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Serviço Social na Educação - Desafios no pós pandemia.

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FACULDADE VIVENDA NOVA DO IMIGRANTE (FAVENI)
 
ANA MARIA CARVALHO CRUZ VATIN
SERVIÇO SOCIAL NA EDUCAÇÃO BÁSICA: DESAFIOS E POSSIBILIDADES DA ATUAÇÃO DO/A ASSISTENTE SOCIAL PÓS COVID-19.
MURITIBA-BAHIA
2022
FACULDADE VIVENDA NOVA DO IMIGRANTE
ANA MARIA CARVALHO CRUZ VATIN
SERVIÇO SOCIAL NA EDUCAÇÃO BÁSICA: DESAFIOS E POSSIBILIDADES DA ATUAÇÃO DO/A ASSISTENTE SOCIAL PÓS COVID-19.
Trabalho de conclusão de curso apresentado como requisito parcial à obtenção do título especialista em Serviço Social na Educação.
 
MURITIBA-BAHIA
2022
SERVIÇO SOCIAL NA EDUCAÇÃO BÁSICA: DESAFIOS E POSSIBILIDADES DA ATUAÇÃO DO/A ASSISTENTE SOCIAL PÓS COVID-19.
Ana Maria Carvalho Cruz Vatin[footnoteRef:2] [2: E-mail: anamariacarvalho@aluno.ufrb.edu.br] 
Declaro que sou autor(a)¹ deste Trabalho de Conclusão de Curso. Declaro também que o mesmo foi por mim elaborado e integralmente redigido, não tendo sido copiado ou extraído, seja parcial ou integralmente, de forma ilícita de nenhuma fonte além daquelas públicas consultadas e corretamente referenciadas ao longo do trabalho ou daqueles cujos dados resultaram de investigações empíricas por mim realizadas para fins de produção deste trabalho.
Assim, declaro, demonstrando minha plena consciência dos seus efeitos civis, penais e administrativos, e assumindo total responsabilidade caso se configure o crime de violação aos direitos autorais. 
RESUMO: Este trabalho tem como intuito abordar o tema Serviço Social na Educação: os desafios da atuação no cenário pós Covid-19. Como metodologia foi utilizada na construção deste trabalho a pesquisa bibliográfica. Todo o desenvolvimento foi pensado para que houvesse uma busca de fatos e resultados que nos trouxessem elementos coerentes que confirmassem as hipóteses levantadas a partir das indagações. Essa pesquisa visa apresentar os desafios que se fazem presentes no cotidiano da prática profissional do cenário pós pandemia. Assim, os objetivos específicos irão buscar apresentar o direito à educação, bem como o papel do/a assistente social no ambiente escolar e trazer dados sobre o cenário crítico do COVID-19 no território brasileiro, e por fim elucidar os desafios e dificuldades presentes para este profissional dentro da escola no período pandêmico. A presença do/a assistente social no ambiente escola precisa ser vista como um auxiliador para a minimização das desigualdades sociais a partir das consequências de um cenário pandêmico. Esta pesquisa permite que essa discussão esteja aberta para que futuramente seja realizada uma nova pesquisa uma vez que a realidade que foi retratada aqui abarca um cenário mundial. Através de um estudo de caso, será possível confirmar ou até mesmo questionar o que foi aprendizado neste pequeno ensaio e a partir dai apontar os desafios presentes no cotidiano do/a assistente social e quais serão as medidas que deverão ser adotadas para a resolução dos mesmos.
PALAVRAS-CHAVE: Assistente Social. Educação. COVID-19. Pós Pandemia.
1- PALAVRAS INICIAIS
O Coronavírus (COVID-19) pode ser chamado de síndrome respiratória aguda grave e foi identificada pela primeira vez em meio a um surto de casos dessa síndrome na cidade de Wuhan, província de Hubei, na China. O primeiro caso relatado pela OMS foi em 31 de dezembro de 2019. No dia 30 de janeiro de 2020, a Organização Mundial de Saúde declarou o surto de COVID-19 uma emergência de saúde global.
