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Planejamento Tributário: Questões Práticas

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Estágio supervisionado de planejamento empresarial e tributário.
UNIDADE 1
Um servidor público recebeu seus vencimentos e notou que, além dos descontos devidos do IRPF, houve mais uma dedução de 6% em razão do mesmo fato gerador. Indignado, recorreu administrativamente contra o desconto adicional sob o fundamento de ter sido imputado por Lei Estadual, para requerer sua restituição, mas o recurso foi indeferido. Dessa forma, o serventuário procura advogado para a devida orientação às questões a seguir:
 	 
a)	O IRPF poderia ser exigido por meio de Lei Estadual?
Não. Dado que o referido tributo é um imposto de competência da União, na forma do Art. 153, inciso III da CF, com os critérios definidos no § 2º, inciso I do mesmo artigo, não cabe ao Estado a sua regulamentação.
 	 
b)	Se o desconto for ilegal, poderá o servidor ajuizar qual medida judicial?
O servidor poderá ajuizar uma ação ordinária de repetição de indébito contra o Estado, com fulcro no artigo 165, inciso I do Código Tributário Nacional, sendo que, a correção tributária incide a partir do pagamento indevido (desconto em folha), e que os Estados e o Distrito Federal são partes legítimas na ação de restituição de imposto de renda retido na fonte proposta por servidores, de acordo com as súmulas 162 e 447 do STJ.
O Imposto Territorial Rural é o tributo devido pelas propriedades rurais. Então, considere que um determinado Município realizando fiscalização (constitucionalmente prevista), cobrou o imposto sobre as propriedades que estavam fora do perímetro urbano. Ocorre que, o Município recebeu 50% desse imposto sobre as propriedades rurais. O ITR é um imposto da União. Logo, responda às questões a seguir:
 	 
a) É devido o Município receber 50% do ITR que é um imposto Federal?
Não, o município deve receber a totalidade do imposto arrecadado.
 	 
b) Em caso negativo, justifique e fundamente sua resposta.
Embora o imposto sobre propriedades territoriais rurais seja de competência da União, os municípios podem optar por sua fiscalização e cobrança, desde que não ocorram reduções do imposto, ou renúncias fiscais, sendo que neste caso lhe cabe a totalidade do referido tributo, de acordo com o artigo 153, VI, e § 4º, e o artigo 158, II, ambos da Constituição Federal.
UNIDADE 2
Considere que o Estado fixou um adicional sobre o IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores) de sua população e, para intui-lo, usou o critério que seria aplicável a todos os veículos que estivessem sem os itens obrigatórios de segurança. Tício recebeu a notificação da cobrança adicional por meio de auto de infração, mas não apresentou defesa, junto ao órgão administrativo. Passados cinco meses, recebeu o mandado de citação de uma Execução Fiscal em razão do não pagamento do tributo adicional.
Analise o enunciado e responda:
 	 
a) O adicional pode ser instituído pelo Estado?
Não. Embora seja da competência dos Estados, e Distrito Federal, o IPVA poderá ter alíquotas diferenciadas em função do tipo e utilização do veículo, conforme o exposto no art. 155, III, e § 6º da Constituição Federal, porém não há previsão legal para adicionais sobre itens de segurança faltantes, já que o artigo 16 do Código Tributário Nacional define que “ Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte”.
b) Tício possui alguma defesa cabível nessa Execução?
Não é possível opor embargos sem garantia do juízo (Lei 6830), para tanto, a doutrina criou instrumento de defesa intitulado "exceção de pré-executividade", aceito pelos Tribunais quando a matéria dispense dilação probatória e possa ser conhecida de ofício. Considerando que Tício possui todos os documentos para defesa, poderá opor a exceção.
Mévio viajou com sua família para o exterior em 2018 e, no retorno, decidiu importar peças para seu veículo, pois como seu automóvel era de procedência daquele país, entendeu que ficaria mais barato para possíveis reparos ou substituições. Nesse sentido, entenda que Mévio irá utilizar as peças em seu veículo, ou seja, é consumidor final dos produtos.
Atenção: observe o posicionamento dos Tribunais.
Responda:
 	 
a) Qual imposto será cobrado para a importação?
Será cobrado o imposto de importação, na forma do art. 153, inciso I da Constituição Federal.
b) Há algum outro imposto que seja devido?
Sim. A importação realizada por pessoa física constitui fato gerador do ICMS, na forma do Art. 155, § 2º, inciso IX, alínea "a" da Constituição Federal.	
UNIDADE 3
O ISS (Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza) incide sobre os fatos geradores dessa natureza. Então, uma empresa presta serviços em Municípios diferentes e não recolhe esse tributo. É notificada pela cobrança administrativa pelos dois Municípios.
Responda:
 	 
