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Aproveitamento Energético de Biomassa Universidade Federal de Juiz de Fora – UFJF Faculdade de Engenharia Departamento de Energia Elétrica Aproveitamento Energético de Biomassa ENE105 Parte 07 Professor: Leonardo Willer de Oliveira E-mail: leonardo.willer@engenharia.ufjf.br Aproveitamento Energético de Biomassa Prof. Leonardo Willer de Oliveira Gaseificação Processo � Termoquímico 22 � Transformação de combustíveis sólidos ou líquidos em gás (producer gas) � Oxidação parcial a temperaturas intermediárias (oxigênio ou ar) � Vapor de água superaquecido (syngas) Aproveitamento Energético de Biomassa Prof. Leonardo Willer de Oliveira Gaseificação Aplicações � Combustão em Motores Alternativos de Combustão Interna (MACI) e Turbinas a Gás (TG) 33 � Conversão em combustíveis líquidos: diesel, gasolina, metanol, etanol, amônia, hidrogênio � Conversão em produtos químicos através de síntese química catalítica, produção de plásticos � Combustão em fornos e fornalhas Aproveitamento Energético de Biomassa Prof. Leonardo Willer de Oliveira Gaseificação Aplicações � Co-geração: � Pequenas plantas com gaseificadores de leito fixo Motor ciclo Otho 44 � Pequenas plantas com gaseificadores de leito fixo para biomassa de alta densidade (ciclo Otho) � Projetos de larga escala pressurizados com carvão fóssil � Leito fluidizado (atmosférico ou pressurizado) para baixa densidade (polidispersa) Aproveitamento Energético de Biomassa Prof. Leonardo Willer de Oliveira Gaseificação Aplicações � Co-geração: 55 � Gaseificação com ciclos de turbina a gás e vapor Sistemas BIG/GT (Biomass Integrated Gasifier / Gas Turbine) Limpeza do gás para TG e Motores de Combustão Interna (MCI) Aproveitamento Energético de Biomassa Prof. Leonardo Willer de Oliveira Gaseificação BIG/GT Biomassa SecadorUtilização de vegetais lenhosos e não 66 Gaseificador Limpeza do Gás Secador Turbina a Gás lenhosos e não lenhosos Aproveitamento Energético de Biomassa Prof. Leonardo Willer de Oliveira Gaseificação Processo � Vantagens para a combustão direta � Gás pode alimentar Motor de Combustão Interna (MCI) 77 � Gás pode alimentar Motor de Combustão Interna (MCI) � Geração de energia mecânica, elétrica e térmica � Menor volume de gases, equipamentos menores, baixo custo � Combustível gasoso Aproveitamento Energético de Biomassa Prof. Leonardo Willer de Oliveira Gaseificação Processo � Desvantagens para a combustão direta 88 � Processo tecnicamente mais complicado (gás tóxico produzido) � Perda de eficiência global máquinas de fluxo Aproveitamento Energético de Biomassa Prof. Leonardo Willer de Oliveira Gaseificação Rotas de Interesse � Produção combinada de calor e energia elétrica 99 � Gás de síntese � Reforma em reator catalítico ou fermentativo � Combustíveis líquidos hidrocarbonetos, alcoóis, hidrogênio � Insumos químicos como ésteres e amônia Aproveitamento Energético de Biomassa Prof. Leonardo Willer de Oliveira Gaseificação � Gás de síntese ou syngas � Mistura rica em H2 e CO 1010 � Incorporação ao agente gaseificador de vapor superaquecido � Motor de combustão por centelha a gasolina � Motor a Diesel adaptado - redução do índice de compressão (evitar autoignição) e instalação de sistema de ignição por centelha Aproveitamento Energético de Biomassa Prof. Leonardo Willer de Oliveira Gaseificação Rotas para obtenção econômica 1111Fonte: