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INTEGRAÇÃO 
DE 
APLICAÇÕES
Thiago Nascimento Rodrigues
Linguagem de marcação
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 � Relatar o histórico do HTML.
 � Analisar os fatores que motivaram o surgimento do HTML.
 � Explicar a necessidade de linguagem de marcação.
Introdução
O intercâmbio de informações é uma necessidade presente em qual-
quer área de estudo ou de atividade profissional. Diante dessa realidade, 
diversas ferramentas e mecanismos foram desenvolvidos, a fim de via-
bilizar uma troca de dados efetiva e eficiente ao longo dos anos. Com 
o surgimento e a ampla difusão do uso da internet, a transferência de 
informações em formato digital assumiu proporções sem precedentes.
No entanto, como o tráfego de dados passou a acontecer entre pes-
soas de diversas partes do mundo, detentoras de diferentes necessidades 
e formações, surgiu a demanda por uma padronização da forma como 
toda essa informação digital poderia ser estruturada. Nesse cenário, 
o HTML (do inglês HyperText Markup Language, cuja tradução livre é 
Linguagem de Marcação de Hipertexto) é proposto como uma linguagem 
para a marcação de textos.
Neste capítulo, você estudará sobre a história do surgimento do HTML, 
bem como conhecerá as razões que serviram de base para a sua propo-
sição como linguagem de marcação de textos na web. Além disso, verá 
por que essa linguagem é tão necessária para a troca de informações 
na internet.
1 Um pouco sobre o HTML e sua história
A história da linguagem de marcação HTML tem seu início atrelado ao surgi-
mento dos sistemas de hipertexto. Muitos anos antes de o HTML ser proposto, 
sistemas de hipertexto predecessores foram criados, com o intuito de permitir 
que os usuários acessassem informações relacionadas aos documentos eletrô-
nicos que estivessem visualizando. Esta é a ideia básica de um hipertexto: um 
texto que está vinculado ou conectado a outros textos de forma que todos eles 
possam ser mutuamente acessados por meio de algum elo (link).
Embora não haja um reconhecimento formal do primeiro sistema de hi-
pertexto desenvolvido, a ideia apresentada em um artigo publicado pelo en-
genheiro estadunidense Vannevar Bush, em 1945, é comumente aceita como 
precursora dos hipertextos que serviram de base para a estruturação da web 
tal como a conhecemos hoje. Conhecido como o avô do hipertexto, Bush 
propôs, em seu artigo, um sistema conhecido como Memex (do inglês memory 
extender, cuja tradução livre é extensor de memória), descrito por ele como 
uma espécie de arquivo e biblioteca particular cujo acesso é automatizado. 
Nesse sistema, informações contidas em livros, registros e comunicações 
seriam armazenadas em microfilmes, e, posteriormente, múltiplas projeções 
desses microfilmes poderiam ser acessadas, de modo a permitir a um usuário 
comparar as informações contidas neles (NIELSEN, 1995). Assim, é possível 
observar que a ideia apresentada por Bush possui uma relação direta com a 
utilização de hipertextos na web atualmente.
Contudo, desde a proposição do Memex até a implementação efetiva do 
primeiro sistema de hipertextos, muitas décadas se passaram. Em meados 
da década de 80, Timothy Berners-Lee (ou apenas Tim Berners-Lee, como é 
comumente chamado), um físico britânico recém-chegado ao CERN (do francês 
Conseil Européen pour la Recherche Nucléaire, cuja tradução livre é Conselho 
Europeu para Pesquisas Nucleares), começou a procurar um meio de, a partir 
de um documento eletrônico, conseguir navegar para outros documentos que 
estivessem disponíveis em outros computadores ao redor do mundo. Isso 
significaria que, durante a leitura de uma informação eletrônica, um usuário 
poderia rapidamente exibir partes de outro documento que contivesse textos ou 
diagramas relevantes ao assunto pesquisado (RAGGETT et al., 1998). Foi então 
que Berners-Lee propôs um sistema de hipertexto para o compartilhamento 
de documentos, que, mais tarde, se tornou a linguagem fundamental da web. 
