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FUNDAMENTOS DA BIBLIOTECONOMIA AULA 2 Pressupostos da Biblioteconomia Abertura Olá! Até que ponto pode-se considerar a Biblioteconomia uma ciência? Quais os princípios filosóficos que fazem dela uma verdadeira ciência? Será ela, apenas, uma técnica ou uma arte, ou mesmo seria possível apresentá-Ia como metaciência, em força do seu próprio objeto: a informação? Aí estão algumas perguntas cruciais para a Biblioteconomia e difíceis de serem respondidas. Vamos conhecer os pressupostos da Biblioteconomia nesta aula. BONS ESTUDOS! Referencial Teórico A questão da fundamentação teórica da Biblioteconomia é uma problemática que se encontra presente há muito tempo no cenário de pesquisa de diversos autores, em vários períodos diferentes, ainda sendo, na perspectiva contemporânea, um tema em pleno desenvolvimento na área. Vale ressaltar que a Biblioteconomia é uma disciplina milenar e que sua história, bem como seus pressupostos teóricos, poderia ser estudada por períodos específicos e contextualizados – sendo o propósito desta aula apresentar de maneira geral algumas possíveis teorias com o objetivo de procurar fundamentos epistemológicos para a Biblioteconomia. Acompanhe o trecho selecionado para leitura desta aula e, ao final, você terá aprendido sobre os seguintes conteúdos: • Conhecer as origens da Biblioteconomia. • Identificar os pressupostos históricos, filosóficos e epistemológicos da Biblioteconomia. • Analisar a Biblioteconomia como uma das áreas do conhecimento humano. BOA LEITURA! 17 PRESSUPOSTOS DA BIBLIOTECONOMIA Conteúdos • Origens e introdução à Biblioteconomia. • Pressupostos históricos, filosóficos e epistemológicos da Biblioteconomia. • Biblioteconomia e Documentação. 19 1. INTRODUÇÃO Vamos começar nossa primeira unidade de estudo, você está preparado? Nesta aula, estudaremos o início do universo da Bib- lioteconomia até os dias atuais. Introdução à Biblioteconomia almeja apresentar a Biblioteconomia e os seus pressupostos fi- losóficos, situando-os no universo do conhecimento, da comuni- cação e da informação, apresentando seus principais conceitos e correntes de pensamento. 2. CONTEÚDO BÁSICO DE REFERÊNCIA O Conteúdo Básico de Referência apresenta, de forma su- cinta, os temas abordados nesta unidade. Para sua compreensão integral, é necessário o aprofundamento pelo estudo do Conteú- do Digital Integrador. 2.1. ORIGENS DO CONHECIMENTO EM BIBLIOTECONOMIA A história das bibliotecas e consequentemente de suas práticas é milenar. Contudo, a construção da autonomia dessa área como um campo de conhecimento vem se processando nos últimos quinhentos anos. Podemos considerar ainda que a sua consolidação como uma disciplina científica deu-se no final do século 19. Depois disso, desenvolveram-se diversos estudos, práticas e reflexões, constituindo diferentes correntes de estudo, que re- sultaram na riqueza e pluralidade que estabelece o campo da Biblioteconomia. 20 Vamos apresentar aqui uma possível organização dessa produção científica diversa, mediante algumas correntes de pensamento que percorrem as ciências sociais e humanas (nas quais a Biblioteconomia insere-se). O objetivo será construir uma reflexão acerca da história e da filosofia das ciências, pois a Biblioteconomia está totalmente relacionada com o desenvolvimento do conhecimento humano, não só do científico, propagador do progresso e da geração de riquezas entre as nações. O mais importante neste estudo é que você conheça as possíveis relações da Biblioteconomia com algumas correntes de pensamento. Ainda assim não será possível esgotar aqui essa reflexão. Portanto, de acordo com seu interesse e necessidade, é fundamental que você se aprofunde em textos que trazem ou- tras contribuições para este tema: epistemologia, história e filo- sofia em Biblioteconomia. Vale destacar que, durante o século 20, houve uma intensa aproximação entre os campos da Biblioteconomia e da Ciência da Informação (a Biblioteconomia promoveu estudos sobre os fenômenos informacionais, e a Ciência da Informação, sobre os fenômenos da Biblioteconomia). No entanto, nesta unidade, nosso foco será apenas para as produções teóricas específicas da Biblioteconomia. Assim: Com a invenção da escrita e o estabelecimento das primeiras ci- dades, no início dos processos de sedentarização das coletivida- des, apareceram as primeiras manifestações de espaços especí- ficos (que serão, séculos depois, as "bibliotecas") voltados para a guarda e a preservação desses registros de conhecimento, sendo a Biblioteca de Alexandria considerada uma instituição paradigmática nesse sentido (ARAÚJO, 2013, p. 42). 