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Motores de indução trifásicos para operações industriais APRESENTAÇÃO Atualmente, o motor elétrico mais utilizado é o motor de indução, facilmente encontrado no coti diano, como no portão elétrico, no elevador, na geladeira, no ar-condicionado e na máquina de l avar roupa. Embora todas as aplicações descritas sejam residenciais, no caso da indústria a situação não é m uito diferente, na qual esse tipo de máquina elétrica também é o mais empregado. O principal m otivo para ser usado refere-se à questão financeira, pois, entre os três principais tipos de máquin as rotativas, é o de maior simplicidade para construção (para o rotor gaiola de esquilo) e o mais r obusto, reduzindo custos de manutenção. Nesta Unidade de Aprendizagem, você estudará aspectos particulares do motor de indução trifás ico (MIT) para aplicação industrial, desde a análise de seus parâmetros com respeito ao seu func ionamento até exemplos de atividades industriais com suas respectivas especificações. Bons estudos. Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Definir os principais parâmetros dos MIT.• Descrever as principais atividades industriais que utilizam os MIT.• Demonstrar exemplos da especificação de MIT.• DESAFIO Com o surgimento das máquinas elétricas, especialmente a de indução, tem ocorrido um uso cre scente de motores nas atividades industriais, desde em atividades mais simples, como um ventila dor para a climatização do ambiente de trabalho, até atividades complexas e pesadas, como com pressores acoplados a grandes caldeiras. Imagine que você é o(a) engenheiro(a) responsável pelo dimensionamento do motor elétrico par a o projeto de um guindaste para a manipulação de carga de até 8.000cv, em que seu acionament o exige inúmeras partidas e paradas, mas não um uso contínuo. Nessa aplicação, a carga tem um a elevada inércia e o movimento de elevação é lento, tendo uma velocidade em torno de 0,08m/ s. Nesse caso, estarão presentes alguns dispositivos de acoplamento que primeiro façam a muda nça do movimento rotacional do motor para o de translação e, depois, a redução de velocidade. A potência mecânica (Pmec) fornecida pelo motor é o produto do conjugado (C) pela velocidade de rotação (ω) — Pmec = C · ω. Para tanto, você precisa analisar o tipo de conjugado resistente da carga segundo sua atividade i ndustrial e, em seguida, apresentar algumas soluções possíveis para o atendimento dessa deman da sem que haja risco de danos no equipamento ou interrupções indesejadas para manutenção du rante a sua operação normal. INFOGRÁFICO As máquinas elétricas são primordiais em inúmeras atividades de uma indústria, estando present es em esteiras, em bombas e ferramentas. Neste Infográfico, você compreenderá que o adequado dimensionamento do motor de indução tr ifásico para uma operação próxima da carga nominal é vantajoso em comparação a uma operaçã o abaixo de 70% de sua capacidade nominal. CONTEÚDO DO LIVRO As indústrias dependem de inúmeras máquinas para que consigam realizar as suas atividades, se ndo a máquina elétrica uma das mais importantes. Entre esses equipamentos, a máquina de indu ção é a mais popular, em virtude de suas vantagens financeiras. No capítulo Motores de indução trifásicos para operações industriais, base teórica desta Unidade de Aprendizagem, você estudará sobre a aplicação do motor de indução trifásico nas indústrias. Entenderá seus principais parâmetros a partir de uma breve revisão da sua composição e funcion amento. Compreenderá as principais tarefas executadas pelos motores ao lado de uma caracteriz ação dos sistemas mecânicos envolvidos. E, ao final, será capaz de identificar os aspectos mais r elevantes para a especificação do motor de indução. Boa leitura. MÁQUINAS ELÉTRICAS E ACIONAMENTOS OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM > Definir os principais parâmetros de um motor de indução trifásico (MIT). > Descrever as principais atividades industriais que utilizam MIT. > Demonstrar exemplos da especificação de MIT. Introdução Nas indústrias, uma parcela significativa do consumo de energia elétrica é relativa ao uso de motores. Isso é justificado pois inúmeras tarefas são realizadas por essas máquinas, que possuem controle simples, grande possibilidade de tarefas e alto rendimento. Dentre elas podemos destacar o motor de indução trifásico, que é o mais popular de todos por possuir baixo custo de fabricação e manutenção e elevada robustez. Neste capítulo, você vai estudar de forma particular o uso do motor de in- dução trifásico (MIT) na indústria, começando por uma breve explicação de seus componentes e em seguida seu princípio de funcionamento, e com isso permitir um claro entendimento de seus principais parâmetros. Na seção seguinte, você estudará as atividades mais comuns em que os motores são aplicados com a Motores de indução trifásicos para operações industriais Cassio Hideki Fujisawa complementação de elementos mecânicos que os auxiliam. E, por último, você conhecerá as especificações essenciais para