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Livro Além da Vitamina D Leda Al Debes

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TODA HISTÓRIA É PRECIOSA
Uma história é capaz de reacender a esperança, iluminar
caminhos, fortalecer nossa compaixão. Cada história traz
consigo o poder de conectar pessoas, de nos transportar
para um universo desconhecido, de ampliar nossa visão do
mundo. Histórias enriquecem o conhecimento de quem as
doa e de quem as recebe. Elas também podem salvar vidas.
Mesmo que não percebamos, certamente fomos
beneficiados por muitas histórias ao longo de nosso
percurso. Por fim, e mesmo não tendo fim, nós somos feitos
de histórias...
Leda Al Debes
DEDICATÓRIA
À minha família pelo companheirismo de sempre, em
especial ao meu pai (em lembrança) por seu grande
exemplo de amor ao próximo e por ter me ensinado que sou
bem mais forte do que poderia imaginar; à minha mãe; à
minha tia Saloua e minha prima Silvana, por cuidarem de
mim desde a infância e por serem imensos exemplos de
amor incondicional.
À minha filha Hadija pela felicidade que trouxe à minha
vida desde quando chegou; por nossa incrível afinidade, por
tantas risadas e bobagens, por ser fonte da minha
inspiração.
Que esta obra nos lembre sempre de que devemos lutar
por um mundo melhor, e que consigamos perceber que o
fascínio de cada história está presente em nossas relações
cotidianas.
Amo vocês além do infinito.
PREFÁCIO
 
É com muita satisfação que escrevo o prefácio do livro
“Além da Vitamina D” . Trata-se de valiosíssima
compilação de depoimentos de médicos, pacientes e
pacientes-médicos descrevendo uma nova medicina: aquela
que busca o controle total da doença por meio do combate
às suas causas; não aquela em que, após poucos minutos
de consulta o paciente deixa a sala do médico com a
prescrição de produtos farmacêuticos, mas sem a esperança
de evitar o acúmulo de sequelas irreversíveis ao longo dos
anos. É particularmente encantador o relato demonstrativo
de empatia de médicos que passaram a buscar proporcionar
aos próprios pacientes o mesmo benefício que, na condição
de pacientes, eles mesmos alcançaram.
Recebendo em nossa clínica médicos do “primeiro
mundo” interessados em nosso protocolo para
autoimunidade, espantou-me saber que um médico
generalista em um país como a Alemanha pode chegar a
atender entre 60 e 90 pacientes em um único dia de
trabalho. Não se pode ensejar que médicos venham a ser
confundidos com vendedores de medicamentos, mal lhes
sendo permitido o tempo necessário para o preenchimento
de uma prescrição.
Como se encontra documentado neste livro, após anos
de sucessivas trocas de imunossupressores provocadas, ou
por perda do efeito benéfico, ou pelo surgimento de efeitos
colaterais graves, muitos pacientes buscaram o tratamento
com a “vitamina” D como último recurso, muitas vezes
depois de já haverem abandonado a si mesmos ao curso
natural da doença, decididos a evitar o sofrimento inerente
aos efeitos colaterais dos medicamentos convencionais.
Outros receberam de seus médicos a notícia de que nada
mais podem lhes oferecer, pois todo o arsenal terapêutico
que tinham disponível se esgotou após o término do efeito
benéfico transitório de cada recurso sucessivamente
empregado.
Esses depoimentos trazem a esperança, cada vez mais
concreta, de que a assim chamada “medicina baseada em
evidências” inevitavelmente será (e progressivamente está
sendo) substituída pela “medicina baseada na etiologia”, ou
seja, fundamentada no conhecimento dos mecanismos e no
combate à causa da doença. Conhecida a causa, pode-se
não somente tratar com eficácia a própria doença, mas
possibilitar o que pode haver de melhor: a prevenção,
evitando-se a explosão de doenças a que assistimos
mundialmente na atualidade. Vivemos em um mundo de
doentes no qual, já em 2017, 60% da população era
portadora de pelo menos uma doença crônica e 45% era
portadora de múltiplas doenças crônicas, conforme
verificado naquele ano nos EUA. Não é possível evitar-se
que mais pessoas adquiram doenças sem afastá-las dos
agentes causadores. É uma grande pena saber que tanto
sofrimento e tantos gastos públicos e privados poderiam ser
evitados utilizando-se medidas simples e não onerosas,
ocultas da classe médica e do público em geral. É
imprescindível desvendar o conhecimento das causas ao
médico comum.
Como exemplo denunciador da situação em que
vivemos, basta que sejam lidas as declarações de
personalidades como Richard Horton (editor-chefe da
renomada revista médica The Lancet, sediada na
Inglaterra), em 2015: “Metade de toda a literatura médica é
falsa”, ou de quem o precedeu, como Marcia Angell (hoje
com 81 anos – que por duas décadas foi editora da não
menos renomada revista médica The New England Journal
of Medicine, sediada nos EUA), em 2009: “Simplesmente, já
não é possível acreditar em grande parte da pesquisa
clínica que é publicada…”. O mesmo fabricante que financia
testes clínicos de medicamentos e vacinas é o interessado
em sua aprovação para colocação no mercado,
evidenciando-se inegável conflito de interesses. O problema
vai muito além, passando pela seleção dos palestrantes em
congressos médicos (conforme matéria publicada no British
Medical Journal em 19 de junho de 2008), e alcança os
procedimentos de aprovação por instituições como Food
and Drug Administration (FDA) nos EUA, conforme matéria
de capa da revista Science em 06 de julho de 2018.
Descortina-se nestas páginas um futuro promissor para
humanização e eficácia da prática médica — que não pode
ser antevisto nos congressos ou compêndios de medicina —
o que em grande parte se deve às descobertas da mais
extensa pesquisa da área da biologia até hoje desenvolvida
(entre 1990 e 2003), o chamado “Projeto Genoma Humano”.
Executado por um consórcio de diversos países, com um
gasto de 3 bilhões de dólares em verbas públicas e a
participação de inumeráveis pesquisadores, os resultados
desse projeto proporcionaram bases sólidas para a
identificação de genes que favorecem doenças por terem
sua estrutura alterada (“polimórfica”). O objetivo era
justamente a identificação das causas das doenças que
afligem a humanidade para preveni-las e tratá-las por meio
do combate às suas raízes mais profundas.
Tais “polimorfismos” genéticos estão presentes em todos
nós, seres humanos. No entanto, a descoberta que interessa
ao tratamento eficaz da autoimunidade foi a identificação
da associação das doenças autoimunes com polimorfismos,
afetando especificamente os genes necessários para as
funções biológicas da “vitamina” D. Tal descoberta já
ensejou o acúmulo de mais de duas dezenas de milhares de
publicações dedicadas à comprovação do papel regulador
dessa maravilhosa substância sobre o sistema imunológico.
Por um lado, ela potencializa a reação contra
microrganismos invasores. Neste mês de outubro de 2020 já
contabilizamos mais de 20 mil artigos científicos publicados
sobre a importância de interromper-se a pandemia de
deficiência de “vitamina” D para o controle da pandemia
mundial de covid-19 iniciada há menos de um ano.
Por outro lado, ela impede a agressão imunitária contra o
próprio organismo. Evidentemente, a resistência a tais
funções imunorreguladoras nos portadores de
autoimunidade somente poderia ser compensada por níveis
mais elevados de “vitamina” D, e foi essa a ideia que, em
concordância com as propostas inspiradoras do “Projeto
Genoma Humano”, norteou o desenvolvimento de um
método de ajuste da dose diária ao grau de resistência de
cada indivíduo aos seus efeitos biológicos.
Como o próprio título do livro antecipa, a leitura destas
páginas proporciona muito mais do que explicações sobre
uma substância que na realidade não é uma “vitamina”
(conforme se descobriu há quase 90 anos), mas sim, de
fato, muito mais do que um hormônio, responsável por
dezenas de funções no organismo humano. A “vitamina” D,
administrada em doses individualmente ajustadas, trouxe
aos pacientes com doenças autoimunes a possibilidade de
retomada da sua qualidade de vida, sem a perspectivade
um futuro sombrio, limitado por sofrimento físico e
psicológico e por diversos tipos e graus de invalidez.
O nome “Protocolo Coimbra” foi atribuído ao tratamento
com altas doses de “vitamina” D para doenças autoimunes,
nas redes sociais de vários países, pelos próprios pacientes.
É o fruto de intensa pesquisa e estudo relacionados à
literatura médico-científica que, por razões imagináveis, não
chega aos congressos e livros-texto de medicina. Destaco,
como catalisador do desenvolvimento dessa abordagem, o
papel libertador do treinamento em pesquisa recebido na
Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) (durante o
período de mestrado e doutorado) e no período de dois anos
passados na Universidade de Lund (Suécia) trabalhando
com modelos animais de doenças. Quem faz pesquisa tem
como objetivo gerar conhecimento novo e, para tanto, tem
de atualizar-se lendo as publicações originais,
desenvolvendo a capacitação de avaliar o seu valor
científico, por si próprio, sem buscar enxergar “verdades”
através do filtro da lente do autor do capítulo do livro-texto
ou da lente do palestrante do congresso clínico – lente essa
focada no emprego de novos fármacos recém-patenteados
e de custo proibitivo. A capacitação em pesquisa pré-clínica
é um processo laborioso em que as matérias básicas do
curso médico têm de ser novamente abraçadas e
aprofundadas para o entendimento das causas e
mecanismos das doenças, para que se possa neles(as)
intervir. Quase imediatamente, o acesso ágil às publicações
originais ensejado pelo surgimento da Internet acelerou
todo o processo. Inacreditável tornou-se verificar a
quantidade de informação com implicações terapêuticas
imediatas que é desconsiderada na transmissão de
conhecimento na comunidade médica.
Como médico não se pode deixar de corrigir qualquer
parâmetro biológico (seja vitamina, hormônio, ou o que for)
para não incorrer em negligência. Nesse sentido, é
surpreendente verificar que as doses diárias recomendadas
internacionalmente — mesmo após a elevação de 200 UI
para 600 UI por dia em 2010 pelo Institute of Medicine —
pouco ou nada mudam os níveis séricos desse hormônio, na
contramão de publicações datadas de 2003, que já
demonstravam que mesmo quase o dobro dessa dose diária
jamais faria a população (desde a década de 1980
progressivamente privada da única fonte natural de
hormônio D – a exposição solar) atingir os níveis séricos
mínimos recomendados nos EUA pela Endocrine Society
(mínimo de 40 ng/mL). É triste verificar a redução da
referência de normalidade no Brasil no início de 2018 para
“maior do que 20 ng/mL”, especialmente quando se trata de
um hormônio responsável por dezenas de variadas funções
biológicas, que provavelmente influencia a atividade de
todas as nossas células e que regula a expressão de 2 mil a
3 mil genes dentre os cerca de 24 mil que compõem o
genoma humano. Quando se verifica níveis subótimos do
hormônio (ou “muito mais do que hormônio”) D em quase
toda a população é natural ocorrer a contemporânea
explosão de doenças já mencionada.