Desde o início da pandemia da COVID-19 e até os dias atuais, assistentes sociais atuam na linha de frente dos serviços de prevenção, promoção e tratamento para garantir a saúde e o bem estar das pessoas que procuram. Nos países onde o número de pessoas infectadas cresce de forma desenfreada, os trabalhadores garantem o acesso aos serviços fundamentais, onde é fornecido o aconselhamento remoto a fim de organizar maneiras de superar o isolamento. Em outras comunidades, os trabalhadores estão distribuindo informações para dissipar mitos e medos, contatando agências para ajudar na preparação, garantindo esforços de planejamento inclusivos e advogando aos governos um maior apoio, a fim de minimizar as diferenças sociais que tem sido exposta nesse período (CFESS MANIFESTA, 2020).
Quando a força de trabalho dos assistentes sociais é bem apoiada, que possibilite proteção, capacitação e equipamentos de qualidade é essencial para refrear os efeitos nefastos da pandemia do novo coronavírus. 
Os/as assistentes sociais são profissionais capazes de desenvolver fortes laços com crianças, famílias e comunidades a fim de dar uma rápida resposta e de maneira eficaz aos problemas ocasionados por essa nefasta pandemia (MATOS, 2020).
Dadas essas informações, a proposta do estudo deste trabalho é responder quais são os desafios encontrados na prática cotidiana do/a assistente social em um cenário pós pandemia do novo coronavírus?
O presente trabalho possui como objetivo central apresentar os desafios para atuação dos assistentes sociais na educação no período pós pandemia. Desse modo, os objetivos específicos irão apresentar o direito à educação, elucidar o trabalho do/a assistente social no ambiente escolar e por fim descrever os desafios que se expressam e que precisam da intervenção do profissional do Serviço Social em decorrência do novo coronavírus.
O método utilizado e pensado para a elaboração deste trabalho trata-se de uma pesquisa e uma análise dos principais temas presentes no Serviço Social na Educação e os desafios da atuação profissional no período pós pandemia e na prática das a suas atividades, que já possui bibliografia publicizada. Por meio desse método de pesquisa também foi inserido temáticas que possuam similaridade com o tema em questão como meio de subsidiar, incentivar os leitores deste trabalho a buscar uma compreensão dos desafios da atuação profissional no pós pandemia bem como seu ambiente de influência.
A pesquisa bibliográfica possibilita discutir e explicar determinado tema tendo como base referenciais teóricos que foram publicados em revistas, livros, periódicos, etc. Essa metodologia também possibilita conhecer e analisar conteúdos específicos sobre determinado tema. Este tipo de pesquisa possui como finalidade trazer ao pesquisador o contato direto com tudo que foi discutido sobre determinado assunto. 
2- DESENVOLVIMENTO
2.1 – Direito a educação
Os Direitos humanos são direitos fundamentais e inerentes à todos os indivíduos sem nenhum tipo de distinção de nacionalidade, sexo, raça, origem étnica, religiosidade ou qualquer outra condição que o diferencie. Os direitos humanos trazem o direito à liberdade e à vida; liberdade de expressão e opinião, educação, ao trabalho, etc. Esses direitos são fundamentais para todos os seres humanos, sem qualquer tipo de distinção (RAMOS, 2017)
Diante disto, encontramos dentro do apontamento dos direitos humanos fundamentais o direito à educação, que é subsidiado por regras nacionais e internacionais. A educação é considerada como um direito fundamental, pois é constituinte de um processo de ampliação individual em relação à condição de nós, seres humanos.
A partir dessa percepção, esse direito precisa ser considerado como um direito a ações afirmativas do Estado e uma política educacional que dê possibilidades à população formas êxito para o alcance dos seus objetivos (SARLET, 2012)
Através da Constituição Cidadã, promulgada em 1988, pela primeira vez o direito à educação foi aprovado e reconhecido como um direito social e no artigo 6º é percebido a sua importância em relação à igualdade entre os indivíduos. Desse modo, garantir uma educação de qualidade para todos os brasileiros passou a ser considerada uma obrigação para o Estado.
A responsabilidade em garantir o acesso à educação não é apenas da responsabilidade do Poder Público. De acordo com o artigo 205 da Constituição Federal, é dever da família também, e cabe à sociedade contribuir, promover e estimular a efetivaçãodesse direito.
