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Café 2 (2)

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Cultura do CAFÉ 
Cotação de 22/03/2022 
Cotação de 22/03/2022 
• A primeira cultivar de Coffea canephora introduzida no Brasil foi o conilon. 
 
• Esta cultivar pode chegar a 5 metros de altura, possui folhas maiores, de 
coloração verde-clara e com nervuras mais salientes que as do café arábica. 
 
• O café robusta também apresenta dimorfismo de ramos, como descrito para 
o café arábica (ortrópicos e plagiotrópicos). 
 
• Contudo, na espécie C. canephora a planta apresenta vários caules 
(multicaule), o que possibilita a obtenção de maior produtividade. 
 
Fisiologia do café robusta 
 
Fisiologia do café robusta 
• É uma espécie alógama (fecundação cruzada). 
-Depende da movimentação dos ventos e de insetos, para que ocorra a polinização 
(usar inseticidas seletivos). 
 
• Plantar mais de duas cultivares/clones, na mesma área de 
cultivo, em linhas alternadas com ciclo de maturação diferente. 
 
• Coffea arabica 
- Origem: Etiópia (clima úmido e temperaturas amenas). 
– Temperatura: regiões com temperaturas médias anuais entre 18 e – 
22ºC são as mais favoráveis para o cultivo do café arábica. 
 
- Regiões com temperaturas médias anuais abaixo de 18ºC e acima de 
23ºC são consideradas inaptas. 
- Temperaturas altas causam aborto das flores, diminuindo a 
produtividade. 
- Em locais com temperaturas muito baixas, há risco de ocorrer 
geadas, prejudiciais ao cafeeiro. 
Exigências climáticas do cafeeiro 
 
• Precipitação: regiões com precipitações anuais entre 1.200 e 1.800 mm. 
 
• O café arábica exige alta umidade durante o período vegetativo e de 
frutificação, ou seja, de setembro/outubro a abril/maio. Durante a estação 
de repouso (junho a setembro) é mais tolerante ao déficit hídrico. 
 
- Altitude: a ideal está entre 1.000 a 1.200 metros, mas o café arábica 
consegue se adaptar em altitudes acima de 400 metros. 
- 
- Regiões produtoras: no Brasil, o café arábica é cultivado em Minas – Gerais, 
São Paulo, Paraná e Bahia. 
 
Exigências climáticas do cafeeiro 
 
• Coffea canephora 
 
• Origem: regiões equatoriais, baixadas quentes e úmidas da bacia do – Congo. 
 
• É adaptado a clima úmido e temperaturas mais elevadas. 
 
 
• Temperatura: regiões com temperaturas médias anuais entre 22 e – 26ºC são ideais para o cultivo do 
café robusta. Temperaturas elevadas associadas ao estresse hídrico podem provocar queda de flores e 
frutos. 
 
 
• Precipitação: o ideal são regiões com precipitação anual acima de – 1.500 mm. 
• café robusta e o arábica necessitam de alta umidade durante o período de floração e frutificação. 
 
 
• Altitude: são adaptados a regiões de baixa altitude. 
 
 
• Regiões produtoras: no Brasil, o café robusta é cultivado no Espírito – Santo, no norte do Rio de 
Janeiro, Mato Grosso, Rondônia, sul da Bahia e Acre. 
Exigências climáticas do cafeeiro 
 
• Início da produção 4 anos após a implantação da muda em campo. 
• No primeiro, 
• Formam-se os ramos vegetativos, com gemas axilares nos nós (Setembro a março). A partir de 
março, quando os dias começam a se encurtar, as gemas vegetativas axilares são induzidas por 
fotoperiodismo em gemas reprodutivas (GOUVEIA, 1984). 
 
• Em abril, com os dias curtos, com menos de 13 horas de luz efetiva, intensifica-se a indução das 
gemas foliares existentes para gemas florais, que começam a se desenvolver (PIRINGER e 
BORTHWICK, 1955). 
 
• Essas gemas florais vão amadurecendo e, quando maduras, entram em dormência (Julho a 
agosto) e ficam prontas para a antese (abertura floral), quando ocorre um aumento substancial do 
potencial hídrico nas gemas dormentes. 
 
• O choque hídrico, causado por chuva ou irrigação, é o principal fator para desencadear a florada. 
 
• Outros motivos, como um acentuado aumento da umidade relativa do ar, mesmo que os cafeeiros 
não recebam chuva diretamente, poderá também provocar a florada (CAMARGO e FRANCO, 1985). 
Fenologia 
O café arábica (Coffea arabica L.) leva dois anos para completar o ciclo fenológico de frutificação 
 
• O segundo ano fenológico inicia-se com a florada, formação dos 
chumbinhos, que precede a expansão dos grãos até atingir o 
tamanho normal. 
 
• Em seguida ocorre a granação dos frutos e a fase de maturação. 
 
• Na primavera do ano seguinte brotam novos ramos vegetativos, 
que se transformam em reprodutivos, permitindo nova produção, 
defasada no ano seguinte. 
Fenologia 
O café arábica (Coffea arabica L.) leva dois anos para completar o ciclo fenológico de 
frutificação 
Fenologia 
O café arábica (Coffea arabica L.) leva dois anos para completar o ciclo fenológico de frutificação 
Fenologia 
• Após o período de repouso das gemas dormentes nos nós dos ramos plagiotrópicos (0) ocorre aumento 
substancial do potencial hídrico nas gemas florais maduras, devido, principalmente, à ocorrência de um 
“choque” hídrico provocado por chuva ou irrigação. 
 
• Nesse estádio, as gemas entumecem (1) e os botões florais crescem devido a grande mobilização de água e 
nutrientes (2), que se estendem até a abertura das flores (3), e posterior queda das pétalas (4). 
 
• Após a fecundação, principia a formação dos frutos, fase denominada “chumbinho” (5), quando os frutos não 
apresentam crescimento visível. 
 
• Posteriormente, os frutos se expandem (6) rapidamente. 
 
• Atingindo seu crescimento máximo, ocorre a formação do endosperma, que segue a fase de grão verde (7), com 
a granação dos frutos. 
 
• Para a diferenciar o fim da fase 6 e início da 7 é necessário realizar um corte transversal em alguns frutos para se 
verificar o início do endurecimento do endosperma. 
 
• A partir da fase “verde cana” (8) que caracteriza o início da maturação, 
 
• os frutos começam a mudar de cor (verde para amarelo), evoluindo até o estádio “cereja” (9), e já se pode 
diferenciar a cultivar de fruto amarelo ou vermelho. 
 
• A seguir, os frutos começam a secar (10) até atingir o estádio “seco” (11). 
Escala para determinação de estádios fenológicos do café arábica (extraído de Pezzopane et al., 2003) 
Escala para determinação de estádios fenológicos do café arábica (extraído de Pezzopane et al., 2003) 
Ponto de Colheita do café 
• A colheita deve ser realizada quando a lavoura apresentar a maioria dos frutos maduros 
com um percentual de verdes inferior a 10%. 
 
 
• O momento ideal para colheita é aquele em que o estádio de maturação fisiológica é 
atingido correspondendo ao fruto denominado cereja com 55 a 70% de umidade. 
 
• Por esses fatores a colheita é feita entre março/abril até setembro, sendo a maior 
concentração entre junho e agosto. 
 
• A maturação é influenciada pela região (quente ou fria), variedade do café (precoce ou 
tardia), sistema de plantio (aberto ou adensado), exposição ao sol, índice de chuva e da 
florada. 
 