O primeiro sistema distribuído de hipertexto foi proposto por Berners-
-Lee apenas em 1989, o qual foi dedicado ao gerenciamento de informações 
Linguagem de marcação2
gerais do CERN. Esse formato para o intercâmbio de dados já dispunha de 
representações explícitas de links de hipertexto e era usado em conjunto 
com um protocolo para o endereçamento e a requisição de documentos em 
uma rede de computadores de larga escala (CAILLIAU; ASHMAN, 1999). 
Aprimoramentos foram sendo incorporados ao sistema, até que, em 1991, 
Berners-Lee apresentou, de forma não oficial, a primeira versão concluída 
do seu sistema de hipertextos — o HTML. Somente dois anos mais tarde, em 
1993, a primeira versão oficial do sistema — o HTML 1.0 — foi oficialmente 
disponibilizada, visando ao compartilhamento de informações que poderiam 
ser lidas e acessadas via navegadores web — browsers (HTML HISTORY, 
2020). Entretanto, como não existiam muitos desenvolvedores dedicados à 
criação de websites e como muito pouco podia ser feito com o HTML (o HTML 
original consistia em apenas 22 tags), a linguagem apresentou pouca evolução.
Em sequência ao lançamento da sua primeira versão, outras seis novas 
versões do HTML foram publicadas, agregando gradativamente mais recursos 
à linguagem. Em 1995, o HTML 2.0 foi disponibilizado, na medida em que 
a web ganhava cada vez mais popularidade. Esse foi o momento em que a 
organização conhecida como W3C (do inglês World Wide Web Consortium) 
foi formada, com a intenção de manter um padrão para diferentes navegadores 
da web. A principal intenção do W3C era que esses navegadores entendessem 
e processassem as tags HTML de maneira semelhante. Um dos principais 
aprimoramentos agregados à linguagem foi o conceito de formulários, que 
passou a entrar em vigor, embora ainda com tags de marcação muito básicas, 
como caixas de texto, botões, etc. Além disso, a estrutura de tabelas surgiu 
como uma tag HTML, e os navegadores incorporaram o conceito de criação 
de camadas de tags específicas para si próprios (INTRODUCTION..., 2019). 
Diversas marcações ou tags foram sendo adicionadas e removidas à medida que novas 
versões do HTML eram lançadas. Naturalmente, essas modificações impactavam a forma 
como os navegadores (browsers) deveriam renderizar o conteúdo de páginas na web.
Pesquise por “HTML Tags: Past, Present, Proposed” no seu mecanismo de busca para 
acessar a página de Martin Rinehart, na qual você poderá fazer um comparativo dos 
recursos de marcação que existiam desde o HTML 1.0 até a sua última versão. Observe 
como o início da linguagem oferecia um número reduzido de tags e como algumas 
delas desapareceram da especificação enquanto outras novas foram surgindo.
3Linguagem de marcação
À medida que o HTML ganhava a aceitação de um número cada vez maior 
de pessoas, desenvolvedores (webmasters, como ficaram conhecidos) passaram 
a buscar por recursos mais sofisticados para a melhoria de websites. Nesse 
cenário, a empresa Netscape assumia a liderança no mercado de navegadores 
web, com um browser que levava seu nome. Para atender à demanda por 
novos recursos, a Netscape introduziu novas tags e atributos proprietários 
em seu navegador, o que causou conflitos com os concorrentes, que tentaram 
replicar os efeitos dessas tags, mas não conseguiram que seus navegadores 
exibissem o conteúdo com a mesma qualidade. Segundo Shannon (2012), esse 
foi o momento em que um grupo de trabalho focado no desenvolvimento do 
HTML apresentou um esboço do que seria a versão 3.0 do HTML. Nessa 
versão preliminar, foram incluídos muitos novos e melhorados recursos à 
linguagem, o que possibilitaria a produção de websites com recursos mais 
elaborados. Contudo, os navegadores não foram ágeis na implementação 
dessas melhorias e, por isso, muitos dos recursos propostos foram deixados 
do lado ou implementados parcialmente. Com o tempo, a especificação do 
HTML 3.0 foi abandonada.
