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UMA AVALIAÇÃO ACERCA DO CONHECIMENTO EM EDUCAÇÃO FINANCEIRA E SUA RELAÇÃO COM UM AMBIENTE PROPÍCIO AOS INVESTIMENTOS

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UMA AVALIAÇÃO ACERCA DO CONHECIMENTO EM EDUCAÇÃO FINANCEIRA E SUA RELAÇÃO COM UM AMBIENTE PROPÍCIO AOS INVESTIMENTOS
 
[footnoteRef:0]Ana Letícia da Paz Sousa [0: Discente do curso de bacharelado em administração de empresas do Instituto Federal do Piauí - IFPI. E-mail: analeticiapaz123@gmail.com ] 
[footnoteRef:1]Brenda Leonilia da Silva Gomes [1: Discente do curso de bacharelado em administração de empresas do Instituto Federal do Piauí - IFPI. E-mail: brendaleonilia@gmail.com ] 
[footnoteRef:2]Crysty Andrade Furtado [2: Discente do curso de bacharelado em administração de empresas do Instituto Federal do Piauí - IFPI. E-mail: crystyandrade10@gmail.com ] 
 [footnoteRef:3] Manoel Natalino de Sousa Filho [3: Discente do curso de bacharelado em administração de empresas do Instituto Federal do Piauí - IFPI. E-mail: natalinofilho211@gmail.com ] 
[footnoteRef:4]Maria Karine do Livramento Cavalcante [4: Discente do curso de bacharelado em administração de empresas do Instituto Federal do Piauí - IFPI. E-mail: karynnemaria13@gmail.com ] 
 [footnoteRef:5]Marcus Vinícius Freire Uchôa Araujo [5: Mestre do Instituto Federal do Piauí - IFPI. E-mail: marcus.uchoa@ifpi.edu.br] 
RESUMO
A escolha desse tema surgiu da necessidade de compreender se as pessoas têm conhecimento sobre finanças e se aplicam no dia-a-dia. Pretende-se com essa iniciativa tornar o tema um assunto mais natural e presente na vida cotidiana familiar, além de abordar o assunto de forma tecnológica em relação ao público em geral por meio das ferramentas de pesquisa adotadas. O presente trabalho versa sobre uma avaliação acerca da relação e o conhecimento básico de finanças, investimentos financeiros e o planejamento financeiro tendo como principal objetivo identificar os níveis de conhecimento em educação financeira e a sua aplicação em relação ao planejamento financeiro e como esses elementos podem impactar na capacidade de investimento dos indivíduos. A metodologia utilizada foi classificada como qualitativa e quantitativa, além disso, disponibilizou-se a pesquisa por meio de um questionário online desenvolvido no Google Forms obtendo 214 respondentes. Ademais, o estudo foi disponibilizado por intermédio das redes sociais de comunicação, Whatsapp e Instagram. Após a aplicação dos questionários, as respostas foram divididas em quatro partes para melhor análise. Por fim, concluímos que os respondentes estão com conhecimento nível médio em relação a finanças e investimentos, no entanto, o nível de endividamento ainda aparece alto na apuração dos dados. 
Palavras-chave: Controle financeiro. Educação financeira. Finanças pessoais. Investimento.
1 INTRODUÇÃO
	O conhecimento é a base inicial para qualquer indivíduo que precise tomar uma decisão. É a partir de um aparato de informações essenciais que um alguém toma decisões como por exemplo comprar um produto ou serviço. Em um mundo de variados produtos financeiros (cartão de crédito, poupança, fundos de investimento, financiamentos, etc) as pessoas devem estar cada vez mais preparadas para saber como lidar em situações muitas vezes complexas ao optarem por adquirir tais produtos. 
Assim, Andreatta et al. (2010) afirmam que a informação é crucial para os investidores, de forma que levem em consideração diversos fatores no momento de investir. Entende-se que é necessário o conhecimento primário em especial sobre planejamento financeiro e investimento e até mesmo um profissional que o ajude a compreender melhor a área, de forma que entenda melhor o perfil dos investidores, o grau de riscos e a maior rentabilidade que esteja buscando. 