Há quase duas décadas não seria possível prever a
proporção internacional que atingiria o que se tornou
comum chamar de “Protocolo Coimbra” em várias línguas,
que ganhou vida própria graças às chamadas redes sociais
formadas por pacientes entusiastas que jamais aceitariam
— pelo que transparece de forma clara nos depoimentos
deste livro — verem-se privados do tratamento que lhes
devolveu a vida, o presente e o futuro familiar e profissional.
Ao longo de todos esses anos, um grande aprendizado.
Como regra, adoecemos quando nos encontramos
emocionalmente desestabilizados. É o gatilho que se soma
aos demais fatores predisponentes. Nenhum tratamento
produz resultado de 100% em 100% dos pacientes, e o
“Protocolo Coimbra”, a despeito de sua eficácia inigualável
no tratamento de doenças autoimunes, não é exceção a
essa regra. Verificamos que a sustentação de um estado
emocional alterado compromete o resultado terapêutico por
intermédio do acionamento de mecanismos biológicos que
“despertam” cópias de genes alterados, mecanismos esses
estudados pela jovem ciência denominada “epigenética”.
As pesquisas têm demonstrado que provavelmente
nenhum de nós, seres humanos, tem genética perfeita, que
podemos ter vários genes alterados que podem provocar
doenças, bastando que sejam “ligados” por estresse
emocional intenso e sustentado. Nos últimos 15 anos em
que passei a interrogar diretamente os pacientes a respeito
do seu histórico emocional, não me recordo de nenhum
caso em que a doença não tenha iniciado em um período de
vida fortemente estressante. No caso das doenças
autoimunes, as cópias de genes alterados, ao serem
“despertadas” pelos hormônios do estresse, provocam
resistência aos efeitos biológicos da “vitamina” D,
perdendo-se os seus efeitos reguladores sobre o sistema
imunológico. Ficou claro ao longo dos últimos anos que o
benefício das doses elevadas de “vitamina” D poderia ser
comprometido por uma elevada reatividade emocional aos
problemas enfrentados pelos pacientes.
Assim, nos últimos anos tornou-se base fundamental do
tratamento a adoção da recusa sistemática a pensamentos
negativos, que se constituem no ponto de origem do
estresse emocional. Ao serem confrontados com os
mecanismos biológicos envolvidos, muitos pacientes
passaram a seguir essa orientação, pois perceberam que
estavam provocando o próprio sofrimento. Seguiu-se uma
grande e grata surpresa: doses cada vez menos elevadas de
“vitamina” D tiveram de ser usadas, pois os pacientes
estavam se tornando menos resistentes a ela, ao reativarem
o controle epigenético de seus genes alterados. Muitos já
estão se mantendo com doses fisiológicas (superiores às
utilizadas em suplementos pela medicina convencional),
pois perceberam que estavam provocando a sustentação da
atividade da doença (portanto o próprio sofrimento) por
intermédio da sintonia mental negativa. Enfim, estabelece-
se a realidade de que não podemos curar o paciente
(apenas, no máximo, permitir-lhe viver como se estivesse
curado), mas ele sim pode de fato curar-se cooperando com
o tratamento valendo-se de uma sintonia mental positiva,
pacífica, firme e otimista em face dos problemas que todos
enfrentamos ao longo da vida. Materializa-se a frase de
Buda:
“Nem teus piores inimigos podem fazer tanto dano
quanto teus próprios pensamentos.”
Por fim, é importante parabenizar o importante trabalho
e o incansável esforço que a autora do livro, Leda Al Debes,
tem feito ao se dedicar a essa causa de difundir o
conhecimento sobre a importância da “vitamina” D para o
organismo humano, pelas dezenas de funções já
descobertas que desempenha em nossas células, órgãos,
tecidos e sistemas. Leda tem auxiliado a difundir o papel
fundamental da otimização imediata dos níveis “vitamina” D
na prevenção e no tratamento da covid-19: muitas vidas já
têm sido salvas e muitas sequelas incapacitantes têm sido
evitadas. Se esse tratamento tem beneficiado tantas
pessoas hoje, isso se deve ao esforço de todos aqueles que,
como ela, entenderam a importância dessa substância
maravilhosa para a saúde e não se contentaram em guardar
esse benefício apenas para si. A todas as pessoas que
tiveram a coragem de difundir esse conhecimento, minha
sincera gratidão e reverência.
Cicero Galli Coimbra
CRM: 55714 - SP
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO
CONVITE
UMA GRANDE MUDANÇA DE VISÃO
Claudio Urbano
CRM: 139.040 - SP
São Paulo - Brasil
MEU FILHO, UM SONHO REALIZADO
Jéssica Martins Vieira
Hepatite autoimune e cirrose biliar primária
São Paulo - Brasil
A GENTE NÃO É TODO MUNDO
Fran Almeida
Esclerose múltipla
Minas Gerais - Brasil
CORAGEM DE MÃE E A CERTEZA DA LONGEVIDADE
SAUDÁVEL
Marcia Cicivizzo
Paciente: Nayra
Esclerose múltipla
São Paulo - Brasil
UMA HOMENAGEM PARA ALÉM DA VIDA
Beatriz Jankovski
Esclerose múltipla
São Paulo - Brasil
OBRIGADA, DR. CICERO, POR NÃO DESISTIR DE NÓS
DanieleDonha
Artrite reumatoide, psoríase e vitiligo
Mato Grosso do Sul - Brasil
EU SABIA QUE MINHA VIDA JAMAIS SERIA A MESMA
Renato Slomka
CRM: 5.453 - RS e 23.630 - SC
Rio Grande do Sul - Brasil
MINHA FILHA NÃO SOFRE MAIS
Sandra Costa
Paciente: Clara
Transtorno do Espectro Autista (TEA)
Espírito Santo - Brasil
UM SOPRO DE ESPERANÇA
Ana Sória
Paciente: filha
Púrpura Trombocitopênica Idiopática (PTI)
São Paulo - Brasil
DO OUTRO LADO DA MESA DO CONSULTÓRIO
Maira Elise Jann
CRM: 31.348 - RS
Esclerose múltipla
Rio Grande do Sul - Brasil
MINHA ILUMINADA JORNADA PESSOAL E
PROFISSIONAL
Satya Lustoza Nahu
CRM: 17.147 - BA
Esclerose múltipla e síndrome de Sjögren
Pernambuco - Brasil
GRATIDÃO PELA VIDA DO MEU PAI
Aline Diniz
Paciente: Edson da Silva Diniz
Esclerose múltipla
Distrito Federal - Brasil
CORAÇÃO DE MÃE NÃO SE ENGANA
Verediana Vasconcelos de Souza
Paciente: Camille
Artrite reumatoide, lúpus e síndrome de Sjögren
Paraná - Brasil
UM CAMINHO DE LUZ PARA LIBERDADE
Kory Carreno
Esclerose múltipla e fadiga crônica
Peru
FICO PENSANDO SE TUDO É REALMENTE VERDADE
André Linn
Polineuropatia periférica
São Paulo - Brasil
ALÉM DE UM DIAGNÓSTICO
Talitha Alexandrina
Esclerose múltipla
Pernambuco - Brasil
UMA SATISFAÇÃO INCRÍVEL
Jacqueline Tosta Rezende
CRM: 6.040 - GO
Goiás - Brasil 99
CADA DIA PARA MIM É UMA NOVA BENÇÃO
Andréa Banach
Esclerose múltipla e neuralgia do trigêmeo
Paraná - Brasil 104
GRATIDÃO PARA SEMPRE
Alessandra Fanton de Siqueira Alves
Paciente: César Augusto
Doença de Chron
Paraná - Brasil 107
TUDO ACONTECE POR ALGUMA RAZÃO
Jenn Williams
Esclerose múltipla e neurite óptica
Estados Unidos da América 109
DA FRANÇA PARA O BRASIL, NOSSA MELHOR VIAGEM
David Lúcio
Esclerose múltipla
França 114
CORAGEM PARA COMEÇAR
Cristina Minami
Lúpus e nefrite lúpica
São Paulo - Brasil
O INESTIMÁVEL VALOR DA VIDA
Karine Koller
CRM: 101.900 - SP
São Paulo - Brasil 121
AMOR DE IRMÃS
Indianara Giordani
Esclerose múltipla
Santa Catarina - Brasil 124
COLORIDA, COMO A VIDA DEVE SER
Betty Cardoso
Fibromialgia e psoríase
Itália
EU, COMO MÉDICO, SIMPLESMENTE NÃO ENTENDIA O
QUE ESTAVA ACONTECENDO
Ricardo Toledo
CRM: 15.490 - SC e 42.129 - PR
Santa Catarina - Brasil
EU NÃO TENHO MAIS MEDO DA ESCLEROSE MÚLTIPLA
Christina Kiening
Esclerose múltipla
Alemanha
CELEBRO CADA ANO DO PROTOCOLO COMO UM
RECOMEÇO
Lúcia Helena Galante dos Reis
Artrite psoriásica
São Paulo - Brasil
VITAMINA D, O MEU MELHOR TUBO
Marcelo Palma
Esclerose múltipla
São Paulo - Brasil
JUNTOS, SUPERANDO O AUTISMO
Ana Lisboa
Paciente: Victtor Ataide
Transtorno do Espectro Autista (TEA)
Paraíba - Brasil
GRATIDÃO É ALGO QUE ENOBRECE O HOMEM E
DIGNIFICA O MERECEDOR
Érico Carvalho
CRM: 14.066 - BA
Paciente: filho
Asma brônquica crônica
Bahia - Brasil
QUATRO PEDAIS
Fernanda Campos
Esclerose múltipla
Minas Gerais - Brasil
MINHA CADEIRA DE RODAS FICOU NO ESQUECIMENTO
Sophia Nunes
Esclerose múltipla
França
MINHA FAMÍLIA, MINHA MAIOR TORCIDA
Deise Miranda
Esclerose múltipla
Bahia - Brasil
JÁ SE PASSARAM DOZE ANOS
Larissa Megale
Esclerose múltipla
São Paulo - Brasil
SIMPLESMENTE PORQUE EU POSSO
Lêda Jamile
Esclerose múltipla
Rio de Janeiro - Brasil
COINCIDÊNCIAS NÃO EXISTEM
Otávio Gallindo
Esclerose múltipla
Alagoas – Brasil
O ESSENCIAL É SIMPLES
Felipe Belanda Trofino
CRM: 189.286 – SP e 43.994 – RS
Rio Grande do Sul - Brasil
EU SÓ PENSAVA EM ABRAÇÁ-LO E AGRADECER POR
ESTAR ALI
Paulo Faria
CRM: 35.305 - BA
Esclerose múltipla
Rio de Janeiro - Brasil
VIVER, E NÃO SOBREVIVER, É A MINHA ESCOLHA
Elaine Galhardo
Esclerose múltipla
Minas Gerais - Brasil
SEM SINTOMAS, SEM SINTOMAS, SEM SINTOMAS
Isabel Gonzaga Duque
Artrite reumatoide, depressão, epilepsia, fibromialgia e
psoríase
Rio de Janeiro - Brasil
MEU DIPLOMA DE MÉDICO, UM SONHO REAL
Vinícius Guedes
CRM: 10.883 - MS
Esclerose múltipla
Minas Gerais - Brasil
VAMOS TORNAR ESTE MUNDO UM LOCAL MELHOR
PARA TODOS VIVERMOS?