Como o esboço do HTML 3.0 não foi levado adiante e tags proprietáriascontinuaram surgindo, a padronização da linguagem não podia mais ser 
postergada. Diante disso, em 1994, o W3C criou e publicou o que ficou conhe-
cido como o HTML 3.2 — o próximo passo na evolução da linguagem. Boa 
parte das tags proprietárias criadas tanto pela Netscape, para o seu browser 
Navigator, como pela Microsoft, para o Internet Explorer, não compuseram 
essa nova versão. Em janeiro de 1997, o HTML 3.2 se tornou um padrão 
oficial. Um relevante recurso introduzido na linguagem foi o suporte a CSS 
(do inglês Cascading Style Sheets, cuja tradução livre é folhas de estilo em 
cascata), recurso este que torna possível que tags HTML sejam renderizadas 
de forma mais rica pelos navegadores.
Grandes mudanças vieram com o lançamento do HTML 4.0, versão que 
representou um grande avanço da linguagem. Em dezembro de 1997, ela foi 
publicada como a versão recomendada pelo W3C. Embora o HTML 3.2 já 
oferecesse suporte à linguagem de estilos CSS, ele ainda continha várias tags 
e atributos para a estilização de marcações de textos e links, por exemplo. 
Com o HTML 4.0, esse conceito foi totalmente atualizado, e tanto tags como 
atributos de estilos foram descontinuados. A partir de então, toda a estilização 
do conteúdo HTML deveria ser feita à parte das marcações que estruturavam 
as páginas na web. Além disso, essa última versão da linguagem forneceu 
novas tags para scripts, frames, tabelas e formulários mais complexos, além 
de aspectos de acessibilidade para pessoas com deficiência. Em abril de 1998, 
Linguagem de marcação4
o HTML 4.0 se tornou o padrão oficial (HISTORY..., 2019). Após sua oficia-
lização como padrão, essa versão da linguagem foi revisada, para que vários 
ajustes de menor porte pudessem ser incorporados à especificação. Algumas 
dessas modificações foram a inclusão do atributo name para a tag <form>, 
a possibilidade de inclusão de texto dentro de uma tag <noframe>, para 
beneficiar navegadores que não davam suporte a frames, e a definição de um 
novo tipo de documento, chamado Strict, que não permitia o uso de tags des-
continuadas. Essa versão revisada foi publicada em 1999 como o HTML 4.01.
A última grande revisão da linguagem desde o lançamento do HTML 4.01 
foi o HTML 5. Mais uma vez, essa nova versão trouxe grandes mudanças na 
maneira como as marcações deveriam ser renderizadas pelos navegadores. 
Dentre outras mudanças, ela adicionou uma maneira de lidar nativamente 
com conteúdo gráfico e multimídia e adicionou novos elementos de estrutura 
de página para aprimorar o conteúdo semântico dos documentos. Em 2014, 
o HTML 5.0 tornou-se uma recomendação, e o mesmo aconteceu com o 
HTML 5.1, em 2016. Finalmente, em 14 de dezembro de 2017, o HTML 5.2 
foi lançado como a versão recomendada pelo W3C, a qual prevalece até hoje 
(POGAN, 2018). 
O Quadro 1, a seguir, apresenta uma lista de alguns dos tipos de conteúdo 
que podem ser adicionados a páginas web usando diferentes versões do HTML. 
Assim, é possível ter uma visão mais sistemática da evolução da linguagem e 
dos recursos que foram sendo incorporados a ela.
Marcação
HTML 
1.0
HTML 
4.01
HTML 
5
Objetivo
Heading (cabeçalho)
<h1>, <h2>, <h3>, 
<h4>, <h5> e <h6>
Sim Sim Sim Organizar o conteúdo 
da página pela adição 
de títulos e subtítulos.