21 No Egito Antigo, na Grécia Clássica, no Império Romano e nos mundos árabe e chinês, do primeiro milênio à Idade Média na Europa, ergueram-se e consolidaram-se bibliotecas relacionadas com os mais diversos acervos – religiosos, literários, científicos, políticos, entre outros. Entretanto, foi só após o Renascimento, a partir do século 15, que começaram a surgir as primeiras formas tangíveis do que se poderia chamar de um conhecimento teórico específico em Biblioteconomia. Dessa maneira, podemos dizer que, com o Renascimento, ressurgiu o interesse pela produção humana, pelas obras artísti- cas, filosóficas e científicas – tanto as da Antiguidade Greco-Ro- mana como aquelas que se desenvolviam naquele momento. Assim, o interesse pelo culto das obras, por sua guarda e por sua preservação foi ressaltado. Surgiram muitos tratados e manuais a partir do século 17. Eles foram pensados para: • as regras de procedimentos nas instituições responsá- veis pela guarda dessas obras; • as regras de preservação e conservação física dos materiais; • as estratégias de descrição formal das peças e dos documentos. Com a Revolução Francesa e as demais revoluções burguesas na Europa, que marcaram a transição do Antigo Regime para a Mod- ernidade, ocorreu uma profunda transformação em todas as di- mensões da vida humana – inclusive nas bibliotecas. Surgiu aí o conceito moderno de "Biblioteca Nacional", que tem no seu caráter público sua marca distintiva. São formadas as grandes coleções, são realizados amplos processos de aquisição e acumulação de acervos – o que reforçou a natureza custodial destas instituições. A necessidade de se ter pessoal qualificado para as nascentes in- stituições modernas levou à formação dos primeiros cursos profis- sionalizantes voltados para regras de administração das rotinas de- 22 stas instituições. Um exemplo desse tipo de produção é o Manuel du bibliothécaire, accompagné de notes critiques, historiques et littéraires, de Jean Pie Namur, publicado em 1834. Por fim, com a consolidação da ciência moderna como forma de produção de conhecimento, também o campo das humanidades viu-se convo- cado a se constituir como ciência. Surgiram no século XIX aqueles que seriam os precursores do estabelecimento do projeto de cons- tituição científica da Biblioteconomia: a consolidação de teorias e regras de catalogação (como as de Panizzi, de 1841, e de Jewett, de 1852) e dos sistemas de classificação bibliográfica (sendo o mais importante deles o de Dewey, de 1876) (ARAÚJO, 2013, p. 43). É importante mencionar Advis pour dresser une bibliothèque, de autoria de Gabriel Naudé, publicada em 1627. A obra foi tradu- zida para o português como Conselhos para formar uma bibliote- ca, pela editora Briquet de Lemos, em 2016. Ela é considerada um marco dessa transição da Biblioteconomia empírica (conhecimento do dia a dia sem comprovação científica) para a moderna prática bibliotecária (FONSECA, 1979, p. 11). O modelo de ciência então dominante, oriundo das ciências exatas e naturais, voltado para a busca de regularidades, estabelecimento de leis, ideal matemático e intervenção na natureza por meio de processos técnicos e tecnológicos, se expandiu para as ciências sociais e humanas através do Positivismo. Esse é o modelo que in- spirou as pioneiras conformaçõescientíficas da Biblioteconomia, que privilegiou os procedimentos técnicos de intervenção: a cata- logação e a classificação. Mais do que oposições, os três movimen- tos acima destacados se somaram, constituindo um grande mode- lo ou "paradigma". A perspectiva patrimonialista voltou-se para os "tesouros" que devem ser custodiados, ressaltando a importância da produção simbólica humana. A entrada na Modernidade en- fatizou as especificidades da instituição biblioteca, que devia ter estruturas organizadas e rotinas estabelecidas para o exercício da custódia. E a fundamentação positivista priorizou as técnicas particulares da Biblioteconomia a serem utilizadas para o correto tratamento do material custodiado (ARAÚJO, 2013, p. 43). 