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SISTEMA DE ENSINO
DIREITO 
TRIBUTÁRIO
Obrigação Tributária
Livro Eletrônico
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Obrigação Tributária
DIREITO TRIBUTÁRIO
Diego Degrazia e Lis Ribas
Sumário
Obrigação Tributária ......................................................................................................................................................3
1. Obrigação Tributária ..................................................................................................................................................3
1.1. Hipótese de Incidência Tributária e Fato Gerador .................................................................................3
1.2. Obrigação Tributária Propriamente Dita ...................................................................................................5
1.3. Aspecto Temporal .................................................................................................................................................12
2. Elisão, Evasão e Elusão Fiscal ..........................................................................................................................16
3. Sujeitos: Ativo e Passivo ......................................................................................................................................19
3.1. Sujeito Ativo ..............................................................................................................................................................19
3.2. Sujeito Passivo .......................................................................................................................................................21
4. Domicílio Tributário ................................................................................................................................................31
5. Jurisprudência Selecionada ...............................................................................................................................34
6. Doutrina Selecionada ............................................................................................................................................37
Resumo ...............................................................................................................................................................................40
Questões Comentadas em Aula ............................................................................................................................44
Questões de Concurso ...............................................................................................................................................49
Gabarito ..............................................................................................................................................................................58
Gabarito Comentado ................................................................................................................................................... 59
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Obrigação Tributária
DIREITO TRIBUTÁRIO
Diego Degrazia e Lis Ribas
OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA
Aula 07 – Obrigação Tributária Principal e Acessória. Fato Gerador da Obrigação Tributá-
ria. Sujeição Ativa e Passiva. Solidariedade. Capacidade Tributária. Domicílio Tributário.
1. ObrigaçãO TribuTária
1.1. HipóTese de incidência TribuTária e FaTO geradOr
O Código Tributário Nacional – CTN prevê as normas gerais relativas à matéria tributária, 
e, em seus arts. 113 a 117, dispõe sobre as peculiaridades do fato gerador da obrigação de 
pagar tributo e multa – obrigação principal, e do fato gerador da obrigação de praticar atos que 
auxiliem a Fazenda Pública na arrecadação e na fiscalização tributária – obrigação acessória.
Nesse sentido, o art. 113 do CTN afirma que há 2 (dois) tipos de obrigações tributárias: 
principal e acessória.
Art. 113. A obrigação tributária é principal ou acessória.
Elas surgem em razão da prática do fato gerador das referidas obrigações, conforme pre-
visão legal.
No que se refere à obrigação principal, segundo a dicção do art. 114, o “fato gerador da 
obrigação principal é a situação definida em lei como necessária e suficiente à sua ocorrência”.
Assim, o “fato gerador” da obrigação principal é uma:
a) situação que se relaciona a um fato ou a um conjunto de fatos;
b) situação definida em lei, sujeita ao Princípio da Reserva Legal;
c) situação necessária, de modo que sem o acontecimento da situação prevista em lei não nasce 
a obrigação tributária;
d) situação suficiente, de forma que basta ocorrer a situação para o surgimento da obrigação tri-
butária.
O que isso quer dizer é o seguinte: há uma situação prevista em lei que descreve quando 
deverá ser pago tributo ou penalidade pecuniária.
Na ciência do Direito essa situação é abstrata e deve ser considerada como “hipótese de 
incidência tributária”.
Caso uma pessoa pratique o fato descrito como hipótese de incidência tributária, consta-
ta-se o fenômeno da subsunção tributária e o consequente surgimento da obrigação tributária 
de pagar tributo ou penalidade pecuniária.
Nesse momento, é estabelecido o vínculo obrigacional entre o sujeito passivo (devedor) e 
o sujeito ativo (credor) do crédito tributário.
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Obrigação Tributária
DIREITO TRIBUTÁRIO
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Em síntese, quando a previsão hipotética se realiza na vida real, isto é, no mundo dos fa-
tos, ocorre o “fato gerador”.
É por isso que grande parte da doutrina entende que o termo “fato gerador” imposto pelo 
CTN não é muito adequado para definir, abstratamente, as situações necessárias e suficientes 
para o nascimento da obrigação tributária.
Os doutrinadores entendem que o Código teria sido mais feliz se, em vez de ter utilizado o 
termo “fato gerador” para as situações em abstrato, tivesse se valido da expressão “hipótese 
de incidência”, em atenção à real ordem dos eventos que ensejam a obrigação tributária:
Feitas as devidas considerações, para a sua prova o que importa é você saber que o CTN 
usa o termo “fato gerador” em duas acepções:
i) para se referir ao que a doutrina denomina de “hipótese de incidência”; e
ii) para se referir ao “fato imponível” ou “fato da vida” que ocorre de forma concreta e acar-
reta o surgimento da obrigação tributária.
Assim, utilizando a denominação proposta pela doutrina, podemos dizer que:
1) a hipótese de incidência tributária é definida em lei;
2) a ocorrência do fato imponível (fato gerador), conforme previsão abstrata, faz nascer a 
obrigação tributária principal de pagar tributo e de pagar penalidade pecuniária.
O mesmo raciocínio pode ser utilizado para identificação do surgimento da obrigação aces-
sória, entretanto essa possui algumas peculiaridades:
1) seu “fato gerador” pode ser previsto na legislação tributária (e não somente em lei em 
sentido estrito);
2) seu “fato gerador” é uma obrigação de fazer ou não fazer;
3) seu “fato gerador” não pode configurar uma obrigação principal.
Veja o artigo do CTN:
Art. 115. Fato gerador da obrigação acessória é qualquer situação que, na forma da legislação apli-
cável, impõe a prática ou abstenção de ato que não configure obrigação principal.
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Obrigação Tributária
DIREITO TRIBUTÁRIO
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Em resumo, a materialização das hipóteses de incidência representa a ocorrência do fato 
gerador, o qual faz nascer qualquer uma das espécies de obrigação tributária. Não havendo 
fato gerador, não há obrigação tributária.
1.2. ObrigaçãO TribuTária prOpriamenTe diTa
Como exposto, as relações jurídico-tributárias nascem a partir do momento em que uma 
pessoa pratica o fato previsto em lei, no que se refere à obrigação principal de pagar relativa 
à hipótese de incidência de tributo e multa.
No que se refere à obrigação acessória, a relação jurídico-tributária surge a partir do mo-
mento em que uma pessoa pratica fato previsto na legislação que enseja a obrigatoriedade de 
realizar ou não atos que auxiliem a Fazenda Pública na fiscalização e arrecadação de tributos.
Em resumo, com a ocorrência do fato gerador surge uma relação obrigacional, em que o 
sujeito passivo deve entregar dinheiro ao sujeito ativo, ou em que o sujeito passivo deve fazer 
ou não fazer alguma coisa que não seja pagamento do tributo ou de multa.
Ao praticar o referido fato, chamado pelo legislador de fato gerador, nos termos do caput, 
art. 113, CTN, nasce:
(i) a obrigação tributária principal; e/ou
(ii) a obrigação tributária acessória.
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Obrigação Tributária
DIREITO TRIBUTÁRIO
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001. (CESPE/AUDITOR FISCAL/SEFAZ-AL/2020) No que se refere a legislação tributária, 
obrigação tributária e crédito tributário, julgue o item que se segue.
A obrigação tributária principal corresponde a uma prestação pecuniária que tenha como obje-
to o pagamento de tributo ou de multa por descumprimento da legislação tributária e, diferen-
temente da obrigação acessória, submete-se à reserva de lei em sentido formal.
A obrigação tributária principal refere-se à obrigação de pagar tributo ou multa, em atenção 
à previsão legal, pois essa é matéria reservada à lei em sentido formal, conforme § 1º do art. 
113 do CTN.
Art. 113. A obrigação tributária é principal ou acessória.
§ 1º A obrigação principal surge com a ocorrência do fato gerador, tem por objeto o pagamento de 
tributo ou penalidade pecuniária e extingue-se juntamente com o crédito dela decorrente.
Já a obrigação acessória, refere-se à obrigação de cumprir prestações não-pecuniárias (positi-
vas ou negativas) que auxiliem na fiscalização ou na arrecadação tributária, conforme § 2º do 
art. 113 do CTN.
§ 2º A obrigação acessória decorre da legislação tributária e tem por objeto as prestações, positivas 
ou negativas, nela previstas no interesse da arrecadação ou da fiscalização dos tributos.
