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Imitanciometria, timpanometria

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AudiologiaAudiologia
Tutorial 03
Resumo por Iris Layane 
1-Compreender a imitanciometria e sua aplicabilidadee sua aplicabilidade;
2-Conhecer a influência do resfriado no resultado da avaliação audiológica;
3-Identificar o possível achado etiológico do caso e sua influência na vida
biopsicossocial;
4-Discutir as implicações da orientação pré e pós avaliação audiológica;
5-Identificar a necessidade do uso do mascaramento.
G. H.S, 25 anos formado no curso técnico há 6 meses, foi encaminhado ao
médico do trabalho da empresa, para realização dos exames admissionais.
Ficou apreensivo quando entrou na sala da fonoaudióloga para realização
da audiometria, pois após um intenso resfriado permaneceu com o ouvido
tapado e ouvindo abafado por uma semana na orelha direita. Percebendo
uma diferença significativa entre os limiares aéreos das duas orelhas, a
fonoaudióloga pesquisou também os limiares ósseos. Após a análise dos
resultados, esta sugeriu a investigação audiológica complementar através
da pesquisa das medidas de imitância acústica. O médico do trabalho a
questionou sobre como essa pesquisa seria realizada e qual a contribuição
deste procedimento para o diagnóstico audiológico do funcionário.
Imitanciometria e sua aplicabilidade
Objetivo 1
O que é a imitanciometria?
A Imitanciometria é um teste objetivo, que
não necessita da resposta do paciente,
sendo possível a verifica as condições da
orelha média. Os resultados obtidos devem
ser interpretados em conjunto com a
audiometria tonal e vocal e meatoscopia. A
imitanciometria sozinha não estabelece o
diagnóstico audiológico.
A bateria de imitância acústica é
composta por exames rápidos, indolores
e de fácil realização, que irá fornecer
informações importantes, como:
•Detecção de alterações na orelha média; 
• Inferência sobre os limiares auditivos;
• Possível presença de alterações
retrococleares; 
• Presença do recrutamento objetivo de
Metz*; 
• Topo diagnóstico de lesões do nervo
facial;
• Avaliação da função tubária; • Pesquisa
do declínio do reflexo;
OBS.: O recrutamento objetivo de Metz
pode ser definido como um crescimento
anormal da sensação de intensidade em
relação ao aumento da intensidade
física do som. A diferença entre o que o
individuo detecta em seu limiar
psicoacustico e o que ele tolera em seu
limiar de desconforto, é bastante
reduzida. Dizemos que o paciente é
Recrutante quando a diferença entre o
limiar do reflexo estapediano e o limiar
psicoacustico é menor que 60 dB, o que
é sugestivo de lesão coclear.
• Conceitos importantes para entendimento
da imitanciometria:
• COMPLIÂNCIA: significa liberdade de
movimento. 
Quando uma onda sonora incide sobre uma
superfície de separação, como a membrana
timpânica, parte da onda é refletida e outra
parte é transmitida.
Desta forma, a compliância da orelha média é
medida a partir da variação da pressão no
meato acústico externo movimentando o
tímpano na direção da orelha média (pressão
positiva) ou na direção do MAE (pressão
negativa).
O imitanciometro compara o quanto a pressão
externa (MAE) é equivalente à pressão da
orelha média
A compliância é considerada máxima
quando há pressões equivalentes dos dois
lados da membrana timpânica e se relaciona
com a mobilidade do sistema tímpano-
ossicular
• IMPEDÂNCIA ACÚSTICA: é a oposição total
que o sistema tímpano-ossicular oferece ao
fluxo de energia sonora. 
• COMPLACÊNCIA ACÚSTICA: é a facilitação
com que a energia flui através do sistema.
 Equipamento
O equipamento utilizado no exame é o
imitanciometro. Este equipamento possui
uma sonda, composta por um pequeno alto-
falante, um transdutor de pressão e um
microfone.
O alto falante gera um tom de 226 Hz para o
interior do MÃE, enquanto o microfone
capta as variações de intensidade sonora
no MÃE. A pressão pode variar de +200 a
-600 daPa, essa faixa pode ser maior ou
menor, de acordo com o equipamento
utilizado. 