A temática de mercado financeiro e investimento vêm tomando grandes proporções no Brasil. Em julho de 2019 a Bolsa do Brasil - B3 alcançou 1 milhão de investidores em produtos de renda variável que incluem ações FIIs, BDRs, ETFs, etc. Dessa forma, o planejamento financeiro é algo fundamental para os indivíduos que desejam adquirir ou manter bens e valores monetários, pois consiste em um conjunto de procedimentos e estratégias que auxiliam nas tomadas de decisão para que seja possível atingir tais objetivos (OLIVEIRA; SILVA, 2017).
Dessa forma, o conhecimento e a falta do conhecimento ligados ao planejamento financeiro e investimento primário afetam na ação de um indivíduo adentrar a esses campos com êxito, ou aperfeiçoar suas práticas já existentes. Diante desse contexto, o presente estudo trata de analisar a falta de educação financeira em especial aos aspectos ligados aos investimentos, faz com que as pessoas não saibam como investir o seu dinheiro e acabam gastando em coisas que não contribuem para uma boa saúde financeira. 
Então, o objetivo geral da presente pesquisa, consistiu em identificar os níveis de conhecimento em educação financeira e a sua aplicação em relação ao planejamento financeiro e como esses elementos podem impactar na capacidade de investimento dos indivíduos.
Para tanto, foram delineados os seguintes objetivos específicos: identificar o perfil socioeconômico; a quantidade de pessoas que possuem o conhecimento sobre educação financeira; identificar qual o perfil de endividamento (presença das dívidas, impacto das dívidas no orçamento e motivadores de compras); verificar a quantidade de pessoas que aplicam a educação financeira; verificar quais as ferramentas utilizadas para a aplicação do planejamento financeiro.
Sendo uma temática relevante, pois o brasileiro convive com um atual cenário macroeconômico volátil, onde os impactos gerados pela alta na inflação, câmbio e o poder de compra acabam por provocar incertezas, desequilíbrio não só na alta do preço de um produto ou serviço, também afetando investidores ou interessados na ação de um investimento que o permitiria obter lucro a longo prazo. Tais possíveis investidores até mesmo poderiam alavancar a economia do país futuramente. Assim, Deschatre (2009) afirma que o grau de atividade do mercado de capitais de um país está diretamente ligado ao nível de desenvolvimento de sua economia. 
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o último indicativo do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), aponta o índice de 1,01% somente no mês de fevereiro de 2022. Analisando o acumulado do ano de 2021 a inflação no oficial do país apresentou uma alta de 10,06%. Esse aumento reflete a variação no aumento de preços e das alterações do custo médio das famílias brasileiras fazendo com que sua renda seja diminuída. A falta da saúde financeira presente na sociedade contemporânea traz como consequência a segregação da menor parcela de investidores no mercado de capitais, porém, a sua participação é importante para promover maior liquidez no mercado financeiro e de capitais (WISNIEWSKI, 2011).
2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 Gestão financeira pessoal
Sousa et al (2018) afirmam que a educação financeira é o meio pelo qual o indivíduo busca adquirir conhecimentos necessários para gerenciar suas finanças de forma organizada. Estes conhecimentos estão relacionados ao planejamento e controle das finanças pessoais, endividamento. Sendo assim, na perspectiva de Medeiros e Lopes (2014), é de suma importância que cada indivíduo tenha domínio e gerenciamento de todo seu recurso financeiro pessoal, visando que não apenas as organizações precisem manter essa rotina, como a maioria da população imagina.