• A colheita responde por 50% da utilização de toda mão-de-obra no cuidado com a lavoura e 
representa de 25 a 30% do custo direto de produção. É um dos fatores que mais influencia 
na qualidade do café sendo significativo, portanto, para a remuneração do produto. 
Café cereja 
Alta produção a cada 2 anos 
Safra zero 
• Crescimento vegetativo e produtivo ocorrem 
ao mesmo tempo na planta do café. 
• Na alta produção a maioria dos galhos plagiotrópicos da 
planta passam pelo desenvolvidos vegetativo de setembro a 
março depois as gemas sofrem diferenciação e entra em 
dormência até o período chuvoso onde inicia a floração, 
formação dos frutos, enchimento dos grãos e maturação. 
• Na baixa produção os galhos plagiotrópicos que se 
desenvolveram vegetativamente durante a frutificação do 
cafeeiro (alta produção), no ano seguinte irão florir e formar 
novos frutos. 
• Logo, o café colhido durante o ano de baixa produção são 
oriundos dos galhos plagiotrópicos formados durante o ano de 
alta produção. 
• Ano de baixa safra, que normalmente, ocorre 
após um ano de alta safra.Safra zero 
• O “Safra Zero” é um sistema de manejo que tem por finalidade manter o 
porte da lavoura e eliminar a necessidade de colheitas onerosas no ano de 
baixa safra, que normalmente, ocorrem após os anos de alta safra. 
 
• Para isso, os cafeeiros são esqueletados e decotados a cada dois anos, 
ocorrendo desenvolvimento dos ramos produtivos no primeiro ano 
agrícola e frutificação no ano posterior, quando será novamente podada. 
Safra zero 
Com a Poda tipo esqueletamento zera a produção 
no ano de baixa produção. A poda deve ser feita 
logo após a colheita no ano de alta produção. 
 
• Menor gasto de adubos 
• Menor gasto fungicidas 
• Sem gasto de colheita 
• Aumento da produtividade no ano de alta 
produção em 10% 
Cultivares de Café 
Melhoramento 
• Produtividade 
• Resistência a ferrugem 
• Resistência a nematoide de galhas 
• Tolerante a seca 
• Tolerante a temperatura 
Banco de Germoplasma IAC 
Cultivar MUNDO NOVO 
• Corresponde a uma recombinação resultante de um 
cruzamento natural entre as cultivares Sumatra e Bourbon 
Vermelho, encontrada no município paulista de Mineiros 
do Tietê. Sementes de um desses cafeeiros foram 
plantadas no município de Mundo Novo, hoje Urupês ,SP, 
onde foram selecionadas as plantas matrizes que deram 
origem à cultivar Mundo Novo. 
 
• Realizaram-se, nessa localidade, entre os anos de 1943 a 
1952, seleções de várias plantas matrizes e, 
posteriormente, seleções entre e dentro das progênies, 
procurando-se eliminar vários dos defeitos observados na 
população. 
Cultivar MUNDO NOVO 
• São suscetíveis à ferrugem, porém, caracterizam-se por elevada produção de café beneficiado, aliada a ótimo 
aspecto vegetativo. As plantas adultas, com 12 a 14 anos, podem alcançar altura média de 3,4 m (3 a 3,8m) (Figura 
32) e diâmetro da copa médio, a 0,5 m do solo, de 2,0 m (1,4 a 2,7 m). O sistema radicular é bem desenvolvido. A 
cor dos brotos novos é verde clara ou bronze; os ramos secundários são abundantes e os internódios menores do 
que os da cultivar Típica, de C. arabica. Os dois florescimentos principais ocorrem de setembro a outubro, nas 
condições do estado de São Paulo e a maturação se estende de abril a julho, de acordo com os diferentes locais. Em 
média, o período entre a fertilização e a maturação completa dos frutos, nas condições de Campinas, é de 224 dias. 
O peso do fruto maduro é, em média, de 1,2g, e o peso médio de 1.000 sementes do tipo chato é de 127,8g (116 a 
149g). O valor da peneira média, indicadora do tamanho da semente, é 17,2 (16,1 a 18,1). A relação entre o peso 
de café maduro e o de beneficiado é, em média, de 5,6 (5,4 a 6,2), e o rendimento, em porcentagem de 
aproximadamente 50% (café beneficiado em relação ao café em coco). A porcentagem de sementes do tipo chato 
é, em média, de 84,9% (75,2% a 91,4%). Em condições experimentais, a produção média anual de café beneficiado, 
incluindo as primeiras produções após o plantio, tem alcançado a média de 30 sacas de café beneficiado por 
hectare, oscilando entre 25 e 35 sacas/ha. Em plantios adensados na linha, podem conseguir, nas quatro primeiras 
colheitas, maiores produções, valores que variam de acordo com o espaçamento utilizado. Em áreas irrigadas, a 
produtividade pode alcançar, em média, 60 sacas/ha. Em anos de elevada produção, pode atingir até 100 sacas/ha 
de café beneficiado. A quantidade de óleo nas sementes é, em média, de 14,3%; a de cafeína, de 1,3% e a de 
sólidos solúveis, de 28,6%. A qualidade de bebida da cultivar Mundo Novo é excelente. Em sua formação, há cerca 
de 50% de 'Bourbon Vermelho' e 50% de 'Típica', o que promove a qualidade do produto. 
ICATU VERMELHO 
 
• Foi obtida a partir de uma hibridação interespecífica entre um cafeeiro tetraplóide de C. canephora e uma 
planta da cultivar Bourbon Vermelho de C. arabica, realizada em 1950, no IAC. Os cafeeiros F1, com 44 
cromossomos somáticos, foram selecionados e retrocruzados com cafeeiros selecionados de 'Mundo Novo', 
sendo os cafeeiros do primeiro retrocruzamento (RC1) plantados em experimentos, para se avaliar a produção. 
Procedeu-se da mesma maneira para a obtenção do RC2 e, em alguns casos, RC3. 
 
• Descendentes dos cafeeiros selecionados, que participaram desses cruzamentos, foram analisados, em Portugal, 
com relação à resistência a Hemileia vastatrix. 
 
• Resistencia a nematoide de galhas 
 
A cultivar Icatu Vermelho e suas linhagens foram lançadas para fins 
comerciais em 1992. Em 1999, cada uma das linhagens da cultivar Icatu 
Vermelho foi registrada, individualmente, como uma nova cultivar no 
Registro Nacional de Cultivares (RNC). 
Icatu, em tupi-guarani, significa “bonança”. 
Cultivares de café EPAMIG 
Cultivares de café EPAMIG 
Para pensar e responder 
• A temperatura acelera o enchimento de grão de café (podendo 
contribuir com grãos mal formado e de baixo peso). 
• Temperaturas mais altas menor a fase reprodutiva. 
• O café apresenta cultivares precoces e tardias. 
 
• Como você recomendaria uma cultivar de café arábica para 
uma região de 400m altitude e temperatura média de 26 graus 
baseada nessas informações. 
Produção de Mudas 
Mudas de Café 
• Na semeadura é preciso um cuidado especial com as sementes destinadas à produção de mudas. Estas 
devem ser adquiridas de produtores idôneos, registrados na Secretaria Estadual de Agricultura. No caso 
de produção de sementes na propriedade (as quais só devem ser usadas em viveiros não comerciais), 
deve-se colher os frutos de café no estágio de cereja, de lavouras de boa origem e de características 
genéticas comprovadas (variedade definida). 
 
• Os frutos devem ser despolpados (retirada da casca) e degomados (retirada da mucilagem), sendo esta 
última operação realizada através da fermentação natural da mucilagem, o que ocorre em tanques com 
água. A seguir, as sementes devem ser secas à sombra, ficando com uma película superficial chamada de 
"pergaminho". As sementes devem ser armazenadas e semeadas sem a retirada do pergaminho, o que 
poderia danificá-la. Antes do semeio, recomenda-se tratar as sementes com fungicida para evitar fungos 
de solo. 
 