Como se vê, a obrigação acessória decorre da legislação tributária, razão pela qual ela não se sub-
mete à reserva de lei em sentido formal, pois pode ser objeto de diversas espécies legislativas.
Certo.
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Obrigação Tributária
DIREITO TRIBUTÁRIO
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002. (ESAF/ANALISTA TÉCNICO DE POLÍTICAS SOCIAIS MPOG/2012) Avalie os itens a se-
guir e assinale a opção correta.
I – A relação jurídico-tributária é, por excelência, uma relação obrigacional, correspondendo a 
um vínculo entre o Estado (sujeito ativo), e as pessoas físicas ou jurídicas (sujeitos passivos) 
obrigadas ao pagamento de tributo ou penalidade.
II – As multas e os juros, bem como o respectivo crédito são considerados como obrigação 
tributária acessória.
III – As obrigações principais existem no interesse da fiscalização ou arrecadação de tributos 
e decorrem da legislação tributária.
a) Somente os itens I e II estão corretos.
b) Os itens I, II e III estão corretos.
c) Somente os itens II e III estão corretos.
d) Somente os itens I e III estão corretos.
e) Somente o item I está correto.
I – Verdadeiro. A relação jurídico-tributária é formada no momento da ocorrência do fato gera-
dor. Na ocasião, surge a obrigação tributária, razão pela qual se pode afirmar que essa é uma 
relação obrigacional, em que há um vínculo entre o Estado (sujeito ativo), e as pessoas físicas 
ou jurídicas (sujeito passivo).
II – Falso. A obrigação acessória é representada por deveres instrumentais que auxiliem o 
Fisco na arrecadação e na fiscalização tributária. A obrigação de pagar multa é uma obrigação 
tributária principal.
III – Falso. São as obrigações acessórias que existem no interesse da fiscalização ou arreca-
dação de tributos e decorrem da legislação tributária.
Letra e.
003. (FUNDATEC/AUDITOR FISCAL DE TRIBUTOS MUNICIPAIS/SANTO AUGUSTO-
-RS/2020) No que se refere à obrigação tributária principal e à obrigação tributária acessória, 
indique a afirmativa INCORRETA.
a) A obrigação acessória tem por objeto as prestações – positivas ou negativas –, nela previs-
tas no interesse da arrecadação ou da fiscalização dos tributos.
b) A obrigação acessória, pelo simples fato da sua inobservância, converte-se em obrigação 
principal relativamente à penalidade pecuniária.
c) A obrigação principal extingue-se juntamente com o crédito dela decorrente.
d) A obrigação principal surge com a ocorrência do fato gerador.
e) A obrigação principal tem por objeto o pagamento do crédito fiscal, desde que este não se 
refira à penalidade pecuniária.
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Obrigação Tributária
DIREITO TRIBUTÁRIO
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a) Certa. Em conformidade com o § 2º art. 113º do CTN:
§ 2º A obrigação acessória decorre da legislação tributária e tem por objeto as prestações, positivas 
ou negativas, nela previstas no interesse da arrecadação ou da fiscalização dos tributos.
b) Certa. Em conformidade com § 3º do art. 113 do CTN. Uma vez descumprida a obrigação 
acessória, ela será convertida em obrigação principal.
Considerando que a obrigação principal representa a obrigação de pagar tributo ou penalidade 
pecuniária, no tocante a essa conversão, afirma-se que ela é principal em relação à penalidade 
pecuniária.
§ 3º A obrigação acessória, pelo simples fato da sua inobservância, converte-se em obrigação prin-
cipal relativamente à penalidade pecuniária.
c) Certa. A obrigação principal se extingue juntamente com a extinção do respectivo crédito 
tributário:
Art. 113. A obrigação tributária é principal ou acessória.
§ 1º A obrigação principal surge com a ocorrência do fato gerador, tem por objeto o pagamento de 
tributo ou penalidade pecuniária e extingue-se juntamente com o crédito dela decorrente.
d) Certa. Nos termos do § 1º, art. 113 do CTN.
e) Errada. A obrigação principal refere-se ao pagamento tanto do tributo como da penalidade 
pecuniária, nos termos do § 1º, art. 113 do CTN.
Letra e.
A obrigação principal, prevista no § 1º, art. 113, CTN, refere-se à obrigação de pagar (i)o 
tributo ou (ii) a penalidade pecuniária, a qual se extingue juntamente com a extinção do crédito 
tributário que dela decorrer:
§ 1º A obrigação principal surge com a ocorrência do fato gerador, tem por objeto o pagamento de 
tributo ou penalidade pecuniária e extingue-se juntamente com o crédito dela decorrente.
Quanto à afirmação de que a obrigação principal se extingue com o crédito dela decorrente, 
ela ficará mais clara na aula que iremos estudar as formas de extinção do crédito tributário.
Por ora, saiba que a formalização da exigência do tributo passa por algumas fases, e que o 
crédito tributário costuma ser constituído em momento posterior ao surgimento da obrigação 
tributária.
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Obrigação Tributária
DIREITO TRIBUTÁRIO
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Uma vez extinto o crédito tributário, nos termos do art. 156 do CTN, considera-se extinta a 
obrigação de pagar o tributo ou a multa.
No tópico precedente, vimos que o art. 114 do CTN prevê que “o fato gerador da obrigação 
principal é a situação definida em lei como necessária e suficiente à sua ocorrência”.
Situação necessária, pois a sua ocorrência, conforme previsão legal, é indispensável para 
que surja a obrigação, e suficiente, pois o seu acontecimento é o bastante para que surja a 
obrigação de pagar tributo ou multa.
Por exemplo, se a lei previr que a propriedade predial e territorial urbana é hipótese de inci-
dência de IPTU, é preciso que haja a referida propriedade para que se constate o fato gerador 
desse imposto, sendo esse fato o suficiente para que o contribuinte o pague.
Tratando da obrigação acessória, conforme par. 2º do art. 113 do CTN, é importante ter em 
mente que a sua previsão pode ser feita por meio de diversas espécies legislativas, pois o le-
gislador afirma que ela decorre da legislação tributária, diferentemente da obrigação principal, 
que deve obrigatoriamente ser prevista em lei:
§ 2º A obrigação acessória decorre da legislação tributária e tem por objeto as prestações, positivas 
ou negativas, nela previstas no interesse da arrecadação ou da fiscalização dos tributos.
São tipos de obrigações acessórias a emissão de documentos e a elaboração de declara-
ções contábeis pelo devedor que auxiliem a Fazenda Pública na identificação de uma situação 
em que há o nascimento da obrigatoriedade de pagar um tributo ou uma penalidade pecuniária.
As prestações positivas, chamadas obrigações de fazer, são reconhecidas facilmente. 
Elas são relativas à obrigatoriedade de escriturar livros contábeis e de emitir notas fiscais, 
por exemplo.
Já as prestações negativas representam a obrigação de não fazer alguma coisa que auxilie 
o Fisco na fiscalização e na arrecadação, como a proibição de comprar produtos de empresas 
que são sejam cadastradas na Secretaria de Fazenda respectiva e a permissão para que ele 
consulte os livros contábeis da empresa.
De forma prática, a obrigação acessória de apresentar Declaração do Imposto sobre a Ren-
da Retido na Fonte relativa ao ano-calendário de 2019 e a situações especiais ocorridas em 
2020 (Dirf 2020) está prevista na Instrução Normativa n. 1.915/2019.
Assim, a hipótese de incidência dessa obrigação tributária está prevista na referida IN. 
Uma vez que o contribuinte ou terceiro obrigado, segundo essa espécie normativa, pratique 
fato que a gere, está obrigado a cumpri-la.
Outra afirmação importante e esclarecedora quanto à obrigação acessória está no art. 115, 
CTN, que prevê que o seu fato gerador é “qualquer situação que, na forma da legislação apli-
cável, impõe a prática ou a abstenção de ato que não configure obrigação principal”.
Segundo essa afirmação, as exigências tributárias que não sejam relativas à obrigação de 
pagar serão consideradas obrigações acessórias.
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DIREITO TRIBUTÁRIO
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Quadro-Esquemático
Obrigação tributária 
principal. Decorre da lei.
Pagamento de tributo ou de 
penalidade pecuniária.
Obrigação tributária 
acessória
decorre da 
legislação
prestações positivas ou 
negativas (fazer ou não fazer 
algo, formalidades) no interesse 
da arrecadação ou da fiscalização 
de tributos.