NEST/UNIFEI Aproveitamento Energético de Biomassa Prof. Leonardo Willer de Oliveira Gaseificação Turbina a Gás Caldeira Lavador Calor Eletricidade 1212 Gaseificador Álcool Metanol Gasolina Amônia Metano Conversão Turbina a Gás MCI Motor Stirling Célula Combustível Craqueamento Termo craqueamento Eletricidade Co-geração Fonte: Lora, E.S., Gasification technologies, NEST/UNIFEI Aproveitamento Energético de Biomassa Prof. Leonardo Willer de Oliveira Gaseificação Biomassa Filtragem de H2S Turbina a Gás Separação Vapor 13 Biomassa O2 CO2 Hidrocarbonetos H2 Outros processos syngas Separação H2 CO H2 Vapor + Gás Líquido Reciclagem Fonte: ASPIRACOESQUIMICAS.NET 13 Aproveitamento Energético de Biomassa Prof. Leonardo Willer de Oliveira Gaseificação Biomassa Gaseificação syngas Etanol Fischer-Tropsch Ceras Diesel Querosene Gasolina Hidrogênio Formaldeído (resinas, 1414 Metanol Ácido Acético Cetonas (propanona) Ésteres (biocombustíveis, sabões, medicamentos) Acetato de metila (inflamável e solvente) Formaldeído (resinas, esterilizante e preservante) DME Dimetil Éter (aerosóis, substituto do GLP ou Diesel) Franz Fischer e Hans Tropsch Reação catalítica (2n+1) H2 + n CO → Cn H(2n+2) + n H2O Exemplo: metano - n=1 Aproveitamento Energético de Biomassa Prof. Leonardo Willer de Oliveira Gaseificação Poder Calorífico e Composição Gaseificação com ar: 5 MJ/Nm3 1515 5 MJ/Nm3 50% de nitrogêniobs na mistura gasosa de saída do reator Gaseificação com oxigênio puro ou misturas: 10 a 15 MJ/Nm3 Teores mais baixos de nitrogênio livre na mistura Aproveitamento Energético de Biomassa Prof. Leonardo Willer de Oliveira Gaseificação Razão de Equivalência (RE) (Fator de ar) RE = Razão Oxidante / Biomassa . Razão Estequiométrica Oxidante / Biomassa 1616 Razão Estequiométrica Oxidante / Biomassa Combustão: RE ≥ 1 Gaseificação: 0,2 ≤ RE ≤ 0,4 Pirólise: RE ≈ 0 Aproveitamento Energético de Biomassa Prof. Leonardo Willer de Oliveira Gaseificação Fundamentação Teórica 1. Etapa de Pirólise � Decomposição térmica entre 280 ºC e 450 ºC Alcatrão da madeira (resinosa) 1717 � Decomposição térmica entre 280 ºC e 450 ºC � Secagem (a partir de 150ºC) e pirólise (gaseificação parcial ou volatilização) com liberação de água, voláteis e alcatrão � Decomposição dos carboidratos entre 250ºC e 300ºC (hemicelulose, celulose, lignina) � Produção de alcatrão e ácidos leves entre 350ºC e 430ºC Aproveitamento Energético de Biomassa Prof. Leonardo Willer de Oliveira Gaseificação Produtos da Pirólise (depende de temperatura e velocidade de aquecimento) � Gases ligeiros ou não-condensáveis (CO,CO2,H2,CH4,O2) � Carvão Vegetal 1818 � Carvão Vegetal � Condensado: alcatrão e ácidos Esquema simplificado da pirólise do sólido madeira + calor → coque + gases + alcatrão + condensáveis hulha Aproveitamento Energético de Biomassa Prof. Leonardo Willer de Oliveira Gaseificação 2. Etapa de Gaseificação (“Redução”) � Reações exotérmicas de oxidação (combustão) 1919 � Reações endotérmicas de redução envolvendo fases sólida e gasosa Aproveitamento Energético de Biomassa Prof. Leonardo Willer de Oliveira Gaseificação 2.1. Reações heterogêneas gás-sólido � Oxidação do carbono, (kJ/mol-C) C + 1/2O2 = CO (-110,6) Obs.: ‘-’ reação exotérmica C + O2 = CO2 (-393,8) 2020 C + O2 = CO2 (-393,8) � Reação de Boudouard (entre 800º e 900ºC em todo o leito) C + CO2 = 2CO (172,6) � Reação de gás d´água C + H2O = CO+H2 (131,4) � Formação