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1 1 - Introdução à Fitoterapia- conceitos e definições

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Introdução à Fitoterapia: conceitos e 
definições
APRESENTAÇÃO
Fitoterapia pode ser definida como o estudo das plantas medicinais e suas aplicações no 
tratamento de doenças. Deriva do grego therapeia = tratamento e phyton = vegetal. Desta 
maneira, o termo fitoterapia foi dado à terapêutica que utiliza plantas ou derivados vegetais 
como medicamentos, originando-se do conhecimento e também do uso popular. 
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Definir os principais conceitos relacionados à fitoterapia.•
Identificar as principais diferenças entre fitoterapia popular, tradicional e científica 
ocidental.
•
Reconhecer passos importantes para uma fitoterapia baseada em evidências.•
DESAFIO
A fitoterapia científica ocidental baseia-se em dados e evidências científicas. Desta maneira, é 
uma ferramenta fundamental que permite a busca das melhores evidências científicas 
disponíveis, podendo, assim, servir como ponto norteador para o emprego clínico de plantas 
medicinais e fitoterápicos para finalidades terapêuticas, diagnósticas ou profiláticas.
- Quais são as estratégias empregadas para a busca destas evidências científicas?
- Quais são as principais informações que devem ser obtidas?
INFOGRÁFICO
Observe o Infográfico a seguir para ajudar na compreensão do conteúdo.
CONTEÚDO DO LIVRO
O interesse dos órgãos públicos e pesquisadores pela fitoterapia tem crescido nas últimas 
décadas. Em 2006, a fitoterapia foi inserida no Sistema Único de Saúde (SUS) e, atualmente, 12 
medicamentos fitoterápicos são ofertados pelo SUS.
Na prática clínica, são bem vistos os medicamentos fitoterápicos e plantas medicinais que 
passam por testes farmacológicos, toxicológicos, pré-clínicos e clínicos, garantindo a eficácia, 
segurança e qualidade dessas formulações. 
No capítulo Introdução à Fitoterapia: conceitos e definições, base teórica desta Unidade de 
Aprendizagem, veja o histórico e os principais conceitos relacionados à fitoterapia, conheça os 
medicamentos fitoterápicos ofertados pelo SUS bem como alguns exemplos de formulações 
fitoterápicas no cuidado ao paciente.
Boa leitura. 
FARMACOBOTÂNICA
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
 > Definir os principais conceitos relacionados à fitoterapia.
 > Identificar as principais diferenças entre fitoterapia popular, tradicional e 
científica ocidental.
 > Reconhecer passos importantes para uma fitoterapia baseada em evidências.
Introdução
A fitoterapia é caracterizada pela utilização de plantas medicinais em suas di-
ferentes formas farmacêuticas como recurso terapêutico. As plantas medicinais 
são utilizadas pela população desde milhares de anos antes da civilização cristã. 
Elas são uma fonte rica em metabólitos secundários como alcaloides, flavonoides 
e taninos, que apresentam potencial relevância terapêutica. 
No entanto, o uso inadequado de plantas medicinais frequentemente ocorre 
por falta de conhecimento sólido em relação a dosagem, posologia, modo de 
preparo, contraindicações e reações adversas. Com isso, a fitoterapia baseada em 
evidências busca promover a avaliação crítica das plantas medicinais e fitoterápi-
cos como alternativas terapêuticas, maximizando seus benefícios e minimizando 
as reações adversas.
Neste capítulo, você acompanhará o histórico do uso de plantas medicinais e 
fitoterápicos e os fatores que têm despertado o interesse no uso da fitoterapia 
Introdução à 
fitoterapia: conceitos 
e definições
Marcella Gabrielle Mendes Machado
pela população e pelos profissionais de saúde. Além disso, conhecerá alguns 
exemplos de formulações fitoterápicas para o tratamento de alguns distúrbios 
menores.
Histórico da fitoterapia
Desde os tempos mais remotos, os seres humanos utilizam plantas pelos 
seus diversos efeitos medicinais. De acordo com Saad et al. (2018), os regis-
tros mais antigos que indicam a utilização de plantas para fins terapêuticos 
remontam à Era Paleolítica. Registros mais sistematizados do uso de plantas 
medicinais em regiões como Índia, China e Egito datam de milhares de anos 
antes da civilização cristã. Nessas regiões, era muito comum a associação da 
terapêutica com práticas espirituais, sendo que muitos sacerdotes atuavam 
como médicos. 
