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Empreendedorismo
Camilla Tonholi Sasso
Graduação em Administração
Especialização em Gestão de Pessoas e Marketing
Graduação em Ciências Contábeis
Possui graduação em Administração pela Universidade Estadual de 
Maringá (2008), graduação em Ciências Contábeis pela Universidade 
Estadual de Maringá (2017) e especialização em MBA em Gestão de 
Pessoas e Marketing pelo União de Faculdades Metropolitanas de Ma-
ringá (2011). Atualmente é Analista de Projetos da Benner Sistemas de 
Saúde LTDA e da Universidade Estadual de Maringá. Tem experiência 
na área de Administração, com ênfase em Administração de Empresas.
Fernanda Tonholi Sasso
Graduação em Letras
Especialização em Técnicas de Educação
Mestrado em Letras
Doutoranda em Letras
Graduada em Letras, com habilitação em língua portuguesa-inglesa 
pela Universidade Estadual de Maringá (2008). Especialista em Mé-
todos e Técnicas de Educação, pela Universidade Tecnológica Federal 
do Paraná (2010). Mestre em Estudos Literários, pela Universidade 
Estadual de Maringá (2015). Doutoranda em Literatura Brasileira e 
Outras Literaturas Vernáculas pela Universidade Estadual de Londrina. 
Experiência no Ensino Superior em Literaturas de Língua Portuguesa e 
em Orientação de TCC em cursos de especialização lato sensu na mo-
dalidade EAD.
Olá, aluno(a),
Ao longo deste livro, veremos algumas abordagens acerca do empreendedorismo e 
seus campos de atuação. Embora seja considerada uma disciplina recente, entendemos 
que o empreendedorismo sempre existiu com o ser humano. Sendo associado, na atua-
lidade, à pequena empresa ou a grandes corporações, o empreendedorismo é a força 
motriz da economia, pois insere cotidianamente novos produtos e serviços no mercado.
De uma maneira geral, o empreendedorismo nasce da capacidade humana de se 
reinventar e é aplicado a negócios, produtos e serviços que aumentam seu valor. Para em-
preender, devemos partir de uma ideia e contextualizá-la de modo a produzir resultados 
que estejam em acordo com os objetivos da empresa ou de seu autor.
Ao longo das unidades, você verá de que forma o empreendedorismo é visto no Brasil 
e como se configura o ambiente no qual ele é valorizado. Será possível aprender também 
quais são as principais características que um empreendedor deve possuir para fazer um 
negócio prosperar. Por fim, discutiremos sobre um importante fator, responsável pela con-
tinuidade do empreendedorismo nos mais diversos cenários: a inovação.
Este material foi preparado com muita pesquisa e carinho, com o objetivo de aprimo-
rar sua formação.
Um abraço e bons estudos!
Empreendedorismo
O Processo Empreendedor
Empreendedorismo
O Processo Empreendedor
O empreendedor: características, 
tipos e habilidades
Empreender é estar preparado para o mundo empresarial, através de planeja-
mento e criação de estratégias afins com os objetivos de uma organização. Assim, 
o empreendedor deve estar atento a tais detalhes, e se voltar para uma análise de 
mercado, de concorrência, compreendendo os pontos em que precisa melhorar e, base-
ado nisso, o empreendedor também adquire novas habilidades. Ele estabelece uma 
visão sobre o contexto de atuação e se antecipa a possíveis acontecimentos. Ao traçar 
tais passos, o empreendedor é, no final das contas, aquele que está melhor preparado 
para atuar, considerando ainda as competências técnicas e gerenciais necessárias ao 
negócio. Muitas vezes, essa pessoa não está na figura do empresário em si, mas deve 
estar diretamente ligado à organização, ainda que em outras posições importantes.
Para Dornelas (2007, p. 48), o empreendedorismo é uma forma que motiva as 
pessoas em uma empresa, e leva à sua reinvenção. Em suas palavras:
Os empreendedores são pessoas diferenciadas, que possuem motivação singular, 
apaixonadas pelo que fazem, não se contentam em ser mais um na multidão, 
querem ser reconhecidas e admiradas, referenciadas e imitadas, querem deixar um 
legado. Uma vez que os empreendedores estão revolucionando o mundo, seu com-
portamento e o próprio processo empreendedor devem ser estudados e entendidos.
Uma vez que estabelecemos a separação entre a figura do empresário e do 
empreendedor, temos que a pessoa descrita por Dornelas (2007) pode ser pessoas 
ligadas à organização por outras hierarquias. O essencial, para ser um empreen-
dedor, é que a pessoa busque por um destaque através dos frutos de seu trabalho. 
Nesse sentido, podemos empreender através da inovação de produtos, bens, ser-
viços ou até mesmo de ideias que visem facilitar o cotidiano das pessoas. A busca 
Empreendedorismo
O Processo Empreendedor
pelo reconhecimento que o empreendedor possui como forte característica o move 
a buscar o novo, todos os dias.
Dornelas (2007) lembra que vivemos a era do empreendedorismo, pois a figura 
do empreendedor tem sido responsável pela derrubada de fronteiras comerciais, o 
que inclui barreiras culturais, geográficas e globalizadas, o que renova os nossos 
conceitos sobre economia, além de caracterizar novas relações de trabalho e de 
empregos. Isso traz uma considerável fonte de renovação para a sociedade, seja 
pela descoberta de novos hábitos comerciais ou trazendo riquezas para a sociedade.
Essa nova economia é baseada, sobretudo, na concepção de ideias inovadoras 
com bom planejamento, executadas por uma equipe eficaz que geram negócios 
grandiosos, normalmente em um curto espaço de tempo (DORNELAS, 2007).
É evidente que, ilustrado dessa maneira, percebemos um meio que estimula a 
prática de novos empreendedores. Por isso, atualmente, existem vários países inves-
tindo na capacitação de novos empreendedores. A seguir, conheceremos a figura 
mais importante para a prática do empreendedorismo e, ao longo da unidade, 
você compreenderá essa relevância.
Liderança
De acordo com o dicionário on-line Aurélio (2018), ao termo liderança podem 
ser associados os seguintes tipos de diferentes significados:
1. Algo ou alguém que está ou vem ocupando o primeiro lugar em: empresa 
se mantém na liderança do mercado; o time está na liderança do campe-
onato. 2. Ofício, lugar ocupado ou natureza de líder: o presidente está na 
liderança do país.3. Autoridade; tendência para chefiar ou para demonstrar 
autoridade: liderança política. 4. [Por Extensão] Alguém ou grupo de indiví-
duos que exerce algum tipo de chefia: as lideranças comerciais do município .
Empreendedorismo
O Processo Empreendedor
Como podemos ver, todos os significados apresentados associam a liderança a 
uma posição primária, de destaque e grande importância. Liderança de empresa, 
de mercados, de campeonatos ou de países é uma posição que requer grande pre-
paro e uma atuação sem erros nem riscos.