• A semeadura deve ser feita diretamente nos saquinhos, usando-se duas sementes por cada saquinho, a 
uma profundidade de 1 - 2 cm. Logo em seguida, deve-se colocar uma fina camada de substrato por cima 
da semente e molhar todo o canteiro até que este fique saturado de água. Recomenda-se uma aplicação 
de herbicida pré-emergente seletivo logo após a irrigação do canteiro, pois este evitará o surgimento de 
plantas daninhas que podem atrapalhar o desenvolvimento das sementes de café. 
 
• Para uma germinação mais eficiente, é recomendado colocar capim braquiária (desde que esteja seca) 
por cima do canteiro ou outra forrageira semelhante, a fim de manter a umidade do canteiro. Logo 
depois, cubra o canteiro com lona plástica por cima da braquiária e prenda ao redor com sacos de areia 
ou terra. Assim, é formado um microclima quente e úmido no canteiro, o qual é ideal para a aceleração 
de germinação. Após 30 a 40 dias todas as sementes estarão no estágio de esporinha ou esporão. Deve-
se sempre ressaltar que neste período é preciso verificar os canteiros semanalmente, para conferir a 
umidade e velocidade da germinação. 
 
Mudas de Café 
• Sementes certificadas (ponto de colheita cereja) 
• Autorização do MAPA produção de mudas 
• Viveiro cobertura 40 a 50% sombreamento 
• Substrato (terra (não seja de área de cafezal - peneirado) + matéria orgânica 
+ adubo químico) 
• Preencher recipiente com substrato e plantar até 2 sementes por vaso. 
(desbastar) 
• Pulverização fungicida contra principais doenças. 
• Mudas de meio ano (6 meses) 
• Irrigação 
• Aclimatação (retirar o sombreamento aos gradativamente até que fique a 
pleno sol) 
• Transplantio 4 a 6 pares de folhas 
• Cova 40x40x40 
• Plantas por hectare: Manual: 5.000 a 8.000 plantas 
 Mecanizado: 2.500 a 6.000plantas 
 
 
 
Mudas de Café 
Mudas de Café 
• Enxertia usada resistência nematoide de galhas 
• (porta enxerto C canephora e enxerto C. arabica) 
Mudas de Café Viveiros de mudas clonais 
 
• O viveiro de mudas por estacas é similar à um 
viveiro para produção de mudas por sementes, 
exigindo apenas cuidados especiais na manutenção 
dos teores de umidade no substrato, sobretudo 
durante a fase de enraizamento. 
• O estímulo de brotação dos ramos ortótropos ou 
verticais corre com o envergamento de ramos 
principais, em plantas jovens do jardim clonal. 
 
Café Rondônia 
• Conilon BRS Ouro Preto 
 
• Apesar de ser um dos principais estados cafeicultores do país, até recentemente, Rondônia 
ainda não possuía cultivar comercial de C. Canephora, indicada e registrada no Registro 
Nacional de Cultivares (RNC) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento 
(Mapa). 
 
• Consequentemente, na renovação do parque cafeeiro estadual ainda eram utilizadas mudas 
oriundas de sementes e clones de origem genética desconhecida. 
 
• A denominação Conilon ‘BRS Ouro Preto’ é um reconhecimento à importância da 
cafeicultura na formação histórica, econômica e social do Estado em homenagem ao 
Município de Ouro Preto do Oeste, centro pioneiro da colonização oficial do Território 
Federal de Rondônia. 
café 
• Criada em 1975, a Embrapa Rondônia vem desenvolvendo pesquisa 
e transferindo tecnologias para o cultivo de café no trópico úmido 
brasileiro. 
 
• Na década de 1980, pesquisas realizadas em parcerias com o 
Instituto Agronômico de Campinas (IAC), com a Universidade 
Federal de Viçosa (UFV) e com o Instituto Agronômico do Paraná 
(Iapar) objetivaram adequar práticas de manejo e caracterizar 
plantas de maior adaptabilidade e estabilidade produtiva. 
 
A cultivar ‘BRS Ouro Preto’ 
• A cultivar ‘BRS Ouro Preto’ foi desenvolvida a partir da seleção de 153 clones 
provenientes do Experimento Preliminar de Competição Clonal instalado em 
dezembro de 1998 (EPCC98). 
 
• O delineamento experimental utilizado foi em blocos casualizados, seis 
repetições, parcela de duas plantas em espaçamento de 3,0 m (entre linhas) x 
2,0 m (entre plantas) equivalente a 1.666 plantas/hectare com três a quatro 
hastes/planta. 
 
• O manejo e tratos culturais foram realizados conforme as recomendações 
técnicas disponibilizadas (VENEZIANO; PEQUENO, 2002; VENEZIANO; GODINHO, 
1998) e o sistema de produção (EMATER-RO, 1997). 
 
Selecionados 15 clones 
• Baseado no valor genotípico da produtividade ao longo das quatro safras foram 
selecionados 15 clones de maior estabilidade e produtividade para compor dois Ensaios 
Finais de Competição Clonal (EFCC – Ciclo de Maturação Médio) em ambientes distintos, um 
no Município de Ouro Preto do Oeste e outro no Município de Porto Velho. 
Livro_Cafe_na_Amazonia_2015.pdf 
Café Rondônia 
• A ferrugem por sua vez está disseminada por todo o Estado podendo ser 
encontrada facilmente nos cafezais no período de março a julho. 
 
• Híbridos naturais e progênies das variedades Robusta 640, Apoatã e 
Guarini são recursos genéticos importantes, que têm apresentado 
segregação para a resistência a ferrugem e a nematoides. 
 
• Ao longo dos anos, as variedades botânicas ‘Conilon’ e ‘Robusta’ foram 
sendo mantidas separadas permitindo no momento presente a hibridação 
entre elas, visando no futuro conhecer os genitores e hibridações de maior 
potencial para produção de híbridos e desenvolvimento de cultivares 
híbridas de desempenho superior. 
Propagação vegetativa (clonagem) 
 • O café canéfora é uma planta de fecundação cruzada, portanto suas plantas são altamente heterozigotas e 
apresentam grande variabilidade. Assim, a forma natural de reprodução da espécie, via propagação sexuada, 
leva à formação de lavouras heterogêneas, com plantas expressando grandes variações nas características: 
altura, vigor, época e uniformidade de maturação dos frutos, formato, tamanho e peso dos grãos, 
susceptibilidade às pragas e doenças, tolerância à seca e, especialmente, potencial produtivo (VAN DER VOSSEN, 
1985; CARVALHO et al., 1991; FERRÃO et al., 2007). 
• 
• Como alternativa para superar a desuniformidade apresentada por lavouras oriundas de sementes pode-se 
utilizar mudas produzidas por propagação vegetativa (clonagem). 
 
• A propagação vegetativa de café canéfora mantém as características genéticas da planta matriz, o que garante a 
homogeneidade da lavoura. Com isso, é possível obter precocidade de produção (BRAGANÇA et al., 2001a), 
 
• altas produtividades, maior tamanho dos frutos, maior uniformidade de maturação dos frutos e melhor 
qualidade dos grãos. A técnica permite ainda realizar o escalonamento da colheita, pela utilização de genótipos 
clonais com diferentes épocas de maturação (precoce, médio e tardio) (FONSECA et al., 2008). 
 
• Além disso, nas lavouras clonais, principalmente as plantadas em linha, a realização dos tratos culturais tais 
como adubação, poda e aplicação de defensivos agrícolas, é bastante facilitada. 
• A estaquia é o método de propagação vegetativa mais difundido 
entre os produtores de mudas de café canéfora. 
 
• Na Amazônia ocidental brasileira, principalmente no Estado de 
Rondônia, a utilização de mudas clonais tem se expandido e 
ganhado cada vez mais importância. 
 
