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3 2 - Detecção de poluição e conservação de recursos florestais

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Detecção de poluição e conservação de 
recursos florestais
APRESENTAÇÃO
A floresta é fundamental para o equilíbrio ecológico do planeta. O Brasil é um país florestal, 
tendo a segunda maior área mundial em cobertura florestal, com grande biodiversidade tanto de 
fauna quanto de flora. No entanto, a degradação dos recursos florestais é uma preocupação 
eminente. O crescente desmatamento, além das queimadas na Região Amazônica, têm sido alvo 
de debate pelos ambientalistas.
Nesse sentido, uma das funções do analista ambiental é avaliar os impactos ambientais do 
desmatamento da área de preservação permanente. No Brasil, os desafios da análise ambiental 
são grandes. Entre eles estão: o desenvolvimento sustentável, a preservação das florestas, a 
redução do desmatamento, a prevenção da compactação e a ampliação da fiscalização na 
exploração irregular das terras florestais. Entretanto, evitar a degradação ambiental só será 
possível com leis florestais mais rígidas e ampla fiscalização.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai estudar as estratégias de conservação e de 
monitoramento da poluição nos recursos florestais brasileiros, reconhecendo as análises 
ambientais possíveis nas florestas, bem como as principais características da vegetação florestal 
e da biodiversidade florestal brasileira.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Descrever as análises ambientais aplicadas às florestas brasileiras.•
Identificar as principais metodologias utilizadas para a conservação dos recursos florestais.•
Definir as estratégias para avaliar a poluição florestal.•
DESAFIO
Denominam-se florestas energéticas todas as áreas de floresta plantada que fornecem energia a 
partir de biomassa florestal, lenha e carvão de origem vegetal. O plantio dessas florestas tem 
aumentado nos últimos anos, uma vez que apresenta vantagens, como o baixo custo. A biomassa 
vegetal fornecida pelas florestas energéticas é um recurso renovável e é menos poluente do que 
os combustíveis fósseis.
Na qualidade de analista ambiental, considere a seguinte situação:
Mediante o exposto, a fim de ponderar alguns parâmetros antes de redigir o relatório final da sua 
avaliação, responda às seguintes questões: 
a) Qual é o balanço de emissão de CO2 por uma floresta energética? 
b) Qual é o risco do plantio da floresta energética para a região de floresta nativa? 
c) Somente o recurso vegetal pode ser utilizado para a produção de energia? Justifique. 
d) Com base nas três respostas anteriores, você acredita que seria adequado ambientalmente 
aprovar o plantio da floresta energética?
INFOGRÁFICO
O Brasil abriga uma das biodiversidades mais ricas do planeta, o que implica uma série de 
espécies florestais que já foram ou são recursos florestais importantes. No entanto, o 
desenvolvimento industrial desenfreado e a exploração florestal dizimaram esses recursos. Hoje, 
algumas dessas vegetações são protegidas por lei, e diferentes estratégias de reflorestamento e 
preservação têm sido aplicadas para promover a sua manutenção.
Acompanhe, no Infográfico a seguir, um panorama sobre as principais espécies florestais 
nativas, bem como as legislações que impedem o seu desmatamento e a sua extinção.
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
CONTEÚDO DO LIVRO
As florestas brasileiras são ricas em biodiversidade, o que explica a necessidade de sua 
manutenção e conservação, bem como de seus recursos. Com o desenvolvimento industrial e o 
uso crescente de produtos madeireiros de forma não sustentável, percebe-se o aumento da 
degradação florestal, gerando consequências imediatas e a longo prazo, impactando na 
biodiversidade e nos ecossistemas e levando, inclusive, à escassez dos recursos florestais.
No capítulo Detecção de poluição e conservação de recursos florestais, da obra Ecologia e 
análises ambientais, base teórica desta Unidade de Aprendizagem, você estudará os métodos de 
detecção da poluição florestal e as estratégias de conservação de seus recursos. Você também 
vai compreender as diferentes análises geoespaciais e bioquímicas que o analista ambiental pode 
realizar, contribuindo para a preservação dos recursos das florestas.
Boa leitura.
ECOLOGIA E 
ANÁLISES 
AMBIENTAIS
Alana Maria Cerqueira de Oliveira
Detecção de poluição 
e conservação de 
recursos florestais
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
  Descrever as análises ambientais aplicadas às florestas brasileiras.
  Identificar as principais metodologias utilizadas para a conservação 
dos recursos florestais.
  Definir as estratégias para avaliar a poluição florestal.
Introdução
O Brasil tem uma grande cobertura florestal, com vasta biodiversidade 
que contribui para o equilíbrio ambiental. Para a manutenção da sus-
tentabilidade florestal, deve ser realizado seu monitoramento. Porém, 
a poluição florestal no país tem sido evidente, causada por uma série 
de fatores, como descarte inadequado de lixo, poluição das nascentes, 
degradação da mata ciliar, compactação do solo por tráfego de máqui-
nas agrícolas durante a colheita, etc. Todos esses processos reforçam a 
necessidade de conservação.