Danilo Finamor
CRM: 105.780 - SP
São Paulo - Brasil
SEMPRE É POSSÍVEL APRENDER ALGO MAIS
Cleusa Falkembach
Artrite reumatoide, esclerite e tireoidite de Hashimoto
Rio Grande do Sul - Brasil
NUNCA PARE DE LUTAR
Marianny de Siqueira Vasconcelos
Miastenia gravis
Pernambuco - Brasil
UM ENCONTRO MARCANTE
Bianca Urbano
CRM: 163.479 - SP
São Paulo - Brasil
MUITO ALÉM DA VITAMINA D
Leda Al Debes
Artrite psoriásica, esclerose múltipla, fibromialgia,
psoríase e fenômeno de Raynaud
São Paulo – Brasil
TEXTO TÉCNICO SOBRE VITAMINA D E AUTISMO
Dra. Karine Koller
CRM 101.900 - SP
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Este livro relata casos de artrite psoriásica, artrite
reumatoide, asma, cirrose biliar primária, depressão, doença
de Crohn, esclerite, esclerose múltipla, fadiga crônica, febre
reumática, fenômeno de Raynaud, fibromialgia, hepatite
autoimune, lúpus, miastenia gravis, nefrite lúpica, neuralgia
do trigêmeo, neurite óptica, psoríase, polineuropatia
periférica, Púrpura Trombocitopênica Idiopática (PTI),
síndrome da fadiga crônica, síndrome de Sjögren, Transtorno
do Espectro Autista (TEA), tireoidite de Hashimoto, uveíte e
vitiligo.
INTRODUÇÃO
Estamos lhe oferecendo, de coração aberto, um pouco
das nossas histórias, de que forma nossas vidas foram
transformadas em vários aspectos por meio da vitamina D.
Não é um livro que fala apenas sobre saúde, mas sim sobre
todos nós termos, você também, muito mais coisas em
comum do que imaginamos.
Nossos depoimentos foram escritos espontaneamente
com imensa gratidão, alegria, emoção e muita, muita
vontade de beneficiar o maior número de pessoas possível,
assim como um dia fomos beneficiados pelas histórias dos
que chegaram antes de nós.
O Prof. Dr. Cicero Galli Coimbra, por seu grande exemplo
de humildade, responsabilidade, determinação, coragem,
dedicação e respeito ao próximo, nos trouxe lições que vão
muito Além da Vitamina D.
Que esta obra leve esperança de uma vida melhor para
os que sofrem com doenças autoimunes e outras patologias
que vêm sendo tratadas com doses terapêuticas de
vitamina D; que seja de algum modo o despertar para o
exercício de uma medicina mais abrangente, humanizada,
pois de certa forma estamos todos juntos na tarefa de viver.
“Há quase duas décadas não seria possível prever a
proporção internacional que atingiria o que se tornou
comum chamar de ‘Protocolo Coimbra’ em várias línguas,
que ganhou vida própria graças às chamadas redes sociais,
formadas por pacientes entusiastas que jamais aceitariam,
pelo que transparece de forma clara nos depoimentos deste
livro, verem-se privados do tratamento que lhes devolveu a
vida, o presente e o futuro familiar e profissional.”
Prof. Cicero Galli Coimbra
“Fui o primeiro médico convidado pelo Dr. Cicero para
atendimento e pesquisa com altas doses de vitamina D.
Sinto-me extremamente grato e privilegiado por participar
desse gigantesco e revolucionário projeto de promoção da
saúde, desde a geração embrionária da ideia central e das
primeiras respostas dos pacientes, pela defesa de minha
tese de doutorado e publicação dos resultados, passando
por ajustes e adequações desse que se tornou o chamado
Protocolo Coimbra.”
Danilo Finamor
“Hoje eu sei que aquele dia de consulta com ela não foi
apenas um encontro marcado, mas acima de tudo um
encontro marcante! Tenho plena convicção de que o lado
humano da cura tem a possibilidade de provocar intensas
transformações na relação e visão de mundo, tanto do
médico quanto do paciente, e essa interação ajuda ambos a
crescerem.”
Bianca Urbano
“Um dos sentimentos mais cruéis que alguém pode
sentir é a impotência ante a dor e o sofrimento alheio,
principalmente quando se trata de uma pessoa querida. Em
se tratando de um filho, então, esse sentimento triplica a
angústia de não poder fazer absolutamente nada quando o
assunto é doença.”
Ana Sória
“Naquele momento percebi que a medicina por trás do
Protocolo Coimbra não tinha nadade alternativa. É uma
medicina baseada na epigenética, por muitos vista como a
medicina do futuro. No nosso caso, graças ao Dr. Cicero, é a
medicina do presente.”
Claudio Urbano
“Mês a mês Clara foi avançando e perdendo as
comorbidades do autismo e hoje, com três anos e dois
meses de idade, tem um vocabulário de seis palavras.
Esforça-se incrivelmente para se comunicar: gesticula,
aponta, tenta falar. Interage com qualquer pessoa. Até um
‘oi, menininha!’ gritado na rua e ela olha. Procura brincar
com outras crianças. O contato visual, com qualquer
pessoa, é total. Seu humor é ótimo: risonha, brincalhona,
esperta, implicante com o irmão mais velho. Ensaia
coreografias na escola, tenta cantarolar músicas infantis.”
Sandra Costa
“Certo dia, após um procedimento no hospital, recebi
uma medicação de uso proibido para miastenia, que
agravou bruscamente meus sintomas. Perdi totalmente a
consciência; não conseguia mexer nenhuma parte do meu
corpo. Aquele foi o momento do auge da doença para mim,
e eu me concentrei apenas para continuar respirando. Fui
direto para a UTI e, entre toda a movimentação da equipe
para prestar o socorro, eu tomei uma grande decisão na
minha vida: eu jamais passarei por isso novamente, e não
sei como vou fazer, mas vou melhorar.”
Marianny de Siqueira
Vasconcelos
“Suspendi o uso do medicamento. Percebi mais tarde que
a falta de contato mais próximo com o médico — para
esclarecimento das dúvidas que surgem — nos deixa
perdidos, com sentimento de abandono e desesperança. Eu
deveria ter me certificado a respeito, mas as consultas com
médicos convencionais são em geral tão rápidas, e tão
pouco esclarecedoras, que não nos motivam a buscar
respaldo.”
Cleusa Falkembach
“É muito extenso, não dá para descrever, mas o
tratamento começa na nossa cabeça. Antes de qualquer
vitamina aprendemos a olhar para dentro de nós, a buscar a
força que precisamos para conseguir sair desse buraco tão
triste e solitário que é a doença.”
Jéssica Martins Vieira
“Sim, existe vida além de um diagnóstico. A partir dele
conheci uma força interior que não imaginava que tinha, fiz
novos amigos, pude mostrar aos meus alunos e pessoas do
meu círculo de amizade que não existem obstáculos quando
passamos a enxergar os acontecimentos da vida como um
aprendizado.”
Talitha Alexandrino
“O Protocolo Coimbra transforma vidas: dos pacientes
portadores de doenças autoimunes, de seus familiares, e
dos médicos que têm o privilégio de contribuir na
informação sobre esse tratamento.”
André Monteiro
CRM: 20107 - MG
“Passei minha vida estudando, entrei para a faculdade de
medicina com 17 anos, dediquei-me ao máximo, e 6 meses
depois de formado descobri a esclerose múltipla, e que
todos os tratamentos convencionais me ofereciam um
futuro sombrio, sem muitas esperanças…”
Paulo Faria
“Se um dia eu chorava de desespero à beira de um
abismo, no dia seguinte eu chorava de emoção e gratidão
pela restauração da minha fé e esperança por uma vida
com bem-estar. Nesse momento falei para o Antônio: ‘Se
esse protocolo der certo, nosso filho tem que se chamar
Cicero!’. E o Antônio acenou com a cabeça concordando.”
Beatriz Jankoski
“Quando ele abriu a Internet e colocou no PubMed
‘vitamin D polimorphism VDR’, nossa! Estava ali o que eu
queria entender: um amontoado de artigos falando da
relação entre defeitos genéticos na absorção, metabolização
e transporte da vitamina D, e doenças autoimunes. Falei
para mim mesma na hora: ‘É por isso que funciona! Por isso
que tem que ser em alta dose a vitamina D’!”
Satya Nahu
“Se você que está lendo minha história tem uma doença
autoimune e ainda tem dúvidas sobre a eficácia do
Protocolo Coimbra, siga um conselho de quem já passou por
isso: pesquise, estude, conheça a fundo sua patologia. Não
temos formação médica, mas temos a obrigação de saber,
mesmo que superficialmente, o que acontece com o nosso
corpo, quais são as opções de tratamento e como elas
agem no nosso organismo.”
Lúcia Galante
“Óbvio, altas doses de vitamina D podem trazer
problemas. Não os trazem porque os médicos treinados pelo
Dr. Cicero Coimbra para o tratamento com altas doses de
vitamina D sabem como prevenir aqueles que poderiam,
eventualmente, advir desse tratamento.”
Renato Slomka
“Iniciei meu tratamento e no primeiro retorno, após
quatro meses, eu estava completamente sem sintomas ou
sinais da doença. Para falar a verdade, às vezes nem me
lembro de que sou portador de esclerose múltipla. Lembro-
me bem de quando optei por esse tratamento: as críticas
dos colegas e médicos da minha escola dizendo que iria
parar numa cadeira de rodas, cego, e que esse tratamento
com vitamina D não tem comprovação científica, ou seja, o
mesmo argumento infundado de sempre.”
Vinícius Guedes
“Sou extremamente agradecido ao Dr. Cicero pela
disposição de compartilhar seus conhecimentos, pelo seu
extraordinário raciocínio médico, e por enfrentar as
dificuldades, no início sozinho, hoje apoiado por inúmeros
médicos e principalmente por milhares de pacientes que
têm uma vida normal graças ao trabalho deste gênio da
medicina.”
Ricardo Toeldo
“Por causa dele tornei-me empreendedora. Criei minha
própria marca, minha própria confeitaria. Eu não tinha
condições de realizar esse tratamento. Agora comercializo
brownie, donuts, bolo de pote, palha italiana, dentre outros.