O líder, ao assumir a posição de liderança, deve ter uma profunda compreensão 
sobre o que fazer na prática, bem como sobre como fazer. Essa posição exige que 
sua prática profissional criem organizações prósperas.
Figura 2.1 - Líder
Fonte: Jakub Jirsak, 123RF.
Empreendedorismo
O Processo Empreendedor
Para Campos e Rueda (2018), a liderança pode ser entendida como um processo 
de influência sobre as atividades desempenhadas por um grupo, organizando seus 
esforços de modo a atingir um determinado objetivo. Nesse sentido, a liderança pode 
ser vista como um norteamento das atividades a serem desenvolvidas, primando pela 
eficácia na produção. Ainda para os autores, a liderança pode ser observada a partir 
de um grupo de duas ou mais pessoas, em cujo trabalho haja a diferenciação de res-
ponsabilidades, mas no qual o trabalho de todos contribua para um mesmo fim. Nesse 
caso, o influenciador do grupo é entendido como o líder, ao passo de que os demais são 
vistos como liderados ou seguidores (CAMPOS; RUEDA, 2018).
As figuras de líder e liderados existem há muito tempo nos contextos empresarial, 
político ou religioso, por exemplo. Ao longo do tempo, a psicologia tentou analisar 
o padrão de liderança desenvolvidonos segmentos sociais. Graças a esses estudos, 
observou-se muitos parâmetros no comportamento das lideranças, de modo que 
essa prática passou a ser vista como uma habilidade ‘ensinável’.
Ao longo de um século, várias influências, tanto benéficas quanto negativas 
foram identificadas nos perfis de liderança, de modo que atualmente se propaga a 
ideia de liderança autêntica - ou LA, como postulam Campos e Rueda (2018). 
Em suas palavras:
Pautada pela ética, pela autoconsciência, pela qualidade do relacionamento 
humano entre líder e seguidores e pelo interesse em desenvolver os liderados 
em todos os seus potenciais, sem que se esqueça dos interesses econômicos 
das organizações, a teoria da LA vem se desenvolvendo, desde o início do 
século XXI, a partir de proposições e definições a respeito de quatro constru-
tos distintos (CAMPOS e RUEDA, 2018 , on-line).
Empreendedorismo
O Processo Empreendedor
Os construtos de que falam os autores referem-se aos valores de autenticidade, líder 
autêntico, liderança autêntica e desenvolvimento da liderança autêntica, e sobre eles 
agora nos aprofundaremos. Porém, há de se destacar o meio a partir do qual essas 
necessidades emergiram: vivemos cada vez mais um momento de humanização 
da produção e do capital, por isso as relações de trabalho devem aprofundar-se, 
baseadas no estabelecimento da qualidade no relacionamento humano. Os autores 
acreditam que a autenticidade é um critério que ajuda a construir uma relação dessa 
profundidade, por isso os construtos se baseiam na qualidade daquilo que é autêntico.
O valor da autenticidade parte do indivíduo e dos valores que ele experimenta. 
Assim, mediante suas experiências, o homem passa a se conhecer, e se comunica a 
partir do que é. Isso, em tese, permitiria que os outros conhecessem esse indivíduo a 
partir do seu verdadeiro eu, mas temos que nos lembrar que os homens não intera-
gem uns com os outros a partir desse critério. Dadas as convenções sociais, podemos 
afirmar que nos comunicamos ao nosso redor com os valores medianamente autên-
ticos (CAMPOS; RUEDA, 2018).
Nesse sentido, o líder autêntico precisa repensar sua conduta e formas de intera-
ção, de modo a agir transparentemente frente aos seus liderados. Para os autores:
O [líder autêntico] seria também percebido em seus relacionamentos como 
alguém consciente da perspectiva própria e de outros a respeito de valores, 
conhecimentos e forças, bem como do contexto em que operam. Teria como 
características a confiança, a esperança, o otimismo, a resiliência e um alto 
padrão moral. Seria capaz de aprimorar o engajamento, a motivação, a 
satisfação e o envolvimento de seguidores, de forma a melhorar seu desem-
penho e resultados por meio da criação de uma identificação pessoal com 
o seguidor e de uma identificação social com a organização (CAMPOS; 
RUEDA, 2018 , on-line).
Empreendedorismo
O Processo Empreendedor
O líder autêntico, nessa perspectiva, é aquele que se vale da autenticidade e da 
elevação moral para aperfeiçoar a si mesmo e auxiliar no aperfeiçoamento de seus 
liderados, buscando não apenas seu desenvolvimento profissional, mas também pro-
porcionando oportunidade de melhorias na vida dessas pessoas. Para tanto, é impor-
tante que esse líder crie vínculos com sua equipe, a partir dos quais haja a identifica-
ção entre os envolvidos. A criação desse fluxo é importante, pois a partir dela haverá 
a troca de conhecimentos e demais fatores a aprimorar o time como um todo.
Além disso, o líder autêntico não deve, sob nenhuma hipótese, tentar coagir os 
seus liderados, ou persuadi-los no sentido de que suas ações não estejam em afini-
dade com os valores por ele propagados. A liderança autêntica, por sua vez, é o 
processo no qual essas relações são tecidas. Para Campos e Rueda (2018), a lide-
rança autêntica compreende um processo no qual são envolvidas as capacidades 
psicológicas positivas - tanto de líderes quanto de liderados - em uma organização 
cujo contexto seja altamente desenvolvido. A mistura desses elementos deve levar 
a comportamentos norteados por alto nível de autoconsciência e autorregulação, 
o que leva ao autodesenvolvimento positivo. Ou seja, é um processo que parte da 
autenticidade do líder, mas além de não se restringir a ele, ainda conta com outros 
fatores importantes.
Há aqui um objetivo central, primado pelo aprimoramento da autoconsciência, 
ética, moral, processamento equilibrado de informações e transparência no relacio-
namento de trabalho entre os envolvidos. Por isso, entendemos que o trabalho do 
líder tem essencial importância para o aprimoramento da equipe, da produtividade 
e da empresa como um todo. Como a capacidade de liderar, por sua vez, varia de 
indivíduo para indivíduo, essa tema será melhor trabalhado a partir de agora.
Empreendedorismo
O Processo Empreendedor
Habilidades de líder
Como já mencionado, é papel do líder promover o trabalho em equipe de modo 
que esse atinja aos objetivos comuns da organização. Nesse sentido, o líder é um 
coadjuvante se considerarmos o processo produtivo, porém ele protagoniza as ações 
de trabalho na empresa.
Considerando essa importância, cresce consideravelmente a quantidade de car-
gos de lideranças nas empresas, que normalmente esperam por resultados de sucesso 
em espaços de tempo cada vez menores. Por isso, conforme Diório (2008), é impres-
cindível que o líder de sucesso compreenda as demandas individuais da equipe, e a 
partir delas possa identificar metas e traçá-las, cumprindo-as de acordo com aquilo 
que a empresa espera do desempenho. No meio desse caminho, é importante que 
o líder motive sua equipe, a fim de preservar o ambiente de trabalho e estimular 
o aumento da produtividade.
