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SISTEMA DE ENSINO
DIREITO PENAL 
MILITAR
Crimes Contra o Patrimônio no CPM
Livro Eletrônico
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Crimes Contra o Patrimônio no CPM
DIREITO PENAL MILITAR
Douglas Vargas
Sumário
Introdução ........................................................................................................................................ 3
Considerações Iniciais ................................................................................................................... 4
Capítulo II: Do Roubo e da Extorsão ...........................................................................................13
Roubo Simples, Roubo Qualificado e Latrocínio .....................................................................13
Capítulo II, parte 2: Da Extorsão .................................................................................................16
Extorsão e Formas Qualificadas .................................................................................................16
Extorsão Mediante Sequestro ..................................................................................................... 17
Chantagem ......................................................................................................................................19
Capítulo III: Da Apropriação Indébita ........................................................................................20
Capítulo IV: Do Estelionato ......................................................................................................... 22
Capítulo VII: Do Dano .................................................................................................................... 25
Dos Demais Delitos ....................................................................................................................... 29
Anexos ..............................................................................................................................................31
Questões de Concurso .................................................................................................................38
Gabarito ...........................................................................................................................................43
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Crimes Contra o Patrimônio no CPM
DIREITO PENAL MILITAR
Douglas Vargas
Introdução
Saudações, futuro(a) servidor(a)!!
Nesta aula iremos estudar os crimes contra o patrimônio previstos no Código Penal Militar 
(arts. 240 a 267 do CPM). 
Neste momento, iremos mudar um pouco a abordagem utilizada nas demais aulas por uma 
questão estratégica. Os crimes previstos nas aulas anteriores, em sua maioria propriamente 
militares (praticados por militares e voltados especificamente para a realidade militar) são 
usualmente mais cobrados do que os crimes da presente aula (os quais são majoritariamente 
classificados como impropriamente militares).
Assim sendo, nossa abordagem será ligeiramente diferente:
1) Iremos apresentar os delitos mais cobrados e mais importantes dentro de cada capítu-
lo do título em estudo;
2) Iremos apresentar, ao longo do estudo, questões anteriores sobre o tema;
3) Não iremos comentar todos os crimes, um a um, como fizemos nas demais aulas. Para 
alguns crimes, nos limitaremos apenas à leitura do texto do CPM.
Fazendo uma análise estatística de concursos em todo o país, incluindo seleções das pró-
prias forças armadas e concursos em geral, os assuntos de destaque (os quais receberão tra-
tamento mais aprofundado na aula de hoje) se consubstanciam na figura dos seguintes delitos:
Furto e todas as suas 
modalidades
Roubo e todas as suas 
modalidades
Extorsão e todas as suas 
modalidades
Dano e todas as suas 
modalidades
Apropriação indébita e 
todas as suas 
modalidades
Estelionato e todas as 
suas modalidades
Os demais delitos (como usura e usurpação, por exemplo) não serão abordados de forma 
aprofundada em razão de sua menor incidência em provas, o que não dispensa, é claro, a leitura 
INTEGRAL do texto legal relacionado aos referidos crimes.
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Crimes Contra o Patrimônio no CPM
DIREITO PENAL MILITAR
Douglas Vargas
Assim sendo, reduziremos muito o tempo que você precisa para passar pelo conteúdo, 
limitando o estudo de alguns dos crimes tão somente à leitura do texto legal, a qual se faz su-
ficiente para a resolução da esmagadora maioria das questões da disciplina.
Nas demais aulas, sempre fizemos a abordagem, item por item, crime por crime, pois a 
possibilidade de cobrança de nuances é maior. Mas na presente aula, a objetividade irá reger o 
nosso trabalho de uma forma mais intensa, e nos orientaremos muito mais pelas estatísticas 
de questões anteriores. Você notará, ao final da aula, que é capaz de resolver todos os exercí-
cios propostos.
Dito isso, espero que compreendam a diferença de tom entre a aula que está em suas mãos 
e as demais aulas do curso. Lembrando sempre que nosso objetivo principal sempre será o de 
apresentar o conteúdo da forma mais eficaz para fins de resolução de questões, ainda que isso 
signifique uma abordagem mais literal da disciplina.
Bons estudos!
Sumário
CAPÍTULO I
DO FURTO
ConsIderações InICIaIs
Em primeiro lugar, é preciso relembrar que, assim como ocorre com os demais crimes pre-
vistos no CPM que apresentam previsões idênticas na legislação penal comum, a chave para 
determinar a aplicação da norma militar está no art. 9º do CPM, o qual define em quais casos 
aplicar-se-á a lei militar.
Assim sendo, é através da aplicação do art. 9º do CPM que conseguiremos verificar se 
um determinado caso concreto ou situação hipotética se enquadra no art. 155 do CP (crime 
comum de furto) ou no art. 240 do CPM (crime militar de furto simples).
Brevemente, vamos relembrar algumas questões simples, inerente ao estudo da parte ge-
ral, que facilitará sobremaneira a compreensão da presenta aula:
Qual é a utilidade de dois Códigos Penais diferentes, quando ambos inclusive apresentam 
artigos IDÊNTICOS?
Conforme já explicitamos, é possível notar claramente que 155 do Código Penal e 240 do 
Código Penal Militar apresentam o mesmo comportamento básico: Subtrair coisa alheia móvel.
Então quando um indivíduo subtrai coisa alheia móvel, qual vai ser o ponto chave para 
diferenciar se foi um furto comum ou um crime militar de furto?
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Crimes Contra o Patrimônio no CPM
DIREITO PENAL MILITAR
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Resposta: o ponto que permite diferenciar ambos os delitos está no bem jurídico que foi 
atingido pela conduta!
Pode-se dizer que crime militar é aquela conduta que, direta ou indiretamente, ATENTA CONTRA 
OS BENS E INTERESSES JURÍDICOS DAS INSTITUIÇÕES MILITARES, qualquer que seja o agente.
Direito Penal Militar: Marcelo Uzeda de Faria - 4ª Edição. 
Com base nesse conceito, temos o seguinte:
•O autor de homicídio irá atentar contra um bem jurídico 
tutelado pelo Direito Penal comum (patrimônio) e irá 
praticar um crimecomum, previsto no Código Penal.
Regra geral
•Dependendo da situação, outros bens jurídicos de 
natureza militar e tutelados pelo Direito Penal Militar 
podem ser atingidos pela conduta do agente 
(extrapolando assim o dano ao patrimônio).
•Quando isso acontece, estamos diante de crime militar. 
Entretanto...
Vamos comparar alguns exemplos de bens jurídicos tutelados por ambos os Códigos:
Direito Penal
Vida
Honra
Patrimônio
Direito Penal Militar
Instituições Militares
Disciplina e Hierarquia
Condição de Militar
Dependendo das circunstâncias uma mesma conduta pode atingir bens jurídicos diferen-
tes – ensejando a aplicação de uma norma ou de outra.
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Crimes Contra o Patrimônio no CPM
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Pontos-chaves até o momento:
Existem artigos 
idênticos e condutas 
aparentemente iguais 
tanto no CPM quanto 
no CP.
Os bens jurídicos 
tutelados é que irão 
variar entre cada esfera 
do Direito Penal
Crime militar não é 
exclusividade de 
militar!
Relembrando a Classificação dos Crimes Militares
Os crimes militares, assim como os crimes comuns, recebem alguns tipos de classifi-
cações. A mais importante para fins de concursos públicos é bastante simples, e está des-
crita abaixo:
Crimes propriamente militares
(Crimes militares próprios)
Crimes impropriamente
militares
(Crimes militares impróprios)
A diferença entre ambos é a seguinte:
Crime MILITAR próprio
É aquele que está previsto APENAS NO 
CPM.
A conduta não está prevista em outra 
lei ou no Código Penal.
Exemplo: Omissão de Eficiência da 
Força (Art. 198 do CPM).
Em regra, só pode ser praticado por 
militares.
Crime MILITAR 
impróprio
É aquele que TAMBÉM está previsto 
no CPM.
Ou seja: Está previsto TANTO NO CPM 
quanto no CP ou em outras leis.
Exemplo: Homicídio (Art. 205 do CPM).
Também está previsto no CP!
Pode ser praticado por civis e militares.
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Crimes Contra o Patrimônio no CPM
DIREITO PENAL MILITAR
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Resumindo:
Crime militar
Crime Propriamente Militar
Está previsto apenas no 
CPM
Crime Impropriamente 
Militar
Está previsto no CPM e em 
outra legislação penal. 
Está previsto no CPM ou
em Legislação Penal 
Especial. 
Nessa aula, não iremos focar na referida diferenciação, algo que deve ser objeto de estu-
dos no tópico “crimes militares e competência da Justiça Militar”, mas tão somente na apre-
sentação das características dos crimes militares propriamente ditos.
