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Direito Administrativo p/ agente da Polícia Federal– Teoria e exercícios comentados Prof Daniel Mesquita – Aula 01 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 36. Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita AULA 01: Organização administrativa da União; administração direta e indireta SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO À AULA 01 1 2. ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DIRETA E INDIRETA. 2 2.1. INTRODUÇÃO 2 2.2. PRINCÍPIOS 7 2.3. ENTIDADES DA ADMINISTRAÇÃO INDIRETA 8 2.3.1. AUTARQUIAS 8 2.3.2. FUNDAÇÕES PÚBLICAS (GOVERNAMENTAIS) 13 2.3.3. EMPRESAS PÚBLICAS 14 2.3.4. SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTA 16 2.3.5. AGÊNCIAS REGULADORAS, AGÊNCIAS EXECUTIVAS E CONSÓRCIOS PÚBLICOS 18 2.4. TERCEIRO SETOR 22 3. RESUMO DA AULA 27 4. QUESTÕES 31 5. REFERÊNCIAS 35 1. Introdução à aula 01 Que bom que você veio para nossa aula de direito administrativo, do curso preparatório para o concurso da Polícia Federal, para os cargos de Agente e Escrivão. Você não vai se arrepender, este curso será de fundamental importância para a sua aprovação. Seguiremos com a análise de diversas questões que já caíram em concursos anteriores do CESPE. Direito Administrativo p/ agente da Polícia Federal– Teoria e exercícios comentados Prof Daniel Mesquita – Aula 01 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 2 de 36. Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita Nesta aula, abordaremos um dos pontos mais importantes de todo edital: “3 Organização administrativa da União; administração direta e indireta”. Não se esqueça que, ao final, você terá um resumo da aula e as questões tratadas ao longo dela. Use esses dois pontos da aula na véspera da prova! Num concurso como este, a matéria é muito extensa. Não há como você ler a matéria hoje e apreender tudo até no dia da prova. Por isso, programe-se para ler os resumos na semana que antecede a prova. Lembre-se: o planejamento é fundamental. Chega de papo, vamos a luta! 2. Administração Pública direta e indireta. 2.1. Introdução Vimos na aula passada que a Administração Pública pode ser definida em seu sentido amplo e em seu sentido estrito. Em sentido amplo, na lição de Di Pietro (2009, p. 54), a Administração Pública se subdivide em órgãos governamentais e órgãos administrativos (sentido subjetivo) e função política e administrativa (sentido objetivo). Em sentido estrito, a Administração Pública é subdividida nas pessoas jurídicas, órgãos e agentes públicos que exercem funções administrativas (sentido subjetivo) e na atividade exercida por esses entes (sentido objetivo). Nesta aula, estudaremos a Administração Pública em seu sentido subjetivo, ou seja, quais institutos que movimentam a atividade administrativa. Afinal de contas, o que são órgãos? O que é uma autarquia? Qual a diferença entre empresa pública e sociedade de economia mista? Direito Administrativo p/ agente da Polícia Federal– Teoria e exercícios comentados Prof Daniel Mesquita – Aula 01 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 3 de 36. Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita Dos elementos que compõem o sentido subjetivo da Administração Pública, só será excluído do objeto desta aula o estudo dos agentes públicos. O estudo da Administração Púbica direta e indireta se inicia com a seguinte pergunta: se o Estado brasileiro é um só, por que exitem vários órgãos, entes públicos e empresas na execução e no comando da coisa pública? Isso ocorre porque não há como um só órgão, por exemplo, a Presidência da República, promover a execução de todos os contratos, serviços públicos, atividades econômicas de interesse público existentes no país, de norte a sul. Para que seja possível executar bem as atividades inerentes ao Estado, deve haver uma repartição de atribuições e a divisão de competências entre os gestores. Já na Roma antiga se dizia: divide e governa. Daí, encontramos duas palavras chaves e importantíssimas para o seu concurso: Descentralização ocorre quando o ente político – União, Estados, DF ou Municípios - desempenha algumas de suas funções por meio de outras pessoas jurídicas. A descentralização pressupõe duas pessoas jurídicas distintas: o Estado e a entidade que executará o serviço, por ter recebido do Estado essa atribuição. Quando o Estado cria uma autarquia, confere a ela a competência de organizar a previdência social do país, há descentralização. A descentralização administrativa pode ser promovida por meio de outorga ou de delegação. Na outorga (também chamada de descentralização administrativa funcional ou por serviços), o Estado cria uma entidade e a ela transfere, mediante previsão em lei, a titularidade e a execução de DESCENTRALIZAÇÃO E DESCONCENTRAÇÃO Direito Administrativo p/ agente da Polícia Federal– Teoria e exercícios comentados Prof Daniel Mesquita – Aula 01 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 4 de 36. Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita determinado serviço público. A nova entidade passa a ter capacidade de autoadministração e patrimônio próprio. Normalmente é conferida por prazo indeterminado. É o que ocorre com as entidades da Administração Indireta – autarquias, fundações, empresas públicas e sociedades de economia mista – que são criadas com o fim específico de prestação de determinado serviço (capacidade específica, decorrente do princípio da especialidade, que será tratado abaixo). Na delegação (também chamada de descentralização administrativa por colaboração), o Estado transfere, por contrato ou ato unilateral, unicamente a execução do serviço, para que o ente delegado o preste ao público em seu próprio nome e por sua conta e risco, sob fiscalização estatal. A delegação é normalmente efetivada por prazo determinado. É o que ocorre nos contratos de concessão e permissão, em que o Estado transfere ao concessionário ou ao permissionário apenas a execução temporária de determinado serviço. Há também a descentralização administrativa territorial que se verifica quando uma entidade local, geograficamente delimitada, é dotada de personalidade jurídica própria, de direito público. Exemplo: as autarquias territoriais – os Territórios Federais; não há nenhum estabelecido atualmente; Desconcentração, por sua vez, é a reorganização administrativa interna, dentro de uma pessoa jurídica. Constitui uma redistribuição interna de competências. Pode ocorrer na Administração Direta e na Indireta. É o que ocorre, por exemplo, quando a União distribui as atribuições de sua competência a órgãos de sua própria estrutura, tais como Ministério da Educação, Presidência da República, Casa Civil, Ministério da Defesa, etc; ou quando uma autarquia – por exemplo o INSS – estabelece uma divisão interna de funções, criando, por exemplo, gerências executivas, gerências regionais, etc. Direito Administrativo p/ agente da Polícia Federal– Teoria e exercícios comentados Prof Daniel Mesquita – Aula 01 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 5 de 36. Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita Assim, temos os seguintes exemplos: Descentralização: Desconcentração: O estudo da desconcentração não fica completo se não falarmos dos órgãos. Órgãos são centros internos de competência administrativa e não possuem personalidade jurídica própria. Eles são integrantes de pessoas jurídicas de direito público (União, INSS, INCRA, PETROBRÁS etc.). Estas últimas sim possuem personalidade jurídica própria. No organograma do Ministério da Agricultura acima, cada quadradinho representa um órgão do Ministério. Constatado que o órgão nãotem personalidade jurídica, entende- se que um órgão, via de regra, não pode formular pedido perante a PETROBRÁS IBAMA UNIÃO INSS Direito Administrativo p/ agente da Polícia Federal– Teoria e exercícios comentados Prof Daniel Mesquita – Aula 01 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 6 de 36. Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita Justiça em nome próprio. Ele deve atuar em nome da pessoa jurídica de direito público a qual integra, ou seja, se o carro da Secretaria de Saúde do Rio de Janeiro bate em um particular, quem vai atuar perante o Judiciário é o Estado do Rio de Janeiro e não a Secretaria de Saúde. A atuação do órgão, nesse sentido, é imputada à pessoa jurídica a cuja estrutura ele pertence (teoria do órgão). Mas quem cria o órgão? A autoridade superior? A lei? Nos termos do art. 84, VI, “a”, da Constituição Federal: Ou seja, a estruturação e as atribuições dos órgãos poderão ser disciplinadas por meio de decreto do Chefe do Executivo, desde que não haja aumento de despesas nem sua criação ou extinção. Assim, a autoridade não pode criar ou extinguir um órgão. Quem faz isso, cria ou extingue órgão, é a lei. É o Poder Legislativo quem edita a lei que cria ou extingue um órgão. A única participação que o chefe do Poder Executivo (Presidente, Governador ou Prefeito) tem numa lei que cria ou extingue órgãos do Poder Executivo é enviar o projeto à Câmara ou à Assembléia Legislativa. Nesses casos, só o chefe do Poder Executivo tem a iniciativa de encaminhar o projeto de lei, conforme o art. 61, § 1º, II, “e”, da CF: CUIDADO: Não confunda descentralização e desconcentração administrativa com descentralização do Estado federativo. As duas primeiras são as que vimos acima, decorrem da subdivisão de atribuições que ocorre na Administração Pública. Já a desconcentração do Estado federativo é a divisão do Estado em entidades políticas. É o a) organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos; (Incluída pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001) e) criação e extinção de Ministérios e órgãos da administração pública, observado o disposto no art. 84, VI (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001) http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc32.htm#art84vi http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc32.htm#art61iie http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc32.htm#art61iie Direito Administrativo p/ agente da Polícia Federal– Teoria e exercícios comentados Prof Daniel Mesquita – Aula 01 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 7 de 36. Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita que ocorre no Brasil: a República (Brasil) se dividiu em vários estados federados (RJ, SP, MG, GO, BA etc.). 2.2. Princípios Neste tópico é importante ter em mente que os princípios gerais da Administração são aplicáveis também no estudo da Administração direta e indireta. Contudo, há enfoques específicos desses princípios na estruturação da Administração direta e indireta e há princípios exclusivos no estudo desse ponto do direito administrativo. Vamos à análise. Princípio da legalidade: aqui, esse princípio tem a importante função de dizer que “somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação” (redação do art. 37, XIX, da Constituição – CF); Amigos, MUITA ATENÇÃO para esse dispositivo constitucional. Os examinadores gostam de cobrá-lo. Se você realmente quer passar nesse concurso, não se esqueça do seguinte: (a) só “lei específica” cria autarquia; (b) só lei específica “autoriza a instituição” de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação; (c) a “lei complementar” define as áreas de atuação das fundações. Você verá abaixo que a lei não cria empresa pública, de sociedade de economia mista e fundação. O ato que cria essas entidades é o registro de seus atos constitutivos (contratos sociais, estatutos sociais etc.) na repartição competente (cartório, junta comercial etc.). Ainda sobre a autorização legislativa, se, por exemplo, o Banco do Brasil quiser criar uma empresa subsidiária (= o Banco do Brasil vai participar da composição societária dessa empresa, mas será outra Direito Administrativo p/ agente da Polícia Federal– Teoria e exercícios comentados Prof Daniel Mesquita – Aula 01 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 8 de 36. Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita pessoa jurídica vinculada ao BB) administradora de cartões de crédito, por exemplo, deverá haver uma lei específica autorizando a criação dessa empresa subsidiária. Princípio da especialidade: a entidade da administração indireta possui uma competência específica. Não é possível, por exemplo, O INSS se encarregar de construir estradas. São entidades com personalidade própria, patrimônio próprio, auto-administração e capacidade específica para executar determinado fim do Estado. Princípio do controle ou tutela: a entidade da administração indireta é vinculada ao ente político que a instituiu. O INSS (autarquia), por exemplo, é vinculado ao Ministério da Previdência (órgão da União). É vinculação e não subordinação hierárquica. Isso quer dizer que não pode haver ingerência do órgão instituidor nos serviços da entidade, a menos que haja previsão legal ou caso esteja havendo descumprimento de suas atividades legais. No âmbito federal, o DL 200/67 chama o princípio do controle/tutela de supervisão ministerial. 2.3. Entidades da Administração Indireta De acordo com o DL 200/1967, a Administração Indireta é composta das seguintes entidades: autarquias, fundações públicas, empresas públicas e sociedades de economia mista. OLHO ABERTO! Agora apresentaremos as principais características de cada uma delas. 2.3.1. Autarquias As autarquias, como vimos acima, são criadas por lei específica. A lei simplesmente diz: “está criada a ANATEL”, por exemplo. Direito Administrativo p/ agente da Polícia Federal– Teoria e exercícios comentados Prof Daniel Mesquita – Aula 01 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 9 de 36. Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita Normalmente, a lei já informa a qual Ministério estará a autarquia vinculada (supervisão ministerial). Muitas vezes, a lei também informa que a autarquia terá independência administrativa e autonomia financeira. As autarquias exercem atividades administrativas típicas do Estado: INSS (previdência), DETRAN (trânsito), CADE (defesa da concorrência), CVM (bolsa de valores), etc. Elas têm personalidade jurídica de direito público. Por serem regidas pelo direito público e por prestarem atividades típicas do Estado, as autarquias gozam de prerrogativas (ou de atributos especiais) assim como a União, os estados-membros e os municípios. E quais prerrogativas seriam essas? Dentre elas, destacamos: os seus atos administrativos gozam da presunção de legitimidade e veracidade (aprofundaremos nesse tema na aula de atos administrativos); os seus bens são inalienáveis (a princípio), imprescritíveis (são insuscetíveis de usucapião) e impenhoráveis (quando uma autarquia perde uma ação na justiça ela vai fazer o pagamento do devido por precatório); gozam de imunidade de impostos (art. 150, VI, “a” e § 2º, da Consitituição). prazos processuais inerentes à Fazenda Pública; possibilidade de alteração unilateral dos contratos celebrados; pode requisitar bens de particulares; poder de promover desapropriações; seus bens não podem ser penhorados Em contrapartida, como a Administração Pública se submete a controle e aos princípios mencionados na aula passada, as autarquias sofrem as mesmas restrições tipicas daquele que cuida da coisa pública. E quais seriam as principais restrições? Direito Administrativo p/ agente da Polícia Federal– Teoria e exercícios comentados Prof Daniel Mesquita – Aula 01 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 10 de 36. Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita as autarquias devem realizar concurso público para poderem contratar servidores para cargos efetivos (servidor estatutário); só podem adquirir bens ou serviços se realizarem licitação, nos termos da Lei nº 8.666/93; submetem-se ao controle dos tribunais de contas. A prescrição das dívidas que uma autarquia porventura tenha perante outrem ocorre em 5 anos (art. 1º do Decreto 20.910/52). E os conselhos profissionais, como o CRM, o COFITO, o CREA? O que eles são, autarquias ou pessoas jurídicas de direito privado? Os conselhos profissionais são autarquias, chamados de autarquias corporativas. Isso porque, eles são criados por lei e têm por função fiscalizar as profissões. Exercem atividades de tributação e outras típicas de poder de polícia (como aplicar multas), que só podem ser executadas pelo Estado. Em regra, as autarquias corporativas se inserem na Administração Indireta e, por isso, se submetem ao controle do TCU. Entretanto, a OAB é exceção a essa regra. O Supremo Tribunal Federal (órgão máximo do Poder Judiciário brasileiro) decidiu que a OAB não faz parte do que se entende por “autarquias especiais” e, por isso, não se submete ao controle do TCU (julgamento da ADIN 3.026). 