Buscar

Livro-Texto Unidade III (1)

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 32 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 32 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 32 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

51
CONTABILIDADE GERENCIAL
Unidade III
7 ALAVANCAGEM OPERACIONAL
Alavancar significa um aumento sobre algo, por exemplo, a empresa precisa alavancar seu 
número de clientes, ou houve uma alavancagem das despesas administrativas em relação ao 
trimestre anterior.
Alavancagem operacional significa a possibilidade de acréscimo do lucro total pelo incremento da 
quantidade produzida e vendida, buscando a maximização do uso dos custos e despesas fixas.
Conforme aponta Padovese (2000), a alavancagem operacional é mais uma ferramenta para 
a decisão empresarial, no momento em que leva em consideração custo-lucro, evidenciado 
que não há uma relação direta no aumento do volume de vendas no que diz respeito ao lucro 
obtido, pois o envolvimento dos custos na operação precisa ser analisado cuidadosamente. 
Por um lado, temos os custos e despesas fixos que não se alteram com o volume produzido e 
vendido; por outro, temos os custos e despesas variáveis que oscilam de acordo com o volume 
produzido e vendidos.
Alavancagem operacional é, portanto, uma medida de extensão que mostra o quanto uma 
alteração no nível de vendas representa no acréscimo do lucro, denominada de Grau de Alavancagem 
Operacional (GAO).
A partir da apuração do GAO, os gestores terão como saber, rapidamente, qual o impacto no lucro 
em relação a um determinado aumento no volume produzido e vendido.
Fórmulas:
GAO = Margem de contribuição 
 Lucro líquido operacional
 Percentual do aumento nos lucros = GAO x Percentual no aumento das vendas
Exemplo
Para melhor entendimento, tomaremos os dados apresentados para formação do ponto de equilíbrio 
estudado anteriormente, partindo de um lucro obtido com o produto A, ao nível de 1000 unidades:
52
Unidade III
 Observação
Somente é possível realizar esse cálculo se a empresa tiver uma 
contabilidade de custos, detalhada em nível de produto. Por isso, os 
custos e lucros (geral) são de conhecimento dos usuários externos, mas 
os custos por produto, a menos que a empresa decida divulgar esses 
dados, será de uso particular. 
I − Apurar por meio da demonstração de resultado o lucro obtido para um nível de 1000 unidades.
II − Apurar o GAO.
III − Com um acréscimo em 10% sobre as vendas, qual será o percentual de acréscimo no lucro?
IV − Evidenciar o aumento do lucro por meio da demonstração de resultado do período.
Resolução
I − Apurar por meio da demonstração de resultado o lucro obtido para um nível de 1000 unidades.
Demonstração do resultado do período:
Vendas:
1.000 un. x $1.700,00 $1.700.000,00
Custos e despesas variáveis
1.000 un. x $900,00 (900.000,00 ) 
Margem de contribuição 800.000,00
Custos e despesas fixas (560.000,00)
Lucro do período 240.000,00
II − Apurar o GAO:
 GAO = $800.000,00 = 3,33
 240.000,00
53
CONTABILIDADE GERENCIAL
III − Com um acréscimo em 10% no volume de vendas, qual será o percentual de acréscimo 
no lucro?
Percentual de aumento nos lucros = 3,33 x 0,10 = 33,3% 
Aumento em 10% sobre as vendas = 1.000 un x 0,10 = 1.100 unidades 
IV − Evidenciar o aumento do lucro por meio da demonstração de resultado do período:
Tabela 20 
Volume de vendas de 1.100 unidades Volume de vendas de 1.000 unidades
Demonstração do resultado do período
 Vendas
 1.100 un. x $1.700,00 $1.870.000,00
 
 Custos e despesas variáveis
 1.100 un. x $900,00 (990.000,00) 
 Margem de contribuição 880.000,00
Custos e despesas fixas (560.000,00)
 
Lucro do período 320.000,00
Demonstração do resultado do período
 Vendas
 1.000 un. x $1.700,00 $1.700.000,00
 
 Custos e despesas variáveis
 1.000 un. x $900,00 (900.000,00) 
 
 Margem de contribuição 800.000,00
 Custos e despesas fixas (560.000,00)
 
Lucro do período 240.000,00
É importante analisar que:
• apuração do aumento no lucro:
Para 1.100 unidades → Lucro = $320.000,00 = 33,3%
Para 1.000 unidades → Lucro = $240.000,00 
• os preços mantiveram-se constantes − preço de venda, custos e despesas variáveis e fixos;
• o acréscimo da margem de contribuição de $800.000,00 (nível de 1.000 unidades) para 
$880.000,00 (nível de 1.100 unidades) e a constância dos custos e despesas fixas (justamente 
por serem fixos, não acompanham volume de produção e venda) permitiram a alavancagem no 
lucro do período.
54
Unidade III
7.1 Utilização da margem de contribuição e da alavancagem operacional para 
maximização do lucro
Todos os componentes das fórmulas poderão ser trabalhados de forma a alavancar o resultado 
líquido da empresa. Cada um deles permite ao controller um estudo aprofundado e políticas estruturadas 
ou aplicações momentâneas, possibilitando alterações de forma a aumentar o lucro da companhia, 
conforme aponta Padovese (2000).
Assim, podemos entender que quaisquer alterações nos itens que compõem a margem de contribuição 
influenciarão na alavancagem operacional. Os itens são:
• preço unitário dos produtos;
• quantidade produzida/vendida;
• custos e despesas variáveis por unidade;
• custos e despesas fixas totais.
