES DE APRENDIZAGEM Este é o momento de praticar seus conhecimentos. Responda as atividades e finalize seus estudos. SAIBA MAIS Aqui você encontrará informações interessantes e curiosidades. Conhecimento nunca é demais, não é mesmo? HIPERLINKS As palavras grifadas em amarelo levam você a referências externas, como forma de aprofundar um tópico. Hiperlinks de texto 11 ORGANIZAÇÃO CURRICULAR Torneiro mecânico Perfil profissional: O aluno ingressante no curso desenvolverá a capacidade de conceber, criar e tornear peças em torno mecânico convencional, através da interpretação de desenhos técnicos mecânicos, seleção e aplicação correta dos materiais, além de habilidades manuais na operação de torneamento. Competências: l Interpretar desenhos técnicos mecânicos de peças e componentes de máquinas: escalas, detalhes, cortes e projeções; l Definir as melhores formas geométricas para as aplicações, levando em consideração os critérios técnico-financeiros; l Elaborar procedimento técnico de operação de torno; l Assegurar operação totalmente pautada nos preceitos de qualidade e segurança do trabalho. Habilidades: l Manusear o torno mecânico com destreza e noção de tolerâncias geométricas; l preparar e separar acessórios para operação com torno:fluídos de corte, ferramentas de ajuste; l realizar o acabamento das peças após a operação de torneamento; l ajustar e trocar as ferramentas conforme o requisitado no desenho técnico; l retirar as escórias e resíduos que eventualmente ficarem presos no torno durante a confecção de peças; l auxiliar na execução do plano de manutenção e lubrificação do torno e suas partes auxiliares; l fazer serviços de melhorias e mudanças técnicas em peças como, por exemplo, adelgaçamento em engre- nagens e eliminação de cantos vivos em peças; l utilizar com segurança e cuidado pistola de ar comprimido para remoção de sujidades e impurezas no torno. Palavras do Professor Prezado (a) estudante, inicialmente, eu o cumprimento e parabenizo pela iniciativa de buscar a qualificação conanua na área profissional de mecânica. O seguinte material foi produzido com a finalidade de oferecer a você a oportunidade de adquirir os conhecimentos técnicos necessários para a operação de um torno mecânico, para tal finalidade estudaremos um pouco da história dessa máquina, suas partes principais e suas aplicações mais usuais no mundo industrial. Também abordaremos diversas atividades que fazem parte da rotina de trabalho do profissional torneiro mecânico tais como: conhecimento e interpretação de desenhos técnicos mecânicos, metrologia dimensional, qualidade e segurança do trabalho. Aos futuros profissionais que se interessarem em buscar um aprofundamento maior nos conhecimentos aqui abordados, ao final da apostila, estarão todas as re- ferências pesquisadas e links com informações relevantes, que poderão es;mular a busca pela melhoria conanua nas execuções diárias, já que se trata de uma atividade profissional que exige uma atualização periódica. Bons estudos e muito sucesso na futura profissão! Prof° Robson de Almeida Vilela, 2018. 12 A incessante busca do ser humano pelo progresso resultou no desenvolvimento de bens e produtos que se tornaram indispensáveis nas mais simples ativida- des cotidianas. A evolução do conhecimento trouxe uma série de facilidades e vantagens para a vida mo- derna, porém trouxe consigo uma série de exigências que precisam ser levadas em consideração em qual- quer tipo de atividade, seja ela profissional ou pesso- al. Dentre esses inúmeros requisitos, podemos citar as aplicações do sistema de gestão QSMS (Qualidade, Segurança, Meio Ambiente e Saúde), baseado em es- tudos científicos e práticas operacionais, ele nos mos- tra importantes conceitos e procedimentos que de- vem ser adotados pelas instituições para garantia de um trabalho com qualidade, seguro, ambientalmente responsável e preservando a integridade msica dos envolvidos. Estudaremos a seguir algumas das mais importantes partes desse sistema. UNIDADE 1 QSMS (Qualidade, Segurança, Meio Ambiente e Saúde) 1 - QSMS Fonte: freepik.com/free-vector/hand-holding-a-pen-and-filling-out-a-form_1082297.htm VOCABULÁRIO Incessante: Aquilo que não sofre interrupção, contínuo, ininterrupto Para entender qual o mo;vo de nossa sociedade ter estabelecido normas de segurança do trabalho, pre- cisamos entender como a evolução da humanidade alterou as relações sociais de trabalho. De uma forma simples, podemos dizer que a sociedade se organizou em grupos, nos quais alguns se tornaram detentores da riqueza, outros se tornaram pensantes e os demais se tornaram executores das atividades. Ao longo dos séculos, a estrutura organizacional da população se alterou, ou seja, alguns executores se tornaram pen- 1.1 – Segurança do trabalho 2 - Segurança do trabalho Fonte: freepik.com/free-vector/safety-drawings-pack_757001.htm 13 São palavras bem comuns em nossas vidas, porém muitas vezes não nos atentamos ao seu real significado. O risco representa a chance de que o evento perigoso possa acontecer, tecnicamente o perigo deve ser avalia- do, pois ele é o efeito e havendo um perigo, poderá ocorrer um evento catastrófico. São palavras bem comuns em nossas vidas, porém muitas vezes não nos atentamos ao seu real significa- do. O risco representa a chance de que o evento pe- rigoso possa acontecer, tecnicamente o perigo deve ser avaliado, pois ele é o efeito e havendo um perigo, poderá ocorrer um evento catastrófico. Diante dessa análise, podemos concluir que, para evitar um acidente, e, consequentemente, seus da- nos, podemos eliminar o perigo ou controlar a expo- sição ao risco, através de mapas de risco, sinalização de segurança e respeito as normas. Diante dessa análise, podemos concluir que, para evitar um acidente, e, consequentemente, seus da- nos, podemos eliminar o perigo ou controlar a expo- sição ao risco, através de mapas de risco, sinalização de segurança e respeito as normas. 1.1.1 - Risco x Perigo O artigo 19 da Lei nº 8.213/91 afirma que acidente de trabalho “ é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa ou pelo exercício do trabalho dos segurados [...], provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou a redução, permanente ou temporária, da capacidade para o traba- lho” (BRASIL, 1991). Todo evento que, em função do trabalho, provoca lesão corporal ou perturbação funcional é caracterizado como acidente de trabalho. Essa definição caracteriza o acidente de trabalho como: l Típico: aquele que ocorre durante a atividade laboral. l De trajeto: aquele que ocorre no deslocamento de casa para a empresa ou da empresa para casa, desde que o colaborador esteja em sua rota normal e no horário em que o trajeto deve acontecer. A doença relacionada ao trabalho também pode caracterizar um acidente apico de trabalho, mas o caso deve ser avaliado por um profissional da área. 1.1.2 - Acidente de trabalho santes, enquanto alguns pensantes se tornaram detentores da riqueza e vice-versa. Assim, observamos que a história comprova a alteração das relações de trabalho. A mudança nos processos produtivos e sociais fez o quadro de trabalho se alterar com o passar dos anos. Os governos passaram a ter obrigações previdenciárias, e os empregadores passaram a perceber que o bem- -estar do trabalhador elevava sua produtividade. Diante da necessidade de manutenção da saúde do trabalhador, surgiram as funções de médico do trabalho, engenheiro do trabalho, técnico de segurança do trabalho, enfermeiro do trabalho, entre outras funções que visam promover a saúde e o bem-estar do empregado. Vamos ver alguns conceitos básicos sobre segurança do trabalho: 3 - Risco x Perigo Fonte: https://www.freepik.com/free-vector/flat-infographic-steps-concept_2918388.htm 14 O ambiente ou o local de trabalho pode representar uma condição insegura ao trabalhador. Piso escorre- gadio, máquinas sem proteção, entre outros aspectos relativos ao ambiente, podem representar risco ao tra- balhador. Assim, quando for necessário executar alguma atividade, nesse tipo de ambiente, o trabalhador deve ter cuidado e tomar as medidas indicadas pelo empregador para garantir sua segurança. Todos os ambientes devem ser identificados de acordo com o seu potencial de perigo. Para isso, há uma escala de cores e tamanhos previamente estabelecidos, e assim é possível criar um mapa de riscos. Por vezes, é necessário conviver com algum risco, mas o trabalhador deve seguir procedimentos de seguran- ça para evitar acidentes. Em alguns casos, o trabalhador faz a opção de expor a sua integridade física a algum risco, por pressa, ou por considerar pequeno o risco. Essas ações caracterizam um ato inseguro. Pode ocorrer também algum caso em que o trabalhador faz o uso de álcool e entorpecentes. Esse tipo de situação, de ordem pessoal, pode causar algum acidente também, caracterizando um ato inseguro. 