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SISTEMA DE ENSINO
DIREITO PENAL
Crimes contra o Patrimônio – Parte I
Livro Eletrônico
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Crimes contra o Patrimônio – Parte I
DIREITO PENAL
Rodrigo Pardal
Sumário
Apresentação .....................................................................................................................................................................3
Crimes contra o Patrimônio – Parte I ...................................................................................................................4
Furto ........................................................................................................................................................................................4
Roubo ....................................................................................................................................................................................16
Questões de Concurso ...............................................................................................................................................23
Gabarito ..............................................................................................................................................................................38
Gabarito Comentado ...................................................................................................................................................39
Referências ....................................................................................................................................................................... 69
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Crimes contra o Patrimônio – Parte I
DIREITO PENAL
Rodrigo Pardal
ApresentAção
Agora estudaremos os primeiros crimes contra o patrimônio, furto e roubo.
Desejo uma ótima leitura!
Abraços,
Rodrigo Francisconi Pardal.
Instagram: @profrpardal
Telegram: @profrpardal
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Crimes contra o Patrimônio – Parte I
DIREITO PENAL
Rodrigo Pardal
CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO – PARTE I
Furto
CONCEITO: é a subtração de coisa alheia móvel para o agente ou em favor de terceiro.
1. Tipicididade Objetiva
1.1. Eletricidade/Energia – O § 3º do art. 155 equipara a coisa móvel a energia elétrica e 
outras que tenham valor econômico (ex.: energia nuclear, térmica, genética).
Captação clandestina de sinal de TV por assinatura: havia duas posições:
JURISPRUDÊNCIA
1. STJ entendia que era furto de energia do artigo 155, parágrafo terceiro do CP. Ademais, 
o artigo 35 da Lei n. 8.977/95 (Lei que trata dos serviços de TV a cabo) estabelece que 
tal conduta é crime (nesse sentido STJ, RHC 30847 / RJ; Rel. Min. Jorge Mussi; Quinta 
Turma; DJe 04/09/2013). No entanto, houve alteração de entendimento e atualmente o 
STJ entende que não pode ser furto de energia elétrica pela vedação de analogia in falam 
partem (STJ, CC 173968/SP, Rel. Min. Laurita Vaz, Terceira Seção, Dje 18/12/2020). Por-
tanto, hoje segue o entendimento do STF.
2. Trata-se de fato atípico, pois sinal de TV a cabo não é energia e o artigo 35 da lei n. 
8.977/95 não traz crime algum, não contém pena, apenas dizendo que a conduta é crimi-
nosa, no entanto, não especifica qual crime seria (nesse sentido STF; HC 97261 / RS; Rel. 
Min. Joaquim Barbosa; Julgamento: 12/04/2011; Segunda Turma).
Obs.: � e a conduta de venda de aparelhos para desbloqueio clandestino de sinal de TV por 
assinatura? STJ entendeu que caracteriza crime do art. 183, parágrafo único da Lei n. 
9.472/97 de competência da Justiça Federal por haver lesão a serviço da União nos 
termos do art. 21, XII, alínea “a”, c.c. art. 109, IV, ambos da CF ((STJ, CC 173968/SP, Rel. 
Min. Laurita Vaz, Terceira Seção, Dje 18/12/2020).
1.2. Coisa alheia: é o elemento normativo do tipo.
Coisa alheia é aquela que pertence a terceiro, e justamente por não terem dono é que não 
pode ser furtada:
a) A “res nullius” – Coisa de ninguém, ou seja, objeto que nunca teve dono. Por ex: os peixes 
das águas públicas.
b) A “res derelicta” – Coisa abandonada.
A coisa perdida (“res desperdicta”) pelo dono tem dono (Ex.: carteira com documentos), 
mas não pode ser objeto material de furto, pois quem a encontra e não restitui não realiza ato 
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Crimes contra o Patrimônio – Parte I
DIREITO PENAL
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de subtração. O delito cometido, se não houver devolução no prazo de 15 dias, é o de apropria-
ção de coisa achada – art. 169, § único, II – pois para caracterizar tem-se que tirar o bem da 
vigilância do dono e o mesmo não se encontrava mais no campo da vigilância.
1.3. Subtração de cadáver: subtração de cadáver, como regra, configura o crime do artigo 
211 do CP, chamado subtração de cadáver ou parte dele (EX.: subtrair um crânio do interior da 
sepultura). Caso, todavia, o cadáver tenha dono, como aqueles que pertencem a universidades 
ou museus, o crime é o de furto, porque nesse caso trata-se de coisa alheia.
E a subtração de pertences em poder do morto? Via de regra há o delito do art. 211 do CP 
(violação de sepultura), vez que os objetos ali deixados foram abandonados. Excepcionalmen-
te se for subtraído bem que guarnece o próprio túmulo como castiçal, estátua, haverá furto 
(Nucci e Rogério Greco).
1.4. Coisa comum
Denominação dada para coisa que tem simultaneamente mais de um proprietário. No caso 
de subtração de coisa comum, aplica-se o crime do artigo 156 do CP, que se procede mediante 
ação penal pública condicionada. Por este tipo, o sócio, condômino ou coerdeiro que subtrai o 
bem que só lhe pertence em parte pratica o crime de furto de coisa comum.
2. Tipicidade Subjetiva
2.1. Dolo específico ou Elemento subjetivo expresso: encontra-se contida na expressão 
“para si ou para outrem” do artigo 155 a intenção de assenhoreamento do bem alheio em 
proveito próprio ou de terceiro. É o que alguns chamam de “animus rem sibi habendi” ou “ani-
mus furandi”.
2.2. Furto de uso: quando ausente tal elemento subjetivo, poderemos estar diante do cha-
mado furto de uso em que o fato é considerado atípico desde que presentes dois requisitos:
Requisito subjetivo: intenção de usar momentaneamente a coisa alheia.
Obs.: � só se admite a atipicidade do furto de uso quando a intenção é usar brevemente a 
coisa alheia para fim lícito
2. Requisito objetivo: a devolução deve ser pronta, integral e no mesmo local em que a coi-
sa foi subtraída.
2.3. Furto famélico: subtração de pequena quantidade de comida para saciar a própria 
fome ou de seus familiares, por parte de quem não tem dinheiro para obter o alimento. Deve 
ter utilidade imediata (ex: furtar para vender e assim conseguir dinheiro para comprar comida, 
não caracteriza o instituto). Presente esta figura há estado de necessidade.
3. Objetividade Jurídica: é o patrimônio.
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Crimes contra o Patrimônio – Parte I
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4. Sujeitos do Crime
4.1. Sujeito ativo: pode ser qualquer pessoa, exceto o dono. Trata-se de crime comum.
Ao contrário, existe erro de tipo quando alguém subtrai coisa alheia pensando que aquele 
objeto lhe pertence. Em tal caso, o fato também é atípico por ausência de dolo. Ex: caso o indi-
víduo subtraia por erro e depois note que a coisa era alheia, pode se responsabilizar pelo delito 
do artigo 169 do CP, que consiste na apropriação havida por erro.
4.2. Sujeito passivo: é o dono do objeto, bem como eventuais possuidores ou detentores 
que sofram prejuízo econômico.
Existe crime na conduta de ladrão que subtrai objeto anteriormente furtado por outro, em 
tal caso, a vítima é o dono do objeto e não o primeiro ladrão. O fato de a posse de um objeto 
que tem dono ser considerada ilícita não exclui a possibilidade do crime de furto.
5. Consumação e Tentativa
A jurisprudência pacífica do STJ e do STF é de que o crime de furto se consuma no momento 
em que o agente se torna possuidor da coisa subtraída, ainda que haja imediata perseguição e 
prisão, sendo prescindível (dispensável) que o objeto subtraído saia da esfera de vigilância da ví-
tima (STJ. 6ª Turma. REsp 1464153/RJ, Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado em 18/11/2014).
Em que momento o crime de furto se consuma?
Existem quatro posições diferentes sobre o assunto. Cada uma delas tem um nome chato 
em latim para atrapalhar. Veja:
Contrectatio Amotio (apprehensio) Ablatio Ilatio
Para que o crime 
se consuma basta 
o agente tocar na 
coisa.
O crime se consuma 
quando a coisa subtraída 
passa para o poder do 
agente, mesmo que 
não haja posse mansa e 
pacífica e mesmo que a 
posse dure curto espaço 
de tempo.
Não é necessário que 
o bem saia da esfera 
patrimonial da vítima.
Consuma-se 
quando o agente 
consegue levar a 
coisa, tirando-a da 
esfera patrimonial 
do proprietário.
Para que o crime 
se consuma, é 
necessário que a 
coisa seja levada 
para o local 
desejado pelo 
agente e mantida 
a salvo.
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A corrente que prevalece no STF e no STJ é a AMOTIO (apprehensio).
Assim, para a consumação do furto, é suficiente que se efetive a inversão da posse, ainda 
que a coisa subtraída venha a ser retomada em momento imediatamente posterior.
Quadro-resumo:
• O STF e o STJ adotam a teoria da amotio (também chamada de apprehensio).
• Para a consumação, exige-se apenas a inversão da posse (ainda que por breve momento).
• Se o agente teve a posse do bem, o crime se consumou, ainda que haja imediata perse-
guição e prisão do sujeito.