Alterações em quaisquer desses fatores provocarão variações no resultado líquido da empresa, 
para mais ou para menos. Vejamos alguns exemplos, tomando sempre como base as informações 
iniciais para o Produto A (exemplos não serão sucessivos). Apresentaremos a demonstração de 
resultado para cada hipótese a fim de melhor entendimento sobre o assunto:
• preço de venda unitário: $1.700,00
• quantidade produzida e vendida: 1.000 unidades
• custos variáveis: $696,00
• despesas variáveis: $204,00
• total dos custos e despesas variáveis por unidade: $900,00
• custos e despesas fixas do período: $560.000,00
Para melhor entendimento, faremos uma simulação no preço de venda unitário, mantendo os outros 
componentes constantes:
• aumento no preço de venda em 2%; 
• de $1.700,00 x 1,02 → $1.734,00.
55
CONTABILIDADE GERENCIAL
Tabela 21 
Preço de venda unitário de $1.734,00 Preço de venda unitário de $1.700,00
Demonstração do resultado do período
 Vendas
 1.000 un. x $1.734,00 $1.734.000,00
 Custos e despesas variáveis
 1.000 un. x $900,00 (900.000,00) 
 Margem de contribuição 834.000,00
 Custos e despesas fixas (560.000,00)
 Lucro do período 274.000,00
Demonstração do resultado do período
 Vendas
 1.000 un. x $1.700,00 $1.700.000,00
 Custos e despesas variáveis
 1.000 un. x $900,00 (900.000,00) 
 Margem de contribuição 800.000,00
 Custos e despesas fixas (560.000,00)
 Lucro do período 240.000,00
Podemos observar que:
• o aumento no preço de vendas em 2% (de $1.700,00 para $1.734,00) alavancou o lucro em 
14,16% (de $240.000,00 para $274.000,00);
• há constância nos outros componentes: tanto na quantidade (1.000 unidades) quanto nos valores 
dos custos e despesas variáveis, bem como nos custos e despesas fixas;
• o aumento somente no preço de vendas provocou um aumento na margem de contribuição (para 
o preço de $.1700,00, era de $800.000,00, e para $1.734,00 foi elevada para $834.000,00) de 
$34.000,00, contribuindo como aumento significativo no lucro, uma vez que os custos e despesas 
fixas se mantiveram em $560.000,00.
Assim, podemos verificar a importância da relação custo/volume/lucro na gestão empresarial, 
utilizando tanto a ferramenta do ponto de equilíbrio quanto a alavancagem operacional para a busca 
da excelência da organização, ou seja, o lucro.
8 ANÁLISE DE CUSTOS E DECISÕES TÁTICAS
As decisões empresariais ocorrem o tempo todo, mas devem ser pautadas em relatórios úteis e 
precisos, elaborados, na sua maioria,pelo departamento de contabilidade (ou para as organizações 
de grande porte, pela controladoria) e sempre voltados às necessidades de cada usuário das 
informações contábeis.
Logo, podemos buscar em diversas ferramentas as informações que melhor atendam a tais 
necessidades; a margem de contribuição é uma delas, pois, por apresentar a potencialidade de 
cada produto (ou linha de produto), tanto para cobrir a estrutura da empresa (custos e despesas 
fixas) quanto para a formação do lucro do período, mostra-se uma ferramenta indispensável para 
a gestão de qualquer organização pequena, média ou grande.
56
Unidade III
8.1 Margem de contribuição e fatores escassos
Tomando o exemplo amplamente utilizado anteriormente, relação custo/volume/lucro, 
vimos que quaisquer alterações nos componentes que formam a margem de contribuição (preço 
de venda, custos e despesas variáveis) podem elevá-la ou reduzi-la e, ainda, este efeito será 
determinante para a formação do lucro do período (os custos e despesas fixas também devem ser 
acompanhados, afinal de contas, esta é a primeira função da margem de contribuição, cobri-los 
sempre; caso contrário, o prejuízo é inevitável).
Nessa linha de raciocínio, podemos buscar na margem de contribuição informações quanto aos 
fatores escassos que limitam a produção e, consequentemente, o lucro do período; por exemplo, redução 
na compra de matérias-primas por motivo financeiro, de espaço para armazenamento ou mesmo de 
retratação da economia.
Abordaremos o assunto de duas maneiras: primeiro, apurando a margem de contribuição sem 
fator de limitante e, depois, considerando-o. Assim, podemos evidenciar a importância da margem de 
contribuição também em situações de escassez da empresa.
8.1.1 Margem de contribuição sem fatores limitantes
A partir do exemplo elaborado por Martins (2003, p. 187), passo a passo apresentaremos 
a margem de contribuição sem fatores limitantes e, em seguida, apontaremos uma das mais 
diversas limitações da capacidade de produção e a utilização da margem de contribuição no 
processo decisório.
Certa empresa fabricante de barracas para camping produz quatro modelos diferentes: A, B, C e D.
Os custos variáveis por unidade de produto são:
Tabela 22 
Modelo Matéria-prima $/un.
Mão de obra 
Direta $/un.
Total custo 
direto $/un.
Custo indireto 
variável $/un.
Total custo 
variável $/un.
A
B
C
D
28
24
80
16
24
20
28
20
52
44
108
36
8
6
8
4
60
50
116
40
Os custos indiretos fixos anuais são:
57
CONTABILIDADE GERENCIAL
Tabela 23 
Mão de obra indireta $64.000
Aluguéis 16.000
Depreciações 12.000
Outros custos 8.000
Total $100.000
Critério de rateio adotado para a alocação dos custos indiretos fixos aos produtos, à base da mão de 
obra direta.
Apuração da margem de contribuição por unidade de produto:
Tabela 24 
Modelo Preço de venda $/un.
