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16 - Produção de patentes

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Produção de patentes
Apresentação
Uma patente é uma concessão temporária do estado, a qual permite ao seu titular ou seus 
sucessores, o monopólio de sua invenção, seja ela um produto, um processo de fabricação ou o 
aperfeiçoamento de produtos e processos já existentes, dando-lhe o direito de uso exclusivo do 
objeto de sua patente. Por meio da patente, os inventores se reservam o direito de explorar 
comercialmente a sua invenção.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você conhecerá a importância das patentes, a lei que rege o 
sistema de patentes no país, o conceito de patente e como se dá o processo de registro dessas 
patentes no Brasil. Por fim, você também conhecerá a importância das patentes na área de 
Biotecnologia.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Conceituar patente.•
Explicar o processo de registro e produção de patente.•
Reconhecer as patentes biotecnológicas como processo de produção de conhecimento e 
geração de produtos
•
Infográfico
Para ser patenteável, a invenção deve ter novidade, atividade inventiva e aplicação 
industrial. Muitas pessoas deixam de solicitar a patente de suas invenções por acharem que o 
processo é muito longo e burocrático.
Neste Infográfico, você vai ver como fazer a solicitação de uma patente.
Aponte a câmera para o 
código e acesse o link do 
conteúdo ou clique no 
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Conteúdo do livro
No Brasil, as patentes são concedidas em duas modalidades: patente de invenção, concedida àquela 
invenção que atenda aos requisitos de novidade, atividade inventiva e aplicação industrial; e a 
patente de modelo de utilidade, concedida aos objetos que visem a melhoria do uso ou da utilidade 
dos produtos, dotando-os de maior eficiência ou comodidade na sua utilização, por meio de nova 
configuração, não necessitando que se obtenha uma nova concepção.
 
No capítulo Produção de patentes, da obra Biotecnologia, base teórica desta Unidade de 
Aprendizagem, você vai aprender como o Brasil passou de “país da pirataria” para ser conhecido 
como um país em expansão em termos de número de patentes, além de como se pode proteger 
uma invenção no país e quais são os passos para esse processo. Você também vai aprender a 
reconhecer a importância do direito de exclusividade garantido pela patente sobre a sua criação, 
para evitar que terceiros se apropriem de sua invenção indevidamente.
Boa leitura.
BIOTECNOLOGIA
Isabele Cristiana Iser 
Marson
Produção de patentes
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
  Conceituar patente.
  Explicar o processo de registro e produção de patente.
  Reconhecer as patentes biotecnológicas como processo de produção 
de conhecimento e geração de produtos.
Introdução
Em um mundo em que a concorrência entre empresas está cada vez 
mais acirrada e a velocidade do surgimento de novas tecnologias está 
cada vez maior, copiar mostra-se mais fácil e rápido do que criar. Diante 
dessa realidade, torna-se imprescindível garantir o direito de exclusividade, 
por meio da patente, a fim de previnir que terceiros fabriquem, usem, 
vendam, ofereçam ou importem a sua invenção.
Neste capítulo, você vai aprender o que é patente, para que ela serve 
e como ela pode ser utilizada para proteger as invenções de pessoas e 
empresas. Você também irá conhecer como se faz o registro de uma 
patente e como funciona o processo burocrático até a sua obtenção. Por 
fim, você vai saber mais sobre as patentes na area biotecnológica, um 
campo de crescente interesse entre empresas e pesquisadores.
O conceito de patente
Uma patente é uma concessão temporária do Estado, que permite ao seu 
titular ou a seus sucessores o monopólio de sua invenção, seja ela um produto, 
um processo de fabricação ou o aperfeiçoamento de produtos e processos 
já existentes, dando-lhe o direito de uso exclusivo do objeto de sua patente. 
Desse modo, nenhum terceiro tem o direito, sem o seu consentimento, de 
produzir, usar, colocar à venda ou importar o produto objeto de sua patente 
e/ou processo ou produto obtido diretamente por meio de processo por você 
patenteado. Em contrapartida, o inventor deve disponibilizar à sociedade o 
livre acesso ao conhecimento técnico dos pontos essenciais da matéria prote-
gida pela patente. Entretanto, a patente tem validade limitada, pois, após um 
determinado período, ela cai em domínio público, ou seja, pode ser usada por 
toda a sociedade (MACEDO; BARBOSA, 2000). 