Neste capítulo, você vai conhecer as bases teórico-conceituais que 
norteiam a conservação dos recursos florestais brasileiros, além de enten-
der as causas da poluição ambiental florestal. Também serão abordadas 
as devidas legislações vigentes e será discutido o crescente aumento do 
desmatamento e suas consequências imediatas nos diferentes recursos 
florestais brasileiros. 
1 Análises ambientais aplicadas às florestas 
brasileiras 
Segundo a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do 
Clima (UNITED NATIONS, 2001), uma fl oresta é defi nida como uma 
área de pelo menos 0,05 hectare em que de 10 a 30% das árvores atingem 
alturas de 2 a 5 metros na maturidade. Uma fl oresta pode ser aberta ou 
fechada (densa). O Brasil possui cerca de 516 milhões de hectares de 
fl oresta, o que corresponde a 60,7% da área territorial do país. Trata-se da 
maior área proporcional de fl orestas do mundo. Segundo o Ministério do 
Meio Ambiente (2004), 98,7% das fl orestas brasileiras são nativas, sendo 
o restante formado por fl orestas plantadas, compostas principalmente de 
Eucalyptus spp e Pinus spp. A maior área fl orestal brasileira localiza-se 
no bioma Amazônia, com mais de 354 milhões de hectares de fl oresta 
(BRASIL, 2004). 
Dentre os serviços ambientais oferecidos pelas f lorestas estão a re-
gulação do clima, o sequestro do carbono, a conservação do solo e dos 
recursos hídricos e a manutenção dos ciclos de chuva. De acordo com o 
Sistema Nacional de Informações Florestais (SISTEMA NACIONAL DE 
INFORMAÇÕES FLORESTAIS, 2020), os recursos f lorestais incluem 
recursos madeireiros, frutos, sementes e raízes, ou seja, todos os bens que 
a f loresta pode fornecer, que serão transformados nos produtos f lorestais. 
O SNIF também contempla os recursos vegetais que não são necessaria-
mente classificados como floresta, por não preencherem os requisitos de 
altura descritos anteriormente. Para ficar de acordo com a metodologia 
utilizada nas atividades práticas brasileiras, respeitaremos a mesma defi-
nição utilizada pelo SNIF.
Diversas análises ambientais podem ser aplicadas às florestas como forma 
de avaliar a cobertura da vegetação, focos de incêndio e até mesmo sinais 
bioquímicos que permitem aferir aspectos nutricionais dessas plantas e a 
qualidade dos recursos florestais.
Detecção de poluição e conservação de recursos florestais2
Análise qualitativa e quantitativa da vegetação arbórea 
Um inventário fl orestal é importante para proporcionar informações quantitativas 
e qualitativas sobre uma fl oresta. Para sua implementação, estão disponíveis 
alguns métodos de amostragem para a descrição fl orístico-estrutural da vegetação 
arbórea, com destaque para o método de pontos quadrantes,método de parcelas, 
método de interceptação de linhas, método de Strand e o método de Prodan.
Método de pontos quadrantes
O método de pontos quadrantes (Figura 1) pode ser encontrado na literatura desde 
1965, com a publicação do ecologista tropical Robert Goodland sobre a formação 
vegetal do tipo savana na então Guiana Britânica (GOODLAND, 1965). É um 
método rápido, que não exige demarcação de área amostral, ou seja, pode utilizar 
o cálculo da distância média entre árvores. 
Figura 1. Ilustração do método de pontos quadrantes e as variáveis da vegetação mensu-
radas em cada quadrante a partir do ponto central
Fonte: Fuentes (2012, documento on-line).
Como o próprio nome sugere, são determinados múltiplos pontos da área flores-
tal, os quais correspondem ao ponto central do plano cartesiano, definindo quatro 
quadrantes. A distância entre os pontos deve ser precisa, evitando sobreposição 
na contagem. Por quadrante, deve-se identificar o tronco da árvore com menor 
distância até o marco central que se enquadre nos critérios de inclusão do Quadro 1.
3Detecção de poluição e conservação de recursos florestais
 Fonte: Adaptado de Felfili et al. (2011). 
Domínio
Critério de inclusão 
sugerido Altura de medição sugerida
Mata 
Atlântica
Perímetro de 15 cm Perímetro no nível do peito (PAP — 1,3 m 
de altura)
Amazônia Perímetro de 15 cm Perímetro no nível do peito (PAP — 1,3 m 
de altura)
Caatinga Diâmetro de 3 cm Diâmetro no nível do solo (DAS)
Cerrado Diâmetro de 3 cm Diâmetro no nível do solo (DAS)
Pantanal Perímetro de 15 cm para 
fisionomias florestais; diâme-
tro de 3 cm para fisionomias 
savânicas
Perímetro no nível do peito (PAP — 1,3 
m de altura) para fisionomias florestais; 
diâmetro no nível do solo (DAS) para 
fisionomias savânicas
 Quadro 1. Critérios para amostragem do componente arbóreo-arbustivo nos diferentes 
domínios do Brasil 
Em seguida, deve ser determinada essa distância e a espécie de tal 
árvore. Um ponto limitante do método é seu potencial de superestimar a 
densidade de populações vegetais uniformes e subestimar populações agre-
gadas. Além disso, pode não ser representativo da realidade nas f lorestas 
tropicais naturais, devido aos diversos interferentes que elas sofrem, como 
ação antropogênica, diferenças climáticas e variações do solo. Na ficha de 
campo para levantamentos fitossociológicos, para cada ponto quadrante 
deve-se determinar as espécies, a distância ponto-planta, o perímetro do 
caule (cm), a altura da planta (m) e o diâmetro da copa (m) (FREITAS, 
2012; PEREIRA, 2015; FELFILI et al., 2011).