a escolha e o dimensionamento dos motores em um projeto de uma planta industrial. MIT: do funcionamento à caracterização Antes de definir os principais parâmetros do motor de indução, vamos re- lembrar seus componentes e o princípio de funcionamento baseado em Umans (2014). As máquinas elétricas rotativas possuem duas partes: o estator e o rotor — como os nomes sugerem, o estator é a parte estática da máquina, enquanto o rotor é a parte móvel (ou rotativa). Ambas as partes são construídas com material ferromagnético para facilitar a passagem do fluxo magnético e com isso otimizar a conversão de energia. Esse motor recebe energia elétrica e entrega energia mecânica através de seu eixo, e nesse processo existe uma variação de energia magnética. Para movimentar o rotor sobre o eixo, existe um espaçamento com relação ao estator que se chama entreferro (em inglês, air-gap). Como já foi comentado, o fluxo magnético é essencial para o funcionamento do motor, e a conversão entre energia elétrica e magnética é feita através de dois enrolamentos fundamentais: um alojado no estator; outro no rotor. No caso de máquinas com mais de dois polos e/ou mais de uma fase, existe mais de um enrolamento de estator, porém isso não altera o princípio de funcionamento descrito a seguir. O enrolamento do rotor pode ser de dois tipos principais. � Bobinado: quando o enrolamento é similar ao do estator, em que condutores de cobre são agrupados formando uma bobina. Neste caso, são necessários anéis coletores para permitir a variação da resistência elétrica desse circuito que fica em uma parte móvel (ou rotativa). � Gaiola de esquilo: formado, em geral, por barras de alumínio e curto- -circuitadas em suas extremidades e isolado eletricamente de qualquer estrutura externa. Dessa forma, não possui os anéis coletores. O segundo tipo de rotor é o mais usado nos motores de indução, pois reduz o custo e a complexidade em comparação a outros tipos, e é extrema- mente robusto, reduzindo os custos de manutenção. Por esses motivos é o motor elétrico mais utilizado mundialmente. A Figura 1 ilustra o rotor gaiola Motores de indução trifásicos para operações industriais2 de esquilo (a) e o estator (b), onde pode-se notar as aletas de alumínio no rotor que são curto-circuitadas nas extremidades formando o enrolamento (portanto, ausência de bobinas por condutores de cobre); no estator são per- ceptíveis as bobinas de cobre alojadas nas ranhuras da estrutura de material ferromagnético. É visível que na parte externa da carcaça do motor estão presentes aletas para dissipação de calor que é produzido inevitavelmente em sua operação. Figura 1. Rotor (a) e estator (b) da máquina de indução. Fonte: Adaptada de lucag_g/Shutterstock.com. a b Analisando especificamente a máquina de indução trifásica em sua ope- ração como motor, podemos considerar os seguintes passos: 1. A energia fornecidapela rede elétrica é conduzida pelos condutores do enrolamento de armadura que produzirão o fluxo magnético. 2. Esse fluxo circulará pelos materiais ferromagnéticos do estator e do rotor e terá um comportamento particular que chamaremos de campo girante. Pode-se imaginar como se fosse um ímã imaginário rotacionando no eixo, com a velocidade (ns dada em rotações por minuto rpm) em função da frequência elétrica (fe) definida pela rede e do número de polos (Npólos), Motores de indução trifásicos para operações industriais 3 = 120 pólos (1) 3. Com o enrolamento do rotor sendo imerso pelo campo girante, surgirá tensão e corrente elétrica induzida, de acordo com a lei de Faraday, que de forma simplificada pode ser expressa pela seguinte equação, = (2) onde e é a tensão induzida, λ é o fluxo magnético concatenado pelo enrolamento, e t é o tempo. 4. A interação entre o fluxo magnético produzido pelo enrolamento do rotor e o fluxo magnético do enrolamento do estator resultará no conjugado eletromagnético, que, a menos de algumas perdas, será o conjugado entregue à carga mecânica através do eixo. Essas etapas do processo de funcionamento foram enumeradas com o intuito de facilitar o entendimento da conversão eletromecânica do motor, mas não necessariamente ocorrem de forma sequencial; elas podem ocorrer de forma simultânea. A Figura 2 apresenta o comportamento do conjugado eletromagnético com relação à velocidade mecânica de um motor típico. Essa velocidade é apresentada como uma porcentagem da velocidade síncrona do campo girante magnético. É possível notar que quando a velocidade atinge 100% da velocidade síncrona (ou seja, se igualam), o conjugado é nulo. Isso pode ser facilmente justificado pela equação (2), que estabelece que a tensão induzida surgirá apenas quando houver variação de fluxo magnético, e para situação de igualdade entre a velocidade do motor e a velocidade do campo girante, o fluxo magnético visto pelo enrolamento alojado no rotor será constante, ou seja, de variação nula. Motores de indução trifásicos para operações industriais4 Figura 2. Curva de conjugado por velocidade. Fonte: Umans (2014, p. 347). Ainda utilizando a Figura 