Mediante os argumentos levantados, é importante reconhecer quais são as habi-
lidades essenciais ao trabalho do bom líder. Inicialmente, o líder deve ser um 
agente facilitador, através do qual se unem pessoas em torno da realização de uma 
atividade por ele solicitada. Em outras palavras, lidera-se para alcançar objetivos. 
Para isso, “O líder facilitador irá direcionar esforços, por intermédio do reconheci-
mento das competências individuais que formam uma equipe coesa, voltada 
para o rumo definido como meta” (SANTIAGO, 2007, p.14).
Ainda em Santiago (2007), o papel do líder dentro das organizações é funda-
mental. Desde que seja desempenhado adequadamente, leva ao sucesso e eficácia, 
permitindo que metas sejam alcançadas. Por outro lado, pode também ser um 
papel mal conduzido, levando a consequências, como sentimentos negativos nos 
liderados, perda de competitividade, falta de motivação e perda do senso de per-
tencimento. Em Gruber (2001), temos que: 
Empreendedorismo
O Processo Empreendedor
Ao líder, cabe o papel principal na condução das atividades, nos ambientes 
de mudanças constantes em que as organizações estão inseridas. Cabe a 
ele harmonizar as necessidades da empresa e as necessidades individuais de 
seus colaboradores (GRUBER, 2001. p. 8).
Para tanto, é importante que haja uma aproximação entre líder e liderado, pois 
a confiança necessária, subentendida a partir da necessidade de trabalho do líder 
em relação ao seu time, é fortalecida conforme se estreitam os laços entre o líder e 
a equipe.
Figura 2.2 - O líder e a equipe
Fonte: Rawpixel, 123RF.
Empreendedorismo
O Processo Empreendedor
O pensamento de Gruber (2001) vai ao encontro dessa afirmação. Para o autor, 
é importante que o líder compartilhe objetivos em comum na sua tarefa de lide-
rar. Isso pode ser feito a partir do compartilhamento de objetivos em comum, por 
exemplo. Assim, o líder escutará seus liderados, e a partir desse compartilhamento 
é possível delegar tarefas e níveis diferentes de autonomia, mobilizando ao mesmo 
tempo que incentiva o time. Dessa maneira, o trabalho do líder pode ir além de 
tudo que dissemos até agora; é possível que sua condutasirva de exemplo para 
outras equipes e, até mesmo, para hierarquias superiores.
Mas quais são as habilidades necessárias para a formação de um bom líder?
Infelizmente não existe um check list com as formas de conduta mais adequa-
das para que um líder possa atingir sucesso em sua empreitada. Por isso, muitas 
empresas preferem investir nos próprios programas de formação de líderes, por esti-
mularem a liderança em seu próprio contexto de atuação. É possível, no entanto, 
apontar algumas tendências que somam ao trabalho do líder.
A primeira delas é a comunicação. Um bom líder deve comunicar-se de maneira 
clara e objetiva, deve saber orientar adequadamente seus liderados e estar aberto 
ao esclarecimento de dúvidas. Nesse sentido, o líder deve agir, por vezes, como um 
professor, informando e educando sua equipe para que o trabalho possa ser reali-
zado adequadamente. Isso naturalmente favorece o entrosamento de sua equipe, 
permitindo que novas habilidades sejam construídas ou trocadas.
Baseando-se na comunicação, o líder ainda pode captar as potencialidades de 
seu time, incentivando cada um no seu melhor. Isso desenvolve as pessoas com 
as quais o líder trabalha e facilmente cria sinergia entre todos. Outra importante 
característica é a descentralização do trabalho. Em outras palavras, descentralizar 
significa, para o líder, delegar tarefas que requerem responsabilidade e autoridade 
dentro da equipe. É importante ressaltar, nesse ponto, que o líder não pode delegar 
a tomada de decisão da equipe, mas pode atribuir a alguns membros autonomia 
Empreendedorismo
O Processo Empreendedor
na realização de tarefas. E sobre elas, posteriormente é essencial que haja o tão 
comentado “feedback”, ou seja, deve ser dado aos liderados um retorno sobre o 
desempenho de cada um deles.
De acordo com Diório (2008), existem características atribuídas ao líder que 
favorecem a sua aceitação pela equipe. Além disso, essas habilidades comporta-
mentais podem estimular o trabalho em equipe, fazendo com que o líder alcance 
mais facilmente suas metas e objetivos. Dentre elas, destaca-se a importância em 
não fazer discriminação nem pré julgamentos entre os liderados. Não abusar da 
autoridade que lhe foi concedida também é um diferencial na visão do autor, pois 
favorece a empatia dos liderados em relação ao líder. Além desses fatores, é impor-
tante assumir uma conduta pautada sempre pela ética e pela moral, evitando 
falsidade, não discutindo problemas pessoais - ou se for necessário fazê-lo, conversar 
individualmente e sempre movido por uma visão imparcial -, definir com clareza 
o que a empresa espera do liderado, avaliá-lo e detectar suas necessidades sempre 
pelo critério profissional, e, sobretudo, buscando a evolução do time como um todo 
(DIÓRIO, 2008).
Como podemos observar, o líder de sucesso deve ser competente, tanto dentro de 
sua área quanto no todo estratégico da empresa. Nesse sentido, Santiago (2007, 
p.15) complementa que “Liderança é um conceito, que reflete uma concepção 
dinâmica, contingencial e que pode ser influenciada e utilizada nas mais diversas 
formas e aplicada a inúmeras situações”.
O bom líder precisa, além de todas essas características, estar apto a resolver 
conflitos e dissolver problemas dentro de sua equipe, pois é normal, nas empresas, 
que o desacordo evolua para conflitos de proporções não previstas. Considerando 
que cada pessoa possui uma personalidade e visão de mundo distintas, seu com-
portamento pode assumir, por vezes, posturas não esperadas, e o líder deve estar 
apto a contornar situações motivadas por discordâncias. Nesse sentido, o líder deve 
Empreendedorismo
O Processo Empreendedor
administrar questões oriundas da diversidade de pontos de vista, retomando o foco 
nas atividades que ainda devem ser desempenhadas.
Ainda em Santiago (2007), o líder deve possuir paciência, não ser autoritário, 
agir como um facilitador, dar conselhos, disciplinar quando necessário e trocar 
informações pertinentes ao andamento do trabalho. No que tange à personalidade, 
Diório (2008) destaca alguns aspectos que devem ser comentados. Primeiramente, 
o autor lembra que a maturidade emocional do líder lhe permite ter mais auto-
controle, estabilidade em suas emoções e diminui sua condição de defensivo. Além 
disso, deve ser somada a essa característica a integridade do líder, pois permite que 
seu comportamento seja compatível com os valores que ele expressa. Por assumir, 
através da integridade, um caráter honesto, o líder passa a ser digno de confiança 
aos olhos de seus liderados. Por fim, o autor destaca como importante a autocon-
fiança, demonstrada na persistência, na busca incessante pela conquista de objeti-
vos que requerem maior esforço ou possuem maior complexidade.