Métodos de parcelas 
Trata-se de um método de área fi xa, que pode ser aplicado tanto para espécies 
herbáceas quanto lenhosas. Assim, permite análises quantitativas mais diretas, 
como produção em área basal, volume, biomassa, carbono ou até a dinâmica 
da vegetação (PEREIRA et al., 2015). Nesse método, são determinados in 
loco na área estudada pequenas unidades amostrais com forma e tamanho 
Detecção de poluição e conservação de recursos florestais4
predeterminados e representativas da comunidade em estudo. O método de 
divisão pode adotar parcela única ou múltiplas (colocadas de modo seletivo, 
sistemático ou aleatório). 
Método de interceptação de linhas
Esse método se distingue dos demais por não obedecer a uma área. Em vez 
disso, é defi nida uma linha na vegetação e todos os exemplares que estiverem 
na linha farão parte da amostragem. Entretanto, para lenhosos devem ser 
incluídos os que atingirem critério mínimo de inclusão (FELFILI et al., 2011).
Método de Strand
O método de Strand utiliza critério probabilístico de seleção da vegetação 
arbórea na unidade amostral, em proporção ao diâmetro (da área basal e do 
número de indivíduos por hectare) ou à altura das árvores (volume e quantidade 
de indivíduos arbóreos por hectare) (Figura 2) (LIMA, 2015).
Figura 2. Método de Strand: (a) seleção proporcional ao diâmetro; (b) seleção pro-
porcional à altura.
Fonte: Lima (2015, documento on-line).
O método de Prodan
O método de Prodan é embasado na distância em relação ao ponto amostral. 
A seleção do indivíduo arbóreo é proporcional à distância e assume um 
formato circular (Figura 3). São medidas seis árvores (a sexta é utilizada 
para calcular o raio) com maior proximidade do ponto amostral, e as demais 
são denominadas árvores marginais (LIMA, 2015).
5Detecção de poluição e conservação de recursos florestais
Figura 3. Método de Prodan para a inclusão de árvores.
Fonte: Lima (2015, documento on-line).
Georreferenciamento e geoprocessamento 
das florestas
O georreferenciamento e o geoprocessamento são excelentes ferramentas 
informatizadas que associam informações cartográfi cas e imagens obtidas 
por satélites, auxiliando o monitoramento fl orestal. Trata-se de uma área de 
conhecimento amplamente utilizada nas análises ambientais e na epidemio-
logia, uma vez que busca avaliar informações geográfi cas para auxiliar no 
cruzamento e na interpretação dos dados coletados. Isso permite desenvolver 
previsões de possíveis cenários restritos a uma determinada região geográfi ca 
(SCHWANKE, 2013). 
O geoprocessamento tem sido imprescindível para diagnosticar potenciais 
incêndios florestais pela geração de mapas de risco. A Figura 4 exibe um mapa 
estratégico de combate a incêndio florestal. O geoprocessamento também é 
utilizado para monitoramento da vegetação arbórea. 
Detecção de poluição e conservação de recursos florestais6
Figura 4. Exemplo de mapa estratégico de combate a incêndio florestal.
Fonte: Oliveira (2012, p. 26).
O georreferenciamento se assemelha ao geoprocessamento, mas considera 
limites de propriedades, pontos físicos (como rios, represas e até mesmo 
construções), definindo um perímetro a ser avaliado (Figura 5). Muitas vezes, 
o georreferenciamento e o geoprocessamento são complementares.
Figura 5. Mapa de representação de limites sinuosos para georreferenciamento.
Fonte: Brasil (2013, documento on-line). 
7Detecção de poluição e conservação de recursos florestais
Análises bioquímicas
Uma série de análises bioquímicas pode ser realizada na madeira, um dos 
principais recursos renováveis do mundo. Bioquimicamente, a madeira é 
formada por células de paredes espessas, ricas em polissacarídeos como a 
celulose. Apresenta também lignina, uma macromolécula orgânica que confere 
rigidez à parede celular. Além disso, outros componentes como ácidos graxos, 
resinas, amido e pigmento também podem ser quantifi cados bioquimicamente 
por cromatografi a ou por extração dos componentes de interesse. O metanol, 
composto combustível, pode ser obtido a partir da pirólise da madeira. Enfi m, 
uma série de pesquisas tem avaliado essa biomassa para geração de energia 
verde e renovável (SOARES, 2006; MANAHAN 2013). 
Análises de umidade, teor de cinzas e solubilidade de diferentes compostos presentes 
na madeira também são importantes para a avaliação bioquímica desse recurso 
renovável (KLOCK et al., 2012).
