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Pessoas Naturais - Direito Civil - Parte Geral - Concurso Público

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Direito Civil 
Parte Geral - Das Pessoas Naturais 
 
 
1. Capacidade de direito (art. 1º do CC) 
Toda pessoa é capaz de direitos e deveres (não de assumir obrigações e 
responsabilidades). 
 
2. Início da personalidade civil da pessoa natural (= capacidade de direito) (art. 
2º do CC) 
Segundo o Código Civil, a personalidade civil começa do nascimento com vida. 
A Lei põe a salvo os direitos do nascituro, desde a concepção. 
 
3. Capacidade civil plena (capacidade de fato + capacidade de direito) (art. 3º 
do CC) 
São plenamente capazes para contrair obrigações e praticar todos os atos da 
vida civil, pessoalmente, aqueles que não são relativa ou absolutamente incapazes. 
Em regra, todos os maiores de 18 anos. 
 
4. Absolutamente incapazes (Só existe um caso! art. 3º do CC) 
➢ Menores de 16 anos (Critério etário apenas) 
São absolutamente incapazes de exercer quaisquer atos da vida civil. 
Sobre o autor 
 
Carlos Eduardo Ferreira de Souza 
Carioca, aquariano e advogado 
É Mestre em Direito pela PUC-RIO, 
Bacharel em Direito pela UFRJ, 
Professor convidado na FGV, no IBMEC, na ESA-OAB, no CERS e no Curso Fórum 
Possui artigos publicados, reconhecimento de dignidade acadêmica pela UFRJ e indicação ao 
Prêmio San Tiago Dantas 
 
5. Relativamente incapazes (cinco possibilidade, previstas em quatro incisos) 
(art. 4º do CC) 
A incapacidade é apenas para certos atos ou para maneiras de exercê-los: 
➢ Maior de 16 e menor de 18 anos 
➢ Ébrios habituais 
➢ Viciados em tóxicos 
➢ Que, por causa permanente ou transitória, não puderem exprimir a vontade 
➢ Pródigos 
E os indígenas? A capacidade deve ser regulada por legislação especial. 
 
6. Maioridade civil (art. 5º do CC) 
➢ Regra: 18 anos completos 
➢ Emancipação (cessa a incapacidade civil do menor) (parágrafo único): 
a) Concessão dos pais (inciso I, primeira parte): 
i. 16 anos completos 
ii. Ambos os pais, salvo na falta do outro ou perda do poder família 
iii. Instrumento público, independentemente de homologação judicial 
b) Sentença judicial (inciso I, segunda parte) 
i. 16 anos completos 
ii. Apenas em caso de tutor (não os pais) 
iii. Tutor será ouvido – quem concede é o Estado-juiz, não o tutor. 
c) Casamento (inciso II) 
d) Exercício de emprego público EFETIVO (inciso III) 
e) Colação de grau em ENSINO SUPERIOR (inciso IV) 
f) Estabelecimento civil ou comercial ou relação de emprego + ECONOMIA 
PRÓPRIA em função dele (inciso V) 
 
7. Término da personalidade civil da pessoa natural (art. 6º do CC) 
➢ Morte! 
o Natural 
o Presumida, nos casos de ausência (com ou sem decretação). 
 
 
8. Morte presumida sem decretação de ausência (art. 7º do CC) 
a) Autoriza a sucessão definitiva 
b) Hipóteses: 
i. Extremamente provável + perigo de vida (exemplo: acidente de avião) 
ii. Desaparecido em campanha ou feito prisioneiro + não for encontrado 
até 2 anos após o fim da guerra 
c) Requisitos: 
i. Preenchimento de hipótese; 
ii. Esgotamento das buscas e averiguações; 
iii. Sentença judicial 
d) Data do falecimento: 
i. Data provável do falecimento, fixada em sentença judicial. 
 
9. Morte presumida com decretação de ausência (art. 22 a 39 do CC) 
PARA ENTENDER 
Desaparecimento sem notícias > Interessado ou MP requer curadoria dos bens > 1 
ano (sem representante) ou 3 anos (com representante > Sucessão provisória > 
vale 180 dias depois, mas a abertura do inventário ou testamento é imediata > Se 
ninguém pedir a sucessão provisória, o MP pedirá > Sem herdeiros ou interessados, 
segue como herança jacente > Com herdeiros, imissão na posse > Garantias, 
quando for o caso > Rendimentos > Restituição, quando for o caso > 
 
9.1. Curadoria dos bens do ausente (arts. 22 a 25 do CC) 
a) Consiste na nomeação de um curador. O juiz irá nomeá-lo e definir os poderes e 
obrigações. 
b) Requisitos: 
i. Desaparecimento de uma pessoa de seu domicílio 
ii. Ausência de notícias 
iii. Ausência de representante ou procurador. É possível que tenha deixado 
mandatário, mas este não possa ou não queira exercer o mandato ou os 
poderes sejam insuficientes. 
 
iv. Declaração judicial, mediante requerimento, do interessado ou do Ministério 
Público 
c) Ordem de nomeação: 
i. Cônjuge, quando não separado judicialmente ou de fato por mais de 2 
anos 
ii. Pais 
iii. Descendentes: mais próximo precede mais remoto (filho > neto > 
bisneto) 
iv. Não havendo essas categorias ou se elas forem impedidas: cabe ao juiz 
a escolha do curador. 
 
