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RELATÓRIO DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO CIVIL E OS SISTEMAS CONSTRUTIVOS

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
ENGENHARIA CIVIL
RELATÓRIO DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO CIVIL E OS SISTEMAS CONSTRUTIVOS
Isaac Richard Melo do Santos Engenharia Civil - 202002387025 
Francisco Gabriel Bispo De Jesus Engenharia Civil – 202003468746 Gustavo Souza de Abreu Engenharia Civil - 201902362446
Aracaju/Se
2022
RELATÓRIO
INTRODUÇÃO
Na construção civil temos materiais que são utilizados há muitos anos da mesma forma, como o concreto, e outros que evoluem constantemente. E a evolução dos materiais de construção não é um processo recente, pois teve início desde os povos primitivos, que utilizavam os materiais assim como os encontravam na natureza, sem qualquer transformação. Com a evolução do homem surgem necessidades que levam à transformação desses materiais de uma maneira simplificada, a fim de facilitar seu uso ou de criar novos materiais a partir deles. Assim, o homem começa a moldar a argila, a cortar a madeira e a lapidar a pedra. Outro exemplo de evolução foi a descoberta do concreto que surgiu da necessidade do homem de um material resistente como a pedra, mas de moldagem mais fácil.
Perceba que os materiais continuam evoluindo para satisfazer as necessidades do homem e de forma cada vez mais rápida, com exigências cada vez maiores quanto a sua qualidade, durabilidade e custo.
PRINCIPAIS CATEGORIAS DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO:
Agregados, Aglomerantes, Concreto, Aço e Misturas asfálticas
AGREGADOS
Denominam-se “agregados da construção civil” os materiais minerais, sólidos e inertes que,obedecendo a arranjos granulométricos adequados, são utilizados para a fabricação demateriais artificiais resistentes mediante a mistura com materiais aglomerantes, sendo elesbetuminosos ou com ativação hidráulica.Em geral, são os agregados que “dão corpo e volume” à mistura, seja ela à base de cimentoPortland, seja à base de cimento asfáltico de petróleo. Eles podem representar cerca de 80%do peso do concreto simples e até 90% do peso de misturas asfálticas.Os agregados têm o propósito de tornar a mistura mais econômica, com retração e resistência.Por ser um material de origem natural, o tamanho, a densidade e a forma de seus grãos podemvariar as características da mistura final.Os agregados podem ser obtidos por meio de mineração. Os diagramas a seguir mostram ofluxograma de mineração de pedra britada e de areia de rio.
ORIGEM
Naturais (areia de rio, de cavas, de praias e dunas (finura e teor de cloreto de sódio), cascalhocom baixa granulometria; artificiais (areia de brita) e industrializados (argila expandida, argilacalcinada).
DIMENSÕES DAS PARTÍCULAS
Baseiam-se no tamanho dos grãos: miúdos (agregado cujos grãos passam pela peneira comabertura de malha de 4,75 mm e ficam retidos na peneira com abertura de malha de 150 µm) e graúdos (agregado cujos grãos passam pela peneira com abertura de malha de 75 mm eficam retidos na peneira com abertura de malha de 4,75 mm, ambos os ensaios realizados deacordo com a ABNT NBR NM 248).
MASSA UNITÁRIA
Podem ser leves, médios e pesados.
MINERALOGIA
Granitos, gnaisses, arenitos etc.
AGLOMERANTES
Denominam-se “aglomerantes” os materiais com propriedades ligantes, normalmente emestado físico pulverulentos. Quando misturados com água formam uma pasta comendurecimento por processos químicos ou por secagem simples. Os três principais aglomerantes existentes em Construção Civil e em infraestrutura são cal,cimento e cimento asfáltico de petróleo (CAP). 
Aglomerante inorgânicos:
* Aglomerantes aéreos (que fazem presa em contacto com o ar)
* gesso
* cal , aérea
Aglomerantes hidráulicos:
São materiais pulverulentos (pó fino) que, misturados com água, formam uma pasta capaz de endurecer por secagem natural, ou seja, provocam reação química que libera calor. Estes resistem satisfatoriamente à ação dissolvente da água.