Há registros na Índia de cerca de 3000 a.C., em que canções de louvor às 
plantas eram realizadas (SAAD et al., 2018). O Ayurveda, uma filosofia médica 
oriental que surgiu na Índia durante o período de 2000–1000 a.C., utiliza as 
plantas medicinais como ferramentas terapêuticas e propõe que, para se 
alcançar a felicidade, a vida humana deve estar em harmonia com as leis da 
natureza, sendo a saúde um estado de completude (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA 
DE AYURVEDA, [2020?]).
Na China, o imperador Shen Nong, por volta de 2500 a.C., compilou as 
bases da medicina chinesa em um livro denominado Pen Tsao, no qual foram 
registradas 365 drogas, incluindo plantas medicinais como o chá-da-índia 
(Thea sinensi, atualmente catalogada como Camellia sinensis) e a efedra 
(Ephedra sinica). A medicina chinesa encontra-se inserida na visão de mundo 
da filosofia taoísta e utiliza a fitoterapia como uma forma de tratamento e 
prevenção de doenças (SAAD et al., 2018).
O Papiro de Ebers, que data de cerca de 1550 a.C., é um tratado médico do 
Antigo Egito. Foi descoberto no século XIX e contém a descrição de procedi-
mentos médicos, bem como do uso de plantas medicinais. Nesse documento, 
foram registradas cerca de 700 substâncias medicamentosas, sendo que 
muitas delas ainda são utilizadas e descritas em farmacopeias ocidentais, 
como o rícino (Ricinus communis), a hortelã (Mentha sp.), a papoula (Papaver 
somniferum), a mirra (Commiphora molmol) e o alecrim (Rosmarinus officinalis) 
(SAAD et al., 2018).
Na Grécia Antiga, as práticas curativas utilizavam métodos mágico-te-
rapêuticos acompanhados do uso de plantas medicinais, como os descritos 
nas poesias de Homero. De acordo com Saad et al. (2018), há indícios de que 
Introdução à fitoterapia: conceitos e definições2
a medicina grega antiga teve influência da medicina egípcia, com algumas 
plantas de origem da Índia e do Egito, e algumas receitas com características 
semelhantes.
Pitágoras, por volta de 500 a.C., estudou como as drogas vegetais atuavam 
no organismo, o que levou à formulação das bases da medicina humoral 
e da dietética, as quais influenciaram Hipócrates, pai da medicina, alguns 
anos mais tarde. Hipócrates desmistificou a associação de cura pelo uso das 
plantas medicinais com forças sobrenaturais, e deu início à medicina racional-
-naturalista, descrevendo sinais, sintomas e a sazonalidade de doenças, 
bem como a influência do emocional e condições de moradia na saúde dos 
pacientes (SAAD et al., 2018).
Com a descoberta de novas regiões pelas grandes navegações no perí-
odo da Renascença, novas drogas vegetais, assim como especiarias, foram 
adquiridas pela Europa, aumentando seu arsenal terapêutico. Os estudos 
desenvolvidos pelo médico conhecido como Paracelso (1493–1541) levaram a 
um novo entendimento a respeito das plantas medicinais. De acordo com Saad 
et al. (2018, p. 3), Paracelso “[...] anunciou a noção de que a planta medicinal 
encerra um componente terapeuticamente ativo, suscetível de ser extraído 
por processo químico, e que o processo utilizado para isso era a destilação”. 
Naquela época, a planta medicinal era utilizada na sua forma inteira ou em 
partes (folhas e raízes), sendo essa forma ainda utilizada nos dias atuais nas 
práticas populares.
A partir do desenvolvimento da química medicinal e da síntese do 
ácido acetilsalicílico (Aspirina), princípio ativo que foi obtido a partir 
da modificação estrutural do ácido salicílico isolado da casca do salgueiro (Salix 
alba), as plantas medicinais passaram a ser utilizadas como matéria-prima para 
a obtenção de fármacos semissintéticos e como protótipos para a síntese de 
novas moléculas (SAAD et al., 2018).
Embora o uso de plantas medicinais tenha diminuídopor um tempo frente 
ao processo de industrialização e desenvolvimento de fármacos sintéticos, 
seu uso pela população voltou a ganhar força nas últimas décadas. Muitos 
fatores têm contribuído para o aumento da utilização das plantas medicinais 
pela população, incluindo os efeitos adversos relacionados ao uso de medi-
camentos industrializados, o difícil acesso à assistência médica, o aumento 
do consumo de produtos naturais em busca de uma vida mais saudável e a 
tendência à prática da medicina integrativa (SÃO PAULO, 2019).