• Não é necessário que o agente tenha posse mansa e pacífica (posse tranquila).
• Não é necessário que a coisa saia da “esfera de vigilância da vítima”.
• No caso concreto, como houve a inversão da posse do bem furtado, ainda que breve, o 
delito de furto ocorreu em sua forma consumada, e não tentada.
5.1. Crime impossível
A jurisprudência, inclusive dos tribunais superiores, é no sentido de que existe tentativa 
de furto quando o crime é evitado por sistemas de segurança como alarmes, monitoramento 
por segurança ou câmeras, etc. O argumento é o de que não existe sistema de segurança to-
talmente eficaz, de forma que em tese a consumação é sempre considerada possível, o que 
impede o reconhecimento da absoluta ineficácia do meio (Recurso repetitivo – (REsp 1385621 
MG, Rel. Ministro ROGERIO SCHIETTI CRUZ, TERCEIRA SEÇÃO, julgado em 27/05/2015, DJe 
02/06/2015). Neste sentido é a Súmula 567 do STJ.
O STF em dois julgados reconheceu o crime impossível e salientou que a análise depende do 
caso concreto (HC 144.851/SP; Segunda Turma; Rel. Min. Dias Toffoli; j. 22/08/2017 e RHC 
144516/SC; Segunda Turma; Rel. Min. Dias Toffoli; j. 22/08/2017)
No que diz respeito à ausência de bens a serem furtados no local escolhido pelo ladrão, 
prevalece o entendimento de que se trata de crime impossível por absoluta impropriedade do 
objeto, quer se trate de uma casa vazia, invadida pelo ladrão, que se trate de uma bolsa vazia 
portada pela vítima. Existe entendimento minoritário, estabelecendo uma distinção, ou seja, 
permitindo a punição por tentativa de furto quando a ausência do bem no local for momentâ-
nea, como no exemplo da vítima que esquecera a carteira em casa.
6. Furto Majorado pelo Repouso Noturno (Artigo 155, § 1º)
Histórico: remonta ao Direito Romano – furtum nocturnum. Magalhães Noronha pontua 
que referida modalidade vem sendo abandonada nos Códigos modernos, como o italiano, rus-
so, espanhol, argentino, peruano, suíço e polonês.
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A pena é aumentada em 1/3 se o furto acontece durante o repouso noturno, trata-se de 
causa de aumento de pena.
Interpretação da expressão repouso noturno: o período de repouso noturno pode variar de 
uma região para outra como da zona urbana em relação à zona rural. Na verdade, incide a cau-
sa de aumento em situação na qual o titular do bem jurídico oferece uma proteção mais frágil 
a este, em razão do “repouso” que se dá a noite. Portanto, exige-se situação de repouso e fato 
praticado durante a noite.
O STJ entendeu ser irrelevante o fato de a vítima estar efetivamente dormindo no momento 
do crime. Entendeu também que incide a majorante mesmo que o furto se dê em estabeleci-
mento comercial ou casa desabitados (AgRg no Resp 1.582.497/MG; Rel. Min. Antonio Salda-
nha Palheiro; Sexta Turma; Dje 28/08/2017).
Aplica-se o furto em repouso noturno ao furto qualificado (artigo 155, § 4º do CP)? O STJ 
entende que sim, aplicando mutatis mutandis o raciocínio que rejeita o critério topográfico 
(RE 1.193.194/MG – análise do furto privilegiado-qualificado) e permitindo tal combinação 
(AgRg no HC n. 674.534/MS; Rel. Min. Ribeiro Dantas; Quinta Turma; j. 10/08/2021). Contudo, 
a doutrina tradicionalmente critica tal possibilidade (neste sentido Bitencourt, Álvaro Mayrink 
e Rogério Greco).
7. Furto Privilegiado (Artigo 155, § 2º do CP)
Possui dois requisitos:
1. Réu primário;
2. Coisa furtada seja de pequeno valor: Adotou-se um critério objetivo, considera-se de pe-
queno valor o que não passa de um salário mínimo.
O que se leva em conta é o valor do bem e não o prejuízo da vítima.
Pessoa primária é aquela que não é reincidente.
Presentes os dois requisitos pode o juiz se negar a conceder o privilégio? Não. Segundo 
o STJ se trata de direito subjetivo do réu: “Trata-se, em verdade, de direito subjetivo do réu, 
não configurando mera faculdade do julgador a sua concessão, embora o dispositivo legal 
empregue o verbo “poder” (STJ; HC 583023 / SC; Rel. Min. Ribeiro Dantas; Quinta Turma; DJe 
10/08/2020).
Caberá então ao juiz optar por um dos seguintes benefícios expressamente previstos na lei:
a) Substituir a pena de reclusão por detenção;
b) Reduzir a pena privativa de liberdade de 1/3 a 2/3;
c) Aplicar somente a pena de multa;
Cabe o privilégio no furto qualificado? Há verbete a respeito. Súmula 511-STJ: É possível 
o reconhecimento do privilégio previstono § 2º do art. 155 do CP nos casos de crime de furto 
qualificado, se estiverem presentes a primariedade do agente, o pequeno valor da coisa e a qua-
lificadora for de ordem objetiva.
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Crimes contra o Patrimônio – Parte I
DIREITO PENAL
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Quais são as de natureza objetiva? Incisos I, III e IV e a escalada no inciso II. Já fraude e 
abuso de confiança são de ordem subjetiva.
Crime continuado e valor a ser levado em conta: a jurisprudência desta Corte Superior de 
Justiça é no sentido de que, tratando-se de crimes em continuidade delitiva, o valor a ser con-
siderado para fins de concessão do privilégio (artigos 155, § 2º, e 171, § 1º, do CP) é a soma 
da vantagem obtida pelo agente do crime. Precedentes (STJ; Quinta Turma; Rel. Min. Reynaldo 
Soares da Fonseca; AgRg no AREsp 712222 / MG; DJe 09/11/2015).
8. Furto Qualificado – Artigo 155, § 4º, § 4º-A e § 4º-B até o § 7º
Inciso I: se o crime é praticado mediante rompimento ou destruição de obstáculo à sub-
tração do bem
O artigo 171 do CPP contém regra específica em relação a esta forma de furto qualificado, 
exigindo perícia no obstáculo a fim de constatar os danos, vestígios nele deixados.
A mera remoção do obstáculo sem a sua danificação não qualifica o crime, como, por 
exemplo, desparafusar uma janela.
Obstáculo diverso da coisa a ser subtraída e obstáculo que consiste na própria coisa: 
antigamente se entendia que o obstáculo deveria ser exterior à coisa, desta forma, isto gerava 
um contrassenso, pois se o agente quebrasse o vidro para subtrair bens do interior do carro 
incidiria a qualificadora (AgRg no AREsp. n.º 165.528/DF, Rel. Min. MARCO AURÉLIO BELLIZZE, 
Quinta Turma, julgado em 28/8/2012 e DJe 9/10/2012), no entanto se quebrasse o vidro para 
subtrair o próprio carro (que tem maior valor) ela não incidiria. Para resolver havia entendi-
mento em alguns julgados de que em nenhum dos casos incidiria a qualificadora, sob pena 
de violação da isonomia (HC n.º 153.472/SP, Rel. Min. MARIA THEREZA DE ASSIS MOURA, 
Sexta Turma, julgado em 21/8/2012 e DJe 29/8/2012). A divergência foi resolvida (Emb. De 
Divergência no Resp 1.079.847; 3ª Seção; Rel. Min. Jorge Mussi; j. 22/05/2013) e se decidiu 
por 03 votos a 02 que quando o agente, visando subtrair aparelho sonoro localizado no interior 
do veículo, quebra o vidro da janela do automóvel para atingir o seu intento incide a qualifica-
dora, primeiro porque este obstáculo dificultava a ação do autor, segundo porque o vidro não 
é parte integrante da res furtiva visada, no caso, o som automotivo. Ou seja, se o rompimento 
recai sobre a própria coisa objeto do furto não se aplica a qualificadora. Este é o entendimento 
prevalente no STJ segundo o seguinte julgado:
JURISPRUDÊNCIA
Quando o rompimento ou a violência recai sobre a própria coisa objeto do furto, a juris-
prudência prevalente nesta Corte ainda é no sentido de que não se aplica a qualificadora 
de destruição ou rompimento de obstáculo. (STJ, AgRg no REsp 1918935 / DF, Sexta 
Turma, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, DJe 17/09/2021).
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Inciso II
1. Abuso de confiança (famulato):
Pressupõe dois requisitos: 1. Que por alguma razão, a vítima deposite uma especial, uma 
grande confiança no agente (exs: amizade forte, namoro, noivado, de algumas formas de pa-
rentesco), por isso será sempre necessária a análise do caso concreto, se um empregado furta 
o empregador, o crime só pode ser qualificado se houver prova de uma grande confiança do 
patrão naquele empregado. Assim, o famulato (furto praticado por empregado) pode ou não ser 
qualificado. Por sua vez, é isento de pena aquele que subtrai bens do cônjuge, companheiro, as-
cendente ou descendente (artigo 181 do CP). Acontece que o artigo 183, III exclui tal isenção se 
a vítima for pessoa idosa, com 60 anos ou mais, de modo que em tal caso o furto é punível e de 
maneira qualificada; 2. Que o agente se aproveite de alguma facilidade decorrente da relação de 
confiança para cometer o furto (ex: subtrair objetos da casa de um amigo durante uma visita; o 
gerente de uma loja subtrai dinheiro do cofre usando a chave que o patrão lhe entregou).
