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Aula opioides

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FARMACOLOGIA DOS 
OPIÓIDES
Profa. Ms. Luciana Luna
Opiáceos
são substâncias (alcalóides) derivadas do ópio, e portanto, estão incluídos na classe dos opioides. 
•Papaver somniferum, de onde o Ópio é obtido.
Opiáceos
 Produzem ações de insensibilidade à dor (analgesia) e são usados principalmente na terapia da dor crônica e da dor aguda de alta intensidade. Produzem em doses elevadas euforia, estados hipnóticos e dependência e alguns (morfina e heroína) são usados como droga recreativa de abuso.
Opióides
 É um grupo de fármacos que atuam nos receptores opioides neuronais. Compondo todas as drogas, naturais ou sintéticas, endógena (peptídeos endógenos) ou exógena.
Opióides
São agonistas dos receptores opioides encontrados nos neurônios de algumas zonas do cérebro, medula espinal e nos sistemas neuronais do intestino. 
Há três famílias de opióides endógenos
1 – Encefalinas
2 – Endorfinas
3 – Dinorfina
Os opióides endógenos participam dos mecanismos de modulação da dor.
Encefalinas
São neurotransmissores narcóticos secretados pelo encéfalo. Semelhantes à morfina, elas se ligam a sítios estéreo-específicos de receptores opióides no cérebro (reagindo com os mesmos receptores neurais do cérebro que a heroína), aliviando a dor (mecanismo de analgesia) e produzindo uma sensação de euforia.
Endorfinas
 Foram encontrados 20 tipos diferentes de endorfinas no sistema nervoso sendo a beta-endorfina a mais eficiente, pois é a que dá o efeito mais eufórico ao cérebro. Composta por 31 aminoácidos, a endorfina é produzida, por exemplo, em resposta à atividade física e durante o orgasmo, visando relaxar e dar prazer, despertando uma sensação de euforia e bem-estar. 
• As comidas picantes (com pimenta) contém capsaicina, um agonista de receptores de dor na língua. A ativação da vias da dor libera quantidades moderadas de endorfinas. Dai o prazer de comer comidas picantes que é devido à sensação de bem estar que as endorfinas produzem.
Dinorfina
Desempenha um papel importante no enfraquecimento da ansiedade. As endorfinas são liberadas pelo corpo de atletas, e têm um efeito analgésico e eufórico.
•Já as dinorfinas têm o efeito inverso : elas funcionam como um amortecedor emocional.
•Há uma grande diferença entre as pessoas nos níveis de dinorfinas liberadas naturalmente pelo cérebro.
 Receptor e ligante natural
 µ
endomorfina 1 e 2, β-endorfina
 κ
Dinorfinas e β-endorfina
 δ
Encefalinas e β-endorfina
Efeitos Agonistas
Analgesia
Euforia
Redução motilidade TGI
Imunossupressão
Depressão respiratória
Emese
Tolerância
Dependência física
Analgesia
Sedação
Miose
Diurese
Disforia
Analgesia
Estimulação imunológica
Depressão respiratória
Mecanismo de ação dos opióides
A maioria dos neurônios reagem aos opióides hiperpolarizando, refletindo um aumento da condutância do K. 
O influxo de Ca²+ nos neurônios terminais durante a excitação está diminuído, levando a uma diminuição da liberação de neurotransmissores e diminuição da atividade sináptica. 
Dependendo do tipo celular afetado, essa inibição sináptica se traduz como um efeito excitante ou inibitório.
Farmacocinética
Principais locais de ABSORÇÃO: via subcutânea, transdérmica, intramuscular, mucosa do nariz, boca e TGI.
• A biodisponibilidade dos opióides utilizados por via oral sofre redução devido ao metabolismo de primeira passagem.
• Ajuste da dose administrada por via oral > via parenteral.
• Os comprimidos de opióides possuem duas formas de apresentação:
liberação imediata ou liberação lenta.