Ótimo. Uma vez que relembramos esses conceitos gerais, podemos iniciar a abordagem 
dos crimes em espécie, objeto principal do estudo de hoje.
Art. 240 – Furto e seus parágrafos
Furto simples
Art. 240. Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel:
Pena – reclusão, até seis anos.
Crime impropriamente militar e que pode ser praticado por qualquer pessoa, a previsão 
típica do art. 240 do CPM é semelhante à previsão do art. 155 do CP, considerando crime a 
conduta daquele que subtrai, para si ou para terceiro, coisa alheia móvel.
Furto atenuado
§ 1º Se o agente é primário e é de pequeno valor a coisa furtada, o juiz pode substituir a pena de 
reclusão pela de detenção, diminuí-la de um a dois terços, ou considerar a infração como disciplinar. 
Entende-se pequeno o valor que não exceda a um décimo da quantia mensal do mais alto salário-
-mínimo do país.
A previsão do §1º, semelhante ao que ocorre no Código Penal, apresenta a figura que a 
doutrina chama de furto privilegiado, em que pese sua previsão sobre a possibilidade de dimi-
nuição de um a dois terços uma causa de diminuição de pena.
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É preciso, aqui, ressaltar para a diferença do furto de pequena monta para o furto de baga-
tela, no qual aplica-se o chamado princípio da insignificância, o qual tem o poder de descarac-
terizar o crime através da ausência de tipicidade material da conduta.
São requisitos do “furto atenuado” segundo o CPM:
§1º: Minoração facultativa da pena
Agente primário +
Pequeno valor (não maior do que o 1/10 
do maior salário mínimo do país)
Obs.: À época da edição da norma, o 
salário-mínimo ainda não era unificado 
nacionalmente, eis o uso da expressão 
"o maior".
§ 2º A atenuação do parágrafo anterior é igualmente aplicável no caso em que o criminoso, sendo 
primário, restitui a coisa ao seu dono ou repara o dano causado, antes de instaurada a ação penal.
Seguindo em nossa leitura, temos o §2º, o qual apresenta a aplicabilidade da norma espe-
cífica do §1º aos casos em que o criminoso, primário, restitui a coisa a seu dono ou repara o 
dano causado antes da instauração da ação penal.
Note que a previsão específica do §2º se parece muito com o arrependimento posterior 
previsto no Código Penal, mas que com ela não se confunde.
Energia de valor econômico
§ 3º Equipara-se à coisa móvel a energia elétrica ou qualquer outra que tenha valor econômico.
Assim como ocorre no Código Penal, o CPM prevê a equiparação da energia elétrica ou 
qualquer outra que tenha valor econômico à coisa móvel.
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Furto qualificado
4º Se o furto é praticado durante a noite:
Pena – reclusão, de dois a oito anos.
§ 5º Se a coisa furtada pertence à Fazenda Nacional:
Pena – reclusão, de dois a seis anos.
§ 6º Se o furto é praticado:
I – com destruição ou rompimento de obstáculo à subtração da coisa;
II – com abuso de confiança ou mediante fraude, escalada ou destreza;
III – com emprego de chave falsa;
IV – mediante concurso de duas ou mais pessoas:
Pena – reclusão, de três a dez anos.
§ 7º Aos casos previstos nos §§ 4º e 5º são aplicáveis as atenuações a que se referem os §§ 1º e 
2º. Aos previstos no § 6º é aplicável a atenuação referida no § 2º.
Entre os parágrafos 4º e 7º, temos as previsões sobre o furto qualificado específicas para 
o CPM, as quais merecem ser esquematizadas para facilitar a memorização:
Q
ua
lif
ic
ad
or
as
furto praticado durante a noite 2 a 8
Se a coisa furtada pertence à 
Fazenda Nacional 2 a 6
com destruição ou rompimento de 
obstáculo à subtração da coisa 3 a 10
com abuso de confiança ou 
mediante fraude, escalada ou 
destreza
3 a 10
com emprego de chave falsa 3 a 10
mediante concurso de duas ou mais 
pessoas 3 a 10
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Cabe ressaltar, ainda, que o §7º que as atenuações dos §1º e 2º se aplicam às qualifica-
doras dos §4º e 5º, e que aos casos do §6º, aplica-se apenas a atenuação do §2º. Esquemati-
zando, temos o seguinte:
Atenuantes
§1º E §2º
Caput 
(Furto simples)
§4º
(Furto noturno)
§5º
(Furto vs Fazenda 
Nacional)
APENAS §2º
§6º
(todos os incisos)
É muito importante atentar para as previsões acima, usualmente cobradas em sua literali-
dade na elaboração de questões sobre o delito. Vejamos um exemplo:
001. (2013/CESPE/STM JUIZ-AUDITOR) À luz do CPM, assinale a opção correta com relação 
ao crime de furto.
a) A agravante decorrente do furto perpetrado no período noturno não se encontra prevista de 
forma expressa no CPM. O escopo de legislador na norma penal comum foi proteger a casa 
onde repousa o indivíduo, não se aplicando, portanto, tal agravante à pena pelo furto de patri-
mônio sob a administração militar.
b) De acordo com preceito expresso do CPM, o furto praticado contra o patrimônio da fazenda 
nacional é sempre qualificado, o que não afasta, por si só, a possibilidade de incidência do pri-
vilégio em razão do pequeno valor da coisa subtraída e o arrependimento posterior consistente 
na reparação do dano ou restituição do bem.
c) Ao furto qualificado pela destruição ou rompimento de obstáculo à subtração da coisa, ou 
com abuso de confiança, mediante emprego de chave falsa ou por concurso de duas ou mais 
pessoas não se aplicam a atenuante do pequeno valor da coisa e a causa de diminuição de 
pena pela restituição do bem, pois há maior desvalor da ação.
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d) No sentenciamento do agente que tiver praticado crime de furto, se o valor do bem não ex-
ceder ao décuplo do valor do salário-mínimo vigente no país, o juiz poderá diminuir a pena de 
um a dois terços, podendo, ainda, deixar de aplicar a pena e conceder o perdão judicial, consi-
derando o fato apenas como infração disciplinar.
e) Em relação ao crime de furto, o CPM admite que incida o arrependimento posterior, com a 
substituição da pena de reclusão pela de detenção ou a sua diminuição de um a dois terços, 
ou, ainda, que se considere a infração como disciplinar, desde que o agente seja primário e, an-
tes de instaurada a ação penal, restitua a coisa ao seu dono ou repare o dano causado. Nesse 
caso, para a incidência da causa de diminuição de pena pela reparação ou restituição do bem, 
não se levará em consideração o valor do bem subtraído, sendo admitida, de forma diversa 
do CP, a extensão desse benefício ao coautor e ao partícipe, por se tratar de circunstância de 
natureza objetiva.
Questão extensa, cansativa, mas possível de resolver tão somente com base no texto do 
CPM. Vejamos:
a) Errada, pois existe tratamento específico para o furto praticado durante período noturno 
também no CPM.
b) Certa. Conforme estudamos, as previsões dos parágrafos 1º e 2º se aplicam à referida mo-
dalidade de furto qualificado.
c) Errada. A referida modalidade admite apenas a previsão do §2º.
d) Errada. Não se trata de décuplo (10x) o salário, mas de 1/10.
e) Errada. Na verdade, não se trata de caso de aplicação de arrependimento posterior, mas de 
atenuante específica do CPM.
Letra b.
Art. 241 – Furto de Uso
Furto de uso
Art. 241. Se a coisa é subtraída para o fim de uso momentâneo e, a seguir, vem a ser imediatamente 
restituída ou reposta no lugar onde se achava:
Pena – detenção, até seis meses.
Parágrafo único. A pena é aumentada de metade, se a coisa usada é veículo motorizado; e de um 
terço, se é animal de sela ou de tiro. 
Quase toda bibliografia do Direito Penal comum costuma fazer referência ao fato de que 
não existe tipicidade para o furto de uso no Direito Penal comum.
Assim sendo, aquele que subtrai a coisa para uso momentâneo e a devolve, no âmbito do 
Código Penal, não pratica o fato típico de furto, segundo o entendimento majoritário.
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DIREITO PENAL MILITAR
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No entanto, conforme temos ressaltado ao longo de todo o curso, o Direito Penal Militar, 
como braço especial do Direito Penal, possui maior rigor em alguns aspectos, em razão da 
tutela da hierarquia e da disciplina, as quais apresentam um pouco mais de rigor em relação a 
determinadas condutas.