Não provo minhas receitas, pois na maioria delas vai leite
ou chocolate. Faço tudo no ‘olhômetro’, e os clientes sempre
elogiam.
Toda a renda das vendas destino a pagar meu
tratamento. Não desistam, nada é impossível. Espero que
um dia todos tenham livre acesso ao Protocolo Coimbra.”
Daniele Donha
“Por ter tido o diagnóstico de esclerose múltipla e ter
feito tratamento com medicação convencional e
posteriormente com vitamina D, e por ter podido avaliar em
mim os efeitos e respostas de cada um deles, consigo
entender os sentimentos do paciente e transmitir esperança
de que é possível, sim, voltar a viver apesar da doença e da
medicação. Nós, pacientes, somos a melhor e maior
evidência necessária para comprovar a eficácia ou não de
um tratamento.”
Maira Elise Jann
“Tive quatro consultas em dois anos e em 2014 recebi
alta médica, pois a minha doença estava desligada.
Inacreditável! Incrível! Dr. Cicero falou: ‘Parabéns, você está
de alta!’ Eu comecei a rir e falei: ‘Caracaaa, vou correr
pelada pela Avenida Paulista’. Juro que saiu sem querer,
falei sem pensar e ele, sempre sério, não aguentou e riu.”
Lêda Jamile
“Agradeço especialmente à Leda Al Debes, idealizadora
deste livro e portadora de doença autoimune, tratando-se
com o Protocolo Coimbra.
Está à frente de um projeto maravilhoso para divulgar
este tratamento ao máximo de pessoas possível, usando
recursos de mídias sociais, conectando pessoas ao
conhecimento do protocolo, e agora no lançamento deste
livro excepcional! Parabéns, Leda, por defender esta causa
com coragem e lucidez, e por despertar tantas pessoas
neste sentido.”
Jaqueline Rezende
Há vários anos os depoimentos de pacientes que tiveram
suas vidas transformadas por meio do Protocolo Coimbra
são divulgados voluntariamente nas redes sociais e
apreciados por milhares de pessoas. Já são mais de 500 mil
seguidores no Brasil e em vários outros países.
Todo o processo de elaboração deste livro, que começou
em setembro de 2018, foi para mim uma etapa de grande
aprendizado pessoal e profissional.
Emocionei-me ao ler cada depoimento recebido, e
quando tinha a pretensão de me controlar ao revisar nossas
histórias, lá estava eu sentindo novamente a mesma
emoção. Ao escrever meu próprio relato percebi o quanto foi
libertador transferir para o papel acontecimentos e emoções
que até então eu mesma não compreendia. Sinto-me feliz
em saber que outras pessoas também foram invadidas pelo
mesmo sentimento. Nossas histórias se entrelaçam…
Não há como descrever a avalanche de emoções desse
período. É um sonho que só foi possível realizarcom o
auxílio de muitas pessoas, muitos corações se abrindo
juntos, incondicionalmente, em prol de uma causa maior.
Que possamos seguir juntos e cada vez mais unidos,
disseminando a informação — motivados por nossas
experiências pessoais — de que o brilhante trabalho
pioneiro do Prof. Dr. Cicero Galli Coimbra e equipe, com
doses terapêuticas do hormônio D, vem beneficiando
milhares de pessoas no mundo inteiro há quase duas
décadas.
A todos os que participaram do primeiro volume da série
“Além da Vitamina D”, a todas as pessoas que dia a dia
fazem parte desta jornada, nas mídias sociais ou não,
fazendo também um trabalho voluntário que tantas vidas
tem salvado com a divulgação de informações essenciais
para a saúde de todos, aos meus familiares, aos “velhos” e
“novos” amigos, pelo incentivo e força de sempre, meus
sinceros agradecimentos.
É com profunda satisfação que lhes entrego, nesta obra,
um pouco de cada um de nós.
Obrigada por todo o apoio, obrigada pela luz que trazem
ao meu caminho.
Uma história é um grande presente!
Boa leitura!
Leda Al Debes
CONVITE
Gostaria de convidar outros pacientes e seus familiares,
“amigos vitaminados”, a participarem conosco da
continuação deste projeto, enviando seus depoimentos para
o endereço de e-mail que segue abaixo, de forma que
possivelmente venham a ser incluídos em futuros volumes
da série “Além da Vitamina D”.
E-mail: alemdavitaminad@gmail.com
Site: www.protocolocoimbravitaminad.com.br
Redes Sociais:
Instagram: @vitaminad.protocolocoimbra
Facebook: Página: Protocolo Coimbra - Vitamina D
Grupos de Apoio:
Protocolo Coimbra - Vitamina D grupo
Protocolo Coimbra para Esclerose Múltipla Protocolo
Coimbra para Pacientes
Site oficial do Dr. Cicero Galli Coimbra:
www.protocolocoimbradrcicerogalli.com
NOTA: Os depoimentos deste livro foram escritos entre
setembro de 2018 e outubro de 2020, e não estão
apresentados em ordem cronológica.
mailto:alemdavitaminad@gmail.com
https://protocolocoimbravitaminad.com.br/
https://instagram.com/vitaminad.protocolocoimbra?igshid=16zn8llf5k8at
https://www.facebook.com/protocolocoimbravitd
http://www.protocolocoimbradrcicerogalli.com/
 UMA GRANDE MUDANÇA DE VISÃO
Meu contato com o Dr. Cicero e o Protocolo Coimbra
ocorreu por intermédio da minha irmã, Dra. Bianca Urbano.
Inicialmente vou contextualizar como aconteceu esse
contato.
Eu me formei médico em 2009 e, como qualquer
profissional dessa área, segui uma linha mais convencional
da medicina. Em paralelo estava estudando muito sobre a
conexão entre mente e corpo, após começar a consultar um
psicoterapeuta que me ajudou muito em algumas questões
que precisava resolver.
Isso me levou em direção a uma linha de medicina
alternativa, não convencional, integrativa ou qualquer outro
nome que as pessoas dão. Na época estava começando a
estudar medicina chinesa e a minha irmã, Bianca,
perguntou-me se não gostaria de conhecer o trabalho do Dr.
Cicero e o Protocolo Coimbra.
Contava-me sobre os resultados do tratamento com altas
doses de Vitamina D, mas sempre fui cético. Para me
convencer precisava ver “com meus próprios olhos” os
resultados desse tratamento.
Passaram-se vários meses até que surgiu a oportunidade
de fazer o treinamento. Logo me surpreendi quando
comecei a acompanhar as consultas com o Dr. Cicero e duas
médicas que também estavam em treinamento, Dra. Satya
e Dra. Patrícia.
O Dr. Cicero começou a falar sobre uma medicina
completamente diferente, com uma abordagem muito mais
ampla do que eu poderia imaginar, envolvendo tanto os
aspectos emocionais que funcionam como gatilho para o
aparecimento de doenças o mesmo que eu já vinha
estudando na medicina chinesa e na psicologia
transpessoal), quanto o que havia de mais específico na
bioquímica. Novamente eu me vi estudando os mesmos
princípios que aprendi no primeiro ano da faculdade, e
acreditava que nunca usaria na minha prática médica. Foi
uma grande mudança de visão.
O que mais me surpreendeu foi perceber os resultados
nos pacientes. Durante toda a semana vi muitos casos de
esclerose múltipla, sem as sequelas que estamos
acostumados a observar em um ambulatório de neurologia
convencional. O Dr. Cicero conseguiu utilizar alguns
aspectos simples da bioquímica que acabam fazendo toda a
diferença. Cada suplemento e cada componente do
polivitamínico tem um motivo para ser prescrito. Todos
foram minuciosamente estudados buscando evidências
científicas na literatura. Naquele momento percebi que a
medicina por trás do Protocolo Coimbra não tinha nada de
alternativa. É uma medicina baseada na epigenética, por
muitos vista como a medicina do futuro. No nosso caso,
graças ao Dr.Cicero, é a medicina do presente.
Espero que as pessoas que são portadoras de doenças
autoimunes possam descobrir que há possibilidade de
melhora dos seus sintomas e controle das suas doenças. É
preciso, porém, estar disposto a trilhar um caminho novo,
que exige alguns sacrifícios, mas que pode fazer a diferença
entre uma vida normal e uma vida de limitações que as
doenças autoimunes trazem.
Claudio Urbano
 MEU FILHO, UM SONHO REALIZADO
Há quatro anos iniciei uma trajetória que nem de longe
imaginaria ser tão difícil. Se naquela época eu soubesse de
tudo o que iria enfrentar, tenho certeza de que pensaria não
ser capaz.
Em 2015 comecei a sentir muitas dores por todo o corpo,
dores que me deixavam de cama. Travava a coluna,
inchavam mãos e pés, tinha dores por todas as juntas. As
visitas aos médicos eram cada vez mais frequentes e os
diagnósticos os mais variados possíveis. Ouvia que era
reumatismo, fibromialgia, bursite e todos os “ites” que
vocês possam imaginar. Saía das consultas sempre
carregada de extensas receitas de anti-inflamatórios.
Tomava muitos remédios, muitos mesmo, sem pensar em
como eles me faziam piorar.
Na rodinha de amigos eu sempre ouvia que era podre. A
mais nova da turma estava sempre “não se sentindo muito
bem”.
Comecei a ficar depressiva. Tinha vergonha de sentir
tanta dor.
Não sabia o que estava acontecendo, e para “ajudar”
comecei a sentir uma coceira horrível pelo corpo. Eu, que já
não dormia bem, comecei a passar as noites sentada na
cama me coçando.
Minha mãe e todos à minha volta diziam que a coceira
era psicológica, que eu estava maluca. Eu me machucava
inteira por me coçar com qualquer objeto que via pela
frente. Entre tantas idas ao dermatologista, alguns exames
deixaram o médico assustado. E tudo foi só piorando.
Eu passei por cinco médicos, cinco especialistas que me
deram os piores diagnósticos possíveis. Ouvi que poderia
ser câncer, lúpus, hepatite, mas nada era confirmado. Eu
via no rosto dos médicos que não sabiam o que eu tinha,
até chegar a um dos maiores centros de doenças hepáticas
do país. Lá, por um momento eu pude respirar. Depois de
muitos exames tive um diagnóstico: hepatite autoimune e
cirrose biliar primária. Por pior que fosse o diagnóstico, eu
havia chegado a um ponto em que só queria saber o que eu
tinha. Mesmo sabendo que não teria cura eu ouvi que ficaria
bem com o tratamento. Ufa!
Mas não foi assim.
Meu tratamento era caríssimo. Comecei tomando seis
comprimidos por dia. Todo mês a mesma coisa: repetia os
exames com muita esperança de estar melhorando, mas
era o contrário.
Saía da consulta com o dobro de remédios receitados por
não estar havendo efeito algum.