2, podemos analisar a região de operação do motor que fica na região mais à direita, no entorno de 100% do conjugado nominal (eixo y) e um pouco abaixo dos 100% da velocidade síncrona (eixo x). Nessa região, nota-se uma pequena variação de velocidade para uma faixa mais significativa de conjugado. A característica desse motor de sempre operar com uma velocidade diferente da síncrona (e inferior) pode ser quantificada pelo termo escorregamento, que nada mais é do que a diferença da velocidade mecânica do eixo do rotor com a velocidade síncrona do campo magnético produzido pelo enrolamento do estator. Feita essa revisão do motor de indução, vamos agora discutir sobre seus principais parâmetros na hora do dimensionamento em uma aplicação industrial: � potência; � tensão elétrica; � número de polos; � carcaça. Motores de indução trifásicos para operações industriais 5 Potência dada em cavalos (em inglês horse power, HP) é a potência de saída que o motor entrega em seu funcionamento nominal — quando é ali- mentado com o nível de tensão especificado, suporta essa potência de saída, consumindo para isso a corrente descrita nos dados de placa (ou seja, seu valor especificado) e operando com o rendimento também definido em placa. O termo nominal é muito utilizado, principalmente em equipamentos elétricos, e refere-se à operação na qual o dispositivo foi projetado, ou seja, um determinado nível de tensão, nível de corrente, carga mecânica no eixo (no caso de motores), e para essa situação de operação ele apresenta o seu melhor desempenho em termos de rendimento e atendimento da potência especificada sem prejudicar a sua vida útil. Deve-se tomar o cuidado de não confundir essa potência de saída, que é a potência mecânica do motor, com a potência de entrada, que é a potência elétrica consumida por essa máquina. A Figura 3 apresenta o fluxo de potência do motor de indução, sendo o sentido da esquerda para direita, com a entrada da potência elétrica (Pentrada), várias perdas no processo de conversão de energia elétrica para mecânica e outras potências da própria operação, como o atrito e a ventilação. Todas essas apontam para baixo e, por fim, tem-se a potência mecânica (Psaída). Nessa figura, além de algumas equações das potências de entrada e saída, tem-se duas potências intermediárias: PEF, que é a potência de entreferro, ou seja, a potência que é transferida através do entreferro, e a Pconv, a potência após a conversão eletromecânica, mas antes sofre mais algumas perdas até se chegar na potência final (CHAPMAN, 2013). Motores de indução trifásicos para operações industriais6 Figura 3. Diagrama do fluxo de potência no motor de indução. Fonte: Chapman (2013, p. 322). Portanto, a partir da Figura 3, fica clara a diferença entre a potência Psaída, usualmente dada em cavalos (cv), e a Pentrada, que é a potência elétrica importante para o dimensionamento da instalação elétrica. A tensão elétrica define qual tensão de linha (ou tensão trifásica) que deve alimentar o motor para seu correto funcionamento. Para motores industriais, os valores típicos são: 220, 380 ou 440 V. Mas para motores com aplicações especiais, a tensão pode chegar a 13.800 V (WEG EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS, 2010). A potência elétrica de entrada é uma função da tensão e da corrente, por isso, para um motor de mesma potência, quanto maior a tensão, menor será a corrente. É comum os motores terem mais de um tipo de conexão, o que permite certa flexibilidade em sua operação em termos de nível de tensão. Isso é possível para arranjos série/paralelo e estrela/triângulo. Outro importante parâmetro é o número de polos que impacta direta- mente na velocidade síncrona do campo magnético girante, juntamente com a frequência elétrica da tensão de alimentação, conforme a Equação (1). Como a rotação do eixo é apenas um pouco abaixo dessa velocidade síncrona, pois sempre existe o escorregamento, a quantidade de polos da máquina torna- -se um importante parâmetro para a definição da velocidade, que em uma aplicação industrial é um importante fator no projeto. Lembrando que para o tipo de motor Dahlander, existe a possibilidade de chaveamento entre as ligações das bobinas de tal forma a alterar entre 2/4 polos ou 4/8 polos, o que consequentemente altera também a velocidade do motor (FILIPPO FILHO, 2010). Motores de indução trifásicos para operações industriais 7 Por fim, tem-se a carcaça do motor de indução, que é definida pela potência e pela rotação do motor. Ela possui algumas variações conforme sua aplica- ção, podendo ser fechada ou aberta. Por exemplo, no caso de uma carcaça fechada, haveria o impedimento de entrada de poeira ou de água, porém com menor dissipação de calor através da ventilação. Existem variados tipos de vedações, além de alguns tipos possíveis do material da sua construção: ferro fundido, aço ou alumínio. A especificação da carcaça é feita pela altura da base do motor até o centro do eixo. Nesta seção foi revisado o funcionamento do motor de indução e foram apresentadas suas principais