Total custo 
variável $/un.
Margem de 
contribuição $/un.
A
B
C
D
80
72
140
48
60
50
116
40
20
22
24
8
O produto C é o que apresenta maior margem de contribuição; logo, ele contribuirá mais para a 
amortização dos gastos fixos (custos e despesas) da empresa, devendo, assim, ter uma atenção especial 
para o incremento nas vendas da “barraca de camping modelo C”.
8.1.2 Limitação da capacidade de produção
O exemplo nos mostrou que o modelo C da barraca de camping é o produto que apresenta a 
maior margem de contribuição ($24 por un.) e maior potencialidade para cobrir a estrutura da 
organização. Contudo, estamos fazendo uma análise sem qualquer tipo de fator de restrição, 
ou seja, considerando o volume de produção programado para os quatro modelos de barraca, 
bem como todo o custo de produção. Entretanto, no momento em que a empresa se vê numa 
situação de reduzir o volume de produção, quer pela diminuição da demanda em relação ao 
mercado atuante, por insuficiência financeira para adquirir matérias-primas, por exemplo, ou por 
quaisquer outros motivos, estamos diante de um fator de restrição.
Quando a empresa se depara com um fator de restrição, terá que reduzir seu volume de 
produção (e, consequentemente, a sua venda e o lucro do período). Mas como escolher o 
produto que terá sua produção reduzida? Deveríamos escolher aquele que oferece menor 
margem de contribuição? No caso, seria o produto D, que tem uma mc de $8; está correta 
nossa decisão?
58
Unidade III
Resposta
Antes de tomarmos esta decisão, precisamos de mais informações, além da margem de contribuição 
por produto; por exemplo, qual é a previsão de demanda de cada produto? Qual é nosso nível de 
capacidade produtiva?
Vamos aos dados: de acordo com uma pesquisa de mercado, a demanda de cada modelo de barraca 
de camping é a seguinte:
Tabela 25 
Modelo Demanda
A
B
C
D
3.300 un.
2.800 un.
3.600 un.
2.000 un.
Nível de capacidade produtiva: 97.000 horas-máquinas. Daremos conta desta demanda?
Tabela 26 
Modelo Horas-máquinas por un.
Demanda prevista 
por un.
Total de horas- 
máquinas
A
B
C
D
9,50
9,00
11,00
3,50
3.300 
2.800 
3.600 
2.000 
 31.350
 25.200
 39.600
 7.000
103.150
Podemos observar que há um excedente de horas em relação a nossa capacidade produtiva: 
103.150 – 97.000 = 6.150 horas.
Antes de verificar a comprovação da nossa hipótese, de reduzir o modelo D justamente 
por apresentar a menor margem de contribuição, temos que lembrar que a redução dessa 
produção provocará a redução de vendas e, portanto, a redução da margem de contribuição 
que comprometerá a “cobertura dos gastos fixos” dos períodos. Isso significa dizer que a análise 
precisa ser extremamente cuidadosa.
Vamos analisar duas hipóteses: a primeira seria reduzir o volume da produção do modelo D 
por apresentar a menor margem de contribuição; a segunda hipótese seria reduzir o volume do 
modelo C, pois é o modelo do qual se leva mais tempo para produzir uma unidade, ou seja, 11,00 
horas-máquinas.
1ª hipótese: Redução do modelo D
6.150 h = 1.757* un. Ou seja: da demanda de 2.000 – 1.757 = produção de 243 un. 3,5 h/un.
59
CONTABILIDADE GERENCIAL
2ª Hipótese: Redução do modelo C
6.150 h = 559* un. Ou seja: da demanda de 3.600 – 559 = produção de 3.041 un. 11,00 h/ un. 
(*) Aproximadamente.
Pergunta-se: qual das duas hipóteses é a mais viável?
A decisão só será possível quando se apurar a margem de contribuição total e sua amortização em 
relação aos gastos fixos (custos e despesas), chegando-se, portanto, ao lucro total do período.
Apuração do lucro total para 1ª hipótese: Redução do modelo D
Tabela 27 
Modelo Quantidade
Margem 
contribuição
por un.
Margem de 
contribuição 
total
A
B
C
D
3.300
2.800
3.600
243
$20
22
24
8
 $ 66.000
 61.600
 86.400
 1.944
Total da margem de contribuição 215.944:
( - ) Custos fixos (100.000)
(=) Lucro 115.944
Apuração do lucro total para 1ª hipótese: Redução do modelo C
Tabela 28 
Modelo Quantidade
Margem 
contribuição
por un.
Margem de 
contribuição 
total
A
B
C
D
3.300
2.800
3.041
2.000
 $20
22
24
8
 $ 66.000
 61.600
 72.984
 16.000
Total da margem de contribuição 216.584:
( - ) Custos fixo (100.000)
( = ) Lucro 116.584
Resposta: reduzir a produção do modelo C, por garantir um maior lucro em relação ao modelo D.
60
Unidade III
Estaria correta a nossa resposta? Apurar o lucro total para todos os modelos não seria mais viável? 
E se tivéssemos muitos modelos de barraca de camping em nossa produção, quanto tempo levaríamos 
para obter essa resposta?
Podemos entender que essa não é a melhor maneira de chegarmos à solução rápida e confiável; 
sendo assim, devemos utilizar a ferramenta chamada “margem de contribuição pelo fator limitante”: 
significa dizer que, independentemente do tipo de limitação (redução da matéria-prima, redução de 
pessoal, de máquinasetc.), a forma de apurarmos o produto que terá reduzida sua fabricação e ao 
mesmo tempo obter a maximização do lucro dependerá da margem de contribuição em relação ao fator 
limitante.