• Para produção de mudas clonais, em escala, é necessário que se 
tenha, primeiramente, um campo com as variedades clonais 
recomendadas para a região. Esse campo é denominado jardim 
clonal. 
• Durante a implantação de lavoura 
destinada a formação de jardim clonal 
deve-se efetuar o vergamento da haste 
principal da planta entre 90 e 150 dias. 
 
• Esse procedimento estimula o surgimento 
de brotações ortotrópicas que serão 
utilizadas para produção de mudas e para 
formação da copa da planta, após o 
desbaste. 
 
• Em plantas adultas devem-se envergar as 
hastes ortotrópicas lignificadas das plantas 
matrizes (Figura 7) 
Propagação por estaquia (convencional) 
 
• O vergamento de plantas adultas consiste na fixação das extremidades das hastes 
ortotrópicas para que as mesmas permaneçam arqueadas, de modo que a planta fique com 
aspecto de uma taça. Durante o crescimento das brotações pode-se promover desbaste do 
excesso de brotos, eliminando os menos vigorosos, para evitar que ocorra estiolamento dos 
mesmos. 
• 
• As plantas adultas devem ser vergadas nos meses de fevereiro/março para que a coleta de 
ramos seja feita nos meses de junho e início de julho, correspondendo a quatro ou cinco 
meses após o preparo das matrizes. 
 
• O plantio das estacas em junho ou início de julho reduz a probabilidade das gemas florais já 
estarem induzidas e, ainda, permite que as mudas estejam prontas para plantio, no campo, 
entre outubro e dezembro, época recomendada de plantio na Amazônia Sul Ocidental. 
 
• Cada planta matriz pode produzir até 200 estacas viáveis por corte 
Propagação por estaquia (convencional) 
 
Mudas 
• A coleta de estaca para formação de 
mudas durante os meses de julho e 
agosto pode promover o florescimento 
das estacas no viveiro, se as plantas já 
estiverem induzidas ao florescimento 
(Figura 10). 
 
• Este florescimento pode exaurir as 
reservas da estaca e comprometer a 
emissão de raízes e de brotações e, 
consequentemente, a formação da 
muda. 
• 
• Em caso de coleta de estacas durante os 
referidos meses, recomenda-se a 
eliminação das gemas florais das 
estacas. Tal procedimento pode ser 
realizado manualmente para evitar 
possíveis lesões às gemas vegetativas. 
Mudas galhos Ortotrópicos e 
Plagiotrópicos 
• As mudas formadas por brotos plagiotrópicos são 
facilmente identificadas no viveiro observando-se a 
angulação formada entre o broto emitido e 
• a estaca 45 graus para ortotrópicos e 
• ≥45 graus para plagiotrópicos, 
• bem como, pela inserção das folhas ao ramo, semelhante 
às folhas de ramos plagiotrópicos de plantas adultas.• Além disso, as hastes ortotrópicas emitem ramos 
plagiotrópicos durante o crescimento da muda, ainda no 
viveiro, enquanto os ramos plagiotrópicos raramente o 
fazem (Figura 13). 
 
• Para assegurar a emissão de hastes ortotrópicas, deve-se 
utilizar estacas que apresentem dois ramos plagiotrópicos, 
um para cada folha da estaca. Esses ramos serão 
eliminados no momento da limpeza e preparo das estacas. 
Cafés Especiais 
Foto: Santos E. R. (2022) 
Foto: Santos E. R. (2022) 
Cafés Especiais 
Implantação de Cafezais 
Implantação de Cafezais 
• Temperatura 
• Precipitarão 
• Umidade Relativa 
• Altitude 
• Solo 
• Relevo 
• Plantio em áreas de cafezais 
erradicados 
• Legislação ambiental 
 
 
Solo 
• O sistema radicular do cafeeiro é responsável, em 
grande parte, pelo sucesso das práticas de manejo de 
uma lavoura. 
 
• Quando tem início o declínio de um cafezal, marcado 
pela seca de ponteiros, principalmente em decorrência 
da altas cargas, é necessário, antes de qualquer 
intervenção para contornar o problema, uma avaliação 
o estado do sistema radicular. 
 
• Em muitas situações, as causas podem ser atribuidas às 
características do solo, associadas ou não à qualidade 
da muda, preparo do terreno, cuidados no plantio etc. 
 
• Quando os problemas estão relacionados às raízes, 
qualquer medida que venha a ser adotada torna-se 
ineficiente ou antieconômica, ou, quando muito, de 
eficácia temporária. 
Solo 
 • O solo deve propiciar um ambiente favorável ao pleno desenvolvimento 
do cafeeiro. Deve possuir as características físicas, químicas e biológicas 
necessárias para o bom desenvolvimento da planta. 
 
• A profundidade efetiva mínima deve ser de 120 cm e com boas condições 
de textura e estrutura. 
 
• Limitações de natureza física, como: adensamento do solo, pedras, 
cascalho, prejudicam o aprofundamento e desenvolvimento das raízes 
das plantas. 
 
• Se o solo estiver compactado, é necessário que se faça uma subsolagem e 
ou um coveamento mais profundo, ultrapassando essa camada. 
 
• Do ponto de vista químico e biológico, o solo, na sua fertilidade natural, 
pode apresentar restrições a um desenvolvimento inicial satisfatório do 
cafeeiro. 
 
• A análise de solos irá mostrar as correções necessárias. 
Calagem 
A calagem promove a neutralização do alumínio e do manganês tóxicos, contribui 
para correção do pH do solo, fornece cálcio e magnésio às plantas e proporciona 
melhoria na disponibilidade da maioria dos nutrientes necessários ao 
desenvolvimento do cafeeiro. 
 
A incorporação do corretivo, anteriormente ao plantio, é vital para a produtividade 
e longevidade da lavoura. 
 
A aplicação localizada no sulco ou na cova é a única oportunidade de colocá-lo em 
maior profundidade, propiciando o desenvolvimento do sistema radicular. 
 
A calagem em área total visa corrigir a camada de solo de 0 a 20 cm de 
profundidade, aplicando-se a quantidade de calcário necessária para elevar a 60% o 
índice de saturação de bases na referida camada. 
Gessagem 
• O gesso agrícola possui teor de 17 a 20% de cálcio e 14 a 17% de enxofre e não é considerado corretivo de solo, 
portanto não substitui o calcário. 
 
• O gesso tem a propriedade de percolar no perfil do solo, fornecendo cálcio, enxofre, neutralizando o alumínio 
nas camadas mais profundas do solo, promovendo ali a melhoria do ambiente radicular. 
 
• Sua utilização, entretanto, deve ser criteriosa, especialmente em terrenos de fertilidade baixa, pois, além do 
cálcio, pode haver o arraste de outras bases, como magnésio e potássio, para as camadas mais profundas, com a 
diminuição desses nutrientes das camadas superficiais. 
 
• A utilização do gesso fica condicionada aos resultados da análise de solos na camada de 20 a 40 cm de 
profundidade. 
 
• A gessagem é indicada, segundo a 5a Aproximação, quando, na referida profundidade, os níveis de cálcio 
estiverem abaixo de 0,4 cmolc/ dm³ e ou quando o teor de alumínio for maior que de 0,5 cmolc/dm³ ou, ainda, 
quando a saturação desse na CTC do solo for maior que 30%. 
 
• Viabilidade Econômica 
ESPAÇAMENTOS PARA O CAFEEIRO 
• Os aspectos a serem analisados para a definição do espaçamento na implantação do cafezal são: 
• Topografia As características topográficas do terreno são o ponto de partida para a definição do 
espaçamento, uma vez que a possibilidade ou não de motomecanização dos tratos culturais e, 
principalmente, da colheita condicionará essa escolha, e, a partir daí, outros aspectos, igualmente 
importantes, passam a ser considerados. 
• Plantios em sistema motomecanizado: Deve ser respeitado o mínimo de espaço exigido para o 
trânsito das máquinas que irão trabalhar na área. Assim, o espaçamento entre as linhas do cafeeiro 
poderá ser de 3,5 a 4,0 metros. 
 
