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TCC - Liberdade de expressão

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2
A LIBERDADE DE EXPRESSÃO E A DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA: PONDERAÇÃO MEDIANTE O DISCURSO DE ÓDIO
Bruno Gomes Novaes Lima[footnoteRef:1] [1: Estudante de graduação do curso de Direito da Faculdade de Petrolina – FACAPE. E-mail: xbrunogomes@gmail.com ] 
Anderson Freire de Souza[footnoteRef:2] [2: Especialista e Mestre em Direito. Procurador do Município de Petrolina. Professor efetivo do curso de Direito da Faculdade de Petrolina – FACAPE. E-mail: anderson.freire@facape.br ] 
RESUMO
O presente estudo tem como escopo a análise jurídica dos limites da liberdade de expressão, como direito fundamental, e o discurso de ódio, levando em consideração o papel indispensável da livre expressão de ideias e opiniões para a manutenção da cidadania, democracia e dignidade da pessoa humana. O discurso de ódio é a manifestação discriminatória, que propaga o ódio e a segregação baseando-se em características específicas de determinado individuo, grupo ou coletivo, atingindo diretamente a dignidade da pessoa humana, direito também fundamental. Logo, diante desse conflito, deve ser feita a análise de como o ordenamento jurídico brasileiro lida com a ponderação entre os direitos fundamentais, uma vez que não possuem caráter absoluto, bem como um estudo sobre as consequências do discurso de ódio.
Palavras-Chave: direitos fundamentais; liberdade de expressão; dignidade da pessoa humana; discurso de ódio; ponderação.
ABSTRACT
The present study aims at the legal analysis of the limits of freedom of speech, as a fundamental right, and hate speech, taking into consideration the indispensable role of the free expression of ideas and opinions for the maintenance of citizenship, democracy and human dignity. Hate speech is the discriminatory manifestation that propagates hatred and segregation based on specific characteristics of an individual, group or collective, directly affecting the dignity of the human being, which is also a fundamental right. Therefore, in face of this conflict, it is necessary to analyze how the Brazilian legal system deals with the weighting between fundamental rights, since they do not have an absolute character, as well as a study on the consequences of hate speech.
Keywords: fundamental rights; freedom of expression; dignity of human person; hate speech; deliberation.
1. 
1 INTRODUÇÃO 
O ser humano é um ser social e desde os tempos remotos expressa suas opiniões e pensamentos por meio das mais variadas formas. Atualmente, com o advento da internet, o compartilhamento dessas informações tornou-se extremamente fácil, rápido e amplo.
 No entanto, com essa expansão, abriu-se também um espaço para aqueles que pregam discursos intolerantes e discriminatórios disseminem com mais facilidade a desinformação e o ódio.
A liberdade de expressão é um direito fundamental previsto na Constituição Federal e em diversos tratados internacionais de que o Brasil faz parte, exercendo papel importantíssimo no exercício da democracia e da dignidade da pessoa humana. Contudo, como qualquer outro direito, a liberdade de expressão também conhece limitações.
	Portanto, com o objetivo de atrair atenção para o tema, o presente estudo tem como escopo a análise acerca dos limites da liberdade de expressão diante do discurso de ódio, bem como a ponderação entre outro direito fundamental de igual valor, a dignidade da pessoa humana.
	Sendo assim, este artigo baseia-se em três pilares, começando por uma breve conceituação sobre a liberdade de expressão, seus limites e ponderação entre os direitos fundamentais. Em seguida, a delimitação do discurso de ódio, o papel da internet e como ela facilita a propagação dessa conduta e o estabelecimento de direitos e deveres nesse âmbito, popularmente conhecido como marco civil. Por fim, o caso Ellwanger, episódio de extrema relevância acerca do tema, julgado pelo Supremo Tribunal Federal, evidenciando como o ordenamento jurídico se posiciona frente ao exercício da liberdade de expressão de forma abusiva.
O desenvolvimento do estudo se deu a partir da pesquisa bibliográfica, baseando-se em livros, artigos, revistas jurídicas e jurisprudências, utilizando o método dedutivo e técnica de pesquisa bibliográfica descritiva.