O acesso ao ensino é fundamental, indispensável e deve ser oferecido de forma gratuita. De acordo com o artigo 53 do Estatuto da Criança e Adolescente (ECA), “a criança e o adolescente possui direito à educação, apontando ao completo desenvolvimento da sua pessoa, preparação para a qualificação para o trabalho e o exercício da cidadania”. Portanto, a lei garante o: 
· Direito de ser respeitado por seus educadores;
· Igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
· Acesso à escola pública e gratuita próxima de sua residência;
· Direito de contestar critérios avaliativos, podendo recorrer às instâncias escolares superiores;
· Direito de organização e participação em entidades estudantis.
É fundamental que seja lembrado que o acesso à Educação Básica é gratuito e um direito público individual. Ou seja, deve ser garantido pelo Estado para todos os cidadãos. Desse modo, caso o acesso à educação não seja garantido pelo Poder Público o indivíduo tem plenos direitos em demandar judicialmente que seu direito seja analisado.
2.1- A atuação do/a assistente social no âmbito da educação básica.
Considerando que a participação social dos pais é à base de sua ação profissional do/a assistente social, será colocado em tensão o significado atribuído à participação dos pais no campo da parceria escola-família- comunidade e no campo do trabalho social. Contando com uma concepção sociocultural desse contexto, será colocado em perspectiva o papel que os assistentes sociais são chamados a exercer em termos de apoio à participação dos pais no contexto das chamadas práticas de parceria (OLIVEIRA, 2020).
Nos últimos anos, na produção intelectual do Serviço Social, vem se afirmando um movimento significativo: o surgimento de elaborações que, rompendo definitivamente com as velhas preocupações acerca da “especificidade profissional”, priorizam a construção de conhecimentos sobre objetos da ação do assistente social. (NETTO, 1995).
De acordo com Amaro (1997) no ambiente escolar, o profissional do Serviço Social é o agente responsável em promover o encontro entre a educação com a realidade social, por meio de abordagens totalizantes das dificuldades e necessidades infanto-juvenis.
Diante disto, a educação e o trabalho social são duas entidades que estão unidas em um relacionamento interdependente. Para Lima (2021)
Se o trabalho social era construído em torno da escola, um era educar enquanto o outro era educar. Além disso, essas duas instituições permaneceram separadas uma da outra por um longo tempo. Pouco a pouco, mais adiante, muitas colaborações estão sendo criadas até tornar esse par inseparável um do outro. O que é comumente chamado de serviço social escolar está gradualmente tomando conta das instituições educacionais suíças e está rapidamente ganhando terreno. (LIMA, 2021. p. 12)
Em dezembro de 2019 foi publicada no Diário Oficial da União a promulgação da Lei 13.935 que dispõe a prestação de Serviços de Psicologia e Serviço Social nas redes públicas de educação básica. De acordo com tal legislação, a rede pública de educação básica deverá contar com a presença de assistentes sociais e psicólogos para atender às necessidades e prioridades apontadas pela política de educação através de grupos multiprofissionais, onde precisarão ampliar ações para que a qualidade do processo de ensino-aprendizagem seja exitosa.
Os/as assistentes sociais possuem deveres, poderes e treinamento legais para intervir e corrigir algumas dessas injustiças e evitar riscos. Desse modo:
 (...) o alívio da pobreza também é altamente eficaz para melhorar os resultados de adultos e crianças: a pobreza leva a uma espiral de problemas, a “anti-pobreza” pode levar a uma atualização de positivos que se reforçam mutuamente. Mas abordar a pobreza não é apenas uma forma eficaz ou eficiente de reduzir o risco. Os assistentes sociais devem se engajar com questões de pobreza, porque é consistente com seus valores profissionais. (LIMA, 2021. p. 18)
O trabalho social em face da pobreza não é, portanto, simples. Nos anos de pleno emprego, conhecidos como "gloriosos anos trinta", o serviço social poderia basear-se nos objetivos de promoção social de indivíduos e grupos. Essa promoção foi possível através do acesso a empregos que forneciam não apenas renda relacionada ao emprego remunerado, mas também as proteções sociais inerentes a esse status. Além disso, nas décadas de sessenta e setenta, o serviço social lidava com situações individuais de pobreza, cujo número era limitado (SANCHES e SARMNENTO, 2012).
2.2 - A crise do novo coronavírus no território brasileiro.
À medida que os formuladores de políticas consideram maneiras de mitigar os custos econômicos e sociais da crise do COVID-19, é importante ter em mente que os 40% mais pobres da população brasileira já são vulneráveis. Muitas famílias não recuperaram totalmente da crise econômica de 2014-16, esgotaram os seus bens e já lutam para sobreviver (OLIVEIRA, 2020).