• Plantios em sistema não mecanizado: De modo geral, para as cultivares de pequeno porte, 
recomendam-se espaçamentos entre as linhas de 2,4 a 3,0 metros. 
 
• Espaçamentos menores que os das faixas citadas podem ser adotados, desde que sejam previamente 
planejadas as podas, pois haverá, naturalmente, fechamento das ruas. 
 
• Para o espaçamento entre as plantas na linha, independente do sistema de plantio, recomenda-se: 
0,50 m a 0,70 m para cultivares de porte baixo e, maior que 0,70 m para cultivares de porte alto. 
 Abertura de sulcos ou covas 
 As dimensões básicas recomendadas são de 40x40x40 cm, totalizando um 
volume de 64 litros, que podem ser preenchidos com quantidades 
balanceadas de matéria orgânica, corretivo de solo, macro e 
micronutrientes, bem misturados à terra de enchimento. 
 ADUBAÇÃO DE PLANTIO 
• Para propiciar à muda uma condição favorável ao seu enraizamento abundante e profundo, 
é preciso disponibilizar no ambiente radicular, durante o período de formação, os nutrientes 
necessários, com base na interpretação da análise de solos, conforme a 5ª Aproximação. 
Qualidade das mudas 
As mudas de café devem atender os padrões técnicos e normativos, definidos 
pelo órgão de fiscalização da produção de mudas. Destacam-se as seguintes 
características: 
 
• Serem produzidas em viveiros registrados. 
• Terem de 3 a 6 pares de folhas definitivas, apresentado desenvolvimento 
normal. 
• Terem sido aclimatadas por um período de pelo menos 30 dias. 
• Estarem livres de doenças, como: cercosporiose, rizoctoniose e nematoide. 
 
• Época de plantio 
• A época ideal para o plantio não irrigado, para a maioria das regiões cafeeiras, 
compreende o período de outubro a dezembro, desde que o solo tenha 
umidade suficiente. 
Preparo para plantio da muda 
MANUAL DO CAFÉ - Implantação de cafezais 
ADUBAÇÃO DE PÓS-PLANTIO 
• Os macroelementos mais exigidos pelo cafeeiro são o nitrogênio e o potássio. 
• 
• Serão adicionados à adubação de cobertura no pós-plantio, de forma parcelada, devido à alta lixiviação de 
ambos no perfil do solo e da alta volatilidade do nitrogênio. 
 
• A adubação é realizada após 20 a 30 dias do plantio, quando em condições normais de umidade, a muda 
apresentará pegamento, ao mesmo tempo em que as raízes terão alcançado o solo além do bloco. 
 
• o adubo nas proximidades da muda, a 10 cm do caule, portanto ao alcance das raízes, para maior rapidez e 
eficiência na absorção desses nutrientes. 
 
• Outros 2 ou 3 parcelamentos devem ser feitos até o final do período chuvoso, mantendo a mesma distância do 
caule. 
 
• Os micronutrientes 
• cobre, boro e zinco são indispensáveis ao cafeeiro e precisam ser supridos via adubação, a menos que seus 
teores no solo sejam significativos, o que normalmente não acontece. 
 
• Quando adicionados ao solo via adubação, o cobre e o zinco estarão sujeitos a restrições em sua 
disponibilidade, notadamente em solos argilosos. Nesse caso, devem ser fornecidos por via foliar, em 
pulverizações em número de 3 a 4 por ano, de preferência no período chuvoso. 
Adubação de 1º e 2o ano pós-plantio 
No primeiro e segundo anos 
do pós-plantio do cafezal, ficadispensada a adubação 
fosfatada, 
Adubação após pegamento e 1 e 2 ANO 
TRATOS CULTURAIS 
• Desbrotas 
• Tem por finalidades eliminar os ramos 
ortotrópicos indesejáveis (“ramos ladrões”) e 
manter uma arquitetura ideal ao cafeeiro. 
 
• Manejo do mato 
TRATOS CULTURAIS 
• Pragas • DOENÇAS 
MANUAL DO CAFÉ - Implantação de cafezais 
Manejo integrado de pragas e doenças 
CULTURA INTERCALAR 
• vantagens o uso mais intensivo das áreas 
agricultáveis da propriedade rural, a 
conservação do solo, o uso como quebra-
ventos temporários, a incorporação de 
nitrogênio ao solo quando se plantam 
leguminosas e a possibilidade de renda 
adicional. 
Uma desvantagem é a possibilidade de a cultura 
intercalar hospedar pragas do cafeeiro. 
 
 Outra desvantagem é a competição da cultura 
intercalar com o cafeeiro por água, luz e 
principalmente nutrientes. 
Muito usada, principalmente pelos agricultores familiares, a cultura intercalar em 
cafezais apresenta vantagens e desvantagens. 
ARBORIZAÇÃO DE CAFEZAIS 
• Arborização é a técnica de cultivar o cafeeiro em condições de sombreamento esparso, 
especialmente nas regiões consideradas marginais (não aptas ao cultivo do café) ou quando se 
desejam condições menos estressantes de cultivo (mais ecológicas). Em decorrência das 
adversidades climáticas ocorridas nos últimos anos, essa técnica é uma alternativa que pode ser 
utilizada na implantação ou em lavouras implantadas, objetivando minimizar esses efeitos. 
Podas no Cafeeiro 
(Como e quando fazer) 
Tipos de podas 
1- Recepa Baixa 
2- Recepa Alta 
3- Decote 
4-Desbrota 
5- Desponte 
6- Esqueletamento 
7- Poda de formação 
 
1) Recepa 
• O que é... 
A recepa é um tipo de poda drástica em cafeeiros, já que promove o corte baixo do tronco da planta, 
com isso sendo perdida toda a copa. Essa perda exige nutrientes e consome tempo pra ser recomposta, 
havendo perda total ou parcial da produção por, pelo menos, 2 safras. 
 
 
Quando fazer... 
- Deve ser utilizada somente quando o cafezal estiver com poucos ramos produtivos da saia. 
- Ou danos severos de geada. 
- Ser uma cultivar altamente produtiva (caso contrario é melhor implantar novamente o cafeeiro). 
 
 
 
A recepa bem-feita garante bom rebrote do café, sem morte de plantas. Recomenda-se a realização do corte 
inclinado, para que não acumule água no tronco, o que pode ser porta de entrada para patógenos. 
Recepa 
Cuidados 
As brotações iniciais das plantas recepadas se comportam como se fossem plantas 
novas. Assim, os tratos dos cafeeiros recepados são como um recomeço da lavoura. 
 
-Bom controle do mato, aumentado pela abertura da área, pois senão ele abafa as 
brotações (Cuidados com herbicida). 
 
- Deixando um número adequado de hastes (varia com espaçamento das plantas). 
 
- Lavouras com baixo stand de plantas por área o replantio é necessário e deve ser 
feito, de preferência, com mudas maiores (mudões), para combinarem melhor 
com as brotações das plantas recepadas. 
 
- Em áreas com nematoides usar materiais tolerantes. 
 
- -Não basta recepar, tem de cuidar. 
1) Recepa Baixa 
Recepa Brotação Irregular 
Recepa Brotação Irregular 
2) Recepa Alta 
Na recepa alta a 
altura de corte varia 
entre 50 e 80 cm 
(com ramos pulmão), 
sendo mantidos os 
primeiros ramos 
plagiotrópicos 
inferiores. 
3) Decote 
O que é: 
O decote é um tipo de poda alta, leve, que ocasiona 
a eliminação do terço superior do cafeeiro. 
 