2 DIREITO FUNDAMENTAL: A LIBERDADE DE EXPRESSÃO
A liberdade de expressão é um direito fundamental que garante que o indivíduo seja livre para expressar suas opiniões e pensamentos, reforçando a democracia e reconhecimento da autonomia individual. Essa garantia se faz presente na Constituição Federal e em diversos tratados internacionais de que o Brasil é signatário.
A Carta Magna, em seu art. 5o, garante a liberdade da manifestação do pensamento, a expressão científica, intelectual, artística, de comunicação e em seu art. 220, a comunicação social, in verbis:
Art. 5o:
[...] 
IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato; 
V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem; 
[...] 
IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença; 
[...] 
Art. 220. A manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a informação, sob qualquer forma, processo ou veículo não sofrerão qualquer restrição, observado o disposto nesta Constituição. 
§ 1º Nenhuma lei conterá dispositivo que possa constituir embaraço à plena liberdade de informação jornalística em qualquer veículo de comunicação social, observado o disposto no art. 5º, IV, V, X, XIII e XIV. 
2º É vedada toda e qualquer censura de natureza política, ideológica e artística. (BRASIL, 1988)
Por sua vez, a Declaração Universal dos Direitos Humanos em seus artigos 18o e 19o prescreve, in verbis:
Artigo 18º: Toda a pessoa tem direito a liberdade de pensamento, de consciência, e de religião; este direito implica a liberdade de mudar de religião e/ou convicção, assim como a liberdade de manifestar a religião ou convicção, sozinho ou em comum, tanto em público como em privado, pelo ensino, pela prática, pelo culto e pelos ritos. 
Artigo 19º: Todo o indivíduo tem direito a liberdade de opinião e de expressão, o que implica o direito de não ser inquietado pelas suas opiniões e o de procurar, receber e difundir, sem consideração de fronteiras, informações e ideias por qualquer meio de expressão. (Declaração Universal dos Direitos Humanos, 1948)
Logo, é garantido para todo indivíduo a expressão de forma livre das suas ideias, sem repressão por parte do Estado ou de quaisquer membros da sociedade. 
Acerca do tema, José Afonso da Silva (2000) traz que: 
A liberdade de comunicação consiste num conjunto de direitos, formas, processos e veículos, que possibilitam a coordenação desembaraçada da criação, expressão e difusão do pensamento e da informação. É o que se extrai dos incisos IV, V, IX, XII, e XIV do art. 5º combinados com os arts. 220 a 224 da Constituição. Compreende ela as formas de criação, expressão e manifestação do pensamento e de informação, e a organização dos meios de comunicação, esta sujeita a regime jurídico especial. (SILVA, 2000, p. 247)
Logo, a liberdade de expressão não é restrita à comunicação, sendo garantia da livre interação social, condição necessária para o exercício da democracia.
3 LIMITES DA LIBERDADE DE EXPRESSÃO
No entanto, apesar da sua importância e relação direta com a dignidade da pessoa humana e democracia, não se trata de uma garantia absoluta, tendo em vista que durante o seu exercício, direitos de outros indivíduos ou grupos podem ser atingidos, devendo ser delimitado um ponto, o que não é fácil.
A divergência nessa limitação encontra-se estabelecida na discussão do que seria censura e do que seria abuso do exercício desse direito fundamental, não podendo resultar em impunidade para aqueles que o cometem.
No que diz respeito ao alcance de um direito fundamental, pode ser estabelecido pela Constituição Federal ou até mesmo por uma lei infraconstitucional, motivo pelo qual o direito à liberdade de expressão não poderáser considerado um direito absoluto. Neste sentido, Fernandes (2011) ensina que:
Nesses termos, para a doutrina dominante, falar em direito de expressão ou de pensamento não é falar em direito absoluto de dizer tudo aquilo ou fazer tudo aquilo que se quer. De modo lógico-implícito a proteção constitucional não se estende à ação violenta. Nesse sentido, para a corrente majoritária de viés axiológico, a liberdade de manifestação é limitada por outros direitos e garantias fundamentais como a vida, a integridade física, a liberdade de locomoção. Assim sendo, embora haja liberdade de manifestação, essa não pode ser usada para manifestação que venham a desenvolver atividades ou práticas ilícitas (antissemitismo, apologia ao crime etc...) (FERNANDES, 2011, p. 279).