Dessa maneira, Conto et. al (2015), destacam que indivíduos que adquirem uma certa orientação de finanças, tendem a ter um percentual maior e mais acertado de tomadas de decisão, ainda sobre sua visão, a saída para reduzir a inexecução aqui no Brasil, seria implantar estudos de finanças pessoais na grade curricular de ensino básico. Complementando essa perspectiva, Savoia et.al 2007 revelam: 
A falta de inclusão de disciplinas sobre educação financeira no Brasil no currículo acadêmico é um dos fatores que dificultam o controle e o entendimento sobre a administraçãodas finanças pessoais. No Brasil não há obrigatoriedade de inserir a educação financeira no sistema de ensino e não se verifica a participação de instituições de ensino superior no processo de educação financeira.
 Na observação de Alves e De Carvalho 2020, no Brasil, as famílias não possuem o hábito de debater sobre dinheiro em casa. As crianças crescem sem embasamento para administrar seus próprios recursos, logo, esse auxílio pode ser dado desde a infância, ditando informações básicas acerca de poupança e planejamento de finanças. O SERASA, uma empresa responsável pelo armazenamento de informações de pessoas físicas e jurídicas, que possuem uma posição de endividamento financeiro, no objetivo de auxiliar na educação financeira, desenvolveu um programa chamado " Guia Serasa de Orientação ao Cidadão", que por sua vez, como o nome já diz, disponibiliza ajuda de como administrar seus recursos financeiros.
É importante destacar que, um estudo feito pelo Instituto Locomotiva e pela Xpeed (braço de educação financeira da XP), Izabella Mattar CEO da Xpeed, revela que de acordo com a pesquisa, 63% dos respondentes, julgam ter noções básicas a respeito de educação financeira. Continuando seu posicionamento, ela ainda comenta com sentimento de lamento, que a maior parte dos entrevistados que apontaram ter grande conhecimento sobre finanças, quase não conseguem realizar cálculos de juros simples, acrescenta ainda que temos uma demanda gigante por educação. Contudo, o diretor do Instituto Locomotiva Renato Meirelles, afirma que o realce desse concluimento, mostra que a educação financeira adquiriu importância além daquela que já existia, dando ênfase na distinção do fim do pagamento do auxílio emergencial, pelo governo.
 Sendo assim, de acordo com dados divulgados pelo SERASA em julho de 2021, atualmente cerca de 62,2 milhões de brasileiros estão com nome sujo no Serasa. Logo, isso implica que 1 ⁄ 4 da população do país está inapto e descumprindo suas obrigações jurídicas no prazo estabelecido. Dessa forma, Thiago Martello, fundador do Thiago Martello Educação Financeira, avalia que a crise econômica e a pandemia do covid-19, contribuem para a instabilidade financeira do Brasil. Ademais, conclui que isso acontece pela não organização com o dinheiro, na qual pede um comportamento que as pessoas não têm.
2.2 Macroeconomia
A macroeconomia, segundo Câmara (2021, p.10), é uma parte importante da Ciência Econômica que teve um maior marco em torno do tema, a partir da década de 1920, devido à Grande Depressão, uma crise econômica provocada na Bolsa de Valores de Nova York, em 1929.
A macroeconomia, é um estudo das atividades econômicas de um país, onde é analisado o comportamento de grandes agregados como: renda, inflação, produto interno bruto -(PIB), emprego, desemprego, investimentos, estoque de moedas, taxa de juros, entre outros (ALMEIDA, 2021). No sentido mais amplo, a macroeconomia é um campo em que demonstra como está e se comporta a economia de um país. O foco e objetivos desse ramo é conduzir a atenção para os índices econômicos do país como um todo (BREDA, 2019).
Reis (2022), cita os principais indicadores macroeconômicos que afetam a economia, tais como: PIB; inflação; taxas de juros; investimentos; renda e entre outros.
Quadro 1 - Conceitos financeiros 
	 