Introdução à fitoterapia: conceitos e definições 3
Atualmente, além de matéria-prima para fármacos semissintéticos, as 
plantas medicinais são utilizadas in natura (como em chás de plantas me-
dicinais), em preparações galênicas simples (como em extratos fluidos e 
tinturas) e em formulações farmacêuticas com maior valor agregado, como 
os fitoterápicos (SIMÕES et al., 2017).
A planta medicinal in natura consiste na planta fresca, coletada no mo-
mento do uso, enquanto a planta medicinal seca (ou suas partes) passa pelos 
processos de coleta, estabilização (quando aplicável) e secagem, podendo 
ser disponibilizada na forma íntegra, rasurada, triturada ou pulverizada. 
Ademais, as formulações de fitoterápicos podem ser encontradas em 
forma de monodroga ou com composição com mais de uma droga vegetal, 
ambas comercializadas em diversas formas farmacêuticas (comprimidos, 
envelopes, sachês, xaropes, tinturas e extratos fluidos). O fitoterápico ma-
nipulado é produzido pela farmácia de manipulação, enquanto o fitoterápico 
industrializado é produzido pela indústria farmacêutica ou pelo laboratório 
oficial (SAAD et al., 2018).
Fitoterápicos
A cartilha Plantas medicinais e fitoterápicos (SÃO PAULO, 2019, documento 
on-line) define a fitoterapia como “[...] a terapêutica caracterizada pelo uso de 
plantas medicinais em suas diferentes formas farmacêuticas, sem a utilização 
de substâncias ativas isoladas, ainda que de origem vegetal”.
Uma planta medicinal pode ser definida como a espécie vegetal, cultivada 
ou não, utilizada com fins terapêuticos e/ou profiláticos, enquanto fitoterápico 
é definido pela Anvisa (BRASIL, 2021, p. 11), como 
[...] o produto obtido exclusivamente de matéria-prima ativa vegetal (compreende 
a planta medicinal, ou a droga vegetal ou o derivado vegetal), exceto substâncias 
isoladas, com finalidade profilática, curativa ou paliativa. Podendo ser simples, 
quando o ativo é proveniente de uma única espécie vegetal medicinal, ou com-
posto, quando o ativo é proveniente de mais de uma espécie vegetal medicinal. 
Embora as plantas medicinais venham sendo utilizadas desde a Antigui-
dade, o uso oficial de fitoterápicos só foi reconhecido mundialmente pela 
Organização Mundial da Saúde (OMS) em 1978, por meio da Declaração de 
Alma-Ata. No Brasil, o Ministério da Saúde passou a incentivar como prio-
ridade o estudo das plantas medicinais para aplicação clínica por meio da 
Portaria nº 212/1981. Em 2006, a fitoterapia foi inserida no Sistema Único 
Introdução à fitoterapia: conceitos e definições4
de Saúde (SUS), sendo que a Política Nacional de Plantas Medicinais e Fi-
toterápicos foi regulamentada pelo Decreto nº 5.813, de 22 de junho de 
2006 (BRASIL, 2021). Atualmente, são ofertados pelo SUS 12 medicamentos 
fitoterápicos, listados no Quadro 1.
Quadro 1. Medicamentos fitoterápicos ofertados pelo SUS
Denominação genérica Apresentação Indicação/ação
Alcachofra (Cynara 
scolymus L.)
Cápsula, 
comprimido, 
solução oral, 
tintura
Tratamento dos sintomas de 
dispepsia funcional (síndrome 
do desconforto pós-prandial) 
e de hipercolesterolemia leve 
a moderada. Apresenta ação 
colagoga e colerética.
Aroeira (Schinus 
terebinthifolius Raddi)
Gel e/ou óvulo 
vaginal
Apresenta ação cicatrizante, 
anti-inflamatória e antisséptica 
tópica, para uso ginecológico.
Babosa [Aloe vera (L.) 
Burm. f.]
Creme, gel Tratamento tópico de 
queimaduras de 1º e 2º graus e 
como coadjuvante nos casos de 
psoríase vulgaris.
Cáscara-sagrada 
(Rhamnus purshiana DC.)
Cápsula, tintura Coadjuvante nos casos de 
obstipação intestinal eventual.
Espinheira-santa 
(Maytenus officinalis 
Mabb.)
Cápsula, emulsão, 
suspensão oral, 
tintura
Coadjuvante no tratamento de 
gastrite e úlcera gastroduodenal 
e sintomas de dispepsia.
Garra-do-diabo 
(Harpagophytum 
procumbens DC. ex 
Meissn.)