O art. 214 consiste, nesse sentido, um exemplo desse maior rigor, tipificando expressa-
mente a figura do furto de uso, crime este que possui alguns requisitos específicos:
1) Finalidade de uso momentâneo;
2) Imediata restituição da coisa à vítima;
3) Devolução no lugar onde se encontrava, em perfeito estado.
Existem alguns julgados no STM no sentido de que o consentimento do ofendido é causa 
de exclusão da antijuridicidade da conduta do furto de uso, afastando-se assim a existência do 
crime em estudo.
Ademais, cabe ressaltar que existe posição na doutrina de que o delito em questão não 
admite a tentativa.
Por fim, ressalte-se para a inteligência do parágrafo único, a qual prevê aumento de pena 
da metade caso a coisa furtada para uso seja veículo motorizado, e de 1/3, se é animal de sela 
ou de tiro.
Vejamos, inclusive, uma questão sobre o tema:
002. (2018/CESPE/STM/ANALISTA JUDICIÁRIO) A respeito dos crimes militares em tempo 
de paz, julgue o item subsequente.
Situação hipotética: Um militar que servia em determinado quartel verificou que o veículo de 
outro militar estava estacionado na unidade com a porta destrancada e com a chave na igni-
ção. Sem autorização, ausentou-se do aquartelamento com o carro e, ao final do dia, retornou 
e devolveu as chaves ao proprietário, que já tinha comunicado ao comandante da organização 
o suposto furto. Assertiva: Nessa situação, o fato narrado configuraria furto de uso, mas este 
é considerado atípico pelo Código Penal Militar.
Conforme estudamos, existe sim o delito de furto de uso no CPM. Inclusive, o caso narrado 
terá, de fato, a aplicabilidade da causa de aumento de pena em razão da conduta ter sido per-
petrada em relação a um veículo automotor.
Errado.
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DIREITO PENAL MILITAR
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Capítulo II: do roubo e da extorsão
roubo sImples, roubo QualIfICado e latroCínIo
Roubo simples
Art. 242. Subtrair coisa alheia móvel, para si ou para outrem, mediante emprego ou ameaça de 
emprego de violência contra pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer modo, reduzido à impossi-
bilidade de resistência:
Pena – reclusão, de quatro a quinze anos.
§ 1º Na mesma pena incorre quem, em seguida à subtração da coisa, emprega ou ameaça empregar 
violência contra pessoa, a fim de assegurar a impunidade do crime ou a detenção da coisa para si 
ou para outrem.
Roubo qualificado
§ 2º A pena aumenta-se de um terço até metade:
I – se a violência ou ameaça é exercida com emprego de arma;
II – se há concurso de duas ou maispessoas;
III – se a vítima está em serviço de transporte de valores, e o agente conhece tal circunstância;
IV – se a vítima está em serviço de natureza militar;
V – se é dolosamente causada lesão grave;
VI – se resulta morte e as circunstâncias evidenciam que o agente não quis esse resultado, nem 
assumiu o risco de produzi-lo.
Latrocínio
§ 3º Se, para praticar o roubo, ou assegurar a impunidade do crime, ou a detenção da coisa, o agente 
ocasiona dolosamente a morte de alguém, a pena será de reclusão, de quinze a trinta anos, sendo 
irrelevante se a lesão patrimonial deixa de consumar-se. Se há mais de uma vítima dessa violência 
à pessoa, aplica-se o disposto no art. 79.
Crime que pode ser praticado por qualquer pessoa, o roubo se diferencia do furto, de forma 
geral, em razão de sua subtração exigir violência ou grave ameaça, ou a redução da capacidade 
de resistência da vítima por outro meio.
O roubo não possui forma culposa e tampouco admite a modalidade roubo de uso.
É preciso ainda compreender a diferença do roubo próprio, previsto no caput, e a forma 
classificada como roubo impróprio, prevista no §1º:
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DIREITO PENAL MILITAR
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• Forma autêntica do delito. Violência ou grave 
ameaça são utilizadas para retirar os bens da vítima.
Roubo próprio (caput)
• Indivíduo consegue subtrair a coisa mas precisa 
aplicar a violência ou grave ameaça, já com o bem 
em mãos, para assegurar a detenção definitiva da 
coisa (ou a impunidade do delito).
Roubo impróprio (§1º)
Ademais, é preciso memorizar dois pontos importantes: as hipóteses de roubo qualificado 
prevista no §2º (as quais, apesar do nome utilizado pelo legislador, são causas de aumento 
de pena segundo a doutrina), e a hipótese de latrocínio prevista no §3º (a qual efetivamente 
constitui qualificadora do delito):
Ro
ub
o
§2º
emprego de arma
2 ou + pessoas
vítima a serviço de 
transporte de valores
c / lesão grave dolosa
vítima em serviço de 
natureza militar
com resultado morte, 
na forma culposa.
§3º latrocínio com resultado morte, na forma dolosa.
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Note, caro(a) leitor(a), que o CPM fez tratamento diferenciado do roubo com resultado mor-
te preterdoloso (com culpa na morte) e do roubo com resultado morte no qual a morte também 
é causada dolosamente (diferentemente do que o fez o legislador no Código Penal comum).
Note, ainda, que diferentemente do que ocorre no CP, o termo latrocínio, no CPM, é nomen 
juris (denominação legal) aplicado apenas à forma do roubo seguido de morte no qual há dolo 
na morte da vítima.
Vejamos uma questão sobre o assunto:
003. (2019/PM-MG/PM-MG/ASPIRANTE) Em relação ao crime de roubo, previsto no art. 242 
do Código Penal Militar, nas assertivas abaixo, marque “V” se for verdadeira ou “F” se for falsa.
(  )	� Roubo impróprio ocorre quando o autor subtrai a coisa alheia móvel, para si ou para ou-
trem, mediante emprego ou ameaça de emprego de violência contra pessoa, ou depois 
de havê-la, por qualquer modo, reduzido à impossibilidade de resistência.
(  )	� Roubo próprio ocorre quando o autor, em seguida à subtração da coisa, emprega ou 
ameaça empregar violência contra pessoa, a fim de assegurar a impunidade do crime 
ou a detenção da coisa para si ou para outrem.
(  )	� Roubo qualificado ocorre quando a violência ou ameaça é exercida com emprego de 
arma de fogo, se há concurso de três ou mais pessoas; se a vítima está em serviço de 
vigilância; se a vítima está em serviço; se é dolosamente causada lesão leve; e se re-
sulta lesão grave e as circunstâncias evidenciam que o agente não quis esse resultado, 
nem assumiu o risco de produzi-lo.
(  )	� Latrocínio ocorre se o autor, para praticar o roubo, ou assegurar a impunidade do crime, 
ou a detenção da coisa, ocasiona dolosamente a morte de alguém, sendo irrelevante se 
a lesão patrimonial deixa de consumar-se.
Marque a alternativa que contém a sequência de respostas CORRETA, na ordem de cima 
para baixo.
a) F, V, F, F.
b) V, F, F, F.
c) F, F, F, V.
d) F, F, V, V.
Conforme temos observado ao longo de todo o curso, a esmagadora maioria das questões 
limita-se a alterar o texto legal do CPM para invalidar itens. Nesse sentido, a questão acima 
requer apenas que você se lembre dos conceitos de roubo próprio e impróprio, bem como da 
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literalidade do artigo sobre o roubo e seus respectivos parágrafos. Temos a primeira e segunda 
assertivas invalidadas haja vista que os conceitos de roubo próprio e impróprio foram inverti-
dos. O terceiro item encontra-se também invalidado ao afirmar que o roubo qualificado ocorre 
com o concurso de três ou mais pessoas (na verdade, a forma exige o mínimo de dois auto-
res). Note, ainda, que o examinador adotou a mesma nomenclatura do CPM (tratando o §2º 
como roubo qualificado, apesar de sua natureza de majorante). Por fim, a última afirmação 
está correta, haja vista transcrever a literalidade do §3º.
Letra c.
Capítulo II, parte 2: da extorsão
extorsão e formas QualIfICadas
Extorsão simples
Art. 243. Obter para si ou para outrem indevida vantagem econômica, constrangendo alguém, me-
diante violência ou grave ameaça:
a) a praticar ou tolerar que se pratique ato lesivo do seu patrimônio, ou de terceiro;
b) a omitir ato de interesse do seu patrimônio, ou de terceiro:
Pena – reclusão, de quatro a quinze anos.
Formas qualificadas
§ 1º Aplica-se à extorsão o disposto no § 2º do art. 242.
§ 2º Aplica-se à extorsão, praticada mediante violência, o disposto no § 3º do art. 242.
Seguindo em nosso estudo, é preciso ingressar na análise de todas as formas de extor-
são apresentadas pelo CPM, as quais possuem algumas peculiaridades em relação ao Código 
Penal comum.