1.1.3 – Condição insegura x ato inseguro 4 - Acidente típico Fonte:freepik.com/premium-vector/set-of-construction-worker-accident-working-safety-first- health-and-safety_2192120.htm 5 - Acidente de trajeto Fonte: freepik.com/free-vector/car-insurance-icons-set_2873076.htm A Consolidação das Leis do Trabalho(CLT) é a legislação que determina as diretrizes trabalhistas no Brasil. Seu con- teúdo determina os direitos e os deveres do empregado e dos empregadores nas relações de trabalho com carteira. Com base na CLT, o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) criou as Normas Regulamentadoras (NR). As NR trazem em seu conteúdo as obrigações dos empregados e empregadores em relação à saúde, segurança e meio ambiente. À medida que o mercado de trabalho demonstra necessidades específicas de proteção aos trabalhadores, O MTE elabora e divulga normas que devem ser obedecidas. Até o momento, foram divulgadas 36 NR, sendo elas: NR 1 - Disposições Gerais NR 2 - Inspeção Prévia 1.1.4-Normas Regulamentadoras (NR) O acidente traz consigo despesas e danos à saúde do trabalhador. Em razão disso, ele pode requerer auxílio- -doença, auxílio-acidente e indenizações. O valor, a ordem e a classe das despesas e dos auxílios dependerão do comportamento da empresa e do trabalhador, perante a legislação. A avaliação desse comportamento normal- mente será feita pelo Ministério do Trabalho e pela previdência social, para fins de indenização ou de benemcios previdenciários. Como o acidente pode gerar danos ao trabalhador, as consequências desses danos devem ser avaliadas. Dependendo da lesão, o funcionário poderá sofrer afastamento. Assim sendo, o trabalhador, sempre que sofrer um acidente, deve ser avaliado por um profissional da saúde. 15 NR 3 - Embargo ou Interdição NR 4 - Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho NR 5 - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes NR 6 - Equipamentos de Proteção Individual - EPI NR 7 - Programas de Controle Médico de Saúde Ocupacional NR 8 - Edificações NR 9 - Programas de Prevenção de Riscos Ambientais NR 10 - Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade NR 11 - Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais NR 12 - Máquinas e Equipamentos NR 13 - Caldeiras e Vasos de Pressão NR 14 - Fornos NR 15 - Atividades e Operações Insalubres NR 16 - Atividades e Operações Perigosas NR 17 - Ergonomia NR 18 - Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção NR 19 - Explosivos NR 20 - Líquidos Combustíveis e Inflamáveis NR 21 - Trabalho a Céu Aberto NR 22 - Segurança e Saúde Ocupacional na Mineração NR 23 - Proteção Contra Incêndios NR 24 - Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho NR 25 - Resíduos Industriais NR 26 - Sinalização de Segurança NR 27 - Registro Profissional do Técnico de Segurança do Trabalho no MTB NR 28 - Fiscalização e Penalidades NR 29 - Segurança e Saúde no Trabalho Portuário NR 30 - Segurança e Saúde no Trabalho Aquaviário NR 31 - Segurança e Saúde no Trabalho na Agricultura, Pecuária Silvicultura, Exploração Florestal e Aquicultura NR 32 - Segurança e Saúde no Trabalho em Estabelecimentos de Saúde NR 33 - Segurança e Saúde no Trabalho em Espaços Confinados NR 34 - Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção e Reparação Naval NR 35 - Trabalho em Altura NR 36 - Segurança e Saúde no Trabalho em Empresas de Abate e Processamento de Carnes e Derivados Algumas atividades, por apresentarem maior risco à vida, possuem normas específicas. As NR também tra- zem algumas determinações quanto à estrutura organizacional dos setores de segurança das empresas, entre outros aspectos. Vamos estudar sobre as principais normas que abrangem a vida do torneiro mecânico: NR 5 – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA). A partir de um quantitativo de funcionários, uma empresa tem obrigatoriedade de constituir uma CIPA. Mas o que significa essa sigla? COMISSÃO: grupo de pessoas conjuntamente encarregadas de tratar um determinado assunto. INTERNA: seu campo de atuação está restrito à própria empresa. PREVENÇÃO: é o papel, a meta, da CIPA. ACIDENTE: qualquer ocorrência imprevista e sem intenção que possa causar danos ou prejuízos à proprieda- de ou à pessoa. Assim, podemos entender que a CIPA é o setor da empresa encarregado de tratar da prevenção 16 NR 6 – Equipamentos de Proteção Individual (EPI). Os equipamentos de proteção individual (EPI) são regulamentados pela NR 6, do ministério do trabalho e emprego, que considera o EPI como “todo dispositivo ou produto de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e saúde no trabalho” (BRASIL, 2015a). Alguns exemplos de EPI mais comuns: jalecos, luvas látex, luvas térmicas, luvas plásticas descartáveis, botas, toucas, máscaras. São equipamentos usados nas mais diversas aplicações, sendo que seu uso deverá ser exigido durante todo o seu período de trabalho. Exemplo: Quando falamos de riscos e perigos, pedimos que você ima- gine um ruído constante no seu ambiente de trabalho. Diante dessa condição, existem duas opções disponíveis: eliminar ou controlar o risco. Quando falamos em controlar o risco, decidimos utilizar um equipamento que protegesse o trabalhador. Esse equipamento é de uso individual, por questões de higiene, guarda e preservação. Todo dispositivo ou produto, de uso individual do trabalhador, destinado a sua proteção, é um EPI. Sendo assim, no exemplo você estaria utilizando um EPI para proteger o seu aparelho auditivo. Existe uma série de obrigações e direitos do empregado e do empregador quanto aos EPI.O empregador deverá fornecer, gratuitamente, o EPI de acordo com o risco, dar treinamento sobre o uso adequado e fiscalizar a utilização por parte dos funcionários, providenciar sua troca quando estiver danificado ou com o CA vencido e registrar o seu fornecimento. Já o empregado deve utilizá-lo apenas para a sua finalidade específica, responsabi- lizar-se pela sua guarda e conservação, comunicar ao empregador se o EPI estiver danificado ou impróprio para o uso e cumprir as demais determinações do empregador quanto ao uso do equipamento de acidentes. Mas o que a torna diferente do SESMT? A CIPA é constituída por empregados que foram contratados para funções diferentes das relacionadas à se- gurança do trabalho. É uma comissão especial composta por pessoas que representam os empregados e o em- pregador (BRASIL, 2011a). Eles possuem diversas atribuições relacionadas à saúde e à segurança, sendo elas: l inspecionar os ambientes de trabalho; l realizar reuniões de forma ordinária (mensais) e extraordinária (em ocasiões especiais); l divulgar questões relativas à saúde e à segurança do trabalho, NR e convenções coletivas de trabalho; l participar das discussões sobre segurança do trabalho em conjunto com o SESMT; l requerer junto ao SESMT ou ao empregador paralisação da máquina ou da produção, quando houver risco iminente à saúde e à segurança do trabalho; l colaborar para o desenvolvimento e implementação dos programas relacionados à saúde e à segurança do trabalho; l requisitar emissão e cópia da CAT (Comunicação de Acidente do Trabalho); l promover campanhas de prevenção da AIDS e das DST (Doença Sexualmente Transmissível); l promover a SIPAT (Semana Interna de Prevenção de Acidentes), anualmente, em conjunto com o SESMT; l elaborar os mapas de risco com o auxílio do SESMT. Todo processo de instalação da CIPA em uma empresa começa com a eleição. A quantidade de empregados eleitos vai depender do número de funcionários e da classificação da empresa no CNAE (Cadastro Nacional de Ati- vidades Econômicas). Definida a quantidade de representantes, as eleições podem acontecer (CAMPOS, 2012). SAIBA MAIS CA: Os certificados de aprovação dos epi, devem ser consultados no site do MTE, através do link: http://caepi.mte.gov.br/internet/ConsultaCAInternet.aspx 17 O setor de segurança do trabalho de toda a empresa deve avaliar os riscos de toda atividade. Identificados os riscos, em primeiro lugar, deseja-se eliminá-los. Muitas vezes, o custo de se eliminar o risco, ou a natureza da atividade, não permite essa eliminação. O EPI é uma das alternativas a essa condição, pois permite o controle do risco, garantindo, assim, a manutençãoda saúde e da integridade física do trabalhador. NR 12 – Proteção de máquinas e equipamentos. A norma regulamentadora 12 talvez seja a que mais exija, uma observação critérios do torneiro mecânico. Deve-se ressaltar que o torno é uma máquina operatriz com partes cortantes e eventuais riscos de acidentes de trabalho. De um modo geral, podemos destacar algumas partes da norma, que se relacionam com a ope- ração de torneamento. Sistemas de segurança: l 12.38 – As zonas de perigo das máquinas e equipamentos devem possuir sistemas de segurança, caracte- rizados por proteções fixas, proteções móveis e dispositivos de segurança interligados, que garantam proteção à saúde e à integridade física dos trabalhadores. l 12.38.1 – A adoção de sistemas de segurança, em especial nas zonas de operação que apresentem peri- go, deve considerar as características técnicas da máquina e do processo