de metano (Metanação) C + 2H2 = CH4 (-74,93) Aproveitamento Energético de Biomassa Prof. Leonardo Willer de Oliveira Gaseificação 2.2. Reações homogêneas (fase gasosa) CO + H2O = CO2 + H2 (-41,2) (Reação de Shift) CH4 + H2O = CO + 3H2 (201,9) 2121 3. Etapa de Craqueamento do Alcatrão Alcatrão + vapor + calor → CO + CO2 + CH4 Oxidação de parte dos produtos da pirólise 1/3(CO+H2+CH4) + O2 → 2/3CO2 + H2O Aproveitamento Energético de Biomassa Prof. Leonardo Willer de Oliveira Gaseificação Fatores que influenciam temperatura, pressão, umidade combustível, teor de O2 no gaseificador, tipo combustível, dinâmica de fluidização 2222 Gaseificadores de leito fixo Zonas separadas de pirólise, oxidação e redução Gaseificadores de leito fluidizado C + CO2 → 2CO (Boudouard) C + H2O → CO + H2 (Gás d’água) C + 2H2 → CH4 (Metanação) Aproveitamento Energético de Biomassa Prof. Leonardo Willer de Oliveira Gaseificação Elementos da Instalação � Pré-processamento 2323 � Gaseificador � Tratamentodo gás � Sistema de controle � Tratamento de resíduos Aproveitamento Energético de Biomassa Prof. Leonardo Willer de Oliveira Gaseificação Classificação de gaseificadores � Poder calorífico do gás produzido baixo (até 5 MJ/Nm3); médio (5 a 10 MJ/Nm3); alto (10 a 40 MJ/Nm3) 2424 � Tipo de agente gaseificador ar, vapor de água, oxigênio, hidrogênio (hidrogaseificação) � Direção do movimento relativo biomassa - agente de gaseificação Fluxo direto (concorrente), leito fluidizado, contrafluxo (contracorrente), fluxo cruzado, leito arrastado Aproveitamento Energético de Biomassa Prof. Leonardo Willer de Oliveira Gaseificação � Pressão de trabalho baixa (atmosférica); pressurizados (até 6 MPa) � Tipo e forma da biomassa 2525 Tipo e forma da biomassa resíduos agrícolas, industriais, sólidos urbanos, in natura, peletizada, pulverizada Predominância em projetos: Potência térmica (400 a 900 kW térmicos). Potência elétrica: 10 a 120 kW elétricos Aproveitamento Energético de Biomassa Prof. Leonardo Willer de Oliveira Gaseificação Gaseificador Contracorrente Gás Combustível �Eficiência térmica alta (energia térmica por combustão) � Gás carregado Alcatrão (20 a 100 g/Nm3); queima direta �Teor particulado sólido baixo 2626 Cinzas Ar Combustão 0,1 a 0,2 g/Nm3 � Incrustações e entupimentos Câmara na parte superior de alguns gaseificadores de grande porte � Grelha na parte inferior � Materiais refratários � Temperatura de saída: ~400ºC C + CO2 → 2CO C + 2H2 → CH4 C + 1/2O2 = CO Biomassa + Calor → Alcatrão + Coque + Gases + Condensáveis Aproveitamento Energético de Biomassa Prof. Leonardo Willer de Oliveira Gaseificação Gaseificador Concorrente Secagem Biomassa � Craqueamento do alcatrão na zona de combustão 0,1 a 1,2 g/Nm3 na saída � Material particulado convertido na combustão 2727 Pirólise Secagem Combustão Redução Cinzas Gás Ar Ar � Capacidade limitada pelo diâmetro da câmara de combustão � Cinzas e fuligem: 0,1 a 1,0 g/Nm3 � Maior temperatura de saída: ~700ºC � Vulnerável a teor de cinzas e umidade do combustível Aproveitamento Energético de Biomassa Prof. Leonardo Willer de Oliveira Gaseificação Gaseificador Concorrente Secagem Biomassa � Dados Práticos: • Diâmetro da região de pirólise - dobro do diâmetro da região de garganta • Volume da região de redução - 0,05 m3 2828 Pirólise Secagem Combustão Redução Cinzas Gás Ar Ar • Volume da região de redução - 0,05 m para cada m2 