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Avaliação de Empresas
Análise do Capital de Giro
Produção: Gerência de Desenho Educacional - NEAD
Desenvolvimento do material: Luana Ribeiro
1ª Edição
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Sumário
Análise do Capital de Giro
Para Início de Conversa ................................................................................... 4
Objetivos ........................................................................................................ 4
1. O Capital de Giro Líquido .......................................................................... 5
2. Administração do Contas a Receber ....................................................... 8
3. Administração do Estoque ........................................................................ 10
Avaliação de Empresas 3
Para Início de Conversa
O ativo circulante abrange os bens e direitos de curto prazo, ou seja, os 
disponíveis (caixa, bancos e aplicações de resgate imediato), duplicatas 
a receber de curto prazo, estoques, entre outros. E ele, então, compõe o 
capital de giro. Podemos dizer que sua administração pode garantir o 
fluxo das atividades da empresa. 
E sendo bem administrado, consegue-se evitar muitos problemas futuros. 
Vale destacar que ele é ligado às contas a receber das vendas a prazo e 
assim, por meio dela, são organizadas as diretrizes se podem ou não 
conceder um crédito a um cliente e qual poderá ser seu limite. 
O financeiro tem a responsabilidade de analisar a capacidade de 
pagamento e recebimento da empresa, verificar quais são as fontes 
de recursos que a empresa utiliza para estudar o ponto de equilíbrio 
financeiro, ter critérios bem desenhados de crédito e cobrança. Vamos 
aprender mais sobre capital de giro e como o gestor pode controlar 
melhor o financeiro, principalmente, o contas a receber de uma empresa 
e de que forma administrar os estoques. 
Objetivos
 ▪ Compreender a análise do capital de giro. 
 ▪ Praticar o capital de giro líquido. 
 ▪ Analisar a administração do contas a receber e de estoque. 
Avaliação de Empresas 4
1. O Capital de Giro Líquido
O Capital de Giro engloba os recursos que as empresas precisam em 
caixa para atender às suas necessidades. Além disso, é ligado ao ativo 
circulante. Assim, os recursos precisam estar sempre se renovando 
dentro da organização (IUDÍCIBUS, 2017).
O ativo circulante é o curto prazo, ou seja, é o fluxo de caixa, duplicatas 
a receber de curto prazo, estoques, entre outros. Ele, então, compõe o 
capital de giro. Sendo assim, é o que a empresa tem de disponível no 
curto prazo para cumprir com suas obrigações. 
Na visão de Assaf Neto (2006, p.450), “o capital de giro representa o 
valor total dos recursos demandados pela empresa para financiar seu 
ciclo operacional”. 
Sabemos que as empresas estão sempre buscando melhoria da sua 
qualidade. E isso faz com que elas sobrevivam no mercado diante da 
concorrência. Quando isso acontece, a empresa pode, por meio de um 
planejamento, atingir suas metas propostas, garantir suas atividades 
operacionais, se equilibrar financeiramente e garantir um crescimento 
sustentável. O capital de giro, então, é muito importante para manter o 
funcionamento da empresa no curto prazo. 
Como apresenta Assaf Neto e Silva (2009, p.15): “[...], o capital de giro 
representa os recursos demandados por uma empresa para financiar 
suas necessidades operacionais identificadas desde a aquisição de 
matérias-primas (mercadorias) até o recebimento pela venda do produto 
acabado”. 
Figura 1: Capital de giro como os recursos demandados por uma empresa para financiar suas 
necessidades operacionais. Fonte: Dreamstime.
Podemos dizer, então, que a administração do capital de giro também se 
enquadra com a finalidade de garantir o fluxo das atividades da empresa. 
Com o capital de giro muito bem administrado, consegue-se evitar 
muitos problemas futuros. O acompanhamento e fiscalização do capital 
de giro precisa ser realizado diariamente, analisando os desembolsos e 
recebimentos que vão ocorrer. (IUDÍCIBUS, 2017)
Avaliação de Empresas 5
Destacamos que existem dois tipos de capital de giro:
I. Permanente.
II. Sazonal.
O capital de giro permanente pode ser definido como o investimento 
que a empresa precisa para garantir o seu funcionamento. Por exemplo: 
Se a empresa aumentar suas vendas a prazo, precisará de investimento 
para manter sempre o estoque e não faltar mercadoria. 