2. Furto mediante fraude:
Em relação ao conceito de fraude no crime de furto a doutrina e jurisprudência não fizeram 
um conceito restritivo, pelo contrário, toda e qualquer artimanha será considerado a qualificadora.
Se a fraude for praticada por meio de dispositivo eletrônico ou informático haverá modali-
dade específica, do art. 155, § 4º-B.
Toda e qualquer artimanha que de algum modo facilite ou viabilize a subtração configura a 
qualificadora em análise.
Como diferenciar o furto mediante fraude do estelionato? Em termos teóricos tem uma frase 
que explica: “no furto, a fraude é para distrair a atenção da vítima e viabilizar a subtração, enquan-
to no estelionato a fraude é para convencer a vítima para entregar o bem”. Para ser estelionato 
é necessário que haja a entrega em uma posse desvigiada. Na prática a diferenciação é mais 
complexa. Sempre que o próprio ladrão se apossar do bem após empregar a fraude teremos fur-
to. Mas quando a vítima entregar o bem haverá ainda furto se a posse recebida era vigiada. Em 
suma, para que haja estelionato é necessário que a vítima entregue a posse desvigiada.
O artigo 171 pressupõe que alguém seja induzido em erro mediante fraude. Este alguém 
pode ser o próprio dono dos bens ou terceiro, mas deve ser sempre uma pessoa, um ser hu-
mano. Se alguém com o cartão clonado consegue sacar dinheiro no caixa 24h, o crime é o de 
furto. Se, todavia, com um cartão clonado o agente saca dinheiro dentro de uma agência ban-
caria, se passando pelo correntista, passado-se pelo correntista, de modo de que o funcionário 
do caixa entrega a ele dinheiro, o crime é o de estelionato.
Golpe do “falso manobrista”: agente se passa por manobrista, recebe as chaves da vítima, sai 
com o carro e se apodera deste. Os Tribunais têm decidido que, neste caso, ocorre furto com 
emprego de fraude. A rigor seria estelionato, contudo, a decisão se fundamenta em política cri-
minal, uma vez que a maioria das seguradoras não cobre perda por estelionato.
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Crimes contra o Patrimônio – Parte I
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Que crime consiste na conduta de adulterar medidor de energia sem consentimento da 
concessionária para subtração da energia? O STJ entende que se trata de estelionato (STJ; 
AREsp 1418119 / DF; Rel. Min. Joel Ilan Paciornik Quinta Turma; Dje 13/05/2019). Não se con-
funde com o “gato” que caracteriza furto.
Havia entendimento ainda de que o pagamento do preço público antes do oferecimento 
da denúncia referente à energia subtraída enseja a extinção da punibilidade, aplicando-se 
analogicamente as leis 9.249/1995 e 10.684/2003, sendo irrelevante o fato de preço público 
não ser efetivamente tributo (STJ; RHC 73520 / MS; Rel. Min. RibeiroDantas; Quinta Turma; 
DJe 14/08/2017. Ocorre que atualmente parece haver mudança de entendimento. O STJ vem 
adotando postura diversa, como ocorreu no julgamento do HC 412.208/SP (j.20/03/2018), 
proferido pela Quinta Turma. Para o tribunal, não é possível conferir aos delitos patrimoniais 
o mesmo tratamento aplicável aos crimes tributários diante do pagamento dos tributos devi-
dos em virtude de sonegação ou apropriação, pois, nestes crimes, a extinção da punibilidade 
é medida específica – e, portanto, deve ser restrita –, adotada como forma de incentivar o 
pagamento e, como consequência, manter a higidez das contas públicas, o que não aconte-
ce no âmbito estritamente patrimonial, que, ademais, tem disposição legal de natureza geral 
plenamente aplicável: o artigo 16 do Código Penal, que disciplina o arrependimento posterior, 
causa de diminuição de pena que não afeta a pretensão punitiva. O julgado ainda se referiu ao 
fato de que a jurisprudência adota o entendimento de que a remuneração pelo fornecimento 
de energia elétrica – prestado por concessionária – tem natureza de tarifa ou preço público, 
sem caráter tributário, mais uma razão por que não há possibilidade de atribuir a este caso os 
efeitos aplicáveis expressamente apenas a tributos e contribuições sociais. Posteriormente, 
a 3ª Seção unificou pacificou este entendimento de que no caso de furto de energia elétrica 
mediante fraude, o adimplemento do débito antes do recebimento da denúncia não extingue a 
punibilidade sob três fundamentos (Terceira Seção; RHC 101.299/RS; Rel. Min. Nefi Cordeiro; 
Rel. para acórdão Min. Joel Ilan Paciornik; j. 13/03/2019):
1. Argumento político-criminal: o furto de energia elétrica, além de atingir a esfera indivi-
dual, tem reflexos coletivos e, não obstante seja tratado na prática como conduta sem tanta 
repercussão, se for analisado sob o aspecto social, ganha conotação mais significativa, ainda 
mais quando considerada a crise hidroelétrica recentemente vivida em nosso país;
2. Argumento normativo: em segundo lugar, há impossibilidade de aplicação analógica do 
art. 34 da Lei n. 9.249/1995 aos crimes contra o patrimônio, porquanto existe previsão legal 
específica de causa de diminuição da pena para os casos de pagamento da “dívida” antes do 
recebimento da denúncia (art. 16 do Código Penal). Destarte, ainda que se pudesse observar 
a existência de lacuna legal, não nos poderíamos valer desse método integrativo, uma vez que 
é nítida a discrepância da ratio legis entre as situações jurídicas apresentadas, em que uma a 
satisfação estatal está no pagamento da dívida e a outra no papel preventivo do Estado, que se 
vê imbuído da proteção a bem jurídico de maior relevância;
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3. Argumento normativo: por fim, diferentemente do imposto, a tarifa ou preço público tem 
tratamento legislativo diverso. A jurisprudência se consolidou no sentido de que a natureza jurí-
dica da remuneração pela prestação de serviço público, no caso de fornecimento de energia elé-
trica, prestado por concessionária, é de tarifa ou preço público, não possuindo caráter tributário.
Saque fraudulento em conta-corrente, ou seja, quando ocorre a subtração de valores da 
conta-corrente, mediante a transferência ou saque bancários sem o consentimento do corren-
tista: Entende-se que há furto mediante fraude (AgRg no CC 74.225/SP).
Condutas de inserção de dispositivo eletrônico em caixa bancário para subtração posterior 
de valores “pescador” configura furto mediante fraude e não estelionato (STJ; AgRg na RvCr 
3564 / SC; Rel. Min. Felix Fischer; Terceira Seção; DJe 16/05/2017).
3. Furto mediante escalada
O ingresso no local do furto por via anormal ou se valendo de instrumentos para o local de 
acesso. P.Ex. pular o muro, entrar pelo telhado, ou ainda cavar um túnel.
O artigo 171 do CPP exige perícia para demonstrar como ocorreu a escalada. A doutrina e a 
jurisprudência entendem que a qualificadora só se justifica quando é preciso fazer um esforço 
considerável para ter acesso ao local ou quando o agente fez uso de instrumentos auxiliares, 
como escadas ou cordas.
4. Furto mediante destreza
É a habilidade física ou manual que permite a agente subtrair objetos que a vítima traz con-
sigo, sem que ela perceba. A palavra destreza no dicionário significa habilidade. Aqui se aplica 
uma interpretação restritiva, sendo apenas destreza o conceito acima apresentado.
Essa qualificadora quase sempre é aplicada no caso de batedor de carteiras (o punguista).
Quando a vítima está dormindo ou embriagada e por isso não percebe o crime, ele é con-
siderado simples.
É possível tentativa no furto qualificado pela destreza? Se por falta de habilidade do agente 
no caso concreto sua conduta é percebida e o crime evitado, temos tentativa de furto simples, 
mas se a vítima não nota a subtração sendo o delito evitado por terceira pessoa que se encon-
trava no local temos tentativa de furto qualificado.
Inciso III
5. Furto mediante emprego de chave falsa
O conceito de chave falsa abrange: a) a cópia clandestina; b) qualquer instrumento capaz 
de abrir a fechadura que não seja a chave verdadeira. Estão incluídos os objetos que têm outra 
finalidade qualquer como grampo de cabelo ou chave de fenda e também os instrumentos con-
feccionados pelos próprios ladrões para servir como chave falsa que são conhecidos como 
“mixas” ou “gazuas”. Quando alguém emprega fraude para conseguir a chave verdadeira, res-
ponde por furto mediante fraude
Inciso IV
6. Furto mediante concurso de pessoas
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É possível que uma só pessoa seja condenada e que o juiz aplique a qualificadora em ques-
tão desde que exista prova do envolvimento de outra pessoa que por alguma razão não pode 
ser punida, por ser menor de idade, filho ou cônjuge da vítima, porque morreu ou por não ter 
sido identificado.
Art. 155, § 4º-A Furto qualificado pelo emprego de explosivo ou de artefato análogo que cause pe-
rigo comum (Lei n. 13.654/2018)
O que é explosivo?
