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PROVA A2 RESPONSABILIDADE CIVIL TIJUCA 2022 1

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AVALIAÇÃO
	CURSO: DIREITO
	DISCIPLINA
	
	RESPONSABILIDADE CIVIL - TIJUCA MANHÃ
	NOME: CLÍCIA CHRISTINA SOUSA CUSTODIO
	ASSINATURA
	
	
	DATA
	GRAU
	
	 PROVA
	TURMA
	MATRÍCULA
	
 24/06/2022
	
	
	
A2
	
	2
	0
	1
	9
	1
	1 
	0
	3
	2
	6
	0
	
	
ATENÇÃO: 
ATENÇÃO: A PROVA DEVERÁ SER POSTADA NA PLATAFORMA CANVAS, NA ÁREA DE TAREFAS - AVALIAÇÃO A2. FAÇAM A POSTAGEM DO ARQUIVO PARA CORREÇÃO DENTRO DO HORÁRIO DE NOSSA AULA, QUAL SEJA, 10h:10min até 12h:40min, IMPRETERIVELMENTE. PROVAS POSTADAS FORA DO HORÁRIO ESTABELECIDO NÃO SERÃO CORRIGIDAS.
PROVA MISTA COM QUESTÕES OBJETIVAS E DISCURSIVAS. 
A PROVA LEVARÁ EM CONSIDERAÇÃO TODO O CONHECIMENTO ADQUIRIDO AO LONGO DO CURSO.
PROVA MISTA COM QUESTÕES OBJETIVAS E DISCURSIVAS: SEM CONSULTA. 
A PROVA LEVARÁ EM CONSIDERAÇÃO TODO O CONHECIMENTO ADQUIRIDO AO LONGO DO CURSO.
PROVA COM 06 (SEIS) QUESTÕES OBJETIVAS CADA UMA VALENDO 1,0 (UM) PONTO E DUAS QUESTÕES DISCURSIVAS, CADA UMA VALENDO 2,0 (DOIS) PONTOS.
QUESTÕES OBJETIVAS: ESCREVA SUA RESPOSTA NO QUADRO ABAIXO:
	1
	A
	2
	D
	3
	B
	4
	A
	5
	C
	6
	C
1. No que pertine ao estudo dos elementos constitutivos da responsabilidade civil, analise as asserções abaixo e ao final responda:
I - Quando da análise do conceito do ato ilícito, previsto no artigo 186 do CC, verifica-se que "aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito. Desta maneira, é possível verificar os seguintes pressupostos/elementos que compõem a responsabilidade civil: Conduta Humana (que pode ser positiva ou negativa), Dano (prejuízo experimentado pela vítima) e o nexo de causalidade (nexo causal) 
POR QUE
II - No sistema jurídico brasileiro não se pode confundir responsabilidade com imputabilidade, posto que esta envolve um conjunto de condições pessoais do agente, de modo que, o mesmo tenha capacidade para responder pelo ato praticado. Desta maneira, aponta-se como elementos caracterizadores da imputabilidade: maturidade e discernimento. Daí o entendimento de que, quem não tem capacidade de entender o ato reprovável praticado, ser inimputável. Assim é assente em doutrina que os menores de 16 anos, ainda lhes falta maturidade para autodeterminar-se, por tal motivo, respondem por eles, invariavelmente, seus pais, nos termos da lei civil.
A respeito das asserções assinale a opção correta:
XA) As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta da I.
B) As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II é uma justificativa correta da I.
C) A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa.
D) A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira.
E) As asserções I e II são falsas.
Justificativa da resposta: 
Letra A, a asserção I está correta pois analisa corretamente o artigo 186 do Código Civil e conceitua os pressupostos da responsabilidade civil de acordo com a doutrina, já a assertiva II está correta pois rege sobre a impossibilidade de imputar responsabilidade civil às pessoas inimputáveis e afirma o estipulado no artigo 932, inciso I, do Código Civil. Todavia, uma assertiva não é justificativa da outra. 
02. No estudo da responsabilidade civil objetiva, analise as asserções abaixo e ao final responda:
I - Observa-se que o Código Civil traz cláusula geral da responsabilidade civil objetiva ao estabelecer no parágrafo único do artigo 927 que “haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem”. Neste sentido, sempre que a atividade desenvolvida pelo agente implicar risco, estaremos diante da responsabilidade civil objetiva, na qual a análise do elemento culpa se faz imprescindível, de modo a caracterizar a responsabilidade do agente causador do dano
POR QUE
 