de garganta • Relação ar/biomassa para a região de gaseificação entre 0,25 e 0,40 Aproveitamento Energético de Biomassa Prof. Leonardo Willer de Oliveira Gaseificação Gaseificador de fluxo cruzado � Gás intermediário entre os anteriores (produção de energia térmica) � Maior taxa de fornecimento de ar � Zona de combustão (C) com Biomassa 2929 temperaturas altas � Liberação rápida dos gases � Dispensa materiais refratários � Resposta a variações de carga � Construção simples e peso reduzido � Sensíveis a composição e umidade � Temperatura gás entre 800 e 900ºC Ar C P R Secagem Gás Cinzas Aproveitamento Energético de Biomassa Prof. Leonardo Willer de Oliveira Gaseificação Gaseificador de leito fluidizado Gás Biomassa � Leito de inertes: areia, sílica, alumina � Fluidização pelo agente de gaseificação � Melhor transferência de calor 3030 Leito de Inertes Biomassa Alimentação Ar � Homogeneidade térmica (leito isotérmico) � Alta velocidade reação gás sólido � Emulsão e bolhas no leito � Leito inicialmente aquecido (GLP, carvão vegetal) � Elutriação: arraste de partículas finas Aproveitamento Energético de Biomassa Prof. Leonardo Willer de Oliveira Gaseificação Gaseificador de leito fluidizado Gás Biomassa � Reatividade da biomassa: pode operar com temperaturas mais baixas, porém maior quantidade de alcatrão (até 15 g/Nm3) � Para diminuir alcatrão: temperaturas mais altas – 110 a 1200ºC 3131 Leito de Inertes Biomassa Alimentação Ar mais altas – 110 a 1200ºC � Devido às temperaturas mais baixas: menor teor de óxidos de nitrogênio, enxofre e particulados � Controle da temperatura de reação pela alimentação de ar e combustível Aproveitamento Energético de Biomassa Prof. Leonardo Willer de Oliveira Gaseificação Gaseificador de leito fluidizado Gás Biomassa � Sem resposta automática ao consumo de gás: necessidade de controle de ar e combustível � Gás tende a ter ‘C’ não queimado, alcatrão e cinzas do combustível 3232 Leito de Inertes Biomassa Alimentação Ar alcatrão e cinzas do combustível � Possibilidade de utilização de combustíveis como bagaço de cana-de- açúcar e casca de arroz Aproveitamento Energético de Biomassa Prof. Leonardo Willer de Oliveira Gaseificação Leitos fluidizado borbulhante e circulante Circulante 3333 Circulante Aproveitamento Energético de Biomassa Prof. Leonardo Willer de Oliveira Gaseificação Gaseificador de leito arrastado � Sólidos secos em pó, combustível atomizado líquido ou suspensão � O2 e vapor em fluxo co-corrente 3434 � O2 e vapor em fluxo co-corrente � Metano e alcatrão menos presentes a altas temperaturas (maior O2) � Pressões comerciais superiores a 35 bar � Maiores capacidades (> 1000 MWe) para combustíveis fósseis � Mais limitados para biomassa, particulados finos (80 a 100 µm) Aproveitamento Energético de Biomassa Prof. Leonardo Willer de Oliveira Gaseificação Métodos para elevar o poder calorífico do gás � Adição de hidrogênio ou vapor durante o processo � Gaseificar com O2 puro ou ar enriquecido com O2 3535 Gaseificar com O2 puro ou ar enriquecido com O2 � Elevar a pressão � Análise de viabilidade econômica � Desafios tecnológicos relativos a equipamentos � Decisão gaseificador: tipo de biomassa e uso do gás Aproveitamento Energético de Biomassa Prof. Leonardo Willer de Oliveira Gaseificação Comparação entre Gaseificadores Gaseificador Composição do gás, % vol base seca PCS [MJ/Nm3] Qualidade (Particulados e