	CONCEITO
	 
PIB
 
	Representa a soma de todos os valores de bens e serviços finais produzidos durante um tempo em uma cidade, estado ou país (DINDIM, 2022).
	 
Inflação
	Segundo Henrique (2020), a inflação é o aumento constante nos preços de produtos ou serviços.
	 
Taxa de juros – SELIC
	Refere-se à taxa de juros apuradas de um dia nas operações de empréstimos entre as instituições financeiras que utilizam títulos públicos federais como garantia. (BCB, 2022).
	 
Renda fixa
	A renda fixa é um investimento em que a rentabilidade do título é determinada no momento em que é contratada (REIS, 2022).
	 
Renda variável
	Ferreira (2020), conceitua que renda variável são ativos financeiros onde a remuneração não pode ser conhecida antes da aplicação, tendo assim, um retorno imprevisível.
	 
Investimentos
	Siqueira (2019), define investimento como a aplicação de dinheiro, de maneira que gere mais dinheiro, renda ou capital.
 Fonte: Elaborado pelos autores da pesquisa.
 
Os indicadores econômicos têm grande influência sobre os investimentos. Mudanças na taxa de juros afetam o rendimento de títulos públicos e privados, assim como, companhias listadas na bolsa podem ser afetadas pelo baixo poder de compra da sociedade. Tal já que, todo empreendimento é dependente do mercado, seja ele externo ou interno (BONA, 2021).
Lemos (2019), enfatiza que analisar os indicadores econômicos listados acima, torna-se crucial para ter uma carteira econômica eficiente. Em concordância com essa afirmação, Assaf Neto (2018) explica que quando for investir no segmento de renda variável, por exemplo, tem um risco agregado, pois este, depende diretamente das condições de mercado e da economia do país.
Nessa linha de pensamento, Siqueira (2019) lembra que antes de investir é vantajoso avaliar a sua atual situação financeira, analisando suas despesas fixas; dívidas e sua renda; para assim saber o quanto poderá investir. A autora avalia ainda que desse modo, investir no segmento de renda fixa pode ser uma boa forma, pois essas aplicações não necessariamente precisam ser de muito dinheiro.
 Por bastante, não se pode deixar de lado o conhecimento da macroeconomia quando for investir. A partir disso, para um maior conhecimento sobre o termo investimento, abordaremos mais detalhadamente sobre ele no próximo tópico. 
2.3 Investimento
	Para Assaf Neto (2018), investimento é o crescimento de capital em alternativas que proporcionem no futuro o aumento de riquezas, as chamadas rendas. Nos quais corroborando Domingos (2019) define que investir é potencializar mais ainda o dinheiro guardado.
Segundo Assaf Neto (2018), os mercados financeiros oferecem uma gama ampla de instrumentos financeiros com seus respectivos níveis de risco e retorno, o que assim possibilita as mais diversas adequações de alternativas aos diferentes perfis de riscos dos investidores, com isso, o investidor tem uma imensa variedade de linhas de investimentos, que se classificam de baixo a alto risco, de acordo com o perfil de cada investidor em potencial. 
De acordo com Gitman (2001) o investimento também em si é a aplicação de alguns recursos, sendo nos quais a utilização do próprio dinheiro ou até mesmo de títulos de crédito em situações advindas, já que com isso se tenham a capacidade de se trazer um retorno esperado bem maior do que o aplicado inicialmente e convenientemente, que assim não ocorra quaisquer perdas na sua interação de capital. Bom os ganhos financeiros gerados pelo determinado período de tempo em que eles propriamente ficarem sem movimentação, mas se mantiverem aplicados a tal forma que compensaram o seu tempo em que esses valores permaneceram alocados e impossibilitados de se movimentar em outras transações financeiras. O investimento em si também pode ser considerado na sua própria aplicação direta e aquisição de bens, sendo estes terrenos, imóveis ou veículos, mas com isso traga uma certa segurança e expectativa ao investidor de lucro sobre os recursos que foram aplicados por eles. No sentido amplo de investimento é sempre buscar, analisar e compreender meios possíveis e rentáveis para que com isso, se tenha controle e aplicação de seus recursos próprios gerando um faturamento e ganhos favoráveis, para que com isso, se ganhe segurança e confiança de se realizar outros investimentos. 
	No modelo de Markowitz basicamente no âmbito financeiro os investidores procuram obter uma maior retribuição dos seus investimentos e com isso também, minimizar, quaisquer riscos possíveis. Segundo Silva et al. (2019), as principais contribuições e estudos vêm dos modelos financeiros ligados aos desempenhos dos fundamentos da teoria de composição de carteiras que se deve aos trabalhos realizadospor Harry Markowitz no período de 1950. 
O conceito de “compensação de risco e retorno” está ligado a um princípio básico de Markowitz que diz que quanto maior e mais arriscado o investimento em si, maior será o seu retorno potencial necessário. De acordo com Mangram e Switzerland (2013), em situação de modo geral, os investidores se manterão ao risco de segurança se somente o retorno esperado for significativamente alto para que dessa maneira possa compensá-los por assumir tal risco. 
De acordo com Roma et al. (2014), os investidores buscam ações que possam lhe render um retorno satisfatório considerando quanto nível de risco ele está disposto a assumir, já que são muitas as situações e variações durante todo seu período de transação de ativos dentro do próprio mercado de investimentos. 
Segundo Assaf Neto (2018) um importante trabalho a ser realizado para acontecer uma boa eficiência de aplicação de recursos é a gestão dos investimentos. Assim, a administração dos créditos de maneira planejada e equilibrada, com decisões altamente fundamentais quanto a sua escolha de quais investimentos a se fazer para assim alcançar o seu sucesso financeiro pessoal. Dessa maneira, para se iniciar uma gestão de qualquer investimento é fundamental que pessoas estruturem primeiramente suas finanças pessoais. 
Para Costa (2004) o sucesso financeiro, vai ocorrer na maneira em que o seu gerenciamento correto e controlado das suas próprias finanças pessoais. Aquele que consegue gerir com eficiência sua vida financeira e propriamente capaz de realizar reservas significativas, com o objetivo de segurança para alguma situação de necessidade que venha a surgir em algum momento, sendo assim para a sua sustentabilidade de longo e curto prazo. 
Em consciência esse mesmo indivíduo tem total controle e competência e intuição adquirida e necessária de procurar excelentes investimentos, nos quais não será preciso exceder seus limites para conquistar aquilo que é desejado.
 