Vamos aos cálculos: para o exemplo exposto, o fator limitante é o número de horas-
máquinas, por exceder a capacidade produtiva da empresa, ou seja, a demanda dos quatro modelos 
de barraca de camping equivale a 103.150 horas-máquinas, enquanto a empresa disponibiliza 
somente 97.000 horas-máquinas, apresentando o excedente de 6.150 horas-máquinas. Assim, 
teremos:
 Margem de contribuição unitária antes do fator limitante = Margem de contribuição após 
FL Fator limitante
Análise: o produto que apresentar a menor margem de contribuição após o fator limitante é que 
deverá ter sua produção reduzida.
Tabela 29 
Modelo
Margem 
contribuição
por un.
Tempo de fabricação 
horas por un.
Margem de contribuição 
por hora-máquina
A
B
C
D
 $20
22
24
8
9,50
9,00
11,00
3,50
$2,11
2,44
2,18
2,29
 Observação
Ao dividirmos a margem de contribuição pelo fator limitante, que 
neste exemplo é a capacidade de produção, chegamos a outra margem de 
contribuição, agora pelo fator limitante, e é por esta que deverá se pautar 
nossa decisão.
Resposta sobre qual modelo de barraca deverá ter sua produção reduzida: o modelo A, por 
apresentar a menor margem de contribuição pelo fator limitante: R$2,11 por unidade.
61
CONTABILIDADE GERENCIAL
Total de unidades a reduzir na produção do modelo A:
 6.150 h = 647* un. Ou seja: da demanda de 3.300 – 647 = produção de 2.653 und. 9,50 h/un.
(*) Aproximadamente.
Composição da capacidade de produção = 97.000 horas-máquinas:
Tabela 30 
Modelo Horas-máquinas por un.
 Demanda
 prevista por un.
Total de horas-
 máquinas
A
B
C
D
9,50
9,00
11,00
3,50
2.653
2.800 
3.600 
2.000 
 25.200
 25.200
 39.600
 7.000
 97.000
8.1.3 Decisões táticas: comprar x produzir, investir x alugar, decisão sobre substituição 
de equipamentos
As decisões táticas do tipo comprar ou produzir, investir ou alugar e sobre o momento de substituir 
os equipamentos da produção devem buscar respostas na área de custos, mas não serão as únicas.
No caso de comprar ou produzir, além da análise sobre a formação do custo de produção e o preço 
de adquirir o produto pronto, itens como qualidade, durabilidade e garantias devem ser considerados 
no momento da decisão. Uma vez que teremos um produto similar ao nosso, portanto, desconhecendo 
todo o processo produtivo, a confiabilidade que o cliente depositou em nossa empresa não poderá ser 
comprometida (no caso de revendermos um produto similar ao nosso).
Podemos analisar o exemplo apontado por Iudícibus (2008, p. 257-258): certa empresa vende seu 
produto a $469,12 e tem uma demanda garantida de 5009 unidades/mês. Está em dúvida se deve 
continuar a produzi-lo ou comprar a peça e revender a seu cliente; a opinião do contador neste momento 
deverá ser ouvida, e assim teremos os seguintes dados para a decisão:
Tabela 31 
Custos de 
fabricação Custo de aquisição 
Matéria-prima
Fretes
Mão de obra indireta
Mão de obra direta
Outros custos
Total
 $1.026.200
 -
 351.840
 1.641.920
 55.122
 3.075.082
$ 2.349.822
 5.009 (*)
 293.200 (**)
 -
 -- 
 2.648.031 
 (*) Frete: $1,00 por peça. 
(**) Recepção dos materiais, armazenamento e outros gastos
62
Unidade III
Caso optássemos pela aquisição das peças, teríamos uma redução de $87.960 equivalente à 
depreciação e aos seguros dos equipamentos não utilizados para fabricação de tais peças. A princípio, a 
decisão de adquirir as peças é mais atrativa, mas (conforme já citado) teríamos que avaliar:
• Será a qualidade da peça adquirida é comparável com a da peça fabricada?
• Verificar os prazos, de entrega e de fabricação, em relação à necessidade do nosso cliente.
Esgotadas todas as possibilidades de comparação produzir x adquirir, cabe tomar a decisão.
Em relação à decisão sobre investir ou alugar um equipamento, análises do retorno sobre o 
investimento, por exemplo, devem ser feitas, pois estaremos desembolsando um valor significativo para 
essa operação. Se resolvermos alugar o equipamento, deveremos verificar a cargo de quem ficará a 
manutenção e, ainda, a possível troca rápida em caso de pane; caso contrário, a produção da empresa 
será comprometida. Devemos analisar também que, ao alugarmos o equipamento, teremos um aumento 
nos custos fixos, podendo, no caso de recessão, ter o nosso lucro reduzido por aumentar a estrutura da 
organização.
Sobre a decisão no momento mais adequado para a substituição dos equipamentos, além da análise 
financeira sobre uma aquisição à vista ou a prazo, análises sobre a aceitação do nosso produto no 
mercado seriam importantes. Também teríamos que nos preocupar com a manutenção preventiva, 
com o seguro, com o treinamento para os funcionários, enfim, uma gama de análises deverá ser feita, 
respeitando as necessidades de cada empresa/segmento e tendo sempre em foco a maximização do 
lucro da organização. Portanto, a análise do possível retorno sobre esse investimento é imprescindível 
para a decisão. 
