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3 1 - Sistema Nervoso Central- Medula Espinhal

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Sistema Nervoso Central: Medula 
Espinhal
APRESENTAÇÃO
A medula espinhal é a principal via para o fluxo de informações, em ambos os sentidos, entre o 
encéfalo e a pele, as articulações e os músculos do corpo. Se a medula espinhal é seccionada, há 
perda da sensibilidade da pele e dos músculos, bem como a perda da capacidade de controlar a 
contração voluntária dos músculos. 
Nessa Unidade de Aprendizagem, abordaremos os aspectos anatômicos e fisiológicos da medula 
espinhal e seus reflexos medulares. Bons estudos! Ao final desta unidade você deve apresentar 
os seguintes aprendizados:
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Identificar as partes da medula espinhal;•
Reconhecer as principais funções fisiológicas da medula espinhal;•
Identificar os reflexos medulares.•
DESAFIO
INFOGRÁFICO
O esquema mostra a medula espinhal e suas principais estruturas anatômicas. 
CONTEÚDO DO LIVRO
O conhecimento das funções da medula espinhal são fundamentais para o entendimento da 
transmissão das informações entre o corpo e o encéfalo e vice-versa. Acompanhe a 
obra Biofísica e Fisiologia e leia o capítulo Sistema nervoso central: medula espinhal.
Bons estudos. 
BIOFÍSICA E 
FISIOLOGIA
Camilla Lazzaretti
Sistema nervoso central: 
medula espinhal
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 � Descrever as partes da medula espinhal.
 � Reconhecer as principais funções fisiológicas da medula espinhal.
 � Identificar os reflexos medulares.
Introdução
A medula espinhal faz parte do sistema nervoso central (SNC) e se es-
tende pela coluna vertebral até o segmento lombar. Ela realiza a con-
dução de informações do encéfalo até a periferia do corpo e vice-versa. 
As sensações de frio, calor e dor, além dos movimentos que realizamos no 
cotidiano, são mediadas com o auxílio dos nervos espinhais, que inervam 
partes importantes do nosso corpo, como a pele e os músculos. Quando 
lesões danificam a medula espinhal, o indivíduo pode ter danos sensoriais 
e/ou motores, pois há dificuldade de transmissão da informação pelas 
vias que ascendem ou descendem do encéfalo.
Neste capítulo, você irá estudar os componentes básicos anatômicos 
da medula espinhal e as partes relacionadas com sua funcionalidade. 
Também vai entender como ocorre a propagação de informações desde 
as vias periféricas até o encéfalo e as respostas motoras executadas pelos 
músculos através do comando medular. 
Partes da medula espinhal
A medula espinhal, ou medula espinal, faz parte do sistema nervoso central 
(SNC), juntamente com o encéfalo. Os nervos espinhais que dela emergem 
fazem parte do sistema nervoso periférico (SNP) e inervam pele, músculos e 
vísceras. Ela tem formato cilíndrico e está localizada dentro do canal vertebral, 
na coluna vertebral; tem comprimento aproximado de 42 cm e espessura de 
1,8 cm. Sua extensão se dá a partir da conexão com o crânio pelo forame magno 
e segue pela coluna junto das vértebras cervical (C), torácica (T) e lombar (L), 
terminando, aproximadamente, nas vertebras L1/L2. Sendo assim, ela é mais 
curta do que a coluna vertebral. A medula possui intumescências na região cer-
vical e lombar, onde há a inserção nervosa dos membros superiores e inferiores 
(MARIEB; HOEHN, 2008; VANPUTTE; REGAN; RUSSO, 2016; TORTORA; 
DERRICKSON, 2017; DERRICKSON, 2017; DERRICKSON, 2017). 
Acompanhe uma ilustração da medula espinhal na Figura 1. 
Figura 1. Medula espinhal e raízes dos nervos espinhais.
Fonte: Vanputte, Regan e Russo (2016, p. 401).
Sistema nervoso central: medula espinhal2
A proteção medular se dá por membranas de tecido conjuntivo denominadas 
meninges. A meninge mais externa, em contato com as vértebras, é a dura-
-máter, termo que significa “mãe rígida”. Esse nome se dá por sua consistência 
de tecido conjuntivo denso modelado, que se estende até a região sacral. 
Entre a dura-máter e os ossos vertebrais está o espaço epidural, que possui 
gordura e tecido conjuntivo, ambos também protetores da medula. A meninge 
intermediária é a aracnoide-máter, denominada assim porque possui grande 
quantidade de fibras elásticas e colágenas semelhantes a uma teia — “arac” 
= aranha. Abaixo dela localiza-se o espaço subaracnóideo, por onde circula 
o líquido cefalorraquidiano (LCR). O LCR é um líquido salino e incolor que 
protege química e mecanicamente a medula. 