a) Para qual Município deverá ser pago o ISS?
A regra é de que o imposto deverá ser pago ao município onde foi prestado o serviço, porém, há exceções, e o tributo é arrecadado conforme a natureza do serviço prestado. O art. 3º da Lei Complementar 116/2003 diz que “O serviço se considera prestado, e o imposto, devido, no local do estabelecimento prestador ou, na falta do estabelecimento, no local do domicílio do prestador, exceto nas hipóteses previstas nos incisos I a XXV, quando o imposto será devido no local”. O rol de serviços excluídos da tributação no local de execução do serviço está expresso taxativamente nos já citados incisos, sendo que os parágrafos do mesmo artigo estabelecem mais definições.
b) Ajuizada a medida consignatória, os Municípios poderão ajuizar a Execução Fiscal? 
Não, pois o ajuizamento da ação suspende a exigibilidade conforme Art. 151 do CTN.
Em 2015, uma empresa identificou que havia débito em seu IR em razão de receitas não declaradas referente ao ano de 2013. Preocupada com a repercussão dessa diferença, fez a declaração retificadora e pagou o valor com o acréscimo de juros e correção monetária. Ocorre que a União identificou o pagamento pela retificadora e notificou a empresa sobre o pagamento da multa pelo atraso e incluiu o lançamento sobre o exercício do ano de 2009, que também não havia sido pago pela empresa.
Responda:
 	 
a) A união poderia incluir o lançamento do exercício de 2009?
Não, pois o direito da Fazenda Pública extinguir o crédito tributário se extingue após 5 anos, conforme os arts. 173 e 174 do CTN. 
	 
b) É devida a cobrança da multa?
Não, pois como houve a denúncia espontânea, é devido apenas o pagamento do tributo devido, acrescido de juros de mora, conforme o art. 138 do Código Tributário Nacional.
UNIDADE 4
O Banco DB ajuizou Ação de Execução na Comarca de Ourinhos-PR em face da empresa JJ Couros, em razão do inadimplemento de contrato de empréstimo no valor de R$ 100.000,00 (cem mil reais), cujo pagamento seria efetuado em 10 parcelas de R$10.500,00 ( dez mil e quinhentos reais), já acrescido de juros. A empresa quitou apenas 02 parcelas do contrato. Antes da audiência foi decretada a falência da empresa JJ Couros na Comarca de Curitiba-PR.
 	 
a) Com a decretação da falência, como fica a tramitação da Ação de Execução? Justifique a sua resposta.
a) Com a decretação da falência forma-se a massa falida, ou seja, o conjunto de bens arrecadados do devedor com a admissão de todos os credores no processo da falência, que concorrerão em ordem concursal conforme o art. 83 da Lei 11.101/2002 – Lei de Falências. Todas as ações terão prosseguimento com o administrador judicial, que deverá ser intimado para representar a massa falida. A decretação de falência determina o vencimento antecipado de todas as dívidas dos devedores e dos sócios ilimitada e solidariamente, lembrando que a decisão que decreta a falência da sociedade com sócio ilimitadamente responsáveis também acarreta a falência destes, conforme o exposto nos artigos 75 a 82 da Lei 11.101/2002 – Lei de Falências.
Nas relações empresariais que decorrem de negócios jurídicos bilaterais, em que uma empresa adquire produtos para sua produção de outrasociedade empresária que é fornecedora, a primeira contrata empresa de transportes terrestres para a entrega dos produtos adquiridos. Ocorre que, por conta de razões alheias à vontade da transportadora, os produtos foram entregues fora do prazo contratado, fato que causou prejuízos à empresa compradora, pois atrasou todo seu processo de produção.
 	 
a) Identifique que tipo de relação jurídica que se estabeleceu entre comprador e fornecedor.
 	 Uma relação de compra e venda, apenas, sem responsabilidade de entrega por parte do fornecedor, conforme o estabelecido nos artigos 481 a 532 do Código Civil.
b) A empresa de transporte possui algum tipo de responsabilidade perante as partes contratantes?
	A responsabilidade civil no transporte de cargas e mercadorias está disciplinada na Lei nº 10.406/2002, o Código Civil brasileiro, que entende que a responsabilidade do transportador deve ser limitada ao valor da “coisa” transportada, a empresa responsável pela entrega da mercadoria deve conduzi-la ao destino sem avarias, por isso a responsabilidade se inicia com a coleta do objeto e termina com a sua entrega.
Por isso, podemos concluir que surge o dever do transportador em cuidar da carga até o momento da entrega, sob pena de ser responsabilizado pelos danos de perda ou avaria.
Além disso, em 2007, o Brasil sancionou a Lei 11.442, que trata especificamente do transporte de cargas e mercadorias por meio das rodovias e, além de outras disposições sobre o tema, traz aspectos sobre a responsabilidade do transportador, e estabelece que a responsabilidade do transportador se estende às ações ou omissões dos seus empregados ou terceiros contratados e subcontratados, contudo, caberá ação regressiva contra os terceiros para que seja ressarcido o valor da indenização.

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