características para uma aplicação industrial. Vamos agora descrever suas aplicações na indústria e as peculiaridades em cada uma delas. Motor de indução, o mais utilizado nas indústrias O motor de indução com rotor gaiola de esquilo é o tipo de máquina elétrica rotativa mais utilizado no mundo por sua robustez e baixo custo — tanto de fabricação como de manutenção — e, se for considerado o uso cada vez mais frequente dos inversores de frequência, também se torna um motor de fácil controle (BIM, 2012; UMANS, 2014). Nesta seção, você conhecerá algumas aplicações desse motor em variados tipos de indústria, mas antes vamos analisar as três principais finalidades segundo Fillippo Filho (2010):� deslocamento de fluido; � manipulação de carga; � processamento de materiais. A primeira finalidade poderia ainda ser classificada em dois tipos: flui- dos incompressíveis e compressíveis. Exemplos dos fluidos incompressíveis seriam: água, óleos hidráulicos, combustíveis e soluções químicas, e os equi- pamentos responsáveis pelo deslocamento desses materiais são a bomba centrífuga, que pode ser de fluxo radial, axial ou misto, conforme a Figura 4, e a bomba de deslocamento positivo, ilustrada na Figura 5. Na utilização dessas bombas é comum o conjugado resistente (ou conjugado de carga) ser muito elevado no momento da partida do motor; esse problema poderia ser contornado com o uso de motores de rotor bobinado, mas outra solução Motores de indução trifásicos para operações industriais8 seria o alívio do conjugado resistente apenas nesse momento inicial. Essa solução seria a redução da pressão com o uso de válvulas de alívio e que seriam retornadas à posição normal, logo que o motor alcançasse a operação próxima da nominal. Figura 4. Bombas centrífugas: (a) radial, (b) axial e (c) mista. Fonte: Godoi e Assunção (2019, p. 125). a b c Figura 5. Bomba de deslocamento positivo do tipo cilindro-pistão e engrenagens. Fonte: Godoi e Assunção (2019, p. 123). Na situação do deslocamento de fluidos compressíveis, como o gás ou o vapor, existem dois equipamentos típicos: � ventilador, em que a diferença da pressão do fluido na entrada e saída é muito pequena e por isso seu funcionamento é parecido com a da bomba centrífuga; Motores de indução trifásicos para operações industriais 9 � compressor, equipamento que impõe grande pressão aos fluidos, uti- lizado em frigorífico e ar-condicionado. Nesse tipo de problema são utilizadas as relações de expansão do gás com resfriamento e com- pressão do gás com aquecimento. Na Figura 6 pode ser visto o ciclo de refrigeração elementar, com a presença do compressor ao lado direito. Figura 6. Ciclo de refrigeração elementar. Fonte: Cukla, Santos e Espartel (2018, p. 72). Da mesma forma que no deslocamento de fluidos incompressíveis, para este caso existe o problema do elevado conjugado de partida, que pode ser contornado de maneira similar, aliviando a pressão do sistema com o auxílio de válvulas. A segunda finalidade dos motores de indução é a manipulação de cargas, que de forma geral seria o transporte da carga para uma posição superior ou inferior, usando um guindaste, ou em um deslocamento horizontal ou inclinado através de uma esteira. Motores de indução trifásicos para operações industriais10 Nesta finalidade é muito comum o uso do dispositivo de acoplamento para alterar a velocidade de rotação do motor para a velocidade de carga, ou para transmitir o movimento quando a carga se encontra afastada, ou ainda para converter um movimento de rotação em translação (BIM, 2012). Exemplos desses dispositivos são: engrenagem, polia, correia, engrenagem- -rosca, como ilustrado na Figura 7. Figura 7. Dispositivos de acoplamento. Fonte: Stein et al. (2018, p. 176). As engrenagens são utilizadas quando o motor está próximo da carga e se deseja uma troca da velocidade de rotação, ou também a combinação engrenagem-cremalheira que proporciona a transmissão entre rotação e translação. No caso das polias, que podem ser fixas ou móveis e interliga- das por cabos, pode ocorrer a redução do conjugado aplicado pelo motor, a depender do seu arranjo, sendo talha simples, em blocos ou diferencial. Já as correias, utilizadas juntamente com as polias, são aplicadas quando as cargas estão distantes o suficiente, o que impede o uso de engrenagens, e em certas situações elas próprias podem servir de elementos transportadores de carga. Motores de indução trifásicos para operações industriais 11 Como você já deve imaginar, ao adicionar algum dispositivo de acopla- mento no nosso sistema, surgirão novas perdas, que refletem no rendimento, conforme ilustra o Quadro 1. Quadro 1. Rendimento dos dispositivos de acoplamento Tipo de acoplamento Rendimento (%) Direto 100 Polia-correia plana 95-98 Polia-correia em V 97-99 Roda dentada 97-98 Engrenagem 96-99 Fonte: Adaptado de Filippo Filho (2010). A última finalidade é o processamento de materiais, em que o motor de indução é aplicado de forma bem particular em cada tipo de indústria, e por isso não existe um tratamento genérico que possa ser feito. Uma