O capital de giro sazonal precisa atender à demanda que surge em 
momentos esporádicos. Exemplo: No período do ano, a empresa tem uma 
demanda maior. Uma sorveteria sabe que no verão vende mais que no 
inverno, assim, o capital de giro sazonal visa atender a esses momentos 
não constantes e lineares. 
Tempo
Saldos
Cap. Giro Sazonal
Capital de Giro permanente
Figura 2: Representação do capital de giro permanente e sazonal. 
Fonte: Adaptada de Assaf Neto (1997, p. 16).
Após essas definições, podemos abordar sobre o capital de giro líquido. 
A representação é analisada na seguinte fórmula:
CGL = AC – PC
 ▪ CGL: Capital de Giro Líquido
 ▪ AC: Ativo Circulante
 ▪ PC: Passivo Circulante
O CGL é a diferença entre ativos e passivos circulantes (AC-PC). Temos, 
também, a chamada Necessidade de Capital de Giro, representada por 
NGC, esta apresenta a diferença entre Ativos operacionais de curto prazo 
(AOCP) e Passivos operacionais de curto prazo (POCP). Com esses dados 
em mãos, é possível calcular o chamado Saldo de Tesouraria (ST) (ASSAF 
NETO, 2021).
ST = CGL - NGC
Na teoria, o capital de giro líquido pode ser explicado pelos recursos de 
longo prazo que financiam as necessidades de curto prazo. Basicamente, 
se o resultado do capital de giro líquido for positivo, mostra que a 
empresa tem mais ativo circulante, e que a empresa não corre risco de 
se endividar. Agora, se o resultado do capital de giro líquido for negativo, 
mostra que a empresa está passando por sérias dificuldades financeiras. 
Isso quer dizer que a empresa provavelmente está usando recursos de 
Avaliação de Empresas 6
curto prazo erroneamente. Significa que ela possui mais dívidas do que 
dinheiro em caixa, o que pode significar uma forte queda nas vendas, 
custos muitos elevados. E assim, precisaria detectar onde estaria o 
principal problema por meio de um consultor ou auditor financeiro.
Existem dois tipos de posturas e administração do capital de giro: i) 
conservadora e ii) agressiva. Observe essas duas posturas nos gráficos 
a seguir: 
AB = Exigível LP + Patrimônio Liquido
BC = Passivo Circulante
Abordagem mais conservadora
Capital de Giro sazonal
Capital de Giro permanente
Ativo permanente
Prazo
R$
C
B
A
Figura 3: Abordagem mais conservadora. Fonte: Adaptada de Assaf Neto (1997, p. 28).
Vejamos que o perfil conservador seria aquele empresário que utiliza 
muito pouco do seu capital de giro. Assim, ele é utilizado apenas 
para momentos sazonais. Ou seja, um pouco do capital de giro 
sazonal será usado para financiamentos por recursos de curto prazo. 
Esse tipo de perfil tem o risco muito pequeno de ficar sem caixa 
para suprir as precauções cotidianas. Já o perfil agressivo é diferente, 
observe a seguir:
AB = Exigível LP + Patrimônio Liquido
BC = Passivo Circulante
Abordagem agressiva
Capital de Giro sazonal
Capital de Giro permanente
Ativo permanente
Prazo
R$
C
B
A
Figura 4: Abordagem agressiva. Fonte: Adaptada de Assaf Neto,1997, p. 29.
Avaliação de Empresas 7
No perfil agressivo, o empresário usa boa parte dos seus recursos de 
curto prazo para financiamento, inclusive, do capital de giro permanente. 
Com essa postura, aumenta o risco de sofrer problemas com liquidez. 
(IUDÍCIBUS, 2017).
O grupo de ativos permanentes foi extinto no Brasil em 2008, por meio 
de uma medida provisória que seria a 449. O ativo permanente era 
composto pelos itens de longo prazo de um ativo. Esse item era igual à 
soma do realizável em longo prazo, investimento, imobilizado e diferido 
(ASSAF NETO, 2021). 
O realizável de longo prazo englobaria os contratos de aplicações acima 
de 12 meses, duplicatas a receber superior a 12 meses, entre outros. 
Os investimentos seriam as aplicações financeiras, como a renda fixa. 