Recomendado: 
-Para lavouras em vias de fechamento 
- Lavoura com a copa depauperada. 
- Para viabilizar a colheita mecanizada (redução do 
porte da lavoura); 
- Ocorrência de geada. 
Seu uso é amplo, pois não ocasiona queda acentuada na produção do 
ano seguinte. 
4) Desponte 
• O que é... 
- Considerado uma poda do tipo leve, consiste no corte dos ramos 
plagiotrópicos produtivos, de 50 a 80 cm a partir do tronco (ortotrópico), 
conferindo um formato cônico à planta. 
 
 
 
Quando fazer... 
- O desponte é indicado, quando a lavoura se encontra fechada, com os ramos 
plagiotrópicos longos, com poucas gemas produtivas nas extremidades dos ramos, 
mas, ainda sem perda da “saia” e sem cinturamento. 
-Quando se efetua o desponte , deve-se fazer conjuntamente o “decote”, 
como no esqueletamento visando quebrar a dominância apical e induzir 
às brotações laterias. 
Desponte 
5) Desbrota 
• A desbrota consiste da retirada de brotações que nascem no ramo ortotrópico da planta de 
café. 
 
• Esses brotos, popularmente chamados de ramos ladrões, aparecem geralmente 
estimulados pela insolação que incide no tronco ou qualquer anomalia que interfere na 
dominância apical. 
 
• Os danos vêm com o passar do tempo causando o chamado "envassouramento" da lavoura 
em que os brotos crescem, engrossam e tornam-se hastes. 
 
• A retirada pode ser fácil quando a brotação é nova, pois pode ser retirada manualmente, 
mas quando estas se desenvolvem, ganham espessura, tamanho e a sua retirada torna-se 
mais trabalhosa dependendo da utilização de serrotes manuais de poda. 
A desbrota anual das lavouras de café é uma atividade essencial para a sua longevidade e produtividade. Muitas vezes 
negligenciada pelos produtores por priorizarem outras atividades a falta de desbrota pode condenar lavouras por 
causar baixas produtividades. 
Esqueletamento 
• Oque é... 
- O esqueletamento consiste na poda dos ramos plagiotrópicos 
(laterais) a partir de junho. 
 
- Na parte superior da planta: a poda dos ramos plagiotrópicos é 
feita a uma distância que varia 20 à 30 cm do ramo ortotrópico. 
 
- “baixeiras” de 30 à 50 cm visando a renovação total dos ramos 
laterais. 
 
• Quando fazer... 
• Safra Zero ( a cada 2 ou 4 anos) 
• Renovar o cafezal pouco produtivo 
Obs: A cultivar de café deve estar vigorosa, nutrida e ser 
responsiva a podas. 
Esqueletamento 
• Safra zero 
Esqueletamento + Decote 
Vantagens da Poda Esqueletamento 
 
Grande desenvolvimento vegetativo da planta 
no primeiro ano, obtém-se grandes floradas e 
consequentemente elevadas produções. 
 
-Em diversos experimentos de campo 
chegaram a atingir mais de 100 scs.ha-1, 
dependendo da cultivar e também da época 
de poda. 
 
- Redução de pagas e doenças 
- Menor consumo de insumos 
• Fungicida Preventivo 
 
• Após o início da brotação do 
cafeeiro, se faz necessário a 
aplicação de cúpricos 
visando a sanidade da 
planta, visto que a mesma 
sofreu um grande estresse, 
possuindo ferimentos por 
toda sua extensão. Neste 
sentido, o cobre atua como 
um protetor. 
Poda Programada 
Pragas do Cafeeiro 
Pragas do Cafeeiro 
• A cultura do café está sujeita ao ataque de artrópodes-praga que podem afetar o 
desenvolvimento e a produção das plantas, causando prejuízos consideráveis. 
 
• Na região Amazônica, particularmente em Rondônia, onde o sistema monocultural é 
predominante na cafeicultura, prevalecem condições ambientais com alto potencial de 
susceptibilidade a pragas habitualmente existentes neste agroecossistema. 
 
• Dentre os artrópodes-praga destacam-se: 
- A broca-do-café (principal praga do café na Amazônia, responsável por grandes perdas na 
produtividade) do café canéfora (Coffea canephora); 
- O ácaro-vermelho, (considerado a segunda praga em importância para o cafeeiro na região); 
- O bicho-mineiro, com alta infestação nas lavouras de Rondônia; 
- E a lagarta-dos-cafezais, que causou ataques a plantios de café durante anos no município de 
Cacoal (RO) e circunvizinhos. 
 
- Outros insetos-praga emergentes causam preocupação, como algumas espécies de cochonilhas 
e lagarta-das-rosetas. 
 
A broca-do-café 
• Hypothenemus hampei (Ferrari, 1867) (Coleoptera: Curculionidae, 
Scolytinae) 
 
• Causa queda de frutos, 
 
• redução do peso dos grãos (prejuízo quantitativo) e 
 
• diminuição da qualidade do café através da alteração no tipo e às vezes da 
bebida (prejuízo qualitativo). 
 
• Os danos são causados pelas larvas do inseto, que vivem nointerior do 
fruto de café, atacando geralmente uma só semente. 
 
• Adulto vive dentro do grão (sai depois de ser fecundada) 
 Relação Fêmea macho 10:1 (apenas fêmeas fertilizadas saem dos frutos) 
 
• Causa a destruição do fruto ser parcial ou total. 
Danos da Broca do Café 
Monitoramento Broca do Café 
• O monitoramento da broca deve ser iniciado na época de “trânsito" 
do inseto, de novembro a janeiro, aproximadamente três meses após 
a grande florada (outubro), e realizado até abril. 
 
 
Monitoramento Broca do Café 
• Geralmente uma só pulverização tem sido suficiente para o controle da broca. 
 
• Existem três ingredientes ativos com registro no Brasil para uso em cafeeiro no 
controle da broca-do-café: [chlorpyrifos-ethyl 480 EC (organofosforado), 
etofenproxi 100 SC (éter difenílico) e azadiractina 12 EC (tetranortriterpenoide)]. 
 
Lavouras velhas e fechadas requerem maiores cuidados, pois em tais 
condições são mais suscetíveis ao ataque da broca, por oferecerem 
ambiente favorável ao inseto, como sombreamento, maior umidade, 
maior número de frutos remanescentes do ano anterior etc. 
Controle cultural 
 
• Constitui-se, talvez, no mais eficiente método de controle da broca-do-café. 
 
• Os cafezais devem ser plantados em espaçamentos que permitam maior 
arejamento e penetração de luz a fim de propiciar baixa umidade do ar em seu 
interior, condições que são desfavoráveis à praga, além de permitir a circulação de 
pulverizadores acoplados a tratores. 
 
• Mais importante ainda é que a colheita do café deve ser muito bem feita, devendo 
ser evitado que fiquem frutos nas plantas e no chão, em que a broca poderá 
sobreviver na entressafra (frutos remanescentes), principalmente se for chuvosa. 
 
• a colheita, caso tenham ficado muitos grãos nas plantas e no chão, é recomendável 
fazer o repasse ou a catação dos frutos remanescentes da colheita. 
 
Controle Biológico 
• Atualmente, os produtos biológicos para a agricultura mais 
utilizados no Brasil são: 
• Beauveria, 
• Metarhizium, 
• Trichoderma e 
• Trichoderma (ABCBio). 
Acaro vermelho do Cafeeiro 
Oligonychus ilicis 
Acaro vermelho do Cafeeiro 
Oligonychus ilicis 
• Ciclo: 11 a 17 dias 
• Sintomatologia: Bronzeamento foliar 
• Danos: Alimenta raspado as folha (estravasameto dos organelas 
celulares). 
• Reduz a capacidade fotossintética 
• Queda foliar (Desfolia) 
• Pode dispersar pelo vento 
• Época de ataque: período seco 
• Controle: Calda sufocalcica (bom controle) 
Bicho-mineiro (Larva minadora) 
(Leucoptera coffeella) 
Bicho-mineiro 
(Leucoptera coffeella) 
 • Possui hábito noturno e o seu ataque ocorre durante todo o ano, 
tendo um pico populacional entre os meses de outubro e junho. 
 