A continuidade entre a dura-máter e a aracnoide se dá até a região sacral, 
entretanto a medula termina antes, na região lombar. Isso ocorre pelo fato de 
o desenvolvimento embrionário da coluna ser mais rápido e maior do que o 
do sistema nervoso. Por fim temos a pia-máter — “pia” = delicada —, que é 
uma membrana mais interna e fina, rica em vasos sanguíneos, que se adere à 
medula espinhal (MARIEB; HOEHN, 2008; VANPUTTE; REGAN; RUSSO, 
2016; TORTORA; DERRICKSON, 2017). 
A Figura 2 ilustra as partes constituintes da medula espinhal. 
Figura 2. Secção transversal da medula espinhal.
Fonte: Marieb e Hoehn (2008, p. 428).
3Sistema nervoso central: medula espinhal
O corpo humano tem 31 pares de nervos espinhais, que emergem do forame 
intervertebral da coluna e são conectados à medula por raízes formadas de 
axônios. A raiz dorsal (posterior) é constituída por axônios sensoriais que 
transmitem informações sensitivas, oriundas de pele, musculatura e vísce-
ras. Os corpos celulares da raiz dorsal localizam-se fora do espaço medular, 
em dilatações denominadas gânglios espinhais. Já a raiz ventral (anterior) 
conduz informações motoras do sistema nervoso central para os músculos e 
glândulas. Como a medula espinhal é mais curta do que a coluna vertebral, 
raízes nervosas saem da medula e espalham-se para baixo até a região do 
cóccix, e são denominadas “cauda equina”, por sua aparência similar a um 
rabo de cavalo (MARIEB; HOEHN, 2008; TORTORA; DERRICKSON, 2017; 
BEAR; CONNORS; PARADISO, 2017).
Em uma visualização transversal da medula espinhal, observam-se sulcos 
que a dividem em duas metades: o sulco mediano posterior (região dorsal) 
e a fissura mediana anterior (região ventral). A medula é constituída de 
substância branca e cinzenta. No centro da parte cinzenta está o canal central, 
que se estende ao longo de toda a medula e contém LCR (MARIEB; HOEHN, 
2008; TORTORA; DERRICKSON, 2017). A substância cinzenta tem formato 
de “H” e é subdivida em cornos: 
 � Corno dorsal: é uma entrada de axônios sensoriais e possui núcleos 
somatossensoriais e sensoriais autonômicos. As células presentes nesse 
corno são interneurônios e neurônios sensoriais, além de feixes de 
axônios. 
 � Corno ventral: é a saída de informações motoras. Possui os corpos 
celulares de neurônios motores somáticos que realizam a contração de 
músculos esqueléticos. Os núcleos presentes são denominados motores 
somáticos e autonômicos. 
 � Corno lateral: localiza-se nas porções torácica e lombar. Possui corpos 
de neurônios motores autonômicos que inervam musculatura cardíaca, 
lisa e glandular. (MARIEB; HOEHN, 2008; TORTORA; DERRICK-
SON, 2017).
Já a substância branca é dividida em funículos, que são colunas que 
possuem tratos, que são projeções axonais aferentes e eferentes relacionadas 
a funções específicas semelhantes. Os tratos sensoriais são ascendentes e 
transportam a informação da medula para o encéfalo, e os tratos motores 
são descendentes levam a informação do encéfalo para a medula (MARIEB; 
HOEHN, 2008; TORTORA; DERRICKSON, 2017). 
Sistema nervoso central: medula espinhal4
Na Figura 3 você encontra uma ilustração das substâncias cinzenta e branca.
Figura 3. Substância cinzenta e substância branca da medula espinhal.
Fonte: Silverthorn (2017, p. 284).
5Sistema nervoso central: medula espinhal
O líquido cefalorraquidiano (LCR) é coletado por punção lombar do espaço subaracnói-
deo em torno da terceira e quinta vértebras lombares. Esse procedimento é realizado 
com anestesia local e é feito quando há suspeitade infecções, como a meningite. 
A introdução de agulha nessa região também pode ser realizada para a administração 
de fármacos (antibióticos, quimioterápicos, entre outros), meios de contrastes para 
exames de mielografia ou aferições da pressão do LCR. Esse recurso é seguro, pois 
não há perigo de lesão nervosa, visto que a medula espinhal é mais curta do que a 
coluna vertebral (TORTORA; DERRICKSON, 2017).
Principais funções fisiológicas da 
medula espinhal
Como vimos, a medula faz a conexão entre o encéfalo e a periferia corporal. 
Ela realiza a integração de informações e gera respostas motoras apropriadas 
aos contextos ambientais em que o corpo está submetido. As informações 
sensoriais originadas por receptores nervosos do SNP entram na medula pela 
raiz dorsal (posterior) e percorrem vias distintas (TORTORA; DERRICK-
SON, 2017; BEAR; CONNORS; PARADISO, 2017; VANPUTTE; REGAN; 
RUSSO, 2016): 
1. Podem ascender ao encéfalo por meio da medula espinhal, percorrendo 
as vias nervosas da substância branca (tratos). Além disso, a informação 
motora pode transitar do encéfalo para a medula, chegando à substância 
cinzenta e direcionando-se aos músculos, que realizam sua contração, 
buscando assim a homeostase. 