No Brasil, a patente insere-se nos denominados direitos de propriedade 
industrial, cujo normativo legal é a Lei da Propriedade Industrial (BRASIL, 
1996). A instituição concedente do direito de patente aqui no país é o INPI 
(Instituto Nacional da Propriedade Industrial), autarquia federal vinculada ao 
Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
Mas você sabe por que a patente é tão importante? Se não existissem as 
patentes e a possibilidade de proteger uma invenção, os inventores tenderiam 
a manter suas criações em sigilo. Entretanto, existindo uma proteção legal, 
há a partilha do conhecimento e o fornecimento de informação tecnológica 
à sociedade, o que permite que outros inventores usem esse conhecimento 
técnico para a pesquisa e o desenvolvimento de novas invenções ou aper-
feiçoamentos (MACEDO; BARBOSA, 2000). Além disso, por meio da 
patente, os inventores se reservam o direito de explorar comercialmente sua 
invenção, protegendo-a de possíveis cópias e dos concorrentes. Desse modo, 
a pessoa que não detém a patente só pode explorá-la mediante permissão 
do titular proprietário. 
Um exemplo que ilustra a necessidade dessa questão são as disputas por 
patente, muito comuns no mundo da tecnologia. Com vários fabricantes pro-
duzindo produtos muito semelhantes, essas brigas são quase inevitáveis. 
Em 2011, por exemplo, a Apple e a Samsung travaram uma verdadeira batalha por 
patentes de tecnologias utilizadas em smartphones. Saiba mais no link a seguir.
https://goo.gl/1AtvZM
A indústria farmacêutica também é conhecida por gerar brigas judiciais 
por causa de patentes. Em geral, as empresas que detêm a patente e comer-
Produção de patentes2
cializam um novo medicamento o fazem a preços exorbitantes, tornando-o 
inacessível a grande parte dos pacientes que necessitam desses medicamentos. 
Por isso, muitas vezes, ouvimos falar em “quebra de patente”, que ocorre 
quando o governo passa a comercializar um medicamento a preços acessíveis 
ou quando consegue que o produto seja fabricado por uma empresa terceiri-
zada para ser distribuído somente para os centros de saúde do governo. Se há 
um caso de saúde pública, o governo tem o direito a fazer o licenciamento 
compulsório de uma determinada patente, porque o direito à vida é mais 
importante que o direito à propriedade. Essa quebra de patentes é realizada 
por meio do pagamento de royalties à empresa detentora da patente, a fim 
de que o governo possa fazer a comercialização do produto (BULLADO; 
FREIRE JÚNIOR, 2015).
Em 2001, o governo brasileiro anunciou a quebra de patente de um medicamento 
conhecido como Nelfinavir (princípio ativo do remédio comercializado com o nome 
de Viracept), medicamento que integra a lista do coquetel anti-Aids. O governo 
brasileiro alegou que ficaria difícil manter a distribuição gratuita com o alto custo 
do medicamento importado. Os gastos com a compra do fármaco somavam um 
quarto dos gastos totais com o coquetel anti-Aids. O laboratório brasileiro que ficaria 
encarregado da produção do remédio seria o Farmanguinhos, da Fiocruz (Fundação 
Oswaldo Cruz), que fabricaria o medicamento com uma economia de 40% comparada 
ao preço de aquisição praticado pelo laboratorio suíço Roche. Após longas tentativas 
de negociação para reduzir seu preço, o Governo Federal e a Roche celebraramum 
acordo pelo qual o medicamento Viracept seria vendido com uma redução de 40% 
do preço de aquisição, o que cancelou a emissão da licença compulsória, conhecida 
como “quebra de patente” (BELMONTE, 2015, documento on-line).