alcatrão) 3636 [MJ/Nm ] e alcatrão) H2 CO CO2 CH4 N2 Leito fluidizado 9 14 20 7 50 5,4 Médio Contracorrente 11 24 9 3 53 5,5 Pobre Concorrente 17 21 13 1 48 5,7 Boa Aproveitamento Energético de Biomassa Prof. Leonardo Willer de Oliveira Gaseificação Vantagens e Desvantagens Gaseificadores Leito Fixo Vantagens Desvantagens Pouco controle da região central de 3737 Unidades simples e baratas Pouco controle da região central de reação (somente movendo-se a grelha) Alta eficiência térmica (contracorrente) Requer combustível uniforme para operação ótima Alta eficiência de conversão de carbono Alto teor de alcatrão no gás (contracorrente) Baixo teor de cinzas no gás Possível aglomeração e clivagem das cinzas na grelha e refratários Baixo teor de alcatrão no gás (concorrente) Baixa capacidade volumétrica Aproveitamento Energético de Biomassa Prof. Leonardo Willer de Oliveira Gaseificação Vantagens e Desvantagens Gaseificadores Leito Fluidizado Vantagens Desvantagens Flexibilidade com relação à taxa de A temperatura de operação é limitada pela 3838 Flexibilidade com relação à taxa de alimentação e composição do combustível A temperatura de operação é limitada pela possibilidade de sinterização das cinzas Alta capacidade volumétrica Alto teor de cinzas no gás Possibilidade de controle da temperatura do leito Perda de carbono por fuligem pode ser alta Alcatrão formado a baixas temperaturas de operação Aproveitamento Energético de Biomassa Prof. Leonardo Willer de Oliveira Gaseificação Requerimentos de biomassa e dados operacionais Tipo Gaseificador Contracorrente Concorrente Leito Fluidizado Combustível Diâmetro (mm) 10 – 100 10 – 100 1 – 10 Teor de cinzas (%) ≤ 2% <6% <20% 3939 Teor de cinzas (%) ≤ 2% <6% <20% Teor de umidade (%) ≤ 40% ≤ 25% <50% Temperatura de fusão das cinzas (ºC) 1.000 1.000 1.000 Operação Pressão (kPa) Até 3.000 Até 3.000 Até 6.000 Temperatura gás na saída do reator (ºC) 100 – 400400 – 700 500 – 900 Aproveitamento Energético de Biomassa Prof. Leonardo Willer de Oliveira Gaseificação Gaseificador 4040 Fonte: Combustion, Gasification & Propulsion Laboratory – CGPL / IISc (2006) Aproveitamento Energético de Biomassa Prof. Leonardo Willer de Oliveira Gaseificação Balanço de Potência mb.hb + ma.ha = mg.hg + mcin.hcin + Qma [kW] m : Fluxo de biomassa que entra no gaseificador [kg/s] 4141 mb : Fluxo de biomassa que entra no gaseificador [kg/s] ma : Fluxo de ar introduzido no gaseificador [kg/s] mg : Fluxo de gás produzido na gaseificação [kg/s] mcin : Fluxo de cinzas [kg/s] Qma : Calor perdido para o meio ambiente [kW] hb : Entalpia da biomassa [kJ/kg] ha : Entalpia do ar [kJ/kg] hg : Entalpia do gás [kJ/kg] hcin : Entalpia das cinzas [kJ/kg] Aproveitamento Energético de Biomassa Prof. Leonardo Willer de Oliveira Gaseificação Balanço de Energia Entalpia do gás de biomassa (hg) [kJ/kg ou kJ/kmol] hg = CCO2 .hCO2 +CCH4 .hCH4 +CH2 .hH2 +CN2 .hN2+CO2 .hO2 +CCO .hCO +CH2O .hH2O 4242 Ci : Concentração volumétrica (%) do elemento ‘i’ no gás hi : Entalpia do elemento ‘i’ [kJ/kg ou kJ/kmol] hf: Entalpia de formação [kJ/kmol] Cp: kJ/(kmol.K) T: K 298 . Tf fh h Cp dT= + ∫ Aproveitamento Energético de Biomassa Prof. Leonardo Willer de Oliveira Gaseificação Balanço de Energia Variação de entalpia ou salto entálpico (∆h) na combustão 4343 PCIb : Poder calorífico inferior para a biomassa b f f PRODUTOS REAGENTES h PCI h h∆ = − = −∑ ∑ Aproveitamento