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Geologia: Estrutura Interna e Agentes Tectônicos

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Geologia
Estrutura Interna da Terra
- Litosfera (crosta e manto superior): camada mais externa
- Manto: presença de magma
1. SIAL - Silício + alumínio (menor densidade)
2. SIMA - Silício + magnésio (maior densidade)
- Núcleo: NIFE - Níquel + Ferro
1. Núcleo externo - líquido
2. Núcleo interior - sólido
Evolução dos continentes
- Pangeia: continentes juntos -> grande continente e apenas 1 continente
- A Pangeia fragmentou-se em Laurásia e Gondwana
- Os continentes continuaram a se separar até a conformação atual
Deriva Continental
- Os continentes estão à deriva nesse mar de magma
- Argumentos:
1. Morfológicos: os continentes apresentam formas complementares,
permitindo um encaixe quase perfeito.
2. Geológicos: algumas rochas da África do Sul e da América do Sul eram
semelhantes, o que pode ser explicado se considerarmos que estes
continentes estiveram unidos no passado.
3. Paleontológicos: semelhança entre os fósseis existentes em diversos
continentes.
Principais placas tectônicas mundiais
- Placa Sul Americana: grande presença de petróleo
- Placa de Nazca/ Nasca
- Placa Africana: grande presença de petróleo
- O Japão surgiu no encontro entre 2 placas
- Placa Filipinas: provoca muitos maremotos/ tsunamis na Ásia
- Por que as placas se movem: Por causa das correntes de convecção
- Placa de Nazca se choca com a placa sul americana, realizando subducção na
direção do manto da Terra -> mais densa
- A placa sul americana é menos densa -> mais rica em alumínio - sobe
Agentes internos
1. TECTONISMO
Tipos de limites tectônicos
CONVERGENTE
- Limites destrutivos
- Resultado do choque entre 2 placas tectônicas
- Grande instabilidade sísmica originada do atrito
- A placa menos densa se comprime, soerguendo grande volume de massa
-> orogênese - dando origem aos dobramentos
-> soerguimento - subida da placa
- A placa mais densa mergulha em direção ao magma
-> subducção - sendo derretida -> descida da placa
- Podem ser: oceânico-continental, continental-continental e oceânico-oceânico
DIVERGENTES
- O magma sobe e forma ilhas
- Afastamento entre duas placas
- zonas de divergências = pontos quentes (hot spots) -> locais onde as células de
convecção possuem força cinética suficiente para produzir a fratura da
litosfera.
- divergência continental = responsável pela produção de “vales de rift”
- divergências oceânicas = acarretam nas “dorsais oceânicas”
TRANSFORMANTES (OU CONSERVATIVAS)
- Ficam se chocando
- Não se aproximam nem se afastam
- As placas deslizam ao longo de falhas transformantes em sentidos opostos
- O acúmulo de tensão em ambas as placas causadas pela fricção resulta em
terremotos quando a energia é liberada.
MOVIMENTO HORIZONTAL
- Orogênese
- formação de montanhas
- choque entre duas placas tectônicas distintas
- costuma acontecer em uma velocidade elevada (em comparação com as demais
transformações terrestres) e ocorrem em terrenos ou regiões geologicamente
recentes e, por isso, instáveis.
MOVIMENTO VERTICAL
- Epirogênese
- soerguimento (a elevação de altitudes sem dobras ou falhas) ou subsidência (o
rebaixamento das altitudes de um determinado relevo)
- costuma se manifestar em formações geologicamente antigas e estáveis, sendo
um processo mais lento e gradual, de difícil análise e mensuração, uma vez que a
sua incidência é mais frequente em áreas continentais, longe das bordas das
placas tectônicas
Dobras:
- Ocorrem se as rochas atingidas não oferecerem grande resistência às forças
internas
- Os dobramentos ocorreram em diferentes eras geológicas (Pré-cambriana e
Cenozóica)
Falhas ou fraturas:
- Ocorrem em áreas onde as rochas são rígidas e resistentes às forças internas e
“quebram-se” em vez de dobrar
- Caracterizam-se por um desnível do terreno: uma parte elevada e outra
rebaixada
2. VULCANISMO
- Aumento da pressão e extravasamento do magma
- Magma extravasado = lava
3. ABALOS SÍSMICOS OU TERREMOTOS
- Epicentro: local onde o terremoto terá sua maior liberação de energia
Agentes externos ou exógenos
INTEMPERISMO:
- Quebra, processo de desintegração
- Vento, água, temperatura
1. Físico: amplitude térmica, congelamento, correnteza
2. Químico: calcário
3. Biológico: plantas, animais
EROSÃO
- Intemperismo + transporte
1. Pluvial: chuva
2. Fluvial: rio
3. Glacial: gelo
4. De abrasão ou marinha: mar
5. Gravitacional: gravidade
6. Eólica; vento
7. Antropológica; homem
SEDIMENTAÇÃO
- Os elementos vão se depositar
Tipos de rochas
1. Ígnea ou magmática:
- Formadas a partir da solidificação do magma no interior (intrusiva) -
granito - ou no exterior (extrusiva) - basalto - da crosta
- Granito: MICA + Feldspato + Quartzo
2. Metamórficas:
- Formada no interior da crosta pela ação da pressão e temperatura
elevadas sobre outras rochas
- Gnaisse
3. Sedimentar:
- Formadas a partir da deposição e compactação de sedimentos formados
pela decomposição de outras rochas
- Arenito, calcário
OBS: Diagênese: formação de uma nova rocha sedimentar