23 Com as leituras propostas no Tópico 3. 1, você vai acom- panhar as definições da palavra "epistemologia". Em seguida é esperado que você saiba situá-la dentro do contexto de nossa disciplina. Antes de prosseguir para o próximo assunto, apre- cie as leituras e vídeos indicados, procurando dessa forma as- similar o conteúdo estudado. 2.2. AS CORRENTES DO PENSAMENTO FILOSÓFICO EM BIBLIOTECONOMIA Veremos a partir daqui que a Biblioteconomia tem fortes vínculos com o Funcionalismo, o Positivismo e o Construtivismo. As necessidades sociais e a corrente funcionalista O pensamento funcionalista mais marcante na Biblioteco- nomia é encontrado na obra do espanhol Lasso de la veja (1892- 1990). Em seu tratado, o autor alega que, inicialmente, as biblio- tecas eram instituições voltadas unicamente para a conservação dos livros e que, naquele momento (década de 1950), estavam passando a constituir-se como instituições pedagógicas ativas, verdadeiras, algo que ele chamou de "universidades populares" (LASSO DE LA VEGA, 1952). Lasso de la Vega apresenta uma mudança no entendimen- to da profissão de bibliotecário, não mais como um conservador que se limita a ver os usuários lendo, mas como um agente pro- pulsor e mediador de cultura. Ele situa essa mudança de postura em meados do século 19, com os movimentos pela biblioteca pública na Inglaterra. 24 Essa transformação do entendimento da função das bib- liotecas é social e cultural, marca épocas ou paradigmas. Atual- mente não é nada trivial pensarmos uma biblioteca que tenha como principal missão a mera guarda e preservação do acervo. Vejamos agora uma explicação sobre o que é o Funcionalismo: O Funcionalismo representa uma forma de se estudar a reali- dade humana baseada essencialmente numa analogia entre a lógica social e a lógica biológica, daí resultando em modelos "organísmicos" de compreensão: a existência de um todo com- posto por "órgãos", cada um deles desempenhando suas fun- ções. Tal abordagem surgiu nos campos da Sociologia com Dur- kheim, da Antropologia com Malinowski e na Psicologia com Watson [...] (ARAÚJO, 2013, p. 44). Shera (1977) fez uma análise funcionalista do significado da biblioteca, para quem cada sociedade forma e utiliza suas coleções de registros materiais de conhecimento de um modo particular. Isso sig- nifica que os movimentos culturais exercem um papel determinante na configuração da instituição biblioteca, influenciando a natureza de sua coleção, os serviços oferecidos e as formas de ser administrada. Para Shera, o fundamento (função) da biblioteca exprime- se no fato de existir para atender certas necessidades sociais. Dessa maneira, as funções de uma biblioteca variam de acor- do com as necessidades das diferentes sociedades nas diferentes épocas. Assim, a biblioteca deve ser mais do que "truques para en- contrar determinado livro", deve atender à sociedade em todas as suas potencialidades e, por que não, em suas necessidades. Outro significativo autor com contribuições funcionalistas, foi o indiano Ranganathan (1892-1972), um nome muito impor- tante da Biblioteconomia. 