de trabalho e as medidas e alternati- vas técnicas existentes, de modo a atingir o nível necessário de segurança previsto. l 12.43 – Os componentes relacionados aos sistemas de segurança e comandos de acionamento e parada das máquinas, inclusive de emergência, devem garantir a manutenção do estado seguro da máquina ou equi- pamento quando ocorrerem flutuações no nível de energia, além dos limites considerados no projeto, incluin- do o corte e restabelecimento do fornecimento de energia. l 12.49 – As proteções devem ser projetadas e construídas de modo a atender aos seguintes requisitos de segurança: a) cumprir suas funções apropriadamente durante a vida útil da máquina ou possibilitar a reposição de partes deterioradas ou danificadas; b) ser constituídas de materiais resistentes e adequados à contenção de projeção de peças, materiais e partículas; c) fixação firme e garantia de estabilidade e resistência mecânica compatíveis com os esforços requeridos; d) não criar pontos de esmagamento ou agarramento com partes da máquina ou com outras proteções; e) não possuir extremidades e arestas cortantes ou outras saliências perigosas; f) resistir às condições ambientais do local onde estão instaladas; g) impedir que possam ser burladas; h) proporcionar condições de higiene e limpeza; i) impedir o acesso à zona de perigo; j) ter seus dispositivos de intertravamento protegidos adequadamente contra sujidade, poeiras e corrosão, se necessário; k) ter ação positiva, ou seja, atuação de modo positivo; e l) não acarretar riscos adicionais. l 12.54 – As proteções, dispositivos e sistemas de segurança devem integrar as máquinas e equipamentos, e não podem ser considerados itens opcionais para qualquer fim. l 12.64 – As máquinas e equipamentos devem possuir acessos permanentemente fixados e seguros a to- dos os seus pontos de operação, abastecimento, inserção de matérias-primas e retirada de produtos trabalha- dos, preparação, manutenção e intervenção constante. 18 NR 24 – Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho. Um ambiente de trabalho deve dar condições de conforto e higiene ao trabalhador. Nenhum de nós gosta de usar um banheiro sujo ou de fazer uma refeição sem se sentar à mesa. As áreas de vivência, os refeitórios, os sanitários, os vestiários, os chuveiros, os alojamentos e os ambientes de trabalho devem ter ventilação, piso, higiene e iluminação adequadas ao uso. A NR 24, estabelece os critérios mínimos que as empresas devem aten- der, para garantir o conforto, a saúde, a segurança, e a higiene dos trabalhadores. Dependendo da atividade, o trabalhador pode precisar tomar banho ao final do dia. Assim sendo, os critérios de números de sanitários, áreas de vivência, entre outros ambientes necessários ao trabalhador, são definidos na NR 24, em função da atividade principal da empresa e do número de colaboradores. Um ambiente saudável é direito do trabalhador, e a NR 24 é mais uma norma que garante esse direito. NR 17 – Ergonomia. A palavra ergonomia tem origem grega, em que ergon significa “trabalho” e nomos “normas”. De tal modo, o objetivo da ergonomia é adaptar o trabalho ao homem, e não ao contrário. A NR 17 regulamenta essas con- dições de trabalho. É necessária a mudança do ambiente de trabalho para se adaptar às características do trabalhador. Os pro- blemas ergonômicos não estão relacionados apenas à postura, mas também ao esforço repetitivo ou excessivo. Na década de 1990, 90% das concessões de auxílio-acidente eram concedidas por Lesões por Esforços Repetiti- vos (LER) e Doenças Osteoarticulares Relacionados ao Trabalho (DORT). Assim, Previdência Social e Ministério do Trabalho passaram a intensificar a fiscalização, realizar campanhas de conscientização e a punir as empresas que apresentavam os maiores indicadores dessas doenças. O objetivo era reverter o quadro, para diminuir o número de pessoas que requeriam auxílio-acidente, auxílio-doença e aposentadorias (BELLUSCI, 2010). A partir do momento em que a Previdência Social e o Ministério do Trabalho passaram a cobrar das empre- sas uma preocupação com a ergonomia, as mudanças passaram a surgir. Nos últimos 15 anos, questões como levantamento máximo de peso, postura no ambiente de trabalho, ritmo de trabalho, ginásticas laborais, entre outras, mostra-se em uma crescente no país. Essas questões fazem parte da saúde do trabalhador, mas alguns empregadores e empregados ainda não dão a devida atenção a elas. NR 28 – Fiscalização e Penalidades. A NR 28 traz as regras da composição da multa para as empresas. O valor da multa para as empresas. O valor da multa vai depender da reincidência (repetição), do número de colaboradores e de que quais itens da norma deixaram de ser cumpridos. Os valores mais altos estão relacionados aos itens mais críticos. Colaborador sem EPI e ausência de CIPA são alguns fatores que podem gerar multas do TEM para as empresas. Essa norma instrui tecnicamente os fiscais, que devem aplicar as multas referentes à segurança do trabalho; e as em- presas, que devem saber o tamanho do risco financeiro quando são omissas em relação à segurança dos trabalhadores. 19 Grande parte dos acidentes tem como causa fa- tores comportamentais. Alguns comportamentos de- vem ser evitados para garantir que não ocorram aci- dentes. Os principais são: l Improvisação – Muitas vezes, quando faltam fer- ramentas ou recursos no local de trabalho, o trabalha- dor decide improvisar uma solução para o problema, que pode acabar se tornando definitiva. No entanto, o improviso de ferramentas ou de materiais pode le- var a esforço excessivo da operação ou da ferramen- ta, o que pode ocasionar graves acidentes. l Exceções – O acidente também pode ocorrer na exceção. O famoso “só dessa vez” já foi dito antes de muitos acidentes. l Pressa – Esse é outro fator que já gerou muitos acidentes. A cobrança da produtividade ou a vontade de encerrar o turno pode levar o trabalhador a pular etapas de segurança para concluir o trabalho. l Excesso de confiança- O trabalhador experiente, por ser detentor de conhecimentos avançados da tarefa, pode se esquecer de avaliar algum risco. Algum detalhe da tarefa pode mudar se houver alguma mudança no processo. Quando um trabalhador experiente sofre um acidente causado por excesso de confiança, as conse- quências podem ser devastadoras UNIDADE 2 Prevenção de acidentes 6 - Prevenção de acidentes Fonte: freepik.com/premium-vector/vector-cartoon-illustration-of-smiling-construction_2294262.htm 2.1.1 - Ferramentas comportamentais l Escolher a melhor hora- Recomenda-se realizar as atividades perigosas no período em que houver uma concentração menor de pessoas, o que reduz a quantidade de pessoas expostas ao risco. l Alterar o processo- Processos manuais podem causar mais acidentes que processos automatizados. l Substituição de matéria-prima ou insumo- Se o processo permitir, recomendamos substituir um sol- vente tóxico por outro não tóxico. Obviamente pode existir uma diferença de custo, que deve ser compa- rada com o custo de um acidente, ou com o valor das medidas de segurança.l Ordem e limpeza- Materiais espelhados nos lo- cais de circulação podem causar acidentes. Já o local 2.1.2 - Medidas relativas ao ambiente 7 - Sinalização Fonte: freepik.com/free-vector/flat-under-construction-template_1584580.htm 20 de trabalho sem limpeza pode atrair parasitas e causar doenças. l Manutenção – Sistemas de controle, construções e infraestruturas se desgastam com o tempo e podem gerar acidentes. Um controle de manutenção, avaliando as condições de funcionamento de uma máquina, por exemplo, pode evitar graves acidentes. l Equipamentos de proteção coletiva (EPC) – São utilizados para alertar sobre algum perigo, controlar ou eliminar um risco. Cones, sinalizando uma vala próxima para evitar que alguém caia, alertam sobre o perigo e o controlam. Uma tampa sobre a vala pode evitar que alguém caia, eliminando o risco de queda. l Limitação da exposição – Controle da exposição do pessoal ao agente causador do risco. Trabalhos em condições de calor e frio exigem uma parada térmica, por exemplo. l Treinamentos – Conscientização do trabalhador sobre o risco a que está exposto. Para algumas atividades existe uma exigência legal de treinamento. Trabalhos com eletricidade, em altura, em espaços confinados, entre outros, exigem que o trabalhador, antes de iniciar as atividades, receba um treinamento. Mesmo que a lei não exija, o treinamento é uma medida que pode salvar vidas, pois ajuda a garantir que as demais medidas terão eficácia. l Procedimentos e controles administrativos – O estudo de uma tarefa revela os pontos críticos que en- volvem riscos. Diante dessa análise, é possível descrever a forma mais segura de se executar uma tarefa. Um exemplo pode ser uma atividade mecânica. Antes de realizar a manutenção de uma máquina, o funcionário deve desligar a chave geral de energia e bloquear o circuito elétrico, para evitar que alguém ligue a máquina durante o seu trabalho e provoque um acidente. Se esse procedimento de trabalho for cobrado e fiscalizado, dificilmente acidentes dessa natureza acontecerão. l Equipamentos de proteção individual (EPI) – São equipamentos que devem ser utilizados pelo trabalhador com o objetivo de protegê-lo do perigo que possa ameaçar sua saúde e segurança. Esses equipamentos são muito utilizados por terem um custo menor que o custo de eliminar o risco no ambiente. Exemplos de EPI: capa- cetes, protetores auriculares, óculos de proteção e inúmeros outros encontrados no mercado. 