A imitanciometria é composta por duas
etapas: a TIMPANOMETRIA e a PESQUISA
DO REFLEXO ESTAPEDIANO.
• A timpanometria avalia a mobilidade do
sistema tímpanoossicular (complacência),
por meio da variação de pressão dentro do
MÃE; 
• A pesquisa do reflexo estapediano, é um
reflexo involuntário do musculo estapédio
em resposta a um estimulo sonoro
supraliminares.
Durante a realização do exame é importante
orientar o paciente a ficar quieto, não mover
a cabeça, evitar tossir e deglutir.
É FUNDAMENTAL REALIZAR A OTOSCOPIA
E A LIMPEZA DO CONDUTO ANTES DO
EXAME, pois o excesso de cerume pode
alterar os resultados e causar o
entupimento da sonda. Além disso, é
imprescindível a vedação completa do
conduto auditivo externo com a oliva e a
colocação do fone na orelha contralateral. 
Timpanometria
É uma medida dinâmica que verifica a
mobilidade do sistema tímpanoossicular
em decorrência da variação de pressão
no meato acústico externo.
Essa medida se dá a partir da mudança no
nível de pressão sonora no MÃE à
proporção que a pressão de ar aumenta
ou diminui.
A timpanometria é representada
graficamente pela variação da imitância,
na membrana timpânica, em função da
pressão no MÃE. O resultado da
timpanometria é expresso por uma curva
que reflete o pico de máxima
complacência.
Como o exame é realizado?
Ao dar inicio ao exame, será aplicado um
som continuo no MÃE ao mesmo tempo em
que será introduzida uma variação de
pressão que será capaz de provocar
mudanças no sistema tímpano-ossicular,
tornando-o mais rígido ou flexível. A partir
disso, serão caracterizadas as curvas
timpanometria. 
• Tipos de Curva
→ Tipo A
• Complacência entre 0,3 ml e 2,5 ml; 
• O pico de máxima complacência deve
estar entre +100 e -100 daPa; 
• Essa curva é observada em indivíduos
com mobilidade da membrana timpânica e
estruturas da orelha média integras.
→ Tipo Ar
• Complacência rebaixada (abaixo de 0,3
ml); • O pico de máxima complacência
deve estar entre +100 e -100 daPa; 
• Indica rigidez das estruturas da orelha
média; 
• Pode ser observada em indivíduos com
otosclerose, timpanosclerose, fixação da
cadeia ossicular, etc.
→ Tipo Ad
• Complacência aumentada (acima de
2,5 ml); 
• O pico de máxima complacência deve
estar entre +100 e -100 daPa; 
• Essa curva indica elevada mobilidade
das estruturas da OM; 
• Costuma est ar associada à interrupção
da cadeia ossicular ou MT flácida,
regeneração da MT, etc.
→ Tipo B
• Complacência muito reduzida (abaixo
de 0,3 ml); 
[
• Não apresenta pico em nenhuma
pressão de ar, apresentando curva
achatada; 
• Pode ser observada em alterações da
OM como otites serosas.
→ Tipo C
• Complacência entre 0,3 ml e 2,5 ml;
 • Pico de complacência deslocado para
pressões negativas, abaixo de -100 daPa
; • Pode ser observada em indivíduos com
mau funcionamento da tuba auditiva; 
Reflexo Acústico
Estapediano
• O que é?
O reflexo acústico estapediano
corresponde a contração do musculo
estapediano mediante estimulação
acústica de forte intensidade.
Esse musculo está ligado a porção anterior
da cabeça do estribo e durante a sua
contração há uma limitação do movimento
dos ossículos, atenuando a vibração em
todo o sistema. 
Essa ação é considerada um mecanismo
que auxilia na proteção da orelha interna
aos danos causados por sons intensos. 
A admitância da orelha media diminui
quando os músculos estapédio e tensor do
tímpano contraem-se aumentando a
rigidez do sistema. 
• Para que serve?
Esse exame avalia a integridade funcional
das estruturas da orelha media e interna.
• Como realizar?
Após a realização da timpanometria e
determinação do pico de máxima
complacência é iniciada a pesquisa dos
reflexos acústicos estapediano.