aplicação desse tipo seria como uma máquina operatriz, que a partir de seu movimento rotatório realiza tarefas como torno, fresadora, mandril e serra circular, ou seja, a ação de desbaste, corte e conformação nos materiais em uma indústria de manufatura (LIXANDRÃO, 2018). Outra aplicação é na indústria de cerâmica e de mineração, em que o motor atua como a força propulsora do moinho de bolas. Este equipamento tem a função de moer materiais duros e possui a forma de um tambor com bolas que se movimentam livremente em seu interior. O movimento de rotação é que provoca o atrito entre tais bolas e o material a ser moído (WEG EQUIPA- MENTOS ELÉTRICOS, 2010). Além da discussão de todas essas aplicações na indústria, podemos abor- dar também uma característica do motor de indução com rotor gaiola de esquilo. Em sua construção típica, esse motor possui a curva de conjugado por velocidade, conforme a Figura 2, em que seu conjugado de partida é relativamente baixo, com elevada corrente, e a sua operação nominal se estabelece com baixo escorregamento. No entanto, existem outras cons- truções do rotor de gaiola de esquilo e que são normalizadas pela National Electrical Manufactures Association (NEMA), dos Estados Unidos da América, apresentando outras respostas de conjugado, desde a partida até a velocidade Motores de indução trifásicos para operações industriais12 nominal. Podemos destacar quatro tipos principais denominados de A a D, conforme a Figura 8. Figura 8. Curvas típicas de conjugado por velocidade para quatro classes (NEMA) de rotores. Fonte: Chapman (2013, p. 347). Para obter esses quatro perfis de conjugado apresentados na Figura 8, são variados basicamente dois aspectos das aletas de alumínio do rotor gaiola de esquilo: a área de sua seção transversal, que impacta diretamente no valor de resistência; e na proximidade relativa ao enrolamento de estator, o qual influencia no seu fluxo de dispersão, e consequentemente na sua reatância de dispersão. Como na situação de partida até a operação nominal do motor, o escorregamento varia devido à velocidade de rotação do eixo, e, sendo a frequência elétrica do circuito do rotor uma função do escorregamento, espera-se que a reatância varie significativamente durante todo esse pro- cesso. Além disso, o escorregamento (e indiretamente a velocidade do eixo) em que o conjugado máximo ocorre é uma função da resistência elétrica do rotor (CHAPMAN, 2013). Motores de indução trifásicos para operações industriais 13 Portanto, dependendo da classe NEMA, tem-se um conjugado de partida mais elevado (classe D), ou intermediário (classe C), mas ainda com reduzida corrente de partida comparado com a classe padrão (classe A). Por outro lado, pode-se analisar o escorregamento de operação, que se torna distinto para cada classe, analisando a região à direita da Figura 8. Lembrando que o rendimento do motor é influenciado pelo valor de escorregamento — quanto menor, melhor é o motor. Vistas essas diferenças, podemos associar cada classe com a sua aplicação típica segundo Del Toro (1994): � Classe A: cargas que não necessitem de alto torque de partida, o que elevaria demasiadamente sua corrente. Suas aplicações são: ventila- dores, foles, bombas centrífugas, maioria das ferramentas mecânicas e para trabalho com madeira. � Classe B: aplicação similar da classe A, mas com menor corrente de partida e pior fator de potência em situação de operação. � Classe C: cargas que trabalhem com velocidade constante. Conjugado máximo na partida e superior a das classesanteriores e com menor corrente para essa situação. Suas aplicações são: transportadoras, compressores, britadeiras, agitadores e bombas especiais. � Classe D: torque de partida máximo e superior a todas as classes, mas com elevado escorregamento na operação. Aplicações em cargas de grande inércia e uso intermitente: tesouras, prensas, estamparia, caldeiras, elevadores e guindastes. Nesta seção, você estudou as principais finalidades do motor de indução com breve descrição dos sistemas mecânicos envolvidos, e ao final foram abordadas classes do rotor gaiola de esquilo que permitem variadas apli- cações. Na próxima seção, você conhecerá os dados de especificação dos motores para algumas aplicações. Especificações do MIT Para a escolha do motor de indução trifásico que atenda satisfatoriamente à carga presente na indústria sem que haja qualquer dano que reduza seu tempo de vida útil, é necessária a análise das seguintes características para uma correta especificação (PETRUZELLA, 2013): Motores de indução trifásicos para operações industriais14 � Potência mecânica: usualmente expressos em hp (horse power), ou em W (watt). � Tensão: tensão de alimentação do motor. � Correntes: ■ plena carga (ou nominal): corrente elétrica na operação na qual ele foi projetado. Essa corrente é utilizada para parametrizar os sensores; ■ rotor bloqueado: corrente elétrica no momento da partida; ■ fator de serviço: valor para operação sem que haja danos ao motor. Por exemplo: 1,15 indica que a corrente pode ficar 15% acima