Empreendedorismo
O Processo Empreendedor
Figura 2.3 - Algumas das principais características de um bom líder
Fonte: Elaborada pelo autor.
Apesar de existirem muito mais características para um bom líder, as apresen-
tadas no infográfico, são as que são mais requisitadas no mundo corporativo, nos 
dias de hoje. Como o líder é a pessoa na qual todas as outras devem se espelhar, 
lembramos também que quanto mais qualidades a pessoa tiver, melhor será o seu 
desempenho no papel.
Empreendedorismo
O Processo Empreendedor
Empreendedores: os 
energizadores da pequena 
empresa
De maneira geral, quando falamos em pequenas empresas, a literatura mos-
tra que existe, nas últimas décadas, um movimento de crescimento referente à 
atividade. Por isso, quando falamos em empreendedorismo como força motriz da 
pequena empresa, não podemos nos esquecer das características desse modelo de 
negócio, o que nos leva também aos desafios enfrentados por esse tipo de empresário.
Existem três modos de conduta que são bastante praticados quando se fala em 
pequena empresa. São eles a abordagem econômica, empreendedora e adminis-
trativa. Juntas, essas categorias contemplam as medidas referentes à empresa, ao 
emprego que elas geram e sua participação nos valores de faturamento - e todas as 
relações que esse último critério implica. Interessa-nos, entretanto, focar no modelo 
de empreendedorismo voltado para esse modelo de gerenciamento, que requer cui-
dados diferentes do empreendedorismo como discutido até agora.
Quando pensamos no empreendedorismo voltado para pequenas empresas, 
devemos considerar critérios que envolvem o planejamento inicial, sua concepção, 
os estudos de mercados, enfim, é preciso estar atento para as condições nas quais 
essa nova empresa será criada, qual será a necessidade de investimento inicial e 
quantos empreendedores serão necessários para levar o negócio adiante. Também 
é importante que se pesquise sobre a existência de políticas fomentadoras das 
pequenas empresas, para que se possa utilizar os recursos que estiverem disponíveis 
à criação desse novo espaço.
Para Santos e Acosta (2011, p. 85), “Nos dias atuais, [empreender] significa a 
atividade de toda pessoa que está na base de uma empresa, desde um franqueado, 
Empreendedorismo
O Processo Empreendedor
um dono de oficina mecânica, até aquele que criou e desenvolveu uma multinacio-
nal”. Nesse sentido, temos que a ação empreendedora não possui a grandiosidade 
de aplicação como um pré-requisito, podendo ser alcançada, também, pelos meno-
res. Contudo, o pequeno empreendedor deve compreender seu papel no desenvol-
vimento econômico da empresa, considerando a inovação e o aproveitamento das 
oportunidades de negócios como fatores favoráveis ao seu próprio desenvolvimento. 
Quanto ao empreendedor, pode ser considerada aquela pessoa que é 
capaz de transformar um sonho, um problema ou uma oportunidade em 
uma empresa viável, é aquele que não fica esperando que os outros venham 
resolver seus problemas, pois ele gosta de começar as coisas, ter iniciativa, 
capacidade para resolver qualquer problema, além disso, sente-se moti-
vado como que faz (SANTOS; ACOSTA, 2011, p. 86).
Considerando o que dizem os autores, o empreendedor da pequena empresa tem 
como primeira característica de sua atuação a proatividade. Movido pela criativi-
dade voltada para a inovação, o empreendedor é entendido como o energizador 
da pequena empresa quando toma suas próprias decisões, seguidas pela ação de 
pô-las em prática assim que avalia os riscos que elas podem trazer.
Empreendedorismo
O Processo Empreendedor
Figura 2.4 - A criatividade do empreendedor
Fonte: Alphaspirit, 123RF.
Observe que essa ação chave é regida por vários comportamentos. Em primeiro 
lugar, o empreendedor deve inovar considerando a criatividade de suas ideias. Ao 
ter uma ideia, ele deve estudar sua aplicabilidade no contexto prático e analisar 
se sua implementação trará, de fato, benefícios para sua pequena organização. 
Constatada a eficácia de sua implantação, o pequeno empreendedor deve ana-
lisar os riscos que podem surgir durante a implantação de sua atitude empreen-
dedora, bem como traçar estratégias que diminuam os impactos dos riscos casos 
eles venham à tona. Isso é planejar o empreendimento. Uma vez que essas etapas 
Empreendedorismo
O Processo Empreendedor
foram pensadas e resolvidas, o empreendedor deve, então, colocar suas ideias efe-
tivamente em prática.
Para Lopes Júnior e Souza (2005), o empreendedorismo pode possuir duas 
facetas. Em uma delas, o empreendedorismo surge de uma necessidade, resultando 
da falta de oportunidades comum ao mercado de trabalho e que pode estar asso-
ciado aos altos níveis de desemprego. Por outro lado, o empreendedorismo pode 
surgir como uma oportunidade, isto é, sendo fruto da visão de mercado. Por isso, 
muitas vezes, o empreendedorismo é visto mais por seu caráter transitório, e não é 
associado a um comportamento. O hábito de empreender, contudo, deve ser uma 
habilidade treinada e um requisito alcançável para que possa constantemente 
ocorrer na pequena empresa. Ainda em Lopes Júnior e Souza, o empreendedo-
rismo pode ocorrer em três contextos diferentes para uma mesma aplicação, a 
constar: 
[...] a de realização, composta por busca de oportunidades, iniciativa, per-
sistência, aceitação de riscos e comprometimento; a de planejamento, com-
posta por estabelecimento de metas, busca de informações, planejamento 
e monitoramento, e, por fim, a dimensão poder, composta por persuasão, 
estabelecimento de redes de contato, liderança, independência e autocon-
fiança (LOPES JUNIOR; SOUZA, 2005, p. 6).
Em Lenzi (2009), temos que o empreendedorismo é o principal fator de desen-
volvimento econômico e social de um país, por isso, a partir de sua fala, os dizeres 
de Lopes Junior e Souza (2005) tornam-se tão essenciais. Ora, se do empreendedo-
rismo depende o sucesso e o desenvolvimento da pequena empresa, torna-se então 
crucial que o pequeno empresário esteja atualizado nesses conhecimentos, para 
que possa estimular o empreendedorismo em seus pensamentos e ações. Em um 
Empreendedorismo
O Processo Empreendedor
mercado dinâmico e altamente inovativo, é essencial que os pequenos empresários 
estejam em movimento, e não inertes.