Em primeiro lugar, lembre-se que a diferença básica entre qualquer modalidade de extorsão 
e o delito de roubo resta no fato de que a extorsão requer um comportamento da vítima para 
que o autor tenha êxito na obtenção da vantagem. No roubo, por outro lado, o comportamento 
da vítima é dispensável (prescindível).
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Extorsão
Vantagem econômica indevida
O autor obriga a vítima a 
entregar a coisa
Depende de comportamento 
da vítima
Vantagem após a grave 
ameaça.
Roubo
Coisa alheia móvel
O autor subtrai a coisa
Independe do comportamento 
da vítima 
Coisa é subtraída no momento 
da grave ameaça (em regra).
É preciso destacar, nesse sentido, que a extorsão prevista noart. 243 pode ser praticada 
por qualquer pessoa, e que parte da doutrina se posiciona no sentido de que, diferentemente 
do que ocorre no Código Penal comum, estamos diante de crime material, e não formal, que se 
consuma com a obtenção da vantagem.
Note que as causas de aumento (§2º) e a forma qualificada (§3º) do delito de roubo se apli-
cam, por previsão expressa, à extorsão.
extorsão medIante seQuestro
Extorsão mediante sequestro
Art. 244. Extorquir ou tentar extorquir para si ou para outrem, mediante sequestro de pessoa, inde-
vida vantagem econômica:
Pena – reclusão, de seis a quinze anos.
Formas qualificadas
§ 1º Se o sequestro dura mais de vinte e quatro horas, ou se o sequestrado é menor de dezesseis ou 
maior de sessenta anos, ou se o crime é cometido por mais de duas pessoas, a pena é de reclusão 
de oito a vinte anos.
§ 2º Se à pessoa sequestrada, em razão de maus tratos ou da natureza do sequestro, resulta grave 
sofrimento físico ou moral, a pena de reclusão é aumentada de um terço.
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§ 3º Se o agente vem a empregar violência contra a pessoa sequestrada, aplicam-se, corresponden-
temente, as disposições do art. 242, § 2º, ns. V e VI,e § 3º.
Diferente da extorsão mediante sequestro prevista no art. 159 do CP, o art. 244 do CPM não 
utiliza o verbo sequestrar, mas o verbo extorquir, através do sequestro de pessoa.
Para a doutrina, em que pese tal redação impactar em algumas peculiaridades (como por 
exemplo, a classificação do delito como crime de atentado, haja vista a utilização da expres-
são “extorquir ou tentar extorquir”, não há tanto impacto prático, pois ambas as figuras possi-
bilitam a responsabilização do agente de forma adequada.
Novamente temos alguns casos de formas qualificadoras e de aplicação das normas rela-
cionadas ao roubo, hipóteses essas que merecem ser esquematizadas abaixo:
Extorsão mediante 
sequestro
Simples 6 a 15 anos
Qualificada
+ de duas pessoas
+ de 24h
Vítima > 60 ou < 16Causa de aumento de pena (1/3)
Aplicam-se as disposições 
do 242 caso houver 
violência contra a pessoa E:
houver lesão grave (§2º, V)
resultado morte culposo 
(§2º, VI)
latrocínio (§3º)
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Chantagem
Chantagem
Art. 245. Obter ou tentar obter de alguém, para si ou para outrem, indevida vantagem econômica, 
mediante a ameaça de revelar fato, cuja divulgação pode lesar a sua reputação ou de pessoa que 
lhe seja particularmente cara:
Pena – reclusão, de três a dez anos.
Parágrafo único. Se a ameaça é de divulgação pela imprensa, radiodifusão ou televisão, a pena é 
agravada.
Inexistente na legislação penal comum, o delito de chantagem consiste na conduta daquele 
que obtém (ou tenta obter) de alguém, para si ou para outrem, vantagem indevida ameaçando 
revelar fato cuja divulgação possa lesar a reputação da vítima ou de pessoa que é importante 
para esta.
Note que, na esfera penal comum, tal conduta poderia, em tese, ser enquadrada como hipó-
tese de extorsão, mas recebe tratamento especial no CPM, com tipo penal específico.
Trata-se de crime de atentado, que possui apenas a forma dolosa, e ao qual há agravação 
da pena caso o meio de divulgação por imprensa, radiodifusão ou TV. Segundo a doutrina, tal 
previsão inclui o uso de internet.
Extorsão Indireta
Extorsão indireta
Art. 246. Obter de alguém, como garantia de dívida, abusando de sua premente necessidade, docu-
mento que pode dar causa a procedimento penal contra o devedor ou contra terceiro:
Pena – reclusão, até três anos.
Por fim temos a chamada extorsão indireta, cujo sujeito ativo é um credor de uma dívida, 
que obtém documento que pode potencialmente prejudicar a vítima dando causa a procedi-
mento penal contra si ou contra terceiro.
O exemplo que nos é apresentado pela bibliografia, é o do indivíduo que obtém, de alguém 
em premente necessidade, um cheque sem provisão de fundos, o qual poderá ser utilizado 
contra a vítima em um momento posterior. 
Aumento de Pena (para Todo o Capítulo)
Aumento de pena
Art. 247. Nos crimes previstos neste capítulo, a pena é agravada, se a violência é contra superior, ou 
militar de serviço.
Por fim, cabe ressaltar que o art. 247 apresenta a possibilidade de agravação da pena caso 
a violência seja praticada contra superior ou militar de serviço, para todos os crimes previstos 
no capítulo em estudo.
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Capítulo III: da aproprIação IndébIta
Apropriação indébita simples
Art. 248. Apropriar-se de coisa alheia móvel, de que tem a posse ou detenção:
Pena – reclusão, até seis anos.
Agravação de pena
Parágrafo único. A pena é agravada, se o valor da coisa excede vinte vezes o maior salário-mínimo, 
ou se o agente recebeu a coisa:
I – em depósito necessário;
II – em razão de ofício, emprego ou profissão.
Apropriação de coisa havida acidentalmente
Art. 249. Apropriar-se alguém de coisa alheia vinda ao seu poder por erro, caso fortuito ou força da 
natureza:
Pena – detenção, até um ano.
Apropriação de coisa achada
Parágrafo único. Na mesma pena incorre quem acha coisa alheia perdida e dela se apropria, total ou 
parcialmente, deixando de restitui-la ao dono ou legítimo possuidor, ou de entregá-la à autoridade 
competente, dentro do prazo de quinze dias.
Art. 250. Nos crimes previstos neste capítulo, aplica-se o disposto nos §§ 1º e 2º do art. 240.
A figura da apropriação indébita é de compreensão relativamente mais simples. Apropriar-
-se significa apossar-se, tomar como sua, coisa pertencente a terceiro.
Note que a diferença principal entre o furto e a apropriação indébita está no fato de que 
aquele que furta não tem a posse ou a detenção da coisa. A coisa, portanto, não está sob seu 
poder (eis o uso do verbo subtrair na figura típica do furto).
Por outro lado, no que diz respeito a apropriação indébita, em sua figura básica, o indivíduo 
detém ou tem a posse do bem, de forma legítima, mas muda sua intenção e passa a se com-
portar como se fosse o proprietário da coisa.
O delito possui apenas a forma dolosa, e possui circunstância específica para agravação 
da pena se a coisa excede 20 vezes o valor do maior salário-mínimo (atualmente, o valor do 
salário-mínimo vigente no país, haja vista que conforme já observamos, o salário-mínimo foi 
nacionalmente unificado tempos após a edição do CPM).
Tal circunstância se aplica também aos casos em que:
1) O indivíduo recebeu a coisa em depósito necessário;
2) O indivíduo recebeu a coisa em razão de ofício, emprego ou profissão.
Em seguida, sob a tutela do art. 249, temos a ocasião em que o indivíduo se apropria de 
coisa alheia vinda ao seu poder por erro, caso fortuito ou força da natureza. Nesse caso, a coi-
sa vem ao poder do autor não porque o proprietário desta lhe confiou a posse ou detenção, 
mas por erro.
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O exemplo apresentado pela doutrina é a conduta daquele que é interpelado por um entregador 
de correspondência, o qual acredita estar entregando a coisa real ao destinatário, e nada diz, 
apropriando-se da coisa que, por erro, lhe é confiada.
Por fim, temos ainda que tomar nota do parágrafo único do art. 249, conduta que recebe o 
rótulo de apropriação de coisa achada, a qual se configura quando o indivíduo se apropria de 
coisa perdida.