Além disso, atente-se ao par. 3º, art. 113, CTN. Por meio dele, o legislador faz uma previsão 
importante: ele destaca que a obrigação acessória que não for cumprida será convertida em 
obrigação principal:
§ 3º A obrigação acessória, pelo simples fato da sua inobservância, converte-se em obrigação prin-
cipal relativamente à penalidade pecuniária.
Ocorre que, quando o sujeito passivo não observa as prescrições da legislação tributária 
relativas à obrigação acessória, ele deverá ser penalizado. Até por isso, deverá pagar multa.
Essa multa, por imposição do CTN, converte-se em obrigação principal de pagar penali-
dade pecuniária.
Preste bem atenção nesse ponto. A penalidade pecuniária decorrente da não observância 
de uma obrigação acessória é tratada pelo CTN como sendo obrigação tributária principal.
Lembre-se de que, embora a penalidade pecuniária não seja considerada tributo, já que ele 
não pode ser sanção de ato ilícito, a obrigação de pagá-la nos moldes do CTN nos leva a con-
cluir que essa multa tem natureza tributária.
Com efeito, a autoridade administrativa deve considerar essa inobservância da prestação 
como fato gerador de uma nova obrigação tributária principal relativa à penalidade pecuniária.
Inobstante isso, a obrigação de realizar a conduta descrita na norma que impõe a obriga-
ção acessória permanece.
Não basta pagar a penalidade e deixar de fazer o que está prescrito na legislação, pois a 
obrigação tributária acessória não desaparece.
O que ocorre, como dito, é o surgimento de uma obrigação tributária principal relativa ao 
pagamento de penalidade pecuniária, a qual decorre da inobservância da conduta prevista 
como obrigação acessória.
Como se pode inferir, diversos doutrinadores entendem que nesse ponto o Código não foi 
muito feliz em sua redação. Não é muito preciso falar em efetiva “conversão” da obrigação 
tributária acessória em principal, conforme explicamos. Para fins de prova, no entanto, é impor-
tante que o aluno decore a literalidade do CTN e entenda os conceitos apresentados.
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Obrigação Tributária
DIREITO TRIBUTÁRIO
Diego Degrazia e Lis Ribas
Ainda sobre a obrigação acessória, mesmo que o contribuinte seja isento ou imune ao pa-
gamento de determinado tributo, ele será obrigado a cumpri-la.
Nesse sentido, diferentemente do Direito Civil, a obrigação acessória é autônoma em re-
lação à obrigação principal.
004. (CESPE/AUDITOR FISCAL/SEFAZ-AL/2020) No que se refere a legislação tributária, 
obrigação tributária e crédito tributário, julgue o item que se segue.
No âmbito do direito tributário, prevalece a máxima civilista de que o acessório segue o princi-
pal, de tal forma que a extinção da obrigação principal implica a extinção da obrigação acessó-
ria, dada a relação desubordinação existente entre elas.
Como vimos, a obrigação acessória é autônoma em relação à obrigação principal.
Logo, não é possível afirmar que o acessório segue o principal, não havendo subordinação 
entre essas obrigações.
Errado.
005. (ESAF/AUDITOR FISCAL/RFB/2009/ADAPTADA) Sobre a obrigação tributária principal 
e acessória e sobre o fato gerador do tributo, julgue o item a seguir.
A instituição de obrigação acessória, com a finalidade de dar cumprimento à obrigação princi-
pal, deve atenção ao princípio da estrita legalidade.
A obrigação acessória pode ser prevista em diversas espécies normativas, tendo em vista que 
o legislador afirma que ela deve ser objeto de “legislação tributária”. Por isso, a instituição de 
obrigação acessória não deve atenção ao princípio da estrita legalidade.
Errado.
006. (VUNESP/CONTADOR LEGISLATIVO/CM-MAUÁ-SP/2019) São elementos da obriga-
ção tributária:
a) alíquota, governo, fato gerador e objeto.
b) credor, governo, fato gerador e objeto.
c) devedor, sujeito passivo, fato gerador e alíquota.
d) fato gerador, sujeito ativo, sujeito passivo e objeto.
e) governo, contribuinte, alíquota e lucro.
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Obrigação Tributária
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A relação jurídico-tributária é formada no momento da ocorrência do fato gerador, momento 
em que surge a obrigação tributária de pagar ou de cumprir prestações positivas /negativas 
(objeto) por um sujeito passivo a um sujeito ativo.
Letra d.
Outro ponto que você deve prestar atenção diz respeito à diferenciação entre obrigação 
tributária e crédito tributário.
Com a ocorrência do fato gerador, nasce a obrigação tributária e o dever de pagar tributo 
pelo sujeito passivo (contribuinte ou responsável), mas o tributo somente se torna exigível pela 
Fazenda Pública após a constituição do crédito tributário, por meio do lançamento.
No entanto, como já afirmado, embora a obrigação tributária e o crédito tributário não coin-
cidam, coincide o momento da extinção do crédito tributário e da obrigação tributária. Uma vez 
extinto o crédito tributário, considera-se extinta a obrigação tributária.
Lembre, ainda, que caso a legislação dispense o cumprimento da obrigação tributária aces-
sória, essa disposição deve ser interpretada de forma literal:
Art. 111. Interpreta-se literalmente a legislação tributária que disponha sobre:
...
III – dispensa do cumprimento de obrigações tributárias acessórias.
1.3. aspecTO TempOral
Vamos avaliar agora o momento em que se considera ocorrido o fato gerador.
Para que você aprenda a identificar o momento de ocorrência do fato gerador, vamos tratar:
i. da classificação do fato gerador como instantâneo, periódico ou continuado; e
ii. do fato gerador representado por meio de uma situação de fato, ou por meio de uma 
situação jurídica prevista em lei.
Quando o fato gerador de determinado tributo for classificado como instantâneo, afirma-se 
que é no momento da ocorrência do fato típico que surge a obrigação tributária de pagar o 
tributo. É o caso do ITBI: o seu fato gerador é a transmissão de bens imóveis entre vivos, e no 
momento em que a venda é concretizada, por exemplo, nasce a obrigatoriedade de o recolher.
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No que se refere ao fato gerador periódico, consideram-se os fatos típicos ocorridos 
em determinado período de tempo para apuração do tributo devido. É o caso do IR: o seu 
fato gerador é o recebimento de renda pelo empregado, por exemplo, entre 1º de janeiro e 31 
de dezembro.
Já a classificação do fato gerador como continuado, refere-se a hipóteses em que o fato 
gerador do tributo é persistente e constante, e o legislador destaca o momento em que ele 
deve ser recolhido. Por exemplo: o IPVA tem como fato gerador a propriedade de veículo au-
tomotor (que é uma situação constante), e o momento de pagá-lo costuma ser 1º de janeiro 
de cada ano.
Agora, vamos analisar a classificação dos fatos geradores dos tributos considerando se 
ele é uma situação fática ou uma situação jurídica.
O que as diferencia é se o fato típico que gera a obrigação de pagar o tributo refere-se a um 
instituto definido por outro ramo do Direito.
O CTN esclarece que, sendo uma situação fática, será considerado como ocorrido o fato 
gerador desde o momento em que verifiquem as circunstâncias materiais necessárias para 
produção dos efeitos que normalmente lhe são próprios, salvo disposição de lei em contrário 
(inc. I, art. 116, CTN).
Tratando-se de uma situação jurídica, considera-se ocorrido o fato gerador “desde o mo-
mento em que esteja definitivamente constituída, nos termos de direito aplicável”, salvo dis-
posição de lei em contrário (inc. II, art. 116, CTN).
Por exemplo, incide ITBI na transmissão de bens imóveis entre vivos. A transmissão é rea-
lizada nos moldes do Direito Civil, sendo este o ramo responsável por descrever esse instituto. 
Formalizada a transferência, é calculado o referido imposto.
Lembre-se de que, no caso da situação jurídica, é preciso recorrer a outros ramos do Direito 
para identificar o momento em que incide o tributo. Esse é o diferencial.
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E não para por aí, o legislador ainda trata de situações jurídicas condicionais (art. 117, 
CTN), e destaca que há fatos que suspendem ou resolvem determinada situação jurídica en-
sejadora de tributo.
Em outras palavras, o ato/negócio jurídico
(i) que depender de uma condição suspensiva, será considerado perfeito e acabado desde 
o momento em que a condição ocorrer; e
(ii) que depender de uma condição resolutória, será considerado perfeito e acabado desde 
o momento da prática do ato ou da celebração do negócio.
As situações jurídicas condicionais são subordinadas a um evento futuro e incerto.
