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Motor Eletrico para Embarcacao 2022 REV FINAL

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ATHON Ensino Superior
Felipe Gustavo da Silva
Leonardo Bastos Mentone
Natália Medina Nunes
Rogério Hiroki Maruya
Vinícius Tadeu de Almeida
PROJETO DE UM SISTEMA DE DIREÇÃO AUTOMATIZADO PARA MOTOR ELÉTRICO DE EMBARCAÇÕES 
Sorocaba/SP
 2022
ATHON Ensino Superior
Felipe Gustavo da Silva
Leonardo Bastos Mentone
Natália Medina Nunes
Rogério Hiroki Maruya
Vinícius Tadeu de Almeida
PROJETO DE UM SISTEMA DE DIREÇÃO AUTOMATIZADO PARA MOTOR ELÉTRICO DE EMBARCAÇÕES 
Projeto de Graduação ATHON – Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como exigência parcial para obtenção do título de Bacharel em Engenharia Mecânica da Athon Ensino Superior
Orientador: Prof. Arnaldo Gonçalves
Sorocaba/SP
2022
Felipe Gustavo da Silva
Leonardo Bastos Mentone
Natália Medina Nunes
Rogério Hiroki Maruya
Vinícius Tadeu de Almeida
PROJETO DE UM SISTEMA DE DIREÇÃO AUTOMATIZADO PARA MOTOR ELÉTRICO DE EMBARCAÇÕES 
Projeto de Graduação ATHON para obtenção do grau de Bacharel em Engenharia Mecânica. 
Aprovado em ___/ ___/_____
_____________________________________________
Professor Avaliador: Marcos Nunes
_____________________________________________	
Professor Avaliador: Paulo Rodrigues 
_____________________________________________
Professor Orientador: Arnaldo Gonçalves
Sorocaba/SP
2022
A todos os professores do curso, que foram tão importantes na nossa vida acadêmica.
RESUMO
No presente trabalho, apresenta-se o projeto de um sistema de controle para navegação, acoplado a um motor elétrico utilizado em deslocamentos curtos durante pesca esportiva em rios de água doce. Desta maneira, obtém-se flexibilidade na dinâmica de pesca, visto que permite que o pescador tenha as suas mãos livres para manusear outros equipamentos de pesca, e mais conforto nos momentos de içamento do peixe fisgado. Para tanto, realizou-se o dimensionamento dos componentes, bem como seu projeto conceitual e confecção de protótipo, buscando redução nos custos de produção se comparado a sistemas similares disponíveis no mercado.
Palavras-chave: Projeto mecânico, Sistema de direção automatizado, motor elétrico de embarcações, pescaria.
ABSTRACT
This work presents the design of a control system for navigation, coupled to an electric motor used in short displacements during sport fishing in freshwater rivers. In this way, flexibility in fishing dynamics is obtained, as the fisherman has his hands free to handle other fishing equipment and has more comfort in moments of battle with the fish. Therefore, the dimensioning of the components is carried out, as well as their conceptual design and prototype making, seeking to reduce production costs when compared to similar systems available on the market.
Keywords: Mechanical design, automated steering system, electric motor for boats, fishing.
LISTA DE SÍMBOLOS
m – Metro
mm – milímetros
s – Segundos
N - Newton
ω – Velocidade angular
f – Frequência
T – Período
n – Número de rotação
T– Torque
v – Velocidade
 – Relação de transmissão
Mτ– Momento torçor
P – Potência
Fτ – Força tangencial
Hz – Hertz
d – Diâmetro 
Z – Número de Dentes
Π – Pi
lb – Libras
LISTA DE EQUAÇÕES
Equação 01 – Potência Elétrica..................................................................................49
Equação 02 – Velocidade angular...............................................................................50
Equação 03 – Potência por frequência e torque..........................................................50
Equação 04 - Tensão máxima de cisalhamento..........................................................51
Equação 05 - Momento de inércia para eixos maciços................................................51
Equação 06 - Frequência............................................................................................52
Equação 07 – Período de rotação...............................................................................52
Equação 08 – Equação de número de rotação............................................................53
Equação 09 – Equação da velocidade angular...........................................................53
Equação 10 – Relação de transmissão......................................................................55
LISTA DE FIGURAS
Figura 01 – Exemplos de iscas artificiais ...................................................................17
Figura 02 – Pesca embarcada com deslocamento longo ..........................................17
Figura 03 – Pesca embarcada com deslocamento lento ...........................................18
Figura 04 - Exemplo de embarcação .........................................................................18
Figura 05 – Linhas de campo magnético ...................................................................20
Figura 06 – Inversão de polaridade ...........................................................................21 
Figura 07 – Quadro dos tipos de motores elétricos ....................................................22
Figura 08 – Motor elétrico de sistemas de vidro elétrico ............................................23
Figura 09 – Modelos convencionais encontrado no mercado ....................................25
Figura 10 - Motor elétrico com pedais mecânicos ......................................................26
Figura 11 – Modelos com direção eletrônica .............................................................27
Figura 12 – Cavalete do motor de navegação elétrica ..............................................28
Figura 13 – Base do motor de navegação elétrica com pedal ..................................28
Figura 14 – Suporte para fixação do Motor de Navegação Elétrico ..........................29
Figura 15 – Modelos de embarcações compatível com Motor Elétrico com pedal ...29
Figura 16 – Motor Elétrico – PHANTOM FW 44 lb ....................................................30
Figura 17 – Forma de direcionar a embarcação .......................................................31
Figura 18 – Navegação com peixe na linha ..............................................................32
Figura 19 – Modelo 3D do protótipo ..........................................................................33
Figura 20 – Sistema de direcionamento.....................................................................34
Figura 21 – Correia sincronizadora ...........................................................................36
Figura 22 – Tipo de perfil de polia sincronizadora ....................................................37
Figura 23 – Rolamento Axial de Agulhas ..................................................................38
Figura 24 – Eixos ......................................................................................................39
Figura 25 – Motor elétrico fixado o eixo ....................................................................40
Figura 26 – Gráfico de tensão x deformação ............................................................42
Figura 27 – Tipos de porcas ......................................................................................43
Figura 28 – Porcas sextavadas .................................................................................44
Figura 29 – Parafuso sextavado ................................................................................44
Figura 30 – Parafuso sextavado com rosca inteira ...................................................45
Figura 31 – Tipos de arruelas ....................................................................................46
Figura 32 – Arruela lisa ..............................................................................................46
Figura 33 – Arruela de pressão .................................................................................47
Figura 34 - Redutor de velocidade ............................................................................54
Figura 35 - Ampliador de velocidade .........................................................................55Figura 36 – Análise de Árvore de falha (FTA) ...........................................................58
Figura 37 – Gráfico de Severidade e Ocorrência ......................................................61
Figura 38 – Gráfico de curva PF e Custo para reparo................................................64
Figura 39 – Polia Sincronizadora fixada no motor ....................................................76
Figura 40 – Polia Sincronizadora fixada no eixo........................................................76
Figura 41 - Tipos de rolamento axial .........................................................................76
LISTA DE TABELAS
Tabela 01 – Especificações........................................................................................23
Tabela 02 - Tabela de equivalência em cavalos de potência.....................................24
Tabela 03 - Especificações dos motores Elétricos.....................................................25
Tabela 04 - Especificações dos motores de elétricos com pedais.............................26
Tabela 05 - Especificações de motores elétricos com pedais eletrônicos...................27
Tabela 06 - Especificações técnicas do modelo a ser utilizado..................................30
Tabela 07 – Componentes Utilizados no projeto........................................................35
Tabela 08 – Custos dos componentes.......................................................................57
Tabela 09 – Custo total de materiais .........................................................................57
Tabela 10 – Análise de Modos e Efeitos de Falhas (FMEA)......................................60
Tabela 11 – Tabela com Grau de prioridade..............................................................62
Tabela 12 - Tipos de correia.......................................................................................74
Tabela 13 - Passos padronizados de correias sincronizado......................................74
Tabela 14 - Especificações do material da polia........................................................75
Tabela 15 - Tabela padrão de dimensões de rolamentos axiais de agulhas.............77
Tabela 16 – Tabela padrão de dimensões de arruelas..............................................78
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO.......................................................................................................14
2. JUSTIFICATIVA.....................................................................................................15
3. OBJETIVO.............................................................................................................19
3.1 OBJETIVO GERAL....................................................................................19
3.2 OBJETIVO ESPECÍFICO ........................................................................19
4. REVISÃO BIBLIOGRAFICA...................................................................................20
4.1 MOTOR ELÉTRICO .................................................................................20
4.1.1 MOTOR DE NAVEGAÇÃO (ELÉTRICO) ...................................24
4.1.2 PROBLEMAS NO MANUSEIO DURANTE A PESCA..................31
5. ELEMENTOS DE MÁQUINA..................................................................................35
5.1. ELEMENTOS DE TRANSMISSÃO...........................................................35
5.1.1. CORREIA....................................................................................35
5.1.2. POLIAS.......................................................................................37
5.2. ROLAMENTOS.........................................................................................38
 5.2.1 ROLAMENTO AXIAL...................................................................38
5.3 EIXOS........................................................................................................39
5.4 ELEMENTOS DE FIXAÇÃO......................................................................43
 5.4.1 PORCAS.......................................................................................43
 5.4.2 PARAFUSOS................................................................................44
 5.4.3 ARRUELAS...................................................................................45
 6.FONTE DE ENERGIA (BATERIA)...........................................................................47
6.1 ESCOLHA DA BATERIA ESTACIONARIA...............................................48
7. CÁLCULOS DE ELEMENTOS DE MÁQUINAS......................................................49