* Cal hidráulica ou hidratada
* Cimento Portland
Aglomerantes orgânicos:
* Poliméricos:
* Resina epoxídica
* Resina acrílica
* Cola
* Mástique
* Betuminosos
* Alcatrão
* Asfalto
* Derivados da destilação do petróleo
Técnicas de uso dos aglomerantes 
Devido as suas características e propriedades, o gesso possui diversas aplicabilidades na construção civil como: revestimentos de paredes e tetos, revestimento para decoração de interiores, forros de placas, matéria prima para painéis termo-acústicos, fechamento com blocos leves, para paredes internas, construção de casa com blocos de gesso, forro para paredes de fechamento em gesso acartonado, placas para rebaixamento de teto, painéis para divisórias, etc.
CAL
O óxido de cálcio (CaO), conhecido comercialmente como cal, é um dos materiais deconstrução mais antigos do mundo. Ele é obtido por decomposição térmica (calcinação ouqueima) de rochas calcárias moídas em diversos tipos de fornos, a uma temperatura média de900°C. A chamada cal virgem, também denominada cal viva ou cal ordinária, é o produto compostopredominantemente dos óxidos de cálcio e magnésio. Já a cal hidratada, como o próprio nomesugere, é uma combinação de cal virgem com água. 
Ou seja, CaO + H2O -> Ca(OH)2. Entretanto, ninguém usa cal virgem devido à dificuldade de controlar a hidratação, de modo apermitir as reações químicas necessárias.
 Por isso, comprar a cal já hidratada no produtor éjustamente a garantia de uma boa e completa hidratação. A cal tem propriedades aglomerantes como o cimento, com a diferença de que este, paraendurecer, reage com água; a cal, com ar. É a chamada cal aérea, enquanto o cimento recebeo nome de aglomerante hidráulico.
CIMENTO
O cimento é um aglomerante da mistura do concreto para formar um corpo sólido e coeso.Constitui-se de um pó fino com propriedades aglomerantes, aglutinantes ou ligantes, que se enrijece ao entrar em contato com a água. Depois de endurecido, mesmo que sejanovamente submetido a ação da água, não volta a se decompor.Suas principais matérias-primas são: o calcário, a argila e quantidades menores de óxidos deferro e alumínio, utilizados para a produção do clínquer — material básico para a fabricaçãode cimento, gesso (gipsita) e outras adições (como pozolana ou escória de fornos).
· Processos construtivos e de sustentabilidade na construção civil para o descarte adequado e a reutilização dos materiais.
Gestão de Resíduos 
O estudo Gestão de Resíduos na Construção Civil, desenvolvido pelo SENAI em parceria com o SEBRAE, mostra que a construção é responsável por 50% do gás carbônico lançado na atmosfera e por quase metade de todos os resíduos sólidos gerados em escala mundial.
Além de consumir intensamente os recursos naturais, a construção civil contribui diretamente para a alteração do equilíbrio ambiental através da geração de resíduos. Dessa forma, a construção civil se depara atualmente com um grande desafio: o desenvolvimento sustentável (BARBOSA et al., 2018). Para isso, os resíduos de construção civil gerados nesses empreendimentos dever ser corretamente gerenciados, de forma que não sejam descartados de forma correta no meio ambiente (PINTO, 2005).
Os Resíduos Sólidos de Construção Civil são considerados resíduos de baixa periculosidade e os principais impactos gerados estão associados à grande quantidade de volume gerado. A Resolução N° 307 do CONAMA (Conselho Nacional do Meio Ambiente) conceitua em seu artigo 2° os Resíduos Sólidos de Construção Civil:
Resíduos da construção civil: são os provenientes de construções, reformas, reparos e demolições de obras de construção civil, e os resultantes da preparação e da escavação de terrenos, tais como: tijolos, blocos cerâmicos, concreto em geral, solos, rochas, metais, resinas, colas, tintas, madeiras e compensados, forros, argamassa, gesso, telhas, pavimento asfáltico, vidros, plásticos, tubulações, fiação elétrica etc., comumente chamados de entulhos de obras, caliça ou metralha (BRASIL, 2002).
Segundo esta mesma resolução, os resíduos da construção civil podem ser agrupados em classes, de acordo com a sua origem e uso (classes A, B, C e D), conforme detalhado no Quadro 01:
Quadro 1: Classificação dos Resíduos Sólidos da Construção CivilCLASSE
	DESCRIÇÃO DO RESÍDUO
	EXEMPLO
	A
	Materiais que podem ser reciclados ou reutilizados como agregado em obras de infraestrutura, edificações e canteiro de obras.