Essas situações condicionais podem ser de duas espécies: suspensivas ou resolutórias.
• A condição suspensiva é aquela que suspende os efeitos do negócio ou do ato jurídico 
até que o evento futuro ocorra. O negócio jurídico começa sem efeito algum, suspenso, 
mas se no decurso do tempo, ocorrer a condição, ele passa a ter efeitos.
Por exemplo, seu pai promete te dar um apartamento se você passar no concurso.
Passar no concurso é condição suspensiva, ficando o contrato suspenso até que você seja 
aprovado(a).
Assim, no momento em que houver o “implemento da condição” – aprovação, considera-se 
ocorrido o fato gerador, no caso, de ITCD, que é imposto que incide sobre a doação de bens.
• A condição resolutória é aquela que termina com os efeitos do negócio ou ato jurídico 
quando ela ocorre.
Por exemplo, seu pai te dá um apartamento, oportunidade em que incide ITCD, porém ele 
afirma que se você for reprovado no concurso, você terá que o devolver. No desfazimento do 
negócio – devolução – não há incidência do ITCD, novamente.
Nesse sentido, é oportuno lembrar que no casode condições resolutivas, o FG do tributo 
ocorre no momento em que o negócio for celebrado, não ensejando restituição do tributo já 
recolhido.
Resumindo, para a caracterização do aspecto temporal do fato gerador decorrente de uma 
situação jurídica, é necessário saber se esse negócio ou ato jurídico é dependente de alguma 
dessas condições (suspensiva ou resolutória).
Se houver uma condição suspensiva, considera-se o ato ou o negócio perfeito e acabado 
desde o momento de seu implemento.
Se houver uma condição resolutória, considera-se o ato ou o negócio perfeito e acabado 
desde o momento de sua prática ou celebração.
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Ato ou negócio jurídico condicional
Sendo a condição suspensiva
reputam-se perfeitos e acabados 
desde o momento do implemento da 
condição.
Sendo a condição resolutória
reputam-se perfeitos e acabados 
desde o momento da sua prática ou 
celebração.
007. (CESPE/JUIZ ESTADUAL/TJ-PR/2019) Duas pessoas celebraram entre si um contrato 
de prestação de serviço sujeito a uma condição suspensiva. A natureza dessa prestação su-
jeita uma das partes ao pagamento de uma taxa, para a qual não há regramento específico na 
hipótese de negócio jurídico condicional.
Nessa situação, o fato gerador da obrigação tributária principal ocorre no momento
a) da efetiva prestação do serviço.
b) da celebração do negócio jurídico.
c) da prática do ato jurídico condicional.
d) do implemento da condição suspensiva.
A questão trata de situações condicionais, em especial, suspensivas.
Nesse caso, é no momento em que ocorre a condição suspensiva que se considera ocorrido o 
fato gerador da obrigação tributária principal.
Art. 117. Para os efeitos do inciso II do artigo anterior e salvo disposição de lei em contrário, os atos 
ou negócios jurídicos condicionais reputam-se perfeitos e acabados:
I – sendo suspensiva a condição, desde o momento de seu implemento;
II – sendo resolutória a condição, desde o momento da prática do ato ou da celebração do negócio.
Letra d.
Ademais, é importante pontuar que o art. 118 do CTN prevê que a ocorrência do fato gera-
dor deve ser avaliada por si só, independentemente das circunstâncias que o permeiam, impor-
tando para sua constatação tão somente a prática do fato previsto em lei.
Art. 118. A definição legal do fato gerador é interpretada abstraindo-se:
I – da validade jurídica dos atos efetivamente praticados pelos contribuintes, responsáveis, ou ter-
ceiros, bem como da natureza do seu objeto ou dos seus efeitos;
II – dos efeitos dos fatos efetivamente ocorridos.
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Isso quer dizer que, para o surgimento da obrigação tributária, a ocorrência do fato gerador 
é suficiente, não importando se o ato foi praticado por alguém incapaz, por exemplo, ou se de-
corre de um procedimento nulo ou ineficaz.
Se o fato gerador ocorrer, nasce a obrigação tributária.
2. elisãO, evasãO e elusãO Fiscal
A prática de determinados atos a fim de reduzir a carga tributária a ser paga pelo sujeito 
passivo da obrigação tributária, ou a fim de que não haja obrigação de pagar tributo, pode ser 
caracterizada por meio de três institutos: elisão, evasão e elusão fiscal.
Como você verá, eles expressam condutas adotadas pelo sujeito passivo com a intenção 
de se esquivar do pagamento de tributos.
A elisão fiscal é uma forma lícita de reduzir ou extinguir o tributo devido em razão da ocor-
rência de fato gerador. Essa tributação mais favorável ao contribuinte é concretizada por meio 
da elaboração de um planejamento tributário, conforme previsões legais.
Por meio dele, identificam-se, por exemplo, benefícios fiscais que são concedidos a de-
terminados contribuintes. Nesse caso, adotando os procedimentos exigidos pela lei que os 
concedem, a tributação será mais benéfica.
Outro exemplo de elisão fiscal diz respeito ao ICMS. A empresa pode optar por abrir uma 
loja para vender determinados produtos em um estado onde a alíquota do ICMS for menor.
Como é possível perceber, a elisão fiscal é caracterizada antes do fato gerador.
Ocorre que, essa é a regra. A elisão fiscal pode ocorrer também após a ocorrência do 
fato gerador.
Lembre-se do Imposto de Renda. O contribuinte (pessoa física) aufere renda durante deter-
minado ano, e, somente no ano seguinte, no momento da elaboração da declaração, é feito o 
cálculo do IR efetivamente devido pelo contribuinte.
Na ocasião, há a possibilidade de apuração do IR por meio do desconto simplificado (20%) 
ou de deduções legais, podendo o contribuinte, portanto, optar pela tributação mais favorável 
após a ocorrência do fato gerador. Trata-se de uma elisão feita após o FG, perfeitamente legal.
Na elusão fiscal (elisão ineficaz), o contribuinte utiliza formas lícitas para reduzir ou zerar 
a carga trazida. Porém, embora lícitas, não correspondem à realidade dos fatos, sendo fruto 
de um planejamento tributário simulado.
Nesse caso, pode-se afirmar que há abuso das formas pelo contribuinte, que simula uma 
situação, antes ou após o ato gerador.
O Fisco, ao constatar a intenção do contribuinte de manipular os fatos, deve desconside-
rar a dissimulação e cobrar o tributo devido.
Para facilitar sua memorização, pense em “elusão” como uma “ilusão” criada pelo contri-
buinte para pagar menos imposto, feita de forma falsa, ou seja, planejou uma “ilusão”.
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Já a evasão fiscal representa o comportamento ilícito do contribuinte, que tenta omitir da 
Fazenda Pública a real operação, ou até mesmo confundi-la.
Por meio da evasão fiscal, podemos identificar fraude tributária, casos de sonegação fiscal 
ou simulação, que são formas de esconder do Fisco a ocorrência do fato gerador.
Por exemplo, uma empresa vende mercadorias por R$100,00, mas emite nota fiscal de 
R$50,00. Essa atitude acarretará o recolhimento de ICMS a menor.
Garantindo que o contribuinte não utilize meios ardilosos e ilegítimos para apuração do 
tributo devido, o legislador ordinário destacou a seguinte previsão do CTN:
Art. 116, parágrafo único. A autoridade administrativa poderá desconsiderar atos ou negócios jurídi-
cos praticados com a finalidade de dissimular a ocorrência do fato gerador do tributo ou a natureza 
dos elementos constitutivos da obrigação tributária, observados os procedimentos a serem estabe-
lecidos em lei ordinária.
A redação desse dispositivo expressa a conhecida “norma geral antielisão”.
Repare que, embora a norma seja intitulada de “antielisão”, o que ela visa coibir é a elisão 
ineficaz, também chamada de elusão fiscal.
Elisão fiscal Elusão fiscal (elisão ineficaz/ilícita) Evasão fiscal
Planejamento 
tributário lícito.
Simulação de um negócio 
aparentemente lícito. Há 
abuso de formas.
Sonegação fiscal.
008. (VUNESP/CONTADOR/TRANSERP/2019) Trata-se da execuçãode procedimentos, an-
tes do fato gerador, para reduzir, eliminar ou postergar a tipificação da obrigação tributária, 
caracterizando, assim, a legitimidade do planejamento tributário.
a) Evasão fiscal.
b) Guerra fiscal.
c) Elisão fiscal.
d) Renúncia fiscal.
e) Política fiscal.