7.1 MOVIMENTO CIRCULAR......................................................................... 49
7.2 POTÊNCIA ELETRICA..............................................................................49
7.3 VELOCIDADE ANGULAR (ω) ...................................................................49
7.4 FREQUÊNCIA (f) ......................................................................................52
7.5 PERÍODO (t) .............................................................................................52
7.6 ROTAÇÃO (n) ...........................................................................................53
7.7 VELOCIDADE TANGENCIAL OU PERIFÉRICA (v) ..................................53
7.8 RELAÇÃO DE TRANSMISSÃO (i) ............................................................54
8. LEVANTAMENTO DE CUSTOS............................................................................56
9. ANÁLISE DE ÁRVORE DE FALHAS (FTA) ........................................................58
10. MÉTODO DE ANÁLISE DE MODOS DE FALHA E EFEITOS (FMEA) .............59
11. PROGRAMAÇÃO DE MANUTENÇÃO PREVENTIVA........................................63
12. CONCLUSÃO.....................................................................................................65
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...........................................................................66
ANEXO A - PROJETO EM 2D DO SISTEMA DE NAVEGAÇÃO...............................70
ANEXO B - MEMORIAL DE CÁLCULOS ...................................................................71
ANEXO C - ELEMENTOS DE MÁQUINAS................................................................74
ANEXO D - BILL OF MATERIAL (BOM)…… …………………...……………………….79
ANEXO E – ANÁLISE DE ÁRVORE DE FALHAS......................................................80
ANEXO F – JUSTIFICATIVA ELEMAQ......................................................................84
1. INTRODUÇÃO
O mercado da pesca sempre foi movimentado no Brasil. A prioridade por muito tempo como uma necessidade, inclusive atividade comercial, hoje já se pode observar uma mobilidade de parcela significativa do setor da pesca à prática esportiva, por puro entretenimento, expondo a cultura pesqueira às novas gerações.
“É um mercado que mobiliza mais de 700 milhões de pessoas e cerca de US$ 200 bilhões de dólares ao ano, conforme dados do Banco Mundial. Já no Brasil este número ultrapassa R$ 1 bilhão de reais” (REGIS, 2019). 
Em um país com uma extensa costa marítima, quatro grandes bacias hidrográficas e clima extremamente favorável, justifica-se com facilidade essa forte tendência de desenvolvimento do mundo pesqueiro.
Na modalidade de pesca esportiva os pescadores utilizam os motores à combustão com grande potência para longas distancias, até chegarem a locais propícios para pesca. Chegando próximo a esses locais, é utilizado um motor elétrico para se locomover de forma silenciosa de maneira que os peixes não percebam a aproximação do barco e se afastem. 
Os motores elétricos simbolizam um considerável avanço em diversos aspectos, a evidenciar: são muito mais silenciosos e não produzem fumaça, fatores que induzem bastante na qualidade da pescaria e no conforto dos passageiros; demandam menos manutenção, por possuírem menos componentes; não necessitam do uso de combustível fóssil; as manobras de embarcaçõessão feitas com muito mais facilidade e precisão, principalmente em baixas velocidades, pela resposta imediata do torque, entre outros. Tais avanços fazem parte do escopo deste trabalho e serão mais bem retratados seguidamente.
E é entendendo a conjuntura do mercado da pesca que se apresenta um estudo de caso da embarcação, especificamente de pesca esportiva, que consistirá na elaboração de um sistema automatizado com controle de navegação a distância. 
2. JUSTIFICATIVA
Neste capítulo, faremos uma breve explicação sobre a modalidade de pesca com iscas naturais e iscas artificiais e suas diferenças para um melhor entendimento do público alvo do nosso projeto. Existem muitas modalidades de pesca e o que determina a modalidade vai depender muito da espécie a ser capturada, no projeto a modalidade de pesca a ser abordado é a de pesca de arremesso com iscas artificiais na categoria embarcada. 
Segundo ZILLIG (2017), na revista Bíblia do Pescador, em relação à pesca com iscas artificiais: 
“A pesca com iscas artificiais desafia a habilidade, a criatividade e a inteligência do pescador [...] é como dar vida a um objeto inanimado, imitando uma presa ou diferenciando-se totalmente dela e atrair o peixe pela fome ou, mais que isso, despertando a defesa territorial, o instinto predador e a curiosidade.” (ZILLIG, 2017).
Segundo o site Cursos CPT da área Piscicultura (https://www.cpt.com.br/cursos-criacaodepeixes/artigos/os-peixes-tem-visao-olfato-tato-paladar-e-audicao), muitas espécies de peixes predadores têm sentidos acurados como a visão, olfato, paladar, audição e o tato. E esses são alguns pontos importantes para podermos diferenciar a pesca com iscas naturais e com iscas artificiais, pois o peixe deve ser atraído estimulando os sentidos que ele tem.
Algumas características das Iscas naturais:
· Tem o formato natural da isca, pode estar vivo ou morto, podem ser pequenos peixes, minhoca, insetos, etc.
· Tem o odor, cheiro.
· Se estiver vivo, vai nadar e criar movimento natural.
· Tem a coloração natural.
De modo geral iscas naturais são utilizadas por pescadores na modalidade pesca de espera, simplificando, o pescador arremessa a isca no local de pesca e aguarda até o peixe morder a isca, normalmente não é necessário deslocamento constante e a mudança de ponto de pesca acontece com menos frequência.
Características das iscas artificiais:
· Formatos diversificados podem ter formatos de pequenos peixes, crustáceos, insetos, vermes, etc.
· A maioria não possui cheiro.
· Existem muitas variações de cores.
· A criação do movimento da isca depende do pescador, que no caso o recolhimento da linha ou toque da vara.
· Podem ser utilizadas diversas vezes.
· O risco de perder a isca é maior, pois podem enroscar em galhos ou raízes. 
· Tem o preço bem elevado, por isso a perda causa prejuízo.
Existem pontos de desvantagens e vantagens da isca artificial e para obter sucesso, um bom pescador de iscas artificiais, precisa elaborar uma estratégia para obter resultados:
· Saber escolher o equipamento a ser utilizado como a vara, a linha, a carretilha e adequar o equipamento conforme a espécie do peixe a ser pescado.
· Estudar o ambiente externo como local da pescaria, as condições climáticas, temperatura, nível da represa ou lago, etc.
· Estudar o comportamento sazonal do peixe para poder escolher o ponto correto onde a possibilidade da captura vai ser maior, escolher a isca correta, que podem variar dependendo da profundidade do local escolhido.
· Ter habilidade do arremesso com as iscas é um ponto que faz total diferença nessa modalidade, a apresentação correta no ponto correto, aumenta muito a probabilidade de conseguir com que o peixe morda a isca. 
A modalidade de pesca com iscas artificiais é muito dinâmica, o pescador precisa estar em atividade constante, são inúmeros arremessos e recolhimentos da isca, mudança de locais ocorrem com muita frequência, principalmente quando se está utilizando uma embarcação, até obter sucesso. A Figura 01 representa os tipos de iscas artificiais.
Figura 01 – Alguns exemplos de iscas artificiais
Fonte: Acervo do autor
Na pesca embarcada o aproveitamento do local da pesca é bem maior, pois permite acesso a diversos pontos onde não seria possível de outra forma. Existem muitos modelos de embarcações, que vão de pequenos botes, caiaques, até embarcações de grandes portes e os mais utilizados são de 4 ~ 6 metros de comprimento. Normalmente o motor utilizado para essa pescaria são as de combustão e o seu tamanho e a potência podem variar de acordo com o tamanho da embarcação. É utilizado para percorrer longas distâncias até chegar ao local de pesca, próximo ao ponto de pesca desligamos o motor a combustão, descemos e acionamos o motor elétrico que é o ponto alvo para a melhoria em nosso projeto. A Figura 02 demonstra um exemplo de embarcação em um deslocamento longo, em alta velocidade com motor a combustão até chegar ao local desejado.
Figura 02 – Pesca embarcada com deslocamento longo
 Fonte: Compilação do autor 
Já a Figura 03, no local de pesca, realizando deslocamento lento com motor elétrico.
Figura 03 – Pesca embarcada com deslocamento lento
 Fonte: Compilação do autor 
Na Figura 04, observa-se um modelo de embarcação utilizada na pesca embarcada de arremesso.
Motor elétrico para navegação lenta
Motor a combustão
Figura 04 – Exemplo de embarcação 
 Fonte: https://centernautica.com.br/ctbarco/levefort/ acesso em: 11/10/21 17:00
3. OBJETIVO
3.1. Objetivo geral
Projetar um sistema com mecanismo de direção automatizada controlada por pedais, que possa ser adaptada em modelos básicos (com direção manual) de motor de navegação elétrica, aplicando métodos e conceitos técnicos abordadas em disciplinas do curso de Engenharia Mecânica.
3.2. Objetivo específico
· Pesquisar sistemas mecânicos, que possam ampliar e criar o torque suficiente para movimentação de um eixo vertical (eixo do motor de propulsão da embarcação);
· Pesquisar as características de cada elemento de máquinas que vão ser utilizados no projeto. 
 Aplicar cálculos necessários para o dimensionamento de cada componente.
· Fazer um levantamento de preços para a construção de um protótipo.
4. REVISÃO BIBLIOGRAFICA
Primeiramente, tem-se uma breve apresentação sobre motores elétricos, modelos e tabelas de especificações. Em seguida, são apresentados os problemas no manuseio durante a pesca.
O projeto de sistema de direção automatizado requer uma revisão teórica completa acerca dos elementos que a compõe, com intuito de comparar o sistema de direção automatizado com os sistemas já existentes no mercado. Conclui-se neste capítulo com um modelo desenvolvido por software de desenho técnico com detalhes do projeto.
4.1 MOTOR ELÉTRICO
O seu funcionamento ocorre através da interação de um campo magnético e corrente elétrica e a ação do seu giro é aproveitada no funcionamento de diversas máquinas e equipamento. O magnetismo tem uma função muito importante para produzir a rotação, um imã permanente em forma de barra gera um campo magnético que são linhas de fluxo invisíveis ilustradas na Figura 05 e essas linhas de fluxo têm sentido de curso que movimenta do polo N (norte) para o polo S (sul). (PETRUZELLA, 2013)
Figura 05 – Linhas de Campo Magnético
 Fonte: <www.infosolda.com.br>Acesso em: 10/10/2021 23:00
Segundo HAND (2015), um Eletroímã é “um pedaço de ferro com uma bobina de fio enrolado ao redor torna-se um eletroímã básico. A força magnética de um eletroímã é controlada pela variação da corrente, inverter o fluxo de corrente irá inverter a sua polaridade”. Na Figura 06, imagens demostrando a inversão de polaridade.
Figura 06 – Inversão de polaridade
Fonte:<www.brasilescola.uol.com.br>Acesso em: 18/10/2021 19:00
Para o funcionamento de um motor elétrico é necessário a interação entre os dois campos magnéticos que possuem a ação dospolos, muito conhecida como a “leis dos polos”, onde os opostos se atraem e os polos iguais se repelem e basicamente através dessa interação entre a parte fixa, o ímã permanente (estator) e a parte móvel, o eletroímã (armadura) se inicia a rotação. Após o início da rotação, a atração entre os polos se torna mais forte, o suficiente para estar em movimento, até que os polos opostos se alinham devido à atração fazendo o rotor parar, nesse momento ocorre à comutação que é um processo de inversão da corrente e dessa forma os polos se repelem fazendo com que a armadura continue girando.
Conforme Filho, (2013), existem muitos tipos de motores elétricos, os quais são divididos em duas categorias: motores com funcionamento por corrente contínua (motores CC) e motores acionadas por corrente alternadas (motores CA). A Figura 07 abaixo, demonstra os tipos de motores elétricos existentes no mercado.
 Figura 07 – Quadro dos tipos de motores elétricos
Fonte: PETRUZELLA, 2013 pág.117
Para o projeto utilizaremos um motor elétrico padrão muito utilizado em sistema de automação de vidros de automóveis, sendo um motor de baixo preço e com grande disponibilidade no mercado. Na tabela 01, as especificações técnicas do motor elétrico a ser utilizado no projeto. 
Tabela 01 – Especificações
 Fonte: Do autor
Na figura 08, a imagem do motor elétrico, normalmente utilizado em sistemas de vidro de veículos.
Figura 08 – Motor de sistemas de Vidro elétricos
Fonte: Mercado Livre site <https://www.mercadolivre.com.br/> Acesso em 18/10/2021 19:00
 