	Tijolos, telhas e revestimentos cerâmicos; blocos e tubos de concreto e argamassa.
	B
	Materiais que podem ser reciclados e ganhar outras destinações.
	Vidro, gesso, madeira, plástico, papelão e outros.
	C
	Itens para o qual não existe ou não é viável aplicação econômica para recuperação ou reciclagem.
	Estopas, lixas, panos e pincéis desde que não tenham contato com substância que o classifique como D.
	D
	Aqueles compostos ou em contato de materiais/substâncias nocivos à saúde.
	Solvente e tintas; telhas e materiais de amianto; entulho de reformas em clínicas e instalações industriais que possam estar contaminados.
Práticas sustentáveis devem estar alinhadas ao descarte correto dos resíduos de materiais utilizados na obra. Um gerenciamento de resíduos eficiente envolve reaproveitamento, separação por tipos, e o envio para os locais adequados.
O correto manuseio e gerenciamento de resíduos não somente diminui os índices de desperdício e gastos com materiais, como também cumpre papel ecológico e sustentável.
Descarte dos agregados e reciclagem dos agregados:
Em vez do descarte do lastro e da sobra, sugere-se a reciclagem desse material, já que praticamente todos os tipos de concreto podem ser reciclados, como o endurecido e o fresco. Para reciclagem do concreto endurecido, utiliza-se um britador especial para essa finalidade. O agregado produzido na britagem das sobras de concreto endurecido é conhecido como “agregado reciclado”. No caso do concreto fresco, há dois tipos de reciclagem: o primeiro é feito com um aditivo estabilizador, que mantém o concreto hidratado e fresco por mais tempo; e o segundo envolve equipamentos mecânicos (recicladores) e a lavagem forçada do material, com água sob pressão, que separa o cimento dos agregados. O agregado obtido deste processo de reciclagem é conhecido como “agregado recuperado”.
Principais utilizações dos Agregados da Construção Civil:
Areia Artificial e Assentamento de bloquetes, tubulação em geral, Areia Natural tanques, embolso, podendo entrar na composição do concreto e asfalto.
Pedrisco Confecção de pavimentação asfáltica, lajotas, bloquetes, intertravados, lajes, jateamento de Túneis e acabamentos em geral. Brita 1 intensivamente na fabricação de concreto.
TÉCNICAS CONSTRUTIVAS TRADICIONAIS E CONTEMPORÂNEAS
TIPOS DE FUNDAÇÕES
Fundação é o elemento ou peça de uma estrutura responsável por transmitir as cargas daestrutura para o terreno, devendo essa transmissão ser feita de forma adequada, ou seja, semgerar problemas de qualquer natureza para a estrutura.A forma adequada de transmissão da carga ao terreno, pela fundação, traduz-se em doisrequisitos:I- Segurança com relação à ruptura. O primeiro conceito significa que o solo de fundação nãopode entrar em colapso, ou ruptura.
II - Recalques compatíveis com a estrutura. O segundo significa que, mesmo que as cargasaplicadas à fundação apresentem segurança com relação à ruptura, os recalques para ascargas que atuarão precisam ser compatíveis com aqueles tolerados pela estrutura.As fundações são geralmente divididas em dois grandes grupos: o primeiro, relativo àsfundações superficiais, e o segundo, às fundações profundas.
FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS
As fundações superficiais também chamadas diretas, rasas ou em superfície possuem duas características principais: a primeira, a sua profundidade de assentamento; a outra, àforma de transferência da carga ao terreno, que se dá por sua base.As fundações superficiais são divididas em vários tipos, segundo a NBR6122/96:Sapata: Elemento de fundação superficial de concreto armado, dimensionado de modoque as tensões de tração nele produzidas não sejam resistidas pelo concreto, mas simpelo emprego de armadura.
Bloco: Elemento de fundação superficial de concreto, dimensionado de modo que astensões de tração nele produzidas possam ser resistidas pelo concreto, sem necessidadede armadura. Da mesma forma que as sapatas, os blocos precisam ser assentes emcamada de regularização de concreto magro. Muito utilizados há algumas décadas,atualmente, os blocos somente são utilizados para cargas muito pequenas.Radier: Elemento de fundação superficial que abrange todos os pilares da obra oucarregamentos distribuídos (por exemplo tanques, silos etc.). No caso de prédios, o usocorrente do radier é relativo a edifícios muito altos, em que as cargas muito elevadas porpilar conduzem a interferência entre as projeções das sapatas.