9.2. Sucessão provisória (arts. 26 a 36 do CC – maior número de detalhes) 
a) Quando ocorre: 
a. Se deixou representante ou procurador: 3 ano, a contar da arrecadação 
dos bens. 
b. Se não deixou representante ou procurar: 1 ano, a contar da 
arrecadação dos bens. 
b) É necessário requerimento do interessado! Quem é interessado? 
a. Cônjuge não separado judicialmente 
b. Herdeiros presumidos, legítimos ou necessários 
c. Aqueles que possuem direitos sobre bens do ausente, que dependam 
de sua morte (ex. usufrutuário). 
d. Credores de obrigações vencidas e não pagas 
e. Caso não haja, cabe ao Ministério Público. 
c) Quando a sentença passa a valer? 
a. Produção de efeitos: 180 dias após a publicação. 
b. O que acontece logo após o trânsito em julgado? 
i. Abertura do testamento, inventário e partilha como se o ausente 
fosse falecido. 
c. Não comparecendo herdeiro ou interessado para requerer o inventário até 
30 dias depois do trânsito em julgado da sentença que determina a 
sucessão provisória, a arrecadação seguirá os trâmites da herança jacente. 
 
d. Antes da partilha e quando julgar conveniente, o juiz pode converter 
bens móveis (ex. determinar venda) em bens imóveis ou títulos garantidos 
pela União. (objetivo é preservar bens que podem se deteriorar). 
e. Se durante a sucessão provisória ficar comprovada a data exata do 
falecimento do ausente, a sucessão se considerará aberta naquela data, 
em favor dos herdeiros. 
d) Imissão na posse: 
a. Herdeiros devem oferecer garantia de restituição, equivalente ao quinhão. 
i. Se o herdeiro não puder oferecer garantia? Não terá imissão na 
posse e o administrador (i) permanece o curador ou (ii) passa a ser 
outro herdeiro, designado pelo juiz, que possa dar garantias. 
b. Exceções: 
i. Ascendentes, Descendentes ou Cônjuge, se herdeiros, não 
precisam oferecer garantia. 
c. É possível alienar ou hipotecar os bens? 
i. Regra: NÃO! 
ii. Exceções: 
1. Desapropriação 
2. Quando o juiz ordenar, para evitar ruína 
d. Aquele que se imitir na posse representará ativa e passivamente o ausente 
nas ações pendentes e futuras. 
e. Se o ausente aparece durante a posse provisória: cessam TODOS OS 
EFEITOS da posse, mas quem se imitiu permanece obrigado a tomar 
medidas assecuratórias até a entrega dos bens ao dono. 
e) Frutos e rendimentos: 
a. Ascendentes, Descendentes e Cônjuges que forem sucessores 
provisórios: fazem direito a tudo que lhes couberem. 
b. Demais sucessores: ficam com metade e devem capitalizar a outra 
metade (imóveis ou títulos garantidos pela União). 
i. O Ministério Público precisa concordar 
ii. Deve prestar contas ao juiz 
iii. Se o ausente aparecer: 
1. Ausência voluntária e injustificada: perde a metade que lhe 
cabia. 
 
2. Ausência involuntária e justificada: recupera a metade 
capitalizada. 
c. Herdeiro que não prestou garantia: pode requerer a metade dos 
rendimentos a que faz direito, justificando a falta de meios para garantia. 
 
9.3. Sucessão definitiva 
a) Quando pode ser requerida pelos interessados? 
a. Regra: 10 anos a contar do trânsito em julgado da sentença que 
determinou a sucessão provisória. 
b. Exceção: 5 anos a contar das últimas notícias do ausente, se provado 
que tem 80 anos. 
b) Se o ausente ou algum descendente ou ascendente regressar depois da 
abertura da sucessão definitiva? 
a. Até 10 anos após: recebem (i) os bens no estado em que se acharem; 
(ii) os bens sub-rogados; (iii)o preço que os herdeiros ou interessados 
houverem recebido pelos bens alienados. 
c) Se o ausente não regressa e nenhum interessado promove a sucessão: 
passa para Município ou Distrito Federal onde se encontre. 
a. Se estiver em território? Passa para União. 
 
10. Comoriência 
➢ Se duas ou mais pessoas falecem na mesma ocasião e não há como averiguar 
se houve falecimento anterior: presumem-se mortos simultaneamente. 
 
11. Registro e averbação 
a) São registrados em registro público: 
➢ Nascimento 
➢ Casamento 
➢ Óbito 
➢ Emancipação voluntária ou judicial 
➢ Interdição por incapacidade absoluta ou relativa: NÃO EXISTE MAIS 
INTERDIÇÃO POR INCAPACIDADE ABSOLUTA, que somente se aplica ao 
 
menor de 16 anos (critério etário)! Todo restante é incapacidade relativa. STJ 
decidiu que idoso com Alzheimer era relativamente incapaz, reformando 
acórdão do TJSP. 
➢ Sentença declaratória de morte ou ausência. 
 
b) São averbados em registro público: 
➢ Questões ligadas a casamento: nulidade, anulação, divórcio, separação 
judicial, restabelecimento de sociedade conjugal. 
➢ Questões ligadas a declaração ou reconhecimento de filiação.

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