Explosivo é a substância ou artefato que possa produzir uma explosão, detonação, propul-
são ou efeito pirotécnico.
Para ser considerado artefato explosivo, é necessário que ele seja capaz de gerar alguma 
destruição. Nesse sentido: STJ. 6ª Turma. REsp 1627028/SP, Rel. Min. Maria Thereza de Assis 
Moura, julgado em 21/02/2017 (Info 599).
Ademais, deve gerar perigo comum. Ou seja, perigo a número indeterminado de pessoas.
Antes desta modificação havia discussão acerca da conduta do agente que para furtar 
dinheiro de caixa eletrônico o explodia. Eram duas as posições:
1ª corrente: furto qualificado por rompimento de obstáculo, vez que a explosão seria ape-
nas um meio de se praticar o furto. Aplica-se o princípio da consunção.
2ª corrente: tese institucional 383 do MP/SP. Há concurso entre os crimes de furto qua-
lificado pelo rompimento de obstáculo e delito de explosão majorado pelo intuito de obter 
vantagem (art. 251, § 2º do CP). Caso houvesse concurso formal entendia-se pelos desígnios 
autônomos. Havia colhida do STJ para esta corrente. STJ. 6ª Turma. REsp 1647539/SP, Rel. 
Min. Nefi Cordeiro, julgado em 21/11/2017.
A nova lei estabeleceu pena de 04a 10 anos de reclusão. A priori, seu objetivo foi de au-
mentar o rigor. Contudo, observando-se a segunda corrente nota-se que há uma pena mínima 
de 04 anos da explosão (forma básica cuja pena é de 03 anos e causa de aumento de um ter-
ço) e a pena do furto qualificado de 02 anos. Portanto, antes da mudança a segunda corrente 
resultaria em uma pena mínima de 06 anos, enquanto a nova lei traz uma pena mínima de 04 
anos. Assim, parece ser uma lei mais favorável caso se adotasse a segunda corrente antes e 
deve retroagir para se aplicar aos agentes condenados pelo cúmulo material dos crimes.
Pode o repouso noturno incidir em casos como o desta qualificadora? Aplicando-se o ra-
ciocínio já adotado pelo STJ, tal deve se afigurar possível. STF. 2ª Turma. HC 130952/MG, Rel. 
Min. Dias Toffoli, julgado em 13/12/2016 (Info 851). STJ. 6ª Turma. HC 306.450-SP, Rel. Min. 
Maria Thereza de Assis Moura, julgado em 4/12/2014 (Info 554).
Polêmica: imaginemos, com efeito, que um grupo criminoso tenha adquirido dinamite para em 
seguida empregá-la no furto de caixas eletrônicos em uma agência bancária (art. 155, § 4º-A 
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inserido pela Lei n. 13.654/2018). A posse da dinamite (art. 16, § único, III da Lei 10.826/03) 
deve ser imputada em concurso com o furto qualificado pelo emprego do artefato, ou este 
último absorve o primeiro?
Rogério Sanches entende que por ser o artigo 16 da referida lei hediondo (Lei n. 13.497/2017) 
incabível a consunção, havendo concurso de crimes.
Eu entendo que não há resposta peremptória que possa se dar em abstrato. De início con-
vém explanar que a consunção não tem relação com a gravidade dos crimes (equívoco muito 
comum), ao contrário da subsidiariedade, por exemplo. Em verdade deve se analisar se a pos-
se se esgota naquele furto ou transcende a conduta do furto. Caso se esgote, haverá crime 
único; caso transcenda, haverá concurso de crimes.
Art. 155, § 4º-B Furto mediante fraude qualificado por meio de dispositivo eletrônico ou informático 
(inserido pela Lei n. 14.155/21, de 27 de maio de 2021).
A pena é de reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa, se o furto mediante fraude é cometido 
por meio de dispositivo eletrônico ou informático, conectado ou não à rede de computadores, com 
ou sem a violação de mecanismo de segurança ou a utilização de programa malicioso, ou por qual-
quer outro meio fraudulento análogo.
O legislador não separou a forma qualificada em preceito primário e secundário, valendo-
-se de técnica não recomendável.
Ademais, ao final se valeu da expressão “análogo” desnecessária, visto que a própria re-
dação do tipo já demonstra ser o caso de se utilizar de interpretação analógica ainda que não 
existisse a expressão. De todo modo, referido método exige que o delito seja praticado por 
meio eletrônico ou informático.
Art. 155, § 4º-C Formas majoradas do art. 155, § 4º-B
§ 4º-C. A pena prevista no § 4º-B deste artigo, considerada a relevância do resultado gravoso:
I – aumenta-se de 1/3 (um terço) a 2/3 (dois terços), se o crime é praticado mediante a utilização de 
servidor mantido fora do território nacional;
II – aumenta-se de 1/3 (um terço) ao dobro, se o crime é praticado contra idoso ou vulnerável.
O legislador estabeleceu como critério para o aumento a relevância do resultado gravoso, o 
que parece indicar a preocupação com o desvalor do resultado para fins de aferir a majorante.
9. Furto Qualificado de Veículo Automotor a Ser Levado para outro Estado ou 
País (Artigo 155, § 5º)
A pena é de 3 a 8 anos de reclusão se o furto for de veículo automotor que venha a ser 
transportado para outro estado ou país (introduzida em 1996).
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Esta qualificadora possui dois requisitos: a) intenção desde o momento do furto de levar 
o veículo para outro estado ou país; b) que o agente consiga levar efetivamente o veículo para 
outro estado ou país.
A qualificadora só se caracteriza quando o agente consegue cruzar a divisa ou a fronteira. 
Se o sujeito quer levar um carro furtado para outro estado, mas o veículo é apreendido na estra-
da no mesmo estado em que ocorreu o furto, o delito se considera consumado, porque o ladrão 
já está na posse do bem há algum tempo, mas não incide a qualificadora do § 5º.
10. Furto Abigeato ou Abacto (Artigo 155, § 6º)
Inserido Pela Lei n. 13.330/2016.
Mens legis: reprimir o furto de gado. Fruto da bancada ruralista na Câmara dos Deputados.
Incide esta forma qualificada (pena de 02 a 05 anos de reclusão – nota-se que não foi con-
templada a pena de multa) quando a subtração envolve semovente domesticável de produção, 
ou seja, gado, porco, galinha, desde que usados para produção.
Se o sujeito subtrai o porquinho do filme Baby incide esta qualificadora? Não. Aquele porco 
era um “porco de companhia”, não era voltado à produção.
A forma qualificada incide ainda que o agente abata ou divida o semovente no local da 
subtração.
E se o abate ou a divisão forem praticados por terceiro e o agente subtrair o animal já aba-
tido ou dividido? Parece que não incide este crime, pois neste caso, estar-se-ia punindo nesta 
modalidade o agente que subtrai peças de carne do mercado, o que não parece fugir muito do 
escopo da lei.
11. Furto Qualificado de Substâncias Explosivas ou Acessórios (Art. 155, § 7º)
A pena é de reclusão de 4 (quatro) a 10 (dez) anos e multa, se a subtração for de substâncias ex-
plosivas ou de acessórios que, conjunta ou isoladamente, possibilitem sua fabricação, montagem 
ou emprego.
Substância explosiva “é aquela capaz de provocar detonação, estrondo, em razão da de-
composição química associada ao violento deslocamento de gases.” (MASSON, Cleber. Códi-
go Penal comentado. São Paulo: Método, 2014, p. 685).
Aqui o agente é punido por furtar uma substância explosiva ou acessório que, conjunta ou 
isoladamente, possibilite sua fabricação, montagem ou emprego.
Ex.: sujeito que furta uma banana de dinamite.
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roubo
Objetividade jurídica: é crime complexo, porque afeta mais de um bem jurídico que per si já 
constitui crime. Afeta o patrimônio e a liberdade de autodeterminação da vítima.
Sujeito ativo: pode ser qualquer pessoa, exceto o dono.
Sujeito passivo: o dono do objeto (mesmo que não tenha sofrido violência ou grave amea-
ça) e também todos aqueles que sofrerem a violência ou grave ameaça (ainda que nada lhes 
seja subtraído).
1. ROUBO PRÓPRIO: artigo 157, caput. Consiste também em subtrair para si ou para ou-
trem coisa alheia móvel, mas trata-se de crime mais grave que o furto porque antes da sub-
tração o agente domina a vítima pelo emprego de violência contra pessoa, grave ameaça ou 
qualquer outro meio que reduza a vítima a vítima à impossibilidade de resistência.
1.1. Tipicidade Objetiva
1.Violência contra pessoa (vis corporalis ou vis absoluta): abrange todo tipo de agressão, 
bem como o emprego de força física contra alguém, inclui a chamada trombada que é moda-
lidade de roubo.
Violência contra a coisa: a princípio é furto, no entanto, quando repercutir no corpo da víti-
ma a ponto de provocar lesão, dor considerável, desequilíbrio, queda, etc haverá roubo.
2. Grave ameaça (vis compulsiva ou vis relativa): promessa de mal injusto e grave a ser cau-
sado no próprio dono do bem ou terceiro capaz de atemorizar a vítima viciando sua vontade.
Se o sujeito simula estar armado ou usa arma de brinquedo que pareça verdadeira ele res-
ponde por crime de roubo porque tais condutas têm poder intimidatório.