O imobilizado é o patrimônio da empresa, como 
maquinários. O diferido da empresa abrange os 
gastos visando ter um melhor retorno e aumento 
de receita, como investimento em pesquisa e 
desenvolvimento (ASSAF NETO, 2021). 
Antes de 2008, as variáveis citadas anteriormente 
eram compostas como ativo permanente dentro do 
balanço patrimonial; após, com a medida provisória 
449, houve a divisão desses grupos dentro do ativo 
no balanço patrimonial. Atualmente, ele faz 
parte dentro do ativo não circulante e 
investimentos (ASSAF NETO, 2021).
2. Administração do Contas a Receber
Sabemos que os ativos circulantes terão oscilações e variações mensais. 
Diante disso, existem meses em que as vendas são maiores e assim as 
organizações terão maior valor em caixa e estoques e existem meses 
que acontece o contrário, as vendas são menores. Assim, os analistas 
financeiros responsáveis pelas contas a receber precisam estar atentos a 
essas flutuações (IUDÍCIBUS, 2017).
O setor de contas a receber de uma empresa cuida dos recebimentos de 
curto, médio e longo prazo. Além disso, cuida 
da inadimplência, cobrança de duplicatas 
vencidas, cheques devolvidos, inclusão no 
SERASA, conciliação bancária, crédito, 
entre outras importantes funções.
Vale destacar que o capital de giro da 
empresa é ligado às contas a receber 
das vendas a prazo e, assim, por meio 
dessas vendas a prazo, são organizadas 
as diretrizes se podem ou não conceder um 
crédito a um cliente e qual poderá ser seu limite. 
Diante disso, é importante dialogarmos 
sobre políticas de crédito (MATIAS, 2007).
Figura 5: Concessão de Crédito pelas 
empresas. Fonte: Dreamstime. 
8Avaliação de Empresas
https://br.freepik.com/psd-gratuitas/modelo-de-cartao-de-credito_11505532.htm#page=1&query=cr%C3%A9dito&position=9
Matias (2007, p.62) coloca que “o crédito se refere à troca de bens e 
serviços oferecidos no presente, por uma promessa de recebimento no 
futuro das compensações financeiras relativas ao fornecimento de bens 
e serviços”.
A política de crédito de uma empresa tem muita relação com a 
sobrevivência dela no mercado e também na sua lucratividade. A 
empresa realizando uma política de crédito bem feita reduzirá custos 
com cobrança, departamentos de crédito etc.
Se a empresa adotar uma política de crédito liberal, conseguirá ter um 
maior volume de vendas às custas de maior risco de inadimplência. 
Ao contrário, uma política de crédito restritiva que terá baixo custo de 
inadimplência, mas reduzirá as vendas. (SANTOS, 2001, p.37)
O importante é desenhar uma política de crédito equilibrada entre 
os dois modelos (liberal e restritiva). Para encontrar esse equilíbrio, o 
especialista precisará gastar um tempo estudando muito o perfil dos 
clientes visando reduzir esse risco por meio da liberação de limite 
correto. Para uma política de crédito adequada, é necessário analisar 
alguns conceitos:
1. Prazo de concessão de crédito: tempo que a empresa fornece para 
seus clientes para pagar as compras.
2. Política de cobrança: metodologia adequada para conseguir 
receber as contas vencidas.
3. Descontos financeiros: caso o cliente pague à vista, quanto terá 
de desconto?
4. Padrões de crédito: quais serão os métodos de segurança da empresa 
para liberar crédito para os clientes?
Para um bom controle interno relacionado às contas a receber, observe 
algumas dicas do CRC – SP (1992, p.155):
Um bom sistema de controle interno deve ter 
como objetivo a aprovação dos pedidos dos 
limites de créditos. 
Faturamento ao cliente, 
verificação da fatura. 
O embarque. 
O registro das contas a receber 
nos valores apropriados. 
A cobrança das contas 
a receber. 
Contabilização e controle 
de recebimento de caixa e 
depósitos dos recebimentos.
Figura 6: Bom controle interno relacionado às contas a receber. Fonte: Dreamstime.