da nominal por tempo indeterminado sem danos. � Classe NEMA: identifica o tipo de rotor e sua curva característica de conjugado por velocidade (foi detalhado na seção anterior). � Rendimento: relação entre a potência mecânica de saída e a potência elétrica de entrada. O rendimento é de 75% a 98%. � Dimensões da carcaça: é a altura entre a base do motor e o centro do eixo. � Frequência elétrica: 50 Hz ou 60 Hz, o segundo valor para a rede elétrica brasileira. � Velocidade a plena carga: velocidade do rotor quando o motor estiver operando em seus valores nominais, ou seja, entregando a potência nominal. � Requisito de carga: a característica do conjugado resistente de carga define o tipo de motor mais adequado para determinada aplicação. ■ Carga de conjugado constante para toda faixa de velocidade, dessa forma, o aumento de velocidade provocará inevitavelmente um aumento de potência. ■ Carga de conjugado variável (tipo parabólico): aumenta o conjugado conforme aumenta a velocidade, consequentemente a potência. ■ Carga de potência constante (conjugado hiperbólico): elevado con- jugado de partida com redução no aumento de velocidade, e por isso preserva a potência que é o produto entre eles. ■ Carga de inércia elevada exige um alto conjugado de partida, mas em sua operação normal permite baixo conjugado. � Temperatura: ■ Temperatura ambiente: indica a máxima temperatura ambiente para uma operação segura do motor. Tipicamente assume valor de 40 °C, mas pode ter valores superiores em casos especiais. ■ Aumento de temperatura: valor esperado da situação de repouso até o funcionamento contínuo a plena carga. Motores de indução trifásicos para operações industriais 15 ■ Em média existe uma diferença de 5 °C a 15 °C entre a temperatura medida do enrolamento e o ponto mais quente do enrolamento, esse valor deve ser considerado no cálculo total de temperatura que deve estar abaixo de seu limite permitido. ■ Classe de isolamento: letra que identifica qual a temperatura máxima de operação do motor sem que ele sofra danos. � Regime de serviço: identifica se a carga será de uso contínuo ou intermitente. � Conjugado: ■ Conjugado de partida: valor necessário para a partida do motor. ■ Conjugado mínimo: valor mínimo que o conjugado de motor atinge desde a sua partida até o ponto de operação. ■ Conjugado máximo: valor máximo (acima do valor nominal) em que o motor pode ser operado sem que haja danos. ■ Conjugado nominal: valor para o funcionamento do motor na situação de potência e velocidade nominais. � Carcaça do motor: ■ Motores abertos a prova de gotejamento: são motores que permitem a incidência de líquidos em uma inclinação de até 15° do eixo vertical, sem que se danifique, mesmo tendo a carcaça aberta. ■ Motores totalmente fechados arrefecidos por ventilador: são uti- lizados em locais sujeitos a umidade, poeira e sujeiras em geral. ■ Motores totalmente fechados, não ventilados: são motores de potên- cia reduzida (até 5 hp) e que realizam a dissipação de calor apenas pela sua carcaça. São utilizados em locais que a presença do venti- lador externo poderia causar problemas com sujeiras do ambiente. ■ Motores a prova de explosão: são motores utilizados em ambiente susceptíveis a explosivos, ou outro combustível como gases inflamáveis. Neste capítulo você aprendeu sobre a aplicação do motor de indução trifásico na indústria, começando por uma breve revisão de seu funciona- mento, seguida da descrição de seus principais parâmetros para qualificá-los. Na seção seguinte foram abordadas as principais finalidades desse tipo de motor, descrevendo alguns dispositivos mecânicos necessários para seu melhor entendimento, além dos quatro tipos de rotor gaiola de esquilo pa- dronizados pela NEMA, e que possuem aplicações distintas. E, ao final, foram especificadas as características relevantes do motor para o seu correto dimensionamento de acordo com a atividade demandada. Motores de indução trifásicos para operações industriais16 Em um edifício de 15 andares será instalado um elevador de carga no último andar, para transportar uma carga equivalente a 1000 kg. Essa carga é equivalente, pois em um elevador é utilizado um contrapeso que reduz o conjugado necessário para movimentá-lo. A rede elétrica disponível é de 380 V e 60 Hz. A velocidade do elevador deverá ser de 60 m/min, o tambor conectado ao cabo de sustentação da cabine possui raio de 30 cm, e um redutor acoplado ao eixo de 54/1, ou seja, a velocidade do motor é reduzida para a movimentação da cabine. Especifique um motor adequado para essa aplicação. Solução: Para o cálculo da velocidade de rotação do tambor (nelev), devemos utilizar a velocidade da cabine (v) com o raio do tambor (r), = 2 ∙ ∙ = 60 2 ∙ ∙ 0,3 = 31,83 RPM Em seguida, através do redutor podemos encontrar a velocidade do eixo do motor (n), n = nelev ∙ red = 31,83 ∙ 54 = 1.719 RPM Agora que já temos a velocidade de operação do motor, precisamos deter- minar a sua potência. Para isso calcularemos o conjugado no tambor (Telev) para movimentar uma carga de 1000 kg. Telev = F ∙ r = 