 
4.1.1 MOTOR DE NAVEGAÇÃO ELÉTRICO 
O Motor de navegação elétrico é um equipamento imprescindível para essa modalidade, ótimo para uma movimentação silenciosa em uma velocidade mais baixa.
“Uma das principais vantagens do motor elétrico para barco de pesca é o seu motor silencioso que não provoca o afastamento dos peixes, principalmente daqueles mais ariscos como o Tucunaré e o Trairão, que estão no topo da lista de predadores mais desejados por pescadores de todo o país.” (EDUARDO C, 2019).
No mercado existe uma grande variedade de marcas, nos modelos mais convencionais podemos encontrar modelo de 30lb a 54lb, todos com tensão de 12 volts, corrente contínua, em alguns casos podemos encontrar de 80lb com tensão de 24 volts e modelos marinizados, que são fabricados com componentes resistentes a oxidação e podem ser utilizados em águas doces e salgadas. Normalmente os modelos são vendidos em libras (lb), na Tabela 02, adaptado do site Ruban Bleu (https://www.rubanbleu.com/en/1699-how-to-choose-an-electric-motor.html) temos uma tabela com modelos convertidos em cavalos de potência. Todos os modelos possuem a chave de velocidade situada no leme ou no pedal, geralmente nos modelos convencionais existem cinco posições de velocidade para frente e dois para marcha ré em modelos, no modelo pedal funciona com potenciômetro que pode ser regulado de acordo com o usuário, a velocidade não é anunciado pelo fabricante ou revendedor, pois pode variar pelo tamanho da embarcação, número de pessoas embarcadas, correnteza, vento, etc. Por isso existe um modelo para cada tipo de situação.
Tabela 02 - Tabela de equivalência em cavalos de potência
Fonte: Adaptado do site: https://www.rubanbleu.com/en/1699-how-to-choose-an-electric-motor.html Acesso em: 14/11/2021
Na Figura 09, apresentam-se três modelos mais básicos de marcas diferentes, a primeira da marca a esquerda, MINN KOTA, em seguida MARINE SPORTS e último MARURI.
Phantom FW 44lb
Maruri Motor Elétrico Água Doce 34lb
Motor Elétrico Minn Kota Endura MAX 40lb
Figura 09 – Modelos convencionais encontrado no mercado
Fonte:<https://www.aquabrazil.com.br/marcas/minn-kota><https://www.marinefishing.com.br/home><https://marurifishing.com.br/>Acesso em 21/10/21 23:20
Na Tabela 03, encontram-se as especificações técnicas dos modelos convencionais de marcas de motores elétricos encontradas no mercado. 
Tabela 03 – Especificações dos motores Elétricos
Fonte: Adaptado pelo autor
Pode-se encontrar modelos com direcionamento que funcionam mecanicamente através de cabo de aço, o preço que pode variar entre R$4500,00 a R$7000,00 dependendo da sua marca e modelo. Abaixo na Figura 10 à esquerda um modelo da marca MOTOR GUIDE e ao lado da marca MINN KOTA.
Figura 10 – Motor elétrico com pedais mecânico
Fonte: <https://www.motorguide.com/us/en.html><https://www.aquabrazil.com.br/> Acesso em 21/10/21 23:20
Na Tabela 04, especificações técnicas de motores elétricos da Figura 06, com direcionamento a pedal, encontrado no mercado.
Tabela 04 – Especificações dos motores de elétricos com pedais 
Fonte: Adaptado pelo autor
Nos modelos mais modernos possuem sistema de navegação, GPS, controle remoto, sistema de ancoragem e o preço para este tipo de modelo vão de R$ 4700,00 e podem chegar até R$ 33000,00. (Dados retirados do site https://www.mercadolivre.com.br/ acesso em 12/10/21). Nas Figuras 11, apresentam-se alguns modelos de motor elétrico para navegação com sistema de direcionamento elétrico.
Figura 11 – Modelos com direção eletrônicaMotor Elétrico MinnKotaUlterra 80lb
Motor Elétrico Motor Guide Pedal Wireless Freshwater
Motor Elétrico a Pedal 44lb MARURI
Fonte:<https://marurifishing.com.br/><https://www.motorguide.com/us/en.html><https://www.aquabrazil.com.br/> Acesso em 21/10/21 23:20
Na Tabela 05, especificações técnicas de modelos de motor elétrico de navegação à distância ou conduzido por meio de controle remoto.
Tabela 05 – Especificações de motores elétricos com pedais eletrônicos
 Fonte: Adaptado pelo autor
Uma das grandes diferenças entre os modelos de motor de navegação elétrica é o seu cavalete de fixação, em modelo básico na Figura 12, de fácil instalação, podemos utilizar na maioria das embarcações
Figura 12 - Cavalete do motor de navegação elétrica
Fonte: <https://www.juninhopesca.com.br/produto/nautica/acessorios-para-motores-eletricos/2992-cavalete-para-motor-eletrico-phantom-suporte-morsa> Acesso em 10/01/21 23:20
A base do motor elétrico de modelos com pedal requer uma embarcação apropriada para a sua fixação, pois o seu tamanho dependendo da fabricante ocupa um espaço relativamente grande, conforme Figura 13. Uma vez fixada na embarcação, ao contrário do cavalete de motores básico, sua remoção requer tempo e ferramentas adequadas.
Figura 13 – Base do motor de navegação elétrica com pedal
Fonte: <https://www.motorguide.com/us/en.html> Acesso em 10/01/22 23:20
Normalmente as embarcações mais utilizadas são de modelos mais básico, e não possuem plataforma na proa, conforme a Figura 14, possuem em seu casco na proa (ponta ou bico da parte dianteira da embarcação), um pequeno suporte de madeira para fixar o cavalete.
Figura 14 – Suporte para fixação do Motor de Navegação Elétrico
Fonte:<https://www.eboat.com.br/barcos.aspx?id=2242> <http://motorsuzukimultibarcos.blogspot.com/2018/02/barcos-pantanaltica-multibarcos.html> Acesso em: 10/01/2022
Para os modelos de motores elétricos com pedal é necessário ter uma embarcação que tenha um piso na proa como da Figura 15. As embarcações que possuem esse piso ou plataforma tem um preço mais elevado.
Figura 15 – Modelos de embarcações compatível com Motor Elétrico com pedal
Fonte: <https://www.yzanautica.com.br/produto/lancha-levefort-big-bass-cross> Acesso em: 10/01/2022
Pela razão de ter um preço mais acessível e por ser compatível na maioria das embarcações, na construção do protótipo, será utilizado um motor de 44 lb, com preço de mercado em torno de R$ 1200,00 reais, mostrada na Figura 16.
Figura 16 – Motor Elétrico – PHANTOM FW 44 lbLeme para direcionamento e controle de velocidade
Cabos para bateria
Suporte para fixação no barco
Motor DC
Eixo
Fonte: <https://www.marinefishing.com.br/produto/phantom-fw-para-agua-doce-6342.html> Acesso em: 11/10/2021 18:20
Na Tabela 06, todas as especificaçõestécnicas do modelo Marine Sports Phantom FW 44 lb.
 