A elisão fiscal é uma forma lícita de reduzir ou extinguir o tributo devido em razão da ocorrên-
cia de fato gerador, que, em regra, ocorre antes do fato gerador.
Lembre-se de que o planejamento tributário se dá por meio desse instituto.
Letra c.
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009. (ESAF/PROCURADOR/PGFN/2012/ADAPTADA) Sobre o chamado “abuso de formas”, 
tema relacionado à interpretação econômica do direito tributário, julgue o item a seguir.
A doutrina e a jurisprudência entendem que o planejamento tributário feito antes da ocorrência 
do fato gerador é lícito, enquanto aquele realizado após a ocorrência do fato gerador é ilícito.
O planejamento tributário realizado a fim de reduzir a carga tributária incidente sobre determi-
nada situação costuma ser efetuado antes do fato gerador.
No entanto, ele também pode ser realizado após o fato gerador.
Nas duas hipóteses ele pode ser lícito (elisão fiscal) ou ilícito (evasão fiscal).
Há ainda o instituto da elusão fiscal (elisão ineficaz ou ilícita), que representa a utilização de 
formas legais para redução da carga tributária, mas esse planejamento é ilícito, pois realizado 
com base em situações simuladas pelo contribuinte a fim de se beneficiar.
Errado.
010. (ESAF/ANALISTA CONTÁBIL FINANCEIRO/SEFAZ-CE/2007/ADAPTADA) Julgue o item 
a seguir. Quando o Código Tributário Nacional, em seu art. 116, parágrafo único, prevê a pos-
sibilidade de que a autoridade administrativa poderá desconsiderar atos ou negócios jurídicos 
praticados com a finalidade de dissimular a ocorrência do fato gerador do tributo ou a natureza 
dos elementos constitutivos da obrigação tributária, observados os procedimentos a serem 
estabelecidos em lei ordinária, podemos afirmar que estamos diante de norma geral antielisão.
A elisão fiscal é uma forma lícita de reduzir ou extinguir o tributo.
Já a elusão fiscal (elisão ineficaz) é caracterizada quando o contribuinte utiliza formas lícitas 
para reduzir ou zerar a carga trazida, mas elas não correspondem à realidade dos fatos, sendo 
fruto de um planejamento tributário simulado.
A fim de evitar que o contribuinte não utilize meios ardilosos e ilegítimos para apuração do 
tributo devido, o legislador ordinário destacou que o Fisco tem o poder de desconsiderar as 
simulações feitas pelo contribuinte e cobrar o tributo devido, conforme a real situação:
Parágrafo único. A autoridade administrativa poderá desconsiderar atos ou negócios jurídicos prati-
cados com a finalidade de dissimular a ocorrência do fato gerador do tributo ou a natureza dos ele-
mentos constitutivos da obrigação tributária, observados os procedimentos a serem estabelecidos 
em lei ordinária.
A redação desse dispositivo expressa a conhecida “norma geral antielisão”.
Repare que, embora a norma seja intitulada de “antielisão”, o que ela visa coibir é a elisão inefi-
caz, também chamada de elusão fiscal.
Certo.
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3. sujeiTOs: aTivO e passivO
Neste tópico, trataremos dos elementos subjetivos da obrigação tributária.
Com a ocorrência do fato gerador e o consequente nascimento da obrigação tributária, for-
ma-se uma relação jurídico-tributária que tem como partes o sujeito ativo e o sujeito passivo.
3.1. sujeiTO aTivO
O sujeito ativo da obrigação tributária é a pessoa jurídica de direito público titular da com-
petência para exigir o seu cumprimento.
Em regra, o referido sujeito ativo é o ente que tem a competência para instituir o tributo, 
segundo a Constituição Federal. Veja o art. 119 do CTN:
Art. 119. Sujeito ativo da obrigação é a pessoa jurídica de direito público, titular da competência 
para exigir o seu cumprimento.
No entanto, conforme estudado na aula de competência, é possível a transferência da ca-
pacidade tributária ativa.
Nesses casos, aquele que a recebe torna-se sujeito ativo da obrigação tributária. É o caso 
dos municípios que optam por fiscalizar e arrecadar o ITR.
Vamos ver os esquemas da aula de competência que trata desse assunto para recordá-lo?
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Segundo a redação do CTN, o sujeito ativo só pode ser pessoa jurídica de direito público.
No entanto, considerando a Súmula 396 do STJ, que afirma que “A Confederação Nacional 
da Agricultura tem legitimidade ativa para a cobrança da contribuição sindical rural”, podemos 
constatar que o STJ entende que pessoa jurídica de direito privado pode ser sujeito ativo.
Leve essa informação para a sua prova e tenha cautela ao responder uma questão objetiva 
sobre o tema.
Atente-se ao seu comando: se o examinador solicitar a resposta conforme o CTN, o sujeito 
ativo somente será pessoa jurídica de direito público; e se o examinador solicitar a resposta 
conforme a jurisprudência, pode-se considerar que a pessoa jurídica de natureza privada tam-
bém poderá estar no polo ativo da relação jurídico-tributária.
Outra peculiaridade interessante sobre o tema diz respeito aos casos em que houver des-
membramento da pessoa jurídica de direito público.
Nessa hipótese, até que a legislação tributária da nova pessoa jurídica entre em vigor, ela 
atuará conforme a legislação da pessoa jurídica originária.
Art. 120. Salvo disposição de lei em contrário, a pessoa jurídica de direito público, que se constituir 
pelo desmembramento territorial de outra, subroga-se nos direitos desta, cuja legislação tributária 
aplicará até que entre em vigor a sua própria.
011. (CESPE/JUIZ ESTADUAL/TJ-PR/2019) De acordo com o Código Tributário Nacional, o 
sujeito ativo da obrigação tributária principal é a pessoa
a) jurídica de direito público titular da competência de exigir o cumprimento da obrigação.
b) jurídica de direito público destinatária do produto da arrecadação do referido tributo.
c) física ou jurídica obrigada ao pagamento do tributo ou da penalidade pecuniária de natureza 
tributária.
d) física ou jurídica que tenha relação pessoal e direta com a situação que constitui o respec-
tivo fato gerador.
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Nos termos do art. 119 do CTN, o “sujeito ativo da obrigação é a pessoa jurídica de direito 
público, titular da competência para exigiro seu cumprimento”.
Nesse sentido, a alternativa “a” está correta.
Pontue-se que na alternativa “c” está descrito o conceito de sujeito passivo da obrigação tribu-
tária, e, na alternativa “d”, está descrito o conceito de contribuinte, que é uma das espécies de 
sujeito passivo.
Letra a.
3.2. sujeiTO passivO
O sujeito passivo da obrigação tributária é o devedor, é a pessoa obrigada a cumprir a 
obrigação principal ou acessória.
Lembre-se de que, conforme estudado na aula de princípios, segundo o inc. III do art. 97 do 
CTN, somente a lei pode estabelecer quem é o sujeito passivo.
Tratando-se de impostos, o legislador constituinte foi mais exigente, ele destacou que é a 
lei complementar que deve fazer tal previsão, conforme a alínea “a”, inc. III, art. 146 da CF/1988.
Quanto ao sujeito passivo da obrigação principal, esse é representado pela pessoa obri-
gada a pagar o tributo ou a penalidade pecuniária, e pode ter vínculo direto ou não com o 
fato gerador.
Segundo o art. 121 do CTN, há duas espécies de sujeito passivo da obrigação tributária 
principal: contribuintes ou responsáveis:
Art. 121. Sujeito passivo da obrigação principal é a pessoa obrigada ao pagamento de tributo ou 
penalidade pecuniária.
Parágrafo único. O sujeito passivo da obrigação principal diz-se:
I – contribuinte, quando tenha relação pessoal e direta com a situação que constitua o respectivo 
fato gerador;
II – responsável, quando, sem revestir a condição de contribuinte, sua obrigação decorra de dispo-
sição expressa de lei.
Aquele que tem relação direta e pessoal com o fato gerador se chama contribuinte, en-
quanto terceiro obrigado a cumprir a obrigação principal, segundo determinação legal, se 
chama responsável.
Conforme já estudado, quanto tratamos da classificação do tributo quanto à repercussão 
do ônus tributário, vimos que o tributo pode ser direto ou indireto.
Quanto ao tributo indireto, a repercussão do seu ônus econômico pode recair sobre um ter-
ceiro, distinto do contribuinte previsto em lei, que suportará a carga tributária, sendo possível 
identificar, nesse caso, dois tipos de contribuinte: contribuinte de direito e contribuinte de fato.