1.000 ∙ 0,3 = 300 kgf ∙ m Para convertermos kgf em N, basta multiplicar pela aceleração da gravidade (g = 9,8 m/s2), Telev = 300 ∙ g = 300 ∙ 9,8 = 2.940 Nm Convertendo a rotação do tambor em rad/s, = ∙ 2 60 = 31,83 ∙ 2 60 = 3,33 rad/s utilizando a equação de potência em função do conjugado, Pelev = T ∙ ω = 2.940 ∙ 3,33 = 9.790 W Motores de indução trifásicos para operações industriais 17 A partir dos dados de potência (9,79 kW) e velocidade (1719 RPM), podemos encontrar o motor W22 IR3 Premium Trifásico da WEG: � Carcaça: 132 M/L � Potência: 11 kW (15 cv) � Número de polos: 4 � Frequência: 60 Hz � Tensão: 220 V / 380 V � Rotação nominal: 1760 RPM � Conjugado nominal: 6,09 kgfm (59,68 Nm) � Grau de proteção: IP55 Esse motor atende à disponibilidade da rede elétrica (tensão e frequência), possui uma velocidade um pouco superior da calculada, mas com valor próximo. Sua potência é superior à calculada, conforme o esperado, e possui uma margem pois não foi considerado o rendimento do sistema de acoplamento (redutor). Referências BIM, E. Máquinas elétricas e acionamento. 2. ed. Rio de Janeiro: Elsevier; Campus, 2012. 568 p. CHAPMAN, S. J. Fundamentos de máquinas elétricas. 5. ed. Porto Alegre: AMGH; Book- man, 2013. 700 p. CUKLA, A. R.; SANTOS, B. K.; ESPARTEL, L.Máquinas primárias. Porto Alegre: Sagah, 2018. 161 p. DEL TORO, V. Fundamentos de máquinas elétricas. Rio de Janeiro: LTC, 1994. 574 p. FILIPPO FILHO, G. Motor de indução. São Paulo: Érica, 2010. 246 p. GODOI, P. J. P. M.; ASSUNÇÃO, G. S. C. Mecânica dos fluidos. Porto Alegre: Sagah, 2019. 215 p. LIXANDRÃO, P. H. F. Máquinas operatrizes. Porto Alegre: Sagah, 2018. 116 p. PETRUZELLA, F. D. Motores elétricos e acionamentos. Porto Alegre: AMGH; Bookman, 2013. 372 p. (Série Tekne). STEIN, R. T. et al. Mecânica aplicada. Porto Alegre: Sagah, 2018. 243 p. UMANS, S. D. Máquinas elétricas de Fitzgerald e Kingsley. 7. ed. Porto Alegre: AMGH; Bookman, 2014. 728 p. WEG EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS. Motor de indução trifásico: rotor bobinado com sistema motorizado de levantamento das escovas. Jaraguá do Sul; São Bernardo do Campo: Weg, 2010. 4 p. Disponível em: https://static.weg.net/medias/downloadcenter/h70/h17/ WEG-sistema-motorizado-de-levantamento-das-escovas-602-catalogo-portugues-br. pdf. Acesso em: 16 mar. 2021. Motores de indução trifásicos para operações industriais18 Leituras recomendadas SIMONE, G. A. Máquinas de indução trifásicas. 2. ed. São Paulo: Érica, 2010. 352 p. WEG MOTORES A. Guia de especificação: motores elétricos. Jaraguá do Sul: Weg, 2021. 67 p. Disponível em: https://static.weg.net/medias/downloadcenter/h32/hc5/WEG- -motores-eletricos-guia-de-especificacao-50032749-brochure-portuguese-web.pdf. Acesso em: 16 mar. 2021. Os links para sites da web fornecidos neste capítulo foram todos testados, e seu funcionamento foi comprovado no momento da publicação do material. No entanto, a rede é extremamente dinâmica; suas páginas estão constantemente mudando de local e conteúdo. Assim, os editores declaram não ter qualquer responsabilidade sobre qualidade, precisão ou integralidade das informações referidas em tais links. Motores de indução trifásicos para operações industriais 19 DICA DO PROFESSOR Muitas atividades na indústria são realizadas por máquinas elétricas, principalmente o motor de i ndução trifásico. O engenheiro responsável pelo dimensionamento desses equipamentos precisa ter conhecimento não somente dos motores, mas também do processo industrial para garantir o a dequado atendimento da demanda. Nesta Dica do Professor, você compreenderá como uma alteração na estrutura do rotor modifica o seu desempenho de conjugado por velocidade e, com isso, permite uma maior variedade de ate ndimento dos variados processos industriais. Aponte a câmera para o código e acesse o link do vídeo ou clique no código para acessar. EXERCÍCIOS 1) A máquina elétrica de corrente alternada dispõe de um enrolamento alojado à sua est rutura fixa chamada estator. Quando ela é operada como motor, esse enrolamento é alimentado pela rede elétrica, e, a partir da corrente conduzida por ele, produz-se o c ampo girante. Outro parâmetro dessa máquina refere-se ao número de polos magnéti cos. Considerando um motor típico de indução trifásica de quatro polos, alimentado em 3 80V e 60Hz, qual das alternativas apresenta sua velocidade nominal? A) 900rpm. B) 1.720rpm. C) 1.800rpm. D) 1.850rpm. https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/cee29914fad5b594d8f5918df1e801fd/e174fd6a611f53d009c324951e3e402b E) 3.500rpm. 2) Um dos principais parâmetros de um motor elétrico de indução trifásico é o seu valor de potência, já que, a partir deste, podemos definir se é adequado ou não para determ inada carga. Considere um motor deste tipo de 100cv e 380V, com fator de potência de 0,87 e rendi mento de 95,5%, sendo todos os dados de placa. Assuma uma relação de 750W por 1c v. Qual a potência elétrica (potência complexa em kVA) consumida na situação de plena carga? A) 90,27kVA. B) 75,00kVA. C) 71,63kVA. D) 86,21kVA. E) 