É preciso, aqui, diferenciar coisa perdida de coisa esquecida, como nos ensina NUCCI.1 
Coisa perdida é aquela que sumiu por causa estranha à vontade do proprietário, que não mais 
a encontra (exemplo: você perde a sua carteira na rua, pois caiu do seu bolso). Esse conceito 
não se confunde com o de coisa esquecida, a qual se perde por um lapso de memória do pos-
suidor, que sabe onde encontrá-la (exemplo: você esquece seu casaco no restaurante).
Nesse sentido, se você encontra uma carteira na rua, e viola seu dever de restituí-la ao 
dono, incorrerá em apropriação de coisa achada. No entanto, se se depara com o casaco es-
quecido e o toma para si, pratica furto, e não apropriação.
Ademais, cabe ressaltar que a figura do parágrafo único é crime a prazo, pois exige o trans-
curso de quinze dias para sua consumação. Ou por bem há o decurso do prazo, ou não há crime.
Por fim, note que o art. 250 prevê, para os crimes do capítulo em estudo, a aplicabilidade das 
figuras do furto atenuado (§1º e 2º do art. 240), as quais já estudamos em momento anterior.
Para facilitar, façamos um esquema sobre o assunto:
Ap
ro
pr
ia
çã
o 
in
dé
bi
ta
248
Reclusão, até 6 anos.
Pena agravada:
20x salário-mínimo
depósito necessário
em razão de ofício, emprego 
ou profissão.249
Coisa advém de erro, caso 
fortuito ou força da natureza
249, p.u.
Coisa perdida
Exige 15 dias
Não confundir com coisa 
esquecida
250 aplicação das previsões sobre o furto (§1º e 2º).
1 NUCCI, Guilherme de Souza. Código Penal Militar Comentado. 2019. p. 417.
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Capítulo IV: do estelIonato
Estelionato
Art. 251. Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo 
alguém em erro, mediante artifício, ardil ou qualquer outro meio fraudulento:
Pena – reclusão, de dois a sete anos.
§ 1º Nas mesmas penas incorre quem:
Disposição de coisa alheia como própria
I – vende, permuta, dá em pagamento, em locação ou em garantia, coisa alheia como própria;
Alienação ou oneração fraudulenta de coisa própria
II – vende, permuta, dá em pagamento ou em garantia coisa própria inalienável, gravada de ônus ou 
litigiosa, ou imóvel que prometeu vender a terceiro, mediante pagamento em prestações, silencian-
do sobre qualquer dessas circunstâncias;
Defraudação de penhor
III – defrauda, mediante alienação não consentida pelo credor ou por outro modo, a garantia pigno-
ratícia, quando tem a posse do objeto empenhado;
Fraude na entrega de coisa
IV – defrauda substância, qualidade ou quantidade de coisa que entrega a adquirente;
Fraude no pagamento de cheque
V – defrauda de qualquer modo o pagamento de cheque que emitiu a favor de alguém.
§ 2º Os crimes previstos nos ns. I a V do parágrafo anterior são considerados militares somente nos 
casos do art. 9º, n. II, letras a e e.
Agravação de pena
§ 3º A pena é agravada, se o crime é cometido em detrimento da administração militar.
Abuso de pessoa
Art. 252. Abusar, em proveito próprio ou alheio, no exercício de função, em unidade, repartição ou 
estabelecimento militar, da necessidade, paixão ou inexperiência, ou da doença ou deficiência men-
tal de outrem, induzindo-o à prática de ato que produza efeito jurídico, em prejuízo próprio ou de 
terceiro, ou em detrimento da administração militar:
Pena – reclusão, de dois a seis anos.
Art. 253. Nos crimes previstos neste capítulo, aplica-se o disposto nos §§ 1º e 2º do art. 240.
O primeiro – e talvez o principal – ponto para estudar e bem compreender o delito de este-
lionato (e suas variações) gira em torno de sua diferença para o delito de furto.
Nesse sentido, note que o estelionato, em sua forma básica (art. 251) gira em torno dos 
verbos obter e induzindo ou mantendo alguém em erro.
Assim sendo, note que diferentemente do que ocorre no furto, no estelionato não há sub-
tração, mas a entrega voluntária da vantagem ilícita pela vítima, a qual é enganada pelo sujeito 
ativo do delito.
Assim sendo, o que ocorre é que a vítima, em erro, colabora com o agente delitivo, e não 
percebe que está, na verdade, sofrendo o prejuízo ao entregar o bem objeto da conduta.
Note que não há previsão de forma culposa para o delito.
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Um ponto que causa grande confusão aos estudantes iniciantes resta na diferenciação entre o 
chamado furto mediante fraude quando comparado com o estelionato propriamente dito.
Nesse sentido, é importante se lembrar que, no furto praticado com uso de fraude, o ardil, ar-
tifício ou erro é utilizado para reduzir a vigilância da vítima para que se possa subtrair o bem, 
não havendo entrega voluntária por parte desta. Já no estelionato, o ardil é utilizado para que a 
vítima entregue o bem, em erro, sem perceber que está sendo enganada e que o autor preten-
de manter a vantagem obtida para si.
Eis um exemplo, extraído da doutrina penal, para facilitar o entendimento de ambos os 
institutos:
Furto mediante fraude
Sujeito se veste de manobrista e utiliza 
as vestes para enganar os seguranças 
de determinado restaurante, 
permitindo assim acesso às chaves dos 
carros dos clientes.
O autor utilizou o ardil (vestimentas de 
manobrista) para reduzir a vigilância 
sobre as chaves e subtrair o carro. Há 
furto mediante fraude.
Estelionato
Indivíduo se veste de manobrista e fica 
aguardando, na porta do restaurante. 
O cliente, em erro, lhe entrega o carro, 
para que este o estacione. O indivíduo 
então vai embora, levando o veículo.
O ardil causou a entrega do bem, e não 
sua subtração. Assim, há estelionato, e 
não furto mediante fraude.
Como o assunto é usualmente cobrado
Desde que você seja capaz de diferenciar os institutos do furto mediante fraude e do este-
lionato, boa parte das questões se tornarão relativamente fáceis de resolver.
O segundo assunto importante para resolução de questões sobre os crimes em estudo 
está na memorização das condutas equiparadas previstas no art. 215, quais sejam:
• Disposição de coisa alheia como própria (inciso I);
• Alienação ou oneração fraudulenta de coisa própria (inciso II);
• Defraudação de penhor (inciso III);
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• Fraude na entrega de coisa (inciso IV);
• Fraude no pagamento de cheque (inciso V).
A estratégia do examinador, nesses casos, é simples: basta misturar as modalidades men-
cionadas anteriormente para tentar induzir em erro o candidato que não conseguiu se familia-
rizar com cada uma das condutas equiparadas.
Vejamos, de forma resumida, cada uma delas:
• Conduta específica daquele que vende, permuta ou dá em pagamento, 
locação ou garantia, uma coisa que não lhe pertence.
• Note que pode ser praticada sobre coisa móvel e imóvel!
Disposição de coisa alheia como própria
• Conduta específica daquele possui coisa inalienável (por exemplo, gravada 
de ônus) e mesmo assim procede à sua alienação.
• Note que a conduta é praticada não sobre coisa alheia, mas coisa própria do 
agente, que sabe estar alienando algo que não poderia ser utilizado para 
esse fim.
Alienação ou oneração fraudulenta de coisa própria
• Modalidade específica e muito parecida com o inciso anterior, mas que 
incide no caso em que o indivíduo aliena, sem o consentimento do credor, a 
garantia pignoratícia.
• Não há remédio, aqui, senão memorizar a hipótese.
Defraudação de penhor
• Indivíduo frauda substância, qualidade ou quantidade da coisa ao entregar 
ao adquirente.
• Exemplo: substituir uma pedra preciosa por outra na entrega de uma jóia.
Fraude na entrega de coisa
• Talvez a de mais simples compreensão, hipótese que incide sobre aquele 
que frauda o pagamento de cheque, seja por não ter fundos em sua conta, 
ou cancelando a conta ou sustando a folha emitida, de má-fé.
Fraude no pagamento de cheque
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Obs.: � Importante
 � Por expressa previsão legal (§2º), os delitos previstos nos incisos I a V do §1º do art. 
251 (ou seja, as condutas equiparadas), são condutas não aplicáveis aos civis, mas 
apenas aos sujeitos ativos militares, diferentemente do que ocorre com vários dos 
outros delitos previstos no título em estudo.
 � Por fim, cabe apontar para a existência do agravamento de pena caso o crime seja 
cometido em detrimento da administração militar.
Julgado Importante!
STM. APELAÇÃO (FO) n. 2005.01.050060-0/PE. Publicação: 19/09/2006 – APELAÇÃO. 
