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Caso Clínico I: Asplenia congênita Denise tinha 10 meses quando desenvolveu resfriado que durou por duas semanas. No 14º dia de seu resfriado, ela ficou sonolenta e com febre alta (41,7ºC). Quando ela apresentou movimentos convulsivos, foi encaminhada para o Pronto Socorro, mas morreu a caminho do hospital. Culturas post-mortem foram obtidas do sangue, garganta e líquido cérebro-espinhal. Todas as culturas cresceram Haemophilus influenzae. Na autópsia foi verificado que ela não possuía baço. No mesmo período da morte de Denise, sua irmã de três anos, Eduarda, teve febre de 38,9ºC e queixava-se de dor de ouvido que estavam avermelhados. Seu hemograma apresentou uma contagem de leucócitos muito elevada (28.500 céls/ul). Culturas do seu nariz, garganta e sangue cresceram Haemophilus influenzae. Foi então prescrito ampicilina intravenosa por 10 dias no hospital e ela foi então liberada para sua casa em boa saúde. No ano subsequente, Eduarda teve durante três ocasiões otite media (inflamação do ouvido médio), pneumonia e mastoidite (inflamação do osso mastóide atrás do ouvido). Outro irmão de Denise, João, foi admitido no hospital com 21 meses de idade com meningite causada por Streptococcus pneumoniae. Ele respondeu bem aos antibióticos e foi liberado. Aos 27 meses de idade ele teve uma nova infecção com meningite pneumocócica. Aos três anos e meio, ele teve pneumonia. Foi constatado que Eduarda e João também não apresentavam baço. Todas as crianças foram imunizadas nas idades de 3, 4 e 5 meses contra toxóides tetânicos, diftéricos e Bordetella pertussis para proteger contra tétano, difteria e coqueluche (todas pela via intramuscular de aplicação). As crianças também receberam vacina tifóide subcutaneamente. Testes foram realizados para testar suas respostas de anticorpos contra todos esses antígenos e tudo estava normal, ou seja, as crianças produziram concentrações adequadas de anticorpos. O mesmo resultado não ocorreu quando as crianças receberam 1 ml de uma suspensão de 25% de hemácias de carneiro via endovenosa. 1. Por que as crianças eram susceptíveis a infecções sistêmicas (notadamente no sangue) por Streptococcus pneumoniae e Haemophilus influenzae ? O que é a cápsula como ela atua protegendo as bactérias descritas na questão anterior? 2. Por que as crianças apresentavam uma resposta normal às vacinas, mas não às hemácias de carneiro? 3. Explique qual o componente principal e o mecanismo de ação das vacinas contra o tétano e Salmonella typhi (vacina tifoide). 4. Qual a diferença imunológica da retirada do baço em indivíduos adultos quando comparamos com crianças? Você aconselharia alguém que perdeu o baço em um acidente ser vacinado para Haemophilus influenzae ? Explique. 5. Em um indivíduo que perdeu o baço, qual outro órgão compensa sua atividade de retirada de hemácias senis da circulação? Qual célula faz isso?
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