2.1.3 – Medidas relativas ao pessoal De acordo com a CLT e as NR, o empregador é o principal responsável pela saúde e segurança dos trabalha- dores. Existem algumas ressalvas que atribuem certas funções de segurança aos empregados, desde que sejam devidamente treinados ou contratados para esse fim. No entanto, a prevenção de acidentes deve ser feita principalmente por meio de pessoas. De nada adianta o empregador fornecer o EPI se o trabalhador não o utilizar ou o utilizar de forma incorreta. Quando tratamos de segurança do trabalho, precisamos ter sensibilidade para perceber e sentir os riscos que existem no ambiente. O risco não se apresenta apenas no processo, na maquinaria, na ausência de um EPI. O comportamento dos trabalhadores pode ser o fator gerador de um evento catastrófico. Uma pessoa que opera uma máquina girante sem proteção pode não perceber que existe um risco de esma- gamento de seus dedos. Ela convive há tanto tempo com o risco que acha essa prática normal. Se você causar um incêndio por descuido, poderá ser responsável pela destruição de uma indústria e pela morte de dezenas de pessoas. Precisamos observar o nosso ambiente de trabalho, perceber os riscos existentes e sempre informar nosso empregador e nossos colegas sobre as condições de insegurança. Muitas vezes, você se depara com condições inseguras que não pode controlar. A percepção dos perigos é importante, mas nem sempre é suficiente para controlar todo processo. Podemos precisar de ferramentas para 2.2 – Análise de acidentes. 21 atuar contra os riscos, seja da ordem de EPI, EPC ou mudança dos processos. Saber solicitar também é questão de comportamento. É preciso pedir com educação e saber argumentar, provando ao gestor que realmente existe risco e que são necessárias medidas, como treinamento, conscientização, entre outras. Todos podem contribuir com a segurança, ao estimular os colegas e alertar a empresa. A preocupação com a segurança do trabalho deve partir de todos os níveis da cadeira hierárquica de uma empresa. A investigação de acidentes em grandes empresas mostra que uma ponta solta, independente do setor, pode ser o fator gerador de um acidente. Assim, vemos que o conhecimento das normas é a principal ferramenta contra acidentes e doenças ocasionadas pelo trabalho. 22 O profissional torneiro mecânico tem as seguintes atividades resumidamente: Preparam, regulam e ope- ram máquinas-ferramenta que usinam peças de metal, compósitos e materiais híbridos, que são de larga utili- zação nas indústrias metais-mecânicas e controlam os parâmetros e a qualidade das peças usinadas, aplican- do procedimentos de segurança do trabalho às tarefas realizadas. Planejam sequências de operações, execu- tam cálculos técnicos; podem implementar ações de preservação do meio ambiente. Dependendo da divi- são do trabalho na empresa, podem apenas preparar ou operar as máquinas-ferramenta. O curso de Torneiro Mecânico tem o objetivo de propiciar aos alunos o conhecimento técnico neces- sário para aplicar corretamente o uso das ferramen- tas para trabalhos na fabricação de peças executadas em tornos mecânicos universais, além de aplicar os cálculos relacionados. O curso abrange também as normas de segurança nas operações fundamentais, focando o desenvolvimento das habilidades manipulativas e proporcionando a aquisição de métodos e técni- cas que permitam o domínio das operações fundamentais inerentes à prática em tornos mecânicos universais e demais atividades relacionadas, em desenho técnico mecânico, em metrologia dimensional. Os alunos terão orientação sobre os procedimentos adequados a serem observados e cumpridos nas depen- dências onde serão ministradas as aulas e as atividades práticas, além das informações técnicas e de segurança necessárias para desenvolvimento de todas as atividades a serem realizadas durante sua permanência no curso. UNIDADE 3 Introdução ao Torno Mecânico 8 - Torno Fonte: http://www.ebah.com.br/content/ABAAABM2YAJ/tornamento?part=3 Os antigos egípcios faziam uso de tornos para a fabricação dos vasos, segundo estudos arqueológicos que datam de aproximadamente de 300 a.c. Os hindus e os persas empregavam tornos muito primitivos e rudimen- tares, para a elaboração de colunas de madeira; o sistema era formado por dois artefatos de madeira curtos que eram fixados na terra e tinham a função de sustentar os pinos de rotação do eixo, disposto horizontalmen- te, a pequena distância do terreno. O movimento do eixo era dado por uma corda enrolada no próprio eixo; os dois extremos da corda eram seguros pelo “escravo” agregado ao funcionamento de rotação do eixo. Estes, puxando alternativamente as duas pontas da corda, imprimiam um rudimentar movimento rotativo ao eixo. O sistema era em seguida completado mediante uma travezinha que, disposta paralelamente ao eixo que estava sendo trabalhado e unida a extremidade com cordas, ou fixada com estacas, formava o espaço para as ferramentas de trabalho. Noutros tornos, sempre primitivos, coloca-se em seguida a peça a ser trabalhada a certa altura do solo, 3.1 - História do Torno Mecânico 23 9 – Torno mecânico convencional. Fonte: https://www.mecanicaindustrial.com.br/463-torno-mecanico-horizontal/ O torno mecânico (do latim tornus, este do grego τόρνος, gire, vuelta) é uma máquina- ferramenta que per- mite usinar peças de forma geométrica de revolução. Estas máquinas-ferramenta operam fazendo girar a peça a usinar presa em um cabeçote placa de 3 ou 4 castanhas, essa tendo as castanhasindividuais, ou fixadas entre os contrapontos de centragem enquanto uma ou diversas ferramentas de corte são pressionadas em um movi- mento regulável de avanço de encontro à superfície da peça, removendo material, chamado cavaco, de acordo com as condições técnicas adequadas.¹ O torno mecânico é uma máquina operatriz extremamente versátil utilizada na confecção, preparação, adequa- ção e acabamento de peças mecânicas. Para isso, utiliza-se de placas para fixação da peça a ser trabalhada. Essas placas podem ser de três castanhas, se a peça for cilíndrica, ou quatro castanhas, se o perfil da peça for retangular. Esta máquina-ferramenta permite a usinagem de variados componentes mecânicos: possibilita a transformação do material em estado bruto, em peças que podem ter seções circulares, e quaisquer combinações destas seções. Basicamente é composto de uma unidade em forma de caixa que sustenta uma estrutura chamada cabeçote fixo. A composição da máquina contém ainda duas superfícies orientadoras chamadas barramento, que por exi- gências de durabilidade e precisão são temperadas (tratamento térmico) e retificadas (tornar reto ou exato). sustentando-a com estacas aplicadas a um rústico banco. Com esses tornos de tipo “elevado”, foi possível al- cançar resultados naturalmente melhores, porém somente quando a mente do homem conseguiu explorar a força motriz da água e, a seguir, a do vapor, realizando um movimento rotatório contínuo, teve início a própria e verdadeira era dos tornos e das máquinas- ferramentas. Em seguida, construíram-se tornos cada vez mais aperfeiçoados nas suas partes, graças justamente a indús- tria metalúrgica em geral, e a siderúrgica em particular, as quais tornarem possível alcançar um relativo grau de perfeição, mediante a construção das várias partes de órgãos metálicos. Somente pela metade do século passado se começaram a construir na Alemanha (Pátria dos tornos e das fresas) com dispositivos mecânicos, em partículas o carro de torno mecânico. Atualmente, com o aumento das exigências de mercado e da concorrência para a produção em série, já se deixaram de lado os velhos e tradicionais tornos, substituindo-os, mesmo com sacrifícios, por tornos a “revol- ver” e automáticos. 