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CONFORTO AMBIENTAL - PSICOLOGIA AMBIENTAL

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CONFORTO 
AMBIENTAL
Ana Cristina Castagna
Evolução urbana e conforto
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
  Relacionar evolução urbana com conforto ambiental.
  Explicar como o urbanismo pode proporcionar conforto ambiental 
nas cidades e nos seus diferentes espaços.
  Exemplificar projetos arquitetônicos em que o conforto ambiental é 
relacionado com o processo urbanístico.
Introdução
Neste capítulo, você vai estudar a relação entre a evolução da cidade 
construída e o conforto ambiental. Você vai verificar a origem das dis-
cussões sobre conforto ambiental e racionalização energética dentro 
da cidade e como o planejamento urbano pode auxiliar na geração de 
conforto ambiental nas edificações. 
Você também vai analisar alguns exemplos de projetos nos quais 
o conforto ambiental foi levado em consideração nas estratégias de 
lançamento projetual e vai verificar como o conforto ambiental pode 
ser colocado em prática hoje em dia. Além disso, você vai identificar 
quais fatores climáticos são mais impactantes e devem ser levados em 
consideração na hora de projetar pensando no conforto ambiental. 
Evolução urbana e conforto ambiental
A preocupação com o conforto do ambiente construído é percebida desde a 
Pré-História, quando o homem adaptava as construções ao clima em que se 
localizava. Nas civilizações greco-romanas, por exemplo, a construção das 
cidades era embasada no genius loci — o espírito do lugar —, o que garantia, 
mesmo que de forma empírica, certa preocupação com a forma de construir. 
As cidades gregas e romanas eram orientadas a partir do Sol, sendo inclusive 
parte do Código de Justiniano — o Corpus Juris Civilis, código de leis do 
imperador Justiniano I, publicado no ano 529 — o direito ao acesso à luz solar.
Norberg-Schulz (1980) adaptou o antigo conceito grego de genius loci ao campo da 
arquitetura, conceituando o termo como a expressão conjunta das características natu-
rais e construídas, incluindo, entre outras, as ambientais, socioculturais, arquitetônicas 
e de hábitos que caracterizam um lugar e o diferenciam de outro.
Tem-se registro da construção orientada por elementos climáticos, como 
insolação e ventos, desde os escritos de Vitrúvio, no seu Tratado de Arquitetura 
(27 a. C.). Vitrúvio e os seus contemporâneos registraram a preocupação com 
a habitabilidade das edificações e das cidades, sugerindo, por exemplo, que as 
pequenas ruas e vielas não fossem retilíneas — para evitar correntes de ventos 
frios —, mas que fossem dimensionadas de forma que não se acumulassem 
ares quentes infecciosos. 
As cidades medievais apresentavam algumas adaptações ao clima se-
melhantes, como as ruas curvas, que evitavam a criação de túneis de vento 
frio no inverno. Entretanto, durante a Idade Média, tornou-se comum a 
construção de casas muito próximas umas das outras, sem recuos (Figura 1). 
Isso impedia que houvesse incidência de luz solar e ventilação em todos os 
cômodos da edificação. Além disso, era comum que o lixo e os excrementos 
humanos fossem descartados nas próprias ruas e vielas, sem nenhuma solução 
para o saneamento. Isso acabou facilitando a disseminação da peste negra, 
que dizimou cerca de um terço da população europeia no período. No livro 
Vigiar e Punir (1987), Michel Foucault descreve como é a cidade tomada 
pela peste. A partir dessa trágica constatação, foram colocadas em prática 
algumas estratégias de construção, como afastamentos entre edificações 
e incidência de ventilação e luz natural, para garantir melhores condições 
de habitabilidade e higiene tanto nas edificações como nas cidades como 
um todo. 
Evolução urbana e conforto2
Figura 1. Ruelas de uma cidade medieval, 
Sarlat, na França.
Fonte: Adaptada de 0slava17/Shutterstock.com.
Essa breve contextualização demonstra que a evolução urbana, ao longo 
da sua história, levou em consideração também as questões relativas ao con-
forto ambiental. A evolução das técnicas construtivas ao redor do mundo 
possibilitou que o homem, de forma gradativa, se adaptasse ao local onde 
fundamenta sua cidade.