Sapata associada (radier parcial): Sapata comum a vários pilares, cujos centros, emplanta, não estejam situados em um mesmo alinhamento. Esse tipo de fundação écomum, no caso de prédios, nas fundações dos pilares do poço dos elevadores.Viga de fundação (baldrame): Elemento de fundação superficial comum a vários pilares,cujos centros, em planta, estejam situados no mesmo alinhamento.
Sapata corrida: Sapata sujeita à ação de uma carga distribuída linearmente.
FUNDAÇÕES PROFUNDAS
Quanto às fundações profundas, são geralmente peças de comprimento muito maior do que alargura ou diâmetro. O modo de transferência de carga ao terreno é realizado tanto pela basecomo pela superfície lateral da fundação. Podem ser estacas ou tubulões.As estacas são bem mais esbeltas do que os tubulões, caracterizados pelo grandecomprimento e pequena secção transversal. São implantados no terreno por equipamentosituado à superfície. São em geral utilizados em grupo, solidarizados por um bloco rígido deconcreto armado.
Os tubulões são elementos de fundação profunda, construídos concretando-se um poço(revestido ou não) aberto no terreno, geralmente dotado de base alargada. Diferenciam-se dasestacas porque, em sua etapa final, é necessária a descida de um operário para completar ageometria ou fazer a limpeza. Podem ser realizadas a céu aberto utilizadas acima do níveld’água; ou com ar comprimido, com revestimento de concreto armado ou aço, utilizadosabaixo do nível d’água.
VEDAÇÕES
PAREDES SECAS (DRYWALL)
O sistema chamado de paredes secas (drywall) é um sistema de construção a seco, muitoutilizado na criação de novos ambientes com os mais variados fins. É constituído por umaestrutura de perfis de aço galvanizado na qual são parafusadas, em ambos os lados, chapasde gesso acartonado específicas para uso em paredes secas.
As placas de gesso acartonado podem apresentar-se em três tipos:Placa de gesso Standard (ST), de cor cinza, indicada para o uso interno em paredes,tetos e áreas secas.Placa de gesso Resistente à Umidade (RU), de cor verde, que deve ser utilizada emambientes úmidos e áreas molhadas, como cozinhas, banheiros, lavanderias ou áreas deserviço.Placa de gesso Resistente ao Fogo (RF), de cor rosa, que deve ser utilizada em saídasde emergência e áreas fechadas como escadas e corredores.
A forma de montagem e os componentes utilizados permitem que a parede seja configuradapara atender diversos níveis de desempenho, de acordo com as necessidades de cadaambiente, podendo ser instalados em ambientes molhados ou secos.Além disso, antes de as paredes secas receberem o acabamento (seja ele azulejo, mármore,granito ou pintura), recomenda-se a impermeabilização de sua base até a altura de 20 cm, nomínimo, para garantir a funcionalidade da placa.O sistema drywall é um material por meio do qual a manutenção torna-se mais fácil. No casoespecífico de uma parede hidráulica de um banheiro ou de uma cozinha, se surgir um vazamento basta fazer um recorte na placa de gesso, o reparo na tubulação e em seguidaencaixar o mesmo recorte, tomando cuidado nas juntas entre o recorte e a parede.
PAREDES DE PEDRAS ARTIFICIAIS
Alvenaria de tijolos cerâmicos: Alvenaria executada com elementos cerâmicos com auxíliode argamassa. Os tijolos podem ser secos ao sol (adobes) ou fabricados com moldes cozidos.Os primeiros com pequena resistência e os segundos com resistência apreciável. Com largoemprego na Construção Civil, os dois tipos principaisde tijolos são: maciços e furados. Osmaciços são usados em paredes sustentantes, em geral, e os furados em paredes deenchimento ou de vedação, e em paredes sustentantes.
Tipos de paredes de alvenaria de tijolo: DE CUTELO OU DE ESPELHO
Assentamento segundo a espessura e o maior comprimento; executadas com tijolos maciços,ficam com aproximadamente 10 cm de espessura após o revestimento.