1) CESPE - 2009 - OAB - Exame de Ordem Unificado: Julgue os itens subsequentes em Certo e Errado, relativos à organização e estruturação da administração pública. I Uma lei que reestruture a carreira de determinada categoria de servidores públicos pode também dispor acerca da criação de uma autarquia. II O controle das entidades que compõem a administração indireta Questões de concurso http://www.questoesdeconcursos.com.br/provas/cespe-2009-oab-exame-de-ordem-unificado-1-primeira-fase Direito Administrativo p/ agente da Polícia Federal– Teoria e exercícios comentados Prof Daniel Mesquita – Aula 01 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 11 de 36. Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita da União é feito pela sistemática da supervisão ministerial. III As autarquias podem ter personalidade jurídica de direito privado. IV As autarquias têm prerrogativas típicas das pessoas jurídicas de direito público, entre as quais se inclui a de serem seus débitos apurados judicialmente executados pelo sistema de precatórios. O item I dessa questão está errado, pois a lei que cria a autarquia deve ser específica, ou seja, deve tratar apenas da autarquia. O item III também está errado, pois as autarquias têm personalidade jurídica de direito público. Temos por correto os itens II e IV, pois o sistema de precatório é o meio de execução de uma dívida que a Constituição confere ao poder público perante o Judiciário (art. 100). O credor fica em uma fila de pagamentos, até chegar a sua ordem cronológica. Não há como penhorar bens do poder público para saldar a dívida. 2) Prova: CESPE - 2007 - TCU - Técnico de Controle Externo: A administração direta é o conjunto de órgãos que integram a União e exercem seus poderes e competências de modo centralizado, ao passo que a administração indireta é formada pelo conjunto de pessoas administrativas, como autarquias e empresas públicas, que exercem suas atividades de forma descentralizada. Nessa questão, temos que Administração Direta é composta pelos órgãos que estão ligados diretamente ao poder central, seja federal estadual ou municipal, quais sejam: os próprios organismos dirigentes, seus ministérios e secretarias. Administração Indireta, por sua vez, é composta por entidades que foram criadas com personalidade jurídica própria para realizar atividades de Governo que necessitam ser desenvolvidas de forma descentralizada, sendo elas as autarquias, fundações, empresas http://www.questoesdeconcursos.com.br/provas/cespe-2007-tcu-tecnico-de-controle-externo Direito Administrativo p/ agente da Polícia Federal– Teoria e exercícios comentados Prof Daniel Mesquita – Aula 01 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 12 de 36. Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita públicas e sociedades de economia mista, as quais se somam as participações societárias em entidades privadas. Logo o item está certo. 3) Prova: CESPE - 2011 - MMA - Analista Ambiental - II: Acerca de direito administrativo e constitucional, julgue o item abaixo. No âmbito da União, a administração direta compreende os serviços integrados na estrutura administrativa da Presidência da República e dos respectivos ministérios, enquanto a administração indireta é exercida por entidades dotadas de personalidade jurídica própria. Cuidado com a malícia dessa questão. O examinador não quis traçar toda a composição da Administração Direta no âmbito da União. Citou apenas a Presidência da República e seus Ministérios, a título de exemplo. A questão não afirma de forma exaustiva, mas exemplificativa quais são os órgãos que compõem a estrutura da Administração Direta no âmbito da União. Portanto a questão está corretíssima! 4) CESPE - 2008 - MPE-RR - Analista de Sistemas: Órgão público pode ser definido como pessoa jurídica de natureza pública, dotada de personalidade jurídica própria e com atribuições para atuar em prol do interesse público. Segundo a doutrinadora Maria Sylvia Zanella Di Prieto: órgão público é "uma unidade que congrega atribuições exercidas pelos agentes públicos que o integram com o objetivo de expressar a vontade do Estado”. O órgão público não tem personalidade jurídica própria. Logo a questão está errada. http://www.questoesdeconcursos.com.br/provas/cespe-2011-mma-analista-ambiental-ii http://questoesdeconcursos.com.br/provas/cespe-2008-mpe-rr-analista-de-sistemas Direito Administrativo p/ agente da Polícia Federal– Teoria e exercícios comentados Prof Daniel Mesquita – Aula 01 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 13 de 36. Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita 5) CESPE - 2007 - TCU - Técnico de Controle Externo: Para a criação de uma autarquia, é exigido o registro do seu estatuto em cartório competente. Como vimos acima, a edição da lei é o que cria a autarquia, não havendo a necessidade de qualquer ato complementar de registro em cartórios. Por isso, item errado 6) CESPE - 2010 - INSS - Engenheiro Civil: A autarquia age por delegação. Conforme observamos, a autarquia surge da ideia de outorga e não de delegação, pois é na primeira em que ocorre a descentralização administrativa, quando o Estado cria uma entidade e a ela transfere, mediante previsão em lei, a titularidade e a execução de determinado serviço público. Por isso, o item está errado. 2.3.2. Fundações públicas (governamentais) As fundações são entidades (=possuem personalidade jurídica própria, ao contrário dos órgãos) que não possuem fins lucrativos, exercendo atividades de fim social: religiosos, morais, culturais ou de assistência. Elas podem ser de direito público ou de direito privado. Se a fundação é de direito público, ela é chamada de “autarquia fundacional” ou “fundação autárquica”. Nesse caso elas possuem características idênticas às autarquias.E se ela for de direito privado? Existe fundação de direito privado criada pelo Estado? Existe sim. Se tiver personalidade de direito privado, a fundação continua com todas as restrições impostas às autarquias e às fundações Direito Administrativo p/ agente da Polícia Federal– Teoria e exercícios comentados Prof Daniel Mesquita – Aula 01 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 14 de 36. Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita de personalidade jurídica de direito público (obrigatoriedade de licitação e de concurso público, controle pelo tribunal de contas etc.), mas não possuem as prerrogativas das fundações autárquicas. 2.3.3. Empresas Públicas As empresas públicas têm personalidade jurídica de direito privado. Como assim, professor? O Estado cria uma empresa privada? Isso mesmo, a Constituição autoriza o Estado a criar uma empresa privada para exercer atividade econômica relevante. Será relevante a atividade que seja “necessária aos imperativos da segurança nacional ou a relevante interesse coletivo”. Veja a redação dos arts. 173, § 1º, e 175 da CF: Assim, entende-se que o Estado pode criar empresas públicas para dois propósitos: (a) promover atividades econômicas ou (b) prestar serviços públicos. Só será permitida a criação se a atividade da empresa for de relevante interesse coletivo ou necessária à segurança nacional. Como vimos acima, a lei específica autoriza a criação das empresas públicas, quem cria, efetivamente, é o registro dos atos de criação da empresa no órgão competente (cartório ou junta comercial). Aqui você já deve SEPARAR O JOIO DO TRIGO! Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de atividade econômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da segurança nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei. § 1º A lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de economia mista e de suas subsidiárias que explorem atividade econômica de produção ou comercialização de bens ou de prestação de serviços, dispondo sobre: Art. 175. Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, sempre através de licitação, a prestação de serviços públicos. Direito Administrativo p/ agente da Polícia Federal– Teoria e exercícios comentados Prof Daniel Mesquita – Aula 01 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 15 de 36. Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita Se o examinador quiser complicar um pouco a sua situação, ele vai explorar esse ponto da matéria. Por isso, OLHO ABERTO! As regras aplicáveis às empresas públicas que prestam serviço público são diferentes das regras aplicáveis àquelas que exercem atividade econômica. Isso porque, as que prestam serviço público atuam em substituição ao Estado para fornecer uma conveniência diretamente à população. Já as que exercem atividade econômica não podem ter prerrogativas de Estado, pois atuam num ambiente de concorrência com outras empresas. Por isso que a Constituição determina que “as empresas públicas e as sociedades de economia mista não poderão gozar de privilégios fiscais (=imunidade tributária) não extensivos às do setor privado”. Além disso, os seus bens são penhoráveis na justiça, a responsabilidade civil é subjetiva, assim como ocorre nas relações entre particulares, contratam bens e serviços por licitação apenas se relacionados à atividade meio (de movimentação da máquina interna) – não há licitação para os bens relacionados à atividade fim da empresa (Ex: não se pode exigir que a CAIXA venda um pacote de serviços bancários por meio de licitação). Os dois grupos (as que prestam serviço público e as que exercem atividade econômica), entretanto, possuem características comuns, mais especificamente, restrições comuns: Devem contratar mediante concurso público (normalmente pelo regime celetista); Licitação obrigatória (salvo para a atividade fim das que atuam em atividade econômica); Se submetem a controle pelos tribunais de contas e pela Administração Direta; Não se sujeitam à falência; Direito Administrativo p/ agente da Polícia Federal– Teoria e exercícios comentados Prof Daniel Mesquita – Aula 01 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 16 de 36. Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita Podem responder mandado de segurança quando o ato praticado pelo gestor da empresa envolver atos de administração interna (=atividade meio), como, por exemplo, o diretor da empresa pública age ilegalmente ao realizar uma licitação para comprar material de escritório ou ao contratar empregados. Por outro lado, não cabe mandado de segurança contra os atos de gestão comercial (=atividade fim) praticados pelos administradores de empresas públicas. As empresas públicas da União respondem ações judiciais na Justiça Federal. 2.3.4. Sociedades de Economia Mista As sociedades de economia mista (SEM) também são empresas privadas criadas pelo Estado. Também devem ser criadas para exercer atividade econômica ou prestar serviço público de relevante interesse social ou relacionado à segurança nacional. O regime jurídico aplicado para cada um dos dois grupos (atividade e serviço) também é diferenciado. Também são criadas ante a existência de autorização legal e para os fins definidos (princípio da especialidade). Também se submetem a controle do ente que o criou e do tribunal de contas. Também contratam sob o regime celetista. Se até aqui tudo é igual, quais são as diferenças entre as SEM e as empresas públicas? MUITA ATENÇÃO!!! Você não vai escorregar nessa! Ao contrário das empresas públicas – que podem ser constituídas sob qualquer forma admitida no direito comercial – as SEM devem ser constituidas sempre sob a forma de uma sociedade anônima (=SA). Outra diferença com relação às empresas públicas é que o capital que constitui a empresa é misto: parte do poder público, parte da Direito Administrativo p/ agente da Polícia Federal– Teoria e exercícios comentados Prof Daniel Mesquita – Aula 01 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 17 de 36. Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita iniciativa privada. Entretanto, a Administração Pública tem que ter a maioria do capital votante, ou seja, deve ter o controle acionário. A terceira importante diferença é que, mesmo as SEM da União respondem por ações judiciais na justiça comum estadual. Há outra particularidade, mas especificamente com relação às licitações da Petrobrás, que presta atividade econômica. Ela deve comprar bens e serviços relativos à atividade meio mediante licitação, mas a lei lhe autorizou a utilizar uma licitação diferenciada, mais branda, e o STF entendeu que essa previsão legal está correta. 7) CESPE - 2008 - PGE-ES - Procurador de Estado: A única diferença entre sociedade de economia mista e empresa pública é a composição do capital. 8) CESPE - 2009 - OAB - Exame de Ordem Unificado: Os órgãos públicos não são dotados de personalidade jurídica própria. 9) Prova: CESPE - 2010 - TRE-BA - Analista Judiciário - Taquigrafia: Do ponto de vista orgânico, o TRE integra a administração pública indireta. 10) Prova: CESPE - 2008 - PC-TO - Delegado de Polícia: As instituições públicas de crédito, a exemplo do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal, fazem parte da administração indireta, por serem todas sociedades de economia mista. Depois de estudar fica fácil, não é? Por óbvio a assertiva da questão da PGE-ES está errada, pois a sociedade de economia mista responde judicialmenteperante a justiça comum estadual e não perante a justiça federal. Questões de concurso http://www.questoesdeconcursos.com.br/provas/cespe-2008-pge-es-procurador-de-estado http://www.questoesdeconcursos.com.br/provas/cespe-2009-oab-exame-de-ordem-unificado-2-primeira-fase http://www.questoesdeconcursos.com.br/provas/cespe-2010-tre-ba-analista-judiciario-taquigrafia http://www.questoesdeconcursos.com.br/provas/cespe-2010-tre-ba-analista-judiciario-taquigrafia http://www.questoesdeconcursos.com.br/provas/cespe-2008-pc-to-delegado-de-policia Direito Administrativo p/ agente da Polícia Federal– Teoria e exercícios comentados Prof Daniel Mesquita – Aula 01 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 18 de 36. Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita Com relação à questão 8, ela está correta, pois os órgãos não têm personalidade jurídica própria. Na questão 9, o TRE é órgão do Judiciário. Logo, não possui personalidade jurídica, que é característica primordial da administração indireta. Assim, a questão está errada. Cuidado com a questão 10, as empresas indicadas fazem parte da Administração Pública Indireta, são empresas estatais e são pessoas jurídicas de direito privado. O Banco do Brasil é uma sociedade de economia mista, mas a Caixa Econômica Federal é uma empresa pública. Logo, a questão está errada. 2.3.5. Agências reguladoras, agências executivas e consórcios públicos Uai, professor, não eram só quatro os entes que fazem parte da Administração Indireta? É, de acordo com o DL 200, sim. Entretanto, esse DL é de 1967. De lá pra cá muita coisa mudou. Várias leis recentes criaram outras entidades da Administração Indireta. Dentre elas, temos: agências reguladoras, agências executivas e consórcios públicos. As agências reguladoras vieram do direito norte-americano e foram criadas com o objetivo de dar uma maior independência a essas entidades frente ao Poder Executivo. A diretoria de uma agência reguladora, por exemplo, não é colocada e tirada pelo Presidente ou por um Ministro na hora em que eles bem entedem. A diretoria deve cumprir um mandato fixo, previsto em lei. Além disso, ao contrário dos demais entes da Administração Indireta, a agência reguladora tem as funções regulatória, normativa e, muitas das vezes, fiscalizadora. As agências atuam disciplinando e fiscalizando determinados setores da economia e de serviços públicos. A Direito Administrativo p/ agente da Polícia Federal– Teoria e exercícios comentados Prof Daniel Mesquita – Aula 01 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 19 de 36. Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita ANATEL atua na telecomunicação. A ANEEL no setor de energia elétrica. A ANS no de planos de saúde. Elas editam normas que determinam a melhor forma de aplicar as leis, diante da alta complexidade técnica de determinadas atividades, e também, na maioria das vezes, exercem o poder de polícia para aplicar multa, suspender concessões etc. daqueles que descumprem as leis e resoluções. Há também as agências reguladoras que servem para fomentar deteminada atividade de interesse social, como a ANCINE, que busca incentivar o cinema nacional. Alguns doutrinadores (minoria) não consideram que as agências reguladoras são um quinto ente da Administração Indireta, pois elas são consideradas como “autarquias em regime jurídico especial”. As agência executiva, por sua vez, é a qualificação dada à autarquia, fundação pública ou órgão da administração direta que celebre contrato de gestão com o próprio ente político com o qual está vinculado. Atuam no setor onde predominam atividades que por sua natureza não podem ser delegadas à instituições não estatais, como fiscalização, exercício do poder de polícia, regulação, fomento, segurança interna etc. O reconhecimento como agência executiva não muda, nem cria outra figura jurídica. É como conferir um “selo de qualidade” a um ente que já exite. Segundo Maria Sylvia Zanella di Pietro, "Em regra, não se trata de entidade instituída com a denominação de agência executiva. Trata-se de entidade preexistente (autarquia ou fundação governamental) que, uma vez preenchidos os requisitos legais, recebe a qualificação de agência executiva, podendo perdê-la se deixar de atender aos mesmos requisitos.” No estudo da agência executiva, vale a leitura do art. 51 da Lei 9.649/98: http://pt.wikipedia.org/wiki/Autarquia http://pt.wikipedia.org/wiki/Administra%C3%A7%C3%A3o http://pt.wikipedia.org/wiki/Maria_Sylvia_Zanella_di_Pietro Direito Administrativo p/ agente da Polícia Federal– Teoria e exercícios comentados Prof Daniel Mesquita – Aula 01 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 20 de 36. Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita Os consórcios públicos, por fim, estão regulados pela Lei 11.107/05. Eles são a constituição, por entidades políticas (União, Estados, DF e Municípios), de um ente com personalidade jurídica própria, para promover a gestão associada de serviços públicos. As entidades políticas interessadas em participar de um consórcio público para executar determinado serviço público devem aprovar uma lei interna que as autorizem a integrar o consórcio. Nos consórcios públicos há dois contratos: o contrato de rateio e o contrato de programa. O primeiro disciplina a forma dos repasses de recursos de cada um dos entes que compõe o consórcio. O segundo disciplina como será prestado o serviço público (obrigações de cada ente, forma de prestação, hipóteses de extinção etc.) Atenção para o quadro resumo: Agências reguladoras Agência executiva Consórcios públicos Criadas com o objetivo de dar uma maior independência a essas entidades frente ao Poder Executivo. Tem as funções regulatória, normativa e, muitas das vezes, fiscalizadora de É a qualificação dada à autarquia, fundação pública ou órgão da administração direta que celebre contrato de gestão com o próprio ente político com o qual está vinculado. São a constituição, por entidades políticas (União, Estados, DF e Municípios), de um ente com personalidade jurídica própria, para promover a gestão associada de serviços Art. 51. O Poder Executivo poderá qualificar como Agência Executiva a autarquia ou fundação que tenha cumprido os seguintes requisitos: I - ter um plano estratégico de reestruturação e de desenvolvimento institucional em andamento; II - ter celebrado Contrato de Gestão com o respectivo Ministério supervisor. § 1º A qualificação como Agência Executiva será feita em ato do Presidente da República. § 2º O Poder Executivo editará medidas de organização administrativa específicas para as Agências Executivas, visando assegurar a sua autonomia de gestão, bem como a disponibilidade de recursos orçamentários e financeiros para o cumprimento dos objetivos e metas definidos nos Contratos de Gestão. http://pt.wikipedia.org/wiki/Autarquia http://pt.wikipedia.org/wiki/Administra%C3%A7%C3%A3o Direito Administrativo p/ agente da Polícia Federal– Teoria e exercícios comentados Prof Daniel Mesquita – Aula 01 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 21 de 36. Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita setores da economia e de serviços públicos. públicos. Celebram contrato de rateio e contrato de programa. 11) CESPE - 2009 - IBRAM-DF - Advogado: Uma autarquia pode ser qualificada como agência executiva desde que estabeleça contrato de gestão com o ministério supervisor e tenha também plano estratégico de reestruturação e de desenvolvimento institucional em andamento. 12) CESPE - 2011 - IFB - Professor - Direito: A Ordem dos Advogadosdo Brasil, na qualidade de autarquia profissional, não integra a administração indireta e não se submete ao controle do Tribunal de Contas da União. 13) CESPE - 2011 - TRF - 5ª REGIÃO – Juiz: É característica da natureza de autarquia especial conferida à Agência Nacional de Energia Elétrica, agência reguladora criada pelo Estado brasileiro, a) a contratação de servidores não concursados para atribuições efetivas. b) a independência administrativa. c) o mandato variável de seus dirigentes. d) a exoneração sumária de seus dirigentes. e) a vinculação financeira a órgãos da administração direta. Basta ler o art. 51 da Lei nº 9.649/98 para constatar que o item 11 está correto. Nessa segunda questão, o CESPE induz ao erro quando coloca "na qualidade de autarquia profissional". Por decisão do STF, estabeleceu-se Questões de concurso http://www.questoesdeconcursos.com.br/provas/cespe-2009-ibram-df-advogado http://www.questoesdeconcursos.com.br/provas/cespe-2011-ifb-professor-direito Direito Administrativo p/ agente da Polícia Federal– Teoria e exercícios comentados Prof Daniel Mesquita – Aula 01 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 22 de 36. Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita que a OAB é uma ENTIDADE ímpar, "sui generis", é um serviço público independente e não é passível de enquadramento em nenhuma categoria regular prevista em nosso ordenamento. A OAB não está sujeita a controle da Administração, nem a qualquer das suas partes está vinculada. A questão está certa. Por fim, com relação à questão 13, o item “a” está errado, pois as agências reguladoras devem contratar por meio de concurso público para o provimento de cargos efetivos. O item “c” está errado, pois o mandato dos dirigentes das agências reguladoras tem prazo certo, fixado em lei. O item “d”, por sua vez está erado, pois a regra nas agências é a estabilidade dos dirigentes. O item “e” está errado, pois as agências reguladoras gozam de autonomia financeira. Assim, o item “b” é o correto, pois essas agências gozam da independência administrativa com relação à administração direta, uma vez que se caracteriza como um órgão técnico, que regulamenta serviços públicos essenciais. Nesse sentido, o art. 8º, § 2º, da Lei nº 9.472/97: Chegamos ao fim da Administração Indireta, propriamente dita, mas não ao final desse tema do direito administrativo. Passemos agora para o terceiro setor. 2.4. Terceiro Setor Deixamos de lado agora as entidades que integram a Administração Pública para tratar das entidades não estatais, mas que prestam apoio ao Estado, exercendo atividades de utilidade pública. Não desanime! Estamos caminhando para o fim desse capítulo da aula. "A natureza de autarquia especial conferida à Agência é caracterizada por independência administrativa, ausência de subordinação hierárquica, mandato fixo e estabilidade de seus dirigentes e autonomia financeira" Direito Administrativo p/ agente da Polícia Federal– Teoria e exercícios comentados Prof Daniel Mesquita – Aula 01 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 23 de 36. Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita As entidades do terceiro setor têm personalidade jurídica de direito privado, não têm fins lucrativos e são geridas por pessoas da sociedade civil (não há gestão estatal). São as famosas ONGs. Elas não fazem parte do 1º setor – público – nem do 2º setor – privado. São de natureza híbrida, por isso são chamadas de terceiro setor. Dentre essas entidades, destacam-se: Sistema S, Organizações Sociais, Oscip, e Entidades de apoio. Vamos à definição de cada uma delas. Numa prova para as carreiras da polícia não se cobra as caracteristicas dessas pessoas jurídicas de forma detalhada. No máximo, o examinador quer saber se você sabe diferenciar os institutos. Então vamos lá. Serviços Sociais Autônomos: é o sistema “S” – Sebrae, Sesi, Sesc, Senac... São criados por lei para exercer atividades de interesse de determinados grupos sociais ou de determinadas categorias profissionais, sem fins lucrativos. Recebem dotações orçamentárias e contribuições parafiscais do Estado para incentivarem (fomento) determinado ramo profissional. Como entidades privadas, não precisam fazer concurso público nem licitação. Todavia, como recebem recursos públicos, devem prestar contas ao TCU. Organizações Sociais (=OS): são ONGs criadas pela sociedade civil, regidas pela Lei nº 9.637/98. Assim como as agências executivas, são uma qualificação das ONGs pelo Poder Executivo. Elas não têm fins lucrativos e exercem atividades dirigidas ao ensino, à pesquisa científica, ao desenvolvimento tecnológico, à proteção e preservação do meio ambiente, à cultura ou à saúde, ou seja, atividades de interesse público. Elas podem recebem auxílio do Poder Público na forma de recursos públicos, na forma de permissão de uso de bens públicos e de cessão de servidores públicos com ônus para a Administração Pública. Direito Administrativo p/ agente da Polícia Federal– Teoria e exercícios comentados Prof Daniel Mesquita – Aula 01 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 24 de 36. Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita Assim como os serviços sociais autônomos, por serem entidades privadas, não precisam fazer concursos públicos e nem licitação para comprar bens e serviços. Por outro lado, por receberem recursos do Estado, devem prestar contas ao respectivo tribunal de contas. Por fim, e o que é novidade: o poder público pode contratar com uma organização social para que esta preste serviço ao Estado sem licitação, esse instrumento se chama contrato de gestão. Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (=OSCIP): são ONGs criadas por iniciativa privada, que obtêm um certificado emitido pelo poder público federal ao comprovar o cumprimento de certos requisitos, especialmente aqueles derivados de normas de transparência administrativa. Regulada pela Lei nº 9.790/99. As OSCIP podem celebrar com o poder público os chamados termos de parceria, com foco no cumprimento de metas e resultados previamente estabelecidos. A Oscip não pode favorecer um determinado grupo social específico, o interesse é público. Não pode estar ligado a partidos políticos, nem a religião, nem a sindicatos, etc. A lei veda, também, que uma OS, cooperativas, fundações públicas e privadas sejam caracterizadas como OSCIP. Para fiscalizar a execução dos serviços prestados, deve haver um conselho fiscal. Não há previsão de cessão de servidores ou de bens públicos, mas pode haver repasse de dinheiro público. Por fim, chegamos ao último conceito! Entidades de apoio: Reguladas pela Lei nº 8.958/94. Atuam na área de pesquisa, desenvolvimento científico e tecnológico. Podem ser fundações, associações e cooperativas. Recebem recursos públicos e podem receber bens e servidores. A Lei nº 8.958/94 acrescentou uma hipótese legal em que não é necessária a realização de licitação: quando o poder público contrata bem ou serviço de instituição brasileira Direito Administrativo p/ agente da Polícia Federal– Teoria e exercícios comentados Prof Daniel Mesquita – Aula 01 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 25 de 36. Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita incumbida regimental ou estatutariamente da pesquisa, do ensino ou do desenvolvimento institucional, ou de instituição dedicada à recuperação social do preso, desde que a contratada detenha inquestionável reputação ético-profissional e não tenha fins lucrativos. Vá para a prova com o seguinte quadro conceitual em mente, lembrando que nenhuma entidade do terceiro setor tem fins lucrativos:14) CESPE - 2007 - TCU - Técnico de Controle Externo: As entidades paraestatais, pessoas jurídicas de direito privado, TERCEIRO SETOR Serviços Sociais Autônomos OS OSCIP Entidades de apoio: Sistema “S”: criados para exercer atividades de interesse de determinados grupos sociais ou categorias profissionais, sem fins lucrativos. Fomento de ramo profissional. É qualificação das ONGs pelo Poder Executivo. Exercem atividades dirigidas ao ensino, à pesquisa científica, ao desenvolvimento tecnológico, à proteção e preservação do meio ambiente, à cultura ou à saúde, ou seja, atividades de interesse público. Celebram contratos de gestão. São ONGs criadas por iniciativa privada, que obtêm um certificado emitido pelo poder público federal ao comprovar o cumprimento de certos requisitos, especialmente aqueles derivados de normas de transparência administrativa. Celebram termos de parceria. Atuam na área de pesquisa, desenvolvimento científico e tecnológico. Dispensa licitação para contratar com o poder público. Questão de concurso http://www.questoesdeconcursos.com.br/provas/cespe-2007-tcu-tecnico-de-controle-externo Direito Administrativo p/ agente da Polícia Federal– Teoria e exercícios comentados Prof Daniel Mesquita – Aula 01 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 26 de 36. Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita não-integrantes da administração direta ou indireta, colaboram para o desempenho do Estado nas atividades de interesse público, de natureza não-lucrativa. 15) CESPE - 2008 - PC-TO - Delegado de Polícia: Embora não integrem a administração indireta, os chamados serviços sociais autônomos prestam relevantes serviços à sociedade brasileira. Entre eles podem ser citados o SESI, o SENAC, o SEBRAE e a OAB. 16) Prova: CESPE - 2011 - IFB - Professor – Direito: As pessoas integrantes da administração indireta podem ser autorizadas e instituídas somente por lei, cujo teor deverá abordar a atividade descentralizada a ser exercida, e serão submetidas ao controle da administração direta da pessoa política a que são vinculadas. 17) Prova: CESPE - 2008 - PC-TO - Delegado de Polícia: Considerando a divisão da administração pública federal em direta e indireta, é correto afirmar que os correios fazem parte da administração direta, por se tratar de empresa pública, sob controle exclusivo da União. Na questão do TCU, a alternativa está correta, conforme abordado no estudo do terceiro setor. Na questão de número 15, o item está errado, pois a OAB não faz parte dos serviços sociais autônomos, mas caracteriza-se como autarquia profissional de regime especial. A questão de número 16 aborda, de um modo geral, todas as pessoas da administração indireta, ou seja, as autarquias, as fundações públicas, as empresas públicas e as sociedades de economia mista. Como se sabe, algumas entidades são criadas (instituídas) por lei específica e outras apenas autorizados a criação por lei específica. O http://www.questoesdeconcursos.com.br/provas/cespe-2008-pc-to-delegado-de-policia http://www.questoesdeconcursos.com.br/provas/cespe-2008-pc-to-delegado-de-policia Direito Administrativo p/ agente da Polícia Federal– Teoria e exercícios comentados Prof Daniel Mesquita – Aula 01 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 27 de 36. Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita item está certo, porque, sem mencionar uma e outra entidades, mencionou que há na administração indireta pessoas que são criadas (instituídas) e "outras" autorizadas a sua criação por lei específica. O examinador não separou uma entidade da outra. Muito cuidado quando houver alguma referencia sobre os Correios. Os Correios são empresa pública, mas têm tratamento próprio da Fazenda Pública. Assim, seus bens são impenhoráveis (conforme ADPF 45), tem imunidade tributária. A questão está errada, porque, mesmo com essas características, os Correios não deixam de integrar a administração indireta. Aqui encerramos o estudo da Administração Direta e Indireta para o concurso de Agente e Escrivão da Polícia Federal. 