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6 - Potencial biotecnológico dos fungos

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Potencial biotecnológico dos fungos
Apresentação
A biotecnologia reúne diversas áreas do conhecimento para o desenvolvimento de conhecimento 
científico e tecnológico em benefício da humanidade. Para isso, emprega-se organismos vivos e 
microrganismos visando obter produtos úteis para os setores da saúde, da indústria, do meio 
ambiente e de desenvolvimento sustentável. Dentre os organismos, os fungos são importantes 
representantes que, quando são geneticamente modificados através de engenharia genética e 
técnicas de DNA recombinante, são capazes de gerar produtos biotecnológicos. Há inúmeros 
estudos referentes aos fungos, os quais podem ser tanto os fungos filamentosos quanto as 
leveduras, geneticamente modificados. Eles podem tanto apresentar aplicações amplamente 
reconhecidas como, por exemplo, no ramo de alimentos na fermentação de bebidas alcoólicas e 
produção de alimentos, como também podem estar associados a pesquisas de novas funções como 
remediação do meio ambiente e produção de biocombustíveis.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai estudar sobre a biotecnologia e a participação dos 
fungos nos processos biotecnológicos, bem como os fungos de interesse relacionados às 
aplicações, com destaque no ramo industrial, agrícola e ambiental.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Identificar os fungos produtores de metabólitos de interesse biotecnológico.•
Descrever a importância dos fungos na biotecnologia.•
Reconhecer os principais potenciais biotecnológicos dos fungos em diferentes áreas de 
aplicação.
•
Infográfico
A biotecnologia caracteriza-se pelo uso de organismos geneticamente modificados para a produção 
de produtos de interesse da sociedade. As bactérias, devido à sua variedade e perfil genético, são 
mais empregadas nos processos biotecnológicos. Entretanto, os fungos são agentes biológicos com 
grande potencial na aplicação em diversas áreas desses processos.
Acompanhe o Infográfico para identificar as principais áreas de atuação dos fungos e qual é a sua 
participação.
Aponte a câmera para o 
código e acesse o link do 
conteúdo ou clique no 
código para acessar.
https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/7aa89e43-06b8-4232-83ec-4cb7b8ddf9af/d7e2bb9d-79ec-40d3-b417-96bf09da8a0b.jpg
Conteúdo do livro
Os fungos fazem parte dos agentes biológicos envolvidos na biotecnologia, a qual utiliza 
organismos geneticamente modificados para o desenvolvimento de processos, produtos e seus 
derivados em prol da sociedade. Esses agentes são empregados, mesmo sem o conhecimento 
científico dos povos antigos em biotecnologia, desde a Antiguidade. A produção de alimentos é 
uma das áreas fundamentais para a realização de estudos relacionados, em vista do aumento 
populacional e da maior demanda de alimentos que tende a crescer progressivamente nos próximos 
anos. Logo, é irrefutável a importância do desenvolvimento dos fungos em processos 
biotecnológicos. Outras aplicações dos fungos consistem no uso de redução dos danos ao meio 
ambiente e produção de fontes alternativas de combustíveis oriundos de fontes biológicas não 
fósseis, de modo a diminuir a emissão de gases do efeito estufa.
No capítulo Potencial biotecnológico dos fungos, da obra Biotecnologia dos fungos, você estudará as 
principais aplicações dos fungos, seus potenciais e algumas das espécies fúngicas associadas.
MICOLOGIA E 
VIROLOGIA
Samantha Brum Leite
Potencial biotecnológico 
dos fungos
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 � Identificar os fungos produtores de metabólitos de interesse biotecno- 
lógico.
 � Descrever a importância dos fungos na Biotecnologia.
 � Reconhecer os principais potenciais biotecnológicos dos fungos em 
diferentes áreas de aplicação.
Introdução
Neste capítulo, você vai estudar sobre a Biotecnologia dos fungos. Apesar 
de se tratar de um tema relativamente novo, considerando os avanços 
científicos, a Biotecnologia é um processo desenvolvido desde a antigui-
dade. Os povos antigos, mesmo sem o conhecimento das etapas e dos 
agentes promotores, aplicavam o potencial biotecnológico dos fungos na 
produção de alimentos, como na produção de pães e bebidas alcoólicas. 
A identificação da estrutura do DNA promoveu avanços na Biotecnologia 
e, com isso, foram utilizadas, de forma significativa, as suas aplicações. 
Com o tempo, legislações e órgãos fiscalizadores foram criados a fim de 
regularizar o uso desses conhecimentos.