PAREDE DE MEIO TIJOLO OU DE MEIA VEZ
Tijolos assentes segundo a sua largura e maior comprimento. Executada com tijolos maciços ecom tijolos furados de 10 x 20 x 20, após o revestimento, ficam com 15 cm de espessura.
PAREDES DE UM TIJOLO OU DE UMA VEZ
Espessura de 20 cm. São empregadas em paredes externas, em geral, em partes desustentação e em muros divisórios.Blocos de concreto: O assentamento dos blocos de concreto é semelhante aos tijoloscerâmicos, difere no entanto na posição dos furos; enquanto nos cerâmicos eles ficam nahorizontal, nos blocos de concreto os furos são na vertical, em consequência, requer maiorcuidado com a argamassa de assentamento para evitar que ela penetre nesses orifícios.
Paredes de vedação de estruturas: Podem ser feitas com tijolos cerâmicos, blocos deconcreto (simples ou celular). O assentamento dos tijolos ou blocos é feito da mesma formadescrita para as paredes de sustentação, no entanto é preciso cuidado com a última fiada, quedeve ficar afastada do fundo da viga de concreto, e o fechamento que só deve ser realizadocerca de 20 dias para que o assentamento dos tijolos se realize completamente com oendurecimento completo da argamassa.O fechamento pode ser feito empregando-se tijolos maciços inclinados e apertados entre aúltima fiada e o fundo da viga. Neste caso, a última fiada deve ter sido interrompida a cerca de20 cm do fundo da viga.
REVESTIMENTOS E ACABAMENTOS
REVESTIMENTOS DE PAREDE
Os revestimentos aplicados sobre as paredes têm finalidade de regularizar as superfícies, proteger contra a ação das intempéries e dar acabamento estético à área.
Conforme o revestimento seja aplicado às paredes externas ou internas, o tratamento exigirámaior ou menor cuidado, tendo em vista que, quando a parede é externa, a ação dasintempéries sol e chuva principalmente, é mais intensa.De modo geral, os revestimentos empregados devem ser resistentes ao choque, ter boaaparência e apresentar certo grau de impermeabilidade.Os tipos de revestimento de paredes são:
Revestimento comum;
Revestimento com pedras naturais;
Revestimento com pedras artificiais;
Revestimento de madeira;
Revestimento metálico;
Revestimentos de plásticos;
Revestimentos com aglomerados.
Aqui serão discutidos os tipos mais importantes. Abaixo, apresentamos cada um:
CHAPISCO
A aplicação do chapisco deve ser obrigatória quando a base é o concreto. Ele é constituído deuma argamassa de cimento e areia grossa, no traço 1:3, podendo ser aplicado manualmenteou mecanicamente. O revestimento somente deve ser aplicado quando o chapisco se tornartão firme que não possa ser removido à mão.
EMBOÇO
É a primeira camada do revestimento. Também chamado de massa ou revestimento grosso,tem cerca de 1,5 cm de espessura. É a camada responsável pelo “desempeno” ou“destorcimento” da parede.
REBOCO
É a segunda camada do revestimento. Chamado também de massa fina, contendo umaespessura aproximada de 0,5 cm. É aplicado após o endurecimento do emboço, devendo asuperfície ser previamente limpa de poeira, de detritos e então molhada.
AZULEJO
É o tipo revestimento tradicionalmente empregado em paredes dos banheiros e cozinhas deuma edificação, dadas as suas características de impermeabilidade e facilidade de limpeza.Existem, no comércio, azulejos brancos, coloridos ou decorados. As dimensões mais usuaissão o de 15 x 15 cm, sendo encontrados no mercado com dimensões maiores. Oassentamento pode ser feito sobre o emboço ou diretamente sobre a parede. A colocaçãonormalmente é feita de baixo para cima, antes da pavimentação. O rejuntamento é feito compasta de cimento branco.
CERÂMICA
Pode ser empregada para revestimentos no interior ou no exterior. A indústria de cerâmicaapresenta um controle de qualidade de seus produtos que transmite confiança em seuemprego, desde que sejam obedecidas as instruções dos fabricantes. A aplicação ésemelhante à dos azulejos.