O exemplo apresentado por Iudícíbus (2003, p. 260-263) nos mostra dois métodos que auxiliarão na 
tomada de decisão sobre substituir um equipamento. São eles:
1ª metodologia da taxa de retorno ajustada no tempo: é a taxa que iguala o valor investido ao 
valor atual das economias de despesas de desembolso:
• utiliza tabelas de valor atual e computa a taxa de retorno ajustada pelo tempo por tentativa e erro 
(interpolação);
• se a taxa assim calculada igualar-se à ou exceder a taxa mínima de retorno desejado, aceitamos 
a alternativa; caso contrário, não.
2ª metodologia do valor atual líquido: a partir de uma taxa mínima desejada de retorno, compara-
se com a taxa de retorno ajustada no tempo:
• calculamos o valor atual líquido dos fluxos futuros utilizando, como taxa de desconto, a taxa 
mínima de retorno desejada;
• se o valor atual líquido for zero ou positivo, poderemos aceitar o projeto; caso contrário, não.
63
CONTABILIDADE GERENCIAL
Exemplo
Valor para aquisição da máquina: $300.000,00
Economia das despesas operacionais: $29.000,00/ano
Vida útil das máquinas: 20 anos
Solução pelo método da taxa de retorno ajustada no tempo:
TR = $300.000,00 = 10,345 aproximadamente
 29.000,00
Tabela de Valor Atual de Anuidades → na linha de 20 anos, temos:
6% para 11,470 e 8% para 9,818.
Logo, a verdadeira taxa ajustada está entre 6% e 8%, e a diferença entre 11,470 e 9,818 é de 1,652, 
que equivale a 2%. Por interpolação, corresponde a:
A diferença entre 9,818 e 10,345 é de -0,527.
1,652 está para 2%
0,527 está para x%
X% = 0,527 x 0,02 = 0,01054 = 0,0063801, isto é, 0,64%.
 1,652 1,652
 Concluímos que a taxa verdadeira será igual a 8% - 0,64% = 7,36%.
Esta taxa de 7,36% a.a. deve ser comparada com a taxa de juros sobre os recursos tomados 
emprestados. Sendo a captação de recursos inferior a ela, o projeto será lucrativo; caso contrário, não.
Solução pelo método de valor atual líquido:
Tomando-se os mesmos dados anteriores, iremos apenas substituir o valor de $300.000,00 por uma 
incógnita, e o x% será substituído pela taxa desejada de retorno escolhida, de 6% a.a.
X = valor atual de uma anuidade de $29.000,00 a 6%, por 6 anos.
O fator, na tabela para 6% e 20 anos, é, como vimos, de 11,470.
64
Unidade III
Assim temos:
Valor atual $332.630,00
 ( - ) Custo 300.000,00
 ( = ) Valor atual líquido 32.630,00
Logo, o projeto é favorável, pois o valor atual computado é superior ao custo de investimento.
 Observação
No exemplo apresentado, aceitaríamos o projeto pelas duas 
metodologias.
8.2 Lucro empresarial e variações de preço
É notória a importância de uma contabilidade gerencial para a decisão empresarial, mas abordar 
todos os assuntos seria uma tarefa de impossívelalcance, uma vez que as necessidades empresariais são 
típicas a cada momento. Mesmo assim, um assunto (embora de maneira não aprofundada) não poderia 
ficar de lado: a perda do poder aquisitivo. 
Não importa o índice inflacionário escolhido, a representação dessa perda precisa ser considerada 
ao analisarmos a formação do resultado empresarial. Assim, a contabilidade de custos torna-se limitada 
caso não agregue em sua apuração a inflação medida, tanto pelo índice escolhido pela alta direção 
ou mesmo aquele que mais reflita a perda inflacionária, quando considera-se a atividade em questão 
(talvez seja esta a maneira mais adequada de analisar a redução do valor empresarial pela inflação).
8.2.1 Variações de preço em operações simples: custos originais, custos originais 
corrigidos e o custo de reposição
Tomamos como exemplo uma simples operação de compra e venda de mercadorias para analisarmos 
os efeitos inflacionários, considerando os custos originais, os custos originais corrigidos e o custo de 
reposição (o valor que a empresa precisa ter para repor aquele estoque que foi vendido e assim dar 
continuidade às suas operações).
Iudícibus (2003, p. 25-35) apresenta um exemplo de fácil entendimento:
Patrimônio líquido em 31.12.x0 $100.000,00
Aquisição de mercadorias à vista $100.000,00
Índice geral de preço $100 (hipotético)
65
CONTABILIDADE GERENCIAL
Tabela 32 − Balanço patrimonial em 31.12.x0 
Ativo Passivo
Circulante
 Mercadorias 100.000,00
Patrimônio líquido
 Capital social 100.000,00
Total 100.000,00 Total 100.000,00
1º trimestre: 31.03.x1 
A mercadoria ainda não foi vendida, portanto, permanece em estoque.
Índice geral de preço está em $107 (hipotético).
Na hipótese de adquirir a mesma mercadoria, teríamos que desembolsar $112.000,00.
2º trimestre: 30.06.x1 
60% do estoque de mercadorias foi vendido por $105.000,00. 
Índice geral de preço está agora em $116 (hipotético).
Na hipótese de repor 100% do estoque, teríamos que desembolsar $125.000,00.
Apuração da contabilidade a custos históricos:
Demonstração de resultado em 31.12.x1 (*)
Vendas $105.000,00
 ( - ) CMV 60.000,00
 ( = ) Lucro 45.000,00
(*) Considerando que houve apenas a venda em 30.06.x1.