A Biotecnologia está relacionada a organismos geneticamente modi-
ficados, os quais podem ser plantas, animais, bactérias, fungos e outros 
agentes biológicos. As bactérias ainda estão mais vinculadas a estudos 
biotecnológicos que os fungos; no entanto, eles apresentam potencial em 
diversos setores. A principal espécie fúngica é o Saccharomyces cerevisiae, 
cujas aplicações são reconhecidas. As demais espécies são utilizadas de 
modo experimental nas pesquisas, a fim de avaliar sua capacidade de 
operar em cada processo. Apesar disso, o potencial biotecnológico dos 
fungos é diverso e se amplia gradativamente. Eles podem ser emprega-
dos nos setores agrícola, ambiental, industrial e farmacêutico e trazem 
benefícios para toda a sociedade.
Biotecnologia
A Biotecnologia é uma grande área que abrange conhecimentos científicos e 
tecnológicos. A união resulta em avanços em diferentes áreas do conhecimento, 
visto que diversos profissionais podem estar envolvidos, tais como biomédi-
cos, biólogos, bioquímicos, químicos, agrônomos, veterinários, engenheiros 
e farmacêuticos. A multidisciplinariedade permite a utilização de agentes 
biológicos em prol da inovação de diversos setores em benefício da sociedade. 
Entre as atuações, a Biotecnologia permite:
 � obter ou modificar produtos para uso em saúde humana ou animal;
 � melhorar plantas e animais ou desenvolver microrganismos para usos 
específicos;
 � aplicar as capacidades de microrganismos, células cultivadas de animais 
ou vegetais ou parte deles na indústria, na saúde e nos processos relativos 
ao meio ambiente e ao desenvolvimento sustentável;
 � modificar e desenvolver novos processos industriais (BRUNO, 2014).
Sendo assim, a Biotecnologia se baseia no uso de organismos geneticamente 
modificados (OGMs) ou de seus produtos no desenvolvimento de um produto 
ou processo, cujo objetivo seja beneficiar a qualidade de vida dos humanos 
ou de outros organismos. 
É possível distinguir a Biotecnologia em:
 � tradicional — utiliza organismos vivos como são encontrados na 
natureza; 
 � moderna — utiliza organismos vivos geneticamente modificados por 
meio da engenharia genética ou da tecnologia do DNA recombinante. 
O desenvolvimento biotecnológico ocorre pelo uso dos microrganismos 
como fonte de substâncias químicas que não são produzidas naturalmente. As 
técnicas empregadas se baseiam na inserção, deleção ou modificação de genes 
por intermédio do DNA recombinante, com base na engenharia genética. Com 
isso, é possível selecionar um gene de um vírus e inseri-lo em uma levedura, 
por exemplo, com o intuito de expressar o gene de interesse. 
Potencial biotecnológico dos fungos2
As pesquisas iniciaram na década de 1950, com o americano James Watson 
e o inglês Francis Crick, que, em 1953, descobriram a estrutura do DNA e 
desde então promoveram inúmeros avanços para a Biologia Molecular. Apesar 
de microrganismos, plantas e animais serem usados desde a Antiguidade, foi 
apenas com o domínio do conhecimento e técnicas de DNA recombinante, 
na década de 1970, que se tornou possível ampliar a manipulação genética 
(TORTORA; FUNKE; CASE, 2017; CARRER; BARBOSA; RAMIRO, 2010).
No Brasil, o Decreto nº. 6.041, de 8 de fevereiro de 2007, instituiu a Política 
de Desenvolvimento da Biotecnologia, a fim de adequar o desenvolvimento 
de produtos e processos biotecnológicos inovadores, estimular a maior efici-
ência da estrutura produtiva nacional e aumentara capacidade de inovação 
das empresas brasileiras, a absorção de tecnologias, a geração de negócios e 
a expansão das exportações (BRASIL, 2007). 
O Brasil apresenta um enorme potencial, visto que oferece uma extraordi-
nária biodiversidade de plantas, animais e microrganismos. O Decreto nº. 4.339, 
de 22 de agosto de 2002, instituiu princípios e diretrizes para a implementação 
da Política Nacional da Biodiversidade. A exploração desse potencial biotec-
nológico deve respeitar as questões de natureza ética, de biossegurança, tanto 
em tecnologias voltadas à saúde humana, como ao meio ambiente, do respeito 
aos direitos das comunidades indígenas e locais, da promoção da inclusão 
social, da repartição de benefícios e do direito à informação de qualidade e à 
participação social (BRASIL, 2002; 2007).