A Constituição Federal, em seu art. 5o, estabelece a vedação ao anonimato, com o escopo de identificar autores de discursos que venham a atingir os direitos de outros indivíduos ou grupos, cerceando a manifestação anônima e buscando a responsabilização. Nota-se que o intuito desse cerceamento não é a censura, mas garantir a punibilidade, bem como direito de resposta e possível indenização.
Ademais, tal intuito se faz presente também em dispositivos da Convenção Americana sobre Direitos Humanos (CADH), assinada em 22 de novembro de 1969, na Costa Rica, dispondo sobre a liberdade de expressão e seus limites, in verbis: 
Artigo 13. Liberdade de pensamento e de expressão
1. Toda pessoa tem direito à liberdade de pensamento e de expressão. Esse direito compreende a liberdade de buscar, receber e difundir informações e ideias de toda natureza, sem consideração de fronteiras, verbalmente ou por escrito, ou em forma impressa ou artística, ou por qualquer outro processo de sua escolha.
2. O exercício do direito previsto no inciso precedente não pode estar sujeito a censura prévia, mas a responsabilidades ulteriores, que devem ser expressamente fixadas pela lei e ser necessárias para assegurar:
a. o respeito aos d
ireitos ou à reputação das demais pessoas; ou 
b. a proteção da segurança nacional, da ordem pública, ou da saúde ou da moral públicas.
3. Não se pode restringir o direito de expressão por vias ou meios indiretos, tais como o abuso de controles oficiais ou particulares de papel de imprensa, de frequências radioelétricas ou de equipamentos e aparelhos usados na difusão de informação, nem por quaisquer outros meios destinados a obstar a comunicação e a circulação de ideias e opiniões.
4. A lei pode submeter os espetáculos públicos a censura prévia, com o objetivo exclusivo de regular o acesso a eles, para proteção moral da infância e da adolescência, sem prejuízo do disposto no inciso 2.
5. A lei deve proibir toda propaganda a favor da guerra, bem como toda apologia ao ódio nacional, racial ou religioso que constitua incitação à discriminação, à hostilidade, ao crime ou à violência. (CADH, 1969)
Os limites da liberdade de expressão encontram-se delimitados nos artigos 2, 4 e 5, buscando a efetividade dos outros direitos fundamentais. Vale ressaltar que uma opinião contrária ao entendimento de outros indivíduos não significa, necessariamente, um ato que macula a honra ou a dignidade do outro, mas sim um exercício da democracia.
Nesse sentido, Alexandre de Morais (2002) leciona:
A liberdade de expressão constitui um dos fundamentos essenciais de uma sociedade democrática e compreende não somente as informações consideradas como inofensivas, indiferentes ou favoráveis, mas também as que possam causar transtornos, resistência, inquietar pessoas, pois a Democracia somente existe baseada na consagração do pluralismo de ideias e pensamentos, da tolerância de opiniões e do espírito aberto ao diálogo. (MORAIS, 2002, p. 206)
Logo, a liberdade de expressão não se encontra acima dos demais direitos, sofrendo limitações pela necessidade de harmonia entre todos os direitos fundamentais.
4 PONDERAÇÃO ENTRE OS DEMAIS DIREITOS
Para que não ocorram conflitos entre direitos fundamentais, faz-se necessária a ponderação e harmonização entre eles, tendo em vista que um direito fundamental não pode ser completamente cerceado em detrimento do outro, não possuindo caráter absoluto.