2. São encaminhadas diretamente para neurônios motores da substância 
cinzenta medular, para a geração de reflexos medulares. 
Controle medular do sistema motor somático
Os movimentos do nosso corpo são gerados pelos músculos, que contém 
fibras musculares compostas de proteínas contráteis, a actina e a miosina. 
Basicamente, temos três tipos de tecidos musculares: liso, estriado cardíaco, 
estriado esquelético. (TORTORA; DERRICKSON, 2017; BEAR; CONNORS; 
PARADISO, 2017; VANPUTTE; REGAN; RUSSO, 2016). 
Sistema nervoso central: medula espinhal6
O músculo liso se encontra nos órgãos viscerais e é controlado pelo sistema 
nervoso autônomo (SNA), gerando os movimentos digestórios (peristálticos) 
estomacais e intestinais, por exemplo. Já os músculos estriados possuem 
controle nervoso diferenciado: o músculo cardíaco tem seus potenciais de 
ação, que geram os batimentos controlados pelo SNA no tronco encefálico. O 
músculo esquelético, que está aderido aos ossos, é o gerador de movimento 
corporal, como caminhar, digitar e escrever, que são movimentos voluntários 
executados pelo SNP motor somático. (TORTORA; DERRICKSON, 2017; 
BEAR; CONNORS; PARADISO, 2017; VANPUTTE; REGAN; RUSSO, 2016). 
A musculatura esquelética é comandada por neurônios motores, que contém 
seus corpos celulares na parte ventral da substância cinzenta medular. Esses 
neurônios são denominados inferiores, pois, no encéfalo, estão os neurônios 
superiores, que fazem o controle central do movimento. Os axônios dos 
neurônios motores deixam a medula espinhal para se unir a fibras sensoriais 
e formar um nervo denominado misto (TORTORA; DERRICKSON, 2017; 
BEAR; CONNORS; PARADISO, 2017; VANPUTTE; REGAN; RUSSO, 2016). 
Veja na Figura 4 uma ilustração dos neurônios motores inferiores. 
Figura 4. Neurônios motores inferiores que inervam a fibra muscular.
Fonte: Bear, Connors e Paradiso (2017, p. 457).
7Sistema nervoso central: medula espinhal
Os neurônios motores abordados neste capítulo serão os inferiores, pois 
não estão no encéfalo. A distribuição de músculos pelo corpo é desigual, isto 
é, eles estão em maior quantidade associados aos membros. Isso faz com 
que neurônios motores também estejam nessa conformação, pois há maior 
quantidade deles nas porções vertebrais cervicais e torácicas (relacionadas 
aos membros superiores) do que na parte lombar da medula (relacionada aos 
membros inferiores). Esse aspecto é explicado pelas intumescências cervical e 
lombar, observadas na Figura 1. (TORTORA; DERRICKSON, 2017; BEAR; 
CONNORS; PARADISO, 2017; VANPUTTE; REGAN; RUSSO, 2016). 
Os neurônios motores possuem duas classificações: alfa e gama. Neste 
momento veremos os neurônios motores alfa, e os neurônios motores gama 
serão abordados no tópico seguinte (TORTORA; DERRICKSON, 2017; 
BEAR; CONNORS; PARADISO, 2017; VANPUTTE; REGAN; RUSSO, 2016). 
Segundo Bear, Connors e Paradiso (2017) e Hall (2011). 
Os neurônios motores alfa são responsáveis pela geração da força muscu-
lar. Um único neurônio motor alfa é capaz de inervar diversas fibras musculares 
esqueléticas. O conjunto de todas as células musculares inervadas por ele é 
denominado unidade motora. O disparo neuronal alfa gera a liberação do 
neurotransmissor acetilcolina (Ach) e, com isso, a contração muscular ocorre. 
A contração não gera a mesma força para todos os movimentos — nota-
mos isso quando estamos caminhando, por exemplo, pois a força muscular 
necessária para caminhar é menor do que em uma corrida com obstáculos. 
Dessa forma, a gradação de força é efetuada pelo SNC, pela geração de maior 
número de potenciais de ação na corrida, isto é, quanto mais força exercida, 
maior o disparo neuronal alfa com maior liberação de Ach. Junto a isso, para 
uma maior quantidade de contrações musculares, o SNC recruta um maior 
número de unidades motoras. As aferências para esses neurônios motores 
podem ser três: 
1. Sensoriais do fuso muscular, que é um receptor de comprimento contido 
no interior da fibra muscular. 
2. Do córtex cerebral motor e do tronco encefálico, que auxiliam nos 
movimentos voluntários. 
3. De caráter excitatório ou inibitório, que são as maiores das aferências de 
interneurônios da medula espinhal, permitindo a programação motora da 
medula espinhal (BEAR; CONNORS; PARADISO, 2017; HALL, 2011). 