A avaliação do fluxo de nutrientes também é bastante relevante no mo-
nitoramento das florestas e na manutenção dos ecossistemas. Essas técnicas 
permitem inferir possíveis alterações na sustentabilidade da floresta, espe-
cialmente comparando-se a floresta nativa com a floresta plantada. Métodos 
colorimétricos e de espectrofotometria são alguns utilizados para esse fim 
(GAMA-RODRIGUES; GAMA-RODRIGUES; BARROS, 2008).
2 Conservação dos recursos florestais
As fl orestas brasileiras apresentam vastas áreas de degradação, em grande parte 
devido ao desmatamento. O desmatamento é uma preocupação eminente, com 
sérias consequências ambientais. Se o desmatamento continuar, as fl orestas 
poderão entrar em colapso e, consequentemente, muitos meios de subsistência 
serão impossíveis de manter. 
Detecção de poluição e conservação de recursos florestais8
Estudos de conservação genética são aliados na manutenção da biodi-
versidade e na conservação dos recursos florestais. Esse conhecimento,que 
avalia o que chamamos de genética de populações, pode ser utilizado para uma 
série de aplicações práticas, como para definir uma Unidade de Conservação. 
A partir dessas pesquisas, surgiram os bancos de germoplasmas, criados para 
conservar o material genético, como forma de manter a variabilidade genética 
no futuro (RIBEIRO et al., 2016). Os bancos de germoplasma ex situ baseiam-
-se especialmente no armazenamento das sementes das diferentes espécies 
florestais, sendo em sua maioria administrados pela Empresa Brasileira de 
Pesquisa Agropecuária (Embrapa). 
Ações como a redução do desmatamento e o fomento do agronegócio 
sustentável tornam-se necessárias. A Amazônia brasileira possui cerca 
de 17 milhões de hectares de terras degradadas e improdutivas. Promover 
sua restauração e utilização para agricultura sustentável, incluindo novos 
produtos f lorestais não madeireiros, é uma saída para reduzir o desmata-
mento. O incentivo a essa produção pode gerar uma bioeconomia baseada 
na extração sustentável de materiais para bens que vão desde produtos 
farmacêuticos até alimentos, cosméticos e outros materiais. Para isso, é 
importante o monitoramento e a fiscalização eficazes dessas bioindústrias 
(BENINI et al., 2016).
O primeiro passo é detectar as áreas afetadas, a extensão e as causas pri-
márias do desmatamento. Para isso, algumas medidas são necessárias, como 
estudos de mapeamento da vegetação brasileira, monitoramento das florestas 
por sensoriamento remoto e prevenção e controle do desmatamento. Além 
disso, novas tecnologias podem ser utilizadas para aumentar a produtividade 
como melhoramento genético de sementes e clonagem de espécies florestais, 
monitoramento de queimadas, desenvolvimento sustentável florestal, miti-
gação das emissões de gases de efeito estufa, manejo florestal sustentável e 
incentivo a utilização de produtos não madeireiros. Em geral, o controle do 
desmatamento deve ser realizado pelo órgão ambiental competente e amparado 
na legislação em vigor (BRASIL, 2012).
Estratégias de reflorestamento (restauração de locais que perderam a ve-
getação) e florestamento (plantio de locais que não possuíam vegetação) são 
necessárias. Na Figura 6, pode ser observado um fluxograma em que são 
apresentados os passos para o plantio e a restauração florestal, tomando como 
exemplo a região de Alto Teles Pires, no Mato Grosso. 
9Detecção de poluição e conservação de recursos florestais
Figura 6. Fluxograma para a identificação de situações ambientais passíveis de ações de 
restauração florestal, neste exemplo voltadas para a região de Alto Teles Pires, MT.
Fonte: Benini et al. (2016, p. 29). 
Vejamos a seguir as etapas mais importantes a serem cumpridas em um 
projeto de restauração florestal. 
Isolamento
A primeira etapa de execução em um projeto de restauração fl orestal é o 
delineamento da área a ser refl orestada. Isolar e retirar os agentes degrada-
dores da área também são processos necessários, além de evitar desperdício 
Detecção de poluição e conservação de recursos florestais10
de esforços e recursos. O isolamento da área pode se dar pela instalação de 
cercas ou pela criação de uma faixa marginal separando a produção agrícola 
da área preservada ou em recuperação.
Condução da regeneração natural 
A regeneração natura é elevada quando apresenta densidade acima de 1.700 
indivíduos por hectare. Nessa etapa, é realizado o controle de plantas invasoras/
competidoras ao redor de indivíduos regenerantes. Tal controle pode ser por 
coroamento (remoção) dos indivíduos ou controle do mato em área total. São 
exemplos de plantas invasoras/competidoras: colonião, braquiária e capim-gordura. 
Recuperação do solo
A análise de estratégias de recuperação do solo deve ser criteriosa, incluindo ações 
de natureza física e química e levando em consideração vários critérios, como 
presença de lençol freático subsuperfi cial, pedregosidade, declividade, textura, 
suscetibilidade à inundação, produtividade, grau de erosão, entre outros fatores. O 
processo pode se iniciar com espécies de adubação verde, pois depois desse primeiro 
plantio o material será incorporado ao solo de forma manual ou mecanizada.