Tabela 33 − Balanço patrimonial em 31.12.x1
Ativo Passivo
Circulante
 Caixa 105.000,00
 Mercadorias 40.000,00
Patrimônio líquido
 Capital social 100.000,00
 Lucro 45.000,00
Total 145.000,00 Total 145.000,00
66
Unidade III
Apuração da contabilidade a custos históricos corrigidos:
Demonstração de resultado em 31.12.x1 
Vendas $105.000,00
 ( - ) CMV 69.600,00 (*)
 ( = ) Lucro 35.400,00
 (*) Aquisição das mercadorias foi em 31.12.X0 a $100.000,00, e o índice geral de preços era de $100 
em 30.06.X1, data da venda. Portanto, apuração do CMV, o IGP passou para $116: $60.000,00/100 x 116 
= $69.600,00 → CMV corrigido.
 Observação
O lucro de $35.400,00 não está correto, pois não consideramos o custo 
de reposição.
Apuração da contabilidade a custo de reposição:
1º trimestre: 31.03.x1 
A mercadoria ainda não foi vendida, portanto, permanece em estoque.
Índice geral de preço está em $107 (hipotético).
Na hipótese de adquirir a mesma mercadoria, teríamos que desembolsar $112.000,00.
O custo de reposição está em $112.000,00; logo temos um ganho de $12.000,00 nos estoques 
(compramos as mercadorias por $100.000,00 e agora estão valendo $112.000,00).
2º trimestre: 30.06.x1 
Índice geral de preço está agora em $116 (hipotético).
Na hipótese de repor 100% do estoque, teríamos que desembolsar $125.000,00.
67
CONTABILIDADE GERENCIAL
Tabela 34 − Apuração dos resultados a custos de reposição
31.12 .X0 
a 31.03.X1
31.03 .X1 
a 30.06.X1
30.06 .X1 
a 31.12.X1
Valorização do estoque
Vendas 
( - ) CMV 
( = ) Lucro
(+) Ganho realizado de estocagem 
( = ) Lucro realizado 
( - ) Diminuição no montante 
 das valorizações de estoque
( = ) Lucro líquido 
 12.000,00
 12.000,00
-
 105.000,00
 75.000,00 (1)
 30.000,00
 15.000,00 (2)
 45.000,00
 2.000,00 (3)
 43.000,00
 10.000,00 (3)
105.000,00
 75.000,00
 30.000,00
 15.000,00
 45.000,00
 -------------
 55.000,00
(1) CMV será de 60% de $125.000,00 = $75.000,00.
(2) Ganho de estocagem = a mercadoria passou de $100.000,00 para $125.000,00, representando 
um ganho de $25.000,00, mas 60% foram vendidos, gerando um ganho de estocagem de $15.000,00.
(3) Diminuição da valorização do estoque = referente ao decréscimo da valorização dos estoques:
40% de $100.000,00 = $40.000,00 → Custo histórico
40% de $125.000,00 = $50.000,00 → Valorização do estoque em 30.06.X1
Valorização de = $10.000,00 → era de $12.000,00; logo, houve uma diminuição na valorização de 
$2.000,00.
Tabela 35 − Balanço patrimonial a custos de reposição
31.12 .X0 31.03 .X1 30.06 .X1 
a 31.12.X1
Ativo
 circulante
 Caixa 
 Estoque 
Total do ativo 
Passivo
 Patrimônio líquido
 Capital social 
 Lucros 
Total do passivo 
-
100.000,00
100.000,00
100.000,00
....................
100.000,00
-
 112.000,00
 112.000,00
100.000,00
 12.000,00
112.000,00
 105.000,00
 50.000,00
 155.000,00
 100.000,00
 55.000,00
155.000,00
68
Unidade III
Tabela 36 − Apuração dos resultados a custos 
históricos corrigidos e a custos de reposição
31.12 .X0 
a 31.03.X1
31.03 .X1 
a 30.06.X1
30.06 .X1 
a 31.12.X1
Ganho não realizado
Vendas 
( - ) CMV 
( = ) Lucro 
(+) Economia de custo realizada 
( = ) Lucro realizado 
( - ) Diminuição no saldo dos ganhos 
não realizados 
( = ) Lucro líquido 
 5.420,56 (1)
 5.420,56
 -
 105.000,00
 75.000,00 
 30.000,00
 5.400,00 (2)
 35.400,00
 1.820,56 (1)
 33.579,44
 3.600.00 (1)
 105.000,00
 75.000,00
 30.000,00
 5.400,00
 35.400,00
 ------------- 
 39.000,00
(1) Ganho não realizado = o custo histórico dos estoques de $100.000,00 em 31.12.X0 a 31.03.X1 
tem um custo de reposição de $112.000,00. 
Este, por sua vez, deverá ser representado, em 30.06.X1 (data da venda das mercadorias): 
$112.000,00/107 x 116 = $121.420,56. 
Comparando com $100.000,00 também trazido a valor presente em 30.06.x1, temos: 
100.000,00/100 x 116 = $116.000,00; assim, $121.420,56 - $116.000,00 = $5.420,56.
(2) Diminuição do ganho não realizado = o valor remanescente do estoque, a preço de reposição, 
era de $50.000,00 (40% de $125.000,00 de 31.03.X1 a 30.06.X1); este é um valor já ajustado ao nível de 
30.06.X1, pois é o preço de reposição.
Em 30.06.X1, o correspondente é o valor histórico de $40.000,00; sendo ajustado para 
30.06.x1, ficaria em $40.000,00/100 x 116 = $46.400,00. Parte do ganho real em 30.06.x1 será 
de $50.000,00 - $46.400,00 = $ 3.600,00. 
Assim, entre 31.03.X1 e 30.06.X1, houve um decréscimo desta conta de $5.420,56 para $3.600,00, 
ou seja, de $1.820,56.