Sistema nervoso central: medula espinhal8
Vias ascendentes e descendentes
As vias ascendentes levam as informações somatossensoriais captadas na 
periferia, passam por tratos medulares e ascendem ao encéfalo. São três vias: 
 � Via espinocerebelar: localiza-se no trato anterior e posterior da medula 
espinhal. Transporta informações específicas sobre músculos ou tendões 
ao cerebelo, que é a região encefálica responsável pela coordenação 
motora. Suas fibras se cruzam duas vezes no caminho e assim desfazem 
uma a decussação da outra.
 � Via lemniscal medial: envia informações específicas da localização 
corporal de tato discriminativo e vibrações. Ascendem pelos fascículos 
grácil e cuneiforme da medula e após seguem a trajetória pelo trato 
lemniscal medial para o bulbo, onde decussam. Posteriormente, passam 
para o tálamo e para o córtex somatossensorial.
 � Via espinotalâmica: leva as informações sensoriais (nociceptivas, 
de temperatura e tato grosseiro) captadas por inúmeros receptores 
corporais ao encéfalo por tratos medulares no funículo anterior e lateral 
da substância branca. Após ocorre a decussação de fibras na medula, 
que ascendem ao encéfalo pelo trato espinotalâmico anterior. São não 
específicas, pois não se pode determinar sua localização corporal 
(MARIEB; HOEHN, 2008; BEAR; CONNORS; PARADISO, 2017).
Acompanhe as Figura 5 e 6 para visualizar essas estruturas. Encontre mais 
informações sobre elas no Quadro 1, mais adiante neste texto. 
9Sistema nervoso central: medula espinhal
Figura 5. Tratos ascendentes e descendentes da medula espinhal.
Fonte: Marieb e Hoehn (2008, p. 430).
Para saber mais sobre as principais vias ascendentes (sensoriais) e tratos da medula 
espinhal, consulte a página 432 do livro Anatomia e Fisiologia, de Elaine N. Marieb e 
Katja Hoehn. 
As vias descendentes trazem informações do encéfalo para a medula espi-
nhal por duas vias: diretas (corticoespinhal) e indiretas, acompanhe (MARIEB; 
HOEHN, 2008; BEAR; CONNORS; PARADISO, 2017).
 � Vias diretas (corticoespinhais): também denominadas vias piramidais, 
pois se originam de neurônios piramidais do córtex motor e realizam 
sinapses com o corno ventral da substância cinzenta medular. Estas 
vias fazem a regulação de movimentos de motricidade fina e rápida, 
como o ato de escrever. 
 � Vias indiretas: mais de uma via participa deste processo, e também são 
conhecidas por extrapiramidais ou subcorticais. Antigamente, pensava-
-se queestas vias não sofressem a modulação piramidal, entretanto, já 
se sabe que, por serem multissinápticas, sofrem essa influência, sim. 
Sistema nervoso central: medula espinhal10
São vias controladas, principalmente, por núcleos subcorticais e têm 
funções de controle postural (trato reticuloespinhal e vestibuloespinhal), 
equilíbrio (trato vestibuloespinhal), movimentos grosseiros (trato ru-
broespinhal), da cabeça e de olhos (colículos superiores).
Figura 6. Vias ascendentes.
Fonte: Marieb e Hoehn (2008, p. 431).
11Sistema nervoso central: medula espinhal
Visualize essas estruturas na Figura 7, mas adiante, e saiba mais sobre 
elas no Quadro 1, a seguir.
Trato 
espinhal
Localização 
(funículo)
Origem Finalização Função
Vias diretas (piramidais)
Cortico-
espinhal 
lateral
Lateral Neurônios 
piramidais 
do córtex 
motor do 
cérebro; 
decussam 
nas 
pirâmides 
do bulbo.
Faz sinapses 
diretamente 
com neurô-
nios motores 
e inter-
neurônios 
do corno 
ventral; os in-
terneurônios 
controlam, 
por sua vez, 
a atividade 
de neurônios 
motores.
Transmite 
impulsos 
motores do 
cérebro para 
neurônios 
motores 
da medula 
espinhal 
(que ativam 
músculos 
esqueléticos 
no lado oposto 
do corpo); 
trato motor 
voluntário.
Cortico-
espinhal 
anterior
Anterior Neurônios 
piramidais 
do córtex 
motor; as 
fibras cruzam 
acima do 
nível da 
medula 
espinhal.
Corno ven-
tral (como 
descrito an-
teriormente).
Similar ao 
descrito para o 
trato corticoes-
pinhal lateral.
Quadro 1. Principais vias descendentes (motoras) e tratos da medula espinhal
(Continua)
Sistema nervoso central: medula espinhal12
Quadro 1. Principais vias descendentes (motoras) e tratos da medula espinhal
Trato 
espinhal
Localização 
(funículo)
Origem Finalização Função
Vias indiretas (extrapiramidais)
Tetoes-
pinhal
Anterior Colículo 
superior do 
mesencéfalo 
(as fibras 
cruzam 
para o lado 
oposto da 
medula 
espinhal).