Energético de Biomassa Prof. Leonardo Willer de Oliveira Gaseificação p a d rã o a tm ) Entalpia padrão “0” O2 gasoso N2 gasoso H2 gasoso 4444B al an ço d e E n er g ia E n ta lp ia d e fo rm a ç ã o o u d a s u b s tâ n c ia (2 5 º C e 1 Elemento Massa Molecular (g/mol) H2O 18,01528 CO2 44,01 SO2 64,066 Aproveitamento Energético de Biomassa Prof. Leonardo Willer de Oliveira Exemplo Considere um gaseificador de biomassa lignocelulósica concorrente com os seguintes dados: i. Taxa de alimentação de biomassa = 100 kg/h; ii. Capacidade específica de processamento = 1250 kg / (m2.h); 4545 ii. Capacidade específica de processamento = 1250 kg / (m .h); iii. Alimentação de ar: 155,19 kg/h; iv. Produção de gases de 214,55 kg/h ou 200 Nm3/h; v. Produção de cinzas de 40 kg/h; vi. Temperatura do gás produzido de 600 oC. vii. Análise elementar da biomassa (base seca - bs) C 45,80%; H 5,90%; O 47,90%; N 0,30%; S 0,09%. Aproveitamento Energético de Biomassa Prof. Leonardo Willer de Oliveira Exemplo 4646 Fonte: Rodriguez, C. J. C., Análise Técnica – Econômica de um Gaseificador de Biomassa de 100 kg/h para Acionamento de um Motor de Combustão Interna, UNESP, Guaratinguetá, 2007. Aproveitamento Energético de Biomassa Prof. Leonardo Willer de Oliveira Exemplo O Poder Calorífico Inferior (PCI) da biomassa é 16500 kJ/kg. A massa molecular e o poder calorífico do gás produzido são de 24,034 g/mol e 5,1716 MJ/Nm3, respectivamente. A concentração volumétrica (%) dos gases (base úmida - bu) no gás 4747 A concentração volumétrica (%) dos gases (base úmida - bu) no gás produzido é dada por: CO2 13,40%; CH4 3,60%; H2 17,90; N2 40,20%; O2 0,90%; CO 13,40%; H2O 10,60%; W = 12,10%. A entalpia do ar na entrada do gaseificador é 225,7 kJ/kg e a entalpia das cinzas é 788,83 kJ/kg. Aproveitamento Energético de Biomassa Prof. Leonardo Willer de Oliveira Exemplo O consumo de gás de um grupo motor-gerador a ser alimentado pelo gás de saída da biomassa (motor de ignição) é de 4,24 Nm3/kWh para uma carga de 2,5 kW. Observações: 4848 1. Da combustão de 1 kg de biomassa obtém-se: CO2 1,6793 kg; SO2 0,0018kg e H2O 0,531 kg; 2. A 600 oC: hCO2 = -366,87; hCH4 = -45,33; hH2 = 16,714; hN2 = 17,38; hO2 = 18,326; hCO = -92,93; hH2O = -220,752 [kJ/mol]. Aproveitamento Energético de Biomassa Prof. Leonardo Willer de Oliveira Exemplo Determine: a) Dimensões do gaseificador. b) Entalpia do gás produzido. 4949 c) Entalpia da biomassa. d) Perda de calor para o meio ambiente. e) Eficiências a frio e a quente do processo de gaseificação. f) Eficiência elétrica média do grupo motor-gerador para carga máxima. g) Consumo específico de biomassa por potência elétrica. Aproveitamento Energético de Biomassa Prof. Leonardo Willer de Oliveira D a d o s d o G a s e if ic a d o r E c o n ô m ic a d e u m G a s e if ic a d o r d e B io m a s s a d e 1 0 0 k g /h p a ra A c io n a m e n to d e u m M o to r d e C o m b u s tã o 5050 D a d o s d o G a s e if ic a d o r F o n te : R o d ri g u e z , C . J . C ., A n á lis e T é c n ic a – E c o n ô m ic a d e u m d e B io m a s s a d e 1 0 0 k g /h p a ra A c io n a m e n to d e u m M o to r d e C o m b u s tã o In te rn a , U N E S P , G u a ra ti n g u e tá , 2 0 0 7 . Aproveitamento Energético de Biomassa Prof. Leonardo Willer de Oliveira Exemplo Consumo de gás do gerador (Nm3/kWh) por carga (kW) 5151
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