Como forma de preservar a biodiversidade e fornecer material biológico 
para estudos posteriores, foram criados os Bancos de Germoplasma. Para os 
fungos, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), órgão do 
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, mantém uma coleção 
de FMA (fungos micorrízicos arbusculares — fungos do filo Glomeromycota 
presentes no solo e em raízes colonizada) e fungos filamentosos. O objetivo 
é coletar microrganismos oriundos de ambientes diversos e isolá-los para 
atividades de intercâmbio, avaliação, caracterização, conservação, documen-
tação e informação de todos os recursos genéticos das espécies avaliadas, 
armazenando-os para pesquisas futuras. Logo, as coleções de culturas fúngicas 
têm grande importância para o desenvolvimento biotecnológico (MELLO; 
REIS; SILVA, 2011; SAGGIN JUNIOR et al., 2011).
Ao remeter aos usos da Biotecnologia tradicional, é possível observar que 
eles se referem aos fungos, seja na alimentação ou na saúde. A Biotecnologia 
antecede, em milhões de anos, os avanços na ciência. Há 6 mil anos, por 
exemplo, alimentos e bebidas alcoólicas já eram produzidos ao empregar o uso 
da fermentação para fabricar pães, vinhos e cerveja. Apesar de desconhecerem 
3Potencial biotecnológico dos fungos
exatamente como funcionava o processo, os povos sumérios, babilônios e do 
Egito antigo já utilizam microrganismos na produção de produtos alimen-
tícios, marcando o início da Biotecnologia (tradicional). O microrganismo 
utilizado, como se sabe atualmente, é a levedura do gênero Saccharomyces, a 
qual continua sendo, até hoje, um importante fungo na indústria alimentícia. 
Durante a Segunda Guerra Mundial, o uso de fungos do gênero Peni-
cillium, com destaque para a espécie Penicillium chrysogenum, na fabricação 
de antibióticos (descoberta de Alexander Fleming) salvou milhares de vidas 
(BRUNO, 2014; CARRER; BARBOSA; RAMIRO, 2010). 
As principais aplicabilidades da Biotecnologia são nas seguintes áreas:
 � saúde humana — produção de anticorpos, medicamentos e vacinas;
 � agropecuária — aumento na produção de alimentos e combate de 
pragas;
 � industrial — fermentação e produção de combustíveis;
 � ambiental — recuperação de ambientes contaminados.
Todas as aplicações utilizam OGMs que podem ser plantas, vírus, fungos 
ou bactérias, sendo que a indicação de uso de cada um deles varia conforme 
o perfil genético e a sua função (Quadro 1).
Setor Aplicação
Alimentos Produção e preservação de alimentos
Produção de bebidas
Aditivos para alimentos (emulsificantes)
Alimentos funcionais (nutracêuticos)
Farmacêutica Compostos farmacologicamente ativos
Antibióticos, antimicrobianos e antivirais
Vitaminas e hormônios
Vacinas e probióticos
Biopolímeros de aplicação médica (p. ex., pele artificial)
Biotransformações em química fina
Quadro 1. Exemplos de aplicação biotecnológica com utilização direta de microrganis-
mos em diferentes setores da indústria
(Continua)
Potencial biotecnológico dos fungos4
Quadro 1. Exemplos de aplicação biotecnológica com utilização direta de microrganis-
mos em diferentes setores da indústria
Setor Aplicação
Agroindústria Aumento de fertilidade do solo
Controle biológico de insetos e patógenos
Promotores de crescimento de plantas
Antiparasiticidas, antibióticos, antimicrobianos, antivirais
Compostagem e tratamento biológico de resíduos
Ambiental Biorremediação de petróleo e resíduos tóxicos
Monitoramento de poluentes (biossensores)
Tratamento de resíduos industriais e águas residuárias
Biomineração (recuperação de metais 
pesados e radioisótopos)
Recuperação de áreas degradadas (micorrizas 
e bactérias fixadoras de nitrogênios)
Energia Produção de biocombustíveis
(Continuação)
Fungos na Biotecnologia
Os fungos são microrganismos que, apesar de serem reconhecidos pelo desen-
volvimento de doenças nos seres humanos, desempenham diversas funções 
benéficas para o homem. Eles são saprófitos, de modo que contribuem para a 
decomposição da matéria orgânica, sendo utilizados na indústria alimentícia 
como fonte direta para o consumo (cogumelos), na indústria farmacêutica com o 
desenvolvimento de fármacos e imunossupressores, bem como no ramo agrícola 
e no equilíbrio ambiental, haja vista que participam do processo de degradação 
de substâncias tóxicas, auxiliam as plantas no seu crescimento e combatem 
outros microrganismos de caráter patogênico. Entre os fungos, além dos 
benefícios causados, muitos apresentam potencial de interesse biotecnológico.