REVESTIMENTOS DE TETO
Os tetos são as faces superiores internas de um compartimento, e forros são os elementos queconstituem o revestimento de um teto. Nos pavimentos limitados superiormente pelo telhado,podemos ter o teto de telha-vã, quando a estrutura e a cobertura ficam à vista, e o telhadoforrado, quando se coloca um revestimento preso à sua estrutura. O forro é uma estrutura simples, porém merece atenção especial do construtor, quer na razãoda seleção dos materiais quer na técnica de sua execução. Os forros são classificados deacordo com o material de que são construídos: madeira, estuque, gesso, concreto armado,fibra de madeira.
REVESTIMENTOS DE PISO
Define-se como pavimentação uma superfície qualquer, contínua ou descontínua, construídacom a finalidade de permitir trânsito pesado ou leve.Na fase do projeto, é necessário levar em consideração diversos fatores para a escolha dopavimento de um ambiente: compatibilidade, adequação, aspectos psicológicos, economia.As qualidades gerais que se deve exigir de uma pavimentação são: resistir ao desgaste aotrânsito, apresentar atrito necessário ao trânsito, propiciar higiene, economia, fácilconservação, inalterabilidade e decoração ao ambiente.,
ESTRUTURA, SUBESTRUTURAS ECOBERTURAS
Apresentamos os principais materiais a serem utilizadas em estruturas, bem como as suascaracterísticas, vantagens e desvantagens.
ESTRUTURA DE MADEIRA
Estrutura de madeira só é empregada em regiões em que a madeira é abundante e barata ouonde os outros materiais são de difícil aquisição, ou, ainda, quando o arquiteto busca umareprodução de estilo rústico.
Em relação aos outros materiais, a madeira apresenta, sob determinados aspectos, vantagense desvantagens enumeradas a seguir:
Vantagens Baixo peso específico, facilidade de reformas e adaptações, reaproveitamento em caso dedemolição.
Desvantagens Altamente suscetível à deterioração por agentes externos, altamente combustível, exigemanutenção cuidadosa e periódica.
ESTRUTURA DE ALVENARIA
Por esse tipo de estrutura, as alvenarias das paredes têm as funções de resistência e vedação.Cada elemento descarrega os esforços na estrutura que fica imediatamente abaixo e que lheserve de apoio.
ESTRUTURA METÁLICA
O emprego da estrutura metálica nas edificações de alturas elevadas é mais acentuado emfunção do desenvolvimento siderúrgico do país. No Brasil, já existem vários edifíciosconstruídos com estrutura metálica, mas seu emprego tem sido maior em galpões industriais,ginásios esportivos e principalmente em estruturas de coberturas.
ESTRUTURA DE CONCRETO
A superestrutura de concreto é atualmente a de uso mais corrente em edificações. No Brasil, aquase totalidade dos edifícios de alturas elevadas são construídos em concreto armado. Écrescente também o uso de estruturas de concreto protendido, principalmente, quando sedesejam estruturas leves e de grandes vãos. É bastante utilizada na construção de pontes.As razões principais para o uso das estruturas de concreto são:Permitem a execução de grandes peças contínuas.Podem ser moldadas conforme as necessidades.Possuem grande durabilidade.Possuem grande resistência aos agentes destruidores: umidade, fogo, químicos etc.
Apresentam boa impermeabilidade.
São constituídas de materiais de custo relativamente baixo.
Os trabalhos de execução das estruturas de concreto podem ser resumidos em:
Confecção e colocação das formas.
Dobragem e colocação das armaduras.
Concretagem: preparo de concreto, transporte de concreto, lançamento de concreto,adensamento de concreto, cura de concreto.
Retirada das formas
Empregando-se o processo tradicional, a execução de uma construção de concreto armadoconsiste em operações de confecção de formas, dobragem de armaduras e confecção deconcreto no canteiro de obra. Nos grandescentros urbanos há atualmente uma tendência dese prepararem formas, armaduras e concreto em locais afastados do canteiro da obra,principalmente quando a área é reduzida e o vulto da obra exigir.
COBERTURA
A parte superior da construção deve ser capaz de receber água de chuva, neve, geada econduzi-las para o solo. Além disso, a cobertura deve proporcionar certo isolamento térmico afim de que não esquente demais sob o sol.Características desejáveis dos materiais que compõem uma cobertura: impermeabilidade,resistência, inalterabilidade, leveza, secagem rápida, fácil colocação, longa duração, economiade custo, facilidade de manutenção, isolamento ao som, isolamento ao calor.