3. Violência imprópria: esta é uma designação doutrinária para se referir a uma fórmula 
genérica contida no caput do artigo 157, consistente no emprego de qualquer outro meio que 
reduza a vítima à impossibilidade de resistência (ex.: colocação sorrateira de sonífero na bebi-
da de alguém – boa noite Cinderela, hipnose).
Dívida de corrida de táxi pode ser considerada coisa alheia móvel para fins de configura-
ção de delitos patrimoniais? No caso, o agente se negou a efetuar o pagamento da corrida de 
táxi e desferiu um golpe de faca no motorista, sem (tentar) subtrair objeto algum, de modo a 
excluir o animus furandi, o que afasta a conduta do núcleo do tipo de roubo qualificado pelo 
resultado, composto pelo verbo subtrair e pelo complemento “coisa alheia móvel”. A equipa-
ração da dívida de transporte com a coisa alheia móvel prevista no tipo do art. 157 do Código 
Penal não pode ser admitida em razão dos princípios elementares da tipicidade e da legalidade 
estrita que regem a aplicação da lei penal. A doutrina conceitua coisa como “tudo aquilo que 
existe, podendo tratar-se de objetos inanimados ou de semoventes”. Ademais, embora a dívida 
do agente para com o motorista tenha valor econômico, de coisa não se trata, ao menos para 
fins de definição jurídica exigida para a correta tipificação da conduta. Aliás, de acordo com a 
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doutrina, “os direitos reais ou pessoais não podem ser objeto de furto” (STJ; Resp 1.757.543/
RS; Rel. Min. Antonio Saldanha Pinheiro; Sexta Turma; j. 24/09/2019).
Roubo forjado por funcionário da empresa: sujeito era funcionário da empresa e decidiu 
forjar um roubo ao estabelecimento para obter as quantias. Combinou que comparsas ali en-
trariam e anunciariam um roubo, de modo que o funcionário fingindo ser vítima entregaria a 
quantia. Trata-se de roubo e não estelionato. O fato de o assalto envolver situação forjada entre 
o paciente e o correu não viabiliza a ocorrência de estelionato, pois a caracterização do roubo 
não pressupõe a efetiva intenção do agente de realizar o mal prometido. Basta que a forma 
utilizada para a subtração da coisa alheia móvel seja revestida de aptidão a causar fundado te-
mor ao ofendido. Nesse sentido, a ameaça praticada pela simulação do porte de arma de fogo 
constitui meio idôneo a aterrorizar (STF; Primeira Turma; HC 147.584; rel. Min. Marco Aurélio; 
j. 02/06/2020)
1.2. Consumação: em relação ao roubo está plenamente pacificado o entendimento de que 
o crime se consuma no exato instante em que o agente se apodera do bem da vítima após tê-la 
dominado pelo emprego de violência ou grave ameaça. Dessa forma, mesmo que o ladrão seja 
preso no próprio local, já estando em poder de algum bem da vítima, o crime está consumado 
(Súmula 582-STJ: Consuma-se o crime de roubo com a inversão da posse do bem mediante 
emprego de violência ou grave ameaça, ainda que por breve tempo e em seguida à persegui-
ção imediata ao agente e recuperação da coisa roubada, sendo prescindível a posse mansa e 
pacífica ou desvigiada).
A tentativa é possível quando o agente emprega a violência ou grave ameaça, mas não con-
segue se apoderar de nenhum bem da vítima, por exemplo, vítima que foge, que reage, ajuda 
prestada por terceiros ou por policiais.
Atos preparatórios:
JURISPRUDÊNCIA
Adotando-se a teoria objetivo-formal, o rompimento de cadeado e destruição de fecha-
dura da porta da casa da vítima, com o intuito de, mediante uso de arma de fogo, efetuar 
subtração patrimonial da residência, configuram meros atos preparatórios que impedem 
a condenação por tentativa de roubo circunstanciado. Não há jurisprudência dominante 
dos Tribunais Superiores sobre a divergência, no entanto, aplica-se o mesmo raciocínio 
já desenvolvido pela Terceira Seção deste Tribunal (CC 56.209/MA), por meio do qual se 
deduz a adoção da teoria objetivo-formal para a separaç ão entre atos preparatórios e atos 
de execução, exigindo-se para a configuração da tentativa que haja início da prática do 
núcleo do tipo penal (AREsp 974.254-TO, Rel. Min. Ribeiro Dantas, Quinta Turma, por una-
nimidade, julgado em 21/09/2021, DJe 27/09/2021).
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Princípio da insignificância: é inaplicável ao crime de roubo, conforme entendimento pacífi-
co do STJ e do STF, ainda que os bens subtraídos sejam de pouca importância.
Nossa jurisprudência igualmente não admite o instituto do roubo de uso como fato atípico. 
Sempre que houver violência ou grave ameaça estará configurado o delito de roubo mesmo 
que o ladrão posteriormente restitua os valores.
2. Roubo Impróprio (artigo 157, § 1º): neste delito, o sujeito apenas queria inicialmente 
praticar um furto e já havia se apossado de algum bem, porém logo após ele emprega violência 
ou grave ameaça a fim de garantir a sua impunidade ou a detenção do bem.
2.1. Premissa do roubo impróprio: é que o agente já tenha se apossado do bem que pre-
tendia furtar. Antes deste apossamento, o crime de roubo impróprio é pela falta de uma das 
elementares do tipo.
2.2. Diferenças entre roubo próprio e impróprio: no roubo próprio a violência e a grave 
ameaça são empregadas antes ou durante a subtração, enquanto no impróprio são emprega-
das depois. Outra diferença é que por expressa previsão legal o roubo impróprio não pode ser 
praticado mediante violência imprópria.
Se o ladrão iniciou a execução do furto e antes de se apoderar de qualquer objeto acaba 
empregando violência ou grave ameaça, a fim de viabilizar a subtração, ele responde por roubo 
próprio, vez que aqui não houve o apossamento ainda, pressuposto para o roubo impróprio. 
Caso, todavia, antes de se apossar do bem, agrida, ou ameace alguma pessoa a fim de garantir 
sua impunidade, responde por tentativa de furto em concurso material com crime de lesão 
corporal ou ameaça.
A existência do roubo impróprio pressupõe que a violência ou grave ameaça sejam empre-
gadas imediatamente após a subtração, ou seja, ainda no contexto fático do furto que estava 
em andamento.
A redação do § 1º deixa claro que o roubo impróprio se consuma no exato instante em que 
é empregada a violência ou grave ameaça, mesmo que ele não consiga assegurar a sua impu-
nidade ou a detenção do bem.
O roubo impróprio não admite tentativa (majoritário)
Roubo próprio Roubo impróprio
Violência ou grave ameaça antes ou 
durante a subtração
Violência ou grave ameaça após a 
subtração
Admite violência imprópria Não admite violênciaimprópria
Admite tentativa Prevalece que não admite tentativa
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3. Roubo Majorado (Art. 157, § 2º, § 2º-A e § 2º-B)
Todas as majorantes se aplicam tanto ao roubo próprio, como ao roubo impróprio.
§ 2º
São causas de aumento de pena, vez que a lei diz que o juiz deve aumentar a pena de 1/3 
até ½. Estas causas de aumento aplicam-se tanto ao roubo próprio, quanto a impróprio.
Por outro lado, essas causas de aumento não se aplicam quando se tratar de roubo quali-
ficado pela lesão grave ou morte (art. 157, § 3º).
Inciso I – Tratava do roubo majorado pelo emprego de arma. Foi revogado pela Lei n. 
13.654/2018 que restringiu para a arma de fogo e deslocou o dispositivo.
Inciso II – Se o crime for praticado mediante concurso de duas ou mais pessoas.
Inciso III – Se a vítima está em serviço de transporte de valores e o agente conhece tal 
circunstância.
Por constar o vocábulo “serviço”, entende-se que deve estar a pessoa prestando serviços 
para outrem, ou seja, não pode ser o titular dos valores subtraídos, assim, para que se dê a 
majorante, os valores devem ser de outrem e não da pessoa que os transporta.
O que se entende por “transporte de valores”? Valor é dinheiro ou qualquer outro bem com 
expressão econômica (ex.: transporte de cosméticos – STJ, Resp 1309966/RJ; Rel. Min. Lauri-
ta Vaz; Quinta Turma; Dje 02/09/2014). Logo, não precisa ser apenas dinheiro.
Inciso IV – Se o roubo é de veículo automotor que venha a ser transportado para outro es-
tado ou país. Aplicam-se aqui os comentários feitos em relação ao furto.
Inciso V – Se o agente mantém a vítima em seu poder, restringindo a sua liberdade.
Com relação a esta majorante três situações devem ser separadas devidamente:
1. A privação da liberdade inerente ao roubo por tempo irrelevante juridicamente não carac-
teriza a majorante;
2. A privação da liberdade por tempo juridicamente relevante, considerável, havendo nexo 
com o roubo caracteriza a majorante (exemplo: criminoso que mantém as vítimas presas no 
banheiro enquanto separa os bens da casa que pretende subtrair);
3. A privação da liberdade é relevante, mas não tem nexo com o roubo. Nesta hipótese há 
concurso entre roubo e sequestro ou cárcere privado do artigo 148 do CP (exemplo: criminoso 
que após consumado o roubo mantém todos presos por dias no porta-malas do carro).