3 METODOLOGIA
A coleta dos dados foi realizada através da aplicação de um questionário eletrônico desenvolvido no Google Forms, contendo 18 questões distribuídas em seções sobre o perfil socioeconômico, planejamento financeiro e investimento com o intuito de responder os objetivos propostos na pesquisa. O envio aconteceu por meio das redes sociais de comunicação, Whatsapp e Instagram. Algumas questões são adaptadas a partir do questionário proposto por Braido (2014). Obteve-se 214 voluntários aleatórios que se propuseram a responder após o envio do link por meio das redes sociais.
A pesquisa segue a estrutura de análise quantitativa e qualitativa. No qual Knechtel (2014), define a pesquisa quantitativa como uma modalidade de pesquisa que pode ser trabalhado sobre um problema humano ou social, e que basicamente é um teste de determinada teoria que seja composta por variáveis quantificadas em números, onde as mesmas são analisadas de modo estatístico, a fim de determinar se as hipóteses da teoria se sustenta ou não. O autor também define pesquisa quantitativa como a busca para entender fenômenos humanos e a partir deles se obter uma visão detalhada e complexa, isso através de uma análise científica do pesquisador. Esse tipo de pesquisa, diferentemente da pesquisa quantitativa, se preocupa com o significado dos fenômenos e dos processos sociais. É uma pesquisa que está relacionada com a subjetividade, assim o pesquisador deve levar em consideração as motivações, crenças, valores e representações encontradas nas relações sociais.
A pesquisa qualitativa e a quantitativa ambas têm por preocupação identificar o ponto de vista do indivíduo, no caso a qualitativa leva em consideração a proximidade do sujeito, através da entrevista, por exemplo; na segunda, essa proximidade é medida por meio de materiais e métodos empíricos (KNECHTEL, 2014).
A pesquisa é caracterizada também como exploratória e descritiva. Pois para se alcançar os objetivos da mesma será feita a tabulação dos dados e a posterior apresentação com a aplicação de algumas ferramentas da estatística descritiva. Segundo Gil (2008), a pesquisa descritiva se caracteriza pela descrição de determinadas populações ou fenômenos. Uma peculiaridade é o fato de utilizar técnicas padronizadas de coletas de dados. Segundo o mesmo autor, a pesquisa exploratória permite ao pesquisador uma maior familiaridade com o problema. Pode envolver uma entrevista com pessoas expedidas sobre o tema pesquisado ou um levantamento bibliográfico.
4 ANÁLISE DE DADOS
4.1 Perfil socioeconômico dos respondentes
Tabela 1 - Faixa etária dos respondentes
A princípio, na seção 1 de perguntas, se buscou traçar o perfil dos respondentes. Nas três primeiras perguntas se buscou identificar a idade, gênero e estado civil. 
 Na primeira pergunta, como mostra a tabela 1, se buscou saber a faixa etária dos respondentes, onde a grande maioria (46,7) do respondentes possuem de 21 a 25 anos, até 20 anos são 22,4%, de 26 a 30 anos são 16,8% e a minoria(14%) tem de 30 anos ou mais.
	