24 O barramento é a base de um torno, pois sustenta a maioria de seus acessórios, como lunetas, cabeçote fixo e móvel, etc. Para movimentos longitudinais, um torno básico tem um carro principal e um carro auxiliar para movimentos precisos. Já para movimentos horizontais um carro transversal. Através deste equipamento, é possível confeccionar eixos, polias, pinos, roldanas, volantes e qualquer tipo possível e imaginável de roscas, peças cilíndricas internas e externas, além de cones, esferas e os mais diversos e prováveis formatos geométricos. Com o acoplamento de diversos acessórios e ferramentas de operação, alguns mais comuns, outros menos, o torno mecânico pode ainda desempenhar as funções de outras máquinas ferramentas, como fresadora, plaina, retífica ou furadeira e confeccionar outras diversas peças mecânicas como as engrenagens, por exemplo. Pelo desenvolvimento do torno mecânico, a humanidade adquiriu as máquinas necessárias ao seu cresci- mento tecnológico, desde a medicina até a indústria espacial. O torno mecânico é a máquina que está na base da ciência metalúrgica, e é considerada a máquina ferramenta mais antiga e importante ainda em uso. 25 UNIDADE 4 A Operação de Torneamento 10 – Torneamento Kiminami, C.S. et all (pág. 114,2013). Fonte: https://brainly.com.br/tarefa/14391349 O torneamento é a operação realizada pelo torno. Trata-se da combinação de dois movimentos: rotação da peça e movimento de avanço linear da ferramenta. Em algumas aplicações, a peça pode ser estacionária, com a ferramenta girando ao seu redor para cortá-la, mas basicamente o princípio é o mesmo. O movimento de avanço da ferramenta pode ser ao longo da peça, o que significa que o diâmetro dela será torneado para um tamanho menor. Alternativamente, a ferramenta pode avançar em direção ao centro, para o final da peça, o que significa que a peça será faceada. O torneamento pode ser decomposto em diversos cortes básicos para a seleção de tipos de ferramentas, dados de corte e também para a programação de certas operações. Estamos nos referindo principalmente ao torneamento externo, mas é importante lembrar que existem outras operações mais específicas, como rosquea- mento, ranhuramento e mandrilamento. São combinações das direções de avanço e rotação que podem resultar em superfícies cônicas ou curvas, com as quais as unidades de controle dos tornos CNC (Comando numérico computadorizado), atuais podem lidar por meio de muitas possibilidades de programas. 26 Cuidados com a segurança Extremo cuidado é necessário ao operar este tipo de máquina, pois por ter suas partes giratórias, necessa- riamente expostas, pode provocar graves acidentes e lesões ocupacionais. Não se pode utilizar luvas, correntes, anel, adornos em geral, roupas com mangas compridas e folgadas para não haver risco de acidente. Ainda sobre vestimentas, é importante que o operador não use roupas com fios soltos ou desfiados, pois existe o risco que este fio se enrole no eixo giratório e cause acidentes. As castanhas necessariamente devem ficar protegidas com anteparos, preferencialmente, transparentes, como Policarbonato, e ter um sistema de intertravamento de segu- rança. EPIs: Óculos de proteção; Protetor auricular; Jaleco. De acordo com Rossetti (2004), o equipamento também possui uma classificação em relação ao trabalho efetuado: l Torno CNC: Máquina na qual o processo de usina- gem é feito por comando numérico computadorizado (CNC) através de coordenadas X (vertical) e Z (longitu- dinal). Sua grande vantagem em relação ao torno me- cânico é o acabamento, tempo de produção, qualidade da peça produzida; l Torno revólver: torno que tem como caracterís- tica a fabricação em série de peça com auxílio do ca- beçote móvel que vem adaptado a várias ferramentas diferentes para executar processos de usinagem com rapidez, em peças pequenas e relativamente simples (ex: buchas); l Torno vertical usado para trabalhar com peças com um diâmetro elevado e com dimensões mais ex- tensas; 11 – Torno CNC Fonte: https://www.solucoesindustriais.com.br/empresa/metal-mecanica-e-usinagem/gsk-do- brasil-/produtos/maquinas-ferramenta/manutencao-de-torno-cnc. 12 – Torno Revólver Fonte: http://mesindustrial.com.br/torno-revolver/ 13 –Torno Vertical Fonte: http://www.famasa.com/torno-vertical-c-5116 27 16 – Contra Ponta Rotativa 17 – Contra Ponta fixa Peças cônicas padronizadas com extremidades geralmente em forma de uma por onde apoiam o furo de cen- tro. Podendo ser fixas e rotativas. Montadas na árvore ou mangote do cabeçote móvel serve para centragem das ferramentas de corte. Existem ainda no mercado contra pontas rotativas com pontas intercambiáveis variadas de acordo com o tipo de operação. 4.1 - Tornear superfície cilíndrica na placa e ponta É a operação realizada com maior frequência. Pode ser executado o torneamento externo e interno. Trata- -se da operação mais simples não exigindo maiores habilidades do profissional torneiro mecânico. Basicamen- te, é descrito como sendo o deslocamento longitudinal da ferramenta presa no carro, enquanto a peça faz o movimento de rotação. O torneamento pode ser executado com a peça em balanço, entre placa e ponta, entre 4.2 - Tornear superfície cilíndrica externa entre pontas l Torno horizontal universal: Usado para várias fun- ções principalmente em peças de pequeno diâmetro e grande comprimento ,é o mais utilizado nas indústrias mecânicas e torneadoras comerciais. l Torno de platô: Em geral de eixo horizontal, serve para tornear peças curtas, porém de grande diâmetro. 14 –Torno Horizontal Universal Fonte: https://www.mecanicaindustrial.com.br/463-torno-mecanico-horizontal/ 15 – Torno de Platô Fonte: http://clarkmachine.com.br/Produto/Index/ 28 É desbastar(remover os excessos) a superfície externa ou interna de um sólido. Esta operação é obtida pelo deslocamento da ferramenta paralelamente ao eixo de rotação da peça. No torneamento para operação que consiste em dar forma cilíndrica a um material em rotação submetida à ação de uma ferramenta de corte ROSSETTI (2004). O torneamento paralelo pode ser: É uma das operações mais executadas no torno me- cânico, para se obter formas cilíndricas definitivas (eixos e buchas) como também preparar o material para ou- tras operações (fig. 1.24). A maneira mais simples de ser executada é quando a peça está presa na placa universal ou na de castanhas independentes. 18 – Torneamento Cilíndrico externo e interno 19 – Torneamento paralelo 20 – Torneamento paralelo 4.3 - Recartilhar no torno pontas e com placa e luneta. Prender e centrar a peça, deixando para fora das castanhas um comprimento maior que a parte a usi- nar (fig.1.25). 4.3.1 - Principais fases de execução: 4.3.1.1 - Prender e centrar a peça, deixando para fora das castanhas um comprimento maior que a parte a usinar (fig.1.25) 29 Prender a ferramenta verificando seu alinhamento e altura (fig. 1.26) NOTA: A ponta da ferramenta deverá estar na altu- ra do centro da peça, para isso, usa-se o contraponto do cabeçote móvel como referência (fig. 1.28). Ligar o torno, aproximar a ponta da ferramenta até colocá-la em contato com a peça (fig. 1.30) Marcar o comprimento a ser torneado, usando-se compasso, escala ou paquímetro (fig. 1.27, 1.28, e 1.29). 4.3.1.2 Prender a ferramenta verificando seu alinhamento e altura (fig. 1.26) 4.3.1.3 - Marcar o comprimento a ser torneado, usando-se compasso, escala ou paquímetro (fig. 1.27, 1.28, e 1.29) 4.3.1.4 Ligar o torno, aproximar a ponta da ferramenta até colocá-la em contato com a peça (fig. 1.30) 4.3.1.5 Iniciar a operação 21 – Verificação de alinhamento 22 – Marcação de comprimento 23 – Ligação do torno 30 É desbastar a superfície plana que constitui a base de um sólido. Esta operação é obtida pelo desloca- mento da ferramenta perpendicularmente ao eixo de rotação da peça. (Fig.1.33). Consiste em construir uma superfície cilíndrica interna pela ação da ferramenta, deslocando-se esta paralelamente ao eixo da peça. Esta operação é co- nhecida também como BROQUEAR. É executado no torneamento de buchas, furos e polias, de engrenagens, furos roscados, etc. A peça para tal operação, geralmente é presa na placa universal ou na de castanhas independentes. a) Principais fases de execução: l I) Prender e centrar a peça, deixando a face da mesma afastada da placa para saída da ponta da fer- ramenta e dos cavacos (fig. 1.31). É a maneira pela qual o torneiro pode precaver-se e agir mediante a prováveis riscos de acidentes de traba- lho, durante a manipulação e operação do torno mecânico. Precauções de segurança na operação com o torno mecânico: l 4.4.1 Evitar pôr a mão na placa com o torno em movimento; l 4.4.2 Não deixar de usar óculos de proteção e demais epi’s na operação; l 4.4.3 Não trabalhar no torno usando camisas de mangas compridas; l 4.4.4 Evitar o uso de joias, principalmente relógio e pulseira; l 4.4.5 Nunca usar o calibre vernier com o torno em movimento; l 4.4.6 Remover escórias, farpas e resíduos da operação do torno, que estiverem no piso, a fim de evitar corte ou quedas; 4.4 - Segurança do mecânico 4.5 - Torneamento paralelo interno l II) Prender e centrar a ferramenta com compri- mento suficiente para broquear (fig. 1.32). l III) Ligar o torno e iniciar a operação. OBS: Antes de iniciar o torneamento interno, a peça deverá ser furada com broca, e se possível 2 mm aproximadamente menor que o diâmetro nominal. 4.6 - Facear 24 – Torneamento paralelo interno 25 – Torneamento paralelo interno 26 – Faceamento 31 Faceamento: É a primeira operação a ser executada numa peça. Sua finalidade é preparar uma face de refe- rência para marcar um comprimento e permitir a furação sem desvio da broca. 