Enquanto isso os efeitos colaterais dos remédios
ajudavam a me matar. Eu engordei 17 quilos, tornei-me
diabética e hipertensa. Tudo o que eu ouvia do meu médico
era que ele não sabia mais o que fazer, que meu quadro era
extremamente delicado e preocupante. O que ele poderia
fazer era aumentar as doses. Saía das consultas cada vez
mais deprimida, mais triste e com mais remédios. Foi mais
de um ano insistindo nesse tratamento que na medicina
convencional é o único: corticoides e imunossupressores.
Nesse meio tempo engravidei e sofri um aborto espontâneo.
Vi o meu maior sonhodesabar, e ouvir que eu não poderia
ter filhos terminou de me matar por dentro.
A essas alturas eu já havia perdido todas as minhas
esperanças. Só queria que o tempo passasse; pensava
muito em morrer. Tomava 16 comprimidos por dia que me
deixavam pior.
Eu só chorava.
Mesmo sendo uma pessoa de muita fé e tendo um
marido e família incríveis, estava difícil demais.
Assim foi até que um dia, nas minhas buscas
intermináveis na Internet, achei o “tratamento para doenças
autoimunes com vitamina D”.
Eu não conhecia ninguém que o tivesse feito, mas isso
foi um fio de esperança. Liguei para a clínica do Dr. Cicero e
marquei uma consulta. Enquanto aguardava esse dia
ansiosamente eu parei completamente com meu
tratamento.
Chegou o grande dia!
Minha consulta foi marcada com a Dra. Bianca Urbano,
que é da equipe do Dr. Cicero, mas eu tive o prazer de
conhecê-lo também.
O encontro durou quatro horas. Mal sabia que a minha
cura já havia começado ali. Conheci, antes de médicos,
pessoas generosas, cheias de vontade de me ajudar.
Deixaram claro que eu só não ficaria bem se não quisesse.
É muito extenso, não dá para descrever, mas o
tratamento começa na nossa cabeça. Antes de qualquer
vitamina aprendemos a olhar para dentro de nós, a buscar a
força que precisamos para conseguir sair desse buraco tão
triste e solitário que é a doença.
Saí da consulta cheia de vontade de viver e com a
certeza de que tudo ficaria bem. Retornaria em seis meses
para ver como estava e ajustar as doses, mas no primeiro
mês de tratamento todos os meus sintomas foram embora.
Eu me sentia novamente uma mulher de 25 anos, e de
repente eu gostava de mim de novo!
Comecei a eliminar todo aquele inchaço que os
medicamentos me trouxeram, e todos à minha volta
percebiam a diferença!
Em seis meses de tratamento não sentia mais uma
dorzinha sequer. Meus exames praticamente normalizaram.
Até a Dra. Bianca e o Dr. Cicero ficaram surpresos e
emocionados.
Já se passaram dois anos e eu só faço melhorar! O Dr.
Cicero não promete cura com o tratamento, mas sim o
desligamento da doença e a melhora de nossa qualidade de
vida, mas hoje eu me considero curada, e minha “cura” tem
nome: chama-se José Pedro, que logo completará cinco
meses de vida.
Sim! Eu engravidei e foi uma gestação totalmente
tranquila e saudável, como eles me disseram que seria,
desde a primeira consulta do protocolo! Durante toda a
gestação eu continuei a tomar normalmente as doses
terapêuticas de vitamina D, e isso só trouxe benefícios a
mim e ao meu filho. Ele nasceu com muita saúde,
exatamente como eu sonhava.
Eu não tenho palavras e jamais terei para descrever
minha gratidão a Deus, à Dra. Bianca Urbano e ao Dr. Cicero
e equipe.
Não me canso de contar a minha história e espero que
ela ajude o máximo de pessoas possível.
Gratidão ao meu esposo Felipe que batalhou comigo até
aqui, e a toda a minha família!
O Protocolo Coimbra trouxe a minha vida de volta.
Jéssica Martins Vieira
 A GENTE NÃO É TODO MUNDO
“Você não é todo mundo”, era o que meus pais sempre
diziam. E não é que eles tinham razão?
Esta semana faz um ano que eu descobri que sou uma
entre milhões de pessoas portadoras de esclerose múltipla
no mundo. Pois é, é bastante gente, mas não é todo mundo.
No início acreditei que a minha vida tinha acabado, o que
é muito comum quando se descobre ter uma doença sem
cura.
Com todo mundo é assim.
Mas eu não sou todo mundo! Decidi que “todo mundo” é
mundo demais para me enquadrar, e tratei de ter fé.
Escolhi um tratamento revolucionário, altas doses de
vitamina D. Nem todo mundo faz. Nem todo mundo
acreditava que ia dar certo. Nem todo mundo me deu apoio,
mas aqui na minha casa a gente não é todo mundo. Assim
fui superando o medo e a incerteza que aquele diagnóstico
queria me fazer acreditar.
Tratei de ser grata! Tratei de ser livre! Tratei de ser feliz!
E graças ao “você não é todo mundo” (que ouvi
emburrada tantas vezes na minha infância e adolescência),
eu aprendi que aquilo que era para ser um fim poderia ser
um novo começo.
Agora, após um ano da descoberta mais assustadora da
minha vida, eu tenho a grata certeza de que a vida é rápida
demais para viver limitada ao que todo mundo faz.
Fran Almeida
 CORAGEM DE MÃE E A CERTEZA DA
LONGEVIDADE SAUDÁVEL
O Protocolo Coimbra teve início em 2002, e minha filha
foi uma das primeiras pacientes do Dr. Cicero Galli Coimbra.
Em 2003 levei ao Dr. Cicero a Nayra, na época com 13
anos de idade e já diagnosticada com esclerose múltipla
desde o ano 2000, depois de sofrer vários surtos nesse
período.
Fomos apresentadas a ele pela Janice, mãe de uma
jovem adolescente também com esclerose múltipla.
A primeira consulta foi uma aula sobre o protocolo e
esclerose múltipla. Eu não sabia quase nada sobre a
doença. Desde o primeiro momento acreditei em tudo que o
Dr. Cicero nos falou.
Ele sempre fez questão de explicar o protocolo nos
mínimos detalhes, e resolvi que faríamos o tratamento.
Eu sofria muito, pois não tinha como me orientar. Tudo
era muito novo e diferente, mas mesmo assim escolhi a
vitamina D, e logo ela não usou mais os medicamentos
convencionais.
Hoje o Protocolo Coimbra, merecidamente, já é um
tratamento muito conhecido. Há milhares de depoimentos
emocionantes, incluindo os meus, que estão nas redes
sociais para serem vistos e lidos. Não há necessidade de
falar que hoje somos todos vitoriosos. Sinto que fizemos a
nossa parte, e temos a recompensa.
Não existem palavras para expressar a gratidão que
sinto por tudo o que vivemos, pela saúde e qualidade de
vida que minha filha tem, mesmo tendo esclerose múltipla
há quase 20 anos: gratidão por tudo e por todos os que
participaram desses momentos difíceis para mim nessa fase
de nossas vidas; gratidão por toda a orientação recebida do
Dr. Cicero nas consultas em que ele pacientemente me
explicava e repetia tudo o que eu não entendia; gratidão
pela vida que me ensinou tantas coisas diante dessa
adversidade, pelas amizades feitas com os demais
pacientes, e muita gratidão a Deus, que colocou o Dr. Cicero
em nossas vidas.
Hoje me emociono quando vejo um depoimento feliz de
algum paciente, pois me lembro de todas as idas ao
consultório.
Eram só elogios e felicidade ao ver os resultados do
tratamento.
Sinto uma emoção tipo missão cumprida.
Nunca deixei a Nayra perceber a gravidade da esclerose
múltipla, pois ela era uma criança e eu não queria que
ficasse confusa. Com o passar do tempo as melhoras foram
tantas que não senti necessidade de falar nada a respeito.
Hoje a Nayra faz o tratamento tranquila, na certeza de que
está “curada”, livre dos surtos e das limitações.
Tenho certeza de que Deus iluminou o meu caminho e
encontrei o Dr. Cicero, que também é iluminado por Deus.
Isso não tem preço, só gratidão.
Poderia falar muito mais, pois temos mais de 17 anos de
tratamento, mas quero que saibam principalmente que o
que temos mesmo é a certeza do desligamento de doenças
e da longevidade saudável que o Protocolo Coimbra nos
traz.
Marcia Cicivizzo
 UMA HOMENAGEM PARA ALÉM DA
VIDA
Eu posso dizer: “Ainda bem que tive esclerose múltipla”.
Se não fosse essa doença eu não teria conhecido o
Protocolo Coimbra, não teria a maior prova de amor da
minha vida e não teria renascido com mais saúde e bem-
estar.
Descobri a esclerose múltipla com aproximadamente 24
anos.
Um ano antes fui nadar na piscina do Sesc Vila Mariana e
tive o primeiro surto: minha perna direita formigou e perdi a
sensibilidade. Na época pensei que era uma hérnia de disco.
Exatamente um ano depois aconteceu a mesma coisa: fui
nadar na piscina do Sesc Vila Mariana, e o segundo surto
apresentou-se com mais força e maior abrangência, dessa
vez no lado esquerdo inteiro do corpo, dos pés à cabeça.
Nesse dia fiz a previsão de que eu iria parar numa cadeira
de rodas.
Na época eu estava namorando o Antônio há menos de
um ano. As coisas ainda estavam incertas, e quando a
suspeita daesclerose múltipla apareceu eu permiti que ele
fosse embora se quisesse. Graças a Deus ele ficou, e
quando a doença ainda era uma suspeita ele foi procurar
saber do que se tratava.
Disse que se algum dia fosse necessário, iria empurrar
minha cadeira de rodas. Propôs que eu me aposentasse se
houvesse a confirmação, e que aproveitasse ao máximo os
meus dias bons ao lado dele enquanto minha saúde
permitisse. Apesar dos pesares, isso foi uma baita
declaração de amor e, pela prova que isso representou, em
menos de um mês nós começamos a morar juntos.
Depois de todos os exames e consultas médicas foi
confirmado que eu era portadora de esclerose múltipla.
Nesse momento a médica me ofereceu o tratamento
convencional, que aceitei.
No mesmo dia fui ao SUS para pegar o medicamento
com a fé de que eu iria lidar bem com toda a situação.
Enquanto aguardava na fila para pegar o remédio,
conheci uma mulher da minha idade que ia pegar o mesmo
medicamento. Nesse encontro ela me deu o seu
depoimento sobre o que é a esclerose múltipla e tudo o que
havia sentido e passado durante dez anos com a doença.
A espera na fila foi longa e a conversa também.Foram
duas horas de depoimento dela misturado com a minha
entrevista.
Quando saí do SUS toda a minha fé havia desaparecido.