Paragraph (parágrafo)
<p>
Sim Sim Sim Identificar os parágrafos 
de um texto.
Address (endereço)
<address>
Sim Sim Sim Identificar um bloco 
de texto que contém 
informações de contato.
Quadro 1. Marcações disponíveis nas diferentes versões do HTML
(Continua)
5Linguagem de marcação
Fonte: Adaptado de University of Washington (2020).
Marcação
HTML 
1.0
HTML 
4.01
HTML 
5
Objetivo
Anchor (âncora)
<a>
Sim Sim Sim Link para outra 
página web.
List (lista)
<ol> para lista 
ordenada; <ul> para 
lista sem ordenação; 
<li> para cada 
item da lista
Sim Sim Sim Organizar itens 
dentro de uma lista.
Image (imagem)
<img>
Sim Sim Sim Embutir um elemento 
gráfico na página.
Table (tabela)
<table> para a 
tabela; <thead>, 
<tbody>, <th>, 
<tr> e <td> para 
cada parte que 
forma a tabela
Não Sim Sim Organizar dados em 
linhas e colunas.
Style (estilo)
<style>
Não Sim Sim Adicionar CSS para 
controlar como 
os elementos são 
apresentados na página.
Script
<script>
Não Sim Sim Adicionar JavaScript 
para tornar as páginas 
mais interativas.
Audio (som)
<audio>
Não Não Sim Adicionar um elemento 
de áudio à página.
Video (vídeo)
<video>
Não Não Sim Adicionar um 
vídeo à página.
Canvas (tela)
<canvas>
Não Não Sim Adicionar um bloco 
de desenho invisível à 
página para possibilitar 
a adição de outros 
elementos gráficos 
via JavaScript.
Quadro 1. Marcações disponíveis nas diferentes versões do HTML
(Continuação)
Linguagem de marcação6
2 Por que o HTML foi criado?
Conforme visto na seção anterior, Tim Berners-Lee foi o criador do HTML, 
o que, por sua vez, deu origem à web tal como a conhecemos hoje. Todavia, 
esse não foi o primeiro sistema de hipertextos criado por ele. Na busca por uma 
linguagem para a publicação e o compartilhamento de informações, Tim criou, 
em 1980, um sistema conhecido como Enquire para o seu uso pessoal. No ano 
seguinte, ele construiu um protótipo de browser para explorar o mecanismo 
de hipertextos por ele desenvolvido. 
Outro relevante precursor dos sistemas de hipertextos e, consequentemente, 
do próprio HTML, foi uma aplicação da Apple conhecida como HyperCard. 
Nesse aplicativo, as páginas continham botões que, quando acionados, dispa-
ravam pequenos programas, chamados de scripts, responsáveis por controlar 
qual página seria exibida em seguida. Eles também eram capazes de exibir 
trechos de animações na tela. Apesar de ter ganhado certa popularidade, 
o sistema do HyperCard apresentava uma séria limitação: os saltos de hi-
pertextos só podiam ser feitos entre arquivos que estivessem em um mesmo 
computador (RAGGETT et al., 1998).
Embora a ideia de um sistema de hipertextos de alcance global se mostrasse 
viável, persistia o desafio de se identificar a abordagem mais adequada para 
sua implementação. Alguns pacotes de hipertextos já estavam disponíveis na 
época, mas todos eles padeciam de complicadores comuns. Um dos principais 
limitadores era o fato de certos pacotes estarem disponíveis apenas para tipos 
específicos de computadores, e, como o objetivo era a troca de informações 
entre computadores do mundo todo, o sistema de hipertextos a ser implemen-
tado deveria funcionar em qualquer computador conectado à internet.