Ainda de acordo com Lenzi (2009), o empreendedorismo possui dois momentos 
de fundamental compreensão. O primeiro deles, passado, o poder das empresas 
era medido conforme sua capacidade de produzir bens e serviços. Nesse sentido, o 
mercado não possuía velocidade para mudança, nem capacidade tão inovativa 
quanto hoje, tempos em que vivemos o segundo momento. Na atualidade, as 
empresas, focadas nas ações de mercado e na visão de futuro, enxergam, muitas 
vezes, caminhos que a concorrência não observa, existindo aí uma lacuna na qual 
o empreendedorismo pode encontrar não só espaço, como também destaque. As 
ações empreendedoras, nessa perspectiva, somente serão vistas quando estiverem 
em prática, o que leva a concorrência a imitar o diferencial que a ação empreen-
dedora propõe. O autor lembra ainda que 
Esse poder de visão não está relacionado a nenhuma capacidade sobre-
natural do empreendedor. Está, sim, ligado à forma com que o empreen-
dedor aproveita experiências passadas e à maneira com que ele se permite 
aprender com os acontecimentos diários de sua vida pessoal, profissional 
e organizacional. O poder de visão é fruto da concepção idealizada pelo 
empregador nas ações que ele realiza, sejam elas na carreira profissional, 
na vida pessoal, na empresa, nos grupos sociais com os quais convive, sejam 
em qualquer outro ambiente do gênero (LENZI, 2009, p. 19).
Com base nessa última afirmação, podemos traçar uma espécie de roteiro de 
ações para que o pequeno empresário possa criar uma conduta empreendedora. 
Isso não quer dizer que ele se tornará um empreendedor da noite para o dia, mas 
pode, criando novos hábitos, tornar-se um empreendedor com alta capacidade 
Empreendedorismo
O Processo Empreendedor
para inovação em seu negócio. Para isso, o hábito é criado a partir de algumas 
condições que podemos destacar, como, por exemplo, usar as experiências já obtidas 
em situações passadas. A aprendizagem que obtemos em cada contexto de atua-
ção não deve ser esquecida, mas deve compor uma bagagem de lições aprendidas, 
para que no futuro os erros não sejam repetidos e os acertos possam não só serem 
repetidos, como melhorados. O poder de visão também deve ser um aliado do 
pequeno empreendedor, permitindo-lhe fortalecer suas ações.
Como é possível verificar, empreender não é uma tarefa fácil, mas também não é 
algo inacessível. Para os pequenos, é essencial, posto que empreender pode ampliar a 
potência de desenvolvimento do negócio. Outro fator que deve ser somado a esse con-
texto é a mudança de mercado imperativo que vivenciamos. Se pensarmos no mercado 
há cerca de 20 anos, constataremos que muitos produtos de consumo populares daquela 
época, hoje sequer existem. Por outro lado, muitos bens e serviços de sucesso na atuali-
dade sequer existiam nesse passado que não está, necessariamente, distante de nós. 
A chamada nova economia é caracterizada por fatores, como abertura de 
oportunidades ao conhecimento, responsabilidades sociais de empresa, for-
talecimento econômico pelas pequenas empresas e condução dos negócios 
tendo em vista a necessidade dos clientes. Talvez alguns desses fatores já 
sejam óbvios do ponto de vista teórico, mas, na prática, poucas empresas 
ou empreendedores os praticam (LENZI, 2009, p. 19).
Embora tenhamos acompanhado uma série de mudanças no comportamento 
de consumo, são poucas as empresas que seguiram essa tendência de evolução. Por 
isso, as pequenas empresas que investem na inovação de seus produtos e serviços 
possuem melhores condições de desenvolver-se, em contrapartida àquelas que se 
mantém nas mesmas condições de outrora.
Empreendedorismo
O Processo Empreendedor
Nesse sentido, a pequena empresa pode se destacar frente às demais. Para Lenzi 
(2009), a pequena empresa é uma importante parte na formação econômica do 
país. Mais além, elas constituem uma parte insubstituível e integrante da nova 
economia. Por outro lado, não existe uma tomada de consciência por parte dos 
empreendedores das pequenas empresas dessa importância, motivo esse pelo qual 
a pequena empresa ainda não tem autonomia suficiente para conduzir decisões e 
situações de economia. 
Esse novo contexto de organização mostra que uma nova geração de empre-
endedores será necessária para operacionalização de cenários múltiplos. Em 
consequência da nova economia e da nova organização, surge a figura do 
novo profissional. Esse profissional é considerado empreendedor, indepen-
dentemente da sua esfera de atuação na empresa (LENZI, 2009, p. 21).
Como estamos diante de um novo contexto e um novo mercado, consequen-
temente necessitamos de um novo profissional, que deve estar preparado para 
lidar com os novos desafios dessa era. Para Lenzi (2009), esse novo profissional 
deve abandonarcertas condutas antigas, sendo o individualismo uma delas. Para 
o autor, esse novo mercado abre espaço para pessoas que saibam trabalhar em 
equipe, em projetos integrados a outras pessoas, liderando e sabendo ser liderado 
em diferentes projetos.
Nesse novo mercado, não há mais espaços para empregados que buscam mera-
mente por estabilidade, nem tampouco o corporativismo com proteção a seus pares. O 
modelo tradicional de chefia, descrito por Lenzi (2009, p. 22) como aquele no qual 
“manda quem pode, obedece quem tem juízo”, também está com os dias contados, pois o 
mercado oferece cada vez mais condições para chefes e liderados que saibam cooperar 
entre si, aglutinando esforços em prol de um mesmo objetivo. Assim são caracterizados 
Empreendedorismo
O Processo Empreendedor
os grupos de trabalho, que abrem espaços para núcleos de trabalho menores chamados 
de times, compostos por colaboradores que dedicam mais do que mão de obra para o 
trabalho na empresa. Isso tende a gerar um retorno mais atraente e único se compa-
rado ao modelo tradicional do passado de relações de trabalho e produção, destacando 
a pequena empresa à frente de outras que passam pelo mesmo mercado. 
Por isso, devemos nos conectar com esse ambiente de mudanças, apesar 
de sua velocidade, trilhando um caminho vencedor e diferenciado. Só assim 
estaremos no caminho dos empreendedores buscando as verdadeiras carac-
terísticas para chegar ao sucesso, em vez de ficarmos reféns de alguns mitos 
(LENZI, 2009, p. 22). 
Esses mitos, para o autor, concentram-se na ideia de que os empreendedores 
nascem empreendedores. Embora existam, de fato, pessoas que nasçam com essa 
característica, o empreendedorismo pode, como já mencionado, ser uma habilidade 
treinável em pessoas que aparentemente não a possuem. A capacitação aperfeiçoa 
o empreendedor. Nesse sentido, deve-se buscar aperfeiçoamento constante para a 
promoção do autodesenvolvimento.
Outro mito importante que deve ser desconstruído é o de que qualquer pessoa 
pode iniciar e manter um negócio. Sem o preparo e planejamento adequados, tam-
bém vimos que essa afirmativa dificilmente encontra sustentação. Não é qualquer 
pessoa que pode ter um negócio, mas sim aquela que possui melhor preparo e dis-
posição para fazer as coisas acontecerem.