Tabela 06 – Especificações técnicas do modelo a ser utilizado
 Fonte: Adaptado pelos autores
4.1.2 PROBLEMA NO MANUSEIO DURANTE A PESCA
Na modalidade da pesca de arremesso, muitas vezes exige que o barco esteja em constante movimento, seguindo em uma direção paralela a margem, ao mesmo tempo o pescador deve ir arremessando em pontos propícios até conseguir encontrar o peixe.
É uma modalidade que precisa estar em constante atividade, por isso para que o pescador possa focar somente na pesca, uma das alternativas é contratar um guia de pesca, que vai conduzir a embarcação ou pescar junto com outro pescador que vai realizar a condução do barco. 
O problema que se percebe é quando o pescador está só ou com mais pescadores. E o mesmo terá de conduzir a embarcação e praticar a pesca, na Figura 17, demonstra um pescador conduzindo o barco e sua condução é totalmente realizada com as mãos.
Figura 17 – Forma de direcionar a embarcação
 Fonte: Acervo do autor
Na Figura 18, observa-se o pescador com dificuldade no direcionamento do barco, com um peixe na linha, devido aos tanques-redes que se encontram no lago, está tentando conduzir o barco para uma área com mais espaço.
Figura 18 – Navegação com peixe na linhaLeme para direcionamento
 Fonte: Acervo do autor
Nessa modalidade é essencial que o pescador esteja com uma das mãos segurando a vara e a outra para manusear a manivela da carretilha, para o máximo aproveitamento durante a pescaria que pode ocasionar em sucesso. Executar outra atividade como, por exemplo, o redirecionamento do barco com o peixe na linha, aumenta a possibilidade de o peixe escapar.
Dessa forma o projeto tem por foco desenvolver um dispositivo que possa ser instalado em modelos básicos de motores de navegação elétrica que normalmente são conduzidas manualmente, o controle será realizado através de pedais e a funcionalidade será similar aos modelos que já possuem o pedal. O preço será mais acessível e o pescador ficará com mais liberdade para ficar exclusivamente na operação da pesca.
Portanto, com esse projeto a navegação do pescador no barco será controlada com a utilização dos pés através de pedais com acionadores elétricos como apresentado no modelo recriado no software Solidworks na Figura 19.
Figura 19 – Modelo 3D do protótipo
Motor Elétrico
Dispositivo de Direcionamento
Sistema de Pedais
Eixo
Leme
Fonte: Autores
Em sequência, na figura 20, o modelo com um melhor detalhamento, podemos ver o sistema de polias e o suporte com o motor elétrico. 
Figura 20 – Sistema de direcionamento 
Polias
Correia
Motor Elétrico
 Fonte: Autores
Basicamente o pedal ligado a uma bateria vai acionar um motor elétrico, que vai gerar curtos movimentos rotacionais em um sistema de redução de velocidade formado por duas polias e a correia, uma polia fixada no eixo do motor elétrico e a outra polia estará diretamente ligado ao eixo do leme e desta forma, direcionar a embarcação tanto para boreste (direita) ou a bombordo (esquerda). A lista de materiais completa de todos os itens necessários para construção (BOM), podem ser encontradas no Anexo D.
5. ELEMENTOS DE MÁQUINAS
Os elementos de máquina são a base do funcionamento do equipamento que estamos desenvolvendo, para isso fizemos as escolhas de acordo com a necessidade do projeto, respeitando as características dos componentes que são fundamentais para que o projeto funcione com precisão, e tenham uma vida útil desejada, assim evitando defeitos como vibrações e falhas nas peças. A justificativa para a escolha dos materiais pode ser encontrada no Anexo F.
Na tabela 07 está a lista com todos os elementos aplicados no projeto.
Tabela 07 – Componentes Utilizados no projeto
Fonte: Autores
5.1. Elementos de transmissão
Os elementos mais importantes são os elementos de transmissão, por serem os responsáveis pela movimentação do equipamento e a realização de trabalho. 
5.1.1. CORREIA DE TRANSMISSÃO
As correias ou elementos de máquinas flexíveis são utilizados em sistemas de transporte e na transmissão de potência sobre distâncias comparativamente grandes. Frequentemente se empregam esses elementos como substitutos de engrenagens, eixos, mancais ou outros dispositivos relativamente rígidos de transmissão de potência. Seu uso simplifica o projeto de uma máquina e reduz o custo substancialmente (SHIGLEY, 2016).
Além disso, as correias atuam em absorver cargas de choque, amortecer e isolar os efeitos de vibração, visto que, esses elementos são elásticos e compete à vida do equipamento.
As especificações de cada tipo disponível de correia e sua geometria de transmissões de correias planas, abertas e fechadas, podem ser encontradas do Anexo C.
Será utilizada neste projeto a correia sincronizadora 260x20mm por passo de 5mm que requer rodas dentadas, segundo Budynas (2016, p.866) “Correias sincronizadoras são feitas de tecido emborrachado e fio de aço, possuindo dentes que se encaixam em ranhuras cortadas na periferia das rodas dentadas (Figura 21). A correia sincronizadora não alonga ou escorrega e, consequentemente, transmite potência a uma razão de velocidade angular constante” 
Figura 21 - Correia sincronizadora
 Fonte: BUDYNAS, 2016 p.892
Podemos identificar os passos de correias sincronizadas e seus respectivos trabalhos, disponível no Anexo C. Esse tipo de correia caracteriza-se pela facilidade de montagem, remoção e de substituição. Em outros termos, menor custo de manutenção. E, não possui restrição em relação a sua velocidade de trabalho, pois, os dentes tornam possível operar praticamente em qualquer velocidade, lenta ou rápida.
5.1.2. POLIAS
As polias são peças cilíndricas que possuem medidas padronizadas e recebem ou transmitem movimentos através de uma ou mais correias, movimentadas pela rotação do eixo do motor e pelas correias. Uma polia possui um ou mais canais ou superfícies onde a correia se aloja para receber o movimento. As polias podem ser fabricadas em materiais metálicos ferrosos (aço, ferro fundido, alumínio etc.) e materiais não ferrosos, como alguns tipos de plásticos (ALMEIDA, 2016). Na Figura 22, temos os principais perfis de polias sincronizadoras.
Figura 22 – Tipo de perfil de polia sincronizadora
 Fonte: <https://merati.com.br/polias> Aceso em: 18/11/2021 20:30
Podemos verificar as especificações de materiais utilizados nas fabricações de polias no Anexo C. Iremos utilizar duas polias, a primeira polia é a motora, onde é fixada no motor de navegação. A segunda é a polia fixada no eixo, que irá dar direção ao barco. Cada polia tem uma função para funcionamento correto. 
5.2. ROLAMENTOS
Os rolamentos são usados como um componente mecânico para transferir potência e movimentar uma determinada peça, e isso é feito com a utilização da pequena força de atrito dos rolamentos, que os faz girarem facilmente (ou se movimentarem em uma direção facilmente), enquanto suportam a força e a carga do peso que age sobre eles (Simarro, 2013).
O projeto em desenvolvimento para elaboração de um motor elétrico de navegação necessita de um rolamento para seu correto funcionamento. Segundo (Simarro, 2013) “Os pontos principais a considerar na seleção dos rolamentos são longevidade, confiabilidade e preço”.
5.2.1. ROLAMENTO AXIAL 
Segundo o site gsvrolamentos.com.br, um rolamento axial é um rolamento projetado para suportar cargas no sentido axial, é utilizado para reduzir o atrito, aumentar a carga e a rotação e dessa forma ampliar a vida útil do equipamento. 
Temos os tipos de rolamentos axiais, disponíveis no Anexo C. O rolamento utilizado será axial de agulha que oferece um alto grau de rigidez para uma área axial mínima (Figura 23). 
A principal característica será o minúsculo desvio de diâmetro dos rolos de um mesmo conjunto permite que rolamento axial de agulhas acomodem cargas axiais, conforme mencionado acima, e para evitar picos de tensão, as extremidades dos rolos são levemente abauladaspara modificar a linha de contato entre a pista e os rolos (SKF Rolamentos, 2021).
Figura 23 – Rolamento axial de agulhas
Fonte: Catálogo de rolamentos ISB, 2018. 
Representa as dimensões do modelo utilizado, podem ser encontradas do Anexo C.
Além disso, o rolamento irá reduzir o atrito entre a polia e o suporte do motor de navegação, garantindo a movimentação do giro necessário conforme o comando do pescador.
5.3. EIXOS DE TRANSMISSÃO
Os eixos são elementos de máquinas mecânicos, estacionários ou rotativos (Figura 24), utilizados para suportar outros componentes mecânicos de transmissão tais como: polias e engrenagens. São apresentados como fundamentais, pois marcam presença em qualquer máquina.
Figura 24 – Eixos
Fonte: (ANDRADE, [2020])
Os eixos são efetivos em esforços de compressão/tração, torção ou flexão, que trabalham individualmente de forma combinada. Para que o sistema em que o eixo está introduzido seja seguro, este deve ser estimado para cargas estáticas (inerte ou com rotação muito baixa) ou dinâmicas (altas rotações). Este dimensionamento leva em consideração a resistência do material de que foi produzido, efetuando uma análise e comparação das tensões que agem no mesmo com os limites de resistência do material, estáticos ou dinâmicos. Em certos sistemas mecânicos, o nível de deflexão do eixo pode instituir em um parâmetro crítico, devendo o eixo ser calculado usando a teoria de deflexão.
De outra forma, a geometria do eixo deve ser alinhada para os limites de tolerância de deflexão, antes mesmo da análise das tensões/resistências conforme a Figura 25.
Figura 25 – Motor elétrico fixado no eixo
Fonte: https://www.connectparts.com.br Acesso em: 28/09/2021 20:01
Geralmente é possível elaborar eixos de transmissão úteis que não tenham variações do diâmetro de seção ao longo de seu comprimento, porém utiliza-se um número maior de eixos que tenham uma quantidade de degraus ou ressaltos onde o diâmetro altere-se para inserir elementos fixados tais como mancais, catracas, engrenagens entre outros. Assim, a forma homogênea ou heterogênea, dependerá dos elementos suportados pelo eixo ou pontos de exigência.
Normalmente utilizam-se materiais metálicos resistentes na produção de eixos tais como;
· Aço ABNT- 1020; 1025; 1045; 