Inciso VI – Se a subtração for de substâncias explosivas ou de acessórios que, conjunta ou 
isoladamente, possibilitem sua fabricação, montagem ou emprego.
Mesma hipótese do artigo 155, § 7º, mas envolvendo o roubo.
Inciso VII – Se a violência ou grave ameaça é exercida com emprego de arma branca (acres-
centado pelo Projeto Anticrime – Lei n. 13.964/2019).
Obs.: � Obs. lei penal no tempo: o emprego de arma branca que havia deixado de caracterizar 
majorante com o advento da Lei n. 13.654/2018 (23 de abril de 2018) voltou a majo-
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Crimes contra o Patrimônio – Parte I
DIREITO PENAL
Rodrigo Pardal
rar a pena com a entrada em vigor doa Lei n. 13.964/2019 (Projeto Anticrime – 23 de 
janeiro de 2020). De todo modo, a mudança operada pela Lei Anticrime não retroage 
e somente se aplica aos fatos praticados antes da entrada em vigor da lei. Portanto, 
para os fatos ocorridos antes de 23 de janeiro de 2020 não incide majorante se houver 
emprego de arma branca.
Como aumentar a pena?
JURISPRUDÊNCIA
Súmula 443 do STJ: O aumento na terceira fase de aplicação da pena no crime de roubo 
circunstanciado exige fundamentação concreta, não sendo suficiente para a sua exaspe-
ração a mera indicação do número de majorantes.
§ 2º-A. Inserido pela Lei n. 13.654/2018
A pena é majorada em dois terços nestas hipóteses.
Inciso I: violência ou grave ameaça exercida com emprego de arma de fogo;
Quanto a arma de fogo apenas foi o dispositivo deslocado (houve continuidade normativo-
-típica) e aumentada a fração de aumento. Portanto, no que tange a emprego de arma de fogo 
a nova lei é prejudicial e não retroage.
Já, com relação a arma branca a Lei n. 13.654/2018 não mais a contemplou e, portanto, 
não incide a majorante quanto ao emprego de arma branca para o roubo praticado entre 23 de 
abril de 2018 e 23 de janeiro de 2020 (Projeto Anticrime – Lei n. 13.964/2019). Contudo, neste 
intervalo nada impede que o emprego de arma branca seja tido como circunstância judicial 
desfavorável na primeira fase da dosimetria. Assim, inclusive entende o STJ (STJ; Quinta Tur-
ma; HC 556.629/RJ; Rel. Min. Ribeiro Dantas; unanimidade; 23/03/2020).
Há entendimento do STJ reconhecendo essa abolitio com efeitos retroativos para benefi-
ciar réu e afastar a majorante (REsp 1519860 / RJ; Rel. Min. Jorge Mussi; Quinta Turma; DJe 
25/05/2018).
Lei Penal no tempo e Lei Anticrime: a Lei n. 13.654/2018 revogou o inciso I do § 2º. Por-
tanto, a arma branca havia deixado de caracterizar causa de aumento. Desta forma, no que 
tange à arma branca, a Lei n. 13.654/2018 foi benéfica. A mudança operada pela Lei Anticrime 
relacionada à arma branca fez com que a majorante pelo emprego de arma branca voltasse a 
existir, sendo prejudicial e, portanto, não retroage, aplicando-se somente aos fatos praticados 
a partir da Lei Anticrime – 23 de janeiro de 2020.
E no caso de arma desmuniciada? Pacífico no STJ que não incide a majorante, pois não há 
potencial lesivo enquanto arma de fogo (AgRg no REsp 1721936 / SP; Sexta Turma; Rel. Min. 
Rel. Min. Maria Thereza de Assis Moura; Dje 16/04/2018 e HC 407.801/MS; Quinta Turma; 
Quinta Turma; Rel. Min. Ribeiro Dantas; Dje 26/02/2018).
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Inciso II: se há destruição ou rompimento de obstáculo mediante o emprego de explosivo 
ou de artefato análogo que cause perigo comum.
Para que se caracterize esta causa de aumento de pena é necessário o preenchimento de 
dois requisitos:
a) o roubo resultou em destruição ou rompimento de obstáculo;
b) essa destruição ou rompimento foi causado pelo fato de o agente ter utilizado explosivo 
ou artefato análogo que cause perigo comum.
Questão: e se incidirem os dois incisos? Os agentes já responderiam pelo roubo com pena 
aumentada em 2/3 pelo simples fato de empregarem arma de fogo (inciso I do § 2º-A do art. 
157 do CP). Diante disso, a circunstância narrada no inciso II (destruição ou rompimento de 
obstáculo mediante o emprego de explosivo ou de artefato análogo que cause perigo comum) 
será utilizada como agravante, nos termos do art. 61, II, “d”, do CP (este é o entendimento do 
STJ – Info 684).
§ 2º-B. Inserido pelo Projeto Anticrime (Lei n. 13.964/2019)
Se a violência ou grave ameaça é exercida com emprego de arma de fogo de uso restrito 
ou proibido, aplica-se em dobro a pena prevista no caput deste artigo.
Arma branca 1/3 a 1/2
Arma de fogo de uso restrito ou proibido dobro
Arma de fogo de uso permitido 2/3
6. Roubo Qualificado peloResultado (Artigo 157, § 3º)
A Lei n. 13.654/2018 alterou o dispositivo dividindo-se em incisos e aumentando a pena 
máxima do roubo com resultado lesão grave.
As majorantes não se aplicam a este parágrafo.
Aqui a doutrina entende que o resultado agravador pode advir tanto de dolo, quanto de 
culpa (absurdo)!
Inciso I. Se da violência resulta lesão grave, a pena é de 7 a 18 anos de reclusão e multa. 
Aqui está abrangida a lesão gravíssima, que qualifica o roubo também, em que pese a ausência 
de previsão legal expressa.
Inciso II. Se da violência resulta morte, a pena é de 20 a 30 anos de reclusão e multa.
E se houver ameaça? A lei fala em “violência” e o CP nestes quando usa esta palavra se 
refere à violência física, de modo que caso o roubo se dê mediante grave ameaça e a vítima 
morra por susto, por exemplo, não há latrocínio, podendo se cogitar de concurso entre roubo e 
homicídio (doloso ou culposo).
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Para que exista latrocínio, é preciso que a violência seja empregada durante e em ra-
zão do roubo.
Morte de outras vítimas e do comparsa: presentes esses requisitos, o crime será o de latro-
cínio, qualquer que seja a vítima fatal, por exemplo, o dono do bem, alguém que o acompanhava, 
um funcionário ou segurança do estabelecimento roubado. Existe, porém, uma exceção, se um 
ladrão mata o comparsa intencionalmente, durante e em razão do roubo, não é possível falar em 
latrocínio, porque a vítima fatal era coautora do roubo, havendo então homicídio em relação ao 
comparsa em concurso material com roubo quanto à vítima inicial. Contudo, se o ladrão mira na 
vítima, mas por erro na execução atinge o comparsa, há latrocínio, pois nesta hipótese analisa-se 
como se ele tivesse acertado a vítima almejada – trata-se de aberratio ictus do art. 73 do CP.
A própria redação do artigo 157, § 3º, vincula a consumação do latrocínio ao evento morte, 
assim, se houver subtração tentada e morte consumada, o latrocínio está consumado (Súmula 
610 do STF).
Ao contrário, se houver subtração consumada e morte tentada, o latrocínio se conside-
ra tentado.
Em suma, são as hipóteses:
1. Morte consumada e subtração consumada: latrocínio consumado;
2. Morte tentada e subtração tentada: latrocínio tentado;
3. Morte consumada e subtração tentada: latrocínio consumado (Súmula n. 610 do STF);
4. Morte tentada e subtração consumada: latrocínio tentado.
Roubo e pluralidade de mortes – concurso de crimes ou crime único?
Latrocínio e pluralidade de mortes (STJ):
JURISPRUDÊNCIA
Nos crimes de latrocínio, a prática de uma subtração, com dois resultados morte, é hipó-
tese de reconhecimento do concurso formal impróprio. Precedentes. (RvCr 3539/MG; 
Rel. Min. Felix Fischer; Terceira Seção; 21/09/2017).
Latrocínio e pluralidade de mortes (STF):
JURISPRUDÊNCIA
O reconhecimento do concurso formal próprio no delito de latrocínio praticado encon-
tra respaldo jurídico na jurisprudência do Supremo Tribunal segundo a qual “o crime de 
latrocínio é um delito complexo, cuja unidade não se altera em razão da diversidade de 
vítimas fatais; há um único latrocínio, não obstante constatadas duas mortes; a plurali-
dade de vítimas não configura a continuidade delitiva, vez que o crime-fim arquitetado foi 
o de roubo e não o de duplo latrocínio (STF; HC 140368 AgR / SP; Rel. Min. Dias Toffoli; 
Segunda Turma; j. 07/08/2018).
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QUESTÕES DE CONCURSO
001. (CESPE/CEBRASPE/2021/SERIS – AL/AGENTE PENITENCIÁRIO) Em relação às alte-
rações promovidas pela Lei n. 13.964/2019, que modificou, entre outros normativos, o Código 
Penal e o Código de Processo Penal, julgue o item subsequente.