Faz sinapses 
com inter-
neurônios 
do corno 
ventral que 
controlam 
neurônios 
motores.
Transmite 
impulsos 
motores do 
mesencéfalo, 
importantes 
para o 
movimento 
coordenado 
da cabeça e 
dos olhos em 
direção a um 
alvo visual.
Vestibulo-
espinhal
Anterior Núcleos 
vestibulares 
do bulbo 
(as fibras 
descendem 
sem cruzar).
Faz sinapses 
com neurô-
nios motores 
e inter-
neurônios 
do corno 
ventral; os in-
terneurônios 
controlam a 
atividade de 
neurônios 
motores.
Transmite 
impulsos 
motores que 
mantêm o 
tônus muscular, 
ativa músculos 
extensores 
ipsilaterais 
dos membros 
e tronco, e 
dos músculos 
que movem a 
cabeça; assim, 
auxilia na 
manutenção 
da postura em 
posição ereta 
e durante o 
movimento.
(Continua)
(Continuação)
13Sistema nervoso central: medula espinhal
Quadro 1. Principais vias descendentes (motoras) e tratos da medula espinhal
Trato 
espinhal
Localização 
(funículo)
Origem Finalização Função
Vias indiretas (extrapiramidais)
Rubroes-
pinhal
Lateral Núcleo 
rubro do 
mesencéfalo 
(as fibras 
cruzam 
para o lado 
oposto 
logo abaixo 
do núcleo 
rubro).
Corno ven-
tral (como 
descrito an-
teriormente).
Em experi-
mentos que 
utilizaram mo-
delos animais, 
observou-se 
que este trato 
transmite im-
pulsos motores 
envolvidos no 
controle do 
tônus muscular 
dos membros 
distais (prin-
cipalmente 
flexores), 
localizados no 
lado contrala-
teral do corpo; 
em humanos, 
estas funções 
foram ampla-
mente assumi-
das pelo trato 
corticoespinhal, 
com exceção 
de alguns 
movimentos 
de membros 
superiores.
(Continua)
(Continuação)
Sistema nervoso central: medula espinhal14
Fonte: Marieb e Hoehn (2008, p. 435).
Quadro 1. Principais vias descendentes (motoras) e tratos da medula espinhal
Trato 
espinhal
Localização 
(funículo)
Origem Finalização Função
Vias indiretas (extrapiramidais)
Reticulo-
espinhal 
(anterior, 
medial e 
lateral)
Anterior 
e lateral
Formação 
reticular 
do tronco 
encefálico 
(grupo 
nuclear 
medial da 
ponte e 
do bulbo); 
possui tanto 
fibras que 
cruzam 
como 
fibras que 
permanecem 
ipsilaterais.
Corno ven-
tral (como 
descrito an-
teriormente).
Transmite 
impulsos 
envolvidos 
no controle 
do tônus 
muscular e de 
muitas funções 
motoras 
viscerais; pode 
controlar a 
maioria dos 
movimentos 
mais grosseiros.
(Continuação)
As lesões medulares acarretam perdas funcionais de diferentes graus aos indivíduos 
afetados. Acompanhe o caso: uma mulher de 24 anos sofreu acidente automobilístico 
e teve lesão total medular ao nível da vértebra C7. Os prejuízos ocasionados foram 
paralisia, perda sensitiva e alterações do SNA (bexiga e intestino). Após a lesão, ela 
apresentou choque medular, que é uma paralisia de musculatura, e ausência de reflexos 
abaixo do nível da lesão, que pode durar semanas a meses. Posteriormente, com a 
melhora do choque, intestinos e bexiga estavam reflexos (esvaziamento quando ocorre 
enchimento), entretanto a paciente apresentou espasticidade em extremidade inferior 
(rigidez muscular) e hiper-reflexia, que serão cuidados principalmente com fisioterapia. 
Atualmente, a regeneração completa das funções medulares não é possível, todavia a 
melhora da qualidade de vida dos indivíduos é conseguida com fisioterapia e exercícios 
apropriados para a melhora do tônus muscular e o progresso de funções viscerais.
Fonte: Adaptado de Burke-Doe e Jobst (2015).
15Sistema nervoso central: medula espinhal
Figura 7. Vias descendentes.
Fonte: Marieb e Hoehn (2008, p. 434).
Reflexos medulares
Reflexos são respostas geradas automaticamente a estímulos, isto é, sem a 
necessidade de um pensamento consciente para tal. São produzidos por arcos 
reflexos, que são as unidades funcionais básicas que realizam esse processo. 
Os componentes do arco reflexo são:
Sistema nervoso central: medula espinhal16
 � receptores sensoriais;
 � neurônios sensoriais;
 � interneurônios;
 � neurônios motores;
 � órgãos efetores.