· Aço ABNT- 2340 (Cromo Níquel); 
· Aço ABNT- 4143; 4140 (Cromo Molibdênio); 
· Aço ABNT- 6115; 6120; 6140 (Cromo Vanádio); 
· Aço ABNT- 8640; 8660 (Cromo Níquel Molibdênio); 
· Aço ABNT- 51210; 51410 (Aço Inoxidável). 
Aço de baixo ou médio carbono laminados a frio ou a quente: são os mais usuais, devido ao fato de apresentar módulo de elasticidade elevado. Quando empregado com mancais de deslizamento, devem ser endurecidos superficialmente (parcialmente ou totalmente); 
Ferro fundido nodular: inserido principalmente quando há engrenagens ou junções integralmente fundidas ao eixo; 
Aço inoxidável e bronze: utilizados em ambientes corrosivos ou marítimos.
Segundo Andrade (2016), em geral os eixos, que em função do dimensionamento possuírem diâmetro menor do que 150mm, podem ser fabricados através de processos como trefilação a frio que consiste em reduzir a secção transversal do tubo ou torneamento no qual a ferramenta se desloca segundo uma trajetória curvilínea. Em casos especiais, estes podem ser produzidos por métodos de fundição e posterior retificação por meio de usinagem. Podem ser utilizados revestimentos e tratamentos térmicos para aumentar a resistência ao desgaste. Reparações de partes danificadas podem ser realizadas a partir dos processos de posterior retífica e eletrodeposição.
Os estudos e dimensionamentos dos eixos são relativamente complexos. Isto acontece por conta de uma grande quantidade de solicitações que este elemento pode sofrer. Por exemplo, flexões, torções, esforços normais e esforços cortantes. Não há de forma contundente uma única rotina que pode ser empregada para tal trabalho, tornando-se assim indispensável o conhecimento na área de mecânica (estática e dinâmica) e resistência dos materiais. 
Uma metodologia utilizada é a de mensurar as solicitações por separado e, após, somar os resultados para identificar a força resultante. 
No dimensionamento de estruturas ou dos elementos de máquinas, como os eixos, uma variedade de critérios que podem ser empregados para o estabelecimento de suas dimensões mínimas, compatíveis com as propriedades mecânicas dos materiais utilizados. Tais critérios surgem quando se busca a solução do ponto onde ocorrerá a deterioração do material, por ruptura, por escoamento ou por ser ultrapassado o limite de proporcionalidade dependendo de seu uso. Assim o dimensionamento do eixo deve ser projetado considerando que o material é linear e elástico e utilizando gráficos de tensão x deformação como na Figura 26, (Lei de Hooke).
Figura 26 - Gráfico de tensão x deformação
Fonte: (ANDRADE, 2021)
A carga em eixos de transmissão de rotação é predominantemente de torção, devido ao torque transmitido e de flexão, devido às cargas transversais em engrenagens, polias e catracas. Essas cargas geralmente ocorrem em conjunto, porque, o torque transmitido pode estar associado com forças nas catracas fixadas aos eixos ou nos dentes das engrenagens. O caráter de ambas as cargas pode variar no tempo ou ser fixo (constante).
5.4. ELEMENTOS DE FIXAÇÃO
Os elementos de fixação conectam as partes do equipamento e as mantem unidas. 
5.4.1. PORCAS
As porcas são elementos de fixação que fazem a união de peças junto com os parafusos e arruelas, com diversos tipos para cada aplicação, seu principal objetivo é fixar peças, com a rosca do parafuso com a finalidade de não deixar que os elementos vibrem ou se afrouxem.
Existem diversos tipos de porcas conforme mostra a Figura 27, como exemplo a porca sextavada, que é a mais convencional, ela geralmente é usada com outros fixadores, como os parafusos e arruelas. 
Figura 27 – Tipos de Porcas
Fonte: <Conheça os principais tipos e usos de Porcas, Parafusos e Arruelas (vanipar.com.br)> Acesso em: 18/11/2021 21:55
A porca geralmente tem uma forma prismática e quase sempre metálica, com um furo no centro chamado bitola, para que se possa ser encaixada no parafuso, como mostra na Figura 28.
Figura 28 – Porca sextavada
Fonte: (<Porcas e arruelas: conheça os tipos e aplicações (ciser.com.br)> Acesso em:: 18/11/2021 21:40)
Elas podem ser feitas de bronze, aço, alumínio, latão, madeira e até mesmo de plástico. Cada tipo atende uma aplicação. Em certos casos elas ganham um tratamento especial de matérias para que não oxidem, como banho de bi cromatização, galvanização e zincagem.
5.4.2. PARAFUSOS
O parafuso é uma peça cilíndrica composta uma única peça, com rosca e uma cabeça de várias formas para diversas aplicações. O corpo do parafuso pode ser com rosca à esquerda, rosca à direita, rosca inteira ou rosca parcial. Além disso, as roscas variam em métrica, americana e Whitworth. (Figura 29). 
Figura 29 – Parafuso sextavado
 Fonte: Barbosa, 2011
Existe uma infinidade de tipos de parafusos, para cada aplicação tem um tipo de parafuso, geralmente para madeira é usado o parafuso “francês”, por ter uma base quadrada não deixando o parafuso virar e fixando na madeira.
O mais convencional é o sextavado como o usado em nosso trabalho, ele com um par de arruelas e com uma porca para que seja feita a fixação do motor ao barco, de medida M6x16 como mostra a figura 30.
Parafusos com medida L < B apresentam rosqueamento até a cabeça. Os comprimentos do parafuso e da rosca serão determinados pela medida L. Parafusos com medida L > B possuem uma haste.
Figura 30 – Parafuso sextavado com rosca inteira
Fonte: (PARAFUSO FACIL, 2021).
5.4.3. ARRUELAS
As arruelas possuem o formato de um disco com um furo central e sua função é designar igualmente a força entre as partes montadas, entre o parafuso e a porca com o torque correto para que não estrague a peça nem danifique a rosca do parafuso e da porca. Na figura 31, podemos identificar os tipos de arruelas disponíveisdo mercado. No presente projeto utilizamos arruela lisa e de pressão ambas M6, seguindo as dimensões necessárias do projeto estão disponíveis no Anexo C.
Figura 31 – Tipos de Arruelas
Fonte: Franceschi, 2014.
As arruelas são basicamente fabricadas em aço, porém de acordo com a sua aplicação elas podem ser de cobre, latão, nylon, alumínio etc. (Franceschi, 2014).
A arruela lisa (Figura 32) além de distribuir igualmente o aperto, também, a função de melhorar os aspectos do conjunto. Por não ser um elemento com fixação própria, ele auxilia na fixação com o parafuso e a porca em maquinário com vibrações, deixando com que o torque não seja utilizado ao máximo.
Figura 32 – Arruela lisa
Fonte: Franceschi, 2014.
A arruela de pressão (Figura 33) é usada em montagens de conjuntos mecânicos que exige um pouco mais dos parafusos, como torços e vibrações excessivas. É utilizada como elemento de trava, quando a porca é atrelada a arruela se comprime produzindo uma força de atrito auxiliada pelas suas pontas que transpõem na superfície da peça.
Figura 33 – Arruela de pressão
Fonte: Franceschi, 2014
6. FONTE DE ENERGIA (BATERIA) 
O motor é alimentado por uma bateria estacionária, esse modelo de bateria tem a finalidade de ser usada por longos períodos de tempo, de maneira que não descarregue tão rapidamente, e podendo ser descarregada totalmente diversas vezes, diferente da bateria automotiva que ao descarregar e carregar algumas vezes ele perde sua capacidade de carga e tendo que fazer a substituição da mesma.
As baterias são dimensionadas em ampere, quanto maior a amperagem, maior será o tempo de duração de sua carga. Na grande maioria das baterias automotivas e estacionarias tem uma tensão de 12 volts, quando esse valor vai caindo, sua carga também até que se acabe e não gere mais energia. 
O projeto utiliza uma bateria estacionaria de 90 amperes, ela tem placas com medidas de 8mm, ela não é tóxica ao meio ambiente, e tem uma vida útil de 5 anos, ligada por cabos fazer a alimentação do motor quanto a da máquina de vidro.
(Fonte: www.moura.com.br/blog/o-que-e-bateria-estacionaria).
6.1. ESCOLHA DA BATERIA ESTACIONÁRIA
A escolha da bateria estacionária, foi realizada pois em aplicação ao motor, a quantidade de energia utilizada, necessita que a bateria aguente durante um tempo maior.
Com o uso da bateria automotiva seria possível o uso do motor elétrico para embarcação, porém o risco de a bateria parar no caminho é bem maior, pois no carro ela é alimentada pelo alternador, conforme o veículo está ligado o a bateria é carregada de forma automática pelo alternador, assim dificilmente perdera sua potência. No motor elétrico para embarcação, não tem o alternador, fazendo com que a escolha pela bateria seja pela bateria estacionária, que contém a mesma potência durante um período de tempo maior, podendo ser recarregada diversas vezes e não necessitando de cargas frequentes, como acontece com as baterias automotivas.
As baterias estacionárias contêm filtros que impedem a o vapor do ácido, passando somente oxigênio que não é prejudicial à saúde, podendo deixar em ambiente que contêm a circulação de pessoas, diferente da automotiva.
Os eletrodos são mais grossos que são de chumbo, com uma liga que chega a 95% de pureza em vista da bateria automotiva.
Tendo o certificado de baterias Clean da Anatel que são baterias seladas e não necessitam de manutenção, foram especialmente projetadas para aplicações estacionárias, como no caso do motor elétrico.
7. CÁLCULOS DE ELEMENTOS DE MÁQUINAS 
7.1. Movimento Circular
De acordo com FERRAZ et al., 2021, “movimento circular é aquele que acontece como uma rotação em torno de um eixo, com raio constante”. Exemplos de movimento circulares são os ponteiros dos relógios, a Lua em relação a Terra.
7.2. Potência Elétrica
A Potência elétrica do motor utilizado não estava especificada na tabela do revendedor, por essa razão por meio de cálculo podemos obter essa informação. Segundo SOUZA (2018), “potência é igual à tensão (V) multiplicada pela corrente (I)”, conforme a equação 01 e a sua unidade de medida é em watts.
Equação 01 – Potência Elétrica
7.3. Velocidade Angular (ω)
Velocidade angular é a relação entre a variação angular que é a trajetória circular de um ponto em um raio e a variação de um determinado tempo. (MELCONIAN, 2019, P.11). Na equação 02, abaixo, a equação de velocidade angular.
Equação 02 – Velocidade angular
 