A manipulação dos microrganismos, não só com o objetivo biotecnológico, 
deve respeitar os princípios bioéticos da pesquisa e depende do uso de técnicas 
que respeitem as normas de biossegurança, a fim de prevenir, minimizar 
ou eliminar riscos que podem comprometer a saúde humana, dos animais 
e do meio ambiente. É importante reconhecer que cada agente biológico 
apresenta uma classe de risco distinta, cujos critérios se baseiam na natureza 
do agente biológico, na virulência, no modo de transmissão, na estabilidade, 
5Potencial biotecnológico dos fungos
na concentração e no volume, na origem do agente biológico potencialmente 
patogênico, na disponibilidade de medidas profiláticas eficazes, na disponi-
bilidade de tratamento eficaz, na dose infectante, na manipulação e, por fim, 
na eliminação do agente biológico.
Sobre a classificação de risco, os agentes biológicos são categorizados em:
 � Classe de risco 1 — baixo risco individual e para a comunidade;
 � Classe de risco 2 — moderado risco individual e limitado risco para 
a comunidade;
 � Classe de risco 3 — alto risco individual e moderado risco para a 
comunidade;
 � Classe de risco 4 — alto risco individual e para a comunidade. Esses 
agentes devem ser manipulados com os equipamentos de proteção 
individuais (EPI) e coletivos (EPC) (BRASIL, 2017).
Potencial agrícola
No ramo alimentício, destaca-se o uso de OGMs e de transgênicos. Os OGMs, 
segundo a legislação brasileira, caracterizam-se como todo organismo que 
tiver seu DNA modificado por engenharia genética e conter fragmentos de 
DNA/RNA exógeno no produto final. Consequentemente, os organismos 
podem ser transgênicos — quando há adição de um gene proveniente de uma 
espécie não sexualmente compatível — ou cisgênico — quando há adição de 
um gene de uma espécie com a qual poderia haver um cruzamento ou ter um 
ou mais de seus genes editados e conter DNA/RNA exógeno no produto final. 
Os processos envolvendo esses produtos podem ser chamados de transge-
nia ou cisgenia. Para o setor agrícola, as plantas geneticamente modificadas 
permitem a produção de alimentos resistentes a herbicidas e a insetos e com 
aumento no valor nutricional, característica importante para populações com 
problemas de abastecimento de alimentos.
A utilização de FMA (fungos do solo em simbiose com as raízes de plantas 
terrestres) está envolvida no tratamento de solos degradados com o intuito de 
recuperá-los, visto que aumenta a capacidade da planta de absorver minerais e, 
com isso, há uma melhora no potencial nutricional das plantas (Figura 1). Os 
FMAs promovem aumento na tolerância ao estresse abiótico, favorecimento 
de processos reabilitadores,como o estabelecimento da vegetação, aumento 
da produção de material orgânico, aumento da produção de raízes, maior 
proteção ao solo (estabilização), estímulo da transformação e ciclagem dos 
nutrientes e favorecimento da estruturação e sucessão vegetal. Tais benefícios 
Potencial biotecnológico dos fungos6
são importantes para a formação e a manutenção das plantas e dos solos 
degradados para que estes possam ser reutilizados posteriormente e para o 
crescimento de plantas mesmo em solos pobres em nutrientes (REECE et al., 
2015; BRUNO, 2014; COLODETE; DOBBSS; RAMOS, 2014).
Figura 1. O uso de fungos micorrízicos influencia o cresci-
mento de muitas plantas. A muda de pinheiro à esquerda foi 
inoculada com micorrizas, enquanto a muda à direita não foi.
Fonte: Tortora, Funke, e Case (2017, p. 772).
Tais fungos podem ser empregados no processo de recuperação ambiental 
de espécies florestais nativas. Na agricultura, a Biotecnologia permite que, 
diante das mudanças climáticas, da diminuição das reservas energéticas não 
renováveis e do aumento no crescimento populacional, seja possível o desen-
volvimento de alimentos com características benéficas para a população e 
com elevado custo-benefício. Entre os benefícios, há a preservação do meio 
ambiente, o desenvolvimento econômico e a redução da emissão de gases 
na atmosfera, o que resulta no aumento da produção (Figura 2) (CARRER; 
BARBOSA; RAMIRO, 2010). 
7Potencial biotecnológico dos fungos
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Potencial biotecnológico dos fungos8
Potencial industrial
Na indústria, um dos principais usos da Biotecnologia é na produção de bio-
combustíveis que tem origem biológica não fóssil, considerando que as fontes 
de energia estão diminuindo e a demanda mundial aumentando. Eles são uma 
boa alternativa para reduzir a dependência dos combustíveis fósseis, como 
carvão, petróleo e seus derivados. A denominação é referente aos deriva-
dos de biomassa renovável que podem substituir, parcial ou totalmente, os 
combustíveis derivados de petróleo e o gás natural em motores à combustão 
ou em outro tipo de geração de energia. Nesse setor, há uma disputa entre o 
cultivo de plantas para a alimentação e a produção de biocombustíveis devido 
a questões financeiras. Portanto, a Biotecnologia promove um aumento na 
produtividade e na qualidade da produção das áreas de cultivo (CARRER; 
BARBOSA; RAMIRO, 2010; SCHENBERG, 2010).