II - Quando da análise do elemento risco a doutrina aponta diversas modalidades que podem embasar o dever de indenizar. Entretanto, na hipótese do risco integral o dever de indenizar é imputado àquele que criou o risco, mesmo que a atividade por ele desenvolvida não seja a causa direta e imediata do evento danoso, basta que a atividade de risco tenha sido a ocasião do dano
II - A respeito das asserções assinale a opção correta:
A) As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta da I.
B) As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II é uma justificativa correta da I.
C) A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa.
XD) A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira.
E) As asserções I e II são falsas.
Justificativa da resposta: 
Letra D, a asserção I é falsa pois o elemento culpa é na verdade dispensável na teoria da responsabilidade civil objetiva estipulada no artigo 927 do Código Civil e a assertiva II é verdadeira pois é amparada pela doutrina. 
3) Acerca da Responsabilidade civil é possível afirmar:
(A) somente o dono do animal é obrigado a ressarcir o dano por este causado; x
X(B) o dono do edifício ou construção responde pelos danos que resultem de sua ruína, se esta provier de falta de reparos, cuja necessidade fosse manifesta; 
(C) o proprietário sempre é obrigado a indenizar os danos provenientes de coisas lançadas de seu imóvel;
(D) o dano causado por animais é considerado fato fortuito ou de força maior.
E) a culpa é elemento fundamental na responsabilidade civil objetiva.
Justificativa da resposta: 
Letra B, pois esta situação está estabelecida no artigo 937, caput, do Código Civil. 
4) Juquinha estabelece com Petruccio um contrato no qual o primeiro ficará como depositário de determinado bem pertencente ao segundo. Os contratantes estabelecem no pacto firmado que se por qualquer motivo algum dano ocorrer ao bem dado em depósito a obrigação ficará resolvida para ambas as partes. Diante de tal narrativa aponte a opção correta:
X(A) A cláusula exonerativa da responsabilidade nesta hipótese não será válida, tendo em vista que exclui o devedor de suas obrigações essenciais, relaxando o vínculo obrigacional.
(B) A cláusula de não indenizar é plenamente válida uma vez que estamos no campo da responsabilidade civil contratual, sendo, portanto, as partes livres para pactuarem o que for conveniente.
(C) A cláusula de não indenizar é aceita normalmente sem nenhuma restrição, podendo até mesmo surgir da responsabilidade civil aquiliana.
(D) A cláusula exonerativa da responsabilidade servirá como excludente do dever de indenizar já que Petruccio a aceitou sem restrição.
(E) A cláusula exonerativa da responsabilidade sempre poderá ser usada livremente, sem restrições.
Justificativa da resposta: 
Letra A, pois de acordo com o artigo 51, inciso I, do Código Civil, a cláusula exonerativa mencionada no caso concreto é abusiva, portanto, será nula de pleno direito. 
5) Sobre a responsabilidade civil, considere: 
I. Haverá obrigação de reparar o dano independentemente de culpa, quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem. V
II. Aquele que habitar parte de prédio não responde pelo dano proveniente das coisas que dele caírem. X
III. O dono de edifício ou construção responde pelos danos que resultarem de sua ruína, se esta provier de falta de reparos cuja necessidade fosse manifesta. V
IV. Quando a vítima concorrer culposamente para o evento danoso, a sua indenização será fixada levando-se em conta a gravidade da sua culpa em confronto com a do autor do dano. V
De acordo com o Código Civil, é correto o que consta APENAS em: 
(A) I, II e III. 
(B) I, II e IV. 
X(C) I, III e IV. 
(D) I e II
(E) III e IV. 
Justificativa da resposta: 
Letra C, pois a assertiva I está amparada pela doutrina, a II está errada pois quem habita mesmo que parte do prédio responde sim pelo dano, conforme artigo 938, caput doCódigo Civil. A assertiva III está correta pois transcreve o estipulado no artigo 937, caput, do Código Civil e a IV está correta pois está amparada na doutrina. 
 