A chamada arquitetura vernacular é o conjunto de conhecimentos em-
píricos que fazem o abrigo humano estar adaptado ao meio em que se insere, 
utilizando materiais presentes no próprio local. Esse tipo de arquitetura tem 
origem na ancestralidade, quando as primeiras migrações do continente afri-
cano se deslocaram para os ambientes frios do Norte, há centenas de milhares 
de anos, conforme lecionam Roaf, Crichton e Nicol (2009). A necessidade de 
adaptação às temperaturas provocou o desenvolvimento de roupas mais pesa-
das e abrigos mais resistentes, que garantissem a adaptação ao novo ambiente.
Roaf, Crichton e Nicol (2009) explicam que essa necessidade de adaptação 
ao clima acaba moldando os costumes de toda a comunidade. As ocas indíge-
nas do Xingu, como no exemplo da Figura 2, são construídas em madeira e 
3Evolução urbana e conforto
bambu e garantem conforto térmico, além de, segundo os indígenas, estarem 
sob a proteção xamânica. 
Figura 2. Oca na vila Kamayura, região do Xingu.
Fonte: Adaptada deFrontpage/Shutterstock.com.
As casas dos alpes europeus (Figura 3) possuem telhados com inclinação, 
para que a neve não se acumule sobre a cobertura e coloque sua estrutura em 
risco, conforme leciona Barreto (2018).
Figura 3. Telhados com inclinações evitam grandes acúmulos de neve 
nos Alpes.
Fonte: Adaptada de SABPICS/Shutterstock.com.
Outro exemplo de arquitetura adaptada às condições climáticas locais 
são as palafitas no norte do Brasil (Figura 4), que são assim construídas para 
Evolução urbana e conforto4
que se mantenham tanto nos períodos de seca quando nos períodos de cheia, 
quando o nível de água sobe, ainda de acordo com Barreto (2018).
Figura 4. Palafitas em Manaus, Amazonas.
Fonte: Adaptada de Hans Denis Schneider/Shutterstock.com.
Na cidade contemporânea, a qualidade ambiental das edificações deriva 
da qualidade ambiental urbana, que, por sua vez, deveria ser levada em 
consideração nos planos reguladores urbanísticos. Todavia, os planos diretores 
levam em consideração primordialmente as densidades máximas, as taxas 
de ocupação e os índices de aproveitamento, muitas vezes deixando de lado 
características climáticas como os ventos, a insolação e os efeitos térmicos, 
que poderiam otimizar o conforto dos espaços, conforme apontam Barbirato, 
Souza e Torres (2007).
Dentro da legislação de cada cidade (plano diretor ou código de obras) estão expli-
citados alguns condicionantes que balizam as construções de acordo com local e 
uso. Dentro desses condicionantes estão as densidades máximas (número máximo 
de usuários por unidade, alturas máximas que a edificação pode atingir), as taxas de 
ocupação (diz respeito à projeção de área construída no lote e à porcentagem obriga-
tória de áreas permeáveis) e os índices de aproveitamento (a metragem máxima que a 
edificação pode atingir). Esses condicionantes levam em consideração a capacidade 
da rede de infraestrutura e algumas condições climáticas e urbanísticas de cada local, 
o que acaba influenciando no ambiente urbano. É imprescindível, na hora de projetar, 
que se tenha acesso à legislação atualizada da sua cidade.
5Evolução urbana e conforto
Conforto ambiental nas cidades
Breve panorama histórico
O planejamento urbano é uma disciplina de grande importância para a 
criação e a manutenção do conforto ambiental nas cidades. A partir da Revo-
lução Industrial e do desenvolvimento tecnológico, verifi cou-se o surgimento 
da urbanização e o crescimento populacional em grandes centros. Essa 
urbanização, se comparada com a ocupação do meio rural, é de grande valia 
para a sociedade, já que garante melhores condições de higiene e conforto, 
além da possibilidade de oferecer serviços de saúde, educação, cultura, 
entre muitos outros. Entretanto, trouxe alguns resultados devastadores sob 
o ponto de vista ambiental, como a degradação do meio naturala partir 
dos desmatamentos e escavações, a poluição das águas e do ar e o gradual 
aumento da temperatura. As cidades contemporâneas acabam sendo muito 
custosas sob os pontos de vista ecológico e econômico, conforme lecionam 
Roaf, Crichton e Nicol (2009).
Na história do urbanismo, é possível verificar alguns exemplos de experi-
ências que levaram em consideração uma visão integrada entre a urbanização 
e o meio ambiente, certamente como tentativa de equalizar esses danos. A 
cidade-jardim, criada no início do século XX pelo inglês Ebenezer Ho-
ward, por exemplo, tinha a intenção de equalizar as vantagens da vida em 
comunidade encontradas na cidade com o meio natural do campo. Howard 
criou, então, um esquema radial, com limite de 2.400 hectares, composto 
por unidades de parques para a produção agrícola e unidades destinadas às 
edificações e à vida urbana, conforme apontam Panerai, Castex e Depaule 
(2013).