No processo de produção do etanol, o qual já se trata de uma fonte alter-
nativa de combustível, utiliza-se a tecnologia biotecnológica. Na aplicação, 
a levedura Saccharomyces cerevisiae, principal microrganismo utilizado, 
participa do processo na transformação do açúcar em álcool via fermentação. 
A levedura é a mais utilizada, apesar de haver outras, por apresentar tolerância 
a uma ampla faixa de pH, alterações de temperatura e estresse osmótico. O 
uso da levedura é fundamental na produção industrial, visto que apresenta 
alta seletividade na produção de álcool, elevada velocidade de crescimento e 
fermentação, alto rendimento na conversão para etanol, elevada tolerância à 
glicose, à pressão osmótica e a condições estressantes e baixo pH ótimo de 
fermentação (SCHENBERG, 2010; AZHAR et al., 2017).
Devido à ocorrência de contaminações bacterianas e de outras espécies 
fúngicas, foram desenvolvidas linhagens de Saccharomyces com capacidade 
de liberar, durante o processo de fermentação, substâncias bactericidas. Para 
isso, produziram-se leveduras com capacidade de expressar lisozima, enzima 
com ação na parede celular das bactérias, sobretudo do gênero Bacillus e Lac-
tobacillus, que são as principais contaminantes durante a etapa de fermentação 
(SCHENBERG, 2010). 
O uso do etanol como fonte de combustível se tornou mais atrativo com 
a expansão da venda de carros flexíveis, sendo o Brasil o país de destaque 
na implantação dessa tecnologia. Consequentemente, houve uma melhora 
na qualidade do ar dos grandes centros urbanos. Estima-se que o índice de 
emissão de CO foi de 50 g/km para menos de 5,8 g/km, além de contribuir 
para a redução da emissão de gases do efeito estufa. A seleção dos microrga-
9Potencial biotecnológico dos fungos
nismos a serem empregados é fundamental em quesitos como produtividade 
e rendimento em diferentes biocombustíveis (LOPES et al., 2016).
O Gliocladium roseum e o Mucor circinelloides têm sido estudados como 
potenciais produtores de combustível, demonstrando produzir hidrocarbonetos 
semelhantes aos do diesel. Muitas leveduras e fungos têm a capacidade de 
sintetizar, de modo intracelular, os lipídios. O bio-óleo recebeu o nome de 
mycodiesel e várias espécies apresentaram características importantes rela-
cionadas ao acúmulo de lipídios, tais como Aspergillus oryzae, Mortierella 
isabellina, Mortierella alliacea, Humicola lanuginosa, Trichoderma reesei, 
Mortierella vinacea, Mucor circinelloides, Drechslera nobleae, Fusarium 
solani, Fusarium neocosmosporiellum e Aspergillus fumigatus (MAGDUM 
et al., 2015).
Potencial ambiental
A Biotecnologia de caráter industrial e ambiental apresenta objetivos seme-
lhantes, o que envolve o desenvolvimento de ações que melhoram o meio 
ambiente. Se na área industrial buscam-se alternativas às fontes de energia 
não renováveis e que agridem o planeta, como a liberação dos gases do efeito 
estufa, as ações ambientais buscam remediar os danos causados por estes. 
Desse modo, a Biotecnologia industrial e a ambiental são um conjunto.
Por isso, além da produção de biocombustíveis, um dos usos da Biotec-
nologia na área industrial/ambiental é na biorremediação, a qual trata de um 
processo que utiliza organismos vivos, sendo eles plantas, microrganismos ou 
suas enzimas para a remoção (redução) de poluentes no ambiente. 
O uso de organismos auxilia na remediação ambiental, visto que apresentam 
capacidade de acumular e transformar os poluentes em substâncias menos 
tóxicas. Eles têm sido utilizados na degradação de compostos tóxicos ao ser 
humano, como benzeno, tolueno, etilbenzeno, xilenos e metais tóxicos. Nesse 
caso, empregam-se fungos filamentosos e leveduras para a biodegradação 
de hidrocarbonetos de petróleo. Os fungos ainda apresentam resultados mais 
efetivos que o uso de bactérias, uma vez que conseguem atuar em condições 
ambientais adversas, como valores extremos de pH, restrição de nutrien-
tes e solos com baixa umidade (ANDRADE; AUGUSTO; JARDIM, 2010; 
GAYLARDE; BELLINASO; MANFIO, 2005; SCHENBERG, 2010).