Cápsula, 
comprimido, 
comprimido 
de liberação 
retardada
Tratamento da dor lombar baixa 
aguda e como coadjuvante nos 
casos de osteoartrite. Apresenta 
ação anti-inflamatória.
Guaco (Mikania 
glomerata Spreng.)
Solução oral, 
tintura, xarope
Apresenta ação expectorante e 
broncodilatadora.
Hortelã (Mentha x 
piperita L.)
Cápsula Tratamento da síndrome do 
cólon irritável. Apresenta 
ação antiflatulenta e 
antiespasmódica.
Isoflavona-de-soja 
[Glycine max (L.) Merr.]
Cápsula, 
comprimido
Coadjuvante no alívio dos 
sintomas do climatério.
(Continua)
Introdução à fitoterapia: conceitos e definições 5
Denominação genérica Apresentação Indicação/ação
Plantago (Plantago ovata 
Forssk.)
Pó para dispersão 
oral
Coadjuvante nos casos de 
obstipação intestinal habitual. 
Tratamento da síndrome do 
cólon irritável.
Salgueiro (Salix alba L.) Comprimido, 
elixir, solução oral
Tratamento de dor lombar 
baixa aguda. Apresenta ação 
anti-inflamatória.
Unha-de-gato (Uncaria 
tomentosa — Willd. ex 
Roem. & Schult. — DC.)
Cápsula, 
comprimido, gel
Coadjuvante nos casos 
de artrites e osteoartrite. 
Apresenta ação anti-inflamatória 
e imunomoduladora.
Fonte: Adaptado de Brasil (2020).
A indústria de fitoterápicos está em constante desenvolvimento em todo o 
mundo, e é crescente o interesse em pesquisas com plantas medicinais a fim 
de comprovar sua eficácia e confirmar as indicações terapêuticas relacionadas 
ao seu uso. Na prática médica, são bem-vistos os medicamentos fitoterápicos 
e plantas medicinais que passam por testes farmacológicos, toxicológicos, pré-
-clínicos e clínicos, representando uma alternativa ao uso de medicamentos 
sintéticos, por sua vez relacionados a um maior número de efeitos adversos. O 
crescimento da indústria de plantas medicinais e fitoterápicos no Brasil ainda 
é impulsionado pela grande biodiversidade nacional e pelo conhecimento 
tanto popular quanto científico a respeito dessas plantas (SAAD et al., 2018).
A produção de medicamentos fitoterápicos no Brasil tem apresentado 
um crescimento exponencial de cerca de 10% ao ano em valores. Em 
2018, o mercado de fitoterápicos faturou R$ 2,3 bilhões, o que representa 2,2% 
do mercado farmacêutico total (RIBEIRO, 2016).
Fitocomplexo
De acordo com a Anvisa (BRASIL, 2021, documento on-line), fitocomplexo é o 
“[...] conjunto de todas as substâncias, originadas do metabolismo primário 
e/ou secundário, responsáveis, em conjunto, pelos efeitos biológicos de 
(Continuação)
Introdução à fitoterapia: conceitos e definições6
uma planta medicinal ou de suas preparações”. O metabolismo primário de 
plantas origina proteínas, aminoácidos, carboidratos, vitaminas e clorofila. 
Já o metabolismo secundário origina substâncias que não apresentam dis-
tribuição universal dentre as espécies vegetais, mas que são essenciais para 
sua adaptação e para sua defesa contra o ataque de patógenos e demais 
agentes. Esses metabólitos costumam apresentar potencial relevância 
terapêutica. 
As plantas medicinais são uma fonte rica em metabólitos secundários. 
De maneira geral, essas substâncias podem ser classificadas em grupos 
químicos, embora apresentem muitas vezes uma grande variabilidade química 
estrutural. No Quadro 2, é possível ver os principais grupos fitoquímicos e 
suas respectivas características biológicas e/ou químicas. 
Quadro 2. Relação dos principais grupos fitoquímicos com suas caracterís-
ticas biológicas e/ou químicas
Classe
Definição / 
características
Propriedades / 
características
Alcaloides Aminas básicas Importantes fármacos 
(morfina, atropina, 
vincristina) — mais de 12 mil 
substânciasconhecidas e 
mais de 13 classes
Flavonoides Pigmentos dos vegetais 
(flores, frutos)
Anti-inflamatórios, 
antioxidantes
Glicosídeos Presença de açúcar Mais de 10 classes e mais de 
3 mil substâncias conhecidas
Saponinas Glicosídeos com 
característica de sabão
Vários grupos químicos — 
alguns estão envolvidos no 
metabolismo dos esteroides
Taninos Polifenólicos, a maioria 
precursora do ácido 
gálico
Substâncias adstringentes 
que atuam como 
antidiarreicos, hemostáticos 
e cicatrizantes
Terpenoides Derivados de unidades de 
5 carbonos de isoprenos 
(10, 15, 20, 30, 40, > 40)
Mais de 20 mil substâncias 
conhecidas; seis classes 
e estruturalmente 
heterogêneos
Fonte: Adaptado de Saad et al. (2018).