No urbanismo do movimento moderno, percebe-se a preocupação com 
os recuos e a insolação nas edificações. Um grande exemplo desse urbanismo 
é a Ville Radieuse, de Le Corbusier, uma rigorosa composição dividida em 
zonas (lazer, comércio, residências e negócios), em que os edifícios eram 
densos e as áreas verdes e a luz solar, abundantes (Figura 5). A cidade nunca 
foi construída, mas a intenção era a de racionalizar os transportes e os custos 
energéticos da cidade, que ofereceria qualidade de vida aos seus habitantes. 
Alguns desses princípios acabaram guiando o desenvolvimento urbano 
contemporâneo e os edifícios modernistas, conforme lecionam Panerai, 
Castex e Depaule (2013).
Evolução urbana e conforto6
Figura 5. Ville Radieuse, projeto modernista de Le Corbusier.
Fonte: Adaptada de Merin (2016).
Conforto no planejamento urbano 
Segundo Barbirato, Souza e Torres (2007), o ambiente urbano se confi gura 
como o resultado da interação humana com o espaço natural, sendo inserido, 
portanto, na categoria de espaço adaptado. Dessa forma, essa interação hu-
mana produz consequências no ambiente natural. Como vimos anteriormente, 
a qualidade ambiental das edifi cações está diretamente ligada com a qualidade 
ambiental urbana. Por isso, o assunto tem ganhado relevância tanto no âmbito 
acadêmico quanto no ofício cotidiano do arquiteto e urbanista.
Não há dois climas exatamente iguais, já que o clima de uma localidade 
é, de acordo com Barbirato, Souza e Torres (2007), uma integração de fatores 
globais (latitude, altitude, etc.) e locais (pavimentações do solo, topografia, 
vegetação) e elementos climáticos (ventos, temperatura, umidade). Portanto, 
planejar locais adequados a esses fatores faz com que sejam produzidos espaços 
confortáveis para a vida de seus habitantes.
 A massa edificada da cidade produz alterações de paisagem que acabam por 
gerar microclimas diferentes. Sejam as conhecidas ilhas de calor — geradas 
a partir da grande absorção de calor pelas pavimentações, como asfalto, e dos 
materiais de construção utilizados nas cidades mais densas — ou as ilhas 
frias — caracterizadas pela criação de um microclima mais frio do que os 
7Evolução urbana e conforto
demais, devido à falta de insolação nos arredores de arranha-céus —, qualquer 
intervenção na paisagem tem um efeito nocivo ao clima local.
Para qualquer alteração no meio urbano, é necessário um estudo climático apro-
fundado. Esse tipo de estudo auxilia todos os envolvidos no processo urbanístico 
(planejadores, urbanistas, sociólogos, ecologistas, biólogos, etc.) a projetarem espaços 
urbanos confortáveis no que diz respeito tanto aos critérios técnicos e de desenho como 
também aos critérios ambientais, conforme apontam Barbirato, Souza e Torres (2007). 
Segundo Barbirato, Souza e Torres (2007), os elementos climáticos que mais afetam 
o conforto dos habitantes de uma localidade são a umidade do ar, a temperatura e 
a exposição à radiação solar. São esses elementos que devem, primordialmente, ser 
levados em consideração quando da definição das estratégias projetuais.
Relação entre projeto arquitetônico e conforto 
do meio urbano
Por meio de exemplos, é possível entender como as estratégias projetuais podem 
estar adaptadas ao conforto urbano. As já citadas cidades-jardim e as concepções 
modernistas de cidade (como a Ville Radieuse) levavam em consideração essa 
disciplina, cada qual de sua forma. A primeira, a cidade-jardim, primava pela 
manutenção de uma escala limitada, possibilitando a convivência harmônica 
da produção de subsistência com uma organização urbana. A segunda, a cidade 
moderna, prezava pelo zoneamento quase totalitário, além da alta densifi cação 
— em compensação, implantava severas regras de insolação e ventilação, além 
da criação de vastos espaços abertos e estratégias racionais para o transporte, 
conforme lecionam Panerai, Castex e Depaule (2013).