4.6.1 Principais fases de execução: 4.6.1.1 Prender a peça na placa, deixando para fora um comprimento igual ou menor que o diâmetro do material É desbastar a superfície interna de um sólido de revolução, utilizando ferramenta ou broca. (Fig. 1.34/1.35) É a operação que consiste em abrir rosca (hélice profunda) em uma superfície externa ou interna de um cilindro ou de um cone. (Fig.1.36) É a operação que consiste em cortar (seccionar) uma peça no torno, com uma ferramenta especial chamada bedame. (Fig. 1.37) 4.7 - Broquear 4.8 - Rosquear (Roscar) 4.9 - Sangrar (Cortar) 27 – Broqueamento 28 – Rosqueamento 28 – Sangramento 32 É uma operação que consiste em seccionar (cortar) uma determinada peça no torno mecânico com uma ferramenta especial denominada BEDA- ME, que penetra no material perpendicularmente ao eixo do torno (fig. 1.38). 1- Fases de execução na operação de sangrar: l A) Prender o material de modo que o canal por fazer fique o mais próximo possível da placa, com isto evitar que a peça flexione ou trepide, ou até ruptura da ferramenta. l B) Prender a ferramenta, observando os se- guintes cuidados: O comprimento da ferramenta (B) deve ser o su- ficiente para seccionar o material, porque se a mes- ma for muito comprida poderá partir-se (fig.1.39). A altura da ferramenta deve estar na altura do eixo do torno. O eixo da ferramenta deve ficar perpendicular- mente ao eixo do torno (fig. 1.40). l C) Marque o comprimento da peça; l D) Determine a rotação adequada; l E) Ligue o torno e execute as seguintes operações; l F) Avance a ferramenta até tocar no material. Entre com a ferramenta cuidadosamente, conservando sempre uma folga entre a peça e a ferramenta até que a peça se desprenda do mate- rial (fig. 1.41 e 1.42). 4.10 - Operação de sangrar no torno mecânico 29 – Operação de sangrar 33 Operação obtida pelo deslocamento da ferra- menta obliquamente ao eixo da peça. (fig. 1.43) É o torneamento de superfície de revolução num formato especial. (fig. 1.44). Existem certos tipos de trabalhos feitos no torno que podem ser classificados como “especiais”. Exemplo: Abrir furos de lubrificação em buchas usando en- costos; reabrir furos com alargadores, abrir roscas com tarraxas, tornear usando mandril, uso da recar- tilha etc. 4.11 - Tornear cônico 4.12 - Perfilar 30 – Tornear cônico 31 – Perfilamento 34 A metrologia é a ciência da medição. Trata-se dos conceitos básicos, dos métodos, dos erros e sua pro- pagação, das unidades e dos padrões envolvidos na quantificação de grandezas físicas, bem como da ca- racterização do comportamento estático e dinâmico dos sistemas de medição. Na metrologia o sistema de medição é considerado uma caixa preta (SILVA; CARLOS, 2012). A instrumentação é o conjunto de técnicas e ins- trumentos usados para observar, medir, registrar, controlar, atuar em fenômenos físicos. A instrumen- tação preocupa--se com o estudo, desenvolvimento, aplicação e operação dos instrumentos (SILVA; CAR- LOS, 2012). Trata da quantificação de grandezas físicas. Antes de quantificarmos a grandeza, temos que conhecer os métodos, os erros as unidades de medida, os pa- drões utilizados na dinâmica do sistema de medição, partindo então para dimensionar determinada coisa ou objeto. UNIDADE 5 Metrologia Dimensional 32 – Metrologia Fonte: http://www.meteoweb.eu/2014/07/metrologia-festeggia-80-anni-premio-nobel-ketterle/295701/ De acordo com Telles (2002), medir é o procedimento experimental pelo o qual a valor momentâneo de uma grandeza física (grandeza a medir) é determinado como um múltiplo e/ou uma fração de uma unidade, estabelecida por um padrão. A grandeza a medir (GM) pode ser a temperatura, força, umidade, intensidade luminosa, ph, compri- mento, etc.. A operação de medição é realizada, genericamente, por um sistema de medição (SM). Vários outros nomes podem ser encontrados para designar um sistema de medição, tais como máquina de medir, medidor, instrumento de medição, aparelhode medir, equipamento de medição. Obtém-se da operação instrumentada a chamada leitura (L) que é caracterizado por um número (lido pelo operador) acompanhado da unidade da leitura. A medida (M) é o valor correspondente ao valor momentâneo da grandeza a medir no instante da leitura e obtida pela aplicação dos parâmetros do sistema de medição a leitura e expressa por um número acom- panhado da unidade da grandeza a medir (SILVA, 2013). A transformação da leitura em medida obedece aos parâmetros do SM que podem ser: 5.1.1 Fator multiplicativo 5.1.2 Fator aditivo; 5.1.3 Fator aditivo e multiplicativo; 5.1.4 Correlação analítica; 5.1 - Sistemas de medidas 35 É um instrumento utilizado para medir a distância entre dois lados simetricamente opostos num objeto. Um paquímetro pode ser tão simples como um com- passo. O paquímetro é ajustado entre dois pontos, retirado do local e a medição é lida na sua régua. O nónio ou escala de Vernier é a escala de medição con- tida no cursor móvel do paquímetro, que permite uma precisão decimal de leitura através do alinhamento desta escala com uma medida da régua (SILVA; CAR- LOS, 2012) Os paquímetros são feitos de plástico, com haste metálica, ou inteiramente de aço inoxidável. As suas graduações são calibradas a 20 °C. Ele apresenta uma precisão menor do que o micrômetro, sendo sua pre- cisão dada por p = 1-C/n, onde C é comprimento do minionônio e n é o número de divisões do nônio. 5.2 - Paquímetro O micrometro é utilizado para descrever a espessu- ra ou o diâmetro de objetos microscópicos tais como microorganismos e partículas coloidais. Também é usada para a medição de distâncias minúsculas, como por exemplo, os comprimentos de onda da radiação infravermelha (SILVA; CARLOS, 2012) É um submúltiplo do metro, unidade de compri- mento do Sistema Internacional de Unidades. É defi- nido como 1 milionésimo de metro (1 × 10-6 m). Equi- vale à milésima parte do milímetro e sua abreviatura é μm. O caractere μ é a letra grega miú. O plural de micrometro, micrómetro e micrômetro é respectiva- mente micrometros, micrómetros e micrômetros. É incorreto usar isoladamente a letra grega μ para se referir ao micrometro, assim como também é in- correto o uso da palavra mícron, que foi oficialmente usada e aceita entre 1879 e 1967, ano em que foi ofi- cialmente retirada pelo Bureau Internacional de Pesos e Medidas.³ 5.3 - Micrômetro 5.1.5 Correlação tabular; 5.1.6 Correlação gráfica e outros. 32 – Metrologia Fonte: https://produto.mercadolivre.com.br/MLB-848060883-paquimetro-para-design-de-sobrancelhas- natural-150mm-entrega-_JM 33 – Micrômetro Fonte: https://www.logismarket.ind.br/digimess/micrometro-externo/1745573393-1763595901-p.html 36 De acordo com Placido (2009), é um instrumento de medida em forma semicircular ou circular gradu- ada em 180º ou 360º, utilizado para medir ou cons- truir ângulos. Entre os goniômetros está o transferi- dor, um semicírculo de plástico transparente ou um círculo graduado utilizado para medir ou construir ângulos, e o teodolito. Mais especificamente, um goniômetro é um instrumento que mede o ângulo entre as superfícies refletoras de um cristal ou pris- ma.Os dois raios de luz provenientes de um colima- dor (um sistema de lentes e fendas projetado para criar feixes paralelos de luz) são dirigidos sobre duas superfícies adjacentes do cristal: os feixes são refle- tidos pelas duas faces e o ângulo entre os dois feixes refletidos (duas vezes o ângulo entre a superfície do cristal ou prisma) é medido. Um goniômetro é também um dispositivo utilizado juntamente com transmissores de rádio ou radar. Ele permite que um sinal seja emitido em qualquer direção ou que a direção de um sinal que chega ao receptor seja determinada sem o apoio de uma antena fisicamente giratória. 5.4 - Goniômetro 34 – Goniômetro Fonte: https://www.fisiofernandes.com.br/goniometro-para-medicao-grande/p É uma convenção internacional, assinada, em Paris a 20 de Maio de 1875, por 17 Estados com o propósito de estabelecer uma autoridade internacional no campo de metrologia e da qual resultou a adoção do metro como unidade básica de medida do comprimento. A Convenção substituiu a Comissão Internacional do Metro, que funcionava desde 1870, e criou três organizações internacionais destinadas a promover e manter os padrões métricos associados à adoção daquela unidade. As três organizações criadas pela Convenção, nas quais delega a autoridade para atuar no domínio da metro- logia, assegurando uma harmonização da definição das diferentes unidades de medida. A unidade de principal de comprimento é o me- tro, entretanto existem situações em que essa uni- dade deixa de ser prática. Se quisermos medir gran- des extensões ela é muito pequena, por outro lado se queremos medir extensões muito "pequenas", a unidade metro é muito "grande”. Os múltiplos e submúltiplos do metro são chamados de unidades secundárias de comprimento. Na tabela abaixo, vemos as unidades de compri- mento, seus símbolos e o valor correspondente em metro. Na tabela, cada unidade de comprimento corresponde a 10 vezes a unidade do comprimento 5.5 - Convenções de medidas 5.6 - Unidades de Comprimento 35 – Cinta métrica Fonte: https://www.amazon.es/Jungen-120-Inch-métrica-costura-Amarillo/dp/B01E3UYWBK 37 Quilômetro Km Hectômetro hm Decâmetro dam Metro m Decímetro DM Centímetro cm Milímetro mm 1000 m 100 m 10 m m 0,1 m 0,01 m 0,001 m imediatamente inferior (à direita). Em consequência, cada unidade de comprimento corresponde a 1 déci- mo da unidade imediatamente superior (à esquerda). 