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Doenças Negligenciadas OMS: Enfermidades, geralmente transmissíveis, que apresentam maior ocorrência nos países em desenvolvimento, e “mais negligenciadas”, exclusivas dos países em desenvolvimento. Essas denominações superam o determinismo geográfico relacionado ao termo “doenças tropicais”, pois contemplam as dimensões de desenvolvimento social, político e econômico. Desde sua fundação (1984) a OMS já considerava o desenvolvimento desigual em diferentes países no que diz respeito à promoção de saúde e combate à doenças especialmente contagiosas. ‘’Conjunto heterogêneo de doenças que afetam, quase que exclusivamente, as populações mais pobres e impotentes que vivem nas áreas rurais e favelas urbanas dos países de baixa renda’’ A OMS e os Médicos Sem Fronteiras propuseram as seguintes classificações para as doenças em função das desigualdades mundiais: Doenças Globais: ocorrem em todo o mundo; Extremamente Negligenciadas: exclusivas dos países periféricos, Negligenciadas: ocorrem prevalentemente nos países periféricos. Características Comuns: Endemicidade elevada nas áreas rurais e nas urbanas menos favorecidas de países em desenvolvimento, além da escassez de pesquisas para o desenvolvimento de novos fármacos. Essas doenças podem prejudicar o crescimento infantil e o desenvolvimento intelectual, bem como a produtividade do trabalho. “Não apresentam atrativos econômicos para o desenvolvimento de fármacos, quer seja por sua baixa prevalência, ou por atingir população em região de baixo nível de desenvolvimento” (ANVISA, 2007). Nesse sentido, não apenas ocorrem com mais frequência em regiões empobrecidas, como também são condições promotoras de pobreza. Exemplos de Doenças Mais Comuns: Malária, tuberculose, dengue, leishmaniose, doença de Chagas, hanseníase, esquistossomose e etc… As doenças negligenciadas mais importantes incluem: leishmanioses, doença de Chagas (DC), tracoma, hanseníase, dengue e malária, além de diversas parasitoses. A tuberculose, doença importante e relacionada à pobreza, também é considerada negligenciada em termos de pesquisa e desenvolvimento de medicamentos. As Três Grandes: No mundo, o HIV/AIDS, a malária e a tuberculose, em conjunto, são responsáveis por 5,6 milhões de mortes e pela perda de 166 milhões de anos de vida ajustados por incapacidade a cada ano (OMS, 2008). Essas doenças são conhecidas como as “três grandes” e concentram a maioria dos esforços e dos recursos dos organismos internacionais. Em geral, estas causam muito mais incapacidades do que mortalidade. Principais ações da OPAS/OMS no Brasil: Oferece cooperação técnica ao País para o controle e eliminação de doenças negligenciadas como hanseníase, oncocercose, esquistossomose, geo-helmintíase, tracoma, doença de Chagas e filariose, em consonância à resolução do Conselho Diretor da OPAS sobre “Eliminação de Doenças Negligenciadas e outras Infecções Relacionadas à Pobreza”; Coopera com o País no contexto do “Plano Integrado de Ações Estratégicas de Eliminação de Hanseníase, Filariose, Esquistossomose e Oncocercose como Problemas de Saúde Pública, Tracoma como Causa de Cegueira e Controle das Geo-helmintíase. Coopera com o País nas intervenções contra as Doenças Tropicais Negligenciadas a fim de cumprir com as metas acordadas no Plano Mundial de Luta contra as Doenças Tropicais Negligenciadas, em consonância com a resolução da Assembleia Mundial da Saúde; Apoia o planejamento, implantação, monitoramento e avaliação das ações de vigilância, prevenção, controle e eliminação deste grupo de doenças, segundo as resoluções e diretrizes dos Programas Globais de Hanseníase e de Doenças Tropicais Negligenciadas(DTN), da OMS, e dos correspondentes programas da OPAS; Apoia o País na prevenção e controle de doenças zoonóticas e no fortalecimento das políticas que cuidam da inocuidade alimentaria; Fomenta o intercâmbio e a cooperação técnica nacional e internacional, especialmente no âmbito da cooperação sul-sul; Sistematiza, produz conhecimentos e dá visibilidade a experiências e boas práticas relativas ao controle e eliminação de doenças negligenciadas e zoonoses; Coopera tecnicamente na área de Leishmanioses, com o apoio do Programa Regional de Leishmanioses, para o fortalecimento da vigilância e controle dessa doença, conforme compromisso assumido pelos Estados-Membros nas Resoluções da OPAS/OMS; Além disso, a cooperação técnica ocorre por meio do apoio para aquisição de medicamentos e insumos utilizados para apoiar as ações de vigilância e controle, com ênfases ao diagnóstico e tratamento humano, vigilância e controle vetorial e vigilância e diagnóstico de reservatórios; Fundação Oswaldo Cruz - Ministério da Saúde: Pesquisa e Desenvolvimento no Brasil para as doenças negligenciadas; Produção de vacinas, medicamentos, reativos para diagnóstico e biofármaco; Integra as atividades de pesquisa e desenvolvimento tecnológico; Uma das principais instituições de pesquisa em saúde do mundo; Brasil em posição de destaque no combate às doenças negligenciadas (6° no ranking) e o 1° na América Latina; Programa de pesquisa e desenvolvimento em doenças negligenciadas com foco em sete doenças: dengue, doença de Chagas, malária, leishmaniose, hanseníase, tuberculose e esquistossomose. Criação da DNDI (Iniciativa de Drogas Para Doenças Negligenciadas): pesquisa e desenvolvimento de novas drogas para o tratamento de doenças negligenciadas - parceiros: Instituto Pasteur (França), Fondação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ), Ministério da Saúde da Malásia e Institutos de Pesquisa e Ensino da Índia e do Quênia. Programa Sanar – Doenças Negligenciadas: Programa Sanar, que foi instituído pelo Decreto nº 39.497, de 11 de junho de 2013, e incluído formalmente como Superintendência no organograma da SES. Pernambuco foi o primeiro Estado brasileiro a desenvolver um programa específico para enfrentamento dessas doenças. O Programa Sanar tem como objetivo reduzir ou eliminar enquanto problema de saúde pública as seguintes doenças transmissíveis negligenciadas: tuberculose, hanseníase, esquistossomose, doença de Chagas, leishmaniose, filariose, geo-helmintíases e tracoma. Destaca-se a intensificação das ações de vigilância e controle da tuberculose e hanseníase, integradas à sífilis e focadas nas equipes de saúde da família, visando a detecção precoce e tratamento adequado das pessoas. Plano Integrado de Ações para o Enfrentamento às Doenças Negligenciadas de PE: Intensificação das ações de vigilância e controle da tuberculose e hanseníase focadas na melhoria da detecção precoce de casos, tratamento do maior número de indivíduos e na oferta de referências assistenciais para os casos crônicos e graves. As ações que serão empregadas para a tuberculose e hanseníase, assim como para as demais doenças prioritárias, pretendem impactar a médio e longo prazo, na redução da circulação ambiental dos agentes etiológicos e na redução de novos casos.
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