Cidadão que, mediante o uso de uma faca de cozinha, ameaçar uma vítima, subtraindo-lhe um 
aparelho celular, sem, no entanto, provocar qualquer dano corporal na vítima, responderá pelo 
crime de roubo simples, em razão da ausência de lesão à integridade corporal da vítima.
002. (CESPE/CEBRASPE/2021/SERIS – AL/AGENTE PENITENCIÁRIO) Com relação ao di-
reito penal, julgue o item a seguir.
Suponha que uma pessoa tenha subtraído para si, mediante grave ameaça, o celular de outra 
pessoa. Nessa situação, para que o crime de roubo seja configurado, é necessária a posse 
mansa e pacífica ou desvigiada do celular, não bastando a posse de fato, ainda que por breve 
espaço de tempo e seguida de perseguição.
003. (FGV/2021/TJ-SC/TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E DE REGISTROS – PROVIMEN-
TO) No interior de serventia extrajudicial, Joana buscava obter determinada certidão. Enquanto 
aguardava o funcionário, verificou que, do lado de dentro do balcão, havia um compartimento 
com moedas que eram utilizadas para facilitar a entrega de troco aos clientes. Diante da fa-
cilidade da situação, aproveitou para subtrair R$ 60,00 em moedas, valor que seria utilizado 
para comprar um presente de aniversário para sua filha. Ocorre que a conduta de Joana foi 
registrada pelas câmeras de segurança, chegando os fatos ao conhecimento da autoridade 
policial. Foi constatado, ainda, que Joana era primária, sem qualquer envolvimento pretérito 
com o aparato policial ou judicial.
Considerando apenas as informações expostas, a conduta praticada por Joana se adequaria, 
abstratamente, ao delito de:
Alternativas
a) peculato, sendo inaplicável o princípio da insignificância em razão da natureza de crime 
contra a Administração Pública;
b) peculato, podendo ser aplicado o princípio da insignificância, que afastaria a tipicidade 
da conduta;
c) peculato, podendo ser aplicado o princípio da insignificância, que afastaria a culpabilidade 
da agente;
d) furto, podendo ser aplicado o princípio da insignificância, que afastaria a tipicidade 
da conduta;
e) furto, podendo ser aplicado o princípio da insignificância, que afastaria a culpabilidade 
da agente.
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004. (VUNESP/2021/TJ-SP/JUIZ SUBSTITUTO) Durante a abordagem a três pessoas que se 
encontravam em um ponto de ônibus, mediante grave ameaça verbal de morte, Caio, que com-
pletara 18 anos naquela data e Tácio, que iria completar 18 anos no dia seguinte, subtraíram, 
para proveito comum, um aparelho de telefone celular da vítima A e a carteira da vítima B. Em 
razão de reação da vítima C, ambos a agrediram e, em seguida, dali se evadiram, sem nada 
subtrair de C.
A dupla foi localizada e identificada um mês após os fatos, sendo apreendido em poder de 
Caio um revólver, calibre 38, com numeração visível, desmuniciado, que trazia em sua cintura. 
O revólver foi periciado, constatando-se que a arma estava apta para efetuar disparos.
Nessa hipotética situação, é correto afirmar que
Alternativas
a) Caio será processado criminalmente pelo delito de roubo com incidência da causa de au-
mento de pena pelo concurso de agentes, cometido contra três vítimas, observadaa regra do 
cúmulo formal de infrações e pelo crime de porte irregular de arma de fogo de uso permitido.
b) Caio será processado criminalmente pelo delito de roubo com incidência da causa de au-
mento de pena pelo concurso de agentes, contra três vítimas, observada a regra do cúmulo for-
mal de infrações, não caracterizado o delito de porte ilegal de arma de fogo de uso permitido, 
dado que o revólver com ele apreendido estava desmuniciado.
c) Caio e Tácio serão processados criminalmente pelo delito de roubo com incidência da cau-
sa de aumento de pena pelo concurso de agentes, cometido contra três vítimas, observada a 
regra do cúmulo material de infrações.
d) Caio e Tácio serão processados criminalmente pelo delito de roubo com incidência da cau-
sa de aumento de pena pelo concurso de agentes, cometido contra três vítimas, observada a 
regra do cúmulo formal de infrações.
005. (FCC/2021/DPE-SC/DEFENSOR PÚBLICO) Caio e Douglas, previamente ajustados, sub-
traíram do interior de um estabelecimento comercial bens avaliados no total de 700 reais. Caio 
é primário e Douglas é reincidente. De acordo com o Superior Tribunal de Justiça, a figura do 
furto qualificado privilegiado
Alternativas
a) aplica-se a Caio e Douglas diante do pequeno valor da coisa e da qualificadora ser de ordem 
objetiva, sendo irrelevante a primariedade.
b) é incabível para Caio e Douglas, pois não se aplica o privilégio em caso de furto qualificado.
c) aplica-se somente a Caio diante de sua primariedade, do pequeno valor da coisa e da quali-
ficadora ser de ordem objetiva.
d) aplica-se a Caio e Douglas diante do pequeno valor da coisa, sendo irrelevantes a primarie-
dade e a qualificadora ser de ordem objetiva.
e) aplica-se somente a Caio diante de sua primariedade e do pequeno valor da coisa, sendo 
irrelevante a qualificadora ser de ordem objetiva.
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Crimes contra o Patrimônio – Parte I
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006. (FCC/2021/DPE-SC/DEFENSOR PÚBLICO) Considera-se hediondo o crime de
Alternativas
a) fraude eletrônica praticada contra pessoa idosa.
b) roubo circunstanciado pelo emprego de arma.
c) extorsão na forma simples ou qualificada.
d) furto qualificado pelo emprego de explosivo.
e) aborto provocado por gestante ou terceiro.
007. (ADVISE/2021/PREFEITURA DE COREMAS – PB/ADVOGADO) Para efeitos do Código 
Penal (Decreto-lei n. 2.848/1940), a conduta de subtrair o condômino, coerdeiro ou sócio, para 
si ou para outrem, a quem legitimamente a detém, a coisa comum, constitui crime de:
Alternativas
a) Furto.
b) Roubo.
c) Sequestro.
d) Furto de coisa comum.
e) Extorsão.
008. (OBJETIVA/2021/PREFEITURA DE VENÂNCIO AIRES – RS/PROCURADOR JURÍDICO) 
De acordo com CAPEZ, sobre os crimes patrimoniais, analisar os itens abaixo:
I – Famulato é o furto realizado pelo empregado que se encontra a serviço de seu patrão, em 
sua residência ou não, por exemplo, empregada doméstica e operário.
II – Se o agente prestar auxílio após a consumação do crime, sem que tenha existido qualquer 
acordo anterior ao furto, responderá pelo crime de favorecimento real.
III – Quando a intenção do agente for fazer justiça pelas próprias mãos para satisfazer preten-
são legítima (por exemplo: credor que se apodera de objeto móvel de seu devedor para satis-
fazer dívida que este se recusa a pagar), o crime será de furto qualificado.
Está(ão) CORRETO(S):
Alternativas
a) Somente o item I.
b) Somente o item II.
c) Somente os itens I e II.
d) Somente os itens II e III.
e) Nenhum dos itens.
009. (CESPE/CEBRASPE/2021/PC-AL/AGENTE DE POLÍCIA – PROVA ANULADA) Acerca 
dos crimes patrimoniais, julgue o item seguinte.
Não há crime de latrocínio quando a vítima reage ao roubo e mata um dos comparsas do crime.
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Crimes contra o Patrimônio – Parte I
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010. (CESPE/CEBRASPE/2021/PC-AL/AGENTE DE POLÍCIA – PROVA ANULADA) Acerca 
dos crimes patrimoniais, julgue o item seguinte.
O agente que, durante uma perseguição policial, tenha subtraído um veículo, sem emprego de 
ameaça e violência, e, após quatro horas, tenha abandonado o veículo em local diferente de 
onde foi feita a subtração não terá cometido crime, em razão da atipicidade do furto de uso.
011. (CESPE/CEBRASPE/2021/PC-AL/AGENTE DE POLÍCIA – PROVA ANULADA) Acerca 
dos crimes patrimoniais, julgue o item seguinte.
Comete crime de furto mediante fraude o agente que utiliza de um artifício ou ardil para retirar 
a vigilância da vítima e conseguir pegar a res furtiva.
012. (VUNESP/2021/PREFEITURA DE GUARUJÁ – SP/PROCURADOR JURÍDICO) O crime 
de furto tem pena aumentada de 1/3 (um terço), nos expressos termos do art. 155, § 1º do CP, 
se o crime é praticado.
Alternativas
a) durante o repouso noturno.
b) mediante concurso de 2 (duas) ou mais pessoas.
c) com emprego de chave falsa.
d) com destruição ou rompimento de obstáculo à subtração da coisa.
e) com abuso de confiança, ou mediante fraude, escalada ou destreza.
013. (CESPE/CEBRASPE/2021/MPE-SC/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO – PROVA 
1) Com relação aos crimes previstos na Parte Especial do Código Penal, julgue o próximo item.
É atípica a conduta de subtração de objeto ilícito mediante grave ameaça.