A solução apresentada por Tim Berners-Lee para a multiplicidade de 
mecanismos de publicação de conteúdo acabou sendo decisiva para a adoção 
do HTML como linguagem de hipertexto para a troca de informações entre 
quaisquer computadores. Por meio da criação de um protocolo de comunica-
ção simples, que ficou conhecido como HTTP (do inglês HyperText Transfer 
Protocol, cuja tradução livre é Protocolo de Transferência de Hipertexto), 
Berners-Lee possibilitou que diferentes documentos pudessem ser recupera-
dos via links de hipertextos. O formato do texto que seria reconhecido pelo 
protocolo HTTP foi denominado HTML (do inglês HyperText Markup Lan-
guage). Como Tim prezou pela simplicidade tanto do protocolo HTTP como 
do formato de texto que ele suportava — HTML —, ele conseguiu encorajar 
outros a adotarem sua abordagem e, a partir daí, a projetarem soluções de 
software auxiliares para a disponibilização de conteúdo em formato HTML.
7Linguagem de marcação
Além da simplicidade do protocolo HTTP e da própria linguagem de 
marcação, outra razão que contribuiu para a consolidação do HTML foi a 
sua forte aderência a um padrão de marcação internacionalmente aceito, 
o SGML (do inglês Standard Generalized Markup Language, cuja tradução 
livre é Linguagem de Marcação Generalizada Padrão). O SGML possibilitava 
que textos pudessem ser estruturados em unidades, como parágrafos, títulos e 
itens de lista, além de poder ser implementado em qualquer computador. O uso 
de pares de marcadores ou tags,tais como <title> e </title> pelo HTML 
foi o resultado de uma apropriação direta do SGML. Outros elementos trazidos 
do SGML para o HTML foram <p> (parágrafo), <h1>...<h6> (cabeçalho, 
ou título de nível 1 a título de nível 6), <ol> (listas ordenadas), <ul> (lista 
sem ordenação), entre vários outros. Naturalmente, um recurso que o SGML 
não dispunha era o de links de hipertextos. A ideia de usar o elemento âncora 
<a> com o atributo href para o endereçamento de documentos em outros 
computadores foi uma invenção do próprio Berners-Lee, que veio consolidar 
o seu sistema de hipertextos.
Uma das razões que impulsionaram o HTML a ganhar relevância como linguagem de 
marcação no cenário internacional foi a simplicidade com que um conteúdo poderia 
ser anotado com suas tags. Suponha que você precise criar uma página web contendo 
o modelo simples de um currículo (Curriculum Vitae). Essa página deve conter as 
seguintes informações:
 � Cabeçalho: Curriculum Vitae.
 � Título: Nome completo.
 � Subtítulo: Endereço completo.
 � Primeiro parágrafo: Formação.
 ■ Lista com pelo menos uma formação: Formação 1.
 � Segundo parágrafo: Experiência profissional.
 ■ Lista contendo pelo menos uma experiência profissional: experiência 1.
Considerando qualquer versão do HTML, tente estruturar o modelo de currículo 
solicitado utilizando os marcadores da linguagem. 
Resolução:
O código HTML que poderia ser usado para a estruturação do modelo de currículo 
é apresentado a seguir. Para visualizar como esse código é apresentado por um na-
vegador, salve esse conteúdo em um arquivo com a extensão .html (p. ex., currículo.
html) e abra-o no seu navegador de preferência.
Linguagem de marcação8
<html>
 <head>
 <title>Curriculum Vitae</title>
 </head>
 <body>
 <h1>Nome completo</h1>
 <h2>Endereço completo</h2>
 <p>Formação</p>
 <ul>
 <li>Formação 1</li>
 </ul>
 <p>Experiência profissional</p>
 <ul>
 <li>Experiência 1</li>
 </ul>
 </body>
</html>
O surgimento do sistema de nomes de domínio não poderia ser deixado à 
parte das razões que levaram à adoção do HTML como a linguagem de mar-
cação internacionalmente aceita. Em meados dos anos 80, a internet ganhou 
um novo sistema de nomeação de computadores que a ela estavam conectados. 
Nesse sistema, um computador recebia um nome de domínio, composto de 
uma série de letras separadas por pontos, como, por exemplo, “www.tnas.com.
br” ou “www.sagah.org.br”. Esses nomes eram de fácil uso quando compa-
rados aos incômodos endereços IP, compostos por apenas números e pontos. 