38 De acordo com Souza (2008), o desenho mecânico é a representação gráfica voltada ao projeto de má- quinas, motores, peças mecânicas. O desenhista mecânico realiza desenhos, proje- ções e cortes utilizando principalmente meios eletrô- nicos preparam folhas de trabalho e diagramas deta- lhados de máquinas e peças e de projetos mecânicos contendo as informações necessárias para a sua pro- dução e documentação e elaboram relatórios e ou- tras formas de documentação textual, de acordo com as normas técnicas ABNT, ISO ou DIN, em condições de qualidade, segurança e preservação ambiental. Um desenho técnico deve conter vistas que de- monstrem todos os detalhes necessários para a exe- cução do projeto. As vistas adotadas no Brasil são em projeção de 1º diedro (também utilizado em toda a Europa), que contém 4 vistas: vista frontal, superior, lateral esquerda e lateral direita. Se possível um desenho pode conter apenas uma vista, desde que seja adotada apenas a frontal, pois quando se cria um desenho deve-se convencionar que o máximo de detalhes possa ser demonstrado nesta vista detalhes ocultos (furos, rebaixos, rasgos) podem ser demonstrados através de linhas tracejadas, meio corte, cortes parciais ou em outras vistas. Normalmente, se o desenho não contiver nenhuma indicação, deve-se supor que todas as medidas estão em milímetros. As folhas adotadas em desenho técnico mecânico são no formato A, devendo-se usar margem adequada para cada tipo de folha de acordo com a Norma NBR6462. Podem ser: l 5.7 A0 - Margens de 10mm na direita, superior e inferior e 25mm na esquerda; l 5.8 A1 - Margens de 10mm na direita, superior e inferior e 25mm na esquerda; l 5.9 A2 - Margens de 7mm na direita, superior e inferior e 25mm na esquerda; l 5.10 A3 - Margens de 7mm na direita, superior e inferior e 25mm na esquerda; l 5.11 A4 - Margens de 7mm na direita, superior e inferior e 25mm na esquerda. Podem ser usadas tanto tipo retrato como tipo paisagem. Em casos de peças de grande porte que não caibam nestes formatos de folha, utiliza-se escala de redução, ou em casos de peças muito pequenas podem ser adotadas escalas de ampliação, sendo as escalas de redução adotadas da seguinte maneira 1:2 (lê-se um por dois) que significa: 1 mm (unidade padrão da mecânica) no desenho equivale a 2mm na peça. Podendo ser adotadas as escalas de 1:5 e 1:10. Nas escalas de ampliação,adotamos como 2:1 5:1 10:1. UNIDADE 6 Desenho Técnico Mecânico 36 – Desenho técnico mecânico Fonte: https://produto.mercadolivre.com.br/MLB-1073713097-desenho-tecnico-mecnico-em-2-dvds-video-_JM 39 A) Identifique e numere as projeções correspon- dentes a cada peça apresentada em perspectiva. B) Identifique e numere as projeções correspon- dentes a cada peça apresentada em perspectiva. C) Identifique as vistas de frente, de cima e as late- rais da esquerda e direita nas projeções apresentadas. D) Identifique as vistas de frente, de cima e as la- terais esquerda e direita nas projeções apresentadas. 40 E) Coloque abaixo de cada vista, as iniciais cor- respondentes: VF - Vista de Frente VS - Vista Supe- rior VLE - Vista Lateral Esquerda VLD - Vista Lateral Direita. F) Coloque em baixo de cada vista, as iniciais cor- respondentes: VF - Vista de Frente VS - Vista Supe- rior VLE - Vista Lateral Esquerda VLD - Vista Lateral Direita. G) Desenhe, à mão livre, a terceira vista das pro- jeções apresentadas. H) Procure nos desenhos abaixo as vistas que se rela- cionam entre si, (Elevação e Planta) e coloque os núme- ros correspondentes nas Elevações. 41 Grau de Elaboração do Desenho Técnico l Esboço: desenho, em geral à mão livre; uma representação rápida de uma idéia, não responde a uma nor- ma, não tem uma escala definida, porém, deve respeitar as proporções. l Desenho Preliminar: é passível de modificações. l Desenho Definitivo: corresponde a solução final do projeto, ou seja, é o desenho de execução. l Detalhe (desenho de produção): desenho de componente isolado ou de uma parte de um todo, geralmen- te utilizado para a sua fabricação. l Desenho de conjunto (montagem): desenho mostrando vários componentes que se associa para formar um todo, geralmente utilizado para a montagem e manutenção. As linhas são à base do desenho. Combinando-se linhas de diferentes tipos e espessuras, é possível descrever graficamente qualquer peça que se queira produzir, com clareza e riqueza de detalhes. -Linha para arestas e contornos visíveis É contínua larga (0,7) e indica todas as partes visíveis do projeto, determinando-lhe o contorno. - Linha para arestas e contornos não visíveis É um traço interrompido (0,5) indica todas as partes não visíveis de um desenho. - Linha de centro e eixo de simetria Trata-se de uma linha estreita (0,35), formada por traços e pontos alternados. - Linha auxiliar Uma linha contínua e estreita, auxiliar para linha de cota, indicando limites de uma medida. - Linha de cota Trata-se de uma linha estreita e contínua limitada por flechas agudas. Em casos especiais, usam-se pontos ou traços no lugar das flechas. As pontas das flechas devem tocar as linhas auxiliares. 6.1 - Linhas convencionais A projeção ortogonal de um objeto em plano de projeção é chamada de vista ortográfica. Podemos repre- sentar múltiplas vistas de direções diferentes de forma sistemática da forma de objetos 3D. A projeção ortogonal é uma representação bidimensional de um objeto tridimensional, na engenharia no processo de fabricação é necessária uma descrição completa e clara da forma e do tamanho de um objeto projetado para ser concebido. Cada vista fornece determinadas informações, a vista frontal mostra a verdadeira grandeza e forma de superfí- cies que são paralelas à frente do objeto. A figura 09 mostra a ordem da projeção ortogonal no 1º Diedro (ABNT/ DIN), observador, objeto e plano de projeção que será representado o objeto. 6.2 - Projeções vistas essenciais 37 – Projeção ortogonal Fonte:http://rickgutirres.blogspot.com.br/2012/04/vistas-essenciais.html 42 38 – Dimensões Fonte:http://rickgutirres.blogspot.com.br/2012/04/vistas-essenciais.html l Largura (L); l Altura (H); l Profundidade (P). As seis vistas principais: l Vista frontal (VF); l Vista superior (VS); l Vista lateral esquerda (VLE); l Vista lateral direita (VLD); l Vista posterior (VP); l Vista inferior (VI); 6.2.1 - As três dimensões principais de um objeto O desenho técnico, além de representar, dentro de uma escala, a forma tridimensional, deve conter informa- ções sobre as dimensões do objeto representado. As dimensões irão definir as características geométricas do objeto, dando valores de tamanho e posição aos diâmetros, aos comprimentos, aos ângulos e a todos os outros detalhes que compõem sua forma espacial. A forma mais utilizada em desenho técnico é definir as dimensões por meio de cotas que são constituídas de linhas de chamada, linha de cota, setas e do valor numérico em uma determinada unidade de medida (SOUZA, 2012). Elementos de Cotagem: Linhas auxiliares e de cota: ® Traço fino! Em um desenho, usar sempre a mesma indicação de final de linha de cota! Cotas: Executadas em caracteres 6.3 - Dimensionamento cotagem 39 – Dimensionamento Fonte:http://rickgutirres.blogspot.com.br/2012/04/vistas-essenciais.html 43 de tamanho padronizado! ( 2.5 , 3.5 , 5 , 7 , 10 , 14 ou 20mm! ) TIPOS DE DIMENSIONAMENTO: l Linear; l Angular; l Diâmetro; l Raio. Cotagem por elemento de referência: Cotagem em cadeia: Dimensionamento angular Dimensionamento de diâmetros Radial diameter Dimensionamento de raios: Radius Center: (marca o centro) 44 l Construídas; só altere se você tiver uma boa razão para isto!; l Indique sempre a dimensão em mm; l Evitar cotas inúteis (repetição, ou que possam ser deduzidas rapidamente); l Na medida do possível, coloque as cotas fora do desenho; l Disponha as cotas ordenadamente, de modo a evitar cruzamento entre linhas de cota; l Para alterar o número de casas decimais Um esboço além de mostrar a forma geométrica de algo sempre vai ser acompanhado de informações es- critas através de letras e algarismos. Com o objetivo de criar uniformidade e legibilidade para evitar prejuízos na clareza do esboço ou desenho e evitar a possibilidade de interpretações erradas, a norma NBR 8402 fixou as características da escrita em desenho técnico. A norma citada acima entra em detalhes desde o formato dos caracteres até a espessura das linhas. Sabemos que os desenhos finais são feitos no computador, mas para os esboços recomendaremos que siga os exemplos mostra- dos a seguir, que se preocupa com o mais importante, ou seja, legibilidade, tamanho e forma correta dos caracteres. Veja o exemplo abaixo. 