ESTELIONATO COMETIDO EM DETRIMENTO DA ADMINISTRAÇÃO MILITAR - (ART. 251, 
§ 3º, DO CPM ). Deixar de comunicar o falecimento da pensionista e a conduta ativa de 
apropriar-se, mês a mês, das quantias depositadas pela Administração Castrense, reve-
lam a obtenção de vantagem ilícita, por meio de fraude, que caracteriza o crime de este-
lionato previsto no art. 251 do CPM.
Capítulo VII: do dano
Dano simples
Art. 259. Destruir, inutilizar, deteriorar ou fazer desaparecer coisa alheia:
Pena – detenção, até seis meses.
Parágrafo único. Se se trata de bem público:
Pena – detenção, de seis meses a três anos.
Dano atenuado
Art. 260. Nos casos do artigo anterior, se o criminoso é primário e a coisa é de valor não excedente a 
um décimo do salário-mínimo, o juiz pode atenuar a pena, ou considerar a infração como disciplinar.
Parágrafo único. O benefício previsto no artigo é igualmente aplicável, se, dentro das condições nele 
estabelecidas, o criminoso repara o dano causado antes de instaurada a ação penal.
Dano qualificado
Art. 261. Se o dano é cometido:
I – com violência à pessoa ou grave ameaça;
II – com emprego de substância inflamável ou explosiva, se o fato não constitui crime mais grave;
III – por motivo egoístico ou com prejuízo considerável:
Pena – reclusão, até quatro anos, além da pena correspondente à violência.
Dano em material ou aparelhamento de guerra
Art. 262. Praticar dano em material ou aparelhamento de guerra ou de utilidade militar, ainda que 
em construção ou fabricação, ou em efeitos recolhidos a depósito, pertencentes ou não às forças 
armadas:
Pena – reclusão, até seis anos.
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Dano em navio de guerra ou mercante em serviço militar
Art. 263. Causar a perda, destruição, inutilização, encalhe, colisão ou alagamento de navio de guerra 
ou de navio mercante em serviço militar, ou nele causar avaria:
Pena – reclusão, de três a dez anos.
§ 1º Se resulta lesão grave, a pena correspondente é aumentada da metade; se resulta a morte, é 
aplicada em dobro.
§ 2º Se, para a prática do dano previsto no artigo, usou o agente de violência contra a pessoa, ser-
-lhe-á aplicada igualmente a pena a ela correspondente.
Dano em aparelhos e instalações de aviação e navais, e em estabelecimentos militares
Art. 264. Praticar dano:
I – em aeronave, hangar, depósito, pista ou instalações de campo de aviação, engenho de guerra 
motomecanizado, viatura em comboio militar, arsenal, dique, doca, armazém, quartel, alojamento ou 
em qualquer outra instalação militar;
II – em estabelecimento militar sob regime industrial, ou centro industrial a serviço de construção 
ou fabricação militar:
Pena – reclusão, de dois a dez anos.
Parágrafo único. Aplica-se o disposto nos parágrafos do artigo anterior.
Desaparecimento, consunção ou extravio
Art. 265. Fazer desaparecer, consumir ou extraviar combustível, armamento, munição, peças de 
equipamento de navio ou de aeronave ou de engenho de guerra motomecanizado:
Pena – reclusão, até três anos, se o fato não constitui crime mais grave.
Modalidades culposas
Art. 266. Se o crime dos arts. 262, 263, 264 e 265 é culposo, a pena é de detenção de seis meses a 
dois anos; ou, se o agente é oficial, suspensão do exercício do posto de um a três anos, ou reforma; 
se resulta lesão corporal ou morte, aplica-se também a pena cominada ao crime culposo contra a 
pessoa, podendo ainda, se o agente é oficial, ser imposta a pena de reforma.
E eis que fazemos um pequeno salto estratégico para abordar primeiramente um dos de-
litos favoritos do examinador: o crime de dano no âmbito do CPM, o qual possui inúmeras 
peculiaridades quando comparado com o Direito Penal Comum:
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Crimes Contra o Patrimônio no CPM
DIREITO PENAL MILITAR
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Código Penal
Dano
(Art. 163)
Dano Qualificado
(Art. 163, p.u)
Dano a bem público
(Art. 163, p.u, III)
Código Penal Militar
Dano Simples
(Art. 259)
Dano ATENUADO
(Art. 260)
Dano QUALIFICADO
(Art. 261)
Dano em material ou aparelhamento de 
guerra
(Art. 262)
Dano em navio de guerra ou mercante em 
serviço militar
(Art. 263)
Dano em aparelhos e instalações de aviação e 
navais, e em estabelecimentos militares
(Art. 264)
Dano culposo
(Art. 266 CPM)
É muito importante que você conheça essas variações especificas (via de regra, meramen-
te conhecer as tipificações já basta), pois os examinadores gostam muito de utilizar delitos 
parecidos para criar assertivas incorretas, principalmente misturando delitos do CP com os 
delitos previstos no CPM.
De todo modo, façamosalguns breves comentários com os pontos de destaque:
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Crimes Contra o Patrimônio no CPM
DIREITO PENAL MILITAR
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• Surpresa para os que estão familiarizados somente com o Código Penal, 
o CPM prevê, especificamente, a possibilidade de responsabilização por 
dano culposo para as condutas dos artigos 262 (Dano em material ou 
aparelhamento de guerra), 263 (Dano em navio de guerra ou mercante 
em serviço militar), 264 (Dano em aparelhos e instalações de aviação e 
navais, e em estabelecimentos militares) e 265 (Desaparecimento, 
consunção ou extravio).
• Cuidado, pois não são todas as modalidades de dano que admitem a 
forma culposa!
Artigos com modalidades culposas
• Delito que, em que pese não utilizar a palavra dano em seu texto, 
encontra-se listado pelo CPM no Capítulo em estudo.
Desaparecimento, consunção ou extravio
É importante, assim como no caso das condutas equiparadas ao estelionato, adquirir fami-
liaridade com cada uma das modalidades de dano, não sendo necessário tecer comentários 
mais aprofundados sobre cada uma delas.
Vejamos um exemplo de questão sobre o tema:
004. (2014/MARINHA/QUADRO TÉCNICO/TENENTE) De acordo com o Código Penal Militar, 
no tocante ao Título “Dos Crimes Contra o Patrimônio”, assinale a opção que apresenta o tipo 
penal que admite a modalidade culposa.
a) Furto de uso.
b) Roubo simples.
c) Chantagem.
d) Dano simples.
e) Dano em material ou aparelhamento de guerra.
Furto, roubo e chantagem não possuem forma culposa. E, conforme observamos, não são to-
das as modalidades de dano que admitem a forma culposa. Assim sendo, o gabarito é a letra 
E, que apresenta o art. 262 do CPM, o qual, por força do art. 266, admite a forma culposa.
Letra e.
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Crimes Contra o Patrimônio no CPM
DIREITO PENAL MILITAR
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dos demaIs delItos
Caro(a) aluno(a). Restam, sob o título “Crimes contra o patrimônio” apenas delitos de pou-
quíssima ocorrência em prova. Estamos falando dos capítulos V (Da receptação), VI (Da usur-
pação) e VIII (Da usura).
Para os referidos delitos, recomenda-se tão somente a leitura do texto legal, não havendo 
necessidade de gasto de tempo com aspectos mais aprofundados como fizemos com os de-
mais crimes.
Familiarize-se com os tipos penais, faça a leitura dos artigos restantes, e já estaremos com 
uma base sólida para resolução de eventuais questões que possam eventualmente ser elabo-
radas sobre o tema.
CAPÍTULO V
DA RECEPTAÇÃO
Receptação
Art. 254. Adquirir, receber ou ocultar em proveito próprio ou alheio, coisa proveniente de crime, ou 
influir para que terceiro, de boa-fé, a adquira, receba ou oculte:
Pena – reclusão, até cinco anos.
Parágrafo único. São aplicáveis os §§ 1º e 2º do art. 240.
Receptação culposa
Art. 255. Adquirir ou receber coisa que, por sua natureza ou pela manifesta desproporção entre o 
valor e o preço, ou pela condição de quem a oferece, deve presumir-se obtida por meio criminoso:
Pena – detenção, até um ano.
Parágrafo único. Se o agente é primário e o valor da coisa não é superior a um décimo do salário-mí-
nimo, o juiz pode deixar de aplicar a pena.
Punibilidade da receptação
Art. 256. A receptação é punível ainda que desconhecido ou isento de pena o autor do crime de que 
proveio a coisa.
CAPÍTULO VI
DA USURPAÇÃO
Alteração de limites
Art. 257. Suprimir ou deslocar tapume, marco ou qualquer outro sinal indicativo de linha divisória, 
para apropriar-se, no todo ou em parte, de coisa imóvel sob administração militar:
Pena – detenção, até seis meses.