Com efeito, o posicionamento do Supremo Tribunal Federal acerca do tema é o que se segue, in verbis:
OS DIREITOS E GARANTIAS INDIVIDUAIS NÃO TÊM CARÁTER ABSOLUTO. Não há, no sistema constitucional brasileiro, direitos ou garantias que se revistam de caráter absoluto, mesmo por que razões de relevante interesse público ou exigências derivadas do princípio de convivência das liberdades legitimam, ainda que excepcionalmente, a adoção, por parte dos órgãos estatais, de medidas restritivas das prerrogativas individuais ou coletivas, desde que respeitados os termos estabelecidos pela própria Constituição. O estatuto constitucional das liberdades públicas, ao delinear o regime jurídico a que estas estão sujeitas - e considerado o substrato ético que as informa - permite que sobre elas incidam limitações de ordem jurídica, destinadas, de um lado, a proteger a integridade do interesse social e, de outro, a assegurar a coexistência harmoniosa das liberdades, pois nenhum direito ou garantia pode ser exercido em detrimento da ordem pública ou com desrespeito aos direitos e garantias de terceiros. […] (MS 23452, Relator(a): Min. CELSO DE MELLO, Tribunal Pleno, julgado em 16/09/1999, DJ 12-05-2000 PP-00020 EMENT VOL-01990-01 PP-00086)
Embora não possuam caráter absoluto, os direitos fundamentais não podem ter o seu núcleo essencial alterado, ou seja, é necessário que o mínimo possível, para que o direito mantenha sua efetividade, seja preservado.
Segundo Ana Maria D’Ávila Lopes (2004):
A garantia do conteúdo essencial é concebida como um limite à atividade limitadora dos direitos fundamentais, isto é, como o “limite dos limites”. O conteúdo essencial atua como uma fronteira que o legislador não pode ultrapassar, delimitando o espaço que não pode ser “invadido” por uma lei sob o risco de ser declarada inconstitucional. Por isso é que a garantia do conteúdo essencial é o limite dos limites, indicando um limite além do qual não é possível a atividade limitadora dos direitos fundamentais. (LOPES, 2004, p. 13)
Para que esse núcleo essencial seja preservado, faz-se necessária a utilização da proporcionalidade como um meio de se obter um consenso entre os direitos fundamentais, partindo da análise de três requisitos: a adequação, a necessidade e a proporcionalidade, conforme a visão de Virgílio Afonso da Silva (2002): 
O objetivo da aplicação da regra da proporcionalidade, como o próprio nome indica, é fazer com que nenhuma restrição a direitos fundamentais tome dimensões desproporcionais. É, para usar uma expressão consagrada, uma restrição às restrições. Para alcançar esse objetivo, o ato estatal deve passar pelos exames da adequação, da necessidade e da proporcionalidade em sentido estrito. Esses três exames são, por isso, considerados como sub-regras da regra da proporcionalidade. 
[…] 
Ainda que uma medida que limite um direito fundamental seja adequada e necessária para promover um outro direito fundamental, isso não significa, por si só, que ela deve ser considerada como proporcional. Necessário é ainda um terceiro exame, o exame da proporcionalidade em sentido estrito, que consiste em um sopesamento entre a intensidade da restrição ao direito fundamental atingido e a importância da realização do direito fundamental que com ele colide e que fundamenta a adoção da medida restritiva”. (SILVA, 2002, p. 24, 40)
Com a possibilidade de direitos fundamentais serem ponderados, cria-se espaço para que sejam exercidos de forma conjunta, sem restrição total de um deles. 
5 O DISCURSO DE ÓDIO
O discurso de ódio se encontra delimitado entre a liberdade de expressão e a ofensa à dignidade da pessoa humana. No entanto, para que reste configurado esse discurso, é necessária a exteriorização do pensamento discriminatório que incite o ódio, intimide ou insulte, seja no âmbito religioso, racial, de gêneroou sexual, atacando características formadoras da identidade do indivíduo, buscando a segregação e promovendo a intolerância perante a diversidade.
O exercício da liberdade de expressão para promover discursos discriminatórios, que venham a inferiorizar o próximo com base nas suas características, seja a raça, orientação sexual, etnia ou religião, configuram o discurso de ódio. Esse discurso macula a dignidade da pessoa humana, colidindo com ambos os direitos fundamentais, assim sendo, por meio da ponderação, resta evidenciado o caráter relativo dos direitos e garantias fundamentais. 