Uma rocha sedimentar não pode se tornar diretamente uma rocha ígnea, primeiro
precisa virar uma rocha metamórfica
Camadas dos solos
- Um solo jovem tem poucas camadas
- Solo maduro: rocha matriz bem menor e há bastantes camadas
- Camada O: rica em húmus - sódio, potássio e cálcio (importantes para plantas)
- Áreas muito quentes e úmidas: solo maduro - Ex: Rio de Janeiro
- Áreas muito quentes e com poucas chuvas: solo jovem - Ex: Nordeste
- A temperatura afeta as camadas mais externas e a água nas camadas mais
internas
- Pedogênese: formação de solo
Classificação dos solos
- Cor:
1. Escuro:
- Solo com grande quantidade de matéria orgânica (húmus)
- muito fértil
2. Claros:
- solos que não apresentam matéria orgânica
3. Avermelhados ou amarelados:
- Solos que apresentam óxido de ferro
- Solos ácidos
- Lixiviação: retirada da camada de nutrientes
OBS: Exceção: Terra Roxa - apresenta cor avermelhada devido ao basalto, mas é muito
fértil
- Local de formação:
1. Aluvial:
- Solos formados pelo acúmulo de materiais vindos de outros locais
- Longe da rocha matriz
2. Eluvial:
- Solos formados no mesmo local de origem das rochas
- Próximo da sua rocha matriz
SOLOS MAIS FÉRTEIS DO BRASIL
1. Terra roxa:
- São Paulo, Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso -> vulcões em um passado
remoto
- Norte do Paraná e oeste de São Paulo
- Surge a partir de rochas de origem vulcânica - basaltos
- Formado da decomposição basáltica, material magmático
- Indicado para o plantio de café
- Aparência mais avermelhada
2. Massapé:
- Solo historicamente mais explorado do país
- Solo mais escuro, quase preto
- Argiloso
- Muito fértil
- Localizado ao longo do litoral nordestino
- Forma-se a partir da decomposição do calcário, do gnaisse e outras rochas
- Nos meses chuvosos: úmido e viscoso
- Nos tempos de estiagem: mais rígido
- Indicado para o plantio de cana-de-açúcar
3. Aluviais:
- Formam-se a partir de sedimentos (fragmentos de rochas) oriundos de
outros lugares e carregados
- Encontrado em regiões de várzeas e próximos a rios e cursos d’água
- Elevado potencial agrícola
4. Salmourão:
- Centro-Oeste, Sudeste e Sul do Brasil
- Originado da decomposição, sobretudo do granito
- Bastante arenoso e menos fértil que os demais
- Cultivo de soja e de milho
- Possui certo nível de acidez
- Corrigido pelo processo de Calagem - CaO
5. Latossolo:
- Solo antigo
- Grande número de camadas
- Baixa fertilidade -> lixiviação
- Comum em clima quente e úmido como na Amazônia
6. Litossolo:
- Solo de pouca espessura
- Próximo ao topo do relevo
- Geralmente dificultam a ocupação
SOLOS MAIS FÉRTEIS DO MUNDO
1. Tchernoziom (orgânico):
- Localizado na área da Ucrânia = plantio da batata
- Presente nas estepes da Ucrânia, na Europa central, nas pradarias do
Canadá e dos EUA e nos pampas argentinos
- Considerado o solo mais fértil do mundo
2. Loess (azanal):
- Forma-se a partir do acúmulo de sedimentos
- Constituído basicamente de argilae calcário
- Leste da China - Cheias do rio amarelo
- Usado de forma diversa
3. Terra Roxa (zonal)
4. Massapê (zonal)
Impactos sobre o solo
Erosão: Desmatamento - sulcos - ravinas - voçorocas ou boçorocas
- Retirada da cobertura vegetal leva ao “splash” e depois temos a lavagem do solo.
Lixiviação: Lavagem da camada superficial do solo pelo escoamento das águas
superficiais. Só o que fica é o Fe e o Al (óxido de ferro e óxido de alumínio).
Salinização: Processo de aumento dos sais minerais existentes, a ponto de afetar a
produtividade dos solos de uma determinada região .
Laterização: Acúmulo de hidróxidos de ferro e alumínio, alterando a composição e a
aparência dos solos.
Arenização: Formação de bancos de areia em solos já de consistência arenosa. Pré-fase
de deserto. O solo não está mais compactado. Ex: Interior do Rio Grande do Sul está
nesse processo.
Desertificação: Processo de degradação e esgotamento dos solos que ocorre em regiões
de clima árido e semiárido, onde há baixa pluviosidade anual. Lógica pré-deserto.
Poluição: Alteração química da composição do solo, tornando-os, muitas vezes, inférteis.
Técnicas de conservação dos solos
Terraceamento: Implementação de terraços para o cultivo de áreas de vertentes.
Curvas de nível: Cultivo de espécies perfilando-as conforme as variações altimétricas
do terreno, diminuindo o impacto da erosão pela ação do escoamento da água das chuvas.
Rotação de culturas: Conservação dos nutrientes do solo a partir da alternância entre
os tipos de elementos agrícolas a serem cultivados.
Afolhamento: Divisão da área de plantio em três partes: duas delas com culturas
diferentes de cultivo e uma outra em descanso.
Plantio direto: Manter palha e restos de culturas anteriores sobre o solo -> Garante a
proteção e evita a erosão.
Reflorestamento: Deixar uma área como ela era em seu estado natural -> Recuperação
da vegetação natural para que ela possa atuar sobre o solo desgastado.
Adubação: Empregada para diminuir a erosão e manter os solos cobertos entre um
plantio e outro.

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