Entre as aplicações ambientais, há a ação dos fungos do filo Basidiomycota 
na degradação de polímeros presentes no lodo do esgoto. O intuito é utilizar 
a capacidade de degradar polímeros constituídos de lignina, celulose e he-
micelulose que, devido à sua complexidade, não conseguem ser degradados. 
Potencial biotecnológico dos fungos10
Por conta da sua capacidade, eles são chamados de fungos lignocelulolíticos, 
cujas espécies com maior potencial são Agaricus bisporus, Fomesfasciatus, 
Schizophyllum commune e Trametes versicolor, desse modo, os fungos são 
incorporados em uma das etapas de tratamento do esgoto. Além disso, outro 
processo biotecnológico associado a esses fungos é a degradação de corantes 
têxteis, de derivados do petróleo e de compostos fenolíticos (MENEZES et 
al., 2017).
Os fungos podem atuar como biossurfactantes, por apresentarem uma 
porção hidrofóbica e outra hidrofílica, o que os caracteriza como surfactantes 
e emulsificantes. A principal área de utilização dessa capacidade fúngica é na 
indústria do petróleo, na qual eles são aplicados na incorporação nas formu-
lações de óleo, na dispersão de derramamento de óleo em solo e no mar, na 
remoção de lodo de óleo de tanques de estocagem, na recuperação melhorada 
de petróleo e na descontaminação ambiental por meio da biorremediação. Além 
disso, os fungos são utilizados nos setores industriais nos ramos alimentício, 
medicinal, dos cosméticos, da limpeza e da agricultura (DECESARO et al., 
2013; PEREIRA; DUVOISIN JÚNIOR; ALBUQUERQUE, 2017). 
Potencial farmacêutico
Diversos fungos apresentam características potencias para a saúde humana. Os 
fungos endofíticos estão presentes no interior das plantas de modo prejudicial, 
no entanto, são fontes naturais e produtores de moléculas, como ácidos fenólicos, 
benzopiranonas, flavonoides, quinonas e xantonas, as quais estão relacionadas a 
funções hormonais, antibióticas, antitumorais, antifúngicas, antioxidantes. Os 
fungos constituem microrganismos com capacidade de produzir metabólitos 
que podem contribuir para a indústria farmacêutica no combate a infecções e 
no controle de doenças (GONÇALVES; BASTOS; HANNA, 2017).
O principal fungo lembrado nesse setor é o Penicillium devido à sua ca-
pacidade de inibir o crescimento bacteriano, entretanto, o Saccharomyces 
cerevisiae também é um fungo importante, por ser utilizado como modelo 
genético molecular de eucariotos pela sua facilidade de manipulação e cultivo. 
Fungos geneticamente modificados da espécie do Saccharomyces cerevisiae 
produzem glicoproteínas humanas, com fator de crescimento semelhante à 
insulina, as quais contribuem significantemente para o tratamento da população 
com deficiência dessas proteínas. A levedura também constitui um modelo 
celular cujos mecanismos básicos estão relacionados a várias doenças, entre 
elas a Doença de Parkinson (REECE et al., 2015; TENREIRO; OUTEIRO, 
2015; ABREU; ROVIDA; PAMPHILE, 2015).
11Potencial biotecnológico dos fungos
Os fungos do gênero Aspergillus, conhecidos por contaminar alimentos 
e infectar o organismo humano, também podem contribuir para a indústria 
farmacêutica por apresentarem potencial para a produção de enzimas prote-
olíticas. Essas enzimas são importantes, pois são catalisadoras em funções 
bioquímicas e por ser possível produzi-las por fungos filamentosos. Com o 
desenvolvimento biotecnológico, os processos industriais necessários para 
a produção de proteases disponíveis no comércio e que apresentam um alto 
valor agregado na produção são dispensados. 
No Brasil, a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) 
liberou a produção de vacinas geneticamente modificadas para suínos e aves 
a partir de leveduras. Uma das vacinas liberadas é recombinante contra o 
circovírus suíno tipo 2, que é capaz de levar 35% dos animais infectados à 
morte. A outra vacina geneticamente modificada é utilizada para combater 
a Doença de Newcastle, denominada também de pseudopeste aviária, a qual 
acomete, sobretudo, galinhas, perus e patos, comprometendo a fertilidade 
dos animais infectados.
CTNBio é o órgão do Governo Federal responsável pela formulação, atualização e 
implementação da Política Nacional de Biossegurança relativa ao OGM. Acesse o link 
a seguir para saber mais informações.
https://goo.gl/i9L8TH
No Brasil, há uma legislação de biossegurança para a execução de técnicas de melho-
ramento genético no que diz respeito à tecnologia de engenharia genética. 