Plantio de adensamento
O plantio de adensamento (preenchimento com espécies do estágio inicial 
de sucessão) é uma técnica que acelera a cobertura do solo e, desse modo, 
auxilia a regeneração natural. Além disso, é capaz de controlar a expansão 
de espécies agressivas, pois suprime as espécies indesejáveis que estariam se 
estabelecendo nessas falhas. Pode ser utilizado o espaçamento de 3 × 2 m ou 
2 × 2 m, utilizando semeadura direta ou plantio de mudas. 
Plantio de enriquecimento
O plantio de enriquecimento é realizado para preencher espaços com falhas 
na regeneração natural, em áreas com vegetação nativa e pouca diversidade de 
espécies. Para isso, é promovida a introdução de espécies dos estágios fi nais de 
sucessão, por meio de sementes ou mudas, sempre levando em consideração as 
especifi cidades do local. Nessa etapa, o plantio tende a ser mais amplo (6 × 6 m).
11Detecção de poluição e conservação de recursos florestais
Plantio total
Nessa etapa, o plantio é realizado a partir da introdução de mudas (conven-
cional) ou sementes (semeadura direta) de uma ou mais espécies fl orestais 
nativas para acelerar o desenvolvimento. Também pode envolver estratégias 
de adensamento e enriquecimento (BENINI et al., 2016).
Manejo florestal sustentável
De acordo a NBR 14789/2012 da Associação Brasileira de Normas Técnicas 
(ABNT), o manejo fl orestal pode e deve ser sustentável, considerando as possi-
bilidades de regeneração, manutenção das funções ecológicas e maximização 
da biodiversidade e dos ecossistemas presentes (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA 
DE NORMAS TÉCNICAS, 2012). Segundo essa norma, o manejo fl orestal 
sustentável deve ser organizado de forma hierárquica, considerando:
  indicadores — parâmetros qualitativos ou quantitativos que permitem 
avaliar o ecossistema florestal;
  critérios — aspecto que permite a avaliação do manejo florestal;
  princípios — ponto de referência para o manejo sustentável (Figura 7).
Figura 7. Estrutura hierárquica para manejo florestal sustentável.
Fonte: Associação Brasileira de Normas Técnicas (2012, documento on-line).
Detecção de poluição e conservação de recursos florestais12
Para colocar em prática o manejo florestal sustentável, bem como para 
promover a manutenção da floresta saudável, é necessário avaliar os indicadores 
de sustentabilidade da floresta (SISTEMA NACIONAL DE INFORMAÇÕES 
FLORESTAIS, 2020). Alguns exemplos de indicadores são:
  Avaliação da extensão dos recursos florestais — permite identificar 
alteração na área de floresta plantada e nativa, perda parcial da cobertura 
e capacidade da floresta em reduzir a emissão de gases de efeito estufa.
  Gestão florestal sustentável — indica a quantidade de cobertura 
florestal que pode ser mantida a longo prazo e a extensão da produção, 
considerando a biodiversidade e a proteção à floresta.
  Manutenção da integridade ecológica e da biodiversidade — avalia 
como a conservação da biodiversidade tem efeito na reciclagem de 
carbono e água, proteção do solo, água e meio ambiente e manutenção 
dos estoques de biomassa. Tem consequência direta na saúde pública, 
em virtude das zoonoses causadas pela perda de biodiversidade.
  Benefícios econômico e sociais — a avaliação da produção, da pro-
priedade florestal e da concessão florestal é fundamental para o ras-
treamento e a fiscalização ambientais.
3 Poluição florestal
A poluição fl orestal é decorrente da atividade antrópica não sustentável, e ocorre 
pelo descarte ilegal de resíduos domésticos ou industriais, ou por atividades 
mineradoras. A estratégia para avaliar a poluição fl orestal acaba dependendo 
do tipo de poluição e do tipo de fl oresta, podendo abranger observação e 
monitoramento por satélite, mapeamento e análises laboratoriais. 
No Brasil, desde 1998 o monitoramento de incêndiosflorestais é realizado 
pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) com frequência diária. 
São coletados por vários satélites dados de focos de calor, classificados por 
persistência, localidade e risco (BRASIL, 2017). Além disso, o Programa de 
Monitoramento Ambiental dos Biomas Brasileiros do Ministério do Meio 
Ambiente monitora por satélite a cobertura vegetal e a utilização da terra, e 
emprega os critérios exibidos na Figura 8. 
13Detecção de poluição e conservação de recursos florestais
Figura 8. Tipos e frequência de mapeamentos por bioma.
Fonte: Brasil (2017, p. 18).
Conforme relatado pelo Ministério do Meio Ambiente, uma pesquisa realizada 
pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) avaliou que a poluição 
atmosférica alterou o ritmo de crescimento das árvores da floresta local, o que a 
longo prazo pode representar um risco de perda de biodiversidade (BRASIL, 2004).
Em árvores expostas à poluição, pode-se verificar efeitos biológicos que incluem 
desorganização celular, menor absorção de água, crescimento lento e envelhecimento 
prematuro. Quando se trata do ecossistema florestal, outros efeitos são vistos a longo 
prazo, como eliminação de espécies, redução de diversidade, redução de crescimento 
e de biomassa e maior susceptibilidade a pragas e doenças (LIMA, 1980). 