§ 1º Na mesma pena incorre quem:
Usurpação de águas
I – desvia ou represa, em proveito próprio ou de outrem, águas sob administração militar;
Invasão de propriedade
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II – invade, com violência à pessoa ou à coisa, ou com grave ameaça, ou mediante concurso de duas 
ou mais pessoas, terreno ou edifício sob administração militar.
Pena – correspondente à violência
§ 2º Quando há emprego de violência, fica ressalvada a pena a esta correspondente.
Aposição, supressão ou alteração de marca
Art. 258. Apor, suprimir ou alterar, indevidamente, em gado ou rebanho alheio, sob guarda ou admi-
nistração militar, marca ou sinal indicativo de propriedade:
Pena – detenção, de seis meses a três anos.
CAPÍTULO VIII
DA USURA
Usura pecuniária
Art. 267. Obter ou estipular, para si ou para outrem, no contrato de mútuo de dinheiro, abusando da 
premente necessidade, inexperiência ou leviandade do mutuário, juro que excede a taxa fixada em 
lei, regulamento ou ato oficial:
Pena – detenção, de seis meses a dois anos.
Casos assimilados
§ 1º Na mesma pena incorre quem, em repartição ou local sob administração militar, recebe venci-
mento ou provento de outrem, ou permite que estes sejam recebidos, auferindo ou permitindo que 
outrem aufira proveito cujo valor excede a taxa de três por cento
Agravação de pena
§ 2º A pena é agravada, se o crime é cometido por superior ou por funcionário em razão da função.
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ANEXOS
Integralidade do texto legal para leitura e revisão
TÍTULO V
DOS CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO
CAPÍTULO I
DO FURTO
Furto simples
Art. 240. Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel:
Pena – reclusão, até seis anos.
Furto atenuado
§ 1º Se o agente é primário e é de pequeno valor a coisa furtada, o juiz pode substituir a 
pena de reclusão pela de detenção, diminuí-la de um a dois terços, ou considerar a infração 
como disciplinar. Entende-se pequeno o valor que não exceda a um décimo da quantia mensal 
do mais alto salário-mínimo do país.
§ 2º A atenuação do parágrafo anterior é igualmente aplicável no caso em que o criminoso, 
sendo primário, restitui a coisa ao seu dono ou repara o dano causado, antes de instaurada a 
ação penal.
Energia de valor econômico
§ 3º Equipara-se à coisa móvel a energia elétrica ou qualquer outra que tenha valor 
econômico.
Furto qualificado
4º Se o furto é praticado durante a noite:
Pena – reclusão, de dois a oito anos.
§ 5º Se a coisa furtada pertence à Fazenda Nacional:
Pena – reclusão, de dois a seis anos.
§ 6º Se o furto é praticado:
I – com destruição ou rompimento de obstáculo à subtração da coisa;
II – com abuso de confiança ou mediante fraude, escalada ou destreza;
III – com emprego de chave falsa;
IV – mediante concurso de duas ou mais pessoas:
Pena – reclusão, de três a dez anos.
§ 7º Aos casos previstos nos §§ 4º e 5º são aplicáveis as atenuações a que se referem os 
§§ 1º e 2º. Aos previstos no § 6º é aplicável a atenuação referida no § 2º.
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Furto de uso
Art. 241. Se a coisa é subtraída para o fim de uso momentâneo e, a seguir, vem a ser ime-
diatamente restituída ou reposta no lugar onde se achava:
Pena – detenção, até seis meses.
Parágrafo único. A pena é aumentada de metade, se a coisa usada é veículo motorizado; e 
de um terço, se é animal de sela ou de tiro.
CAPÍTULO II
DO ROUBO E DA EXTORSÃO
Roubo simples
Art. 242. Subtrair coisa alheia móvel, para si ou para outrem, mediante emprego ou ameaça 
de emprego de violência contra pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer modo, reduzido à 
impossibilidade de resistência:
Pena – reclusão, de quatro a quinze anos.
§ 1º Na mesma pena incorre quem, em seguida à subtração da coisa, emprega ou ameaça 
empregar violência contra pessoa, a fim de assegurar a impunidade do crime ou a detenção da 
coisa para si ou para outrem.
Roubo qualificado
§ 2º A pena aumenta-se de um terço até metade:
I – se a violência ou ameaça é exercida com emprego de arma;
II – se há concurso de duas ou mais pessoas;
III – se a vítima está em serviço de transporte de valores, e o agente conhece tal cir-
cunstância;
IV – se a vítima está em serviço de natureza militar;
V – se é dolosamente causada lesão grave;
VI – se resulta morte e as circunstâncias evidenciam que o agente não quis esse resultado, 
nem assumiu o risco de produzi-lo.
Latrocínio
§ 3º Se, para praticar o roubo, ou assegurar a impunidade do crime, ou a detenção da coisa, 
o agente ocasiona dolosamente a morte de alguém, a pena será de reclusão, de quinze a trinta 
anos, sendo irrelevante se a lesão patrimonial deixa de consumar-se. Se há mais de uma vítima 
dessa violência à pessoa, aplica-se o disposto no art. 79.
Extorsão simples
Art. 243. Obter para si ou para outrem indevida vantagem econômica, constrangendo al-
guém, mediante violência ou grave ameaça:
a) a praticar ou tolerar que se pratique ato lesivo do seu patrimônio, ou de terceiro;
b) a omitir ato de interesse do seu patrimônio, ou de terceiro:
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Pena – reclusão, de quatro a quinze anos.
Formas qualificadas
§ 1º Aplica-se à extorsão o disposto no § 2º do art. 242.
§ 2º Aplica-se à extorsão, praticada mediante violência, o disposto no § 3º do art. 242.
Extorsão mediante sequestro
Art. 244. Extorquir ou tentar extorquir para si ou para outrem, mediante sequestro de pes-
soa, indevida vantagem econômica:
Pena – reclusão, de seis a quinze anos.
Formas qualificadas
§ 1º Se o sequestro dura mais de vinte e quatro horas, ou se o sequestrado é menor de 
dezesseis ou maior de sessenta anos, ou se o crime é cometido por mais de duas pessoas, a 
pena é de reclusão de oito a vinte anos.
§ 2º Se à pessoa sequestrada, em razão de maus tratos ou da natureza do sequestro, resul-
ta grave sofrimento físico ou moral, a pena de reclusão é aumentada de um terço.
§ 3º Se o agente vem a empregar violência contra a pessoa sequestrada, aplicam-se, cor-
respondentemente, as disposições do art. 242, § 2º, ns. V e VI,e § 3º.
Chantagem
Art. 245. Obter ou tentar obter de alguém, para si ou para outrem, indevida vantagem eco-
nômica, mediante a ameaça de revelar fato, cuja divulgação pode lesar a sua reputação ou de 
pessoa que lhe seja particularmente cara:
Pena – reclusão, de três a dez anos.
Parágrafo único. Se a ameaça é de divulgação pela imprensa, radiodifusão ou televisão, a 
pena é agravada.
Extorsão indireta
Art. 246. Obter de alguém, como garantia de dívida, abusando de sua premente necessida-
de, documento que pode dar causa a procedimento penal contra o devedor ou contra terceiro:
Pena – reclusão, até três anos.
Aumento de pena
Art. 247. Nos crimes previstos neste capítulo, a pena é agravada, se a violência é contra 
superior, ou militar de serviço.
CAPÍTULO III
DA APROPRIAÇÃO INDÉBITA
Apropriação indébita simples
Art. 248. Apropriar-se de coisa alheia móvel, de que tem a posse ou detenção:
Pena – reclusão, até seis anos.
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Agravação de pena
Parágrafo único. A pena é agravada, se o valor da coisa excede vinte vezes o maior salário-
-mínimo, ou se o agente recebeu a coisa:
I – em depósito necessário;
II – em razão de ofício, emprego ou profissão.
Apropriação de coisa havida acidentalmente
Art. 249. Apropriar-se alguém de coisa alheia vinda ao seu poder por erro, caso fortuito ou 
força da natureza:
Pena – detenção, até um ano.
Apropriação de coisa achada
Parágrafo único. Na mesma pena incorre quem acha coisa alheia perdida e dela se apro-
pria, total ou parcialmente, deixando de restitui-la ao dono ou legítimo possuidor, ou de entre-
gá-la à autoridade competente, dentro do prazo de quinze dias.
Art. 250. Nos crimes previstos neste capítulo, aplica-se o disposto nos §§ 1º e 2º do art. 240.
CAPÍTULO IV
DO ESTELIONATO E OUTRAS FRAUDES
Estelionato
Art. 251. Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou 
mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil ou qualquer outro meio fraudulento:
Pena – reclusão, de dois a sete anos.