014. (FCC/2021/TJ-GO/JUIZ SUBSTITUTO) No que se refere ao crime de roubo,
Alternativas
a) passou a ser considerado hediondo, em qualquer modalidade, pela Lei n. 13.964, de 24 de 
dezembro de 2019.
b) se consuma com a inversão da posse do bem mediante emprego de violência ou grave ame-
aça, ainda que por breve tempo e em seguida à perseguição imediata ao agente e recuperação 
da coisa roubada, revelando-se imprescindível, porém, a posse mansa e pacífica ou desvigiada.
c) configura-se na forma imprópria quando o agente, antes de subtraída a coisa, emprega vio-
lência ou grave ameaça, a fim de assegurar a impunidade do crime ou a detenção da coisa para 
si ou para outrem.
d) já não constitui causa de aumento da pena o emprego de arma branca.
e) a fração de aumento pela majorante do emprego de arma de fogo dependerá da natureza 
do instrumento.
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015. (FGV/2021/TJ-PR/JUIZ SUBSTITUTO) João subtraiu um celular de Maria, no dia 
24/12/2019, mediante grave ameaça consistente na promessa de ofender sua integridade 
corporal, exercida com o emprego de uma faca de 22 cm de lâmina. A ação foi percebida por 
guardas municipais, em patrulhamento, que detiveram João de imediato, ainda com a faca na 
mão e com o celular subtraído. A tipicidade adequada dessa conduta é:
Alternativas
a) roubo simples tentado;
b) roubo simples consumado;
c) roubo qualificado pelo emprego de arma;
d) roubo qualificado pelo emprego de arma branca, tentado;
e) roubo qualificado pelo emprego de arma branca, consumado.
016. (IDECAN/2021/PC-CE/INSPETOR DE POLÍCIA CIVIL) O crime de furto é descrito no 
artigo 155 como a “subtração de coisa alheia móvel para si ou para outrem”. A doutrina e a 
jurisprudência divergem sobreo momento consumativo do furto, sendo certo que existem qua-
tro teorias sobre o tema. O Superior Tribunal de Justiça já teve oportunidade de se manifestar 
sobre esse assunto.
Assinale a alternativa que demonstre a teoria adotada por esse Tribunal Superior.
Alternativas
a) furtatio
b) contrectacio
c) ilatio
d) apprehensio (amotio)
e) ablatio
017. (IDECAN/2021/PC-CE/INSPETOR DE POLÍCIA CIVIL) Considere que Fernando, penal-
mente imputável de 25 anos, com consciência e vontade, instigue e induza Camilo, penalmente 
inimputável de 15 anos, a praticar ato infracional análogo ao delito de roubo. Relativamente à 
responsabilização de Fernando no tocante ao roubo, assinale a alternativa correta.
Alternativas
a) Responderá como coautor de delito de roubo.
b) Não responderá criminalmente pelo roubo.
c) Responderá por roubo impróprio praticado em concurso de pessoas.
d) Responderá como partícipe de delito de roubo.
e) Responderá por roubo com a incidência de qualificadora.
018. (IDECAN/2021/PC-CE/ESCRIVÃO DE POLÍCIA CIVIL) João foi preso em flagrante por 
furto de sinal de TV a cabo. Sua conduta foi tipificada no delito descrito no art. 155, § 3º, do 
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Código Penal, in verbis: “Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel. (...) Equipara-se à 
coisa móvel a energia elétrica ou qualquer outra que tenha valor econômico.”
Nesse sentido, segundo o entendimento do Superior Tribunal Federal (STF), assinale a alterna-
tiva correta.
Alternativas
a) A tipificação dada está equivocada, pois, com base no princípio da legalidade, é vedada 
analogia in malam partem.
b) A tipificação dada está correta, sendo possível analogia ao tipo penal descrito, pois onde há 
a mesma razão, deve haver a mesma disposição.
c) A tipificação dada está equivocada; a conduta de João é atípica, não estando descrita no 
ordenamento.
d) A tipificação dada está equivocada, pois ainda incidirá a qualificadora de o crime ser come-
tido por meio de dispositivo eletrônico ou informático.
e) A tipificação dada está correta; o princípio da legalidade foi respeitado, justamente a legali-
dade material, que determina a observância da mens legis.
019. (CESPE/CEBRASPE/2021/PC-DF/ESCRIVÃO DE POLÍCIA DA CARREIRA DE POLÍCIA 
CIVIL DO DISTRITO FEDERAL) No que se refere aos crimes contra o patrimônio, julgue o item 
que se segue.
Situação hipotética: Carlos subtraiu para si, sem o consentimento de Mariana, sua esposa, 
a quantia de R$ 4.000 depositados na caderneta de poupança que pertence exclusivamente 
a ela. Assertiva: Nessa situação, Carlos cometeu crime de furto, havendo consequente pu-
nibilidade.
020. (CESPE/CEBRASPE/2021/PC-DF/ESCRIVÃO DE POLÍCIA DA CARREIRA DE POLÍCIA 
CIVIL DO DISTRITO FEDERAL) No que se refere aos crimes contra o patrimônio, julgue o item 
que se segue.
Em se tratando do crime de roubo impróprio, embora seja ele material e plurissubsistente, 
não se admite a tentativa, pois a consumação ocorre antes do emprego de grave ameaça ou 
violência.
021. (CESPE/CEBRASPE/2021/MPE-AP/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO) Segundo 
o entendimento do STJ, a realização de saques indevidos na conta-corrente de uma pessoa 
sem o seu consentimento, por meio da clonagem do cartão e da senha, caracteriza
Alternativas
a) estelionato.
b) falsidade ideológica.
c) apropriação indébita.
d) furto mediante fraude.
e) conduta atípica.
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022. (CESPE/CEBRASPE/2011/PC-ES/PERITO EM TELECOMUNICAÇÃO – ESPECÍFICOS) 
Acerca dos crimes contra o patrimônio, e sua tipicidade, julgue o item que se segue.
O furto privilegiado não se confunde com a aplicação do princípio da bagatela, pois, ao con-
trário do que se dá nas hipóteses de aplicação deste último, não há exclusão da tipicidade, e 
mantêm-se presentes os elementos do crime, ainda que a pena ao final aplicada seja tão so-
mente de multa.
023. (FCC/2021/DPE-BA/DEFENSOR(A) PÚBLICO(A)) No crime de roubo,
Alternativas
a) quando praticado com arma de fogo de numeração suprimida, a pena é aplicada em dobro 
por ser equiparada a arma de fogo de uso restrito ou proibido.
b) arma imprópria e a arma branca, ensejam a majoração da pena em dois terços.
c) a hediondez é considerada se praticado com restrição da liberdade da vítima ou se a subtra-
ção for de substâncias explosivas.
d) conforme entendimento dos Tribunais Superiores, o roubo impróprio é incompatível com o 
concurso de agentes.
e) a aplicação da pena em dobro pelo emprego de arma de fogo de uso restrito ou proibido só 
incide em relação à figura do caput.
024. (INSTITUTO AOCP/2021/PC-PA/INVESTIGADOR DE POLÍCIA CIVIL) Assinale a alter-
nativa correta conforme a jurisprudência dos Tribunais Superiores.
Alternativas
a) Consoante ao STJ, é admissível aplicar, no furto qualificado, pelo concurso de agentes, a 
majorante do roubo.
b) Conforme entendimento do STJ, o sistema de vigilância realizado por monitoramento eletrô-
nico ou por existência de segurança no interior de estabelecimento comercial, por si só, torna 
impossível a configuração do crime de furto.
c) Nos termos da jurisprudência do STF, há crime ainda quando a preparação do flagrante pela 
polícia torna impossível a sua consumação.
d) De acordo com o STJ, a mera indicação do número de majorantes é suficiente para funda-
mentar o aumento na terceira fase de aplicação da pena no crime de roubo circunstanciado.
e) Segundo o STJ, é possível o reconhecimento do privilégio previsto no § 2º do art. 155 do CP, 
nos casos de crime de furto qualificado, se estiverem presentes a primariedade do agente, o 
pequeno valor da coisa e a qualificadora for de ordem objetiva.
025. (FGV/2021/PC-RN/DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL SUBSTITUTO) Wesley havia alugado 
um apartamento parcialmente mobiliado e, após o encerramento do contrato de locação, cha-
mou Sidney, seu amigo, que nunca havia estado no imóvel, para ajudá-lo com a retirada de seus 
pertences. Durante a mudança, Wesley garantiu a Sidney que a televisão que se encontrava 
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Crimes contra o Patrimônio – Parte I
DIREITO PENAL
Rodrigo Pardal
na sala era de sua propriedade e deveria ser retirada, embora Wesley tivesse ciência de que o 
aparelho pertencia ao proprietário do imóvel. Ao perceber a situação, o proprietário do imóvel 
registrou boletim de ocorrência contra Wesley e Sidney.
Analisando os fatos acima narrados, a conduta dos agentes pode ser assim classificada:
Alternativas
a) Wesley e Sidney responderão pelo crime de furto, em razão do concurso de pessoas;
b) Wesley responderá por furto doloso, enquanto Sidney responderá pelo mesmo crime na 
modalidade culposa;
c) apenas Wesley responderá por furto, pois Sidney agiu em erro sobre o objeto, ficando isen-
to de pena;
d) apenas Wesley responderá por furto, pois Sidney agiu em erro de tipo provocado por terceiro, 
sendo atípica sua conduta;
e) Sidney agiu em erro de tipo, afastando

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