No caso da análise de máquinas e mecanismos, a frequência de rotação de um eixo, é geralmente conhecida, expressa em hertz (1Hz=1 ciclo/s), ela representa o número de revoluções que o eixo realiza por segundo. Como 1 ciclo = 2.π. f então, a equação da potência pode ser escrita na forma da Equação 03:
Equação 03 - Potência por frequência e torque
𝑃=2𝜋𝑓𝑇
 
O dimensionamento dos eixos deve ser realizado considerando os modos de falha por: Falha Estática: comparando-se as tensões críticas que atuam no mesmo com os limites de resistência do material (Sy ou Srt).
· Fadiga: Comparando-se as tensões críticas que atuam no mesmo com o limite de resistência a fadiga nos pontos em que essas tensões atuam. 
· Deflexão/Distorção: Comparando-se as distorções e deflexões críticas atuantes no eixo com as deflexões admissíveis. 
Quando a potência transmitida por um eixo e sua rotação são conhecidas, o torque no eixo pode ser determinado. 
Conhecendo-se o torque atuante no eixo e a tensão de cisalhamento do material é possível determinar a dimensão (“c” é o raio do eixo) de eixos maciços a partir da Equação 04 e Equação 05.
Equação 04 - Tensão máxima de cisalhamento
 
Equação 05 - Momento de inércia para eixos maciços
 
7.4. Frequência (f)
A frequência angular demonstra os ciclos que ocorrem em um determinado período de tempo ou a variação do ângulo em relação a um determinado período de tempo e sua unidade de medida é normalmente dada em Hertz. (FERRAZ et al., 2021, p.123)
Abaixo, na Equação 06, a equação de frequência (f), () velocidade angular e () pi.
Equação 06 - Frequência
 
7.5. Período (T)
Em movimento circular é o tempo necessário para um ponto qualquer dar uma volta completa e se o movimento circular for uniforme, chamamos de periódico. (MATOS, 2014, p.177)
Abaixo, na Equação 07, a equação de período (), () velocidade angular e () pi.
Equação 07 – Período de rotação
 
 
7.6. Rotação (n)
É o número de ciclos que um ponto material completa em uma trajetória circular em um raio. (MELCONIAN, 2019, p.12)
Equação 08 – Equação de número de rotação
 
7.7. Velocidade Tangencial ou Periférica (v)
A característica da velocidade tangencial ou periférica é a mudança de trajetória a cada momento e seu módulo permanece constante. (MELCONIAN, 2019, p.12)
Equação 09 – Equação da velocidade angular
 