A Lei nº. 11.105, de 24 de março de 2005, tem como objetivo determinar os requisitos 
necessários para a utilização dos OGMs e seus derivados para que seja possível realizar 
processos de desenvolvimento sustentável em beneficio à sociedade, além de controlar 
atividades e produtos relacionados à Biotecnologia moderna que é empregada na 
tecnologia do DNA recombinante. A legislação também tem o intuito de criar órgãos 
de fiscalização e monitorar todas as atividades relacionadas aos OGMs. 
Potencial biotecnológico dos fungos12
Os fungos costumam ser lembrados pelo seu caráter de patogenicidade no 
desenvolvimento e em doenças chamadas de micoses (nos seres vivos), mas 
eles também apresentam uma grande importância nos processos biotecnoló-
gicos. Mesmo que para muitos a Biotecnologia possa parecer distante devido 
à participação dos fungos nas etapas de produção de alimentos e bebidas, 
ela está mais próxima do que se imagina. Além disso, os fungos são funda-
mentais para a saúde e a manutenção de ecossistemas, sendo necessários no 
desenvolvimento sustentável e na biodiversidade do planeta. Dessa forma, 
é importante destacar o seu papel na Biotecnologia, visto que permitem a 
obtenção de produtos que beneficiam a saúde humana, animal e ambiental. 
ABREU, J. A. S.; ROVIDA, A. F. S.; PAMPHILE, J. A. Fungos de interesse: aplicações bio-
tecnológicas. Uningá Review, v. 21, n. 1, p. 55-59, 2015. Disponível em: http://revista.
uninga.br/index.php/uningareviews/article/view/1613/1224. Acesso em: 27 fev. 2019.
ANDRADE, J. de A.; AUGUSTO, F.; JARDIM, I. C. S. F. Biorremediação de solos contaminados 
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AZHAR, S. H. M. et al. Yeasts in sustainable bioethanol production: a review. Biochemistry 
and Biophysics Reports, v. 10, p. 52-61, 2017. Disponível em: https://www.sciencedirect.
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BRASIL. Decreto nº. 4.339, de 22 de agosto de 2002. Institui princípios e diretrizes para a 
implementação da Política Nacional da Biodiversidade. Brasília, DF, 2002. Disponível em: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/2002/D4339.htm. Acesso em: 27 fev. 2019.
BRASIL. Decreto nº. 6.041, de 08 de fevereiro de 2007. Institui a Política de Desenvolvimento 
da Biotecnologia, cria o Comitê Nacional de Biotecnologia e dá outras providências. Bra-
sília, DF, 2007. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/
decreto/d6041.htm. Acesso em: 27 fev. 2019.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. 
Departamento do Complexo Industrial e Inovação em Saúde. Classificação de risco dos 
agentes biológicos. 3. ed. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2017. Disponível em: http://
bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/classificacao_risco_agentes_biologicos_3ed.
pdf. Acesso em: 27 fev. 2019.
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Tekne).
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recuperação de áreas impactadas. Natureza on line, v. 12, n. 1, p. 31-37, 2014. Disponível 
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CONSELHO DE INFORMAÇÕES SOBRE BIOTECNOLOGIA. Benefícios socioeconômicos e 
ambientais da biotecnologia. Brasil, 2017. Disponível em: https://cib.org.br/beneficios-
-socioeconomicos-e-ambientais-da-biotecnologia/. Acesso em: 27 fev. 2019.
DECESARO, A. et al. Produção de biossurfactantes por microrganismos isolados de solo 
contaminado com óleo diesel. Química Nova, v. 36, n. 7,p. 947-954, 2013. Disponível 
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GAYLARDE, C. C.; BELLINASO, M. de L.; MANFIO, G. P. Biorremediação. Biotecnologia 
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GONÇALVES, B.; BASTOS, E.; HANNA, S. Prospecção tecnológica de fungos endófitos e 
aplicações na indústria farmacêutica. Cadernos de Prospecção, v. 10, n. 1, p. 56-67, 2017. 
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MELLO, S. C. M.; REIS, A.; SILVA, J. B. T. Manual de curadores de germoplasma-micro-
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Embrapa Hortaliças. Documentos, 134). 
MENEZES, F. P. et al. Capacidade dos fungos lignocelulolíticos em degradar polímeros 
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PEREIRA, D. D. F.; DUVOISIN JÚNIOR, S.; ALBUQUERQUE, P. M. O estudo da produção de 
biossurfactantes por fungos amazônicos. The Journal of Engineering and Exact Sciences, 
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REECE, J. B. et al. Biologia de Campbell. 10. ed. Porto Alegre: Artmed, 2015.
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Agrobiologia. Documentos, 290; Embrapa Amapá. Documentos, 76).