(3) Economia do custo significa a diferença entre o custo das vendas a preços de reposição e 
custo histórico. Os $75.000,00 já estão corrigidos, pois representam 60% do custo de reposição 
($125.000,00). Falta corrigir os $60.000,00, ou seja, 60% de $100.000,00 (este foi formado em 
31.12.X0); assim, temos: $60.000,00 / 100 x 116 = $ 69.600,00; logo $75.000,00 - $69.600,00 = 
$5.400,00.
69
CONTABILIDADE GERENCIAL
Tabela 37 − Comparativo entre os quatro critérios de apuração do lucro
A
Histórico
B
Hist. x Infl.
C
Reposição
D
Rep. X Infl.
Lucro operacional
Lucro realizado
Lucro líquido
Lucro não realizado
45.000,00
45.000,00
45.000,00
-
35.400,00
35.400,00
35.400,00
-
 30.000,00
45.000,00
55.000,00
10.000,00
30.000,00
35.400,00
39.000,00
3.600,00
Pelo exemplo, vimos o quanto é importante o contador gerencial ou controller conhecer e acompanhar 
tanto os efeitos inflacionários quanto as alterações provocadas pelo mercado em relação aos preços dosestoques, um dos principais investimentos da empresa. Ou seja, é importante perceber quando se perde 
ou ganha em manter estoques (preço de reposição) e ainda, em termos de novos investimentos, em 
qual resultado o gestor deverá se apoiar para dar continuidade às operações empresariais, buscando a 
maximização do lucro.
Segundo Iudícibus (2003), o conceito apresentado no item B para formação do lucro é o mais 
razoável, principalmente pela sua aplicabilidade; mas quando comparado com o D, vemos quantas 
informações deixamos de ter; logo, é o conceito D que melhor deve atender às necessidades do tomador 
de decisão neste momento.
8.2.2 Variações de preços nas demonstrações contábeis: a correção dos balanços
Entendemos que a correção dos balanços não perdeu seu espaço, mesmo com a aplicação da Lei 
nº 11.638/07, que colocou o Brasil no cenário econômico mundial em termos de investimentos no 
mercado acionário, com a Nova Lei Contábil (como assim ficou chamada) alterando toda a forma de 
avaliar as operações contábeis e, consequentemente, trazendo uma nova roupagem para a contabilidade 
financeira ao exigir que os Pronunciamentos Contábeis (CPCs, como estão sendo conhecidos) sejam 
considerados para a elaboração das demonstrações contábeis, atendendo, portanto, às Normas 
Internacionais de Contabilidade (NICs). Por menor que seja a perda do poder aquisitivo (inflação), ela 
deverá ser incorporada à formação do resultado empresarial.
 Saiba mais
Há diversas empresas no Brasil que mantêm programas de visitas e suas fábricas 
ficam abertas ao público. Se possível, inscreva-se em uma dessas visitas. Um bom 
exemplo é o programa de visitas da Volkswagen. Informe-se em: 
COMO faço para visitar a fábrica Volkswagen. Volkswagen. [s.d.]. Disponível 
em: <http://www.vw.com.br/pt/fale_conosco/perguntas_e_respostas/
informacoes_duvidas/como_faco_para_visitarafabricavolkswagen.html>. 
Acesso em: 20 jan. 2015.
70
Unidade III
 Resumo
Nesta unidade, você aprendeu a usar e analisar a alavancagem 
operacional, ou seja, como analisar se os investimentos realizados estão 
trazendo os benefícios esperados, além do uso de dados de custos para a 
tomada de decisões táticas, que são as táticas para decisões de rotina, que 
fazem o planejamento estratégico da empresa transcorrer.
Caso ainda encontre dificuldades para entender e conhecer todas essas 
aplicações da contabilidade gerencial, faça com afinco os exercícios e, se 
for o caso, revise seu conteúdo de contabilidade de custos. Não tenha 
vergonha de fazer isso, bons profissionais têm como um hábito saudável 
consultar sempre e se lembrar dos conceitos básicos.
A esse ponto, você já está apto(a) a participar de forma inteligente e 
ativa em discussões avançadas sobre os negócios da empresa. É claro que 
você ainda tem muito a aprender sobre o aspecto gerencial da contabilidade 
e terá a oportunidade para isso. Parabéns pelo seu desenvolvimento até o 
momento, não perca a sua motivação, por mais dificuldades que esteja 
passando: saiba que este é um conhecimento muito restrito, que “vale 
ouro” no mercado!
 Exercícios
Questão 1. (Fumarc/Cemig-MG 2018, adaptada) A composição relativa dos custos variáveis e fixos 
de uma Companhia é medida pela alavancagem operacional. Considerando-se uma Companhia com 
vendas de R$ 410.000,00, custos variáveis de R$ 250.000,00 e custos fixos de R$ 80.000,00, a sua 
alavancagem operacional, medida pelo Grau de Alavancagem Operacional (GAO) será:
A) 1,24.
B) 1,32.
C) 2,00.
D) 4,13.
E) 4,30.
Resposta correta: alternativa C.
71
CONTABILIDADE GERENCIAL
Resolução da questão
Tabela 38
A. Vendas 410.000,00
B. Custos variáveis 250.000,00
C. Margem de contribuição (A - B) 160.000,00
D. Custos fixos 80.000,00
E. Lucro operacional (C - D) 80.000,00
GAO (C/E) 2,00
Questão 2. (Fundep/IF-SP 2014, adaptada) Às vésperas de lançar um produto, uma empresa 
depara-se com a seguinte questão: Que preço deverá ser cobrado?