Um estudo financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo 
(Fapesp) avaliou exemplares de árvores tipuanas da capital paulista. Foi possível observar 
que as árvores retratavam a história da poluição na cidade. Para saber mais, consulte 
Locosselli (2018) na seção Leituras recomendadas, ao final deste capítulo.
Detecção de poluição e conservação de recursos florestais14
Uma estratégia que ajuda não somente na avaliação da poluição florestal, 
mas também na conservação e em melhorias na saúde pública, é o plantio de 
florestas urbanas. Uma floresta urbana é definida como qualquer zona de ve-
getação em um aglomerado urbano. A construção de florestas urbanas pode ser 
espontânea ou planejada, conforme os planos de incentivo governamentais e a 
conscientização da população. Apesar do efeito da poluição florestal ser diferente 
do que em outras plantas, muitas vegetações presentes em florestas urbanas 
têm sido utilizadas como bioindicadores de acumulação de partículas sólidas.
Bioindicadores
O biomonitoramento, ou seja, o uso de organismos vivos para monitorar a 
poluição, pode ajudar a verifi car a poluição fl orestal. Também chamados de 
indicadores biológicos, os bioindicadores se referem a qualquer espécie capaz 
de refl etir a qualidade de uma área ambiental, de um ecossistema ou de uma 
fl oresta. Insetos e aves passeriformes são alguns exemplos de bioindicadores 
que têm sido pesquisados para avaliar a atividade antrópica nas fl orestas 
brasileiras (PIRATELLI et al., 2008; OLIVEIRA et al., 2014).
Porém, a própria vegetação pode ser um indicativo da poluição florestal. 
Pode-se classificar as plantas bioindicadoras em quatro grandes grupos (DE 
TEMMERMAN et al., 2004): 
  bioindicadoras — apresentam sintomas visíveis, em virtude dos dis-
túrbios fisiológicos;
  biosensoras — reagem a poluentes aéreos, apresentando alterações 
moleculares e bioquímicas;
  bioacumuladoras — acumulam partículas sólidas em seus tecidos;
  biointegradoras — os efeitos da poluição são visualizados na densidade 
populacional da planta.
Plantas bioacumuladoras são resistentes à poluição, mas acumulam as 
substâncias tóxicas do ambiente em seus tecidos, o que posteriormente pode 
ser detectado a partir de análises químicas. Existem dois tipos principais de 
biomonitoramento: o ativo, quando propositalmente se expõe uma espécie 
no ambiente por um determinado período, e o passivo, quando se realiza a 
avaliação a partir de espécies já presentes no ambiente. Independentemente 
da forma da exposição, a avaliação do material particulado é principalmente 
analisada por espectrometria de absorção atômica (CARDOSO et al., 2017). 
15Detecção de poluição e conservação de recursos florestais
As florestas não apenas sofrem e servem de indicadores de poluição, mas também 
podem auxiliar no combate à poluição atmosférica, a partir do seu consumo de dióxido 
de carbono. O jatobá (Hymenaea courbaril), encontrado do Norte ao Sudeste do Brasil, 
é considerado um candidato a “faxineiro do ar”, uma vez que seu crescimento parece 
se acelerar em ambientes ricos em CO2 (SÃO PAULO, 2002).
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 14789:2012: manejo flo-
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31 de agosto de 1981, 9.393, de 19 de dezembro de 1996, e 11.428, de 22 de dezembro 
de 2006; e revoga as Leis nº s 4.771, de 15 de setembro de 1965, e 7.754, de 14 de abril 
de 1989, a Medida Provisória nº 2.166-67, de 24 de agosto de 2001, o item 22 do inciso 
II do art. 167 da Lei nº 6.015, de 31 de dezembro de 1973, e o § 2º do art. 4º da Lei nº 
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Florestais - FRA 2020. 2020. Disponível em: http://snif.florestal.gov.br/pt-br/ultimas-
-noticias/659-avaliacao-global-do-recursos-florestais-fra-2020. Acesso em: 9 ago. 2020.
SOARES, T. S. et al. Uso da biomassa florestal na geração de energia. Revista Científica 
Eletrônica de Engenharia Florestal, ano 4, nº. 8 ago. 2006. Disponível em: https://www.
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UNITED NATIONS. Report of the conference of the parties on its seventh session, held at 
Marrakesh from 29 october to 10 november 2001. 2002. Disponível em: https://unfccc.int/
sites/default/files/resource/docs/cop7/13a01.pdf. Acesso em: 9 ago. 2020.
Leituras recomendadas
BRASIL. Lei nº. 11.284, de 2 de março de 2006. Dispõe sobre a gestão de florestas públicas 
para a produção sustentável; institui, na estrutura do Ministério do Meio Ambiente, o 
Serviço Florestal Brasileiro - SFB; cria o Fundo Nacional de Desenvolvimento Florestal 
- FNDF; altera as Leis nº.s 10.683, de 28 de maio de 2003, 5.868, de 12 de dezembro de 
1972, 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, 4.771, de 15 de setembro de 1965, 6.938, de 
31 de agosto de 1981, e 6.015, de 31 de dezembro de 1973; e dá outras providências. 