O estimulo é apresentado entre 1 e 2
segundos, pelo examinador ou pelo
próprio equipamento caso esteja na
modalidade automática. 
O reflexo ocorre, comumente, com
estímulos de 70 a 100 dB acima do limiar
da via aérea, com exceção de pacientes
com recrutamento objetivo de Metz. 
Testa-se as frequências de 500, 1000,
2000 e 4000 Hz.
• Como é pesquisado?
Há duas formas de obtenção do reflexo: a
medida ipsilateral e a medida contralateral.Na forma ipsilateral, o estimulo e a captação
do reflexo se dão na mesma orelha. Já o
contralateral, o reflexo é captado no lado
oposto ao estimulo sonoro, sendo necessário
cruzar o tronco encefálico.
Exemplos: Medida contralateral: No boneco
1, a via em que o reflexo é eliciado (aferente)
é à esquerda, ou seja, onde está o fone. 
Quando o estimulo acústico é suficiente para
eliciar o reflexo, o musculo estapédio de
ambas as orelhas irão se contrair
simultaneamente. 
Se as estruturas da eferência – lado que está
a sonda – estiverem integras, o reflexo
poderá ser captado. 
Medida contralateral: No boneco 2, as vias
aferente e eferente são representadas pelo
lado onde está a sonda. 
Assim, é preciso que esta orelha tenha limiar
suficiente para eliciar o reflexo e que as
estruturas da orelha média estejam integras. 
OBS.: Sempre que a sonda estiver em uma
orelha com componente condutivo, ou seja,
com alteração da orelha média, não será
possível captar o reflexo acústico. Isso
porque, como há um aumento da impedância
nesta orelha devido ao componente
condutivo, o equipamento não é capaz de
registrar o reflexo, ou seja, o enrijecimento
do sistema. 
➢ Importante:
Ao realizar a pesquisa do reflexo, haverá
sempre duas vias: a via aferente e a via
eferente. 
Macete: a letra “a” inicia o alfabeto, portanto,
a via aferente vai ser a via em que “inicia” o
reflexo, já a via eferente será a via em que o
reflexo será captado. Em linguagem técnica, a
via aferente é a via em que o reflexo será
eliciado. O reflexo sempre será captado pela
sonda. 
O termo contralateral é referente a orelha
onde está o fone!!!
• Estruturas que participam do
reflexo acústico-estapediano
→ Reflexo ipsilateral direito:
• O estimulo é dado na mesma orelha em que
está a sonda; 
• O estimulo vai pela via aferente (nervo
vestibulococlear – VIII par), onde o reflexo é
eliciado; 
• Os impulsos das células sensoriais cocleares
são transmitidos pelo nervo ao núcleo coclear
ipsilateral; 
• Algumas fibras passam do núcleo coclear
para o complexo olivar superior; 
• Em seguida, atinge o núcleo motor do nervo
facial e provoca a contração do músculo
estapédio ipsilateral;
• Retorna pela via eferente (nervo facial – VII
par), sendo captada pela sonda.
→ Reflexo contralateral
esquerdo:
OBS: Contralateral é sempre onde está o
fone: contralateral esquerdo – fone na
esquerda. 
• O estímulo é dado na orelha onde está o
fone, no lado contrário à sonda; 
• O estimulo vai pela via aferente (nervo
vestibulococlear – VIII par), onde o reflexo
é eliciado; 
• Passa pelo núcleo coclear, faz o
cruzamento no tronco encefálico; 
• Após a estimulação do nervo acústico e
núcleo coclear, atinge o núcleo motor do
nervo facial esquerdo e provoca a
contração do musculo estapediano
contralateral esquerdo; 
• Retorna pela via eferente (nervo facial –
VII par) esquerda, sendo captada pela
sonda. 
Para que exista o reflexo estapediano
contralateral devemos ter: 
• Limiar auditivo suficiente para eliciar o
reflexo na aferência; 
• VII e VIII pares cranianos íntegros
(lembrar que um ramo motor do VII par
inerva o musculo estapédio e a percepção
do som ocorre pelo VIII par); 
• Integridade do sistema tímpanoossicular
na eferência; 
• Ausência de patologias na orelha media.