• Danos: As lagartas penetram no mesófilo foliar, causando 
destruição do parênquima. 
 
• Os sintomas são mais visíveis na parte alta da planta, onde se 
observa um grande desfolhamento, quando o ataque é intenso. 
 
• Desfolia na época da florada (prejuízos de até 72%) 
 
• A emergência de adultos do bicho-mineiro ocorre no final do mês 
de março/início do mês de abril. 
 
• Controle Químico: O melhor inseticida é o tiametoxam. 
Lagarta-dos-cafezais 
Eacles imperialis magnífica 
Culturas Afetadas: Alfafa, Algodão, Amendoim, Arroz, Batata, Brócolis, Café, Cana-de-açúcar, Coco, Couve, 
Couve-flor, Fumo, Mandioca, Maracujá, Milho, Pastagens, Repolho, Seringueira (Floresta implantada), Soja, Trigo 
• As Lagartas dos cafezais se alimentam praticamente de folhas, pontas de ramos e casca das plantas novas, 
provocando danos consideráveis na planta que podem ir desde a desfolha parcial a morte. 
 
• O período de incubação vai de 6 a 12 dias. 
 
• A fase crisálida ocorre no solo a profundidade de 2 a 5cm e o ciclo se completa conforme as condições 
ambientais entre 30-40dias (Gallo et al, (1988 ). 
 
• Em Ministro Andreazza , Rondônia, as plantações de café ( Coffea conephora ) continuam infestadas com a 
Lagarta dos Cafezais, promovendo a desfolhagem das plantas e reduzindo a produtividade de grãos por hectare. 
 
• Controle: O controle químico da praga deve ser feito mediante pulverizações com inseticidas seletivos, aplicados 
quando as lagartas ainda são pequenas, pois a medida que se tornam maiores o controle torna-se mais difícil. 
• Os resultados com o produto microbiano Bacillus thuringiensis também são positivos quando aplicado no início 
do ataque. 
• As lagartas que atacam o cafeeiro, são geralmente controladas biologicamente por inimigos naturais (parasitos 
e predadores), que são encontrados nos cafezais, à procura de seus hospedeiros. 
 
Lagarta-dos-cafezais 
Eacles imperialis magnífica 
Controle Biológico 
Doenças do Cafeeiro 
• Por se tratar de cultura perene, produtiva e rentável, a cultura do 
cafeeiro está amplamente cultivada no país. 
 
• Atrelada a essa abrangência de cultivo, está a ocorrência de 
diversas doenças, que se encontram distribuídas nas regiões 
produtoras. 
 
• Muitas dessas doenças têm potencial destrutivo suficiente para 
inviabilizar, ao menos economicamente, o cultivo do cafeeiro. 
Doenças do Cafeeiro 
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35077n.aspx 
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https://www.cafepoint.com.br/noticias/tecnicas-de-producao/monitoramento-das-principais-doencas-e-pragas-do-cafeeiro-35077n.aspxFerrugem do cafeeiro 
 
A ferrugem-alaranjada-do-cafeeiro, causada pelo fungo Hemileia vastatrix Berk et Br. 
 
Foi relatada pela primeira vez no Brasil em 1970 na Bahia e em seguida em diversas 
áreas produtoras da região Sudeste, notadamente em Minas Gerais e Espírito Santo 
(KIMATI et al., 1995; VENTURA et al., 2007). 
 
Em Rondônia a doença foi descrita pela primeira vez em 1976 em lavouras de Coffea 
arabica no município de Cacoal (VENEZIANO, 1999). 
 
 
Ferrugem do cafeeiro 
 
- 48 raças dierente no mundo 
- Na espécie Canephora encontra-se plantas susceptíveis e resistentes a ferrugem. 
- A maior ou menor severidade da doença está relacionada ao 
- desequilíbrio nutricional das plantas, 
- nível de resistência genética, 
- condições climáticas que sejam favoráveis à ocorrência da doença, 
- tipo de espaçamento adotado e 
- sistema de cultivo (pleno sol ou sombreado) entre outros fatores (VENTURA et al., 
2007; VIEIRA JÚNIOR et al., 2008a). 
 
• Etiologia 
• Hemileia vastatrix é um fungo parasita obrigatório, da Ordem 
Uredinales e Família Chaconiaceae, cujo ciclo de vida é autóico, 
ou seja, desenvolve-se somente em cafeeiro, tendo como fases 
principais conhecidas, Urédia (mais comumente observada a 
campo). 
 
Ferrugem do cafeeiro 
 
 
Ferrugem do cafeeiro 
 
Mancha-de-olho-pardo ou Cercosporiose 
• Etiologia e importância econômica 
 
• O agente causal da Cercosporiose é o fungo Cercospora coffeicola Berk. & Cooke, 
• Produz seus esporos em estruturas conhecidas como esporóquios, localizadas no 
centro das lesões nas folhas. 
 
• A mancha-de-olho-pardo é uma das doenças mais antigas a atacar os cafezais 
brasileiros. 
• Sua ocorrência é ampla no Brasil, especialmente em mudas e, também, associada 
a lavouras mal manejadas (VIEIRA JÚNIOR; FERNANDES, 2010). 
• A doença é severa em viveiros, podendo causar desfolha completa das mudas. 
• Este problema tem sido observado com frequência em viveiros comerciais de 
Rondônia, especialmente os que não realizam manejo adequado das mudas. 
• Desta forma, as mudas se tornam raquíticas e não se desenvolvem (VIEIRA 
JÚNIOR; FERNANDES, 2010). 
• lesões circulares com bordas irregulares 
dependendo do genótipo, de cor variando do 
pardo-claro passando ao marrom-claro até o 
marrom-escuro (Figura 6). 
 
• O centro dessas lesões apresenta a cor clara-
acinzentada, envolta por um anel de cor 
arroxeada, dando a impressão de se tratar de um 
olho. Nessa região central, notam-se pontuações 
escuras, que se constituem das estruturas do 
fungo. 
 
Mancha-de-olho-pardo ou Cercosporiose 
• No campo a ocorrência da doença tem sido associada 
a algumas situações: 
a) em cafezais onde não se faz ou se faz precariamente 
calagem e adubação; 
b) onde há a aplicação intensiva de 
fungicidas/inseticidas sistêmicos via solo; 
c) em lavouras que recebem o sol da tarde diretamente; 
d) em lavouras que são plantadas em solos arenosos. 
 
Mancha-de-olho-pardo ou Cercosporiose 
Mancha-de-olho-pardo ou Cercosporiose 
Seca-de-ponteiros 
• É uma doença de ocorrência generalizada em praticamente todas as regiões produtoras de 
café do Brasil, sendo também chamada de “die back”. 
 
• a doença é causada pelo fungo Colletotrichum gloeosporioides (Penz) 
 
• Condições ambientais de alta umidade e temperatura, tendo como um ótimo de 
temperatura de 25 ºC a 29 °C. 
 
• Em algumas regiões ocorre uma enorme variação de intensidade dos danos por ela 
provocados. 
 