A ideia de que dinheiro é o fator mais importante em uma empresa também 
é outra ideia mítica no contexto empreendedor. Obviamente o monetário tem 
grande importância no âmbito corporativo, mas sem uma boa habilidade geren-
cial o dinheiro não se mantém, abrindo espaço para a contração de dívidas.
Empreendedorismo
O Processo Empreendedor
Quando falamos em empreendedorismo, a ideia de que o empreendedor é uma 
pessoa independente que possui autonomia superlativa na empresa é comum, 
porém insustentável. Empreendedores também têm chefes, e a eles devem se repor-
tar constantemente. A quem assume a tarefa de empreender, aliás, cabe a respon-
sabilidade e as obrigações aumentadas, apesar de haver, de fato, maior liberdade 
para a priorização de ações.
Lenzi (2009) ainda traz como mito a ideia de que a juventude é fundamental 
para o sucesso de uma empresa. A juventude, em termos de idade, pode trazer 
equívocos no intento empreendedor. Apesar de os jovens terem mais disposição e 
energia, não existe uma idade ideal para a iniciação de um negócio, ainda que a 
criatividade mental seja um fator importante para o empreendedor.
Ainda sobre os mitos, a ideia de que os empreendedores devem, obrigatoria-
mente, ter uma empresa também não condiz com a verdade, pois uma pessoa ter 
uma empresa, ainda que pequena, não a credencia como empreendedora. Além 
disso, muitas pessoas empreendedoras trabalham em uma empresa, mas não são 
donas dela. O empreendedorismo, na visão do autor, associa-se ao conjunto de com-
petências que uma pessoa tem para desenvolver as ações necessárias ao sucesso e 
competitividade de uma empresa.
Por fim, o último mito derrubado por Lenzi (2009) diz respeito ao fato de 
que empreendedores independentes e corporativos têm as mesmas competências. 
Embora haja uma semelhança entre as competências necessárias a ambos, elas 
não possuem, necessariamente, a mesma natureza, e possuem entre si importantes 
diferenças, como níveis de riscos assumidos, independência para se tomar decisões 
e também a liberdade para criar novas oportunidades de negócios.
Vimos, ao longo desse tópico, muitas características importantes ao empreendedor 
da pequena empresa. Compreendendo as dificuldades do negócio em nosso contexto, 
mostramos que o empreendedorismo pode ser uma habilidade a ser desenvolvida 
Empreendedorismo
O Processo Empreendedor
ou aprimorada, e elevamos nosso pensamento crítico ao desmistificar alguns pontos 
de vista sobre o que é e como empreender. Esperamos que a reunião dessas informa-
ções possa levar você a formar uma nova consciência em relação aos empreende-
dores, buscando informações e habilidades que estejam mais próximas da realidade.
Intrapreneurship: o 
empreendedorismo nas grandes 
organizações
Como já mencionamos anteriormente, o empreendedorismo, principalmente no 
contexto brasileiro, está ligado diretamente a noção de micro e pequenas empresas.
Conforme comenta Chiavenato (2007), o conceito de pequenas e médias empre-
sas tem tido um papel muito importante na economia, inclusive em países desen-
volvidos. Este ambiente favorável aos pequenos se dá devido às dificuldades que 
as grandes empresas possuem em serem ágeis, inovadoras e competitivas.
As corporações transnacionais acabam se desdobrando ou se subdividindo em 
pequenos negócios para que possam sobreviver. Assim, as pequenas e médias 
empresas conseguem, com mais fôlego, satisfazer a necessidade de consumidores e 
economias regionais.
É neste ambiente que temos que discutir a respeito da sobrevivência das grandes 
organizações, e como o conceito de empreendedorismo pode se adaptar a elas.
Como delineado, a sobrevivência de grandes corporações não é algo simples, e 
o conceito de Intrapreneurship pode contribuir para esta sobrevivência. A tradu-
ção da palavra Intrapreneurship para o português significa intra-empreendedor, 
ou seja, o empreendedor que trabalha para uma organização e não em seu pró-
prio negócio. Quando uma empresa possui um tamanho significativo, e busca um 
Empreendedorismo
O Processo Empreendedor
diferencial para sua sobrevivência, ela pode lançar mão de políticas de incentivo 
de empreendedorismo interno.
Na prática como intrapreneurship, a grande corporação aproveita o que possui 
de mais valioso, que são pessoas, permitindo que os funcionários ao invés de pedi-
rem demissão para pôr uma ideia em prática, abrindo sua empresa, ponham em 
prática a ideia dentro da corporação.
Figura 2.5 - Intraempreendedorismo como opção para grandes empresas
Fonte: Ion Chiosea, 123RF.
Empreendedorismo
O Processo Empreendedor
Os funcionários podem aproveitar de uma grande capacidade estrutural da 
companhia, enquanto ela aproveita as ideias para gerar inovações e, por conse-
quência, melhorar os resultados financeiros. Essa tendência tem aumentado muito 
nos últimos dez anos, contudo ainda são poucos os exemplos de intra-empreende-
dorismo que são amplamente divulgados.
Devemos comentar, contudo, que os empreendedores internos quando compara-
dos com os empreendedores independentes, possuem, sim, suas semelhanças, porém 
não devem ser considerados como possuindo a mesma natureza. De acordo com 
Lenzi (2009), a principal diferença reside principalmente no grau de risco assu-
mido, a independência das decisões e a liberdade em criar novos negócios. Portanto, 
é errôneo afirmar que os dois tipos de empreendedorismo são iguais.
Principalmente, quando falamos em riscos assumidos, muitas vezes o empreen-
dedor individual investe todas as economias que possui para colocar em prática 
sua ideia. Já o intraempreendedor não arrisca nenhuma economia pessoal,ao invés 
disso, utiliza o capital investido da empresa. De fato esta é uma diferença que pesa 
em muitas decisões.
Santos e Acosta (2011) falam também que as empresas possuem mais funcio-
nários empreendedores do que podem imaginar. Estes empreendedores podem ser 
identificados por suas realizações, pelos sinais que demonstram, pela sua história 
dentro e fora da organização (SANTOS E ACOSTA, 2011 , p. 129).
Os autores afirmam que, se as condições motivacionais forem satisfeitas, estes 
colaboradores entregarão muito mais entusiasmo e energia para a empresa. Há 
também o fato positivo de a empresa oferecer mais atrativos do que um investi-
mento próprio. Um exemplo disso é o risco de perda financeira, mencionada acima, 
aliado a outros fatores, como estrutura física e intelectual.
O intraempreendedor não é apenas aquele que inicia um novo negócio em uma 
organização. Eles podem ser considerados as pessoas que buscam os benefícios do 
Empreendedorismo
O Processo Empreendedor
trabalho individual e/ou coletivo, podendo também ser definido como os indi-
víduos que inovam e criam oportunidade, além de manipular os recursos para 
extrair o máximo de benefícios de suas inovações, em terrenos desconhecidos.