Aquele encontro havia trazido ao meu conhecimento tudo o
que eu não queria saber: trouxe a triste expectativa de que
eu sentiria fraqueza e me sujeitaria a ficar doente toda vez
que aplicasse o remédio; que não conseguiria trabalhar
direito; que os meus surtos iriam piorar; que se eu quisesse
buscar um grupo de apoio iria encontrar pessoas em estado
muito mais grave do que o meu; que ficaria com caroço na
pele onde aplicasse o remédio (eu apalpei o caroço dela), e
teria vergonha de ir à praia usando biquíni; que poderia
ficar cega durante uma semana por ocasião de um surto,
ser internada em hospital tomando corticoide, e ficaria
inchada (ela estava nessa situação, superinchada); que
teria momentos de depressão nos quais eu poderia tentar
tirar minha vida (ela tentou duas vezes); que tomaria
antidepressivo; que iria me aposentar ganhando uma
miséria e teria que exercer alguma atividade no mercado
informal, e assim poder trabalhar somente quando me
sentisse bem.
Quando peguei o remédio já não queria mais tentar
aplicá-lo.
Eu queria ver aquilo no lixo. Fiz muito esforço para
chegar em casa levando aquele medicamento. Quando
enfim cheguei, preparei o jantar para o Antônio. Assim ele
poderia comer antes de eu dar a má notícia.
Assim que chegou eu preparei seu prato, e enquanto ele
comia perguntou: “E aí, como foi no médico?”. Nesse
instante eu olhei para ele querendo que não tivesse feito
essa pergunta.
Fiquei muda! Ele parou de comer. Fui à geladeira e levei
até a mesa de jantar a caixa com as injeções do
medicamento. Ele olhou pra mim e perguntou: “O que é
isto?”. Comecei a chorar sem parar. Eu andava de um lado
para o outro descobrindo uma tristeza verdadeira, a tristeza
de quem está à beira de um abismo. Depois de ter chorado
horas, e ter contado tudo para o Antônio, fui dormir.
Enquanto eu dormia ele ficou acordado a madrugada inteira
pesquisando sobre esclerose múltipla.
Quando cheguei ao meu local de trabalho no dia
seguinte encontrei um e-mail do Antônio dizendo: “Você não
vai precisar tomar o medicamento receitado. Encontrei um
médico que vai te salvar. Chegando em casa eu te mostro o
vídeo”.
Pois bem, chegando em casa assistimos ao documentário
do Daniel Cunha com a coletânea de depoimentos dos
pacientes do Dr. Cicero Galli Coimbra e seu protocolo de
vanguarda, “Vitamina D - por Uma Outra Terapia”. Se um
dia eu chorava de desespero à beira de um abismo, no dia
seguinte eu chorava de emoção e gratidão pela restauração
da minha fé e esperança por uma vida com bem-estar.
Nesse momento falei para o Antônio: “Se esse protocolo der
certo, nosso filho tem que se chamar Cicero!” E o Antônio
acenou com a cabeça concordando.
Consegui agendar uma consulta com o Dr. Sergio para a
semana seguinte. Foi uma excelente consulta e tive toda a
orientação de que precisava. O que dizer sobre tratar a
esclerose múltipla com as injeções normalmente receitadas
em comparação com o tratamento com gotinhas de
vitamina D e algumas cápsulas de vitaminas? Só sei dizer:
trevas e tristeza comparadas com luz, vida e amor.
Em uma semana realizando o protocolo eu me senti
renovada. O surto foi embora, minha disposição parecia de
atleta e meu coração estava cheio de alegria.
Agora em 2019 já estou com 6 anos de tratamento e
nunca mais tive um surto sequer.
Nesse período nos casamos, engravidei, e o nosso filho
que nasceu em setembro de 2018, de fato se chama Cícero.
Essa foi nossa homenagem ao Dr. Cicero, que
corresponde à nossa gratidão por toda a dedicação dele em
desenvolver um tratamento tão maravilhoso, que ajuda
tantas pessoas.
Sem o Protocolo Coimbra provavelmente o Cicinho
vitaminado não existiria.
Beatriz Jankovski
 OBRIGADA, DR. CICERO, POR NÃO
DESISTIR DE NÓS
Eu era uma criança forte, brincalhona, estudiosa. Na
infância sentia muitas dores no joelho, mas o pediatra
sempre dizia que era dor do crescimento, então ficávamos
despreocupados.
Passado um bom tempo começaram a surgir algumas
manchas brancas em minha pele. Fui diagnosticada com
vitiligo aos sete anos de idade. Não entendia muito bem o
que estava acontecendo, mas via minha mãe chorando e
desesperada falando com minha tia que havia aparecido
vitiligo em meu rosto e corpo. Nessa época eu me lembro
de ter feito diversos tratamentos para essa doença. Todos
deram errado. Eu ficava muito mal. Cheguei até a tomar
garrafadas com ervas medicinais.
Aos 12 anos fui diagnosticada com artrite reumatoide.
Perdi as contas de quantas vezes fui internada. O joelho
ficava inchado e eu não conseguia ir para a escola. Nunca
tinha tomado comprimidos na vida e me lembro de que na
primeira internação chorei por horas até conseguir engolir o
medicamento. Tudo era muito novo para mim. Com os
joelhos extremamente inchados, eu mal andava. Usava
corticoides em doses elevadas. Ficava uma semana em casa
e uma internada. A reumatologista então receitou um
temido medicamento imunossupressor, que causou uma
fibrose em meus pulmões. Espero que ela leia este
depoimento, pois ela um dia disse para minha mãe e para
mim que jamais eu seria curada, jamais teria uma vida
normal. Como eu era cristã ela disse que não adiantava eu
orar para “deusinho” nenhum.
Hoje sou formada, professora, esposa, tia… vida normal.
Imagine se eu tivesse dado ouvidos a ela!
Busquei, juntamente com meus pais, outros médicos.
Nessa época surgiu também a psoríase. Com 16 anos tive a
primeira crise grave dessa doença. Fiquei internada cerca
de 20 dias com quadro de septicemia (tipo comum de
sépsis, caracterizado por um estado infeccioso generalizado
devido à presença de micro-organismos patogênicos e suas
toxinas na corrente sanguínea). Foram dias terríveis, com o
corpo em carne viva.
Nesse hospital conheci alguns enfermeiros que foram
anjos em minha vida. Um deles fazia massagem nos meus
pés todas as noites para tentar aliviar minha aflição.
Obrigada pela ajuda naquele período tão difícil. O
medicamento que eu tomava só me fazia mal, então
resolveram prescrever os biológicos. Eu estava em outra
crise, no auge dos meus 17 anos. Sinto total gratidão pelos
médicos que então me acompanharam. Eles salvaram a
minha vida naquela época.
Alguns médicos chegaram a dizer que eu não viveria
mais do que 25 anos. Foram muitas lutas, mas estou aqui
com meus 31 anos.
Os biológicos já não faziam mais o efeito esperado. Na
verdade desde o início já não traziam grandes resultados, e
causavam muitos efeitos colaterais, como infecções
recorrentes. Além disso, o SUS por diversas vezes não
repassava a medicação.
Cansada de ser humilhada, cansada de sentir os efeitos
colaterais, cansada de viver uma vida ruim devido às
doenças autoimunes,descobri o Protocolo Coimbra quase
sem querer, vendo um vídeo no YouTube. Iniciei o
tratamento no dia 15 de agosto de 2018, minha nova vida.
Hoje estou com um ano e quatro meses de Protocolo
Coimbra, e vivendo um sonho! Sonho de não sentir dores, e
muito menos a psoríase. Fui à minha segunda consulta . Os
resultados dos exames estão ótimos, e a dose da vitamina D
foi ajustada. Estou grata demais. Não percam a fé no
protocolo!
Por causa dele tornei-me empreendedora. Criei minha
própria marca, minha própria confeitaria. Eu não tinha
condições de realizar esse tratamento. Agora comercializo
brownies, donuts, bolo de pote, palha italiana, dentre
outros. Não provo minhas receitas, pois na maioria delas vai
leite ou chocolate. Faço tudo no “olhômetro”, e os clientes
sempre elogiam. Toda a renda das vendas destino a pagar
meu tratamento.
Não desistam, nada é impossível! Espero que um dia
todos tenham livre acesso ao Protocolo Coimbra.
Obrigada, Dr. Cicero, por não desistir de nós, e obrigada,
Dr. André Martins, pelo excelente atendimento e ajuda.
Beijos.
Daniele Donha
 EU SABIA QUE MINHA VIDA JAMAIS
SERIA A MESMA
Minha trajetória na medicina foi sempre muito dentro do
convencional, embora sempre “com um olho fora da caixa”.
Sou originalmente um ortopedista, especialista em
reconstrução e alongamento ósseo.
A primeira “saída da caixa” foi ir à Sibéria em busca do
Prof. Dr. Ilizarov, que desenvolveu um método de
alongamento ósseo e correção de deformidades com o uso
de fixadores externos.
Em 1985 eu trouxe ao nosso país o primeiro fixador, e fiz
a primeira cirurgia do Brasil em 1986.
Sofri muita resistência e críticas por usar gaiolas nas
pernas dos pacientes. Ninguém acreditava que fosse
possível alongar uma perna em mais de 20 centímetros,
mas eu demonstrei isso mais adiante, com uma paciente
que teve alongamento de centímetros.
Graças a esse método conheci a Luciana, minha paciente
com esclerodermia, que foi por mim operada, e que já se
tratava com o Dr. Cicero em São Paulo.
Há quatro anos ela me presenteou, no dia do médico,
com o livro do Dr. Michael Holick, “Vitamina D”, e esse foi o
primeiro passo para a grande mudança da minha vida e dos
meus pacientes.
Encantado com a lógica e os milagres da vitamina D, fui
em busca do grande nome no Brasil. Insisti com o Dr. Cicero
por longo tempo para conseguir meu estágio com ele.
Acreditei que para quem vai até 3.200 quilômetros a leste
de Moscou, no meio da Sibéria setentrional, essa tarefa não
seria impossível.
Após o estágio com meu hoje querido amigo e mestre
Cicero Coimbra eu sabia que a minha vida jamais seria a
mesma. Como dizia Einstein: “Depois que se abre a mente a
novas ideias, ela nunca mais volta ao tamanho inicial”.
O início não foi fácil porque eu teria que estudar muitas
coisas que não faziam parte da minha vida há muitos anos,
tais como imunologia, bioquímica, fisiologia, etc.
Posso garantir que nos 3 últimos anos da minha vida
estudei mais que nos 44 anteriores.
As preocupações iniciais foram se transformando em
pura felicidade ao ver os resultados obtidos. A minha
relação com os pacientes, que já era muito boa, passou a
ser de uma cumplicidade mágica. As três horas de consulta
parecem voar em meio a tantas informações de parte a
parte.