A sequência de acontecimentos acerca dos reflexos decorre, inicialmente, 
de uma entrada de estímulo sensorial pela raiz dorsal da medula espinhal, 
vindo de um nervo periférico. A partir disso, uma sinapse é realizada com 
interneurônios, que, posteriormente, fazem sinapse com neurônios motores 
na parte ventral da substância cinzenta medular. A resposta motora é gerada 
com a inervação de músculos ou órgãos-alvo. 
Mas qual a função dos reflexos? Basicamente, eles servem para a manu-
tenção da homeostase de funções no corpo, e isso pode ser visto nos reflexos 
autônomos como a ingestão de água caso haja baixas concentrações de líquido 
no corpo, por exemplo. Similarmente, os reflexos somáticos podem ser demons-
trados quando tocamos em algo que provoca alguma lesão, como uma panela 
quente. Automaticamente, nosso corpo busca se afastar desse evento aversivo. 
Podemos classificar os reflexos morfologicamente em: 
 � monossinápticos, quando há apenas uma sinapse entre neurônios sen-
soriais e motores na medula espinhal;
 � polissinápticos, que são mais complexos; há maior número de entradas 
sinápticas nesta conexão entre neurônios sensoriais e motores.
Os reflexos necessitam de integração por parte do SNC; com isso alguns 
reflexos realizam esse processo na medula e outros no encéfalo, e podem 
envolver diferentes tipos neuronais: excitatórios ou inibitórios.
Os reflexos que serão citados aqui são três dos mais importantes: o reflexo 
miotático, o reflexo do órgão tendinoso de Golgi e o reflexo de retirada.
Reflexo miotático: este reflexo é muito simples. Seu funcionamento transcorre 
quando músculos sofrem estiramento e se contraem. Os neurônios motores 
gama inervam fibras musculares intrafusais, isto é, fibras contidas no fuso 
muscular. O fuso muscular é um receptor sensorial de estiramento, localizado 
no interior das fibras musculares, e é envolvido por uma cápsula fibrosa. Sua 
função é detectar alterações do comprimento da fibra muscular por meio de 
fibras sensoriais denominadas Ia. O estiramento muscular traciona os polos 
do fuso muscular pela ativação gama e, com isso, asfibras Ia adentram na raiz 
17Sistema nervoso central: medula espinhal
dorsal da medula espinhal e realizam uma sinapse com os neurônios motores 
alfa, contraindo este músculo.
Vamos entender melhor? Pense no reflexo patelar, quando o médico utiliza 
um martelo de reflexos e toca seu joelho. A resposta gerada por sua perna 
é um pequeno chute para cima. O que é isso? O toque com o martelo no 
joelho estimula o ligamento patelar distendendo o músculo. O fuso muscular 
é ativado (pois distendeu-se também) e as fibras sensoriais Ia fazem sinapse 
com o neurônio motor, promovendo uma contração (BEAR; CONNORS; 
PARADISO, 2017; VANPUTTE; REGAN; RUSSO, 2016; HALL, 2011). 
Visualize esse processo na Figura 8.
Figura 8. O reflexo patelar e os neurônios motores alfa, gama e o fuso muscular.
Fonte: Vanputte, Regan e Russo (2016, p. 406).
O reflexo miotático auxilia na manutenção postural. Quando estamos de pé, os mús-
culos da coluna vertebral estão estirados. Se nos inclinamos para frente ou para trás, os 
neurônios sensoriais Ia do fuso muscular geram potenciais de ação que estimulam os 
neurônios motores alfa a contraírem a musculatura contralateral, corrigindo alterações 
posturais. 
Sistema nervoso central: medula espinhal18
Reflexo tendinoso de Golgi: este reflexo é dependente de uma estrutura 
composta de terminações nervosas contida nos tendões, o órgão tendinoso de 
Golgi. Esse órgão age para proteger os tendões de cargas excessivas quando 
há contração muscular. Um neurônio sensorial que está no órgão tendinoso, 
denominado Ib, é estimulado durante a contração muscular e, com isso, ele 
adentra a raiz dorsal da medula espinhal e faz sinapse com interneurônios 
inibitórios. Os interneurônios realizam sinapse com neurônios motores alfa, 
promovendo uma inibição da contração. Alguns atletas de levantamento de 
peso, por exemplo, suportam cargas excessivas nos músculos, e isso pode 
exceder a funcionalidade desse reflexo, o que os deixa mais propensos a lesões 
tendíneas e musculares (BEAR; CONNORS; PARADISO, 2017; VANPUTTE; 
REGAN; RUSSO, 2016; HALL, 2011). Veja, na Figura 9, como funciona esse 
reflexo.
Figura 9. Reflexo tendinoso de Golgi.
Fonte: Vanputte, Regan e Russo (2016, p. 407).
19Sistema nervoso central: medula espinhal
Reflexo de retirada: este reflexo tem por objetivo afastar o membro 
ou parte do corpo de um local aversivo que cause uma potencial lesão. 