Para ser patenteável, a invenção deve caracterizar-se por novidade, ati-
vidade inventiva e aplicação industrial. Por novidade, entende-se algo que 
não tenha sido revelado à sociedade de nenhuma forma, nem dentro nem fora 
do país. A atividade inventiva se caracteriza por um resultado que vá além 
da mera combinação de fatores e conhecimentos que sejam óbvios para um 
técnico ou especialista no assunto. Já a aplicação industrial ocorre quando o 
resultado da invenção pode ser produzido ou utilizado em qualquer tipo de 
3Produção de patentes
indústria, inclusive agrícola e extrativista, dotada de repetibilidade, ou seja, 
que possa ser reproduzido por outras pessoas (CONTENT, 2018).
Algo importante a ser considerado quando se vai pensar em patentear algo 
é que, caso a divulgação da invenção seja feita antes de ser pedida a patente, 
ela não será mais considerada novidade, permitindo, assim, que a invenção 
passe a ser de domínio publico e não possa mais ser patenteada, podendo 
ser usada livremente por terceiros. Esse conflito é muito comum em univer-
sidades e centros de pesquisa, uma vez que a divulgação dos resultados de 
pesquisa é de extremo interesse dos pesquisadores e da ciência. Desse modo, 
muitas vezes, o cientista se depara com a dúvida em relação a se ele deve 
publicar seus resultados em artigos científicos ou se deve depositar a patente 
(MACEDO; BARBOSA, 2000). Para ajudar a resolver essa questão, há um 
dispositivo legal, conhecido como período de graça, presente no artigo 12 
da Lei nº. 9.279, de 14 de maio de 1996 que estabelece que, se o inventor, o 
INPI ou terceiros divulgarem o estado da técnica da invenção 12 meses antes 
da data de depósito da patente, o inventor não perderá o direito à patente. Em 
outras palavras, se o invento for divulgado nos 12 meses antes do depósito do 
pedido de patente, em um seminário ou em uma palestra, por exemplo, essa 
divulgação não prejudicará o inventor (CRUZ, 2016).
É importante lembrar que a invenção não precisa ser algo genial ou re-
volucionário, como um novo reator nuclear, por exemplo. A invenção pode 
ser apenas uma criação nova para a solução de um problema técnico, ou 
seja, apenas melhorias no uso ou na fabricação de objetos do dia a dia, como 
utensílios e ferramentas. Desse modo, um cabo de martelo ergonômico que 
proporcione melhor rendimento no trabalho ou a protuberância plástica em 
grampos de cabelo, que protege o couro cabeludo durante a sua colocação e 
uso, são exemplos de invenção (MACEDO; BARBOSA, 2000).
Nesse sentido, é relevante diferenciar invenção de descoberta. Uma des-
coberta ocorre quando os cientistas encontram a explicação para fenômenos 
naturais ou explicam o porquê das coisas serem como são ou funcionarem 
como funcionam. Por exemplo, Isaac Newton descobriu varias leis da física, 
como a lei da gravidade. A partir dessa descoberta, invenções patenteáveis 
puderam ser realizadas, como, por exemplo, a fabricação de elevadores e aviões 
(MACEDO; BARBOSA, 2000). Desse modo, a lei da gravidade de Newton 
não pode ser patenteada por ser uma teoria científica, assim como métodos 
matemáticos, que também não podem ser patenteados. 
Produção de patentes4
Veja, a seguir, o que não pode ser patenteado segundo a Lei da Propriedade Industrial 
(Lei nº. 9.279/1996):
Art. 10. Não se considera invenção nem modelo de utilidade:
I – descobertas, teorias científicas e métodos matemáticos;
II – concepções puramente abstratas;
III – esquemas, planos, princípios ou métodos comerciais, contábeis, 
financeiros, educativos, publicitários, de sorteio e de fiscalização;
IV – as obras literárias, arquitetônicas, artísticas e científicas ou qual-
quer criação estética;
V – programas de computador em si;
VI – apresentação de informações;
VII – regras de jogo;
VIII – técnicas e métodos operatórios ou cirúrgicos, bem como métodos te-
rapêuticos ou de diagnóstico, para aplicação no corpo humano ou animal; e
IX – o todo ou parte de seres vivos naturais e materiais biológicos encon-
trados na natureza, ou ainda que dela isolados, inclusive o genoma ou ger-
moplasma de qualquer ser vivo natural e os processos biológicos naturais.