A pandemia do novo coronavírus evidenciou outras “pandemias” que sempre se fizeram presentes no cotidiano da classe trabalhadora, mas sempre foram invisibilizadas. A fome, a violência, o desemprego, o acesso precário ao Sistema Único de Saúde (SUS) são exemplos. Segundo Oliveira (2020), a expansão do sistema de assistência social, a introdução de novas transferências, o aumento dos esquemas de obras públicas para geração de emprego, a oferta de oportunidades de financiamento para a manutenção do emprego e medidas fiscais progressivas podem ser o início da implementação de políticas para reduzir as consequências catastróficas da distribuição da epidemia.
O trabalho social encontrou muitos desafios impostos pela crise do COVID 19, com muitos países relatando falta de equipamentos de proteção, suporte e recursos. O papel do serviço social passou a defender que os serviços sociais permaneçam abertos e adaptados às condições básicas de sucesso (OLIVEIRA, 2020).
Nesse sentido, o papel dos assistentes sociais, o Código de Ética, implica implicações e políticas moral-políticas em termos de acesso universal a bens e serviços e direitos relacionados a programas sociais, apoiando a igualdade e a justiça social. Além disso, no contexto atual do serviço social, o desenvolvimento do trabalho e da carreira defende os direitos humanos e rejeita a arbitrariedade e o preconceito. Além disso, em suas atividades, os profissionais devem interagir e motivar os usuários a participarem com seriedade (MUÑOZ, 2020).
O cenário pós-pandemia esperado prevê os assistentes sociais em constante combate e alerta com os desafios que os estudantes em situação de vulnerabilidade social enfrentarão, exigindo ações para garantir o acesso, a continuidade e a valorização da governança democrática, bem como o cumprimento dos programas sociais elicitados ou associados às instituições de ensino, como Bolsas Família, cotas universitárias, auxílio estudantil para diferentes grupos estudantis, ações de capacitação para turnos pós-escolares e dinamização de disputas relacionadas a temas transversais como o trabalho nas escolas.
Para Matos (2020), os/as assistentes sociais enfrentarão um enorme desafio na luta para a minimização das diferenças sociais existentes na nossa sociedade, já que se trata de um cenário mais crítico do anterior à pandemia do novo coronavírus. A sua presença dentro do ambiente escolar já é vista como algo fundamental e imprescindível, uma vez que seu público alvo, a comunidade escolar estão sendo impactados em decorrência de uma pandemia que desencadeou “outras pandemias”: a fome, a violência, dentre outros.
Diante dos danos irreparáveis que se fazem presentes desde o ano inicial da pandemia, haverá a necessidade da atuação do assistente social a fim de idenficar as famílias que foram acometidas pelo desemprego e que necessitam do auxílio público do governo. Para isso, o contato com as crianças e jovens inseridos na escola será essencial para mensurar as conseqüências da pandemia, mas também para encontrar as famílias que estão inseridasem um contexto onde o direito à dignidade, emprego, saúde estão sendo violados.
Embora seja desafiador, é dentro da escola que podemos perceber que o/a assistente social é o melhor profissional para identificar os problemas sociais existentes e encaminha-los para as políticas públicas pertinentes com o intuito de amenizar ou sanar tais questões.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A pandemia da COVID-19 alterou todas as realidades e toda forma de organização social e a partir dessa máxima o mundo inteiro se viu frente a frente com uma situação que nos obrigou a mudar nossa forma de organização. O novo coronavírus nos levou ao isolamento social a fim de evitar a propagação e a circulação do vírus. O resultado dessas medidas possui efeitos colaterais nefastos, dentre eles o aumento do desemprego, o aumento dos empregos informais, a fome, a violência e consequentemente o agravamento das desigualdades sociais.
Quando pandemias, como, por exemplo, a atual que estamos vivenciando, afetam uma comunidade, o tratamento precoce e uma atenção médica de qualidade e estruturada são considerados fundamentais para que as pessoas que estão inseridas em situação de vulnerabilidade social possam ter acesso e alcance a esses tipos de serviço. Para a população, até mesmo a escolha de faltar um dia de trabalho para ter acesso a um hospital pode lhes custar seu vínculo empregatício. 