Identificar o possível achado etiológico do caso e sua
influência na vida biopsicossocial;
Objetivo 3
A Trompa de Eustáquio (TE) consiste na
estrutura anatómica através da qual a cavidade
timpânica comunica com a nasofaringe,
contribuindo para o normal funcionamento do
ouvido médio.
A Disfunção da Trompa de Eustáquio (DTE)
define-se pela existência de alterações na
função de ventilação e presença de sinais e
sintomas relacionados com desregulação da
pressão do ouvido médio.
Estima-se que a prevalência da DTE seja de
aproximadamente 1% na população adulta. 
No que respeita à população pediátrica, cerca
de 40% das crianças com idade inferior a 10
anos desenvolve em algum momento DTE,
nomeadamente por hipertrofia de adenóides,
infeções respiratórias recorrentes ou produção
excessiva de muco, as quais poderão ter como
consequência edema e inflamação da mucosa
respiratória. Também infecções do ouvido
médio prévias, rinite e/ou sinusite mostraram
influenciar a função da TE.
A DTE ocorre quando o revestimento mucoso
da TE está edemaciado ou não se dilata ou
encerra devidamente. 
Quando o mecanismo da TE falha, quer na sua
função passiva ou activa, uma série de eventos
poderão ocorrer, como consequência, ao nível
do ouvido médio, os quais poderão variar
desde ligeira retracção da membrana
timpânica até ao desenvolvimento de
colesteatoma.
Na presença de DTE, verifica-se um
desequilíbrio de regulação de pressão e
ventilação do ouvido médio, gerando-se uma
pressão negativa, a qual tem como
consequências a diminuição paulatina da
mobilidade da membrana timpânica e da
cadeia ossicular, promovendo o surgimento e
progressão de otite média crónica efusiva,
atelectásica, adesiva e colesteatomatosa
Isolamento social, dificuldades de
comunicação, bem como diminuição da
produtividade são algumas das
consequências também verificadas.
A TE apresenta três principais funções
fisiológicas:
 1. Protecção do ouvido médio contra
secreções e agentes patogénicos da
nasofaringe e contra pressão sonora; 
2. Clearance das secreções do ouvido médio
para a nasofaringe; 
3. Ventilação do ouvido médio, assegurando a
regulação de pressões, isto é, o equilíbrio da
pressão de gases no ouvido médio
relativamente à pressão atmosférica.
 Fisiologia da Trompa de
Eustáquiosubtítulo
A função primária da TE consiste em optimizar
a transferência de som através do ouvido
médio para o ouvido interno ao facilitar a
condução de ar e a equalização de pressões
entre o ouvido médio e a nasofaringe. Uma vez
que, como a TE é revestida por epitélio ciliado
pseudoestratificado colunar, é também
responsável pela clearance das secreções do
ouvido médio e impede a passagem de som,
agentes patogénicos e refluxo provenientes da
nasofaringe.
A TE encontra-se habitualmente encerrada e
abre-se durante a deglutição, o bocejo ou o
espirro. Com a abertura da TE pela acção do
músculo responsável, Músculo Periestafilino
Externo, o ar move-se da nasofaringe para o
ouvido médio. Tal permite a equalização de
pressões entre o ar do exterior e a pressão
aérea no interior da cavidade timpânica e,
também, a aeração do ouvido médio
 Este mecanismo protege o ouvido de
alterações bruscas de pressão, mantém a
mucosa preservada e permite à unidade
tímpano-ossicular vibrar sem quaisquer
interferências. A TE é também responsável
pela drenagem do ouvido médio, protegendo-
a do acúmulo de secreções.
O Músculo Periestafilino Externo tem,
igualmente, a função de expelir as secreções
do ouvido médio para a nasofaringe.
Definição
a DTE define-se pela ocorrência de alteração
na função de ventilação e sinais e sintomas
relacionados com desregulação da pressão do
ouvido médio.
A sua definição é desafiante, uma vez que
existem distintas formas de DTE, variando os
sinais e sintomas, sendo estes inespecíficos e
comuns a diferentes formas de patologias dos
ouvidos médio e interno.
Classificação
Quanto à sua classificação, a DTE pode ser
aguda/transitória, quando os sintomas e sinais
persistem durante um período de tempo
inferior a três meses, e crónica quando mais de
três meses.