Ao tocar com o pé em um prego, por exemplo, neurônios sensoriais de dor 
são ativados e adentram a raiz dorsal da medula espinhal, realizando sinapses 
com interneurônios excitatórios. Estes fazem sinapses com neurônios motores 
alfa, que contraem o músculo flexor, que promove a retirada do membro do 
local de dano — neste caso, o prego (BEAR; CONNORS; PARADISO, 2017; 
VANPUTTE; REGAN; RUSSO, 2016; HALL, 2011). Acompanhe a Figura 10.
Figura 10. Reflexo de retirada.
Fonte: Vanputte, Regan e Russo (2016, p. 408).
Sistema nervoso central: medula espinhal20
Para aprimorar o reflexo de retirada, a inervação recíproca acontece. 
Os neurônios sensoriais fazem sinapse também com interneurônios inibitórios 
no corno dorsal. Esses interneurônios fazem sinapse com neurônios motores 
alfa dos músculos extensores antagonistas, opostos aos flexores que provem 
a retirada do membro afetado. Com isso, no reflexo de retirada, os músculos 
extensores estão inibidos, facilitando o movimento dos flexores para o reflexo 
de retirada (BEAR; CONNORS; PARADISO, 2017; VANPUTTE; REGAN; 
RUSSO, 2016; HALL, 2011). Veja como ocorre a inervação recíproca na 
Figura 11.
Figura 11. Inervação recíproca e reflexo de retirada.
Fonte: Vanputte, Regan e Russo (2016, p. 408).
Para o auxílio do reflexo de retirada, outro reflexo pode ser realizado: 
o reflexo de extensão cruzada. Os interneurônios excitatórios da medula 
espinhal podem agir simultaneamente no neurônio motor alfa e atravessar a 
comissura da substância branca até o outro lado da medula espinhal. Desse 
modo, realizam sinapses com os neurônios motores alfa de músculos extensores 
do outro membro, não afetado por um agente lesivo, como um prego. Assim, 
essa musculatura é distendida, evitando quedas e sustentando o peso corporal 
no outro membro (BEAR; CONNORS; PARADISO, 2017; VANPUTTE; 
REGAN; RUSSO, 2016; HALL, 2011), conforme mostra a Figura 12.
21Sistema nervoso central: medula espinhal
Figura 12. Reflexo de extensão cruzada.
Fonte: Vanputte, Regan e Russo (2016, p. 409).
Neste capítulo você aprendeu os componentes da medula espinhal e suas 
funcionalidades principais. Viu que a medula espinhal é a principal conexão 
entre o encéfalo e a periferia do corpo e que essa ligação proporciona a ex-
celência entre as funções sensoriais e motoras, como sentir dor, chutar uma 
bola ou retirar a mão de uma panela quente. Para tal, as sinapses neuronais 
realizadas entre o SNC e o SNP buscam o alcance das funções homeostáticas 
corporais. Com isso, podemos dizer que a medula espinhal é a regente de 
uma orquestra, em que o funcionamento de todas as vias é essencial para o 
equilíbrio das funções do organismo.
Sistema nervoso central: medula espinhal22
Você sabia que recém-nascidos têm reflexos inatos? Sim, são respostas automáticas e 
fisiológicas prontas para responderem aos estímulos que o bebê é submetido, como 
a sucção de mama na amamentação. Confira o link abaixo com conteúdo didático 
sobre o assunto.
https://qrgo.page.link/hrNox
BEAR, M. F.; CONNORS, B. W.; PARADISO, M. A. Neurociências: desvendando o sistema 
nervoso. 4. ed. Porto Alegre: Artmed, 2017.
BURKE-DOE, A.; JOBST, E. E. Casos clínicos em fisioterapia e reabilitação neurológica. Porto 
Alegre: AMGH, 2015. (Série Lange).
HALL, J. E. Guyton & Hall: tratado de fisiologia médica. 12. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2011.
MARIEB, E. N.; HOEHN, K. Anatomia e fisiologia. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2008.
SILVERTHORN, D. U. Fisiologia humana: uma abordagem integrada. 7. ed. Porto Alegre: 
Artmed, 2017.
TORTORA, G. J.; DERRICKSON, B. Anatomia e fisiologia. 10. ed. Porto Alegre: Artmed, 2017.
VANPUTTE, C.; REGAN, J.; RUSSO, A. Anatomia e fisiologia de Seeley. 10. ed. Porto Alegre: 
AMGH, 2016. 
Leitura recomendada
KANDEL, E. R. et al. Princípios de neurociências. 5. ed. Porto Alegre: AMGH, 2014.
23Sistema nervoso central: medula espinhal
DICA DO PROFESSOR
A seguir, você irá assistir a um vídeo abordando os seguintes tópicos: a medula espinhal suas 
estruturas e funções. 
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
EXERCÍCIOS
1) Os nervos raquianos possuem duas raízes - uma anterior e outra posterior. É correto 
afirmar que: 
A) As duas raízes são exclusivamente motoras.