25 Ranganathan teorizou sobre diversos assuntos de natureza funcionalista. Entre eles, está a teoria da classificação facetada (possivelmente você estudará essa teoria em outra disciplina). Além dessa contribuição, merece destaque seu livro Five Laws of Library Science (1931). Traduzido para o português pela Editora Briquet de Lemos como As cinco leis da Biblioteconomia. As leis são: 1) os livros são para uso; 2) a cada leitor, seu livro; 3) a cada livro, seu leitor; 4) poupe o tempo do leitor; 5) a biblioteca é um organismo em crescimento. Por trás da aparente simplicidade de seus enunciados, cada lei revela uma problematização que enfatiza a importância do efetivo uso (função) da biblioteca e de seus recursos, de modo a atender às necessidades da sociedade, mediante o atendimento de cada um de seus componentes. Essa reflexão de Ranganathan foi bastante difundida no Ocidente e aproximou a Biblioteconomia e a Teoria Sistêmica. Ambas as teorias aceitam a metáfora das organizações vistas como organismos vivos, ou sistemas compostos por subsistemas. Assim, diversos estudos posteriores analisaram a biblio- teca como um sistema, composto por: Subsistemas de entrada: 1) Seleção e aquisição. 2) Descrição e representação. 3) Organização. 4) Armazenamento. 26 Subsistemas de saída: 1) Análise de questionamentos. 2) Busca e recuperação. 3) Disseminação. 4) Avaliação. A Teoria Sistêmica originou-se nos trabalhos do biólogo austríaco Bertalanffy (1901-1972) e converteu-se num método geral de análise utilizado por diversas disciplinas científicas. Seu pressuposto básico é o primado do todo sobre as partes, isto é, algo só pode ser estudado a partir da identificação de seus el- ementos constituintes e da inter-relação entre eles. A abordagem funcionalista é, desse modo, um tipo especí- fico de estudo sistêmico. A perspectiva crítica – Positivismo A perspectiva crítica na Biblioteconomia manifestou-se bastante vinculada aos processos de redemocratização logo após as ditaduras militares, nas quais houve forte censura à circulação de determinados livros. Em um primeiro momento, desenhou-se um conjunto de práticas voltadas para as populações excluídas ou marginaliza- das. Abriu-se espaço para a extensão bibliotecária com carros- biblioteca e serviços de caixa-estante, por exemplo. Esses ser- viços buscavam alargar o acesso físico aos livros por meio da proximidade espacial. Em muitos casos, tais práticas passaram a ser descritas como de "ação cultural" ou "animação cultural". 27 A corrente crítica opôs-se ao Positivismo, que tem no Fun- cionalismo sua forte expressão. Vejamos uma caracterização do Positivismo: O Positivismo consiste na aplicação de métodos e princípios das ciências exatas e biológicas aos fenômenos humanos e sociais. Uma de suas principais expressões é, justamente, o Funciona- lismo. A perspectiva crítica nasceu como sua oposição, pro- pondo uma especificidade das ciências humanas e sociais. Sua origem está vinculada ao Marxismo no campo da Sociologia, à Psicanálise no campo da Psicologia e à Antropologia Cultural no campo da Antropologia (ARAÚJO, 2013, p. 45). Uma das mais completas sistematizações que aproximam ação cultural e Biblioteconomia é o trabalho de Flusser (1983). O autor apresenta duas possíveis ideias de cultura: • Um conjunto de objetos, artefatos; portanto, um acer- vo, estoque, ou seja, preservar é suficiente; • Um conjunto de representações, visões de mundo, prá- ticas sociais (cultura como "contexto" em oposição a "acervo"). Essas duas definições correspondem a duas compreensões sobre como deve ser o contato com a cultura (com a herança cultural): uma que a entende como uma herança universal, acu- mulada pela humanidade, um conjunto unitário, e outra que a vê como produto de experiências de tensões e lutas políticas. É justamente aí que se insere o trabalho do bibliotecário e da bib- lioteca como instrumentos de ação cultural. Expressões concretas dessa linha de pensamento redefi- nem o conceito de biblioteca como "centro de cultura" (MILANE- SI, 1997). Outros trabalhos de natureza prática, comessa inspi- ração, buscavam substituir o "depósito silencioso de livros" que 28 era a biblioteca "tradicional" por instituições sociais, dinâmicas e vivas, em que o povo participe. Foi retomada dessa forma a expressão "biblioteca públi- ca" (também muitas vezes entendida como um tipo especial de biblioteca pública, a "biblioteca popular"), mas com um sentido bastante diferente do modelo funcionalista – embora as designa- ções "viva" e "dinâmica" apareçam em ambos os modelos. Talvez a principal diferença entre a biblioteca "viva" e "dinâmica" crítica