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Contribuinte de direito é aquele que pratica o fato gerador e é obrigado ao pagamento do 
tributo, conforme a lei, enquanto o contribuinte de fato representa aquele que arca efetivamen-
te com o encargo financeiro do tributo.
É importante você ter em mente que a hipótese de incidência do tributo é determinante 
para identificação do contribuinte. A depender do objeto do fato gerador, o contribuinte pode 
ser o titular, agente, ou beneficiário de algum ato estatal.
Se o tributo surgir em razão da prática de uma ação, o contribuinte será o agente do respec-
tivo ato. Por exemplo, auferir renda é fato gerador do IR, assim, quem pratica a ação de auferir 
renda é contribuinte do IR.
Se o tributo surgir em razão da propriedade ou posse de algo, o contribuinte será o titular 
do respectivo direito de propriedade ou de posse.
Por exemplo, o proprietário de uma casa na zona urbana é contribuinte do IPTU, tendo em 
vista que incide IPTU sobre a propriedade predial e territorial urbana.
Se o tributo surgir em razão de alguma ação do Poder Público que beneficie determinada 
pessoa, o contribuinte será o beneficiário do respectivo ato.
Por exemplo, o proprietário de imóvel na zona urbana é contribuinte da taxa de coleta de 
lixo domiciliar, tendo em vista que ele se beneficia desse serviço prestado pelo Estado.
Há ainda casos em que mais de uma pessoa está vinculada diretamente ao núcleo do fato 
gerador, e somente lei editada pelo ente competente para criação do respectivo tributo é que 
terá competência para destacar quem será o contribuinte.
É o caso do ITBI. Na transmissão de bens imóveis entre vivos, tanto o adquirente como o 
alienante estão ligados de forma direta e pessoal ao fato gerador desse imposto.
No entanto, a lei local é que determinará quem será obrigado a pagar o ITBI, se o alienante 
ou o adquirente.
No que se refere ao sujeito passivo da obrigação acessória, o legislador não fez a distin-
ção entre contribuinte e responsável.
Segundo o art. 122 do CTN, o sujeito passivo dessa obrigação é a pessoa obrigada pela 
legislação tributária a cumprir as prestações positivas ou negativas.
Art. 122. Sujeito passivo da obrigação acessória é a pessoa obrigada às prestações que constituam 
o seu objeto.
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Interessa-nos tratar ainda dos casos em que particulares acordam que quem deve pagar o 
tributo é uma pessoa diferente daquela prevista em lei como contribuinte ou responsável.
Embora as partes possam fazer tal acordo, como costuma acontecer, por exemplo, com 
a obrigatoriedade de pagar IPTU pelo locatário, esse acordo não prosperará perante o Fisco, 
conforme previsão do art. 123, CTN:
Art. 123. Salvo disposições de lei em contrário, as convenções particulares, relativas à responsa-
bilidade pelo pagamento de tributos, não podem ser opostas à Fazenda Pública, para modificar a 
definição legal do sujeito passivo das obrigações tributárias correspondentes.
Caso o locatário não pague o IPTU, não é ele que será demandado pela Fazenda Pública. É 
o proprietário do imóvel, o qual pode ajuizar uma ação de regresso contra o locatário para plei-
tear o valor do IPTU. Entretanto, essa ação de regresso não envolverá a Fazenda, que cobrará 
do proprietário, independentemente se este vai cobrar depois do locatário ou não.
012. (CESPE/AUDITOR FISCAL/SEFAZ-DF/2020) No que se refere a aplicação da lei e res-
ponsabilidade tributária, julgue o item seguinte.
É incompatível com o Código Tributário Nacional lei distrital que admita a indicação do sujeito 
passivo do imposto sobre transmissão de bens imóveis (ITBI) pelas partes no contrato de com-
pra e venda de imóvel, pois as convenções particulares não são oponíveis à fazenda pública.
Em regra, não é possível que convenções particulares que preveem a responsabilidade de pa-
gar o tributo sejam opostas à Fazenda Pública, para modificar a definição legal do sujeito pas-
sivo das obrigações tributárias correspondentes.
No entanto, em razão da expressão “salvo disposição em contrário”, prevista no início do art. 
123 do CTN, conclui-se que o legislador pode permitir que convenção particular destaque quem 
deve pagar o tributo.
Errado.
013. (FCC/ASSISTENTE TÉCNICO FAZENDÁRIO/MANAUS/2019) O Código Tributário Na-
cional estabelece regras relativas ao sujeito ativo e ao sujeito passivo de obrigações tributá-
rias. De acordo com esse Código,
a) o sujeito ativo da obrigação principal é a pessoa natural ou jurídica obrigada ao pagamento 
de imposto devido antecipadamente por substituição tributária.
b) diferencia-se o sujeito ativo do sujeito passivo da obrigação acessória, porque o primeiro é o 
que paga o tributo antes do vencimento, enquanto que o segundo é o que paga tributo vencido, 
com os devidos acréscimos legais.
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Obrigação Tributária
DIREITO TRIBUTÁRIO
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c) o sujeito passivo da obrigação principal diz-se responsável, quando, sem revestir a condição 
de contribuinte, sua obrigação decorra de disposição expressa de lei.
d) o sujeito passivo de obrigação acessória é a pessoa obrigada ao pagamento de tributo por 
meio de estampilha ou selo.
e) o sujeito ativo é o contribuinte de obrigação acessória, enquanto que o sujeito passivo é o 
sujeito ativo que deixou de pagar tributo no prazo fixado em lei.
a) Errada. Segundo o art. 119 do CTN, o “sujeito ativo da obrigação é a pessoa jurídica de direi-
to público, titular da competência para exigir o seu cumprimento”.
b) Errada. A primeira parte da alternativa está errada, pois não confere com a definição de su-
jeito ativo exposta no item anterior.
Quanto à segunda parte da alternativa, ela também está errada, pois o sujeito passivo da obri-
gação principal, segundo o art, 121 do CTN, “é a pessoa obrigada ao pagamento de tributo ou 
penalidade pecuniária”.
c) Certa. Há 2 tipos de sujeito passivo da obrigação principal: contribuinte e responsável.
Segundo inc. I do par. único do art. 121 do CTN, contribuinte é aquele que tenha relação pesso-
al e direta com a situação que constitua o respectivo fato gerador.
O responsável, conforme o inc. II do par. único do art. 121 do CTN, é a pessoa que, quando, sem 
revestir a condição de contribuinte, sua obrigação decorre de disposição expressa de lei. Logo, 
a alternativa “c” está correta.
d) Errada. O sujeito passivo da obrigação acessória “é a pessoa obrigada às prestações que 
constituam o seu objeto”, nos termos do art. 122 do CTN.
e) Errada. Contraria as definições de sujeito ativo e de sujeito passivo vistas anteriormente.
Letra c.
014. (FCC/AUDITOR FISCAL DE TRIBUTOS MUNICIPAIS/MANAUS-AM/2019) O Município 
de “Nova Esperança” (Município fictício) resultou do desmembramento territorial do Município 
de “Todos os Santos” (Município fictício), que perdeu parte de seu território. No tocante, por 
exemplo, ao IPTU incidente sobre os imóveis localizados no território que passou a constituir o 
novo Município, o Código Tributário Nacional estabelece que o Município de
a) “Nova Esperança”, salvo disposição de lei em contrário, sub-roga-se nos direitos do Muni-
cípio de “Todos os Santos”, relativamente ao IPTU incidente sobre os imóveis localizados no 
território do Município que acaba de ser criado.
b) “Todos os Santos”, desde que haja previsão expressa de lei, sub-roga-se nos direitos do Mu-
nicípio de “Nova Esperança”, relativamente ao IPTU incidente sobre os imóveis localizados no 
território do Município que acaba de ser criado.
c) “Nova Esperança”, desde que haja previsão expressa de lei, sub-roga-se nos direitos do Mu-
nicípio de “Todos os Santos”, relativamente ao IPTU incidente sobre os imóveis localizados no 
território do Município que acaba de ser criado.
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Obrigação Tributária
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d) “Todos os Santos” sub-roga-se nos direitos do Município de “Nova Esperança”, relativamen-
te ao IPTU incidente sobre os imóveis localizados no território do Município que acaba de 
ser criado.
e) “Nova Esperança”, desde que haja previsão expressa de lei complementar, sub-roga-se nos 
direitos do Município de “Todos os Santos”, relativamente ao IPTU incidente sobre os imóveis 
localizados no território do Município que acaba de ser criado.