Entretanto, dificilmente uma cidade é projetada do zero. Muitas vezes 
os edifícios, parques e espaços abertos precisam se adaptar a uma estrutura 
existente e, assim, criar espaços confortáveis. Diversas obras pertencentes ao 
movimento moderno no Brasil levaram em consideração fatores climáticos na 
sua composição. Aliás, o movimento moderno, como um todo, apesar de se 
desvincular do vernáculo, teve intenções de priorizar o conforto gerado pelas 
condições climáticas favoráveis nas edificações, segundo Panerai, Castex e 
Depaule (2013). 
Evolução urbana e conforto8
O Conjunto Pedregulho, de Afonso Eduardo Reidy, é um exemplo 
(Figura 6). Com a temática de habitação social, foi construído no Rio de 
Janeiro na década de 1940. Além de ser implantado de forma harmônica com 
a topografia, o projeto leva em consideração condições como a ventilação 
natural constante, o controle da luz e a circulação facilitada, conforme 
leciona Nascimento (2017). O edifício foi tombado e passou por importante 
obra de restauro recentemente.
Figura 6. Conjunto habitacional Prefeito Mendes de Moraes 
(Pedregulho): adaptação ao terreno, controle da luz por meio 
de elementos nas fachadas e garantia de ventilação.
Fonte: Adaptada de Fracalossi (2011).
Na Figura 7, observa-se o corte do complexo, mostrando o seu acesso 
principal, a adaptação à topografia e a ventilação cruzada presente no edifício.
Figura 7. Conjunto habitacional Prefeito Mendes de Moraes 
(Pedregulho): no corte, percebe-se melhor a adaptação à to-
pografia e o aproveitamento da ventilação natural.
Fonte: Silva (2005, documento on-line).
9Evolução urbana e conforto
Esse projeto fazia parte de um complexo ainda maior que visava a implantar 
todas as necessidades dos usuários deste grande edifício no mesmo local 
(escola, serviços, comércio, espaços de lazer e prática esportiva), permeando 
um grande parque. Esse tipo de estratégia auxilia no conforto urbano, uma 
vez que reduz a necessidade de deslocamentos — trazendo economia de 
tempo e recursos e evitando a liberação de gases provenientes dos veículos 
na microrregião — e proporciona a geração de um microclima sustentável e 
confortável.
No artigo disponível no link a seguir você vai poder conhecer mais detalhes do projeto 
do Pedregulho.
https://goo.gl/KK7R7w
O urbanista dinamarquês Jan Ghel defende, na sua visão contemporânea 
de cidade, que as cidades não deveriam ser planejadas como uma aglomeração 
de edificações individuais. Ele estabelece uma crítica às cidades modernistas, 
alegando que foram pensadas na escala do automóvel e que o que torna uma 
cidade agradável e confortável é planejá-la sob o ponto de vista da escala do 
usuário, equalizando a densidade populacional — necessária para a raciona-
lização do consumo energético e de transportes — com a escala das formas 
construídas e a relação com os espaços abertos. As ideias de Ghel se difundem 
mais a cada dia, com exemplos como Copenhagen e algumas zonas de Nova 
York, conforme aponta Mahfuz (2016).
No link abaixo, conheça um pouco mais das ideias e do trabalho do urbanista Jan Gehl, 
em artigo escrito pelo Professor Edson Mahfuz.
https://goo.gl/hn2SkJ
Evoluçãourbana e conforto10
É possível concluir que, quando se leva em consideração as características 
climáticas e a sensação planejada para os usuários na hora de projetar tanto 
exemplares arquitetônicos quanto estruturas urbanas, o ambiente construído é 
mais saudável. A análise e a adaptação climática e ambiental trazem conforto 
para o usuário direto e constroem uma cidade mais sustentável, equilibrando 
espaços construídos com espaços abertos, sempre bem-dimensionados para 
as funções que virão a receber.
1. Sabe-se que, na civilização 
greco-romana, a construção das 
cidades era embasada no genius 
loci (espírito do lugar). Qual era a 
principal orientação utilizada para 
o conforto das construções?
a) Ventos.
b) Marés.
c) Sol.
d) Temperatura.
e) Latitude.
2. Como pode ser definida a 
arquitetura vernacular?
a) Uma arquitetura voltada ao 
usuário direto, por meio do 
correto dimensionamento 
dos espaços e da relação 
com os espaços abertos.
b) A arquitetura projetada a 
partir do estudo climático-
científico do local.
c) O conjunto de elementos 
climáticos levados em 
consideração no projeto 
de edificações.
d) A adaptação das construções ao 
local onde estão implantadas, 
levando em consideração 
conhecimentos empíricos e 
materiais próprios do local.
e) As edificações que levam em 
consideração o respeito ao 
meio ambiente, sem poluí-lo.
