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Aprofundar Portugues Analise do poema Dies Irae, de Miguel Torga

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quarta-feira, 30 de dezembro de 2020
à(s) dezembro 30, 2020
Análise do poema "Dies Irae", de
Miguel Torga
Leitura e Compreensão 
Apetece cantar, mas ninguém canta. 
Apetece chorar, mas ninguém chora. 
Um fantasma levanta 
A mão do medo sobre a nossa hora. 
Apetece gritar, mas ninguém grita. 
Apetece fugir, mas ninguém foge. 
Um fantasma limita 
Todo o futuro a este dia de hoje. 
Apetece morrer, mas ninguém morre. 
Apetece matar, mas ninguém mata. 
Um fantasma percorre 
Os motins onde a alma se arrebata. 
Oh! maldição do tempo em que vivemos, 
Sepultura de grades cinzeladas, 
Que deixam ver a vida que não temos 
E as angústias paradas! 
Miguel Torga, in 'Cântico do Homem'
Página 138
Leitura | Compreensão
Poema “Dies Irae” 
1. O tempo representado no poema é o da
ditadura e caracteriza-se pelo medo, pelo
sofrimento e pela falta de liberdade (“Um
fantasma levanta/A mão do medo sobre a nossa
hora.”, vv. 3-4; “Oh! maldição do tempo em que
vivemos, / Sepultura de grades cinzeladas”, vv.
13-14).
2. O paralelismo salienta, nos dois primeiros
versos das três primeiras quadras, a oposição
existente entre aquilo que “Apetece” e o que
efetivamente acontece e que é distinto, como
sugere a conjunção “mas”. Nos dois últimos
versos dessas estrofes, o paralelismo apresenta
a justificação para as situações referidas,
impostas pela opressão do “fantasma” que
determina o medo e a limitação da liberdade.
3. A última estrofe corresponde ao lamento
conclusivo do sujeito poético sobre o seu
presente, uma “Sepultura de grades cinzeladas”
(v. 14), uma prisão que deixa vislumbrar 
Dies Irae
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