Art. 18. Não são patenteáveis:
I – o que for contrário à moral, aos bons costumes e à segurança, à 
ordem e à saúde públicas;
II – as substâncias, matérias, misturas, elementos ou produtos de qual-
quer espécie, bem como a modificação de suas propriedades físico-
-químicas e os respectivos processos de obtenção ou modificação, 
quando resultantes de transformação do núcleo atômico; e
III – o todo ou parte dos seres vivos, exceto os microorganismos transgê-
nicos que atendam aos três requisitos de patenteabilidade — novidade, 
atividade inventiva e aplicação industrial — previstos no art. 8º e que 
não sejam mera descoberta.
Parágrafo único. Para os fins desta Lei, microorganismos transgênicos 
são organismos, exceto o todo ou parte de plantas ou de animais, que 
expressem, mediante intervenção humana direta em sua composição 
genética, uma característica normalmente não alcançável pela espécie 
em condições naturais (BRASIL, 1996, documento on-line).
No Brasil, as patentes são concedidas em duas modalidades: 
  Patente de invenção: concedida àquela invenção que atenda aos requisi-
tos de novidade, atividade inventiva e aplicação industrial. As invenções 
podem ser referentes a produtos industriais (compostos, composições, 
objetos, aparelhos, dispositivos, etc.) e a atividades industriais (pro-
cessos, métodos, etc.). Essa patente tem duração válida de 20 anos.
5Produção de patentes
  Patente de modelo de utilidade: concedida aos objetos que visem 
melhorar o uso ou a utilidade dos produtos, dotando-os de maior efici-
ência ou comodidade na sua utilização por meio de nova configuração, 
não necessitando que se obtenha uma nova concepção. Essa patente é 
valida por 15 anos (FERREIRA; GUIMARÃES; CONTADOR, 2009).
Recentemente, duas outras leis foram promulgadas a fim de complementar 
a Lei nº. 9.279/1996 e estimular a geração de patentes. São elas: 
  A Lei da Inovação Tecnológica — Lei nº. 10.973, de 2 de dezembro 
de 2004, que tem como principal objetivo estimular as parcerias entre 
instituições acadêmicas e o setor privado brasileiro. Com isso, espera-se 
estimular a inovação nas empresas, a criaç ã o de Nú cleos de Inovação 
Tecnológica nas universidades, estimular a criação de fundos de inves-
timentos para a inovação e gerar conhecimentos que se convertam em 
produtos tecnológicos comercializáveis no mercado.
  A Lei do Bem — Lei nº. 11.196, de 21 de novembro de 2005, que concede 
incentivos a todas as empresas que aplicam em pesquisa e desenvol-
vimento de inovação tecnológica (MUELLER; PERUCCHI, 2014).
O processo de registro e produção de patentes
Agora que você já sabe o que é uma patente, sua utilidade e vigência, é im-
portante entender como é feito o processo de registro da patente no INPI.
Sucintamente, os passos básicos são pesquisa de patente, pagamento da 
taxa, início do pedido e acompanhamento do pedido. Veja, a seguir, detalhes de 
cada passo do processo (MACEDO; BARBOSA, 2000; INSTITUTO..., 2018).
1. Pesquisa de patente: antes de começar o processo de deposito da patente, 
é preciso certificar-se de que o que se pretende patentear não foi protegido 
por terceiros. Esse passo é importante para avaliar se vale a pena entrar 
com o pedido. Só porque um produto nã o está à venda ou porque você 
nunca ouviu falar dele nã o significa que ele nã o exista — a maioria dos 
pedidos de patente nã o chega a ser comercializado. O INPI disponibiliza 
um guia para a pesquisa na sua base de dados e nas bases de dados in-
ternacionais. Se, ao final da busca, você concluir que sua ideia é inédita, 
ainda não protegida por terceiros, você pode continuar como processo.
Produção de patentes6
2. Pagamento: só se pode dar continuidade ao processo após o pagamento 
da Guia de Recolhimento da União (GRU). 
3. Pedido-apresentação de documentos e formulários: nessa etapa, é 
preciso reunir todos os documentos necessários: relatório descritivo com 
todo o conteúdo técnico da patente e comprovante de pagamento da 
GRU. No relatório descritivo, deve-se descrever o “estado da técnica”, 
mostrando quais soluções já existem para o problema e suas limitações. 