Nesse sentido, Norberto Bobbio (2004) ensina:
Na maioria das situações em que está em causa um direito do homem, ao contrário, ocorre que dois direitos igualmente fundamentais se enfrentem, e não se pode proteger incondicionalmente um deles sem tornar o outro inoperante. Basta pensar, para ficarmos num exemplo, no direito à liberdade de expressão, por um lado, e no direito de não ser enganado, excitado, escandalizado, injuriado, difamado, vilipendiado, por outro. Nesses casos, que são a maioria, deve-se falar de direitos fundamentais não absolutos, mas relativos, no sentido de que a tutela deles encontra, em certo ponto, um limite insuperável na tutela de um direito igualmente fundamental, mas concorrente. E, dado que é sempre uma questão de opinião estabelecer qual o ponto em que um termina e o outro começa, a delimitação do âmbito de um direito fundamental do homem é extremamente variável e não pode ser estabelecida de uma vez por todas. (BOBBIO, 2004, p. 24)
Contudo, nem tudo aquilo que gera discordância ou incômodos aos receptores do discurso pode ser considerado como intolerância ou ódio, pois em uma sociedade como a nossa, plena de diversidade de pensamentos e cultura, a divergência de opiniões e pensamentos é natural. Sendo assim, é normal a sensação de desconforto, desde que relacionada à tolerância e respeito no discurso divergente.
Assim, resta evidenciado que o discurso de ódio é resultante da quebra dos limites do exercício da liberdade de expressão, promovendo ódio, intolerância e segregação. Esse discurso, associado a rede mundial de computadores e a sensação de anonimato e impunidade, alcança uma abrangência alarmante, pela velocidade de propagação e pela quantidade de pessoas alcançadas. 
6 O PAPEL DA INTERNET 
Os avanços tecnológicos tornaram a internet um dos meios de comunicação mais utilizados no Brasil, facilitando a difusão de ideias e pensamentos por meio das redes sociais. Dessa forma, surgiu um espaço para que as interações se desenvolvam de forma amplificada, facilitando a difusão de ideias e pensamentos, fortalecendo a democracia e as interações sociais.
Todavia, a facilidade do acesso e de compartilhamento de informações sem verificação de veracidade criam espaço para que indivíduos façam má utilização desse meio para expressar ideias ofensivas, sem que haja uma identificação direta, contrariando as disposições presentes na Constituição Federal, que veda o anonimato no exercício da livre manifestação do pensamento.
Ainda assim, mesmo com essa falsa impunidade justificada com o anonimato, existem indivíduos que não recorrem a este recurso, uma vez que acreditam estar exercendo seu direito de liberdade de expressão e que tal exercício não implicará em nenhuma forma de sanção, já que o receptor da mensagem pode estar distante e ser um completo desconhecido.
6.1 O MARCO CIVIL
A lei nº. 12.965, de 23 de abril de 2014, popularmente conhecida como Marco Civil da Internet, estabelece direitos e deveres para o uso da internet no Brasil, in verbis:
Art. 2º A disciplina do uso da internet no Brasil tem como fundamento o respeito à liberdade de expressão, bem como: 
[…] 
Art. 3º A disciplina do uso da internet no Brasil tem os seguintes princípios: 
I – garantia da liberdade de expressão, comunicação e manifestação de pensamento, nos termos da Constituição Federal; (BRASIL, 2014)
No entanto, a lei também prevê a possibilidade de ponderação da liberdade de expressão no âmbito da internet em seu art. 19. Partindo-se de uma ordem judicial, o provedor do serviço na internet, no prazo estabelecido, deverá remover conteúdos de terceiros que forem considerados ofensivos, sob pena de responsabilização civil pelos danos decorrentes do conteúdo veiculado. A ordem judicial deverá ser clara e específica do conteúdo a ser removido, sob pena de nulidade. 
Art. 19. Com o intuito de assegurar a liberdade de expressão e impedir a censura, o provedor de aplicações de internet somente poderá ser responsabilizado civilmente por danos decorrentes de conteúdo gerado por terceiros se, após ordem judicial específica, não tomar as providências para, no âmbito e nos limites técnicos do seu serviço e dentro do prazo assinalado, tornar indisponível o conteúdo apontado como infringente, ressalvadas as disposições legais em contrário.