Potencial biotecnológico dos fungos14
SCHENBERG, A. C. G. Biotecnologia e desenvolvimento sustentável. Estudos Avançados, 
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pdf. Acesso em: 27 fev. 2019.
TENREIRO, S.; OUTEIRO, T. F. A levedura como modelo para estudar as bases molecu-
lares da doença de Parkinson. Revista Brasileira de Ciências do Envelhecimento Humano, 
v. 12, n. 3, p. 288-298, 2015. Disponível em: http://seer.upf.br/index.php/rbceh/article/
view/6006/pdf. Acesso em: 27 fev. 2019.
TORTORA, G. J.; FUNKE, B. R.; CASE, C. L. Microbiologia. 12. ed. Porto Alegre: Artmed, 2017.
Leituras recomendadas
CONSELHO DE INFORMAÇÕES SOBRE BIOTECNOLOGIA. Brasil, 2016. Disponível em: 
https://cib.org.br/. Acesso em: 27 fev. 2019.
KLUG, W. S. et al. Conceitos de genética. 9. ed. Porto Alegre: Artmed, 2010.
15Potencial biotecnológico dos fungos
Dica do professor
A biotecnologia baseia-se no uso de organismos geneticamente modificados (OGM) nos seus 
processos para o desenvolvimento de produtos e derivados que tenham alguma importância para a 
sociedade. Logo, é necessário saber o que são os OGMs, os quais são popularmente conhecidos 
como transgênicos. A aplicação na área de alimentos é crescente e apresenta diversos benefícios.
Na Dica do Professor, assista sobre os OGMs, onde você verá quais são as principais aplicações, 
como é produzida uma planta transgênica e quais são os benefícios relacionados.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/cee29914fad5b594d8f5918df1e801fd/5c0f23b49d3f72598591b8ee7207549e
Na prática
O Saccharomyces cerevisiae é uma das espécies fúngicas mais lembradas, visto que é utilizado desde 
a Antiguidade na produção de alimentos e bebidas, mesmo antes do conhecimento da existência de 
microrganismos. Entretanto, ele pode ser utilizado em outros processos biotecnológicos em 
benefício da população. Algumas aplicações já são amplamente empregadas e outras ainda 
requerem maiores estudos a respeito. Contudo, é evidente o potencial de utilização da levedura.
Neste Na Prática, você verá aplicações biotecnológicas para o Saccharomyces cerevisiae, com 
destaque em nível molecular, atuando como modelo e que contém diversos estudos relacionados e 
no processo de fermentação, cuja aplicação já é reconhecida.
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conteúdo ou clique no 
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https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/b46cd798-f079-479e-92ec-ae340d23503a/db8a6b7a-86eb-46b7-979a-a2efb0f4a5fc.jpg
Saiba +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:
MONITORAMENTO PARA AVALIAÇÃO DO ESTÁGIO DE 
BIORREMEDIAÇÂO DE ÁREAS CONTAMINADAS COM O 
BIOINDICADOR VEGETAL AVENA STRIGOSA L.
O presente trabalho tem como objetivo de estudo o desenvolvimento de metodologia para o 
monitoramento da biorremediação de solos contaminados com resíduos oleosos, através do uso de 
bioindícador vegetal para o estabelecimento de critérios na avaliação do estado de biorremediação 
do solo. Considera que as normas utilizadas em geral estabelecem somente os limites de metais 
pesados no solo, como exemplo, chumbo, zinco, cobre, níquel e cádmio.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
Pesquisa da UFSCar identifica fungos para aumentar a 
produção de etanol
Os fungos fazem parte do processo de fermentação, a qual é uma etapa necessária na produção do 
etanol. Pesquisas utilizando-os buscam aumentar a produtividade do etanol de modo a melhorar o 
processo de produção. Leia a reportagem para saber mais sobre o processo e como os estudos são 
divulgados pela mídia.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
CENPES | Aline Machado e suas pesquisas com engenharia 
genética e biotecnologia
https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/handle/1884/26550/D%20-%20GONCALVES,%20CLAUDIA%20MARTINS.pdf?sequence=1
https://g1.globo.com/sp/sao-carlos-regiao/noticia/pesquisa-da-ufscar-identifica-fungos-para-aumentar-a-producao-de-etanol.ghtml
Como futuros profissionais biomédicos, e sabendo que a biotecnologia permite a inserção de 
profissionais de diversas áreas, acompanhe no vídeo a trajetória profissional da Aline Machado, que 
iniciou as pesquisas durante o seu mestrado e que, atualmente, atua na transformação de cana-de-
açúcar em etanol na Petrobras.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
https://www.youtube.com/embed/jJQgvgZtPu8

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