B) Ambas são exclusivamente sensitivas.
C) As anteriores são sensitivas e as posteriores são motoras.
D) As posteriores são sensitivas e as anteriores são motoras.
E) Ambas são mistas, pois é variável o sentido em que ocorre o estímulo nervoso em cada 
uma delas.
2) Marque a alternativa correta referente à medula espinhal: 
A) A medula espinhal é a porção alongada do sistema nervoso periférico, é a continuação do 
encéfalo.
A medula espinhal é a continuação do encéfalo, que se aloja no interior da coluna vertebral 
em seu canal vertebral, sua parte interna contém a substância branca e sua parte externa 
B) 
substância cinzenta.
C) A parte externa da medula espinhal contém substância branca e a parte interna substância 
cinzenta.
D) A medula espinhal contém duas raízes anteriores e duas raízes posteriores, sendo que 
anteriormente apresenta o corno anterior de caráter sensitivo e posteriormente apresenta o 
corno posterior de caráter motor.
E) No adulto, a medula espinhal, localizada dentro do canal vertebral da coluna vertebral, 
ocupa todo o canal, desde a cervical até o sacro.
3) O reflexo de retirada resulta na: 
A) Contração dos músculos extensores do lado estimulado.
B) Contração dos músculos flexores do lado estimulado.
C) Inibição dos músculos extensores do lado não estimulado.
D) Contraçãodos músculos flexores do lado oposto.
E) Contração de ambos os grupos musculares: flexores e extensores no lado estimulado.
4) É função da medula espinhal: 
A) Transmitir as informações do corpo para o encéfalo e vice-versa.
B) Controle da frequência cardíaca.
C) Controle da frequência respiratória.
D) Controlar o equilíbrio e a coordenação dos movimentos dos membros superiores e 
inferiores.
E) Controlar os movimentos voluntários dos membros inferiores e superiores.
5) A substância cinzenta da medula espinhal é dominada por: 
A) Somente por axônios mielínicos.
B) Corpos de células neuronais.
C) Somente por axônios amielínicos.
D) Somente por dendritos.
E) Axônios mielínicos e amielínicos.
NA PRÁTICA
A incidência mundial anual de trauma raquimedular (TRM) é da ordem de 15 a 40 casos por 
milhão de habitante. No Brasil a incidência de TRM é de 6 a 8 mil casos novos por ano, sendo 
que destes, 80% das vítimas são homens e 60% se encontram entre os 10 e 30 anos de idade. A 
lesão medular é uma injúria às estruturas contidas no canal medular (medula, cone medular e 
cauda equina), podendo levar a alterações motoras, sensitivas, autonômicas e psicoafetivas. As 
lesões podem se caracterizar pela interrupção parcial ou total do sinal neurológico através da 
medula, resultando em paralisia e ausência de sensibilidade do nível da lesão para baixo. O nível 
da lesão e a extensão da lesão irão determinar grau de limitação dos indivíduos com TRM. As 
lesões em nível mais alto resultam em maior área corporal comprometida. Por exemplo, lesões 
cervicais (em C1, C2, C3, C4, C5, C6 ou C7) levam ao dos membros superiores, tronco e 
membros inferiores. Lesões em nível torácico (em T1 a T12) comprometem o tronco e membros 
inferiores. Lesões lombares (L1 a L5) comprometem membros inferiores e leões sacrais (S1 a 
S5) causam comprometimento leve dos membros inferiores.
Além do local de comprometimento, as lesões podem ser classificadas (extensão da lesão) como 
completas ou incompletas.
Assim, pode-se considerar que:
Tetraplégicos são indivíduos com lesão em nível cervical com grande comprometimento dos 
membros superiores para baixo.
Tetraparéticos são indivíduos com lesão em nível cervical com comprometimento leve dos 
membros superiores para baixo.
Paraplégicos são indivíduos com lesão em nível torácico ou lombar com grande 
comprometimento dos membros inferiores.
Paraparéticos são indivíduos com lesão em nível torácico ou lombar com comprometimento leve 
dos membros inferiores.
Além da perda de movimentos, as consequências das lesões medulares podem incluir dor 
neuropática, alterações vasculares e musculoesqueléticas, úlceras por pressão, espasticidade e 
automatismos, bexiga neurogênica, intestino neurogênico entre outros.
 
Referência: 
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/diretrizes_atencao_pessoa_lesao_medular.pdf
SAIBA MAIS
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do 
professor:
Anatomia da Medula Espinhal: Substância branca e cinzenta
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
Medula Espinhal - SNC
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
BARRET, K; BARMAN S.; BOITANO, S. Fisiologia Médica de Ganong
Leia o capítulo 12 Controle da Postura e do Movimento.
MARTINI, F; TIMMONS M.; TALLITSCH R. Anatomia Humana
Leia o capítulo 14 A Medula Espinal e os Nervos Espinais.

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