e funcionalista esteja relacionada à quem as bibliotecas servem: nobres e cientistas ou o cidadão comum? Essa reflexão remete-nos à próxima subseção, que abor- dará a visão de biblioteca para múltiplos usuários. Estudos na perspectiva dos sujeitos ativos – Construtivismo Tanto a visão crítica como a visão dos estudos funciona- listas de certo modo "enxergavam" a sociedade e os indivíduos como seres passivos, meros receptáculos de informação. Reformulando o papel da sociedade e dos indivíduos, agora como sujeitos ativos, e estudando as apropriações de conhecimen- tos, a partir de suas diferentes necessidades e usos, desenvolveu- se uma nova perspectiva – os estudos de usuários de bibliotecas. O estudo efetivo dos usuários só ocorreu no início do sé- culo 20, quando houve um grande interesse em se saber como e o que as pessoas liam, e qual o uso feito das bibliotecas em geral (FIGUEIREDO, 1994). Entre os estudos contemporâneos sobre essa visão, de- staca-se a abordagem construtivista de Carol Kuhlthau (2004), que atuou principalmente no âmbito das bibliotecas escolares. 29 De forma empírica, a autora empreendeu diversas pesquisas so- bre como os usuários estudam, buscam e usam os recursos dis- poníveis na biblioteca, bem como as habilidades e barreiras que interferem nesse processo. Dessa maneira, o Construtivismo: [...] é uma forma de análise dos fenômenos humanos e sociais que destaca o fato de que a realidade não tem uma existência nela mesma – é, antes, produto da interação entre aspectos ob- jetivos e a ação do sujeito que conhece. Sua origem remonta, na Psicologia, aos trabalhos de Jean Piaget e, na Sociologia, a au- tores como Schutz, Berger e Luckmann (ARAÚJO, 2013, p. 45). Portfólio ATIVIDADE Biblioteca: sua origem e evolução (da Antiguidade ao fim de Alexandria) Acesse https://www.youtube.com/watch?v=aMCAQGtkPlk Assista ao vídeo acima e construa uma linha do tempo contendo os principais acontecimento referentes à origem e à evolução das bibliotecas. OBS: Para redigir sua resposta, use uma linguagem acadêmica. Faça um texto com no mínimo 20 linhas e máximo 25 linhas. Lembre-se de não escrever em primeira pessoa do singular, não usar gírias, usar as normas da ABNT: texto com fonte tamanho 12, fonte arial ou times, espaçamento 1,5 entre linhas, texto justificado. OBS: Para redigir sua resposta, use uma linguagem acadêmica. Faça um texto com no mínimo 20 linhas e máximo 25 linhas. Lembre-se de não escrever em primeira pessoa do singular, não usar gírias, usar as normas da ABNT: texto com fonte tamanho 12, fonte arial ou times, espaçamento 1,5 entre linhas, texto justificado. Pesquisa AUTOESTUDO ARTIGO Desenvolvimento de coleções: origem dos fundamentos contemporâneos Resumo O artigo apresenta o resultado de uma pesquisa cujo objetivo foi identificar as correspondências entre os fundamentos da área hoje denominada de desenvolvimento de coleções e aqueles estabelecidos no século XIX, a fim de reconstruir os principais conceitos, métodos e práticas da área. Propõe um estudo exploratório para viabilizar essa correspondência a partir de oito obras escolhidas de autores europeus do século XIX, a maioria bibliófilos reconhecidos, a saber: Peignot (1823), Namur (1834), Hesse (1841), Rouveyre (1878), Richard (1883), Gräsel (1893), Petzholdt (1894) e Maire (1896). Essas obras serão analisadas a partir de três categorias contemporâneas da área: desenvolvimento de coleções, seleção e aquisição, por meio do método de revisão de literatura. Conclui-se, por fim, que o fenômeno da explosão da informação afeta o processo de desenvolvimento de coleções como um todo desde o século XVIII. Os autores do século XIX selecionados para o estudo apresentaram várias soluções - as quais fortaleceram o que hoje é denominado de abordagem baseada no acesso à informação - para lidar com a complexidade gerada pelo fenômeno da explosão da informação. Faça a leitura completa do artigo acima citado e, ao final, uma reflexão sobre as coleções e sua importância na Biblioteconomia. ACESSE ARTIGO 01 - 584 - AULA 02 N
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