 
7.8. Relação de Transmissão (i) 
Foi optado no projeto, as polias sincronizadoras devido as vantagens como a constante relação de transmissão que realizada por meio de dentes ao invés de atrito e dessa forma não existe o deslizamento entre a correia e a polia. (ALMEIDA, 2017, p.218).
A relação de transmissão é a relação de torque e velocidade entre as polias e podem ser:
Redutor de velocidade – a transmissão na polia movida será mais lenta quando a polia motora for acionada.
Na figura 34, demonstra um conjunto de polias que vai reduzir a velocidade, a polia menor d1 é a polia motora e a polia maior d2 é a polia movida e seguida um conjunto de polias em a velocidade será ampliada, deste caso a polia motora d2 vai ser a polia motora e a polia d1 será a movida e logo em sequência um conjunto de polias ampliador de velocidade. 
Figura 34 – Redutor de velocidade
Fonte: (MELCONIAN,2015)
Ampliador de velocidade – a transmissão da velocidade será ampliada quando a polia motora for acionada, vide Figura 35.
Figura 35 – Ampliador de velocidade
Fonte: (MELCONIAN, 2015)
Equação 10 – Relação de transmissão
 - Relação de transmissão – Frequência 1 [Hz]
 – Diâmetro da polia 1 (menor) [m] – Frequência 2 [Hz]
 – Diâmetro da polia 2 (maior) [m] – Rotação 1 [rpm] 
 – Número de dentes 1 – Rotação 2 [rpm] 
 – Número de dentes 2 – Torque 1 [N.m] – Velocidade angular 1 [rad/s] – Torque 2 [N.m] – Velocidade angular 2 [rad/s] 
Todos os cálculos com as equações podem ser vistos no Anexo B.
8. LEVANTAMENTO DE CUSTOS
Após o esboço conceitual do protótipo realizamos por meio da revisão bibliográfica a escolha de todos os materiais, por meio de cálculos, e o seu dimensionamento, todos os desenhos dos componentes com cotas e dessa forma obtemos a lista de todos os materiais utilizados no projeto.
Para a construção do protótipo optamos por procurar itens de baixo preço, uma das alternativas foi encomendar componentes como as polias, a correia e o rolamento pelo site da internet Ali Express (https://pt.aliexpress.com/) A tabela de custo abaixo demonstra todos os itens com preços pesquisados no dia 10/09/21 e o custo total dos materiais foi de R$ 566,52. A construção do protótipo foi realizada por um dos integrantes do grupo por isso foi necessário fazer uma pesquisa de preço estimado da mão de obra para saber o custo de fabricação que ficou em R$ 348,33, com isso o custo total de fabricação ficou em R$ 914,85 e a venda, somando a taxa de marcação, (é um coeficiente aplicado sobre os custos para tornar a precificação mais precisa. Esta é a fórmula usada para calcular o índice a partir da soma dos custos fixos, custos variáveis e margem de lucro: O resultado será a taxa de marcação que você deve usar no cálculo final do preço de venda), e ICMS/ISS, dessa forma a projeção para a venda ficou em R$ 1.616,92.
A Tabela 08 contém a lista de todos os componentes utilizados no projeto, a descrição do material, a quantidade utilizada e o preço.
Tabela 08 – Custos dos componentes
 Fonte: Autores 
Na Tabela de custo 09, demonstra o custo total de materiais, a mão de obra, custo da fabricação, taxa de marcação, ICMS e o preço para venda.
 Tabela 09 – Custo Total de materiais
Fonte: Autores
9. ANÁLISE DE ÁRVORE DE FALHAS (FTA)
A Análise de Árvore de Falhas (FTA – Fault Tree Analysis) foi introduzida em 1962 e tornou-se uma das principais técnicas para avaliação da confiabilidade de sistemas, sendo largamente aplicada em diversos setores industriais onde a confiabilidade dos sistemas envolvidos é de fundamental importância para operação segura e eficiente dos mesmos. Foi concebida inicialmente por Bell Telephone Laboratories para a avaliação de confiabilidade do sistema de controle de lançamento do míssil Minuteman. (RAUSAND e ARNLJOT, 2004).
Após realizado a Análise de Modos e Efeitos de Falha para cada componente que compõem o sistema, foram encontrados os efeitos das falhas sobre o sistema desenvolvido, e que permitirá identificar os eventos topos que serão analisados pelo método de Análise de Árvore de Falha.
A elaboração da árvore foi realizada através de um brainstorm com os integrantes do grupo, listamos possível falhas em todos os aspectos que podem prejudicar a funcionalidade e performance do mecanismo. A Figura 36, mostra a árvore das possíveis falhas no sistema desenvolvido, que foi dividida em cinco sistemas como: queima do motor, bateria com problema, acionadores do pedal, suporte do conjunto e rompimento da correia, foi elaborado uma Análise de Falhas detalhada para cada umas desses itens citados, podem ser encontradas no Anexo E.
Figura 36 – Análise de Árvore de falha (FTA)
Fonte: Autores
10. MÉTODO DE ANÁLISE DE MODOS DE FALHA E EFEITOS (FMEA)
O Método de Análise de Modos e Efeitos (FMEA – Failure Mode and Effects Analysis) teve origem no meio militar, sendo frequentemente referenciada na norma MIL-STD 1629 (1977), pioneira na divulgação dos conceitos da análise dos modos de falha. A análise do tipo FMEA é definido como um procedimento pelo qual cada modo de falha potencial em um sistema é analisado para determinar os resultados ou efeitos no sistema da sua ocorrência possibilitando classificar cada modo de falha potencial de acordo com sua severidade (SOUZA,2008; O’CONNOR,1985).
Segundo Cassanilli (2006), o FMEA é conhecido por ser um procedimento sistemático para a análise de um sistema para identificar os possíveis modos de falha, suas causas e efeitos sobre o desempenho do sistema.
Os modos de falha, de acordo com Vinadé (2001), podem ser definidos como a maneira na qual o defeito se apresenta ou a maneira como o item falha ou deixa de apresentar o resultado desejado ou esperado.
O levantamento dos modos e causas das falhas foram realizados por meio da coleta de informações da Análise de Árvore de Falhas (FTA), foi listado todas as possíveis falhas do projeto e todas as informações foram vinculadas ao FMEA.
A tabela do tipo FMEA foi montada com doze colunas de função, modo de falha, efeito potencial da falha, severidade, causa potencial, ocorrência, controle atual de projeto, detecção, RPN, ação recomendada, responsável e resultado das ações.
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Na Tabela 10, se encontra toda a análise dos modos de falhas e seus efeitos, a partir desses resultados podemos realizar a seleção de componentes críticos com maior probabilidade de falhas que podem comprometer o sistema, causando a perda da função por completo do mecanismo. 
Tabela 10 – Análise de Modos e Efeitos de Falhas (FMEA)
 Fonte: Autores
Com as pontuações do grau de severidade (S) e da ocorrência (D) coletadas da Tabela do FMEA, na Figura 37, no gráfico de severidade e ocorrência, demonstra a falha e o componente que merecem uma atenção em especial dentro do projeto e podemos observar três pontos que estão na área de prioridade alta.
Figura 37 - Gráfico de Severidade e OcorrênciaSEVERIDADE
OCORRÊNCIA
 Fonte: Autores 
Na tabela 11, temos a legenda de todas os componentes listados e presente no gráfico acima, podemos concluir que os itens, Correia Sincronizadora e o Rolamento Axial de Agulhas são os itens mais suscetíveis a falhas dentro do sistema e pode comprometer a vida útil de toda o mecanismo.
Tabela 11 – Tabela com Grau de prioridade
 Fonte: Autores
Dessa forma podemos estimar quando o mecanismo pode parar o seu funcionamento, utilizando a correia como ponto de referência. Outro item importante que devemos dar atenção é o rolamento axial de agulhas, item que necessita uma lubrificação periódica e conforme a tabela, os demais componentes não apresentam ameaças significativas para todo o conjunto.
O estudo da Análise de Árvore de Falha em conjunto com o FMEA foi de suma importância para o desenvolvimento do projeto, para se ter uma noção de quais seriam as possíveis falhas e suas as ações preventivas. 
11. PROGRAMAÇÃO DE MANUTENÇÃO PREVENTIVA
Com base em todos os elementos do motor elétrico para embarcação, a correia é o elemento mais frágil e que pode ser corrompida e comprometerá o funcionamento do mesmo. Estimasse que a correia sincronizadora deve ser trocada a cada 20 mil horas ou a cada 3 anos de uso.
Por conta da aplicação do motor não gerar tanto esforço e por não ser utilizado por um grande tempo, assim, realizando uma limpeza a cada uso e a troca no tempo indicado, conforme dado a garantia pelo fabricante, para manter sempre o melhor desempenho e assim não gerando uma falha durante o uso.
Com base na matéria de manutenção industrial,podemos incluir em nosso projeto as 4 etapas e a curva PR. Referindo-se as 4 etapas teremos: 
1. Tempo: trocar a correia sincronizadora a cada 3 anos;
2. Horas de funcionamento: trocar a correia a cada 20 mil horas;
3. Produtividade: limpar a correria a cada uso; 
4. Gatilho misto: trocar a correia sincronizadora a cada 3 anos, 20 mil horas de funcionamento, o que acontecer primeiro, entre duas condições. 
A curva PR é representada por 2 eixos, em y temos a performance do equipamento e em x temos o tempo. Com o passar do tempo, a performance tende a diminuir até a parada do equipamento. Na curva PF o ponto P vem de potencial (falha potencial), o F vem de funcional (falha funcional). 
O ponto P é marcado quando a potência do equipamento começa a cair e gera a falha potencial. O ponto F é marcado quando o equipamento gera potência de 0 (zero) parando de funcionar.
Falha potencial é o mesmo que modo de falha, que gera um sintoma (aumento da temperatura, vibrações alta, vazamentos).
A curva PF nos mostra o intervalo entre P e F, do tempo entre o primeiro sintoma de falha até a falha, para que posamos agir previamente. Com as manutenções preditivas se identifica as falhas em estágios iniciais, com várias técnicas podemos identificar como o método de ultrassom que é a técnica mais sensível para monitoramento de equipamentos rotativos, outra análise é a de vibrações que mostra ruídos no sistema, em seguida temos a análise de óleo e por último a termográfica, até vir a falha.
A curva PF é relacionada também a custo, a manutenção preditiva entre a corretiva gera um custo em média 7 vezes maior, pois quanto mais a performance do equipamento cai, mais caro fica para reparar o equipamento, como mostra na Figura 38, pois uma falha pode acarretar outras.
Figura 38 - Gráfico de curva PF e Custo para reparo
 
Fonte: https://engeteles.com.br/curva-pf/ acesso em: 20/04/2022 17:00
12. CONCLUSÃO
O preço elevado de um motor elétrico com comando a distância existente no mercado e a dificuldade de se locomover em curtos movimentos de forma silenciosa, sem a necessidade de utilizar as mãos para o comando do leme, propôs um sistema de direcionamento para navegação silenciosa com comando a distância para um barco de pequeno porte, voltado para a pesca em águas doces.
Foi realizado um estudo de caso inerente a embarcações para atender o objetivo de montar uma ferramenta de baixo custo, e, também, inclui-se uma breve análise no mercado pesqueiro. Em paralelo, foi possível criar um protótipo totalmente funcional, testado e aprovado por um dos integrantes.
Com os valores da potência necessária para deslocar o barco em baixas velocidades, pôde-se utilizar um motor elétrico de sistemas de vidro elétrico de 12v e força de 9,12 N.m / 93 kg.cm, responsável por auxiliar no direcionamento do leme. O sistema propulsivo, apesar de não finalizado completamente, supriu a demanda energética para o arranjo proposto, de acordo com os requisitos do projeto. 
A revisão bibliográfica e todo o desenvolvimento permitiu realizar um projeto confiável, pois abordou uma vasta gama de conhecimentos abordados no curso de engenharia mecânica, oferecendo um projeto com um bom custo benefício.
13. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
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ALMEIDA, P.S. D. Manutenção Mecânica Industrial - Princípios Técnicos e Operações. [Digite o Local da Editora]: Editora Saraiva, 2016. 9788536519807. Disponível em: <https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788536519807/> Acesso em: 23/09/2021
ANDRADE, A. S. ([2021]). Elementos Orgânicos de Máquinas II. Acesso em 27 de outubro de 2019, disponível em UFPR: <http://www.madeira.ufpr.br/disciplinasalan/AT102-Aula01.pdf> Acesso em 13 out 2021.
BROWN, Tim. Design Thinking: Uma Metodologia Poderosa para Decretar o Fim das Velhas Ideias. Rio de Janeiro: Campus, 2010.
BUDYNAS, R., & NISBETT, J. K. (2016). Elementos de Máquinas de Shigley (10ª edição). Grupo A.
EDUARDO Carlos. Motor Elétrico para Barco de Pesca: Melhores marcas! Pescaria S/A, 2019. Disponível em: <https://pescariasa.com.br/materiais-de-pesca/motor-eletrico-para-barco-de-pesca-melhores-marcas/>. Acesso em: 10/10/21 17:45
FERRAZ, M.S. A.; etal.Cinemática e dinâmica da partícula. Revisão técnica de Lizandro de Souza Oliveira. Porto Alegre: SAGAH, 2021.p. 117-129 Disponível em: <https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786556900087/>. Acesso em: 19/09/21
FILHO, G. F. Motor de Indução. 2 ed. São Paulo: Editora Érica / Saraiva, 2013.Disponível em: <https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788536519999/>Acesso em:18/09/21
FRANCESCHI, Alessandro. Elementos de máquinas. Disponível em <https://www.ufsm.br/app/uploads/sites/342/2020/04/ELEMENTOS-DE-M%C3%81QUINAS.pdf>Acesso em 28 set.2021.
FRANCESCHI, Alessandro; ANTONELLO, Miguel Guilherme Elementos de Máquinas, 2014.
HAND, Augie. Motores elétricos: manutenção e solução de problemas.2 ed. Tradução: Flávio Adalberto PoloniRizzato; Porto Alegre: Bookman,2015. p. 14-51 Disponível em: <https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788582602676/.> Acesso em:18/09/21
MACEDO, Márcia. Bacia hidrográfica. Disponível em < http:// www.educamaisbrasil.com.br/enem/geografia/bacia-hidrografica>. Acesso em: 16 set. 2021.
MATOS, M. Física do Movimento: observar, medir, compreender. 1ed.Rio de Janeiro: EDITORA PUC RIO, 2015. p. 170-179 Disponível em: <https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595155848/>. Acesso em: 19/09/2021
MELCONIAN, S. ELEMENTOS DE MÁQUINAS.11 ed. rev. São Paulo: Editora Érica / Saraiva, 2019. p.10-88 Disponível em: <https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788536530420/> Acesso em: 19/09/21
 