Ou seja, mostra-se como a invenção irá solucionar algum desses proble-
mas e como irá melhorar o que atualmente existe, deixando claro o seu 
perfil inovador. O próximo passo do relatório é descrever a invenção. 
Nessa parte, é preciso descrever detalhadamente a criação, incluindo 
tudo que a compõe, como peças, materiais, sequências (no caso de 
patentes biológicas), enfim, todos os detalhes necessários para que um 
técnico comum possa repetir a invenção. Quando se trata de invenções 
biotecnológicas, uma simples descrição da invenção não é suficiente 
para que se possa repeti-la, uma vez que essas invenções estão sujeitas 
a muitas variáveis biológicas. Nesse caso, deve-se descrever ao máximo 
as variáveis críticas à obtenção da repetitividade, apontando todas as 
etapas e os parâmetros que possam sofrer variações. A parte final do 
relatório é a parte de “Reivindicações”, na qual se pede, efetivamente, 
o que se deseja que seja protegido pela patente.
Entre as patentes biotecnológicas, podemos citar as construções gênicas que envolvem 
a técnica de DNA recombinante. Nesses casos, é importante que o relatório do pedido 
de patente contenha toda a sequência da molécula de DNA, assim como todas as 
informações relacionadas ao vetor comercial, como o nome do fabricante e o mapa 
de restrição do vetor. É essencial a descrição detalhada de todas as metodologias 
empregadas para que um especialista no assunto possa reproduzir a invenção.
4. Acompanhamento: é preciso fazer o acompanhamento do pedido da 
patente, pois, durante as etapas, poderão ser requeridos novos documentos. 
Após o depósito, a patente fica durante 18 meses em sigilo. Posteriormente, 
deve-se pedir o exame ao INPI. As anuidades deverão ser pagas a partir 
do 24º mês de depósito do pedido até o fim da vigência da patente.
7Produção de patentes
Ao final de todo o processo, caso o pedido seja aprovado pelos técnicos do 
INPI, o solicitante recebe a carta patente, que é o documento que formaliza a 
concessão dos direitos sobre a invenção. A concessão é feita a quem solicitou a 
patente, não necessariamente ao inventor — o detentor da patente tem direitos 
de propriedade sobre o conhecimento patenteado e pode cobrar de terceiros 
interessados em seu uso. 
Embora o Brasil responda por aproximadamente 3% das publicações cientí-
ficas mundiais, o país alcança apenas 0,2% da produção de patentes no mundo 
(patentes requeridas pelo sistema PCT – Tratado de Cooperação em Matéria 
de Patentes, que permite o pedido internacional de patentes) (AMERICAN..., 2016; 
WORLD..., 2018). Essa é uma porcentagem muito baixa, que se deve, em parte, à 
falta de estímulo e incentivo ao pesquisador. Nas universidades, por exemplo, faz 
poucos anos que se tem começado a estimular os pedidos de patentes. Até pouco 
tempo, muitos pesquisadores não sabiam nem o que se podia patentear. Somente 
há poucos anos o CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e 
Tecnológico) começou a pontuar as patentes na avaliação dos pesquisadores.
Fora do Brasil, a realidade é outra. Só nos Estados Unidos, no ano de 2017, 
foram registrados 56.624 pedidos de patente no PCT — no Brasil, houve 593 
pedidos (WORLD..., 2018). Essa realidade assusta e se deve, em grande parte, 
à demora do processo burocrático brasileiro para se conseguir uma patente. 
Muitas vezes, a espera pode levar de 10 a 12 anos — é a maior demora no 
mundo para patentes. A principal justificativa para esse atraso é a relação 
entre o número de pedidos anuais e a quantidade de técnicos analistas para 
avaliar os pedidos. Esse longo período de espera desestimula a inovação no 
país e dificulta a geração de empregos e riquezas (G1, 2017).
As patentes biotecnológicas
No ano de 2010, os negócios na área da Biotecnologia movimentaram quase 
US$ 160 bilhões na agricultura (JAMES, 2011) e sabe-se que a utilização de 
material humano, manipulação genética e técnicas avançadas de biologia 
molecular, especialmente na indústria farmacológica, atrai cada vez mais 
investimentos. Desse modo, a patente de invenção biotecnológica consolida-
-se em posição de destaque na economia internacional. 