§ 1º A ordem judicial de que trata o caput deverá conter, sob pena de nulidade, identificação clara e específica do conteúdo apontado como infringente, que permita a localização inequívoca do material. (BRASIL, 2014)
No entanto, não há menção ao discurso de ódio ou ofensas à dignidade da pessoa humana.
7 DECISÃO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL: HC 82.424/RS
O Supremo Tribunal Federal proferiu em 2003 uma decisão importantíssima para a jurisprudência pátria acerca do tema. Trata-se do habeas corpus nº. 82.424/RS sobre o caso Siegfried Ellwanger, descrito pelo ministro Marco Aurélio como um dos julgamentos mais importantes do Supremo Tribunal Federal.
A seguir, um resumo do julgamento, in verbis:
HABEAS-CORPUS. PUBLICAÇÃO DE LIVROS: ANTI-SEMITISMO. RACISMO. CRIME IMPRESCRITÍVEL. CONCEITUAÇÃO. ABRANGÊNCIA CONSTITUCIONAL. LIBERDADE DE EXPRESSÃO. LIMITES. ORDEM DENEGADA. 1. Escrever, editar, divulgar e comerciar livros "fazendo apologia de idéias preconceituosas e discriminatórias" contra a comunidade judaica (Lei 7716/89, artigo 20, na redação dada pela Lei 8081/90) constitui crime de racismo sujeito às cláusulas de inafiançabilidade e imprescritibilidade (CF, artigo 5º, XLII). 2. Aplicação do princípio da prescritibilidade geral dos crimes: se os judeus não são uma raça, segue-se que contra eles não pode haver discriminação capaz de ensejar a exceção constitucional de imprescritibilidade. Inconsistência da premissa. 3. Raça humana. Subdivisão. Inexistência. Com a definição e o mapeamento do genoma humano, cientificamente não existem distinções entre os homens, seja pela segmentação da pele, formato dos olhos, altura, pêlos ou por quaisquer outras características físicas, visto que todos se qualificam como espécie humana. Não há diferenças biológicas entre os seres humanos. Na essência são todos iguais. 4. Raça e racismo. A divisão dos seres humanos em raças resulta de um processo de conteúdo meramente político-social. Desse pressuposto origina-se o racismo que, por sua vez, gera a discriminação e o preconceito segregacionista. 5. Fundamento do núcleo do pensamento do nacional-socialismo de que os judeus e os arianos formam raças distintas. Os primeiros seriam raça inferior, nefasta e infecta, características suficientes para justificar a segregação e o extermínio: inconciabilidade com os padrões éticos e morais definidos na Carta Política do Brasil e do mundo contemporâneo, sob os quais se ergue e se harmoniza o estado democrático. Estigmas que por si só evidenciam crime de racismo. Concepção atentatória dos princípios nos quais se erige e se organiza a sociedade humana, baseada na respeitabilidade e dignidade do ser humano e de sua pacífica convivência no meio social. Condutas e evocações aéticas e imorais que implicam repulsiva ação estatal por se revestirem de densa intolerabilidade, de sorte a afrontar o ordenamento infraconstitucional e constitucional do País. 6. Adesão do Brasil a tratados e acordos multilaterais, que energicamente repudiam quaisquer discriminações raciais, aí compreendidas as distinções entre os homens por restrições ou preferências oriundas de raça, cor, credo, descendênciaou origem nacional ou étnica, inspiradas na pretensa superioridade de um povo sobre outro, de que são exemplos a xenofobia, "negrofobia", "islamafobia" e o anti-semitismo. 7. A Constituição Federal de 1988 impôs aos agentes de delitos dessa natureza, pela gravidade e repulsividade da ofensa, a cláusula de imprescritibilidade, para que fique, ad perpetuam rei memoriam, verberado o repúdio e a abjeção da sociedade nacional à sua prática. 8. Racismo. Abrangência. Compatibilização dos conceitos etimológicos, etnológicos, sociológicos, antropológicos ou biológicos, de modo a construir a definição jurídico-constitucional do termo. Interpretação teleológica e sistêmica da Constituição Federal, conjugando fatores e circunstâncias históricas, políticas e sociais que regeram sua formação e aplicação, a fim de obter-se o real sentido e alcance da norma. 