Para responder a essa pergunta, solicita informações à área de custos, que informa o seguinte: 
custos e despesas variáveis de $ 60,00 e custos e despesas fixos de $ 100,00. O setor de marketing por 
sua vez, informa que o preço do novo produto poderá ser de $ 250,00, para previsão de vendas de 1.300 
unidades; e de $ 220,00, para previsão de vendas de 1.600 unidades. A empresa resolve lançar o produto 
pelo valor maior.
A área de custos questionou a decisão, entendendo que teria sido a escolha errada. Com base no 
conceito de margem de contribuição, assinale a alternativa que explique CORRETAMENTE por que a área 
de custos questionou a decisão:
A) A área de custos entende que o preço maior oferece menor margem de contribuição unitária.
B) Ao realizar os cálculos, a área de custos percebeu que, apesar do preço maior ser de $ 250,00, 
a margem de contribuição seria menor em relação ao preço de venda de $ 220,00, sendo: 
$ 247.000,00 para preço de $ 250,00, e 250.000,00 para preço de $ 220,00.
C) A área de custos não foi consultada novamente, o que levou ao descontentamento da equipe técnica.
D) Ao realizar os cálculos, a área de custos percebeu que, apesar do preço maior ser de $ 250,00, a 
margem de contribuição total seria menor em relação ao preço de venda de $ 220,00.
E) A área de custos informou que a decisão precisaria ser melhor embasada tecnicamente.
Resolução desta questão na plataforma.
72
REFERÊNCIAS 
ATKINSON, A. A. et al. Contabilidade gerencial. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2008.
COMO faço para visitar a fábrica Volkswagen. Volkswagen. [s.d.]. Disponível em: <http://www.vw.com.br/pt/
fale_conosco/perguntas_e_respostas/informacoes_duvidas/como_faco_para_visitarafabricavolkswagen.
html>. Acesso em: 20 jan. 2015.
CORONADO, O. Contabilidade gerencial básica. São Paulo: Saraiva, 2006.
CÔRTES, P. L. A verdadeira história do IG. São Paulo: Editora Érica, 2001. 
CREPALDI, S. A. Contabilidade gerencial: teoria e prática. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2004.
IUDÍCIBUS, S. de. Contabilidade gerencial. 6. ed. São Paulo: Atlas, 1998.
MARTINS, E. Contabilidade de custos. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2003.
MARTINS, E.; ROCHA, W. Métodos de custeio comparados: custos e margens analisados sob diferentes 
perspectivas. São Paulo: Atlas, 2010.
PINHEIRO, P. R.; SCHMIDH, P.; SANTOS, J. L. dos. Introdução à contabilidade gerencial. São Paulo: 
Atlas, 2007.
PADOVESE, C. L. Contabilidade gerencial: um enfoque em sistema de informação contábil. 3. ed. São 
Paulo: Atlas, 2000.
 . Contabilidade gerencial. Curitiba: IESDE Brasil S.A., 2012. 376 p.
Exercícios
Unidade I – Questão 1: FUNDAÇÃO DE DESENVOLVIMENTO DA PESQUISA (Fundep). Instituto Federal 
de Educação, Ciência e Tecnologia do Estado de São Paulo (IF-SP) 2014: Magistério – Contabilidade. 
Questão 55. Disponível em: <https://s3.amazonaws.com/files-s3.iesde.com.br/resolucaoq/prova/
prova/35617.pdf>. Acesso em: 3 jun. 2019.
Unidade I – Questão 2: FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS (FCC). Concurso Público para provimento de 
cargos de Administrador Hospitalar 2018. Questão 47. Disponível em: <https://arquivos.qconcursos.
com/prova/arquivo_prova/58877/fcc-2018-prefeitura-de-macapa-ap-administrador-hospitalar-prova.
pdf?_ga=2.14625716.282417655.1559571166-1733442077.1559571166>. Acesso em: 3 jun. 2019.
Unidade II – Questão 1: GRUPO MAKIYAMA. Auditor Jr. 2012. Questão 38. Disponível em: <https://
www.qconcursos.com/arquivos/prova/arquivo_prova/31579/makiyama-2012-cptm-auditor-junior-
prova.pdf>. Acesso em: 3 jun. 2019.
73
Unidade II – Questão 2: FUNDAÇÃO CEPERJ/SEFAZ. Analista de Controle Interno 2013. Questão 78. 
Disponível em: <https://s3.amazonaws.com/files-s3.iesde.com.br/resolucaoq/prova/prova/28743.pdf>. 
Acesso em: 3 jun. 2019.
Unidade III – Questão 1: FUNDAÇÃO MARIANA RESENDE COSTA (Fumarc). Companhia Energética 
de Minas Gerais (Cemig). Concurso Público – Analista de Gestão Contábil Jr.: 2018. Questão 25. 
Disponível em: <https://arquivos.qconcursos.com/prova/arquivo_prova/56961/fumarc-2018-
cemig-mg-analista-de-gestao-contabil-jr-prova.pdf?_ga=2.18892859.282417655.1559571166-1733442077.1559571166>. Acesso em: 3 jun. 2019.
Unidade III – Questão 2: FUNDAÇÃO DE DESENVOLVIMENTO DA PESQUISA (Fundep). Instituto Federal 
de Educação, Ciência e Tecnologia do Estado de São Paulo (IF-SP) 2014: Magistério – Contabilidade. 
Questão 26. Disponível em: <https://s3.amazonaws.com/files-s3.iesde.com.br/resolucaoq/prova/
prova/35617.pdf>. Acesso em: 3 jun. 2019.
74
75
76
77
78
79
80
Informações:
www.sepi.unip.br ou 0800 010 9000

Continue navegando