Em relação a tais fatores, as principais funções de um empreendedor em 
relação a organização são: procurar e descobrir novas informações em novos 
mercados, técnicas ou bens; procurar e descobrir oportunidades; avaliá-las; 
levantar recursos financeiros necessários para a empresa; desenvolver crono-
gramas e metas; definir responsabilidade de administração; desenvolver o 
sistema motivacional da empresa; gerar liderança para o grupo de traba-
lho; definir incertezas e riscos (SANTOS; ACOSTA, 2011, p. 130).
Como visto acima, o papel do empreendedor interno também não é fácil. A per-
sonalidade do empreendedor também será a personalidade da empresa, os valores 
e o comportamento da empresa como um todo. Por isto, devemos conversar um 
pouco a respeito dos objetivos empresariais, no próximo tópico.
Saiba mais
No blog indicado abaixo, podemos conferir outra visão a respeito de empreendedorismo, tanto no que 
tange a importância do empreendedorismo, quanto ao perfil do intra-empreendedor: aquieolugar.com.br.
Empreendedorismo
O Processo Empreendedor
Intrapreneurship aliado aos objetivos 
empresariais
Entre os objetivos das empresas, temos que elas buscam satisfazer as necessidades 
de seus clientes, oferecendo produtos e/ou serviços e, para isto, fazem a combinação 
de vários fatores, entre eles fatores humanos (mão-de-obra), fatores econômicos, que 
envolvem o dinheiro investido em materiais, e os fatores de produção. que envol-
vem desde o conhecimento de como fazer até o maquinário utilizado para produzir.
Por consequência do primeiro objetivo, temos que as empresas buscam o lucro como 
um segundo objetivo. Este segundo objetivo, é um fator essencial para sua sobrevivência, 
pois sem fluxo de dinheiro ela não consegue se manter funcionando (CHIAVENATO, 2007).
Quando falamos em sobrevivência, temos que ter em mente que todos os obje-
tivos acima devem ser alcançados, para que a sobrevivência ocorra. Para atender 
as necessidades dos clientes, ela deve principalmente se preocupar em lançar ao 
mercado os produtos e serviços que o público consumidor deseja e necessita.
Neste caso, para que a empresa não seja apenas mais uma a fazer um produto 
ou serviço, ela deve prezar por inovação, seja criando um novo processo produtivo, 
ou lançando de tempos em tempos novos produtos. O intrapreneurship facilita o 
ciclo de inovação dentro das empresas, pois ele permite que as ideias de alguns 
colaboradores sejam executadas.
Também para atingir seus objetivos, é tendência que as empresas busquem mais 
executivos com a postura de dono, e estes executivos também podem ser conside-
rados intraempreendedores.
Apesar de ser tendência em grandes empresas, esta cultura de empreendimento, 
muitas vezes, não possui apoio da alta gestão da empresa. Esse é um do principais 
entraves à cultura de inovação dentro de uma empresa.
Para que seja mais incentivado o intrapreneurship, as empresas devem possuir 
Empreendedorismo
O Processo Empreendedor
em seu planejamento estratégico esta diretiva. Conforme comenta Giosa (2003), 
algumas empresas preferem terceirizar ao invés de incentivar o empreendimento 
interno, por não acreditarem que os colaboradores possuem ideias que gerarão 
bons resultados em inovação. Segundo o autor, esse é um dos principais erros das 
grandes empresas, que preferem não incentivar o intrapreneurship.
Apesar de ser vantajoso em algumas situações, a terceirização quando visa a 
inovação deve ser evitada. Para que isso ocorra, a empresa deve incentivar além 
do intrapreneurship, a criatividade. 
Incentivando a criatividade dentro das 
organizações
A inovação, como vimos até agora, tem um papel fundamental para o empreen-
dedorismo, tanto o que ocorre em pequenas quanto em grandes empresas. Contudo, 
um ambiente inovador necessita de um clima favorável à criatividade. Vamos 
levantar alguns pontos que favorecem esse clima favorável à criatividade dentro 
das organizações.
Empreendedorismo
O Processo Empreendedor
Figura 2.6 - A diferença de ser criativo
Fonte: Worachai Yosthamrong, 123RF.
A criatividade está totalmente associada a processos mentais, que facilitam a 
invenção de algo novo. Por isso a criatividade, em muitas organizações, é incenti-
vada como algo de primeira necessidade. Apesar de algo associado ao indivíduo, 
não significa que uma pessoa que não seja criativa por essência não possa desen-
volver a criatividade em algum momento da sua vida.
O papel da criatividade para a inovação, parece mais essencial ainda em nossos 
tempos, quando temos um rápido avanço tecnológico e científico. A competição é 
extremamente acirrada para o lançamento de novidades, quando falamos em grandes 
Empreendedorismo
O Processo Empreendedor
companhias, agora, a regra é a inovação e não apenas um diferencial competitivo. 
Este é, também, um dos motivos pelo qual os consumidores possuem suas expectativas 
baseadas nas novidades, apesar de o ser humano ser resistente à mudanças.
Apesar de, em nosso país, a criatividade não ser algo exatamente estimulado 
no processo educacional, como em outros países, podemos dizer que a nível empre-
sarial ela é uma competência das mais buscadas. Por isso, muitos estudos têm sido 
feitos há algum tempo no sentido de buscar maneiras de incentivar a criatividade 
dentro das empresas.
Alguns estudos falam que o ambiente, para ser favorável à criatividade dentro 
das organizações, deve promover a autonomia das pessoas, oferecendo liberdade 
para os funcionários inovarem. Isto inclui, por exemplo, oferecer um tempo para 
que o colaborador fique ocioso para pensar apenas em novos produtos, ou até 
mesmo liberdade para que o colaborador faça intervalos regulares para distrair 
a mente dentro da empresa. Em empresas mais inovadoras, o ambiente envolve 
oferecer uma sala de jogos para as pessoas passarem este intervalo.
De acordo com Alencar (1995), é preciso também, para incentivar a criativi-
dade dos colaboradores, existir um sistema de premiação à criatividade que depen-
deria do resultado. Estudos dizem que há maior probabilidade de surgir boas ideias 
quando há recompensa, que há a sensação de que o sistema de recompensa é justo 
com todos os colaboradores.
Ainda nesse estudo, a autora aponta que as pessoas dentro da organização pre-
cisam perceber que a organização está aberta e apoia as possíveis mudanças. A 
aceitação de diferentes pontos de vista entre os membros da organização é apon-
tado como incentivador da inovação.
Neste ponto de aceitação de diferentes visões dentro de uma organização, pode-
mos dizer que é papel fundamental da empresa gerir os possíveis problemas que 
possam surgir relacionados a conflitos entre pessoas.