A participação do Brasil no campo patenteável biotecnológico pode ser 
dividida em dois momentos: um anterior ao ano de 1996, em que a legislação 
brasileira de propriedade industrial não estabelecia proteção ao setor bio-
Produção de patentes8
tecnológico, e outro que corresponde ao período pós-1996, em que o Brasil 
começou a reconhecer essas patentes.
Após a Lei nº. 9.279/1996 (BRASIL, 1996), ficou estabelecido que o todo 
ou parte de seres vivos naturais e materiais biológicos encontrados na natu-
reza, ou dela isolados, não podem ser patenteados (Art. 10, inciso IX da Lei 
nº. 9.279/1996). Vemos, então, que, de acordo com a nossa legislação, produtos 
naturais extraídos de seres vivos, incluindo-se genes ou qualquer tipo de 
biomolécula, substâncias químicas isoladas de plantas, animais ou outro ser 
vivo natural não são patenteáveis no Brasil. O corpo humano, a fauna e a flora, 
bem como seu material genético, não são patenteáveis pelo simples fato de 
serem produtos da natureza, e não invenções humanas. Dentre os seres vivos, 
apenas os microorganismos transgênicos podem ser protegidos por patentes 
(Art. 18, inciso III da Lei nº. 9.279/1996). Isso quer dizer que, no Brasil, não 
é possível patentear plantas ou animais, mesmo transgênicos. Desse modo, no 
Brasil, os produtos e processos biotecnológicos que podem ser protegidos por 
patentes incluem: construções gênicas, proteínas recombinantes, processos de 
isolamento ou purificação de produtos, processos relacionados a alterações de 
plantas, processos de obtenção ou síntese de moléculas, moléculas sintéticas, 
entre outros (FIGUEIREDO; PENTEADO; MEDEIROS, 2006). Por exemplo, 
no Brasil, as vacinas podem ser patenteadas, de modo que já existem pedidos 
de patente no INPI para vacinas contra Zika vírus, câncer, helmintos, fungos, 
entre muitas outras doenças, incluindo o vírus da dengue.
O Instituto Butantan conseguiu patentear, nos Estados Unidos, o processo de produção 
da vacina contra a dengue. Essa patente permitirá que o Instituto possa exportar a 
tecnologia para o Hemisfério Norte. Confira no link a seguir.
https://goo.gl/ectobm
Os Estados Unidos são mais tolerantes em relação a patentes de produtos e 
processos biotecnológicos em comparação com o Brasil. Lá, é possível paten-
tear moléculas de DNA, aminoácidos e proteínas, desde que tenham passado 
por algum processo de interferência humana. Os norte-americanos também 
9Produção de patentes
permitem o patenteamento de plantas e animais (qualquer organismo vivo 
não natural, não humano, multicelular), incluindo organismos geneticamente 
modificados (FIGUEIREDO; PENTEADO; MEDEIROS, 2006).
Em 1988, os Estados Unidos concederam a primeira patente de um animal para a 
Universidade de Harvard. O rato geneticamente modificado, conhecido como onco-
mouse, foi criado para desenvolver cânceres, a fim de servir como modelo de estudo 
para a doença. Os Estados Unidos se tornaram o primeiro país do mundo a emitir uma 
patente para um animal (SCHNEIDER, 1988).
No Brasil, o número de depósitos de pedidos de patente relacionados a 
células-tronco vem crescendo a cada ano — e a maioria desses pedidos vem 
de empresas internacionais. Embora o país não permita o patenteamento de 
células, os processos para obtenção, modificação, combinações e composições 
farmacêuticas envolvendo a tecnologia de células-troncosão patenteáveis, 
desde que atendidos requisitos de novidade, atividade inventiva e aplicabilidade 
industrial e que se não contrarie as disposições legais (CARVALHO, 2015).
O patenteamento de seres vivos levanta questões éticas. Afinal, é aceitável 
o patenteamento do todo ou de partes de seres vivos? Deve ser permitida a 
apropriação da vida? 
