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Áreas degradadas

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Áreas degradadas
O que são áreas degradadas?
A degradação de uma área pode ocorrer tanto de forma natural quanto pela interferência humana, mas, raramente, esse termo tem sido usado para relatar as alterações que ocorrem de maneira natural no ambiente.
Por isso, neste módulo — bem como no contexto da legislação que será abordada aqui — uma área degradada é aquela que sofre com os efeitos negativos das atividades ou intervenções humanas.
Além disso, as áreas degradadas diferem das áreas perturbadas ou alteradas quanto à sua capacidade de regeneração: enquanto a área degradada não é capaz de retornar ao seu estado original, isto é, de se regenerar naturalmente, as áreas perturbadas ou alteradas ainda possuem capacidade de se regenerar naturalmente.
Algumas formas de degradação ambiental
Contaminação química
A utilização de produtos químicos, como remédios, pesticidas e metais pesados, pode alcançar a água, o solo e o ar, comprometendo a qualidade desses ambientes bem como a nossa saúde.
Os produtos químicos podem envenenar diretamente os organismos, podem se acumular no ambiente físico e, muitas vezes, serem passados ao longo da cadeia alimentar.
Um bom exemplo é o Lago Novosibirsk, na Rússia, que, apesar da aparente beleza, sofre contaminação química e, ainda assim, os turistas se aventuram em suas águas para tirar fotos.
Alteração dos ciclos biogeoquímicos
Todos os elementos químicos que compõem os seres vivos são ciclados nos ecossistemas, nos chamados ciclos biogeoquímicos.
As atividades humanas têm alterado os ciclos biogeoquímicos, principalmente, por meio de mudanças na quantidade do elemento químico a ser ciclado. A adição excessiva de nutrientes nos solos, sob a forma de fertilizante, o despejo de esgoto em ambientes aquáticos e a queima de combustíveis fósseis têm aumentado (e muito!) a quantidade de nitrogênio disponível na superfície terrestre.
Em decorrência do enriquecimento em nutrientes, tem-se observado a poluição do ar e das águas subterrâneas, a eutrofização dos ecossistemas aquáticos — acompanhada do esgotamento de oxigênio nesses ambientes —, a perda de biodiversidade e qualidade das águas.
Degradação da água
A degradação da água está associada, principalmente:
• À contaminação e à poluição dos ecossistemas aquáticos;
• À transposição da água de bacias hidrográficas bem como à sua utilização para a irrigação, de modo a causar o esgotamento das reservas hídricas superficiais e subterrâneas;
• À modificação do volume do fluxo nos rios e o tempo de residência da água nesses ambientes, gerada por meio da construção de reservatórios e barragens.
Degradação do solo
Uma das grandes causas da degradação ambiental é o uso intensivo do solo, no qual se produz uma enorme quantidade de um único cultivar, ou seja, as monoculturas. O uso intensivo do solo leva à degradação de seu conteúdo de matéria orgânica, compactando-o, devido à utilização de maquinário pesado.
Por sua vez, quando o solo se esgota em matéria orgânica, ele se torna menos permeável à água e ao ar e, consequentemente, sua capacidade de suportar o estabelecimento de plantas e microrganismos fica limitada.
Além disso, a irrigação é um outro fator que, sabidamente, agrava a degradação ambiental.
A utilização da irrigação em latifúndios pode causar danos às bacias hidrográficas, promover o escoamento dos fertilizantes utilizados no campo para os ambientes aquáticos em seu entorno, poluindo rios e lagos, e a erosão do solo.
Os fertilizantes, além de contribuírem para a degradação desses ambientes aquáticos, podem atuar diretamente na degradação do solo. Apesar de proporcionar a fertilização do solo em curto prazo, o uso intensivo e inadequado dos fertilizantes pode comprometer a fertilização do solo em longo prazo.
Outro fator extremamente relevante para a degradação dos solos é a remoção de sua cobertura vegetal, que está comumente associada às atividades de mineração, à agricultura e ao processo de urbanização.
Com a remoção da vegetação nativa dos solos, as camadas superiores desse substrato são erodidas pela ação do vento e da água, de modo que estas são perdidas, sendo transportadas para outros locais, em uma taxa mais rápida do que aquela de renovação natural do solo.

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