MESQUITA, J. L. Uma breve história da pesca, saiba como começou. Mar sem fim, 2020. Disponível em: <https://marsemfim.com.br/uma-breve-historia-da-pesca-saiba-como-comecou/>. Acesso em: 09/10/21 15:30
PETRUZELLA, Frank D. Motores Elétricos e Acionamentos. Tradução: José Lucimar do Nascimento; Porto Alegre: AMGH Editora Ltda, 2013. p. 121-137 Disponível em:<https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788580552584/>Acesso em:18/09/21
Prof. João Paulo Barbosa, M.SC. 2011MONTEC, CATÁLOGO DE ARRUELAS, Metalúrgica Montec, 2020. Disponível em: <Catálogo - MONTEC (jfarruelas.com)>. Acesso em: 18/11/2021
RAUSAND, M; ARNOLJOT, H. System Reliability Theory, Models, Statistical, Methods and Applications. 2° ed.New Jersey: John Wiley & Sons, 2004. 668p.
REGIS, Igor. Turismo de pesca esportiva movimenta U$S 200 bi. Mercado e eventos. Disponível em <https://www.mercadoeeventos.com.br/_destaque_/slideshow/turismo-de-pesca-esportiva-movimenta-us-200-bilhoes-no-mundo/> Acesso em: 16 set 2021.
Rolamento axial. GSV Rolamentos. Disponível em:<https://www.gsvrolamentos.com.br/rolamento-axial>Acesso em: 18/11/2021 22:11
SIMARRO, AserJareno (2013). Catálogo Industrial GBR Parts (2º edição).Disponível em: livro GBR_3.indd (fabiani-ecommerce.s3.amazonaws.com). Acesso em: 23/09/2021
SKF Rolamentos, Rolamentos axiais de rolos de agulhas. SKF Rolamentos,2021. Disponível em: <Rolamentos axiais de agulhas | SKF | SKF>. Acesso em: 23/09/2021
SOUZA, G.F.M; MOLINARI, R PMR-5235 Fundamentos da Manutenção de Sistemas Mecânicos. São Paulo: Epusp,2008.60p. Apostila para disciplina de pós-graduação do Departamento de Engenharia Mecatrônica, PMR-5235, Fundamentos da Manutenção de Sistemas Mecânicos.
SOUZA, Giancarlo. D.; et al. Medidas em engenharia elétrica. Porto Alegre: SAGAH, 2018. p. 112Disponível em: <https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595026179/>. Acesso em: 24/11/2021
TEIXEIRA S. Os peixes têm visão, olfato, tato, paladar e audição? Cursos CPT da área Piscicultura, 2020. Disponível em: <https://www.cpt.com.br/cursos-criacaodepeixes/artigos/os-peixes-tem-visao-olfato-tato-paladar-e-audicao>. Acesso em: 10/10/21 15:30
ZILLIG M. BÍBLIA DO PESCADOR, O MAIOR GUIA DE ISCAS ARTIFICIAIS DO BRASIL. BÍBLIA DO PESCADOR. São Paulo: GR Um Editora Ltda. 2017-Anual. ISSN 1413-534
Curva PF: O que é e como usar. Disponível em: <https://engeteles.com.br/curva-pf/>. Acesso em: 20/04/2022 17:00
ANEXO A – Projeto em 2D do sistema de navegação 
ANEXO B – Memorial de cálculos 
Potência Elétrica
 
 
 
 
Velocidade Angular
 
 
 
Torque
 
 
 
 
Tensão Máxima e Momento de Inércia
 
 
 
 
 
 
Frequência 
 
 
 
 
Período
 
 
 
 
Rotação
 
 
 
Velocidade Periférica
 
 
 
 
Relação de transmissão
𝑖 =? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANEXO C – Elementos de Máquinas
Tabela 12 - Tipos de correia
 Fonte: BUDYNAS, 2016 p.863
 Tabela 13 – Passos padronizados de correias sincronizadoras
 Fonte: BUDYNAS, 2016 p.892
Cálculo do comprimento da Correia
 
 
 
 
Tabela 14 – Especificações do material da polia
 Fonte: <https://merati.com.br/polias> Aceso em: 18/11/2021 20:30
Figura 39 – Polia Sincronizadora fixada no motor
 Fonte: (Foto tirada por um dos Autores)
Figura 40 – Polia Sincronizadora fixada no eixo
 Fonte: (Foto tirada por um dos Autores)
Figura 41 - Tipos de rolamento axial
Fonte:<https://dinamarcarolamentos.com.br/Uploads/Original/17701.pdf?11092020> Acesso em: 18/11/2021 21:00
Tabela 15 – Tabela padrão de dimensões de rolamentos axiais de agulhas
Fonte: Catálogo de rolamentos ISB, 2018. 
Tabela 16 – Tabela padrão de dimensões de arruelas
Fonte: Catálogo de arruelas MONTEC, 2020.
ANEXO D – Bill of Material (BOM)
ANEXO E – Análise de Árvore de Falhas
1° Sistema: Árvore de falha
Eixo da polia 
movida travado
Eixo da polia 
motora travado
Queimou o motor
1
Aquecimento 
excessivo
Sobrecarga
Motor com 
defeito de 
fabricação
Engrenagem
do motor 
danificado
Motor de 
navegação sem 
movimento
Motor de 
propulsão 
preso no 
fundo
Motor de 
propulsão 
preso em 
galhos
Cabo 
de energia 
enrolado ou 
preso ao 
eixo
Fonte: Autores
2° Sistema: Árvore de falha
Acionadores do 
pedal com 
problemas
2
Acionador 
com defeito de 
fabricação
Sem fluxo de 
corrente
Cabo de 
alimentação 
rompido
Problemas na 
Bateria
Má utilização 
do equipamento
Cabo com 
defeito de 
fabricação
Fonte: Autores
3° Sistema: Árvore de falha
Falta de aperto
Suporte do 
conjunto 
danificado
3
Defeito de 
fabricação
Parafuso de 
fixação solto
Erro no
processo de 
fabricação
Má utilização
Colisão
Rompimento dos 
parafusos
Aperto excessivo
Parafuso com 
defeito de 
qualidade
Fonte: Autores
4° Sistema: Árvore de falha
Rompimento da 
Correia
4
Desgaste
Defeito de 
fabricação
Fim da vida útil
Mau 
funcionamento
Fonte: Autores
ANEXO F – Justificativa para aplicação dos elementos de máquinas
	PART NUMBER
	ITEM
	QTDE
	IMAGEM 
	DESCRIÇÃO
	MARCA 
	MODELO 
	JUSTIFICATIVA DE APLICAÇÃO 
	BRC001
	1
	1
	
	POLIA MOVIDA 
	MLTBDL
	HTD5M-40T
	De uma forma geral, as polias são elementos de maquinas utilizados para a transmissão de movimento quando acoplado a um eixo motor, como um motor elétrico por exemplo. Atualmente no mercado, encontramos uma variedade considerável de polias possuindo tamanho, materiais e variações distintas nas aplicações dentro da engenharia Mecânica. Os principais grupos de polias existentes no mercado são: Polias para correias helicoidais, correias dentadas e polias guia, cada qual para atendimento a uma aplicação especifica levando conta o tipo de transmissão de força, meio de aplicação e durabilidade do conjunto. Analisando todos os fatores relevantes para aplicação no projeto em questão, considerara-se a utilização de Polia para correia sincronizadora em material Alumínio (SAE323), devido ao meio de aplicação do projeto, que consiste em ambiente húmido que em condições adversas pode haver contato com água, gerando uma diminuição no atrito se a opção escolhida fosse uma polia para correia helicoidal por exemplo. Outro ponto importante é a capacidade de transmissão de torque (Kgfm), que devido aos sulcos presentes na polia, é possível ter uma melhor ancoragem entre o conjunto correia polia reduzindo a perca de torque no sistema. O alumínio (SAE323) empregado nesta polia tem o objetivo de ser resistente a tração e corrosão, contribuindo para a durabilidade do projeto no seu meio de aplicação. (Rios e lagos). 
	BRC002
	2
	1
	
	POLIA MOTORA 
	POWGE
	10T-5M-20
	
	BRC003
	3
	1
	
	CORREIA 
	POWGE
	260-5M-20
	Partindo do mesmo princípio de aplicação das polias, definimos a correia dentada sincronizadora ao invés de uma helicoidal por exemplo, devido à redução na dissipação do torque reduzindo assim as percas de eficiência do conjunto mecânico. As correias em geral, são fabricadas em material poliméricos como Borrachas (Borracha Nitrílica Hidrogenada (HNBR), o Policloropreno

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