Introdução à fitoterapia: conceitos e definições 7
A partir de plantas medicinais, também podem ser obtidos os óleos es-
senciais, que consistem em misturas complexas de substâncias voláteis e 
lipofílicas, responsáveis, por exemplo, pelas fragrâncias e aromas. De acordo 
com Saad et al. (2018, p. 29): 
[...] os grupamentos funcionais mais encontrados nos óleos essenciais são hidro-
carbonetos, alcoóis, aldeídos, cetonas, fenóis, óxidos, éteres e ésteres. Assim, 
os óleos essenciais são misturas bastante complexas, de várias substâncias 
simples, em que cada componente contribui para o efeito biológico da mistura 
como um todo.
Dentre as diversas propriedades biológicas dos óleos essenciais, podemos 
destacar as atividades antimicrobiana (como em óleos de cravo-da-índia 
[Syzygium aromaticum], eucalipto [Eucalyptus globulus Labill.] e alecrim [Ros-
marinus officinalis]), antiexpectorante (como em óleos obtidos das folhas de 
eucalipto e folhas de hortelã-pimenta [Mentha x piperita L.]) e estomáquica, 
carminativa e colagoga (como em óleo da casca da laranja-amarga [Citrus 
aurantium L.]) (SIMÕES et al., 2017).
Fitoterapia baseada em evidências
A fitoterapia representa um importante recurso terapêutico em todo o mundo, 
sendo incentivada por órgãos federais e inserida no SUS por meio da Política 
Nacional de Práticas Integrativas. As plantas medicinais e medicamentos 
fitoterápicos constituem uma alternativa ao uso de medicamentos sintéticos 
em uma população cada vez mais preocupada com a saúde e bem-estar. 
Contudo, é importante conhecer bem as dosagens, os modos de utilização, 
contraindicações e reações adversas das plantas medicinais, a fim de garantir 
a saúde do paciente e alcançar o benefício terapêutico dessas plantas.
Grande parte da população que faz uso de plantas medicinais desconhece 
seus possíveis efeitos tóxicos, assim como a forma correta de preparo e as 
indicações e contraindicações de cada planta. Por serem produtos de origem 
natural, há uma crença de que as plantas medicinais e fitoterápicos não 
podem causar prejuízo algum à saúde do usuário, crença esta que não tem 
embasamento científico (BRUNING et al., 2012). 
A fitoterapia baseada em evidências busca promover a avaliação crítica 
de plantas medicinais e fitoterápicos como alternativas terapêuticas, ma-
ximizando seus benefícios e minimizando as reações adversas. Além disso, 
Introdução à fitoterapia: conceitos e definições8
busca conduzir o estudo sobre a eficácia, segurança e qualidade dessas 
formulações. De acordo com Alexandre (2004), muitas vezes a experiência 
popular, o folclore e estudos não científicos são mais valorizados do que os 
ensaios pré-clínicos e clínicos das formulações, os quais fornecem dados 
sobre indicações, doses, qualidade, eficácia e segurança das plantas me-
dicinais e dos fitoterápicos. Com isso, a fitoterapia baseada em evidências 
detecta os melhores resultados disponíveis, sistematizando o acesso a essas 
informações e analisando-as quanto às aplicações em ações de saúde e nos 
cuidados ao paciente. 
Os profissionais de saúde têm apresentado interesse crescente nessa 
área, buscando capacitação e conhecimento, com o objetivo de realizar uma 
adequada prescrição e uso de plantas medicinais e fitoterápicos em seus 
atendimentos. Por outro lado, muitos profissionais de saúde não reconhe-
cem o valor da fitoterapia, em parte por não receberem a formação sobre o 
assunto durante a graduação. Com isso, faz-se necessário a atualização dos 
profissionais de saúde frente à fitoterapia, a fim de fornecer informações 
seguras aos usuários e promover o uso racional de plantas medicinais e 
fitoterápicos (BRUNING et al., 2012). 
Em resposta às demandas de prescrição e dispensação de plantas me-
dicinais, drogas vegetais e fitoterápicos, em 2011 foi publicado pela Anvisa 
a primeira edição do Formulário de Fitoterápicos da Farmacopeia Brasileira. 