Os que defendem a patente sobre organismos vivos argumentam que esses 
organismos são, na verdade, uma sequência de aminoácidos equiparáveis a 
um composto químico para o qual é permitida a patente. Porém, os que não 
concordam apresentam argumentos com base em princípios éticos, morais e 
religiosos, de modo que ainda não se chegou a um consenso a respeito dessas 
questões tão polêmicas (TOSCANO, 2015).
As empresas vêm intensificando muito a proteção de seus desenvolvi-
mentos biotecnológicos, não somente pelo imenso impacto científico que 
eles geram, mas também pelo potencial econômico dessas tecnologias. 
Quando o assunto é patente biotecnológica, muita polêmica pode ser gerada. 
Afinal de contas, material biológico pode ser patenteado? Genes podem ser 
patenteados? Um dos casos mais marcantes foi o patenteamento dos genes 
BRCA1 e BRCA2 por parte da empresa Myriad e da Universidade de Utah, 
nos Estados Unidos. A empresa Myriad Genetics identificou, sequenciou e 
isolou os genes BRCA1 e BRCA2, relacionados a câncer de mama e ovário. 
Produção de patentes10
A identificaç ã o e o isolamento desses genes renderam, em 1994, patente e 
licenç a exclusiva para a Myriad Genetics, que permitiu que outros laboratórios 
os utilizassem em seus testes diagnosticos, cobrando, no entanto, um preço 
elevado. Em 2005, a Europa negou a concessão da patente para a Myriad, 
argumentando falta de inventividade. As entidades européias de defesa da 
saúde pública alegavam que, se a patente fosse concedida, o preço do exame 
de diagnóstico de câncer subiria muito. Em 2010, um juiz federal dos Esta-
dos Unidos invalidou as patentes sobre o DNA isolado dos genes BRCA1 e 
BRCA2 e sobre os mé todos de comparaç ã o e aná lise das sequê ncias desses 
genes. As detentoras das patentes defenderam que o ato de isolar o DNA 
transforma a molé cula e a torna patenteá vel e que há precedentes, desde 1980, 
para permitir patentes sobre seres vivos, no todo ou em parte. A decisão 
final foi tomada em 2013, quando a patente foi finalmente invalidada, sob 
o argumento de que um segmento de DNA que ocorre naturalmente é um 
produto da natureza e não pode ser patenteado apenas porque foi isolado 
(AGÊNCIA ESTADO, 2013).
Esse não é o único caso do tipo na história. Em geral, produtos e processos 
biotecnológicos apresentam especificidades que dificultam a comprovação de 
sua característica patenteável. Por exemplo, é difícil caracterizar a novidade 
de inventos biotecnológicos, já que, muitas vezes, a biotecnologia envolve 
materiais vivos já existentes na natureza. Como no caso Myriad, a purificação 
de um gene ou microorganismo representa atividade inventiva do homem?
Além disso, como a biotecnologia está fortemente associada à ciência 
básica, os produtos gerados podem não apresentar utilidade industrial evi-
dente, mas sua proteção legal pode ser de interesse para o desenvolvimento 
de tecnologias. Outra questão é a repetibilidade das invenções biotecno-
lógicas. Em geral, a matéria viva sofre grande variabilidade devido à sua 
complexidade, estando à mercê de mutações, o que dificulta a completa 
descrição e publicação do invento biotecnológico. Diante disso, muitos 
países estão adaptando suas legislações para contemplar as especificidades 
de uma nova tecnologia que requer a revisão de conceitos tradicionais de 
descoberta e novidade. Entretanto, isso tem gerado dúvidas e incertezas, 
tornando o patenteamento nessa área mais incerto. Essas incertezas levam a 
polêmicas e disputas judiciais relacionadas com a dificuldade de caracterizar 
infrações, porque as especificidades da biotecnologia tornam a interpretação 
da lei mais polêmica e complexa. Esse processo de adaptação tem-se dado 
de forma diferenciada entre países, sendo alguns mais liberais, como os 
Estados Unidos e o Japão, e outros mais conservadores, como é o caso do 
Brasil (MELLO, 1998).
11Produção de patentes
AGÊNCIA ESTADO. EUA: Suprema Corte proíbe patenteamento de genes humanos. 