De modo simultâneo, houve o surgimento de um software de rede que ficou 
como conhecido como DNS (do inglês Domain Name Service, cuja tradução 
livre é sistema de nomes de domínio). Um DNS era capaz de mapear nomes 
de domínio para seus respectivos endereços IP, eximindo, dessa forma, os 
usuários de terem de lidar com esses desconfortáveis endereços numéricos. 
Essa combinação de nomes de domínio e DNS tornou possível que um público 
mais amplo pudesse conectar, por meio de links de hipertextos, documentos 
que estivessem em computadores em diferentes partes do mundo. Mais uma 
vez, o HTML se apresentava como uma linguagem de marcação de simples 
uso, mas dotada de recursos muito poderosos.
9Linguagem de marcação
3 A necessidade de uma linguagem de marcação
As linguagens de marcação constituem um mecanismo para se adicionar 
anotações ou informações adicionais a um texto. Essa informação adicional 
é comumente utilizada para definir a organização do texto e, via de regra, 
criar uma estrutura hierárquica que codifica a informação. Segundo Kreński, 
Maciak e Krasuski (2008), historicamente, o termo marcação refere-se ao 
processo de fazer notas nas margens de manuscritos. Nesse sentido, as notas 
continham diretrizes de tipografia, como tipo e tamanho da fonte, recuo de 
margem, espaçamento e quaisquer outras informações que fossem conside-
radas relevantes.
No contexto digital, o papel das linguagens de marcação é o mesmo: são 
utilizadas para anotar documentos eletrônicos. De modo geral, são utilizadas 
como uma marcação específica de como algum elemento será exibido ou qual o 
significado de determinado item. De acordo com Blaney (2019), os nomes das 
linguagens de marcação mais populares terminam com a expressão em inglês 
Markup Language e são abreviadas com o sufixo “ -ML”. Alguns exemplos são:
 � HTML — HyperText Markup Language;
 � KML — Keyhole Markup Language;
 � MathML — Mathematical Markup Language;
 � SGML — Standard Generalized Markup Language;
 � XHTML — eXtensible HyperText Markup Language;
 � XML — eXtensible Markup Language.
A variedade de linguagens de marcação que foram surgindo ao longo dos 
anos ressaltou o fato de que, qualquer que seja a área de estudo ou o campo 
de atuação profissional, o compartilhamento de informações é vital para o 
desenvolvimento de uma pesquisa ou atividade. Essa mesma necessidade se 
fez presente quando Berners-Lee iniciou sua carreira no CERN. Como físico 
recém-integrado ao laboratório, ele enxergou que a pesquisa no campo da física 
de partículas frequentemente envolvia a colaboração entre diferentes institutos 
espalhados por todo o globo. Por isso, Berners-Lee investiu esforços no sentido 
de conectar a maior quantidade possível de informação relacionada à sua área 
de pesquisa, a fim de permitir que qualquer pesquisador, em qualquer parte 
do mundo, pudesse ter acesso a ela.
Linguagem de marcação10
Contudo, o simples acesso à informação não garantia a qualidade da forma 
como ela era exibida ou disponibilizada. Logo, outra necessidade se fez pre-
mente: uma sistemática para a estruturação de textos em formato eletrônico. 
Como a linguagem SGML já havia sido internalizada no ambiente do CERN, 
Berners-Lee se apropriou dos conceitos providos por ela para cunhar uma 
linguagem de marcação mais moderna para a época e com potencial de ser 
aceita pelo público internacional. Nesse contexto, o HTML veio a oferecer 
uma forma padrão de anotação de textos eletrônico, passando a ser adotado 
pelo protocolo HTTP como formato de linguagem reconhecido. 
A grande novidade incorporada pelo HTML foi a capacidade de interligar conteúdos 
eletrônicos presentes em computadores distintos. O uso da tag <a> associada ao 
atributo href viabilizou essa funcionalidade. Considerando o exemplo da seção 
anterior, suponha que, agora, você precise vincular um novo documento HTML ao 
modelo de currículo criado. Esse novo documento conterá as referências que um 
empregado recebeu de outros funcionários. O documento deve ser estruturado com 
as seguintes informações:
 � Cabeçalho: Referências.