9. Direito comparado. A exemplo do Brasil as legislações de países organizados sob a égide do estado moderno de direito democrático igualmente adotam em seu ordenamento legal punições para delitos que estimulem e propaguem segregação racial. Manifestações da Suprema Corte Norte-Americana, da Câmara dos Lordes da Inglaterra e da Corte de Apelação da Califórnia nos Estados Unidos que consagraram entendimento que aplicam sanções àqueles que transgridem as regras de boa convivência social com grupos humanos que simbolizem a prática de racismo. 10. A edição e publicação de obras escritas veiculando idéias anti-semitas, que buscam resgatar e dar credibilidade à concepção racial definida pelo regime nazista, negadoras e subversoras de fatos históricos incontroversos como o holocausto, consubstanciadas na pretensa inferioridade e desqualificação do povo judeu, equivalem à incitação ao discrímen com acentuado conteúdo racista, reforçadas pelas conseqüências históricas dos atos em que se baseiam. 11. Explícita conduta do agente responsável pelo agravo revelador de manifesto dolo, baseada na equivocada premissa de que os judeus não só são uma raça, mas, mais do que isso, um segmento racial atávica e geneticamente menor e pernicioso. 12. Discriminação que, no caso, se evidencia como deliberada e dirigida especificamente aos judeus, que configura ato ilícito de prática de racismo, com as conseqüências gravosas que o acompanham. 13. Liberdade de expressão. Garantia constitucional que não se tem como absoluta. Limites morais e jurídicos. O direito à livre expressão não pode abrigar, em sua abrangência, manifestações de conteúdo imoral que implicam ilicitude penal. 14. As liberdades públicas não são incondicionais, por isso devem ser exercidas de maneira harmônica, observados os limites definidos na própria Constituição Federal (CF, artigo 5º, § 2º, primeira parte). O preceito fundamental de liberdade de expressão não consagra o "direito à incitação ao racismo", dado que um direito individual não pode constituir-se em salvaguarda de condutas ilícitas, como sucede com os delitos contra a honra. Prevalência dos princípios da dignidade da pessoa humana e da igualdade jurídica. 15. "Existe um nexo estreito entre a imprescritibilidade, este tempo jurídico que se escoa sem encontrar termo, e a memória, apelo do passado à disposição dos vivos, triunfo da lembrança sobre o esquecimento". No estado de direito democrático devem ser intransigentemente respeitados os princípios que garantem a prevalência dos direitos humanos. Jamais podem se apagar da memória dos povos que se pretendam justos os atos repulsivos do passado que permitiram e incentivaram o ódio entre iguais por motivos raciais de torpeza inominável. 16. A ausência de prescrição nos crimes de racismo justifica-se como alerta grave para as gerações de hoje e de amanhã, para que se impeça a reinstauração de velhos e ultrapassados conceitos que a consciência jurídica e histórica não mais admite. Ordem denegada. (STF - HC: 82424 RS, Relator: MOREIRA ALVES, Data de Julgamento: 17/09/2003, Tribunal Pleno, Data de Publicação: DJ 19-03-2004 PP-00017 EMENT VOL-02144-03 PP-00524)(sem grifos no original)
O caso em tela tratava da discussão sobre racismo e discurso de ódio, porém, com o decorrer do debate e análise dos ministros, outros aspectos e direitos fundamentais foram discutidos, como a liberdade de expressão e dignidade da pessoa humana.
Siegfried Ellwanger Castan havia escrito e comercializado livros que traziam mensagens e conteúdos racistas, discriminatórios e preconceituosos acerca da comunidade judaica, propagando o ódio e o desprezo pelos judeus.
A matéria chegou ao Supremo Tribunal Federal para definir o entendimento sobre os judeus serem uma raça ou não, e a possibilidade de a discriminação contra a comunidade judaica ser considerada racismo.
O ministro Gilmar Mendes, em seu voto, afirma que a liberdade de expressão só se mantém quando não atenta contra a dignidade da pessoa humana, não alcançando, portanto, a intolerância racial.