Empreendedorismo
O Processo EmpreendedorOutro ponto do qual a empresa é responsável direta é a motivação das pessoas. 
Um colaborador motivado e com grande envolvimento com o objetivo da empresa, 
entregará, com certeza, uma maior dedicação ao projeto de inovação. Aqui, é 
necessário que a empresa possua práticas de recursos humanos, caminhando junto 
a prática de inovação e ambiente criativo.
É preciso mencionar que todos os esforços da empresa não refletirão um retorno 
em inovação se a alta gestão da empresa não apoiar a estrutura. É preciso que os 
diretores conheçam os riscos envolvidos em encorajar o ambiente criativo, e aceite 
estes riscos. A confiança dos superiores em seu time, neste processo de inovação, é 
muito importante.
Além de um ambiente favorável à criatividade, para desenvolver a inovação de 
forma ampla, as organizações devem prezar pela resolução criativa de problemas.
Alencar (1995), em seu estudo que é referência na área, também relata como 
as empresas devem implantar um processo de resolução de problemas de forma 
criativa. O processo envolveria três etapas: a primeira é o levantamento da maior 
quantidade de ideias e soluções possíveis, a segunda etapa é a análise das soluções 
e a terceira é a implementação do caminho escolhido. 
É necessário salientar, de acordo com a autora, que, independente do processo 
em questão, seja a solução de problemas ou a implementação de um produto novo, 
quanto mais idéias levantadas, maior é a probabilidade de uma ideia criativa 
surgir. Como bem comenta a autora, 
A inovação é forçosamente um desafio. Na sociedade atual, é também 
uma necessidade. o que importa é promover condições para o desenvol-
vimento das potencialidades presentes em todo ser humano e despertar a 
consciência das organizações para as potencialidades de seus seres huma-
nos (ALENCAR, 1995, p.11).
Empreendedorismo
O Processo Empreendedor
Como pudemos ver, se a inovação é um fator essencial para as empresas que 
querem se manter em seus negócios, a criatividade é o combustível que fomenta o 
desenvolvimento da inovação. Para isso, é importante que haja um favorecimento 
à autonomia das pessoas, dando-lhes a liberdade necessária para criar. É impor-
tante que a empresa estimule esse comportamento criativo, que pode ser baseado 
no oferecimento de um prêmio ou recompensa mediante o surgimento de boas 
ideias que, postas em prática, tragam maior retorno à empresa. Além disso, o cola-
borador deve acreditar que a empresa está aberta a mudanças, pois o desenvolvi-
mento de novas ideias leva, inevitavelmente, a mudanças da esfera corporativa.
Pense nisso
Embora muito se fale em liderança e na importância de sua formação, muitas empresas possuem 
um modelo teórico do líder que devem ter, sem abrir a visão para uma versão moderna do que um 
líder faz. Pensando nisso, que características você considera importante para um líder nos dias atuais, 
além daquelas que já foram listadas nesse material? Uma dica: É sempre importante manter-se 
atualizado sobre as tendências de mercado, pois elas nos permitem conhecer mais sobre pessoas e 
seus comportamentos.
Pense nisso
Empreender é muito fácil na teoria, embora agora sabemos dos passos que envolvem a atitude 
empreendedora. Mas e quando empreender dá errado? O importante é tirar lições aprendidas dos 
erros e seguir adiante com novos projetos. Conheça agora empreendedores que já fracassaram 
anteriormente, mas que depois tiveram sucesso no mundo dos negócios:
Steve Jobs - fundador da Apple;
Walt Disney - fundador do parque temático de maior prestígio no mundo;
Empreendedorismo
O Processo Empreendedor
George Foreman - boxeador medalhista de ouro em Olimpíadas;
Thomas Edison - inventor da lâmpada;
Jack Ma - fundador do Ali Express.
Indicação de leitura
Nome do livro: Liderança e Criatividade em Negócios
Autor: Edmir Kuazaqui
Editora: Thomson Learning
ISBN: 8522105456
Essa leitura nos mostra como estar preparados para os desafios no cenário atual corporativo, 
permitindo a capacitação em diferentes habilidades e qualidades para líderes em formação.
Atividade
1. De acordo com o que foi visto na visão de Campos e Rueda (on-line, 2018), no que 
tange a construtos de valores, quais são as características de um líder autêntico?
a. A baixa moral para conduzir os trabalhos da equipe.
b. Teria como características a confiança, a esperança, o otimismo, a resiliência e um alto 
padrão moral.
c. O pessimismo e a resiliência.
d. Teria como características a vaidade, o orgulho e um alto padrão moral.
e. Teria como características a desconfiança, a resiliência e a baixa moral.
Empreendedorismo
O Processo Empreendedor
Atividade
2. O empreendedorismo quando tratado como impulsionador da pequena empresa, 
possui certos desafios relacionados a este tipo de negócio e, por isso, três aborda-
gens, apresentadas no texto, relacionam a conduta do empreendedorismo com a 
pequena empresa. Aponte abaixo quais são estas abordagens. 
a. São elas a abordagem financeira, a de liderança e a empreendedora.
b. São eles a abordagem econômica, empreendedora e administrativa.
c. São elas a abordagem financeira, a empreendedora e a administrativa.
d. São elas a abordagem econômica, a empreendedora e a empresarial.
e. São elas a abordagem econômica, a empreendedora e a financeira.
Atividade
3. O empreendedorismo, como já muito discutido até aqui, tem papel de grande impor-
tância na pequena empresa. Ele atua como energizador da pequena empresa, 
principalmente por um fator, qual seria ele?
a. Proatividade
b. Inovação
c. Liderança
d. Resiliência
e. Otimismo
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Atividade
4. Os empreendedores internos, ou intraempreendedores, quando comparados aos 
empreendedores independentes, possuem certas diferenças e semelhanças. De 
acordo com o tópico sobre Intrapreneurship e a visão de Chiavenato (2007), quais 
seriam as principais diferenças? 
a. A principal diferença reside nos investimentos, na liderança e na autonomia em ser empre-
endedor independente.
b. A principal diferença reside principalmente no grau de risco assumido, na independência 
das decisões e na liberdade em criar novos negócios.
c. A principal diferença reside no grau de risco assumido, na independência das decisões e 
na facilidade de chegar ao público consumidor.
d. A principal diferença reside na criatividade e na facilidade de chegar ao público consumidor.
e. A principal diferença reside no grau de risco assumido e no grau de investimentos 
necessários.
Atividade
5. O processo de intraempreendedorismo, ou intrapreneurship, é uma saída para as 
grandes empresas em termos de sobrevivência. Esta prática traz muitos elementos 
que são associados a pequenas empresas, mas que são extremamente importantes 
para as grandes empresas também. Aponte o principal objetivo do intrapreneurship 
dentro das grandes corporações.
a. Ter liderança
b. Buscar inovação
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c. Criar investimentos
d. Ter Liberdade
e. Assumir riscos

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