6.4 - Caligrafia técnica Devemos tomar como referência os seguintes tamanhos de letras, mostrados na tabela abaixo: Observações: l A escrita pode ser vertical como ou inclinada em um ângulo de 75º; l A escrita pode ser vertical como ou inclinada em um ângulo de 75º (itálico); l Devem-se observar as proporção e inclinações; l Recomendam-se os sentidos, mostrados na figura ao lado, para traçar com firmeza as letras, sendo que para os canhotos o sentido pode ser o inverso. 45 Ministério do Trabalho e Emprego. NR 5 – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes. Brasília: Ministério do Tra- balho e Emprego, 2011. Disponível em: http://trabalho.gov.br/images/Documentos/SST/NR/NR5.pdf. Acesso em: 27 jan. 2017. Ministério do Trabalho e Emprego. NR 6 – Equipamentos de Proteção Individual. Brasília: Ministério do Trabalho e Emprego, 2015. Disponível em: http://trabalho.gov.br/images/Documentos/SST/NR/NR6.pdf. Acesso em: 27 jan. 2017. Ministério do Trabalho e Emprego. NR 12 – Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos. Brasília: Ministério do Trabalho e Emprego, 2016. Disponível em: http://trabalho.gov.br/images/Documentos/SST/NR/ NR12/NR-12atualizada2015II.pdf. Acesso em: 27 jan. 2017. Ministério do Trabalho e Emprego. NR 17 – Ergonomia. Brasília: Ministério do Trabalho e Emprego, 2007. Disponível em: http://acesso.mte.gov.br/data/files/FF8080812BE914E6012BEFBAD7064803/nr_17.pdf. Acesso em: 27 jan. 2017. Ministério do Trabalho e Emprego. NR 24 – Condições Sanitárias e de Conforto nos locais de Trabalho. Brasília: Ministério do Trabalho e Emprego, 1993. Disponível em: http://trabalho.gov.br/images/Documentos/SST/NR/ NR24.pdf. Acesso em: 27 jan. 2017. Ministério do Trabalhoe Emprego. NR 28 – Fiscalização e Penalidades. Brasília: Ministério do Trabalho e Emprego, 2016. Disponível em: http://trabalho.gov.br/images/Documentos/SST/NR/NR28.pdf . Acesso em: 27 jan. 2017. ROSSETTI, Tonino. Manual prático do torneiro mecânico e do fresador. Editora Hemus (leopardo editora), 2004. > Acesso em: 25 de janeiro de 2017. DEPARTAMENTO REGIONAL DE PERNAMBUCO. Disponível em:< http://carlosesilva.files.wordpress.com/2012/07/ metrologia_pernambuco.pdf> Acesso em: 25 de janeiro de 2017. SOUZA, Renata. Desenho Técnico. Universidade Federal de Goiás, 2008. > Acesso em: 08 de fevereiro de 2017 INSTITUTO FEDERAL DO CEARÁ. Disponível em < Pronatec. Apostila Tornearia Mecânica. Fortaleza: Instituto fe- deral do Ceará> Acesso em: 25 de janeiro de 2017. Referências Bibliográficas 46 Inaciolândia Gouvelândia Quirinópolis V icentinópolis Acreúna Santo Antônio da Barra Rio Verde Jataí Turvelândia Porteirão Maurilândia Castelândia Portelândia Santa Rita do Araguaia Serranópolis Aporé Itajá Itarumã Cachoeira Alta Paranaiguara Represa de São Simão Doverlândia Baliza Bom Jardim de Goiás Aragarças Nerópolis Urutaí Cristianópolis Ipameri Campo Alegre de Goiás Rio Quente Caldas Novas Nova Aurora Corumbaíba Marzagão Buriti Alegre Itumbiara Panamá Bom Jesus de Goiás Cachoeira Dourada Morrinhos Joviânia Aloândia Pontalina Diorama Arenópolis Palestina de Goiás V ianópolis Silvânia Leopoldo de Bulhões Terezópolis de Goiás Ouro V erde de Goiás Inhumas Caturaí Goianira Brazabrantes Nova Veneza Bonfinópolis Goianápolis Caldazinha Bela V ista de Goiás São Miguel do Passa Quatro Orizona Palmelo Santa Cruz de Goiás Pires do Rio Senador Canedo Edéia Edealina Professor JamilCromínia Mairipotaba Varjão Cezarina Indiara Montividiu Paraúna São João da Paraúna Aurilândia Firminópolis Turvânia Nazário A velinópolis Araçu Adelândia Sanclerlândia Fazenda Nova São Miguel do Araguaia Novo Planalto Santa Tereza de Goiás Montividiu do Norte Trombas Minaçu Campinaçu Colinas do Sul Cavalcante Alto Paraíso de Goiás Teresina de Goiás Divinópolis de GoiásMonte Alegre de Goiás Campos Belos Nova Roma Guarani de Goiás Iaciara Posse Buritinópolis Alvorada do Norte Sítio D'Abadia Damianópolis Mambaí Flores de Goiás FormosoMutunópolis Amaralina Mara Rosa Campinorte Alto Horizonte Nova Iguaçu de Goiás Uruaçu Pilar de Goiás Hidrolina Guarinos Itapaci Nova América Morro Agudo de Goiás Nova Glória São Patrício Carmo do Rio Verde Itapuranga FainaMatrinchã Montes Claros de Goiás Itapirapuã Jussara Santa Fé de Goiás Britânia Guaraíta Rialma Santa Isabel Rianápolis Pirenópolis Vila Propício Padre Bernardo Planaltina Águas Lindas de Goiás Novo Gama Cidade Ocidental Damolândia Abadiânia Alexânia Corumbá de Goiás Cocalzinho de Goiás Jaraguá Itaguaru Jesúpolis São Francisco de Goiás Petrolina de Goiás Heitoraí Formosa V ila Boa Cabeceiras Mimoso de Goiás Água Fria de Goiás São João D'Aliança São Luiz do Norte Barro Alto Santa Rita do Novo Destino Crixás Estrela do Norte Bonópolis Mundo Novo Nova Crixás Uirapuru Santa Terezinha de Goiás Campos Verdes Mozarlândia Araguapaz Aruanã Itauçú Taquaral de Goiás Itaguari Santa Rosa de Goiás Itaberaí Americano do Brasil Buriti de Goiás Mossâmedes Novo Brasil Jaupaci AnicunsSão Luís de Montes Belos Córrego do Ouro Cachoeira de Goiás Ivolândia Moiporá IsraelândiaIporá Amorinópolis Jandaia Palminópolis Palmeiras de Goiás Campestre de Goiás Trindade Santa Bárbara de Goiás Guapó Aragoiânia Abadia de Goiás Água Limpa Goiandira Cumari Anhanguera Ouvidor Três Ranchos Davinópolis Represa de Cachoeira Dourada Repr esa de Itumbiara Repr esa de Embocação Caçu Aparecida do Rio Doce Chapadão do Céu Perolândia São Domingos Lagoa Santa Gameleira de Goiás Campo Limpo de Goiás Ipiranga de Goiás Luziânia SED - SECRETARIA DE DESENVOLVIMENTO ECÔNOMICO www.sed.go.gov.br Gabinete de Gestão: (62) 3201-5438 / 3201-5443 Regional 2 Regional 1 Regional 4 Regional 5 Regional 3 Regionais INSTITUTOS TECNOLÓGICOS DE GOIÁS - ITEGOs Porangatu Ceres Goianésia Uruana Goiás Anápolis Piranhas Caiapônia Goiatuba Catalão: Aguinaldo de Campos Netto Catalão: Labibe Faiad Goiânia: Sebastião Siqueira Goiânia: Basileu França Cristalina Santa Helena de Goiás ITEGOs em funcionamento - 17 Unidades ITEGOs em expansão - 13 unidades Niquelândia St. Antônio do Descoberto Valparaíso de Goiás Mineiros Goiânia: Noroeste Goiânia: Léo Lince Piracanjuba Catalão: GoiásTec Formosa Hidrolândia: Tecnoparque Luziânia Planaltina: JK Parque Tecnológico Aparecida de Goiânia: Inov@parecida Aparecida de Goiânia - Luiz Rassi Posse Palmeiras Quirinópolis Inhumas Léo lince do Carmo Almeida Acesse: www.ead.go.gov.br Niquelândia Ceres Uruana Goianésia Santo Antônio do Descoberto Anápolis Goiás Porangatu Catalão Piracanjuba CristalinaGoiânia Goiatuba Santa Helena de Goiás Caiapônia Piranhas Mineiros Hidrolândia Aparecida de Goiânia Valparaíso de Goiás Encontre um Itego mais próximo de você São Simão Rubiataba 46 4747 ORGANIZAÇÃO CURRICULAR UNIDADE 1 QSMS (Qualidade, Segurança, Meio Ambiente e Saúde) 1.1 – Segurança do trabalho 1.1.1 - Risco x Perigo 1.1.2 - Acidente de trabalho 1.1.3 – Condição insegura x ato inseguro 1.1.4-Normas Regulamentadoras (NR) NR 5 – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA). NR 6 – Equipamentos de Proteção Individual (EPI). NR 12 – Proteção de máquinas e equipamentos. NR 17 – Ergonomia. NR 24 – Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho. NR 28 – Fiscalização e Penalidades. UNIDADE 2 Prevenção de acidentes 2.1.1 - Ferramentas comportamentais 2.1.2 - Medidas relativas ao ambiente 2.1.3 – Medidas relativas ao pessoal 2.2 – Análise de acidentes. UNIDADE 3 Introdução ao Torno Mecânico 3.1 - História do Torno Mecânico UNIDADE 4 A Operação de Torneamento 4.1 - Tornear superfície cilíndrica na placa e ponta 4.2 - Tornear superfície cilíndrica externa entre pontas 4.3 - Recartilhar no torno 4.3.1 - Principais fases de execução: 4.3.1.1 - Prender e centrar a peça, deixando para fora das castanhas um comprimento maior que a parte a usinar (fig.1.25) 4.3.1.2 Prender a ferramenta verificando seu alinhamento e altura (fig. 1.26) 4.3.1.3 - Marcar o comprimento a ser torneado, usando-se compasso, escala ou paquímetro (fig. 1.27, 1.28, e 1.29) 4.3.1.4 Ligar o torno, aproximar a ponta da ferramenta até colocá-la em contato com a peça (fig. 1.30) 4.3.1.5 Iniciar a operação 4.4 - Segurança do mecânico 4.5 - Torneamento paralelo interno 4.6 - Facear 4.6.1 Principais fases de execução: 4.6.1.1 Prender a peça na placa, deixando para fora um comprimento igual ou menor que o diâmetro do material 4.7 - Broquear 4.8 - Rosquear (Roscar) 4.9 - Sangrar (Cortar) 4.10 - Operação de sangrar no torno mecânico 4.11 - Tornear cônico 4.12 - Perfilar UNIDADE 5 Metrologia Dimensional 5.1 - Sistemas de medidas 5.2 - Paquímetro 5.3 - Micrômetro 5.4 - Goniômetro 5.5 - Convenções de medidas 5.6 - Unidades de Comprimento UNIDADE 6 Desenho Técnico Mecânico 6.1 - Linhas convencionais 6.2 - Projeções vistas essenciais 6.2.1 - As três dimensões principais de um objeto 6.3 - Dimensionamento cotagem 6.4 - Caligrafia técnica Referências Bibliográficas
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