O ministro Marco Aurélio, por sua vez, entende que o direito à liberdade de expressão “funciona como uma proteção da autodeterminação democrática da comunidade política e da preservação da soberania popular”. 
A seu turno, o ministro Ayres Brito entendeu que a publicação do livro se tratava do exercício do direito à liberdade de pensamento, indicando que era objeto pertencente ao plano da reflexão e não ao plano da ação ou ao plano da conduta, não significando, portanto, prática. O ministro afirma que escrever um livro está nos domínios da vida pensada, não propriamente vida vivida.
A conclusão acerca do tema foi que a liberdade de expressão permite que fatos históricos, como o holocausto, sejam questionados e que sejam emitidas opiniões sobre tais fatos, mesmo que divergentes da opinião da maioria da sociedade, no entanto, caso haja conteúdo racista, essa manifestação poderá ser vedada.
O posicionamento do Supremo Tribunal Federal no habeas corpus nº. 82.424/RS foi o de punir o discurso em si e não suas consequências, prevalecendo a dignidade da pessoa humana sobre a liberdade de expressão, restando o entendimento de que o discurso propagado, resultando em ações concretas de racismo, poderá resultar em punição por ferir a dignidade de determinado grupo alvo. 
O Supremo Tribunal Federal também estabeleceu outros limites à liberdade de expressão, não somente aqueles expressos em lei, mas também morais. A problemática dessa limitação encontra-se na opinião pessoal dos julgadores quanto à moralidade.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A liberdade de expressão é um direito fundamental que desempenha papel fundamental no exercício da democracia e na dignidade da pessoa humana, garantindo que todos os cidadãos possam expressar suas ideias e opiniões sem qualquer tipo de censura ou repressão, direito assegurado pelo ordenamento jurídico nacional e internacional.
No entanto, como qualquer outro direito, conhece limites e ponderações. Quando exercido de forma abusiva, atingindo indivíduos ou coletivos específicos que possuam determinada característica, seja ela de cunho racial, religioso, orientação sexual ou qualquer outra, caracteriza-se o discurso de ódio, fazendo que essa liberdade de expressão entre em conflito com a dignidade da pessoa humana, outro direito fundamental de igual importância para o exercício da cidadania e democracia.
Logo, faz-se necessária a ponderação entre esses dois direitos mediante o conflito gerado pelo discurso de ódio, partido de três requisitos a adequação, a necessidade e a proporcionalidade. Dessa forma, cria-se, então, um espaço para que os direitos fundamentais sejam exercidos de forma conjunta, sem restrição completa de qualquer um deles.
Além disso, atualmente, com a popularidade das redes sociais e facilidade da propagação, indivíduos mal-intencionados proferem esse discurso se utilizando do suposto anonimato e da impressão de impunibilidade, confrontando diretamente o que está estabelecido no art. 5o. da Constituição Federal.
Embora não haja legislação específica que trate dessa matéria até o momento, os tribunais, por meio de princípios constitucionais e legislação complementarvigentes, responsabilizam os agentes propagadores do discurso de ódio.
Para suprir parte dessa necessidade, há um projeto de lei em tramitação, o PL 7582/2014, de autoria da Deputada Federal Maria do Rosário, que define os crimes de ódio e intolerância e cria mecanismos para coibi-los, nos termos do inciso III do art. 1º. e caput do art. 5o da Constituição Federal, e dá outras providências. Embora demonstrada a necessidade de legislação específica para determinados casos, como o âmbito da internet, é sabido que mudanças como essa demandam tempo. O projeto foi acolhido pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC) na data de 14 de outubro de 2021.
De acordo com o exposto, evidencia-se a importância da liberdade de expressão e da dignidade da pessoa humana para o exercício e manutenção da cidadania e democracia, bem como a linha tênue entre o exercício de um direito fundamental e o seu respectivo abuso, havendo a necessidade de ponderação, limitando o direito em questão, porém preservando o seu núcleo essencial, sem modificações, conservando sua condição de direito fundamental. 
A liberdade de expressão desempenha papel indispensável para o convívio em sociedade, não podendo ser deturpada para propagar discriminação, ódio e segregação.
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