São considerados três subtipos de DTE: 
1. disfunção de dilatação (obstrutiva); 
2. disfunção induzida pelas alterações de
pressão atmosférica (baro-challenge-induced);
3. disfunção patulosa.
Dentro do primeiro subtipo, de dilatação, pode
ainda considerar-se a obstrução funcional,
obstrução dinâmica (devida a falência
muscular) e obstrução anatómica (como por
exemplo, na existência de carcinoma da
nasofaringe). 
A DTE induzida pelas alterações de pressão
atmosférica descreve os mesmos sintomas
experienciados com alterações da pressão
atmosférica, comummente devido a voos de
avião ou prática de mergulho.
Quanto ao terceiro subtipo, DTE patulosa,
pensa-se que esteja relacionadacom a
diminuição de tecido adiposo peri-tubar
localizado na região lateral e inferior da TE,
tecido adiposo de Ostmann, o qual permite a
manutenção de uma adequada pressão e tem
uma função de protecção que, aquando do
correcto funcionamento da TE, permite as
condições para que a mesma se encerre. A
perda deste tecido está descrita em situações
como perda ponderal, gravidez,
envelhecimento, stress e aumento catabólico,
originando este subtipo de DTE, na qual a TE
se encontra aberta de modo permanente.
Etiologia: 
São várias as possíveis causas de DTE,
nomeadamente: infecciosa, alérgica,
mecânica, genética, congénita, por exposição
ambiental, refluxo gastroesofágico ou causas
iatrogénicas.
Assim, identificam-se como principais
possíveis etiologias de DTE, as seguintes;
o infecção do tracto respiratório superior, de
causa vírica;
o sinusite crónica; 
o rinite alérgica; 
o hipertrofia dos adenóides; 
o exposição ao fumo do tabaco; 
o refluxo gastroesofágico; 
o fenda palatina; o exposição a radiação; 
o diminuição da pneumatização das células
mastoideias; 
o exposição a óxido nitroso.
Sinais e sintomas
Desregulação da pressão no ouvido médio
afectado, especificamente os seguintes:
sensação de plenitude auricular, estalidos
(“popping”) ou dor/desconforto. Poderão
também referir pressão auricular, sensação de
ouvido “tapado” ou “debaixo de água”,
crepitações, zumbidos, vertigem, autofonia e
audição “abafada”, com hipoacusia. Podem
apresentar-se, igualmente, com incapacidade
de rapidamente equilibrar a pressão do ouvido
médio, otite média serosa e retracção da
membrana timpânica
A avaliação clínica irá depender dos testes e
equipamentos disponíveis aquando da
realização da mesma. Idealmente, a avaliação
da DTE deverá incluir: 
1. Otoscopia ou otomicroscopia; 
2. Timpanometria; 
3. Testes de Rinne e Weber ou Audiometria de
tons puros; 
4. Nasofaringoscopia (de modo a visualizar a
abertura da TE).
O mais importante aspecto da examinação
clínica é a otoscopia. Algumas das mais
perceptíveis características sugestivas de DTE
incluem efusão do ouvido médio ou retracção
da membrana timpânica
Está definido que, para diagnosticar a DTE do
tipo de dilatação, os sintomas relatados pelo
doente deverão ser acompanhados de
evidência de pressão negativa no ouvido
médio, como averiguado na avaliação clínica,
através de: 
1. Evidência de retracção da membrana
timpânica, por otoscopia ou otomicroscopia; 
2. Indicação de pressão negativa do ouvido
médio no timpanograma. 
Na DTE induzida pelas alterações de pressão
atmosférica, a otoscopia e a timpanometria
poderão ser normais à pressão atmosférica
ambiente, e, então, o diagnóstico irá basear-se
na história clínica. 
Nalguns casos, poderão estar presentes efusão
do ouvido médio ou hemotímpano. No caso de
DTE patulosa, o movimento da membrana
timpânica síncrono com as movimentos
respiratórios é diagnóstico quando se
visualiza, embora nem sempre esteja presente
https://repositorio.ul.pt/bitstream/10451/4351
8/1/MartaCBasso.pdf
Disfunção da Trompa de Eustáquio: Revisão
Bibliográfica

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