Liberação Imediata
• absorção rápida
• picos plasmáticos elevados
• riscos de toxicidade
• maior incidência de efeitos colaterais
Conc. Equilíbrio 24 h
• dupla matriz 
• conc analgésicas eficazes por mais tempo (8 -12 h)
• sem picos plasmáticos de toxicidade
Liberação lenta
Distribuição
Ligação a proteínas plasmáticas ⇒ albumina e alfa-1 glicoproteína ácida.
• Distribuição em tecidos altamente vascularizados ⇒ pulmões, fígado, baço e rim. 
A conc no SNC é relativamente baixa em relação a outros órgãos, devido à barreira hematoencefálica.
• Compostos como a heroína e codeína atravessam mais facilmente a barreira hematoencefálica
• Esta barreira não está presente em neonatos.
Metabolismo
Conjugação com ácido glicurônico (morfina)
• Os ésteres (meperidina e heroína) são hidrolizados por esterases hepáticas.
Excreção
Podem ser excretados em forma inalterada ou em compostos polares pela urina.
• Os glicuronídeos são excretados na bile.
Vias de administração
• Via retal (supositórios)
• Via epidural (anestesia)
• Via transdérmica (efeitos sistêmicos) cataplasma de fentanil
• Via intranasal
Efeitos dos Opióides
• Euforia - sensação agradável de flutuar e estar livre da ansiedade e do desconforto.
• Sedação - sonolência e turvação da consciência.
SNC
Afinidade por receptores µ
• Analgesia - alteração da PERCEPÇÃO da dor e da REAÇÃO do paciente a esta dor.
Efeitos dos Opióides
Supressão da tosse -mais especificamente a codeína.
Miose – Contração da pupila.
Rigidez no tronco - aumento do tônus nos grandes músculos do tronco, interferindo na ventilação.
Sistema Nervoso Central
Náuseas e vômitos – ativação da zona desencadeante quimiorreceptora do tronco cerebral.
Efeitos dos Opióides
• Trato Gastrointestinal
efeitos constipantes:
 da motilidade do estômago e aumento do tônus,
 produção de secreção gástrica.
Efeitos Periféricos
Aumento do tônus do intestino delgado e espasmos periódicos.
- aumento do tônus do intestino grosso e 
 das ondas propulsivas 
 constipação.
Efeitos dos Opióides
• Trato Biliar
- contração do músculo liso biliar, pode ocasionar cólicas biliares.
Efeitos Periféricos
• Trato genitourinário
- depressão da função renal ( do fluxo plasmático renal)
- do tônus do esfíncter uretral pode levar à retenção urinária.
Efeitos dos Opióides
Útero
- pode haver prolongamento do trabalho de parto.
Efeitos Periféricos
• Neuroendócrino
- estimulação da liberação do hormônio antidiurético, 
prolactina e somatotropina.
Uso dos opióides
O tratamento da dor é essencial para a prática odontológica.
• Há inúmeras situações em que é necessário proporcionar analgesia antes do diagnóstico definitivo.
Uso dos opióides
Analgesia
- a dor intensa e constante é aliviada com uso de opóides.
- a dor associada ao câncer e outras doenças terminais.
- a administração do opióide a intervalos fixos é mais eficaz no alívio da dor do que a quando solicitada.
Uso dos opióides
Anestesia
- medicação pré anestésica - propriedades sedativas, ansiolíticas e analgésicas.
- podem ser usados com drogas anestésicas primárias (fentanil).
- analgésicos regionais ( ação direta sobre a medula espinhal) quando administrados nos espaços epidural ou subaracnóide da medula espinhal  reversão com naloxona.
Efeitos tóxicos dos analgésicos 
opióides
Comportamento agitado, tremor, reações disfóricas
 Depressão respiratória
 Náuses e vômitos
Aumento da pressão intracraniana
Constipação
Retenção urinária
Urticária (mais freqüente com administração parenteral)
Interações das drogas opióides
Sedativos-hipnóticos: maior depressão do SNC, particularmente depressão respiratória.