As formulações relacionadas nesse formulário podem ser manipuladas pelos 
estabelecimentos autorizados para essa atividade, seguindo a legislação 
vigente, e servem de referência para o sistema de notificação da Anvisa. Em 
2021 foi publicada a segunda edição do documento, em que foram revisadas 
as monografias da primeira edição e incluídas novas monografias. Nesta 
mais recente edição, são apresentadas 85 monografias, com um total de 236 
formulações (BRASIL, 2021).
Grande parte dos fitoterápicos industrializados são isentos de prescrição 
médica. Para a dispensação de produtos que exijam prescrição médica, 
exige-se a especialização na área clínica, comprovando-se conhecimentos 
técnico-científicos e habilidades para uma adequada prescrição. Alguns fito-
terápicos vendidos sob prescrição médica incluem ginkgo (Ginkgo biloba L.), 
hipérico (Hypericum perforatum L.), kava-kava (Piper methysticum G. Forst.) 
e valeriana (Valeriana officinalis L).
No Quadro 3, são descritas algumas sugestões de formulações fitoterápi-
cas para o tratamento de distúrbios menores, como a gripe e a estagnação. 
Introdução à fitoterapia: conceitos e definições 9
Quadro 3. Formulações fitoterápicas para o tratamento de distúrbios 
menores
Condição 
clínica
Principais sinais/
indicações
Plantas indicadas 
para o tratamento
Sugestão de 
formulação
Gripe � Febre alta
 � Sudorese
 � Cefaleia
 � Dor de garganta
 � Tosse
 � Secreção 
amarelada
 � Sede
 � Mialgia
 � Língua com a 
saburra amarelada
 � Citrus aurantium 
(laranja-da-terra)
 � Echinacea 
purpurea 
(equinácea)
 � Mentha pulegium 
(poejo)
 � Extrato de 
própolis
Xarope:
 � Tintura de poejo 5%
 � Tintura de laranja-
da-terra 5%
 � Tintura de guaco 5%
 � Tintura de própolis 
2%
 � Mel q.s.p. 100 mL
Modo de usar: tomar 10 
mL 3 a 6 vezes/dia.
Palpitações 
e arritmias
 � Palpitações 
e arritmias 
ocasionais. Obs.: 
situações agudas 
com taquicardia 
ou bradicardia 
intensas 
acompanhadas 
de vertigem e 
dispneia merecem 
investigação 
cardiológica 
imediata
 � Crataegus 
oxyacantha 
(crataego)
 � Valeriana 
officinalis 
(valeriana)
 � Chamomila 
recutita 
(camomila)
Uso oral:
 � Crataegus 
oxyacantha (fruto) 
(extrato seco) 300 
mg (por dose)
 � Valeriana officinalis 
(raiz) (extrato seco) 
50 mg (por dose)
 � Preparar cápsulas 
para 30 dias.
Modo de usar: tomar 1 
dose 3 vezes/dia.
Varizes � Sensação de 
desconforto e 
edema
 � Aesculus 
hippocastanum 
(castanha-da-
índia)
 � Centella asiatica 
(centela)
 � Melilotus 
officinalis 
(meliloto)
 � Hamamelis 
virginiana 
(hamamélis)
 � Vitis vinifera 
(uva)
Uso oral:
 � Aesculus 
hippocastanum 
(fruto)
 � (extrato seco 5:1) 200 
mg (por cápsula)
 � Centella asiatica 
(erva)
 � (extrato seco 5:1) 33 
mg (por cápsula)
Preparar 60 cápsulas.
Modo de usar: tomar 1 
cápsula 2 vezes/dia.
(Continua)
Introdução à fitoterapia: conceitos e definições10
Condição 
clínica
Principais sinais/
indicações
Plantas indicadas 
para o tratamento
Sugestão de 
formulação
Hemorroidas � Dor e desconforto � Aesculus 
hippocastanum 
(castanha-da-
índia)
 � Aloe sp. (babosa)
 � Hamamelis 
virginiana 
(hamamélis)
 � Paeonia alba 
(peônia-branca)
Uso tópico:
 � Aesculus 
hippocastanum 
(tint.) 3,3%
 � Paeonia alba (tint.) 
3,3%
 � Hamamelis 
virginiana (tint.) 
3,3%
Base pomada q.s.p. 30 g
Modo de usar: usar 
4 vezes/dia até amelhora dos sintomas.