Avaliação de Empresas 9
A análise, concessão de crédito, cobrança, fiscalização e controle estão 
interligadas. Segundo Matias (2007), é preciso que a empresa estude 
e consolide a metodologia da concessão de crédito, secundariamente 
conceda o crédito. Concedendo o crédito e com a carteira de clientes 
formada é necessário monitorar, controlar para que não se perca o 
controle e seja necessário realizar cobrança, inclusão no SERASA ou no 
cartório. Se acaso, um cliente atrasar o processo de cobrança deve ser 
realizado rapidamente.
Análise/Concessão
Cobrança
Monitoria/Controle
Figura 7: Procedimentos no setor de crédito. Fonte: Adaptado de Matias (2007 p.68).
Assim, o financeiro tem a responsabilidade de analisar a capacidade 
de pagamento e recebimento da empresa, verificar quais são as 
fontes de recursos que a empresa utiliza para estudar o ponto de 
equilíbrio financeiro, ter critérios bem desenhados de crédito e 
cobrança (SILVA, 2008).
Além disso, de acordo com CRC – SP (1992, p.155), “um controle 
interno eficiente das contas a receber também requer a aprovação de 
vendas canceladas, a contabilização do cancelamento e da devolução 
da mercadoria e a aprovação de débitos incobráveis”. Isto é, o setor 
de contas a receber acaba tendo muita ligação com a administração 
de estoque. 
3. Administração do Estoque
A contabilização e administração de estoques 
precisam ter foco em sempre ter em mãos 
o nível de estoque dos produtos em 
qualquer nível de produção e fiscalizar 
a rotatividade dos estoques. De acordo 
com Assaf Neto e Silva (2009, p.160):
Analisando as vantagens de possuir 
estoques, deve-se compará-las com 
seus custos para decidir quanto deve 
ter de estoque e quanto deve solicitar a 
reposição dos produtos que estão sendo 
vendidos ou consumidos no processo de 
produção. A decisão de quando e quanto 
comprar é uma das mais importantes a 
serem tomadas na gestão de estoques 
(ASSAF NETO, 2009).
Figura 8: Administração do 
estoque. Fonte: Dreamstime
Avaliação de Empresas 10
https://br.freepik.com/fotos-gratis/jovem-que-trabalha-em-um-armazem-com-caixas_5578185.htm#page=1&query=estoque&position=6
Como vimos nas unidades anteriores, o estoque é de grande valor 
para empresa em razão de que representa uma parcela do ativo 
circulante. A logística e a gestão de estocagem precisam ser realizadas 
de maneira bem estruturada, assim o empresário pode poupar em 
contrair novas dívidas.
Para controle de estoque é importante analisar os seguintes tópicos 
(SILVA, 2008):
 ▪ Qual é a disponibilidade dos produtos necessários? Verificar os 
fornecedores, tempo de entrega etc.
 ▪ Qual o conhecimento de mercado que a empresa tem? Importante 
entender o mercado para minimizar os riscos, incerteza e 
sazonalidades.
 ▪ Qual é a duração do ciclo de produção? Se o ciclo de produção for 
muito longo tem-se uma maior necessidade de ter matéria-prima 
em estoque.
 ▪ Qual é a durabilidade dos produtos produzidos? Verificar perdas, 
rotação para manter um estoque ideal para a empresa.
 ▪ Existe fiscalização e controle dos estoques? Existem sistemas 
operacionais feitos para controlar estoques. Analisar as perdas, 
devoluções, previsões, demanda.
De acordo com Assaf Neto (2003, p.543):
Como na prática é muito arriscado proceder a uma sincronização 
perfeita entre a procura e a compra ou produção de bens, é comum 
as empresasmanterem permanentemente certo volume estocado. Ou 
seja, a compra ou a fabricação de bens no exato momento em que se 
verifica a demanda envolve elevados riscos de atrasos ou, até mesmo, 
impossibilidade no atendimento de pedidos.
A empresa faz estoques para estar preparada para a demanda, mas, 
mesmo assim, existem incertezas. São tipos de estoque: 
 ▪ Proteção: Estoque mais cauteloso, atendendo sempre à demanda, não 
deixando sobrar mercadoria. 
 ▪ Ciclo: Atendendo às sazonalidades existentes de demanda. Estuda 
muito o mercado, as séries de tempo, realiza previsões. 
 ▪ Antecipação: Estoque por precaução
Então, quando, quanto pedir de mercadoria?
Para isso, existem algumas políticas de estoque. O administrador 
de estoque precisa realizar uma revisão periódica, revisão contínua. 