Sabemos todos das grandes dificuldades que este grupo
de pacientes apresenta em virtude da gravidade das
doenças e, em grande parte, pelo insucesso dos
tratamentos convencionais. Sabemos também do grande
sofrimento em função dos efeitos colaterais dos
imunossupressores e imunobiológicos.
O Protocolo Coimbra mudou a minha trajetória
profissional trazendo mais conhecimento e me tornando um
ser humano melhor pelo tipo de relacionamento médico-
paciente que me proporcionou. Hoje a minha ligação com os
pacientes é muito mais rica porque posso tocar a alma
desse ser sofrido.
A grande novidade do protocolo são os resultados
obtidos no tratamento do assim chamado Transtorno do
Espectro Autista (TEA). Poder ver a felicidade estampada no
rosto de uma família após alguns poucos meses de
tratamento é uma enorme gratificação. Os pacientes
tratados, após os resultados obtidos invariavelmente
transformam-se em embaixadores do Protocolo Coimbra,
querendo que ele alcance o maior número possível de
pessoas, e isso é muito bonito de se ver.
Sei que existe um longo caminho a ser trilhado,
enfrentando as dificuldades que toda mudança gera no
meio médico. Já enfrentei isso quando comecei a fazer
fixação externa em 1986, e sei que não iremos desanimar.
Meus agradecimentos são para muitas pessoas que
tiveram parte neste processo. Pela ordem de aparecimento
na minha vida são:
- Luciana, minha querida paciente que me presenteou o
livro que abriu a minha cabeça.
- Dr. Michael Holick que, com o seu livro” Vitamina D”,
deu início à mudança.
- Dr. Cicero Coimbra, mestre, amigo e inspirador desta
caminhada.
- Equipe maravilhosa da Clínica Coimbra, médicos
vibrantes, estudiosos e amigos.
- Não poderia deixar de agradecer aos pacientes pela
confiança. Tenho aprendido muito também com eles por
meio da constante troca de informações.
Renato Slomka
 MINHA FILHA NÃO SOFRE MAIS
A Clara nasceu em fevereiro de 2016.
Durante os primeiros 15 meses de vida teve um
desenvolvimento regular, acompanhada de forma muito
atenciosa por sua pediatra. Sentou, andou e reagiu ao
mundo da forma esperada: dava tchau, sorria, olhava para
todos nos olhos, já falava algumas palavrinhas: “mãe”,
“pai”, “aua” (água), “gagá” (Galinha Pintadinha). Ensaiava
pequenas coreografias a partir dos desenhos animados
favoritos.
Por volta do 16º mês de vida passei a observar que
Clara, que antes falava várias vezes ao dia, estava
reduzindo as emissões vocálicas, até passar um dia inteiro
sem falar nada, e voltando no dia seguinte a falar
normalmente. Depois passou a ficar dois ou três dias sem
emitir um único som, e novamente voltava a falar.
E assim foi, até ficar uma semana inteira sem falar, já
perto dos 18 meses.
Procurei sua pediatra, que disse ser esse um
comportamento normal em crianças dessa idade. Insisti,
pois eu tinha noções do que era o Transtorno do Espectro
Autista (TEA), e sabia que a ausência de fala era um dos
traços. Assim fomos encaminhados na mesma semana para
uma neuropediatra, que reforçou o já dito pela médica
anterior, afirmando que nos casos de TEA a criança também
apresenta dificuldades motoras, algo que minha filha não
apresentava. Argumentei que notava que Clara não
demonstrava sentir dor. A médica reafirmou seu
posicionamento, e pediu que Clara fosse matriculada em
uma creche, e que só buscássemos novo atendimento caso
ela não voltasse a falar após um ano de vida escolar.
Dia a dia minha filha apresentava menos eventos de fala,
até que em novembro de 2017, com 1 ano e 9 meses de
idade, ela parou totalmente. Seguiram-se os meses, com
ausência total de fala, ou qualquer outra vocalização. Em
janeiro de 2018 Clara deixou de ser um bebê ativo para ser
“quietinha”: ficava horas vendo televisão, como que
hipnotizada pelo que via, sem muitas demonstrações
emocionais, inclusive quanto aos pais, não festejando mais
nossa presença, até chegar ao ponto de nem mesmo nos
perceber no recinto.
Visitamos duas novas neuropediatras, e foi feito o
diagnóstico de “risco de TEA” Iniciamos as terapias
fonoaudiológicas e psicológicas (Floortime).
No mês seguinte minha filha passou a apresentar, de
forma abrupta, muitos movimentos estereotipados,
ausência de contato visual, distúrbios do sono (terror
noturno e insônia), marcha equina, e o que me foi mais
doloroso: autoagressão. Clara mordia o próprio braço, até
que gotas de sangue se formavam… e ria, ria como se não
houvesse dor. Dias após passou a bater com a cabeça na
parede e apresentar crises sensoriais em lugares com
muitas pessoas e/ou barulho. Passou a se “desorganizar”,
como se diz no jargão da psicologia. Começou a apertar os
olhinhos como se tivessedificuldade para enxergar.
Chegava bem perto da tela do celular, da televisão, do
quadro negro da escola, até que a professora pediu que a
levássemos ao oftalmologista. Este concluiu que não havia
nada de errado com os olhos da Clara. Também foi
marcante nessa época que nas poucas horas de sono minha
filha apresentava um forte cheiro de amoníaco na nuca, um
cheiro tão incômodo, que eu acordava ao senti-lo. O
intestino também estava mal: muita flatulência
terrivelmente malcheirosa e as fezes, ora moles demais, ora
duras em excesso, nunca estavam normais. Minha filha
estava em sofrimento constante, quando não estava
totalmente alheia à vida.
Uma das neuropediatras que a acompanhava receitou
então um medicamento para auxiliar quanto ao sono e
outro para ajuste de comportamento. Eu dava o remédio
para o sono e após quinze minutos Clara dormia, para
acordar duas horas depois com os olhos esbugalhados,
elétrica, nervosa, incomunicável.
No tempo em que dormia debatia-se muito e mantinha
os punhos cerrados de tal maneira que era impossível abri-
los. Acordava com as palmas das mãos cheias de marcas
dos dedos. Na escola era rara a semana em que a
professora não ligasse para que eu fosse buscá-la mais cedo
devido às crises de choro. Eu conversava com a dona da
creche, professora experiente com crianças com deficiência,
que me dizia com olhos tristes: “A Clarinha só piora”.
Então Clara parou de se alimentar. Ela, que antes tinha
ótimo apetite, parecia não “entender” que estava com
fome. Parecia não “entender” o que era a comida. Ela
gritava no horário do almoço e do jantar, e foram
necessários uns três dias até eu compreender que ela
estava com fome, mas não sabia mais o que era a comida.
Era necessário segurá-la e enfiar a colher à força em sua
boca, até que ela percebesse que se tratava da
alimentação. Só assim ela se deixava alimentar, logo a
Clara, que meses antes já comia sozinha com suas
mãozinhas!
Meu coração de mãe pediu que eu pesquisasse mais
antes de tentar o outro medicamento receitado, um
antipsicótico. E como eu já me trato bastante com medicina
integrativa, fitoterapia e homeopatia, resolvi tentar agregar
mais conhecimento navegando na Internet. Conheci
virtualmente os principais profissionais integrativos, que
não se limitam ao tratamento convencional.
A vitamina D chegou a mim por uma graça: sou devota
da Virgem de Guadalupe, e numa noite de muita agonia e
sofrimento para Clara – ela chorava, urrava, se lamentava,
como se sentisse dores excruciantes – roguei por ajuda à
minha Mãe Guadalupana. Fui dormir com Clara nos braços,
tentando acalmar seu sofrimento, após uma dose de
remédio para dor. De manhãzinha, ao ir conferir meu
celular, esbarrei o dedo no botão do Google Chrome, que
abriu diretamente na webpage “Vitamina D - Por Uma Outra
Terapia”. Eu não sabia nada sobre aquilo, e comecei a ler.
Era algo sobre esclerose múltipla, mas eu insisti na leitura
até que vi a palavra “autismo”. Eu soube na hora: “Pronto,
minha mãezinha Guadalupana está me mostrando um
caminho”.
Era final de abril de 2018. Assisti a todos os vídeos
disponíveis do Dr. Coimbra. Dias depois fui até a farmácia,
comprei a vitamina D3 e passei a administrar as doses
fisiológicas no dia primeiro de maio. Liguei para a clínica do
Dr. Cicero Coimbra e agendei consulta para meados de
julho, com uma das médicas disponíveis. Por volta do dia 15
de junho as mudanças em Clara começaram a ser visíveis: o
forte odor da nuca, dos gases intestinais e das fezes tinha
se normalizado. Clara também passou a evacuar
normalmente, dormir 10 ou 12 horas seguidas de um sono
tranquilo, e acordar bem-humorada! Voltou aquele sono de
bebê, em que o corpo todo amolece e repousa, as palmas
das mãos abertas, a respiração profunda! E voltou a falar
“mãe”, “pai” – um fiozinho de voz, bem fininho, mas
estavam lá, aquelas palavrinhas mágicas novamente.
Progressivamente o contato visual foi se restabelecendo. As
terapias, que antes não avançavam, passaram a render
bastante, e as profissionais que a acompanhavam queriam
saber o que eu estava fazendo de diferente.
Na época da consulta com a Dra. Karine Koller e com o
Dr. Coimbra, Clara estava bastante centrada, com crises
sensoriais (rápidas, leves incômodos na verdade) limitadas
a eventos de excessivo estresse. A alimentação estava
regular e as estereotipias não se apresentavam. Lembro-me
do Dr. Coimbra insistindo comigo: “Tem certeza de que
aconteceu tudo isso com ela?” Eu mostrava os vídeos da
Clara andando de uma parede até a outra repetidas vezes
(ela o fez durante duas horas e trinta minutos numa noite),
as inúmeras estereotipias, os tiques vocálicos.
No dia primeiro de agosto iniciei as altas doses, o
Protocolo Coimbra completo (vitamina D, magnésio e
polivitamínico). Mês a mês Clara foi avançando e perdendo
as comorbidades do autismo e hoje, com três anos e dois
meses, tem um vocabulário de seis palavras. Esforça-se
incrivelmente para se comunicar: gesticula, aponta, tenta
falar. Interage com qualquer pessoa.
Até um “oi, menininha!” gritado na rua e ela olha.
Procura brincar com outras crianças. O contato visual, com
qualquer pessoa, é total. Seu humor é ótimo: risonha,
brincalhona, esperta, implicante com o irmão mais velho.
Ensaia coreografias na escola, tenta cantarolar músicas
infantis. Clara saiu do espectro?
Não. Clara ainda é uma criança que apresenta traços do
TEA.
O avanço da fala é lentíssimo, tem um enorme deficit de
desenvolvimento quando comparada a uma criança
neurotípica, mas minha filha não sofre mais! Minha filha não
se agride! Minha filha não demonstra estar sentindo agonia,
desespero, dor! E está em franco desenvolvimento… lento,
muito lento, mas desenvolvendo-se e feliz!