No âmbito educacional tivemos perdas irreparáveis para crianças, jovens e adultos visto que a Constituição Cidadã nos garante uma educação pública de qualidade e de acesso universal, mas viver em um governo que zomba e desestrutura a saúde, educação e justiça social é algo preocupante. 
Vivemos em uma sociedade onde a educação pública, por exemplo, é amplamente e abertamente criticada em comparação ao ensino privado. Nesse período pandêmico essas diferenças se destacaram mais ainda. A população mais pobre em período escolar acessa de forma exclusiva o ensino público, o que deixa à mostra a falta de acesso à tecnologia (acesso à internet, formação dos professores e alunos, e acesso aos equipamentos tecnológicos). Não podemos deixar de mencionar a importância da merenda escolar para uma quantidade considerável de alunos que possuem essa alimentação como uma das principais do seu cardápio diário.
No cenário escolar, o assistente social tem como obrigação lutar para minimizar essas diferenças. É no ambiente escolar que ele/a deve estar inserido/a para que haja uma identificação e orientação dos alunos e suas famílias sobre a importância de conhecer os seus direitos e de que forma o Estado deve garanti-los.
REFERÊNCIAS
AMARO, Sarita Teresinha Alves. Serviço Social na escola: o encontro da realidade com a educação. Porto Alegre: Sagra Luzzatto, 1997.
BRASIIL. Artigo 205 da Constituição Federal de 1988, Disponível em: <https://www.jusbrasil.com.br/topicos/1241734/artigo-205-da-constituicao-federal-de-1988>. Acesso em: 16 de jul. 2022.
________. Artigo 227 da Constituição Federal de 1988. Disponível em: <https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10644726/artigo-227-da-constituicao-federal-de-1988>. Acesso em: 16 de jun. 2022. 
________. Artigo 4 da Lei nº 8.069 de 13 de Julho de 1990. Disponível em: <https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10619550/artigo-4-da-lei-n-8069-de-13-de-julho-de-1990>. Acesso em: 16 de jun. 2022 
________. Artigo 53 da Lei nº 8.069 de 13 de Julho de 1990. Disponível em: <https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10611702/artigo-53-da-lei-n-8069-de-13-de-julho-de-1990>. Acesso em: 16 de jun. 2022 
________. Artigo 6 da Constituição Federal de 1988. Disponível em: <https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10641309/artigo-6-da-constituicao-federal-de-1988>. Acesso em: 16 de jun. 2022 
________. Lei nº 13.935, de 11 de dezembro de 2019. Disponível em: <www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13935.htm>. Acesso em: 
CFESS MANIFESTA. Os impactos do Coronavírus no trabalho do/a assistente social. 2020. Disponível em: <http://www.cfess.org.br/arquivos/2020CfessManifestaEdEspecialCoronavirus.pdf>. Acesso em: 03 de jun. 2022 
CFESS. Agora é lei! Assistentes sociais e psicólogos/as na educação básica!. 2019. Disponível em: <www.cfess.org.br/visualizar/noticia/cod/1647>. Acesso em: 16 de jun. 2022
MATOS, Maurílio Castro. A pandemia do coronavírus (COVID-19) e o trabalho de assistentes sociais na saúde. 2020. Disponível em: <http://www.cress-es.org.br/wp-content/uploads/2020/04/Artigo-A-pandemia-do-coronav%C3%ADrus-COVID-19-e-o-trabalho-de-assistentes-sociais-na-sa%C3%BAde-2.pdf>. Acesso em: 03 de jul. 2022
MUÑOZ, Rafael. A experiência internacional com os impactos da COVID-19 na educação. ONUBR (2020).
NETTO, José Paulo. Capitalismo Monopolista e Serviço Social. São Paulo : Cortez, 1992.
OLIVEIRA, Rebeca. Impactos da Covid-19 na educação. Jeduca (2020).
RAMOS, André de Carvalho. Curso direitos humanos. 4ª ed. São Paulo, Saraiva, 2017
SANCHES, Maria do Socorro Rayol A.; SARMENTO, Helder Boska de Moraes. Assistente social nas escolas: crianças interlocutoras do debate. In: Ser Social. Brasília, v. 14, n. 30, p. 48-75, jan./jun. 2012.
SARLET, Ingo Wolfgang. A eficácia dos direitos fundamentais. 9. ed. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2012.

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