Diário Oficial da União, Brasília, 3 mar. 2006. Disponível em: http://www.planalto.gov.
br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11284.htm. Acesso em: 9 ago. 2020.
Detecção de poluição e conservação de recursos florestais18
CARNEIRO, D. de C. Georreferenciamento de propriedade rural com base no novo código 
florestal. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Ciências Rurais) — Curso de 
Ciências Rurais, Universidade Federal de Santa Catarina, Curitibanos, 2013. Disponível em: 
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C%c3%93RDOVA%20CARNEIRO.pdf?sequence=1&isAllowed=y. Acesso em: 9 ago. 2020.
CERDEIRA, A. L. N. Sensoriamento remoto e geoprocessamento como subsídio ao manejo 
do fogo e ao combate aos incêndios florestais. 2017. Disponível em: http://www.sema.
df.gov.br/wp-conteudo/uploads/2017/09/Apresenta%C3%A7%C3%A3o_DMIF.pdf. 
Acesso em: 9 ago. 2020.
FOOD AND AGRICULTURE ORGANIZATION OF THE UNITED NATIONS. Global forest 
resources assessment 2015: how are the world’s forests changing? 2th ed. Rome: FAO, 
2016. (E-book). 
LOCOSSELLI, G. M.; ARRUDA, M. A. Z.; BUCKERIDGE, M. Árvores revelam evolução da 
poluição ambiental em São Paulo. Agência FAPESP, 2018. Disponível em: https://repo-
sitorio.usp.br/item/002911136. Acesso em: 9 ago. 2020.
MORGADO, R. P. et al. Concessões florestais federais: participação, transparência e efeti-
vidade no uso dos recursos dos estados, municípios e comunidades locais. Piracicaba, 
SP: Imaflora, 2020. (E-book).
RAMOS, C.; MUCHAGATA, M.; OLIVEIRA, K. Gestão de florestas públicas e comunidades. 
2020. Disponível em: http://www.florestal.gov.br/documentos/publicacoes/1682-
-gestao-de-florestas-publicas-e-comunidades/file. Acesso em: 9 ago. 2020.
SANTOS, R. dos. A relevância das unidades de conservação na proteção de espécies arbóreas 
ameaçadas de extinção da Mata Atlântica do Sudeste da Bahia. 2011. 95 p. Dissertação 
(mestrado) — Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Geociências, Campi-
nas, SP. Disponível em: http://www.repositorio.unicamp.br/handle/REPOSIP/287230. 
Acesso em: 9 ago. 2020.
SILVA, R. M. da. Georreferenciamento de imóveis rurais e realização de levantamentos 
topográficos planimétricos. 2011. 52 f. Trabalho de Conclusão do Curso (Graduação 
em Engenharia Florestal) — Curso de Engenharia Floresta, Universidade Federal do 
Pampa Campus São Gabriel, São Gabriel, 2011. Disponível em: http://cursos.unipampa.
edu.br/cursos/engenhariaflorestal/files/2014/06/Rafael-Machado-da-Silva.pdf. Acesso 
em: 9 ago. 2020.
SISTEMA NACIONAL DE INFORMAÇÕES FLORESTAIS. Definição de floresta. 2019. Dispo-
nível em: http://snif.florestal.gov.br/pt-br/conhecendo-sobre-florestas/167-definicao-
-de-floresta. Acesso em: 9 ago. 2020.
VIDAL, J. Pandemics: humans are the culprits. Cry Institute of Ecosystem Studies, 2020. 
Disponível em: https://www.caryinstitute.org/news-insights/media-coverage/pande-
mics-humans-are-culprits. Acesso em: 9 ago. 2020. 
19Detecção de poluição e conservação de recursos florestais
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sobre qualidade, precisão ou integralidade das informações referidas em tais links.
Detecção de poluição e conservação de recursos florestais20
DICA DO PROFESSOR
A conservação dosrecursos florestais é um objetivo que necessita combinar estratégias de 
monitoramento e avaliação biológica das espécies florestais ameaçadas. Para a correta 
mensuração da biodiversidade, a avaliação genética é um aspecto importante, podendo 
influenciar em estratégias de plantio e reflorestamento.
Na Dica do Professor, entenda a importância dos estudos de genética de populações para a 
conservação dos recursos florestais e conheça algumas das principais metodologias analíticas 
que podem ser realizadas pelo analista ambiental.
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EXERCÍCIOS
1) O Brasil é um país florestal, com mais de 516 milhões de hectares de floresta, o que 
corresponde a mais de 60% da sua área territorial. O entendimento das 
características florestais e de seus recursos é muito relevante no âmbito das análises 
ambientais aplicadas.
A partir disso, analise as seguintes afirmativas: 
I. As florestas nativas brasileiras são formadas, especialmente, por Pinus spp., e as 
florestas plantadas, por Eucalyptus spp. 
II. Os recursos florestais incluem a madeira, os frutos, as sementes, as raízes e os 
demais bens que a floresta proporciona. 