Para responder esta questão, é preciso ter conhecimento do art. 120 do CTN:
Art. 120. Salvo disposição de lei em contrário, a pessoa jurídica de direito público, que se constituir 
pelo desmembramento territorial de outra, subroga-se nos direitos desta, cuja legislação tributária 
aplicará até que entre em vigor a sua própria.
Segundo esse dispositivo, o novo município deve se sub-rogar nos direitos do município 
originário.
No caso descrito na questão, o Município “Nova Esperança” pode instituir o IPTU relativamente 
aos imóveis situados em seu território, com base na legislação vigente no Município de “Todos 
os Santos”, salvo disposição de lei em contrário.
Letra a.
3.2.1. Capacidade Tributária Passiva
O sujeito passivo da relação jurídico-tributária é determinado por meio de lei, em atenção 
ao inc. II do art. 97 do CTN:
Art. 97. Somente a lei pode estabelecer:
...
III – a definição do fato gerador da obrigação tributária principal, ressalvado o disposto no inciso I 
do § 3º do artigo 52, e do seu sujeito passivo.
O CTN traz a definição da sujeição passiva em seu artigo 121:
Art. 121. Sujeito passivo da obrigação principal é a pessoa obrigada ao pagamento de tributo ou 
penalidade pecuniária.
Parágrafo único. O sujeito passivo da obrigação principal diz-se:
I – contribuinte, quando tenha relação pessoal e direta com a situação que constitua o respectivo 
fato gerador;
II – responsável, quando, sem revestir a condição de contribuinte, sua obrigação decorra de dispo-
sição expressa de lei.
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Partindo da ideia de que o sujeito passivo é aquele obrigado ao pagamento do tributo ou 
da penalidade pecuniária, precisamos ainda indagar quem estará apto para figurar como tal.
A obrigação tributária nada mais é do que uma obrigação peculiar, de direito público co-
gente, em que existe um sujeito ativo, um sujeito passivo e um objeto a ser cumprido que – no 
caso da obrigação tributária principal – é o pagamento do tributo ou da penalidade pecuniária.
Para figurar nessa relação, o sujeito passivo precisa deter a capacidade tributária passiva.
Diferentemente do que está delimitado no âmbito do Direito Civil, em que, para figurar no 
polo passivo de uma obrigação, o sujeito passivo precisa ser capaz de realizar atos no mundo 
jurídico, no Direito Tributário basta que o sujeito passivo ou realize o fato tributário, ou tenha 
relação com ele, ou que a lei o defina como responsável.
Isso quer dizer que a capacidade tributária passiva independe da capacidade civil!
Com base nesse raciocínio, para compreender melhor a capacidade tributária passiva, ima-
gine que o proprietário de um imóvel seja um menor de 10 anos de idade. Sem a anuência 
de um maior responsável, ele não pode realizar atos da vida civil relacionados a esse imóvel, 
como a sua venda.
Nesse sentido, você deve estar se questionando se o menor de 10 anos de idade deverá pa-
gar o Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana, ou seja, se ele tem capacidade 
para ser contribuinte desse imposto. De acordo com o CTN, sim!
Note o disposto no art. 126, o qual previu que a capacidade tributária passiva independe da 
capacidade civil das pessoas naturais, e de outras circunstâncias:
Art. 126. A capacidade tributária passiva independe:
I – da capacidade civil das pessoas naturais;
II – de achar-se a pessoa natural sujeita a medidas que importem privação ou limitação do exercício 
de atividades civis, comerciais ou profissionais, ou da administração direta de seus bens ou negócios;
III – de estar a pessoa jurídica regularmente constituída, bastando que configure uma unidade eco-
nômica ou profissional.
Nesse sentido, por exemplo, seos civilmente incapazes (conforme o Código Civil) pratica-
rem fatos geradores de tributos, eles figurarão como sujeito passivo nas relações tributárias, 
pois deterão capacidade para tal.
Se eles não a tivessem, certamente inúmeros adultos comprariam imóveis e colocariam em 
nome de seus filhos para se esquivarem da obrigatoriedade de pagar o tributo, não é mesmo?
A mesma situação ocorre quando a pessoa que realiza o fato gerador está privada ou 
limitada do exercício de determinada atividade civil, comercial ou profissional, ou da adminis-
tração direta de seus bens ou negócios.
Mesmo que o advogado, por exemplo, esteja irregular perante a OAB, impedido de advogar, 
caso realize o fato jurídico sujeito ao imposto sobre a prestação de serviços, deterá capacida-
de tributária passiva e deverá pagar o tributo respectivo.
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Além de a capacidade tributária passiva independer da capacidade civil das pessoas natu-
rais, e do fato de essas pessoas estarem privadas de praticar determinados atos na vida civil, 
o legislador também fez previsão quanto às empresas (pessoas jurídicas).
No que se refere às pessoas jurídicas, o legislador assegura que basta a constatação de 
que há uma unidade econômica e profissional para que seja identificada a capacidade tribu-
tária para ser sujeito passivo de uma obrigação tributária, seja principal ou acessória.
015. (FCC/PREFEITURA DE TERESINA-PI/AUDITOR FISCAL/2016) Joãozinho, com seis 
anos de idade, recebeu doação de seus avós, a qual foi devidamente aceita pelos seus pais, 
em seu nome. Marcelo, empresário, perdeu o direito de administrar diretamente os seus bens, 
desde a decretação da falência de sua empresa, consoante o que determina o art. 103 da Lei 
Federal n. 11.101/2005. A empresa Serviços Gerais Ltda., prestadora de serviços previstos na 
Lista de Serviços anexa à Lei Complementar Federal n. 116/2003, funciona sem a devida ins-
crição no Cadastro de Contribuintes do ISS do Município em que se localiza, mas atua comer-
cialmente como se regular fosse. Por determinação judicial, Maria Luisa encontra-se internada 
em hospital para doentes mentais, por sofrer de moléstia que a impede de praticar os atos do 
dia-a-dia, em razão de profunda alienação mental. De acordo com as regras do Código Tribu-
tário Nacional, atinentes à capacidade tributária das pessoas para serem sujeitos passivos de 
obrigação tributária principal,
a) a empresa Serviços Gerais Ltda. reveste a condição de sujeito passivo do IPTU relativo ao 
terreno que a referida sociedade adquiriu e no qual se localiza a sede da referida empresa.
b) Maria Luisa, que perdeu suas faculdades mentais, não reveste, por causa disso, a condição de 
sujeito passivo do Imposto de Renda, embora aufira rendimentos tributáveis por esse imposto.
c) Marcelo não pode ser identificado como sujeito passivo do IPVA de veículo de sua proprie-
dade, em relação aos fatos geradores ocorridos após a perda do direito de administrar seus 
bens, justamente por causa dessa perda.
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d) a empresa Serviços Gerais Ltda. não reveste a condição de sujeito passivo do ISS em rela-
ção aos serviços que presta, porque não está regularmente constituída, ainda que configure, 
indubitavelmente, uma unidade econômica.
e) Joãozinho, por ser menor de idade, não pode ser identificado como sujeito passivo do IT-
CMD incidente sobre a doação recebida, ainda que a lei ordinária competente preveja que o 
donatário é o contribuinte desse imposto.
Como visto, o CTN destaca que a capacidade de ser sujeito passivo da obrigação tributária 
independe:
I – da capacidade civil das pessoas naturais;
II – de achar-se a pessoa natural sujeita a medidas que importem privação ou limitação do exercício 
de atividades civis, comerciais ou profissionais, ou da administração direta de seus bens ou negócios;
III – de estar a pessoa jurídica regularmente constituída, bastando que configure uma unidade eco-
nômica ou profissional.
Assim, embora a empresa Serviços Gerais Ltda esteja irregularmente constituída, ela tem ca-
pacidade de ser sujeito passivo das relações jurídico-tributárias.
Letra a.
3.2.2. Solidariedade
A solidariedade na sujeição passiva refere-se às situações em que o polo passivo da rela-
ção jurídico-tributária é composto por duas ou mais pessoas.
A solidariedade, nos termos do art. 124, CTN, pode ser dar em razão:
(i) de interesse comum na situação que constitua o fato gerador da obrigação principal;
(ii) de determinação legal.
Art. 124. São solidariamente obrigadas:
I – as pessoas que tenham interesse comum na situação que constitua o fato gerador da obrigação 
principal;
II – as pessoas expressamente designadas por lei.