Sandra Costa
 UM SOPRO DE ESPERANÇA
Um dos sentimentos mais cruéis que alguém pode sentir
é a impotência ante a dor e o sofrimento alheio,
principalmente quando se trata de uma pessoa querida. Em
se tratando de um filho então, esse sentimento triplica a
angústia de não poder fazer absolutamente nada quando o
assunto é doença.
Imploramos silenciosamente a Deus que alivie, que
poupe, que transfira para nós, mães, a dor do nosso filho.
Se possível fosse, tiraríamos com a mão o sofrimento e o
colocaríamos em nós!
Num ambiente de UTI pediátrica, onde o clima é frio e o
tempo parece parar, essa sensação é ainda mais gritante.
Qualquer movimento, qualquer gesto ou suspiro, um bip
que toca de repente ou um simples exame de sangue toma
outras proporções. Casos graves ou casos mais simples, não
importa: cada mãe, pai, família sabe exatamente a cruz que
carrega.
São histórias de vidas que se cruzam nos corredores do
pesar e da esperança, na espera interminável por uma
melhora ao lado do leito, na expectativa da alta hospitalar.
“Ser mãe é padecer no amor e infinitamente na dor…”
Escrevi esse texto há quatro anos, período em que descobri
a doença da minha filha. Ela tinha dez anos e foi
diagnosticada com Púrpura Trombocitopênica Idiopática
(PTI), doença autoimune que destrói as plaquetas (células
responsáveis pela coagulação do sangue), podendo
ocasionar hemorragia interna.
Meu mundo desabou, tamanho foi o choque e a surpresa
com o diagnóstico para uma criança que nunca teve
nenhum tipo de doença na infância, e por ser algo
totalmente desconhecido, algo que eu nunca tinha ouvido
falar.
Fizemos o tratamento convencional com corticoides e
imunossupressores, porém a resposta era sempre a mesma:
sem medicação ela não sustentava a contagem das
plaquetas.
Foram cinco internações (passamos de quatro a cinco
dias na UTI para tratamento com imunoglobulina). Houve
aumento de peso, inchaço, estrias pelo corpo, baixa
autoestima, irritabilidade, queda de cabelo, agressividade,
instabilidade emocional e de ônus, uma osteoporose por
conta do uso prolongado de corticoide.
Procurei vários hematologistas, e todos seguiam a
mesma conduta: corticoides, imunossupressores,
quimioterápicose a esplenectomia (retirada do baço).
Logo de início foi indicada a cirurgia, mas nunca foi uma
ideia bem aceita por ela, nem por mim, nem pela família.
Buscando alternativas de tratamento tomei
conhecimento do Protocolo Coimbra. Depois de pesquisar e
ler sobre o assunto, e considerando os relatos e
depoimentos dos grupos do Facebook, especificamente
alguns relacionados a PTI, enchi-me de esperança e resolvi
tentar. Não foi uma decisão fácil já que se tratava da vida
de outra pessoa que dependia de mim, e por isso mesmo o
peso é ainda maior.
No dia 2 de fevereiro de 2016, após fazer uma consulta
com o Dr. Danilo Finamor, médico que faz parte do
protocolo, iniciamos o tratamento com altas doses de
vitamina D.
Dois meses depois as plaquetas haviam normalizado!
Cabe ressaltar que estávamos finalizando um novo
tratamento com um medicamento quimioterápico, uma vez
que minha filha já não poderia tomar corticoide e as
plaquetas estavam em torno de 5 mil (a contagem normal
de plaquetas em um ser humano é de 150 mil a 200 mil).
Confesso que fiquei na dúvida sobre qual dos tratamentos
havia funcionado, mas estávamos muito felizes com o
resultado.
Vida normal durante um ano. Após esse período as
benditas plaquetas começaram a cair gradativamente e o
desespero voltou a me atormentar. A cada exame de
sangue, uma decepção.
Por que não estava mais funcionando? Seria o efeito do
quimioterápico que estava passando?
O medo de novas internações e de reviver todo aquele
pesadelo me fizeram pensar na retirada do baço. Cheguei a
falar com a hematologista, mas como a consulta com o
médico do protocolo estava próxima, resolvi esperar.
Após o retorno a dose de vitamina D foi reajustada por
três vezes. Aqui cabe dizer que depois de duas tentativas
fracassadas, numa atitude de mãe desesperada, aumentei a
dose além da solicitada pelo médico, por minha conta e
risco.
Quem segue o protocolo sabe que o estado emocional é
um fator preponderante para o sucesso do tratamento.
Sabemos também que a adolescência (fase em que se
encontra minha filha) é um período bastante conturbado.
Foram oito meses de angústia, incertezas e
questionamentos, mas hoje, para meu alívio em relação à
saúde da minha filha, posso afirmar sem sombra de dúvida
que o tratamento com altas doses de vitamina D foi a
melhor escolha que fiz.
É uma luz no fim do túnel, um sopro de esperança, a vida
normal de volta para aqueles com diagnóstico de doença
sem cura.
Espero ansiosamente o dia em que o Protocolo Coimbra
seja a principal forma de tratamento contra as doenças
autoimunes, e que todos possam ter dele conhecimento e
acesso. Por enquanto, todo meu carinho e imensa gratidão
ao Dr. Cicero Coimbra e aos grupos do Facebook, pelo apoio
e pelos depoimentos emocionantes.
Ana Sória
 DO OUTRO LADO DA MESA DO
CONSULTÓRIO
Desde muito jovem eu sonhava em ser médica. Estudava
bastante, tirava boas notas, lia muito. Tinha um objetivo
definido: cursar medicina na Universidade Federal do Rio
Grande do Sul (UFRGS), e faria o possível para atingi-lo.
O último ano do ensino médio foi bastante estressante.
Além das aulas do colégio eu fazia cursinho pré-vestibular e
dava aulas de inglês à noite.
Tinha 17 anos na época.
Tudo seguia bem até que certo dia acordei estranha…
paraparesia (diminuição da força em membros superiores) e
parestesia em hemicorpo esquerdo (formigamento do lado
esquerdo do corpo). Imaginei ser estresse, já que a data do
vestibular se aproximava, e esperei que passasse. Não
passou, ficou mais intenso, com parestesia atingindo a face,
certo grau de afasia de expressão (alteração da expressão
da linguagem) e cefaleia (dor de cabeça). No hospital foram
feitos exames laboratoriais, tomografia computadorizada de
encéfalo e punção lombar, todos com resultados normais.
Tive alta com “diagnóstico” de estresse e recomendação de
que tivesse acompanhamento psicológico. Não foi indicado
tratamento medicamentoso e gradativamente os sintomas
foram desaparecendo.
Em 2001 iniciei o curso de medicina na UFRGS.
Continuava sendo uma aluna esforçada, tirando ótimas
notas, e o objetivo agora era fazer residência em
ginecologia e obstetrícia. Fui bolsista de projetos de
pesquisa na área, fiz monitoria e até estágio opcional em
Montreal (Quebec) com médico ginecologista que conheci
em um desses projetos de pesquisa. Percebia que nos
momentos de maior estresse a parestesia retornava e a
cefaleia piorava, o que me forçava a tentar reduzir o ritmo
por alguns dias.
No final da faculdade (2005), no período de internato,
quando passava por estágio como doutoranda em
ginecologia e obstetrícia, os sintomas retornaram com força:
hipoestesia (diminuição da sensibilidade), paraparesia e
parestesia em hemicorpo esquerdo. Não tinha mais
segurança para manusear instrumentos cirúrgicos durante
as cesarianas, nem resistência física para os plantões no
centro obstétrico.
Suspeitando de algum problema neurológico consultei
um professor de neurologia da faculdade. Fui internada no
próprio Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) para
investigação.
Realizei novamente diversos exames laboratoriais, além
de eletroneuromiografia, eletroencefalograma, nova punção
lombar e ressonância magnética de crânio – esta com
resultado sugestivo de esclerose múltipla.
Não foi indicado tratamento, mas recomendado que
repetisse a ressonância anualmente. Os sintomas
regrediram lentamente, sem deixar sequela. A formatura foi
em junho de 2007.
Apesar de ainda não ter recebido diagnóstico de
esclerose múltipla eu sabia que ele um dia viria, e por isso o
sonho de ser obstetra foi deixado para trás. Eu conhecia a
carga de estresse que a especialidade exige e não me
considerava capaz de suportá-la sem que isso
desencadeasse novos episódios de piora sintomática. Fui
então para o interior do estado, onde trabalhei como
médica de “Estratégia de Saúde da Família” nas cidades
gaúchas de Guaporé, Feliz, Vale Real e Caxias do Sul, onde
fui concursada.
Em 2009 fui mãe pela primeira vez e fiquei muito bem
durante o período da gestação, sem novos sintomas.
Em 2012 fui aprovada em concurso público em Caxias do
Sul para atuar como médica de “Família e Comunidade”.
Conciliar trabalho em posto de saúde e consultório, filho
pequeno, estudo para o concurso, e pós-graduação —
estava estudando geriatria no Instituto Porto Alegre (IPA) na
capital — foi bastante estressante, e mais uma vez a
doença se manifestou.
Fiz consulta com neurologista de Caxias do Sul, que fez
nova punção lombar e ressonância magnética, e
diagnosticou esclerose múltipla em atividade. Apesar da
notícia fiquei aliviada, já que tendo um diagnóstico poderia
iniciar tratamento.
Em 28 de julho de 2012 fui internada no HCPA onde foi
feita pulsoterapia por 5 dias. Ao longo do tratamento a
parestesia em hemicorpo esquerdo e alterações visuais
foram reduzindo, até cessarem completamente após dois
meses, com uso de corticoide via oral, com redução gradual
de dose.
Ainda em agosto de 2012 iniciei uso de medicamento
indicado para esclerose múltipla, que era aplicado todas as
noites ao retornar do trabalho. A aplicação da medicação
era muito desconfortável e causava “rash” cutâneo
(vermelhidão na pele), sensação de gripe, artralgia (dor nas
articulações) e dispneia (dificuldade respiratória). Somado
aos efeitos ruins da medicação eu sentia fadiga extrema,
perda de equilíbrio, e sofria quedas repentinas durante a
marcha.
A doença evoluía, mas eu me negava a falar sobre o
assunto ou mesmo pedir ajuda. Tinha vergonha que os
pacientes soubessem do meu diagnóstico, e quando
percebiam alguma alteração de marcha eu informava ter
uma patologia no joelho.
Por orientação do neurologista que fez o diagnóstico de
esclerose múltipla minha casa foi toda adaptada para
cadeirantes, já que este seria o futuro, segundo a percepção
dele.
Alguns meses depois comecei a apresentar alterações
oculares. Tinha visão turva e diplopia (visão

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