III. As florestas têm papel importante na conservação do solo e dos recursos hídricos. 
IV. O Sistema Nacional de Informações Florestais (SNIF) não se responsabiliza por 
vegetais que não atingem 2 metros de altura na sua maturidade.
Está correto o que se afirma em:
A) II e III.
B) I e III.
C) I e II.
D) II e IV.
E) III e IV.
2) A conservação das áreas de proteção permanente é fundamental para a manutenção 
da biodiversidade. Em virtude disso, estratégias de florestamento e reflorestamento 
são muito aplicadas para a restauração florestal e, consequentemente, de sua 
biodiversidade.
Em relação às etapas da restauração florestal, uma etapa importante é o 
preenchimento de espaços com falhas de regeneração natural, em áreas com pouca 
diversidade de espécies, utilizando-se de espécies no estágio final de sucessão.
A esse processo é dado o nome de:
A) plantio de adensamento.
B) condução da regeneração natural.
C) isolamento da área.
D) recuperação do solo.
E) plantio de enriquecimento.
Uma série de análises ambientais pode ser aplicada à floresta para avaliar a 
cobertura da vegetação, os possíveis focos de incêndio e até mesmo a qualidade dos 
recursos florestais.
3) 
Avalie, a seguir, os métodos aplicados às análises florestais e associe-os corretamente 
aos seus objetivos:
(I) Geoprocessamento 
(II) Análises bioquímicas 
(III) Método de parcelas
( ) Análise quantitativa de vegetação arbórea 
( ) Diagnóstico de risco de incêndio florestal 
( ) Avaliação de biomassa de recurso madeireiro
A ordem correta de preenchimento das lacunas, de cima para baixo, é:
A) I – II – III.
B) III – I – II.
C) III – II – I.
D) II – I – III.
E) I – III – II.
4) O manejo da floresta sustentável (MFS) deve considerar as possibilidades de 
renovação dos recursos naturais, a manutenção das funções ecológicas e a 
preservação da biodiversidade. A avaliação do manejo ocorre de forma hierárquica, 
considerando princípios, critérios e indicadores do MFS. Os indicadores devem ser 
avaliados em conjunto, sendo todos relevantes na sustentabilidade florestal, mas cada 
um avaliando parâmetros diversos, relacionados a estratégias específicas de 
conservação. 
Nesse sentido, qual é o indicador que avalia a perda da biodiversidade e as 
consequências dessa perda na saúde pública?
A) Indicador de avaliação da extensão dos recursos florestais.
B) Indicador de gestão florestal sustentável.
C) Indicador de manutenção da integridade ecológica.
D) Indicador de benefício econômico.
E) Indicador de benefício social.
5) A poluição florestal pode ter impacto em uma série de recursos, florestais ou não. O 
monitoramento da poluição florestal e da atividade antrópica não sustentável é uma 
das atribuições do analista ambiental.
Sobre as estratégias utilizadas para a avaliação da poluição florestal, analise as 
afirmativas a seguir e classifique-as em verdadeiras (V) ou falsas (F): 
( ) O monitoramento da poluição florestal é realizado apenas pela observação de 
focos de incêndio, por meio do mapeamento por satélites. 
( ) A observação da dinâmica florestal avalia padrões de crescimento das árvores que 
permitem inferir o grau de poluição florestal. 
( ) Apesar de a poluição atmosférica ter sido associada a patologias em humanos, não 
há efeitos fisiológicos nas vegetações florestais. 
( ) Se a poluição afeta a densidade populacional de uma planta, pode-se chamar esse 
organismo de biossensor.
A ordem correta de preenchimento das lacunas, de cima para baixo, é:
A) V – F – V – F.
B) F – V – F – V.
C) F – V – F – F.
D) F – F – F – V.
E) V – V – F – F.
NA PRÁTICA
Rica em biodiversidade, a Amazônia desempenha papel crucial no equilíbrio 
ecológico, e sua conservação tem importância para a qualidade de vida. Entretanto, muitos focos 
de queimada têm ocorrido, levando a discursos sobre esse tema em todo o mundo. Muito se tem 
falado sobre o impacto das queimadas na poluição atmosférica e, consequentemente, na saúde 
humana. Porém, é importante também avaliar os efeitos dessas queimadas na saúde florestal.
A seguir, Na Prática, saiba mais sobre os impactos das queimadas na vegetação e na 
biodiversidade da Floresta Amazônica.
SAIBA +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do 
professor:
Inventário Florestal Nacional
O Inventário Florestal Nacional (IFN) é um dos principais levantamentos realizados pelo 
Governo Federal para produzir informações sobre os recursos florestais brasileiros. No link a 
seguir, confira informações sobre como é realizado o IFN, além de relatórios resumidos por 
Estado.
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Monitoramento do desmatamento da Amazônia: INPE
Neste vídeo, o pesquisador do INPE Miguel Monteiro fala sobre os programas de 
monitoramento do desmatamento da Amazônia: o PRODES e o DETER. Aproveite.
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
Tratamento transforma madeira jogada no lixo em fonte de energia
Leia esta reportagem e entenda como o reaproveitamento da madeira urbana pode ser uma 
excelente fonte de energia verde, diminuindo a pressão sobre as florestas brasileiras.
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