Parágrafo único. A solidariedade referida neste artigo não comporta benefício de ordem.
O item (i) refere-se à solidariedade comum, enquanto o item (ii) refere-se à solidarie-
dade legal.
Independentemente da natureza da solidariedade, o Fisco pode cobrar o tributo de qualquer 
um dos devedores, sem que seja obrigado a cobrá-lo, primeiramente, de determinada pessoa.
Nesses casos, se o Fisco exigir o cumprimento da obrigação tributária a somente um dos 
devedores solidários, este responderá pela integralidade do débito.
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É por essa razão que se afirma que não há benefício de ordem na solidariedade passi-
va. Sendo constatada a existência de devedores solidários, não há privilégio de um em rela-
ção ao outro.
Uma vez constatada a solidariedade, ela produzirá efeitos, conforme o art. 125 do CTN:
Art. 125. Salvo disposição de lei em contrário, são os seguintes os efeitos da solidariedade:
I – o pagamento efetuado por um dos obrigados aproveita aos demais;
II – a isenção ou remissão de crédito exonera todos os obrigados, salvo se outorgada pessoalmente 
a um deles, subsistindo, nesse caso, a solidariedade quanto aos demais pelo saldo;
III – a interrupção da prescrição, em favor ou contra um dos obrigados, favorece ou prejudica aos 
demais.
Havendo pagamento por um dos devedores solidários, em função da indivisibilidade da 
obrigação, ele será aproveitado pelos demais, salvo disposição de lei em contrário.
Assim, se um dos proprietários de determinado imóvel pagar o IPTU relativo a determinado 
ano, o outro proprietário não tem mais obrigatoriedade de pagá-lo, pois considera-se quitada 
a dívida tributária.
Quanto à afirmação de que a concessão de isenção ou remissão do crédito tributário exo-
nera todos os devedores solidários, atente-se para o fato de que ainda não estudamos os 
institutos da isenção e da remissão.
A isenção, como já pontuado em nosso curso, representa uma forma de exclusão do cré-
dito tributário, enquanto a remissão representa o perdão da dívida pelo Fisco, sendo esta uma 
forma de extinção do créditotributário.
Em regra, a isenção ou remissão, vinculada a situações em que há solidariedade tributária, 
beneficiará todos os devedores.
No entanto, há hipóteses em que a isenção/remissão é concedida, pessoalmente, a so-
mente um dos devedores, e, nesses casos, permanecerá a solidariedade quanto aos demais 
devedores solidários, salvo disposição de lei em contrário.
Por exemplo, se três irmãos são proprietários de um imóvel e devem R$600,00 a título de 
IPTU, e, segundo a lei local, somente um deles tem direito à isenção, em razão de suas caracte-
rísticas pessoais, este será exonerado do pagamento do imposto, de forma proporcional, e os 
outros dois deverão arcar com a dívida remanescente de R$400,00.
Previu ainda o legislador quanto aos casos em que houver a interrupção da prescrição em 
favor ou contra um dos devedores solidários: esta favorecerá ou prejudicará aos demais, sal-
vo disposição de lei em contrário.
A prescrição é uma forma de extinção do crédito tributário, que se concretiza em função 
de alcance de determinado prazo sem que tenha sido ajuizada a competente ação judicial para 
cobrança do débito.
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Conforme será estudado na aula que trataremos desse assunto (extinção do CT), você 
verá que os casos de interrupção da prescrição zeram a contagem do prazo prescricional e 
constam no art. 174 do CTN:
Art. 174. A ação para a cobrança do crédito tributário prescreve em cinco anos, contados da data 
da sua constituição definitiva.
Parágrafo único. A prescrição se interrompe:
I – pelo despacho do juiz que ordenar a citação em execução fiscal;
II – pelo protesto judicial;
III – por qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor;
IV – por qualquer ato inequívoco ainda que extrajudicial, que importe em reconhecimento do débito 
pelo devedor.
Por fim, saiba que o nosso sistema tributário admite a solidariedade passiva, mas não ad-
mite a solidariedade ativa.
016. (CESPE/ERSPT/ANATEL/2014) No que concerne à sujeição tributária ativa e passiva e 
a solidariedade e domicílio tributários, julgue o próximo item.
Se duas pessoas tiverem interesse comum em situação que constitua o fato gerador de uma 
obrigação tributária principal, essas pessoas serão solidariamente responsáveis, na exata or-
dem da dimensão do interesse econômico de cada uma delas.
Na solidariedade não há benefício de ordem, pois a dívida pode ser cobrada em sua integrali-
dade de qualquer um dos devedores.
É irrelevante, pois, para a solidariedade, a ordem da dimensão do interesse econômico dos 
envolvidos.
O que conta para esses casos é o envolvimento das pessoas no fato gerador da obrigação e 
não o grau de interesse de cada uma das partes.
Errado.
017. (CESPE/ERSPT/ANATEL/ANATEL/2014) No que concerne à sujeição tributária ativa e 
passiva e a solidariedade e domicílio tributários, julgue o próximo item.
Se dois contribuintes forem solidariamente responsáveis por uma obrigação tributária, o ad-
vento de uma remissão geral objetiva do crédito afetará igualmente aos dois devedores.
Como a questão fala em remissão geral, ou seja, todos os devedores serão afetados por essa 
benesse, podemos considerar a questão correta.
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Note a redação do inc. II do artigo 125 do CTN:
Art. 125. Salvo disposição de lei em contrário, são os seguintes os efeitos da solidariedade:
...
II – a isenção ou remissão de crédito exonera todos os obrigados, salvo se outorgada pessoalmente 
a um deles, subsistindo, nesse caso, a solidariedade quanto aos demais pelo saldo;
É importante lembrar, entretanto, que há a possibilidade de haver remissão em caráter individu-
al, ficando, assim, os demais devedores obrigados a arcar com a obrigação pelo saldo.
Certo.
4. dOmicíliO TribuTáriO
É importante memorizar e aprender as regras contidas no art. 127 do CTN, pois boa parte 
das questões de domicílio tributário exigem o conhecimento delas.
O domicílio tributário representa o local em que o sujeito passivo será notificado e intima-
do quanto às obrigações tributárias.
Art. 127. Na falta de eleição, pelo contribuinte ou responsável, de domicílio tributário, na forma da 
legislação aplicável, considera-se como tal:
I – quanto às pessoas naturais, a sua residência habitual, ou, sendo esta incerta ou desconhecida, 
o centro habitual de sua atividade;
II – quanto às pessoas jurídicas de direito privado ou às firmas individuais, o lugar da sua sede, ou, 
em relação aos atos ou fatos que derem origem à obrigação, o de cada estabelecimento;
III – quanto às pessoas jurídicas de direito público, qualquer de suas repartições no território da 
entidade tributante.
§ 1º Quando não couber a aplicação das regras fixadas em qualquer dos incisos deste artigo, consi-
derar-se-á como domicílio tributário do contribuinte ou responsável o lugar da situação dos bens ou 
da ocorrência dos atos ou fatos que deram origem à obrigação.
§ 2º A autoridade administrativa pode recusar o domicílio eleito, quando impossibilite ou dificulte a 
arrecadação ou a fiscalização do tributo, aplicando-se então a regra do parágrafo anterior.
Regra geral, o sujeito passivo (contribuinte ou responsável) pode eleger qual será o seu 
domicílio tributário. Caso não eleja, em atenção ao art. 127, CTN, o seu domicílio será consi-
derado da seguinte forma:
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Caso não seja possível a determinação do domicílio tributário, conforme essas hipóteses, 
considerar-se-á como domicílio tributário do contribuinte e do responsável (CTN, art. 127, §1º):
É possível ainda que a autoridade administrativa recuse o local de eleição do contribuinte 
quando este impossibilitar/dificultar a arrecadação/fiscalização do tributo, tendo em conta o 
disposto no §2º do mesmo artigo.
Quando isso acontece, retornamos ao §1º, que manda aplicar, em primeiro lugar, as dispo-
sições dos incisos do art. 127.
No caso de continuar com incertezas, somente aí, atribui-se o local da situação dos bens 
ou da ocorrência dos atos/fatos que deram origem à obrigação.
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Ainda sobre domicílio tributário, é importante ter conhecimento da Súmula n. 435 do STJ 
(já citada nesta aula), que destaca que a empresa que deixar de funcionar no seu domicílio 
fiscal sem comunicar aos órgãos competentes devem ser consideradas como dissolvidas irre-
gularmente, o que autoriza o redirecionamento da

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