3. Selecione a alternativa que traz 
algumas das desvantagens 
da urbanização a partir da 
Revolução Industrial, no que diz 
respeito ao meio ambiente.
a) Acesso da população a 
melhores condições de higiene 
e conforto e a serviços de 
saúde, educação e cultura.
b) Degradação do meio natural 
por meio de desmatamentos 
e escavações, poluição das 
águas e do ar e gradual 
aumento de temperatura.
c) Efeito estufa e desmatamento 
de matas nativas.
d) Escassez de alimentos devido 
à redução do número de 
pessoas no meio rural.
e) Escassez de água potável.
4. Quais fatores definem 
conjuntamente o clima 
de uma região?
11Evolução urbana e conforto
BARBIRATO, G. M., SOUZA, L. C. L., TORRES, S. C. Clima e cidade: a abordagem climática 
como subsídio para estudos urbanos. Maceió: EDUFAL, 2007. v. 1.
BARRETO, A. M. Como arquitetura vernacular ajuda nas soluções sustentáveis. Green-
topia, 26 jan. 2017. Disponível em: <http://greentopia.com.br/arquitetura-vernacular-
-e-sustentabilidade/>. Acesso em: 20 nov. 2018.
FOUCAULT, M. Vigiar e punir: nascimento da prisão. Petrópolis: Vozes, 1987.
FRACALOSSI, I. Clássicos da Arquitetura: Conjunto Residencial Prefeito Mendes de Moraes 
(Pedregulho)/Affonso Eduardo Reidy. ArchDaily, 2 dez. 2011. Disponível em: <https://
www.archdaily.com.br/br/01-12832/classicos-da-arquitetura-conjunto-residencial-
-prefeito-mendes-de-moraes-pedregulho-affonso-eduardo-reidy>. Acesso em: 20 
nov. 2018.
GHEL, J. Cidade para as pessoas. São Paulo: Perspectiva, 2014.
MAHFUZ, E. C. Projetos que valorizam a vitalidade das cidades. Fronteiras do Pensamento, 
23 nov. 2016. Disponível em: <https://www.fronteiras.com/artigos/projetos-que-
-valorizam-a-vitalidade-das-cidades>. Acesso em: 20 nov. 2018.
MERIN, G. Clássicos da Arquitetura: Ville Radieuse/Le Corbusier. ArchDaily, 9 maio 2016. 
Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/787030/classicos-da-arquitetura-
-ville-radieuse-le-corbusier>. Acesso em: 20 nov. 2018.
a) Latitude, altitude e albedo.
b) Locais, regionais e ventos 
predominantes.
c) Globais, terrestres e aquáticos.
d) Locais, elementos climáticos 
e temperatura.
e) Latitude, topografia e 
ventos predominantes.
5. Quais são as principais 
características da cidade-jardim, 
de Ebenezer Howard?
a) Estrutura radial, racionalização 
dos transportes e incidência solar.
b) Edifícios recuados, grandes 
espaços ao ar livre e 
grandes bulevares.
c) Estrutura radial, convivência 
harmônica de núcleos 
urbanos com espaços 
agrícolas e escala limitada.
d) Produção agrícola, estrutura 
quadrangular e densificação.
e) Convivência harmônica de 
núcleos urbanos com espaços 
agrícolas, densificação e 
racionalização dos transportes.
Evolução urbana e conforto12
NASCIMENTO, F. B. A restauração do Conjunto Residencial do Pedregulho: trajetória da 
arquitetura moderna e o desafio contemporâneo. Rev. CPC, São Paulo, nº. 22 especial, 
p.138-175, abr. 2017. 
NORBERG-SCHULZ, C. Genius loci: towards a phenomenology of architecture. New 
York: Rizzoli, 1980.
PANERAI, P.; CASTEX, J.; DEPAULE, J. C. Formas urbanas: a dissolução da quadra. Porto 
Alegre: Bookman, 2013.
ROAF, S.; CRICHTON, D.; NICOL, F. A adaptação de edificações e cidades às mudanças 
climáticas: um guia de sobrevivência para o século XXI. Porto Alegre: Bookman, 2009.
SILVA, R. S. O conjunto Pedregulho e algumas relações compositivas. Arquitextos, São 
Paulo, ano 06, nº. 062.06, Vitruvius, jul. 2005. Disponível em: <http://www.vitruvius.
com.br/revistas/read/arquitextos/06.062/446>. Acesso em: 20 nov. 2018.
13Evolução urbana e conforto
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