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relatorio geo urbana

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As relações humanas na sociedade capitalista, são fundamentadas sobretudo pelo dinheiro e pela necessidade de se ter mais dinheiro, ou seja, não basta se ter dinheiro, e sim ter dinheiro e com esse capital conseguir produzir mais dinheiro. 
Cada vez mais as relações tornam-se fragmentadas e passam a ser movidas através do tempo imposto pelo relógio e não o tempo da natureza, fazendo que o tempo se torne uma coisa preciosa. 
Ana Fani, nos mostra que em uma sociedade onde as relações são baseadas pelo dinheiro, essa sociedade se adequa com a realidade. Por exemplo os mais ricos geralmente residem em áreas nobres enquanto os menos favorecidos encontram-se na periferia
No Brasil, os direitos de propriedade são constitucionais. A Carta Magna afirma que toda propriedade deve ter uma função social. A área de Campo Magro, que hoje abriga milhares de famílias, foi abandonada há dez anos. Em 2020, já no contexto da epidemia o espaço foi ocupado pela organização do Movimento Popular por Moradia (MPM) e dá esperança a pessoas que não tinham terra nem dinheiro para arrendar uma casa. A comunidade Nova Esperança se destaca como uma ocupação ecológica de ações sustentáveis ​​convivendo com o meio ambiente, mas hoje também faz parte das ocupações do Paraná, onde a ameaça de despejo ameaça a permanência de mais de mil famílias.
As primeiras famílias chegaram a esta área em 25 de maio de 2020, sob a égide do Movimento Popular por Moradia (MPM). No início, as pessoas eram alojadas em uma determinada área, dentro de barracões que hoje contam com salas de aula, biblioteca e padaria. Cerca de uma semana depois, a fiscalização do trabalho começou a distribuir lotes para todas as famílias cadastradas.
Sabendo que a região seguia leis de preservação ambiental, as lideranças se prontificaram de não destruir vegetações nativas e importantes para o ecossistema do município. Para algumas dessas lideranças, ocupar em terreno ambiental era uma experiência nova. Coube ao MPM e a esses líderes, a missão de informar e regrar os novos moradores sobre uma forma sustentável de se ocupar. 
No Brasil, o número de pessoas que não têm um lugar para chamar de lar vem aumentando ao longo dos anos, principalmente devido aos problemas econômicos agravados pela chegada da covid-19.
Um sentimento de pertencimento é intrínseco a muitos moradores da comunidade. Muitos começaram a construir casas, abrir negócios e considerar este campo como seu novo lar. No entanto, o terreno onde morava a Fazenda Solidária está em meio a um conflito fundiário que não é bom para os moradores.

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