 � Pelo menos um subtítulo: Autor da referência.
 � Um parágrafo com o conteúdo: Texto da referência.
 � Um link para o documento anterior.
Além disso, o modelo de currículo original deve ser modificado para conseguir 
acessar o documento de referências a partir de um link adicionado a ele. Considerando 
esses novos requisitos, gere o código HTML para os dois documentos solicitados.
Resolução:
Confira o código do documento currículo.html.
<html>
 <head>
 <title>Curriculum Vitae</title>
 </head>
 <body>
 <h1>Nome completo</h1>
 <h2>Endereço completo</h2>
 <p>Formação</p>
 <ul>
11Linguagem de marcação
 <li>Formação 1</li>
 </ul>
 <p>Experiência profissional</p>
 <ul>
 <li>Experiência 1</li>
 </ul>
 <p><a href="referencias.html">Referências</a></p>
 </body>
</html>
Confira, a seguir, o código do documento referencias.html.
<html>
 <head>
 <title>Referências</title>
 </head>
 <body>
 <h3>Autor da referência</h1>
 <p>Texto da referência</p>
 <p><a href="curriculo.html">Currículo referenciado</
a></p>
 </body>
</html>
BLANEY, J. An Introduction to Semantic Mark-up. Postgrade Online ResearchTraining – 
School of Advanced Study, London, 2019. Disponível em: https://port.sas.ac.uk/mod/
book/view.php?id=568&chapterid=336. Acesso em: 3 abr. 2020.
CAILLIAU, R.; ASHMAN, H. Hypertext in the Web – a History. ACM Computing Sur-
veys, New York, v. 31, n. 4, p. 1–6, Dec. 1999. Disponível em https://dl.acm.org/doi/
abs/10.1145/345966.346036. Acesso em: 3 abr. 2020.
HISTORY of HTML. Landofcode.com – Putting the pieces together, [S. l.], 2014. Disponível em: 
http://www.landofcode.com/html-tutorials/html-history.php. Acesso em: 3 abr. 2020.
HTML HISTORY. W3schools, [S. l.], 2020. Disponível em: https://www.w3schools.in/html-
-tutorial/history/. Acesso em: 3 abr. 2020.
Linguagem de marcação12
Os links para sites da web fornecidos neste capítulo foram todos testados, e seu fun-
cionamento foi comprovado no momento da publicação do material. No entanto, a 
rede é extremamente dinâmica; suas páginas estão constantemente mudando de 
local e conteúdo. Assim, os editores declaram não ter qualquer responsabilidade 
sobre qualidade, precisão ou integralidade das informações referidas em tais links.
INTRODUCTION to Versions of Html. Educba, Mumbai, 16 Aug. 2019. Disponível em: 
https://www.educba.com/versions-of-html/. Acesso em: 3 abr. 2020.
KREŃSKI, K.; MACIAK, T.; KRASUSKI, A. An Overview of Markup Languages and Appro-
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NIELSEN, J. The history of hypertext. In: NIELSEN, J. Multimedia and hypertext: the internet 
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SHANNON, R. The History of HTML. HTML Source: HTML Tutorials, [S. l.], 21 Aug. 2012. 
Disponível em https://www.yourhtmlsource.com/starthere/historyofhtml.html. Acesso 
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2020. (Módulo 3 da unidade 1 do curso Web Design & Development I, version 2.0 – 
student version). Disponível em: https://www.washington.edu/accesscomputing/
webd2/student/unit1/module3/html_history.html. Acesso em: 3 abr. 2020.
Leitura recomendada
RINEHART, M. HTML Tags: Past, Present, Proposed. Martin Rinehart, [S. l.], 2012. Disponível 
em: http://www.martinrinehart.com/frontend-engineering/engineers/html/html-tag-
-history.html. Acesso em: 3 abr. 2020.
13Linguagem de marcação

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