Podemos destacar as seguintes políticas de controle e gestão de estoque:
 ▪ LEC – (Lote Econômico de Compra) é muito famoso, é conhecido como 
sendo quando reposição ocorre somente se o nível de estoque é 
zero. Para isso, precisa ter pleno conhecimento da demanda (anual, 
semestral, bimestral, diário) custos do pedido.
Avaliação de Empresas 11
 ▪ Existe, também, a metodologia baseada em necessidades, ou seja, 
têm-se estoques elevados para, então, ser menor o transporte. O 
controle aqui do vencimento dos produtos estocados e de 
conhecimento de demanda também é primordial.
 ▪ A metodologia just in time leva como importante os poucos 
fornecedores, estoque essencial (eliminação de incertezas do 
mercado e da demanda). Seria a produção sob demanda, ou seja, 
a produção é realizada mediante a demanda pelo produto ou pela 
compra da mercadoria para revenda.
 ▪ A Curva ABC é considerada uma metodologia de política de estoque. 
Ela é como se fosse uma Análise de Pareto ou a Regra 80/20. Ou seja, 
80% do lucro de uma empresa é gerado por 20% de seus produtos. 
Aqui, o gestor de estoques precisa mensurar quais são os produtos 
que mais impactam no faturamento e no lucro de uma empresa, 
sendo de extrema importância no gerenciamento de estoque, pois 
estabelecem quais são os produtos que a organização deve priorizar.
 ▪ PEPS: “Primeiro a Entrar, Primeiro a Sair”. O que vale é a presença 
de um fluxo lógico e metódico de mercadorias evitando a perda 
de produtos em virtude do prazo de validade, mantendo sempre 
a organização.
Aprendemos que o capital de giro é muito importante para manter o 
funcionamento da empresa no curto prazo. Ele é relevante por se 
enquadrar com a finalidade de garantir o fluxo das atividades da 
empresa. Compreendemos também que existem dois tipos de capital 
de giro: i) permanente e ii) sazonal. Analisamos que o capital de giro 
líquido na teoria pode ser explicado pelos recursos de longo prazo que 
financiam as necessidades do curto prazo e ainda que existem dois tipos 
de posturas e administração do capital de giro: i) conservadora e ii) 
agressiva. Esclarecemos que os analistas financeiros responsáveis pelo 
contas a receber precisam estar atentos nessas flutuações e oscilações 
mensais presentes nas empresas. E, ainda, que o capital de giro da 
empresa é ligado às contas a receber das vendas a prazo e assim por 
meio dessas vendas a prazo que são organizadas as 
diretrizes se podem ou não conceder um 
crédito a um cliente e qual poderá 
ser seu limite. Vimos também que 
o setor de contas a receber 
acaba tendo muita ligação 
com a administração de 
estoque. aprendemos que 
a empresa faz estoques 
para estar preparado 
para Demanda, mas, 
mesmo assim existem 
incertezas (tipos de 
estoque: proteção, ciclo, 
antecipação, canal – 
distribuição). 
Avaliação de Empresas 12
Referências
ASSAF NETO, A. Finanças Corporativas e valor. São Paulo: Atlas, 2003.
ASSAF NETO, A.; SILVA, C. A. Administração do Capital de Giro. 2 ed. São 
Paulo: Atlas, 1997.
ASSAF NETO, Al. SILVA, C. A. T. S. Administração do capital de giro. 3 ed. 
São Paulo: Atlas, 2009.
ASSAF NETO, A. Finanças Corporativas e Valor. 2 ed. São Paulo: Atlas, 
2006.
CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO ESTADO DE SÃO PAULO. 
Curso básico de auditoria: normas e procedimentos/Conselho Regional 
de Contabilidade do Estado de São Paulo. 2 ed. São Paulo: Atlas, 1992.
IUDÍCIBUS, S. Análise de balanços.11 ed. São Paulo: Atlas, 2017.
MATIAS, A. B. Finanças Corporativas de curto prazo: a gestão do valor do 
capital de giro. São Paulo: Atlas, 2007.
SILVA, J. P. Análise financeira das empresas. 9 ed. São Paulo: Atlas, 2008.
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	Para Início de Conversa
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	1. O Capital de Giro Líquido
	2. Administração do Contas a Receber
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