6) A indenização por ato ilícito: 
Parte superior do formulário
(A) só será devida quando ficar configurado dano material. 
(B) não será devida, se ficar configurado apenas abuso de direito. 
X(C) será devida, ainda que o dano seja exclusivamente moral. 
(D) só será devida na hipótese de se apurar dolo ou culpa grave do agente.
(E) Só será devida na hipótese de fortuito ou força maior.
Justificativa da resposta: 
Letra C, pois é o que está estipulado no artigo 927, caput, do Código Civil, que aquele que, por ato ilícito, causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo. 
SEGUNDA PARTE DA PROVA A2 RESPONSABILIDADE CIVIL: QUESTÕES DISCURSIVAS: 
1. Epifania grávida de nove meses realizou todos os exames necessários ao acompanhamento de sua gestação. Entretanto, na hora do parto veio a falecer em decorrência de aneurisma cerebral. A família de Epifania está completamente desconsolada e o procura (é você mesmo caríssimo aluno(a)!) para obter um parecer jurídico, pois há a intenção de processar o médico obstetra que acompanhou todo o período de gravidez de Epifania. Demonstre seus conhecimentos jurídicos informando se o médico pode ser responsabilizado pelo evento funesto. Justifique juridicamente. (2,0 pontos)
Não ultrapasse o número de linhas para a resposta.
No caso em tela, a família de Epifania terá o ônus de comprovar a culpa do médico pelo falecimento dela. Nesta situação, a obrigação do médico é de meio e a responsabilidade que pode ser imputada ao médico é contratual, subjetiva e com culpa. Caso comprovada a culpa do médico, seja por imperícia, seja por negligência ou imprudência, este deverá indenizar a família de Epifania, de acordo com o artigo 951, caput, do Código Civil. 
2. Você é procurado por um cliente que narra os seguintes fatos: Que estava em uma fila de banco quando sentiu em suas costas um cano que parecia ser de um revólver e que por acreditar que se tratava de um bandido desferiu um golpe de caratê. Entretanto, em verdade tratava-se do cabo de guarda-chuva de uma senhora de idade, que caiu desfalecida em decorrência do golpe. Seu cliente está sendo processado e deseja saber se terá que responder pelo dano causado já que não teve a intenção de machucar a doce senhora. Informe se haverá o dever de indenizar, apontando, caso exista, a possível excludente da responsabilidade civil. (2,0 pontos)
Não ultrapasse o número de linhas para a resposta.
 
 Podemos observar que o cliente possui os elementos que constituem a culpa em stricto sensu, como a voluntariedade do comportamento do agente, a previsibilidade e a violação de dever de cuidado e que este cometeu ato ilícito, como pontuado no artigo 186, caput, do Código Civil, constituindo responsabilidade civil subjetiva. O dever de indenizar vem estipulado no artigo 927, caput, do Código Civil, pois foi cometido um ato ilícito que causou dano a senhora, sendo devida a indenização à família da senhora. Nesse caso não há possibilidade de alegação de nenhuma excludente de responsabilidade pois mesmo que o cliente tenha agido à vista de se proteger de perigo iminente, este agiu com imprudência ao não checar se o perigo era real. Portanto, sem opções de excludente viáveis ao caso. 
BOA PROVA!

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