100,00kVA. Uma das principais finalidades de um motor de indução trifásico na indústria corresp onde ao deslocamento de fluidos. Como exemplo, podemos citar água, óleo combustív el, óleo hidráulico, outras soluções químicas, gás e vapor. Considerando essa finalidade, analise as assertivas a seguir e escolha a alternativa qu e indique a(s) afirmação(ões) correta(s). I. Os fluidos podem ser classificados em dois tipos: incompressíveis e compressíveis. O equipamento associado ao motor elétrico que é versátil suficiente para lidar com a mbos os fluidos é o ventilador. II. A bomba de deslocamento positivo é o equipamento utilizado para o fluido incomp ressível. Na partida, o conjugado resistente é, em geral, muito elevado, e uma das solu ções para reduzir o esforço do motor consiste na introdução de válvulas de alívio na t ubulação. III. O compressor é o equipamento utilizado para trabalhar com fluidos compressívei 3) s, por exemplo, para deslocar a água de um reservatório para outro. A) I, apenas. B) II, apenas. C) III, apenas. D) I e II, apenas. E) II e III, apenas. 4) O uso de motores de indução trifásico em indústrias, em muitos casos, tem a finalidad e de realizar a manipulação de cargas. Para essa aplicação, é muito comum o emprego de dispositivos de acoplamento associ ados aos motores. Analise as assertivas sobre dispositivos de acoplamento e escolha a alternativa que in dique a(s) afirmação(ões) correta(s). I. As engrenagens são dispositivos de acoplamento que, além de alterarem a velocidad e do eixo para a velocidade desejada de carga, têm 100% de rendimento. II. O uso de polias, além de realizar a transmissão do movimento, permite a redução do conjugado exigido pelo motor. III. As esteiras transportadoras movidas por motores elétricos são um tipo de transm issão de movimento, pois o motor apresenta um movimento rotativo e as cargas terão um movimento translacional. A) I, apenas. B) II, apenas. C) III, apenas. D) I e II, apenas. E) II e III, apenas. 5) Em uma indústria, é muito importante o correto dimensionamento do motor para aten der a determinadas atividades. Para isso, entre outros aspectos, torna-se fundamental conhecer a curva de conjugado por velocidade tanto da carga quanto do motor a ser es colhido. No caso do motor de indução trifásico de gaiola de esquilo, existem algumas classes pa dronizadas pela NEMA, com diferentes desempenhos, como apresentado na figura a s eguir. Analise as assertivas a seguir e escolha a alternativa que indique as afirmações correta s. I. Segundo a figura, pode-se afirmar que, para todas as classes, o máximo conjugado o corre em baixo escorregamento, ou seja, em velocidades acima de 80% da síncrona. II. Para cargas que exigem um elevado conjugado de partida, a melhor alternativa é u m motor da classe B. III. O motor da classe D tem em sua construção pequenos condutores próximos da sup erfície no enrolamento do rotor, o que resulta em alta resistência. A) I, apenas. B) II, apenas. C) III, apenas. D) I e II, apenas. E) II e III, apenas. NA PRÁTICA Na sociedade atual, todas as pessoas dependem fortemente da energia elétrica, utilizando inúmer os equipamentos para esse tipo de conforto, como as máquinas elétricas, que estão presentes no cotidiano abrindo o portão da garagem, levando pessoas ao 13o andar com esforço mínimo e na lavagem das roupas. Embora todas as aplicações descritas sejam residenciais, na indústria os mo tores elétricos também são muito utilizados. Neste Na Prática, você verá o importante papel do engenheiro na escolha do motor em uma indú stria considerando as necessidades do cliente e o ambiente de instalação, já que o motor não ape nas necessita de uma potência e nível de tensão corretos, como também de outros aspectos, com o o tipo de carcaça. SAIBA + Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professo r: Fundamentos de máquinas elétricas O capítulo 6 do livro de Stephen J. Chapman descreve desde a construção, passando pelo circuit o equivalente até o controle do motor de indução. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!Cinemática e dinâmica dos mecanismos No capítulo 9 do livro de Robert L. Norton, você poderá estudar sobre os dispositivos de acopla mento utilizados no motor de indução para aplicação nas indústrias. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! Instalações elétricas: máquinas assíncronas — motores de indução Nesta aula, você conhecerá os elementos do motor de indução, também chamado de assíncrono, sendo detalhados o estator e o rotor. Aponte a câmera para o código e acesse o link do vídeo ou clique no código para acessar. Como um motor de indução funciona? No vídeo a seguir, do canal Learn Engineering (áudio em inglês com legenda em português), vo cê poderá entender o princípio de funcionamento do motor de indução e suas principais caracterí sticas. Aponte a câmera para o código e acesse o link do vídeo ou clique no código para acessar. https://www.youtube.com/embed/kCOKQnXcqUo https://www.youtube.com/embed/AQqyGNOP_3o
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