2013. Disponível em: <https://internacional.estadao.com.br/noticias/geral,eua-suprema-
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Produção de patentes12
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TOSCANO, B. Patenteabilidade dos micro-organismos transgênicos. 2015. Disponível em: 
<https://bstoscano90.jusbrasil.com.br/artigos/316166149/patenteabilidade-dos-micro-
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Review 2018: The International Patent System. Switzerland: WIPO, 2018. Disponível 
em: <http://www.wipo.int/edocs/pubdocs/en/wipo_pub_901_2018.pdf>. Acesso 
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Leituras recomendadas
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em: <https://jus.com.br/artigos/36939/licenca-compulsoria-de-medicamentos-para-
-hiv-aids>. Acesso em: 04 nov. 2018.
PENTEADO, M. I. O. Patentes em biotecnologia no Brasil. 2002. Disponível em: <http://
www.comciencia.br/dossies-1-72/reportagens/transgenicos/trans15.htm>. Acesso 
em: 04 nov. 2018.
SCHNEIDER, K. Harvard Gets Mouse Patent, A World First. 1988. Disponível em: <https://
www.nytimes.com/1988/04/13/us/harvard-gets-mouse-patent-a-world-first.html>. 
Acesso em: 04 nov. 2018.
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br/noticias/tecnologia/infograficos/patentes/>. Acesso em: 04 nov. 2018.
13Produção de patentes
Conteúdo:
Dica do professor
A patente é de suma importância para os inventores, pois garante a proteção de uma invenção. 
Sem as patentes os inventores precisariam manter as suas criações em sigilo.
Nesta Dica do Professor, você vai ver um panorama sobre a história das patentes, assim como o 
seu impacto na economia e na vida das pessoas.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/cee29914fad5b594d8f5918df1e801fd/c18ae206ccc9560a0c54ea2f7c96726c
Na prática
As patentes de segundo uso podem ser concedidas quando é descoberta uma nova aplicação para 
uma invenção já conhecida. Esse é o caso de muitos medicamentos que inicialmente eram 
utilizados para tratar uma doença, e depois passaram a ser usados no tratamento de outra 
enfermidade. As pesquisas para descobrir um segundo uso para moléculas já existentes são muito 
importantes, pois sem elas, provavelmente muitos dos medicamentos hoje existentes para 
combater doenças não estariam disponíveis para a população. Entretanto, esses produtos podem 
realmente ser considerados uma invenção com perfil inovador?
Neste Na Prática, você vai ver como é a concessão de patentes de segundo uso no Brasil.
Aponte a câmera para o 
código e acesse o link do 
conteúdo ou clique no 
código para acessar.
https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/006dff03-8e29-4df8-9d0f-43190af42742/4cf3ca77-4d5f-445f-9a8f-f44f3ef2eb75.png
Saiba +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:
Em guerra bilionária, farmacêutica tenta barrar genérico contra 
hepatite C
Veja no link a seguir, mais um capítulo sobre a guerra de patentes que envolve empresas 
farmacêuticas, detentoras do monopólio de diversos medicamentos, e o governo de países que 
precisam adquirir esses medicamentos por preços abusivos, a fim de fornecê-los à população 
doente.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
Guerra de patentes
No link a seguir, você vai poder conferir como se desenrolou a briga entre pesquisadores norte-
americanos pelos direitos de explorar a ferramenta de edição de genes CRISPR-Cas9 na justiça 
americana.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
STJ permite quebra de patente de remédio que custou R$ 613 
mil ao SUS em 2016
Veja a seguir a quebra de patente de um medicamento para doença rara do sistema sanguíneo, a 
qual permitirá ao Brasil produzir a versão genérica do remédio por um preço muito mais acessível.
https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2018/09/em-guerra-bilionaria-farmaceutica-tenta-barrar-generico-contra-hepatite-c.shtml
http://revistapesquisa.fapesp.br/2018/07/19/guerra-de-patentes
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
https://noticias.uol.com.br/saude/ultimas-noticias/reuters/2018/04/19/stj-permite-quebra-de-patente-de-remedio-que-custou-r-613-mi-ao-sus-em-2016.htm

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