Dores 
agudas e 
pós-trauma
 � Dor
 � Edema
 � Vermelhidão
 � Hematoma
 � Pulso e língua sem 
alterações
 � Arnica montana 
(arnica)
 � Cordia 
verbenacea 
(erva-baleeira)
 � Harpagophytum 
procumbens 
(garra-do-diabo)
Uso tópico:
 � Cordia verbenacea 
(folhas) 10%
 � Arnica montana 
(flores) 10%
Base creme ou gel 
q.s.p. 30 g
Modo de usar: aplicar 
3 vezes/dia no local 
afetado.
Dispepsia 
funcional 
(estagnação)
 � Náuseas e vômitos
 � Eructação
 � Distensão
 � Má digestão
 � Língua com saburra 
acentuada
 � Baccharis trimera 
(carqueja)
 � Cinnamomum 
zeylanicum 
(canela)
 � Citrus aurantium 
(laranja-da-terra)
 � Citrus reticulata 
(tangerina)
 � Cynara scolymus 
(alcachofra)
 � Foeniculum 
vulgare (funcho)
 � Mentha x piperita 
(alevante)
 � Peumus boldus 
(boldo-do-chile)
 � Plectranthus 
barbatus (boldo 
brasileiro)
Citrus reticulata (casca 
do fruto) (pó) 500 mg 
(por dose)
Preparar 60 doses.
Modo de usar: tomar 
uma dose após o 
almoço e o jantar por 
30 dias.
Fonte: Adaptado de Saad et al. (2018.)
(Continuação)
Introdução à fitoterapia: conceitos e definições 11
A partir do conteúdo abordado, foi possível conhecer o histórico da 
fitoterapia, passando pelas antigas civilizações da Índia, China e Egito até 
os dias atuais, bem como alguns conceitos que devem ser distinguidos, 
como planta medicinal, fitoterápico e fitocomplexo. Como a fitoterapia 
representa um recurso terapêutico importante, foram apresentados os 
principais metabólitos secundários presentes nas plantas medicinais e 
suas propriedades biológicas. Por fim, para nortear o profissional ao propor 
terapias com plantas medicinais, alguns exemplos de formulações fitote-
rápicas foram apresentados.
Referências
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE AYURVEDA. Ayurveda ou medicina ayurvedica. [S. l.]: ABRA, 
[2020?]. Disponível em: https://ayurveda.org.br/a-abra/o-que-e-ayurveda/. Acesso 
em: 1 abr. 2021.
ALEXANDRE, R. F. Fitoterapia baseada em evidências: exemplos dos medicamentos fito-
terápicos mais vendidos em Santa Catarina. 2004. Dissertação (Mestrado em Farmácia) 
— Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Florianópolis, 
2004. Disponível em: https://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/86886. Acesso 
em: 1 abr. 2021.
BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Formulário de Fitoterápicos da Far-
macopeia Brasileira. 2. ed. Brasília: ANVISA, 2021.
BRASIL. Relação Nacional de Medicamentos Essenciais: Rename 2020. Brasília: Mi-
nistério da Saúde, 2020. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/
relacao_medicamentos_rename_2020.pdf. Acesso em: 1 abr. 2021.
BRUNING, M. C. R. et al. A utilização da fitoterapia e de plantas medicinais em 
unidades básicas de saúde nos municípios de Cascavel e Foz do Iguaçu-Paraná: a 
visão dos profissionais de saúde. Ciência & Saúde Coletiva, v. 17, n. 10, p. 2675–2685, 
2012. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/S1413-81232012001000017. Acesso 
em: 1 abr. 2021.
RIBEIRO, W. Prefeitura de São Paulo distribui mais de 6,7 milhões de medicamentos 
fitoterápicos. Anápolis: ICTQ, 2016. Disponível em: https://www.ictq.com.br/politica-
-farmaceutica/1128-prefeitura-de-sao-paulo-distribui-mais-de-6-7-milhoes-de-
-medicamentos-fitoterapicos. Acesso em: 1 abr. 2021.
SAAD, G. A. et al. Fitoterapia contemporânea: tradição e ciência na prática clínica. 2. 
ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2018.
SÃO PAULO. Conselho Regional de Farmácia. Plantas medicinais e fitoterápicos. 4. ed. 
São Paulo: CRFSP, 2019. Disponível em: http://crfsp.org.br/images/cartilhas/Plantas-
Medicinais.pdf. Acesso em: 1 abr. 2021.
SIMÕES, C. M. O. et al. Farmacognosia: do produto natural ao medicamento. Porto 
Alegre: Artmed, 2017.