3. Resumo da aula Descentralização ocorre quando o ente político – União, Estados, DF ou Municípios - desempenha algumas de suas funções por meio de outras pessoas jurídicas. A descentralização pressupõe duas pessoas jurídicas distintas: o Estado e a entidade que executará o serviço, por ter recebido do Estado essa atribuição. A descentralização administrativa pode ser promovida por meio de outorga ou de delegação. Na outorga (também chamada de descentralização administrativa funcional ou por serviços), o Estado cria uma entidade e a ela transfere, mediante previsão em lei, a titularidade e a execução de determinado serviço público. A nova entidade passa a ter capacidade de autoadministração e patrimônio próprio. Normalmente é conferida por prazo indeterminado. Direito Administrativo p/ agente da Polícia Federal– Teoria e exercícios comentados Prof Daniel Mesquita – Aula 01 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 28 de 36. Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita Na delegação (também chamada de descentralização administrativa por colaboração), o Estado transfere, por contrato ou ato unilateral, unicamente a execução do serviço, para que o ente delegado o preste ao público em seu próprio nome e por sua conta e risco, sob fiscalização estatal. É o que ocorre nos contratos de concessão e permissão. Desconcentração, por sua vez, é a reorganização administrativa interna, dentro de uma pessoa jurídica. Constitui uma redistribuição interna de competências. Pode ocorrer na Administração Direta e na Indireta. Órgãos são centros internos de competência administrativa e não possuem personalidade jurídica própria. Nos termos do art. 84, VI, “a”, da Constituição Federal, a estruturação e as atribuições dos órgãos poderão ser disciplinadas por meio de decreto do Chefe do Executivo, desde que não haja aumento de despesas nem sua criação ou extinção. Assim, a autoridade não pode criar ou extinguir um órgão. Quem faz isso, cria ou extingue órgão, é a lei. É o Poder Legislativo quem edita a lei que cria ou extingue um órgão. Princípio da legalidade: aqui, esse princípio tem a importante função de dizer que “somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação” (redação do art. 37, XIX, da Constituição – CF); Princípio da especialidade: a entidade da administração indireta possui uma competência específica. Não é possível, por exemplo, a Polícia Federal construir estradas. São entidades com personalidade própria, patrimônio próprio, Direito Administrativo p/ agente da Polícia Federal– Teoria e exercícios comentados Prof Daniel Mesquita – Aula 01 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 29 de 36. Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita auto-administração e capacidade específica para executar determinado fim do Estado. Princípio do controle ou tutela: a entidade da administração indireta é vinculada ao ente político que a instituiu. O INSS (autarquia), por exemplo, é vinculado ao Ministério da Previdência (órgão da União). É vinculação e não subordinação hierárquica. Isso quer dizer que não pode haver ingerência do órgão instituidor nos serviços da entidade, a menos que haja previsão legal ou caso esteja havendo descumprimento de suas atividades legais. No âmbito federal, oDL 200/67 chama o princípio do controle/tutela de supervisão ministerial. As autarquias exercem atividades administrativas típicas do Estado: INSS (previdência), DETRAN (trânsito), CADE (defesa da concorrência), CVM (bolsa de valores), etc. Elas têm personalidade jurídica de direito público. Por serem regidas pelo direito público e por prestarem atividades típicas do Estado, as autarquias gozam de prerrogativas (ou de atributos especiais) assim como a União, os estados-membros e os municípios. Em contrapartida, como a Administração Pública se submete a controle e aos princípios mencionados na aula passada, as autarquias sofrem as mesmas restrições tipicas daquele que cuida da coisa pública. As fundações são entidades (=possuem personalidade jurídica própria, ao contrário dos órgãos) que não possuem fins lucrativos, exercendo atividades de fim social: religiosos, morais, culturais ou de assistência. A Constituição autoriza o Estado a criar uma empresa privada para exercer atividade econômica relevante. Será relevante a atividade que seja “necessária aos imperativos da segurança nacional ou a relevante interesse coletivo”. Direito Administrativo p/ agente da Polícia Federal– Teoria e exercícios comentados Prof Daniel Mesquita – Aula 01 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 30 de 36. Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita Assim, entende-se que o Estado pode criar empresas públicas para dois propósitos: (a) promover atividades econômicas ou (b) prestar serviços públicos. Só será permitida a criação se a atividade da empresa for de relevante interesse coletivo ou necessária à segurança nacional. As regras aplicáveis às empresas públicas que prestam serviço público são diferentes das regras aplicáveis àquelas que exercem atividade econômica. Ao contrário das empresas públicas – que podem ser constituídas sob qualquer forma admitida no direito comercial – as SEM devem ser constituidas sempre sob a forma de uma sociedade anônima (=SA). Outra diferença com relação às empresas públicas é que o capital que constitui a empresa é misto: parte do poder público, parte da iniciativa privada. Entretanto, a Administração Pública tem que ter a maioria do capital votante, ou seja, deve ter o controle acionário. Por fim, a terceira importante diferença é que, mesmo as SEM da União respondem por ações judiciais na justiça comum estadual. Agências reguladoras Agência executiva Consórcios públicos Criadas com o objetivo de dar uma maior independência a essas entidades frente ao Poder Executivo. Tem as funções regulatória, normativa e, muitas das vezes, fiscalizadora de setores da economia e de serviços públicos. É a qualificação dada à autarquia, fundação pública ou órgão da administração direta que celebre contrato de gestão com o próprio ente político com o qual está vinculado. São a constituição, por entidades políticas (União, Estados, DF e Municípios), de um ente com personalidade jurídica própria, para promover a gestão associada de serviços públicos. Celebram contrato de rateio e contrato de programa. TERCEIRO SETOR Serviços Sociais Autônomos OS OSCIP Entidades de apoio: Sistema “S”: criados para É qualificação das ONGs pelo Poder São ONGs criadas por Atuam na área de pesquisa, http://pt.wikipedia.org/wiki/Autarquia http://pt.wikipedia.org/wiki/Administra%C3%A7%C3%A3o Direito Administrativo p/ agente da Polícia Federal– Teoria e exercícios comentados Prof Daniel Mesquita – Aula 01 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 31 de 36. Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita 4. Questões 1) CESPE - 2009 - OAB - Exame de Ordem Unificado: Julgue os itens subsequentes em Certo e Errado, relativos à organização e estruturação da administração pública. I Uma lei que reestruture a carreira de determinada categoria de servidores públicos pode também dispor acerca da criação de uma autarquia. II O controle das entidades que compõem a administração indireta da União é feito pela sistemática da supervisão ministerial. III As autarquias podem ter personalidade jurídica de direito privado. IV As autarquias têm prerrogativas típicas das pessoas jurídicas de direito público, entre as quais se inclui a de serem seus débitos apurados judicialmente executados pelo sistema de precatórios. exercer atividades de interesse de determinados grupos sociais ou categorias profissionais, sem fins lucrativos. Fomento de ramo profissional. Executivo. Exercem atividades dirigidas ao ensino, à pesquisa científica, ao desenvolvimento tecnológico, à proteção e preservação do meio ambiente, à cultura ou à saúde, ou seja, atividades de interesse público. Celebram contratos de gestão. iniciativa privada, que obtêm um certificado emitido pelo poder público federal ao comprovar o cumprimento de certos requisitos, especialmente aqueles derivados de normas de transparência administrativa. Celebram termos de parceria. desenvolvimento científico e tecnológico. Dispensa licitação para contratar com o poder público. http://www.questoesdeconcursos.com.br/provas/cespe-2009-oab-exame-de-ordem-unificado-1-primeira-fase Direito Administrativo p/ agente da Polícia Federal– Teoria e exercícios comentados Prof Daniel Mesquita – Aula 01 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 32 de 36. Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita 2) Prova: CESPE - 2007 - TCU - Técnico de Controle Externo: A administração direta é o conjunto de órgãos que integram a União e exercem seus poderes e competências de modo centralizado, ao passo que a administração indireta é formada pelo conjunto de pessoas administrativas, como autarquias e empresas públicas, que exercem suas atividades de forma descentralizada. 3) Prova: CESPE - 2011 - MMA - Analista Ambiental - II: Acerca de direito administrativo e constitucional, julgue o item abaixo. No âmbito da União, a administração direta compreende os serviços integrados na estrutura administrativa da Presidência da República e dos respectivos ministérios, enquanto a administração indireta é exercida por entidades dotadas de personalidade jurídica própria. 4) Prova: CESPE - 2008 - MPE-RR - Analista de Sistemas: Órgão público pode ser definido como pessoa jurídica de natureza pública, dotada de personalidade jurídica própria e com atribuições para atuar em prol do interesse público. 5) CESPE - 2007 - TCU - Técnico de Controle Externo: Para a criação de uma autarquia, é exigido o registro do seu estatuto em cartório competente. 6) CESPE - 2010 - INSS - Engenheiro Civil: A autarquia age por delegação. 7) CESPE - 2008 - PGE-ES - Procurador de Estado: A única diferença entre sociedade de economia mista e empresa pública é a composição do capital. http://www.questoesdeconcursos.com.br/provas/cespe-2007-tcu-tecnico-de-controle-externo http://www.questoesdeconcursos.com.br/provas/cespe-2011-mma-analista-ambiental-ii http://questoesdeconcursos.com.br/provas/cespe-2008-mpe-rr-analista-de-sistemas http://www.questoesdeconcursos.com.br/provas/cespe-2008-pge-es-procurador-de-estado Direito Administrativo p/ agente da Polícia Federal– Teoria e exercícios comentados Prof Daniel Mesquita – Aula 01 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 33 de 36. Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita 8) CESPE - 2009 - OAB - Exame de Ordem Unificado: Os órgãos públicos não são dotados de personalidade jurídica própria. 9) Prova: CESPE - 2010 - TRE-BA - Analista Judiciário - Taquigrafia: Do ponto de vistaorgânico, o TRE integra a administração pública indireta. 10) Prova: CESPE - 2008 - PC-TO - Delegado de Polícia: As instituições públicas de crédito, a exemplo do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal, fazem parte da administração indireta, por serem todas sociedades de economia mista. 11) CESPE - 2009 - IBRAM-DF - Advogado: Uma autarquia pode ser qualificada como agência executiva desde que estabeleça contrato de gestão com o ministério supervisor e tenha também plano estratégico de reestruturação e de desenvolvimento institucional em andamento. 12) Prova: CESPE - 2011 - IFB - Professor - Direito: A Ordem dos Advogados do Brasil, na qualidade de autarquia profissional, não integra a administração indireta e não se submete ao controle do Tribunal de Contas da União. 13) CESPE - 2007 - TCU - Técnico de Controle Externo: As entidades paraestatais, pessoas jurídicas de direito privado, não-integrantes da administração direta ou indireta, colaboram para o desempenho do Estado nas atividades de interesse público, de natureza não-lucrativa. 14) CESPE - 2008 - PC-TO - Delegado de Polícia: Embora não integrem a administração indireta, os chamados serviços sociais autônomos prestam relevantes serviços à sociedade brasileira. Entre eles podem ser citados o SESI, o SENAC, o SEBRAE e a OAB. http://www.questoesdeconcursos.com.br/provas/cespe-2009-oab-exame-de-ordem-unificado-2-primeira-fase http://www.questoesdeconcursos.com.br/provas/cespe-2010-tre-ba-analista-judiciario-taquigrafia http://www.questoesdeconcursos.com.br/provas/cespe-2010-tre-ba-analista-judiciario-taquigrafia http://www.questoesdeconcursos.com.br/provas/cespe-2008-pc-to-delegado-de-policia http://www.questoesdeconcursos.com.br/provas/cespe-2009-ibram-df-advogado http://www.questoesdeconcursos.com.br/provas/cespe-2011-ifb-professor-direito http://www.questoesdeconcursos.com.br/provas/cespe-2007-tcu-tecnico-de-controle-externo http://www.questoesdeconcursos.com.br/provas/cespe-2008-pc-to-delegado-de-policia Direito Administrativo p/ agente da Polícia Federal– Teoria e exercícios comentados Prof Daniel Mesquita – Aula 01 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 34 de 36. Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita 15) CESPE - 2011 - TRF - 5ª REGIÃO – Juiz: É característica da natureza de autarquia especial conferida à Agência Nacional de Energia Elétrica, agência reguladora criada pelo Estado brasileiro, a) a contratação de servidores não concursados para atribuições efetivas. b) a independência administrativa. c) o mandato variável de seus dirigentes. d) a exoneração sumária de seus dirigentes. e) a vinculação financeira a órgãos da administração direta. 16) Prova: CESPE - 2011 - IFB - Professor – Direito: As pessoas integrantes da administração indireta podem ser autorizadas e instituídas somente por lei, cujo teor deverá abordar a atividade descentralizada a ser exercida, e serão submetidas ao controle da administração direta da pessoa política a que são vinculadas. 17) Prova: CESPE - 2008 - PC-TO - Delegado de Polícia:Parte superior do formulário Considerando a divisão da administração pública federal em direta e indireta, é correto afirmar que os correios fazem parte da administração direta, por se tratar de empresa pública, sob controle exclusivo da União. Gabarito: 1) I- Errado II- Certo III- Errado IV- Certo 2) Certo 3) Certo 4) Errado 5) Errado 6) Errado http://www.questoesdeconcursos.com.br/provas/cespe-2008-pc-to-delegado-de-policia Direito Administrativo p/ agente da Polícia Federal– Teoria e exercícios comentados Prof Daniel Mesquita – Aula 01 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 35 de 36. Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita 7) Errado 8) Certo 9) Errado 10) Errado 11) Certo 12) Certo 13) B 14) Certo 15) Errado 16) Certo 17) Errado 5. Referências ALEXANDRINO, Marcelo. PAULO, Vicente. Direito Administrativo Descomplicado. 18ª Ed., São Paulo, Método, 2010. BRESSER-PEREIRA, Luiz Carlos. Intervenção no VI Fórum da Reforma do Estado. Rio de Janeiro, 1º. de outubro de 2007. CAETANO, Marcelo. Princípios Fundamentais de Direito Administrativo. Ed. Forense, Rio de Janeiro, 1977. CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo, 13ª Ed., Lumen Juris Editora, Rio de Janeiro, 2005. DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 22ª Ed. Editora Atlas, São Paulo, 2009. GASPARINI, Diogenes. Direito Administrativo, 13ª Ed., Editora Saraiva, São Paulo, 2008. MARINELA, Fernanda. Direito Administrativo, Tomo I, 3ª Edição, Salvador, 2007, Jus Podivm. MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro, 23ª ed., São Paulo: Malheiros Editores, 1998. MELLO, Celso Antônio Bandeira de. Curso de Direito Administrativo, 27ª Ed., Malheiros Editores, São Paulo, 2010. RABELO, Gabriel e MARSULA, Eliane. 1001 Questões Comentadas de Direito Administrativo – ESAF – Ed. Método, 2011. TALAMINI, Daniele Coutinho. Revogação do Ato Administrativo, Malheiros Editores, 2002. Direito Administrativo p/ agente da Polícia Federal– Teoria e exercícios comentados Prof Daniel Mesquita – Aula 01 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 36 de 36. Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita SILVA, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional Positivo – 24ª edição, São Paulo: Malheiros Editores, 2005. ZANCANER, Weida. Da Convalidação e da Invalidação dos Atos Administrativos, 3ª Ed., São Paulo, Malheiros Editores, 2008. ZANNONI, Leandro. Direito Administrativo – Série Advocacia Pública, Vol. 3, Ed. Forense, Rio de Janeiro, Ed. Método, São Paulo, 2011. Informativos de jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, em www.stf.jus.br, e do Superior Tribunal de Justiça, em www.stj.jus.br. http://www.stf.jus.br/ http://www.stj.jus.br/
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