• Em Rondônia a doença tem sido relatada em cafezais adultos, com mais de quatro anos, 
normalmente entre outubro e maio, sendo que entre janeiro e março a ocorrência da 
doença é mais frequente (MARCOLAN et al., 2009; VIEIRA JÚNIOR; FERNANDES, 2010). 
Seca-de-ponteiros 
O controle químico pode ser feito por meio de pulverizações com oxicloreto de cobre com 50% de cobre 
metálico, usando-se de 1.000 a 2.000 litros por hectare. 
Utilizam-se também os fungicidas chlorotalonil ou do grupo dos triazóis 
O Nematoide-das-galhas 
• Os nematoides formadores de galhas radiculares, pertencentes ao gênero Meloidogyne 
Goeldi 1887, são o grupo de maior importância econômica na agricultura. 
 
• Em média os danos à cafeicultura provocados pelo nematoide-das-galhas variam entre 10% 
e 25% da produção e, levando em alguns casos, ao abandono da atividade cafeeira 
(KOENNING et al., 1999; GONÇALVES; SILVAROLLA, 2001; CAMPOS; VILLAIN, 2005). 
 
• Em Rondônia, a ocorrência do nematoide-das-galhas tem sido mapeada demonstrando que 
o patógeno encontra-se com uma distribuição abrangente. 
 
• Os estudos, embora preliminares, apontam que M. exigua é a espécie de maior ocorrência, 
mas há o risco da entrada em futuro próximo de M. paranaenses, pois, cada vez mais, os 
produtores têm buscado materiais genéticos em regiões onde este nematoide ocorre, 
aumentando os riscos de entrada do patógeno em suas lavouras (VIEIRA JUNIOR et al., 
2008a; MARCOLAN et al., 2009). 
 
• Sintomas da doença 
 
• Com base nos sintomas do ataque do nematoide-das-galhas em plantas de 
cafeeiro é possível distingui-los em dois grupos principais: 
 
• As espécies que causam galhas radiculares como M. exígua e M. hapla, e as 
 
• espécies que provocam descascamentos, necroses, lesões e redução do 
sistema radicular, como M. incognita, M. paranaensis e M. coffeicola. 
O Nematoide-das-galhas 
• As galhas são inicialmente brancas a amarelo-amarronzadas e se tornam, 
com o tempo, marrom-escuras. 
 
• Nas raízes velhas não se observam galhas. 
 
• As mudas infectadas e os cafezais novos infestados apresentam 
crescimento reduzido, clorose, queda de folhas e muitas plantas não 
sobrevivem ao período seco. 
 
• É comum observar em áreas infestadas a presença da doença se 
manifestando em reboleiras 
O Nematoide-das-galhas 
O Nematoide-das-galhas 
Controle Biológico Café 
• Entre os microorganismos 
com efeito nematicida 
comprovado 
temos: Paecilomyces 
lilacinus, Trichoderma 
harzianu, Arthrobotrys 
oligospora, Arthrobotrys 
musiformis, assim como 
algumas Rizobacterias. 
https://mundohorta.com.br/produto/239/nemat-nematicida-microbiologico-formulado-a-partir-do-fungo-paecilomyces-lilacinus-para-o-controle-dos-nematoides.html
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https://mundohorta.com.br/produto/236/ecotrich-200-g-fungicida-microbiologico-formulado-a-base-do-fungo-trichoderma-harzianum.html
https://mundohorta.com.br/produto/236/ecotrich-200-g-fungicida-microbiologico-formulado-a-base-do-fungo-trichoderma-harzianum.html
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• o controle do nematoide-das-galhas tem sido feito com base em estratégias de manejo, onde se busca evitar a entrada do nematoide 
nas áreas de produção. 
 
• Porém em Rondônia as mudas que não passam pelo processo de certificação são comercializadas sem análise, contagiando áreas 
produtoras. 
 
• Em áreas infestadas, o método mais utilizado é o plantio de variedades resistentes. 
 
• Em relação a plantas armadilhas, tem sido recomendado o uso de plantas como mostarda-branca, aveia, joá, crotalária e mucuna 
preta, mas sua ação de controle varia em função da cultura principal, local de plantio e variedade usada (FERRAZ et al., 2010). 
 
• relação à adição de matéria orgânica, alguns trabalhos com adição de resíduos ricos em quitina, azadiractina e glucosinolatos 
demonstram potencial de controle e podem ser alternativa no manejo de nematoides em café (FERRAZ et al., 2010). 
 
• Na visão atual de manejo integrado de doenças o uso do termo “controle” vem sendo gradativamente substituído pelostermos 
“convivência” e “adequação de cultivo”, nos quais não se pensa mais em ielminar o patógeno e sim reduzir suas populações a níveis 
 abaixo dos de dano econômico. 
 
• Entretanto, do ponto de vista de manejo do nematoide-das-galhas, poucas são as estratégias que têm sido utilizadas pelos cafeicultores 
brasileiros, seja pelas dificuldades técnicas de execução, pelo custo ou pela inadequação ao modelo produtivo adotado. 
O Nematoide-das-galhas 
Medidas de controle 
 
CAUSAS DA VARIABILIDADE DA PRODUÇÃO 
AGRÍCOLA 
• C L I M A 
• GENÉTICA 
• SOLO 
• MANEJO 
• Liebig“Lei do Mínimo” 
• 60–70% da Variabilidade da produção agrícola é decorrente do 
CLIMA ORTOLANI, 1995 
Derriça 
• Pode ser feita utilizando-se três processos (derriça, colheita a dedo e mecânica): 
 
• 1.Derriça no pano, peneira ou cestos – é o método mais indicado para regiões 
com inverno úmido e solo argiloso; é composta por três operações (derriça, 
rastelação/varrição e levantamento do café do chão e a abanação). 
 
2.Derriça no chão – indicado para regiões com inverno seco e solo arenoso, deve 
ser utilizado também para lavouras superadensadas. 
 
3.Colheita a dedo – sistema pouco utilizado no Brasil sendo mais comum no 
nordeste onde a maturação ocorre de forma desigual e chove no período de 
colheita. 
 
4.Mecânica – apresenta dois tipos, a automotriz, funcionando a cavaleiro sobre as linhas, e derriçadeira 
mecânica ligada na tomada de força do trator. Condições a serem observadas para a utilização deste método: 
• 
 
4.1.Alinhamento da lavoura em fileiras longas e bem alinhadas. 
 
4.2.Sistema de plantio em renque. 
 
4.3.Evitar em anos de baixa produtividade. 
 
4.4.Altura das plantas limitada a 2,5 metros (automotriz). 
 
4.5.Espaçamento na rua entre 3,5 e 4,5 metros (automotriz). 
 
4.6.Maturação uniforme dos frutos. 
 
4.7.A área mínima para viabilização do uso: 
 
4.7.1.Máquina Kokinha 60 a 80 ha. 
 
4.7.2.Máquina Koplex 150 a 250 ha. 
 
4.7.3.Automotriz 200 a 250 ha. 
 
A operação de colheita deve ser planejada considerando-se: 
 
Área a ser colhida; 
Variedade do cafeeiro; 
Produção estimada; 
Tipo de colheita (mecanizada ou não); 
Prazo para colheita; 
Número de trabalhadores, colhedoras e veículos disponíveis; 
O preparo do café após a colheita pode ser feito por via seca (café de terreiro) ou por via úmida (café despolpado ou descascado). 
• Relacione Coffea arabica (L.) e Coffea canephora (L.) com suas respectivas 
características: 
• Coffea arabica 1. 
• Coffea canephora 2. 
• 
• ( ) Possui folhas maiores e de coloração verde-clara com nervuras mais 
salientes. 
• ( ) É uma espécie alógama, sendo importante a boa movimentação dos 
ventos e insetos para que ocorra a polinização. 
• ( ) Regiões com temperaturas anuais médias entre 18 e 22ºC são ideais para 
o cultivo. 
• ( ) É adaptado a regiões de baixa altitude. 
• ( ) A altitude ideal para o cultivo está entre 1.000 a 1.200 metros. 
Atividade

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