Introdução à fitoterapia: conceitos e definições12
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Introdução à fitoterapia: conceitos e definições 13
DICA DO PROFESSOR
Os fitoterápicos são medicamentos obtidos única e exclusivamente de plantas medicinais. O que 
os difere de qualquer tratamento popular como, por exemplo, um chá, é que os fitoterápicos são 
produtos padronizados e tecnologicamente obtidos, passando por controle de qualidade e sendo 
possível quantificar o composto responsável pela ação terapêutica. Veja mais sobre eles no 
vídeo a seguir. 
EXERCÍCIOS
1) Assinale a alternativa INCORRETA quanto aos principais conceitos relacionados à 
fitoterapia. 
A) Fitoterapia tradicional: baseia-se no conhecimento tradicional de povos.
B) Fitoterapia popular: tradição de uso doméstico de plantas, para fins terapêuticos, 
transmitida oralmente.
C) Fitoterapia científica ocidental: estudo integrado do emprego clínico de plantas medicinais 
e fitoterápicos para tratamento de doenças.
D) Medicamento fitoterápico: é aquele obtido com o emprego exclusivo de derivados de 
drogas vegetais.
E) Fitofármaco: obtido através da mistura de um produto sintético e um derivado de planta 
medicinal.
2) Na fitoterapia científica ,os ensaios clínicos constituem uma importante fonte de 
informação; entretanto, estes estudos devem ser conduzidos de acordo com requisitos 
fundamentais para garantir a sua qualidade. Assinale a alternativa INCORRETA. 
A) Utilizar, nos estudos, medicamentos fitoterápicos elaborados com extratos padronizados, 
ou seja, com sua composição química identificada quali e quantitativamente.
B) Os médicos responsáveis pelos estudos devem tomar conhecimento de qual grupo recebeu 
determinada intervenção.
C) O número da população de estudo deve ser adequado para que os resultados possam ser 
extrapolados para a população total.
D) Os participantes devem receber as intervenções propostas de forma aleatória.
E) Antes de iniciar o estudo deve-se realizar um diagnóstico preciso dos pacientes a serem 
incluídos.
3) A fitoterapia tradicional é uma das mais antigas formas de tratamento para diversas 
enfermidades. Assinale a alternativa que não se enquadra nesta classificação: 
A) Medicina ayurvédica.
B) Medicina tradicional chinesa.
C) Medicina alopática.
D) Medicina antroposófica.
E) Medicina indígena.
4) Quais são as principais vantagens da fitoterapia científica ocidental em relação à 
fitoterapia tradicional ou popular? 
A) Conhecimento acerca da toxicidade.
B) Adequação correta da posologia.
C) Dados sobre interações medicamentosas.
D) Fornece informações sobre efeitos adversos.
E) Indicação terapêutica comprovada cientificamente.
5) A decisão pela fitoterapia em um plano terapêutico não é uma tarefa fácil, pois 
diversos aspectos devem ser levados em consideração. Assinale a alternativa que 
descreve uma correta indicação de uso de fitoterápicos. 
A) Câncer no seu estado crônico não deve ser tratado com medicamentos fitoterápicos, 
entretanto, pode ser utilizado como um tratamento primário.
B) Estados leves de ansiedade e/ou depressão reativa e infecções urinárias inespecíficas, entre 
outros, são doenças que podem ser tratadas exclusivamente com fitoterápicos.
C) Fitoterapia não deve ser utilizada, preventivamente, como intervenção em predisposições 
familiares.
D) Em casos de doenças hepáticas e vias respiratórias, os fitoterápicos podem ser usados 
como terapia de escolha.
E) Associação de plantas são preferidas à monoterapia.
NA PRÁTICA
No Brasil, o uso da fitoterapia está bastante difundido e, atualmente, esta prática está crescendo 
consideravelmente devido às políticas públicas que incentivam a sua utilização e, também, à 
legislação específica para produzir medicamentos fitoterápicos com qualidade.
Além disso, a Farmacopeia Brasileira publicou recentemente o Formuláriode Fitoterápicos da 
Farmacopeia Brasileira.
Este formulário torna-se bastante relevante para a aplicação da prática fitoterápica, pois descreve 
detalhadamente a fórmula e o modo de preparo, as indicações, as advertências e também como 
deve ser utilizada.
SAIBA +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do 
professor:
Fitoterapia Baseada em Evidências. Parte 1. Medicamentos Fitoterápicos Elaborados com 
Ginkgo, Hipérico, Kava e Valeriana.
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
Formulário de Fitoterápicos da Farmacopeia Brasileira
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!

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