 Tranquillizantes antipsicóticos: Sedação maior; efeitos variáveis sobre a depressão respiratória; acentuação dos efeitos cardiovasculares (ações muscarínicas e alfa-bloqueadoras).
Inibidores da MAO: Contra-indicação relativa a todos os analgésicos opióides pela elevada incidência de coma hiperpirético e hipertensão.
Efeitos indesejados
Tolerância – necessidade de doses cada vez 
maiores para produzir analgesia.
Dependência – vontade cada vez maior.
Síndrome de abstinência que pode ser 
precipitada pelo uso de um antagonista opióide
Estrutura química dos 
analgésicos opióides
Fenantrênicos
Agonistas fortes
- Morfina, Hidromorfona, Oximorfona
Agonistas Levesa Moderados
- Codeína, Oxicodona e Hidrocodona
Agonistas-antagonistas mistos
- Nalbufina, buprenorfina
Antagonistas
- Nalorfina, Naloxona e Naltrexona
Receptores opióides µ, κ, σ, δ
Mu: analgesia supraespinhal, depressão respiratória, euforia e dependência
• Kappa: analgesia espinhal, miose, sedação, disforia
• Sigma: alucinação, estimulação vasomotora e respiratoria
• Delta: modifica a atividade dos receptores mi (opióides endógenos)
MORFINA
Analgesia Dosagem-dependente
Encontrada em forma de cloridrato e sulfato
Dimorf 
VO; SC; IM; IV
Biotransformação hepática
Excreção 90% renal e 10% fezes
Efeito 1- 4 horas
MORFINA
Náusea e vômito
Depressão respiratória 
Hipotermia 
Miose
Estimula liberação de ADH (contra indicada em uremia)
Constipação intestinal
Bradicardia, vasodilatação e hipotensão
Urticária e prurido no local da injeção
Broncoconstrição
Excitação em algumas espécies
Derivados da Morfina
CODEÍNA
Amplo uso como antitussígeno
 Deprime o centro da tosse
 Efeito constipante acentuado
 Em geral é associada a expectorantes ou a outros 
analgesicos (ex. paracetamol)
Meperidina
Potência analgésica 10x menor que morfina
 Uso IM (podendo SC, IV e oral)
 Apresenta efeito espasmolítico
 Latência 30min e efeito 1 a 2 horas
 Reduz salivação e secreção respiratória < depressão CV e respiratória que morfina
 Não produz vômito, nem defecação
 Libera histamina, hipotensão e convulsão em injeção IV rápida
 Potencializa em 50% os barbitúricos
Fentanila
250 vezes mais potente que morfina
 Uso na medicação pré-anestésica e trans-cirúrgico
 Neuroleptoanalgesia (analgesia com antipsicotico)
 Anestesias balanceadas
 Analgesia espinhal
 Analgesia Dosagem-dependente
 Latência 3 a 5min, ação 20-30min
 Acentuada depressão cardiorespiratória (IV)
 Bradicardia, hipotesão e depressão respiratória acentuadas quando associada à barbitúricos
Metadona
Opióide sintético
 Estimula FR
 Relaxamento e perda controle postural
 Salivação e defecação
 Analgesia duração 2-6 horas
 Potencializa 50% os barbitúricos
 Dosagem: 0,1 - 0,2mg/kg IM
Cloridrato de Tramadol
Analgésico sintético da codeína
 Dor leve a moderada
 Alta seletividade por receptor mi, porém baixa afinidade
 Dosagem: 1 a 2mg/kg IV,IM,VO,via retal
 Sedação nula
 Não provoca êmese nem defecação
 Uso no pós-operatório
Antagonistas
Naloxona
 Antagonista competitivo em todos os receptores 
 Efeito de 1 a 4 horas
 Dosagem: 0,04mg/kg IV, IM, SC
Nalorfina
 É um agonista parcial.
 Antagonizando todos os efeitos da morfina.
 Uso para reverter depressão respiratória produzida pelos opióides.
 Efeito agonista isolada e antagonista qdo usada após opióides puros.

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