TELHADO
O telhado é o elemento de uma edificação que tem por objetivo principal protegê-la contra aação de intempéries.A estrutura do telhado é o conjunto dos elementos que suportarão as telhas, o sistema deesgotamento de águas pluviais e sobrecargas que agem sobre ele.
Quando se emprega telha tipo francesa ou canal, a estrutura do telhado é constituída dasseguintes peças:
Tesoura: É uma estrutura de madeira, metálica ou de concreto armado situada em um planovertical, tendo as extremidades repousando nas paredes do edifício ou sobre apoios isolados(Pilares).
Terça: É a viga apoiada nas pernas das tesouras, destinada a transmitir as mesmas cargasque suportam. A terça situada na parte superior da tesoura recebe o nome cumeeira, a que ficana extremidade da tesoura recebe o nome frechal.
Caibro: A peça de madeira de seção retangular que se apoia sobre as terças e sustenta asripas.
Ripa: É a peça de madeira de seção reduzida, destinada a servir de apoio às telhas (francesaou colonial) e transmitir a carga ao caibro.
Contraventamentos: São assim chamadas as peças que compõem um sistema que permitedar rigidez única à estrutura.
Mão francesa: São peças que estão no plano da cumeeira e perpendiculares ao da tesoura.Na maioria dos edifícios em que a laje superior (forno) é de concreto, é empregada a estruturado telhado do tipo pontalete em substituição às tesouras.Consiste em pontaletes que recebem em sua parte superior uma terça e descarregam toda acarga do telhado sobre a laje do forro de concreto armado. Para isso, apoiam-se em peças demadeira de comprimento para melhor distribuição de carga.
O Centro de Estudos da Cultura Indígena foi um projeto pensado para Brasília e datado de 1988 e não executado, quando o arquiteto já defendia a forma que remetesse à habitação indígena, mas com as técnicas construtivas contemporâneas àquele período.
FIGURA 1 – CROQUI, CENTRO DE ESTUDOS DA CULTURA INDÍGENA
O prédio possui um grande salão com 46 metros de comprimento por 16 metros de largura para exposições e outro com as mesmas dimensões para os setores administrativos. Com uma solução estrutural através de tirantes de seis em seis metros, lajes de piso espessas e uma grande viga mestra central, o edifício impressiona com o espaço interno livre e acesso pela lateral de maior dimensão, muito característico na arquitetura indígena.
Uma outra demostração das técnicas construtivas contemporâneas é o Oceanário de Salvador, os autores buscaram conceber um edifício que apresente os principais gru-pos marinhos, configurando-se como um espaço destinado à cultura, ao lazer e a educa-ção ambiental. O Oceanário por sua horizontalidade, independência do si stema es-trutural e fachadas livres lem-bra a arquitetura moderna, na maneira como os apoios e materiais são expostos, tra-zendo elementos da variante brasileira, a escola paulista de Artigas, lançando mão ainda das técnicas construtivas contemporâneas, como o concreto protendido e vidros auto-portantes, além de materiais com alta durabilidade às intem-péries, sobretudo para ambientes marinhos.
O primeiro elemento do sistema estru-tural é o pórtico espacial (1), constituído pela laje de cobertura em concreto protendido, O edifício possui uma assimetria formal marcante, o elemento principal de sua solução é o pórtico espacial, que surge de um prisma re-tangular, uma forma conven-cional. A partir daí fizeram-se um conjunto de retas parale-las, oblíquas e perpendicula-res, gerando um volume ao qual subtraímos do prisma, uma forma subtrativa, che-gando-se então ao volume final do pórtico.
REFERÊNCIAS 
BAUER, L. A. F. Materiais de construção v1. Rio de Janeiro: LTC, 1995.
BAUER, L. A. F. Materiais de construção v2. Rio de Janeiro: LTC, 1995.
ÂNGULO, S. C.; ZORDAN, S. E.; JOHN, V. M. Desenvolvimento sustentável e a reciclagem de resíduos na construção civil. 2001.
Revista Concreto & Construções, Nº 52, 2008.
SALGADO, J. Técnicas e práticas construtivas para edificação. São Paulo: Saraiva,2014.

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