§ 1º Nas mesmas penas incorre quem:
Disposição de coisa alheia como própria
I – vende, permuta, dá em pagamento, em locação ou em garantia, coisa alheia como própria;
Alienação ou oneração fraudulenta de coisa própria
II – vende, permuta, dá em pagamento ou em garantia coisa própria inalienável, gravada de 
ônus ou litigiosa, ou imóvel que prometeu vender a terceiro, mediante pagamento em presta-
ções, silenciando sobre qualquer dessas circunstâncias;
Defraudação de penhor
III – defrauda, mediante alienação não consentida pelo credor ou por outro modo, a garan-
tia pignoratícia, quando tem a posse do objeto empenhado;
Fraude na entrega de coisa
IV – defrauda substância, qualidade ou quantidade de coisa que entrega a adquirente;
Fraude no pagamento de cheque
V – defrauda de qualquer modo o pagamento de cheque que emitiu a favor de alguém.
§ 2º Os crimes previstos nos ns. I a V do parágrafo anterior são considerados militares 
somente nos casos do art. 9º, n. II, letras a e e .
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Agravação de pena
§ 3º A pena é agravada, se o crime é cometido em detrimento da administração militar.
Abuso de pessoa
Art. 252. Abusar, em proveito próprio ou alheio, no exercício de função, em unidade, reparti-
ção ou estabelecimento militar, da necessidade, paixão ou inexperiência, ou da doença ou defi-
ciência mental de outrem, induzindo-o à prática deato que produza efeito jurídico, em prejuízo 
próprio ou de terceiro, ou em detrimento da administração militar:
Pena – reclusão, de dois a seis anos.
Art. 253. Nos crimes previstos neste capítulo, aplica-se o disposto nos §§ 1º e 2º do art. 240.
CAPÍTULO V
DA RECEPTAÇÃO
Receptação
Art. 254. Adquirir, receber ou ocultar em proveito próprio ou alheio, coisa proveniente de 
crime, ou influir para que terceiro, de boa-fé, a adquira, receba ou oculte:
Pena – reclusão, até cinco anos.
Parágrafo único. São aplicáveis os §§ 1º e 2º do art. 240.
Receptação culposa
Art. 255. Adquirir ou receber coisa que, por sua natureza ou pela manifesta desproporção 
entre o valor e o preço, ou pela condição de quem a oferece, deve presumir-se obtida por meio 
criminoso:
Pena – detenção, até um ano.
Parágrafo único. Se o agente é primário e o valor da coisa não é superior a um décimo do 
salário-mínimo, o juiz pode deixar de aplicar a pena.
Punibilidade da receptação
Art. 256. A receptação é punível ainda que desconhecido ou isento de pena o autor do cri-
me de que proveio a coisa.
CAPÍTULO VI
DA USURPAÇÃO
Alteração de limites
Art. 257. Suprimir ou deslocar tapume, marco ou qualquer outro sinal indicativo de linha 
divisória, para apropriar-se, no todo ou em parte, de coisa imóvel sob administração militar:
Pena – detenção, até seis meses.
§ 1º Na mesma pena incorre quem:
Usurpação de águas
I – desvia ou represa, em proveito próprio ou de outrem, águas sob administração militar;
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Invasão de propriedade
II – invade, com violência à pessoa ou à coisa, ou com grave ameaça, ou mediante concur-
so de duas ou mais pessoas, terreno ou edifício sob administração militar.
Pena – correspondente à violência
§ 2º Quando há emprego de violência, fica ressalvada a pena a esta correspondente.
Aposição, supressão ou alteração de marca
Art. 258. Apor, suprimir ou alterar, indevidamente, em gado ou rebanho alheio, sob guarda 
ou administração militar, marca ou sinal indicativo de propriedade:
Pena – detenção, de seis meses a três anos.
CAPÍTULO VII
DO DANO
Dano simples
Art. 259. Destruir, inutilizar, deteriorar ou fazer desaparecer coisa alheia:
Pena – detenção, até seis meses.
Parágrafo único. Se se trata de bem público:
Pena – detenção, de seis meses a três anos.
Dano atenuado
Art. 260. Nos casos do artigo anterior, se o criminoso é primário e a coisa é de valor não 
excedente a um décimo do salário-mínimo, o juiz pode atenuar a pena, ou considerar a infração 
como disciplinar.
Parágrafo único. O benefício previsto no artigo é igualmente aplicável, se, dentro das condi-
ções nele estabelecidas, o criminoso repara o dano causado antes de instaurada a ação penal.
Dano qualificada
Art. 261. Se o dano é cometido:
I – com violência à pessoa ou grave ameaça;
II – com emprego de substância inflamável ou explosiva, se o fato não constitui crime 
mais grave;
III – por motivo egoístico ou com prejuízo considerável:
Pena – reclusão, até quatro anos, além da pena correspondente à violência.
Dano em material ou aparelhamento de guerra
Art. 262. Praticar dano em material ou aparelhamento de guerra ou de utilidade militar, 
ainda que em construção ou fabricação, ou em efeitos recolhidos a depósito, pertencentes ou 
não às forças armadas:
Pena – reclusão, até seis anos.
Dano em navio de guerra ou mercante em serviço militar
Art. 263. Causar a perda, destruição, inutilização, encalhe, colisão ou alagamento de navio 
de guerra ou de navio mercante em serviço militar, ou nele causar avaria:
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Pena – reclusão, de três a dez anos.
§ 1º Se resulta lesão grave, a pena correspondente é aumentada da metade; se resulta a 
morte, é aplicada em dobro.
§ 2º Se, para a prática do dano previsto no artigo, usou o agente de violência contra a pes-
soa, ser-lhe-á aplicada igualmente a pena a ela correspondente.
Dano em aparelhos e instalações de aviação e navais, e em estabelecimentos militares
Art. 264. Praticar dano:
I – em aeronave, hangar, depósito, pista ou instalações de campo de aviação, engenho de 
guerra motomecanizado, viatura em comboio militar, arsenal, dique, doca, armazém, quartel, 
alojamento ou em qualquer outra instalação militar;
II – em estabelecimento militar sob regime industrial, ou centro industrial a serviço de 
construção ou fabricação militar:
Pena – reclusão, de dois a dez anos.
Parágrafo único. Aplica-se o disposto nos parágrafos do artigo anterior.
Desaparecimento, consunção ou extravio
Art. 265. Fazer desaparecer, consumir ou extraviar combustível, armamento, munição, pe-
ças de equipamento de navio ou de aeronave ou de engenho de guerra motomecanizado:
Pena – reclusão, até três anos, se o fato não constitui crime mais grave.
Modalidades culposas
Art. 266. Se o crime dos arts. 262, 263, 264 e 265 é culposo, a pena é de detenção de seis 
meses a dois anos; ou, se o agente é oficial, suspensão do exercício do posto de um a três anos, 
ou reforma; se resulta lesão corporal ou morte, aplica-se também a pena cominada ao crime 
culposo contra a pessoa, podendo ainda, se o agente é oficial, ser imposta a pena de reforma.
CAPÍTULO VIII
DA USURA
Usura pecuniária
Art. 267. Obter ou estipular, para si ou para outrem, no contrato de mútuo de dinheiro, abu-
sando da premente necessidade, inexperiência ou leviandade do mutuário, juro que excede a 
taxa fixada em lei, regulamento ou ato oficial:
Pena – detenção, de seis meses a dois anos.
Casos assimilados
§ 1º Na mesma pena incorre quem, em repartição ou local sob administração militar, re-
cebe vencimento ou provento de outrem, ou permite que estes sejam recebidos, auferindo ou 
permitindo que outrem aufira proveito cujo valor excede a taxa de três por cento
Agravação de pena
§ 2º A pena é agravada, se o crime é cometido por superior ou por funcionário em razão 
da função.
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QUESTÕES DE CONCURSO
005. (2014/CESPE/CÂMARA/ANALISTA) Aquele que deixar de comunicar à administração 
militar o óbito de sua genitora e, assim, obtiver vantagem ilícita mediante saques dos valores 
depositados a título de pensão na conta corrente da ex-pensionista cometerá o crime militar de 
estelionato, cuja tipicidade não pode ser afastada mediante reparação integral do dano.
Questão difícil, extraída pelo CESPE da jurisprudência do STM, em caso que, conforme apre-
sentamos durante a aula, a referida conduta foi tipificada pelo Tribunal como estelionato, nos 
termos do art. 251 do CPM.
Certo.
006. (2014/PMPE/IAUPE/ASPIRANTE ) Sobre o crime de furto previsto no Código Penal Mili-
tar: “Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel”, analise as afirmativas a seguir:
I – Se o autor do delito for civil, o crime deve ser cometido contra as instituições militares.
II – O tipo penal não admite a modalidade culposa.

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