	Frequência
	Percentual
	Porcentagem Acumulada
	até 20 anos
	48
	22,4%
	22,4%
	De 21 a 25 anos
	100
	46,7%
	69,1%
	De 26 a 30 anos
	36
	16,8%
	85,9%
	Mais de 30 anos
	30
	14%
	99,9%
	Total 
	214
	100%
	
Fonte: Dados da Pesquisa (2022).
Tabela 2 - Gênero dos respondentes
 	Na segunda pergunta, como mostra a tabela 2, foi traçado o percentual de homens e mulheres respondentes. Onde 57,9% são do gênero feminino e os demais 42,1% são do gênero masculino.
	
	Frequência
	Percentual
	Porcentagem Acumulada
	Feminino
	124
	57,9%
	57,9%
	Masculino
	90
	42,1%
	100%
	Total
	214
	100%
	
Fonte: Dados da Pesquisa (2022).
Tabela 3- Estado civil dos respondentes
Na terceira pergunta, como mostra a tabela 3, se buscou identificar o estado civil dos respondentes, em que os solteiros são na em grande maioria com 74,9%, os casados 17,3%, os divorciados 2,8% e os viúvos 0,5%.
	
	Frequência
	Percentual
	Porcentagem Acumulada
	Solteiro(a)
	170
	79,4%
	79,4%
	Casado (a)
	37
	17,3%
	96,7%
	Divorciado(a)
	6
	2,8%
	99,5%
	Viúvo(a) 
	1
	0,5%
	100%
	Total
	214
	100%
	
Fonte: Dados da Pesquisa (2022).
Tabela 4 - Os respondentes possuem filhos
	Na quarta pergunta, com os resultados mostrados na tabela 4, foi questionado aos respondentes se os mesmo possuem filhos ou não, assim 78,5 % responderam que não possuem filhos enquanto que 21,5% responderam que possuem filhos.
	
	Frequência
	Percentual
	Porcentagem Acumulada
	Não
	168
	78,5%
	78,5%
	Sim
	46
	21,5%
	100%
	Total
	214
	100%
	
Fonte: Dados da Pesquisa (2022).
Tabela 5 - Atividade profissional
Na quinta pergunta se buscou saber sobre a atividade profissional dos respondentes. Assim, 15% são funcionários do setor públicos, 25,2% são funcionários do setor privado, 6,1 % são empresários, 7,5% se identificaram como profissional liberal, 33,6% são apenas estudantes, 4,2% estão estagiando e enquanto 8,4% estão desempregados.
	
	Frequência
	Percentual
	Porcentagem Acumulada
	Funcionário do setor público
	32
	15%
	15
	Funcionário do setor privado
	54
	25,2%
	40,2
	Empresário
	13
	6,1%
	46,3
	Profissional liberal
	16
	7,5%
	53,8
	Estudante
	72
	33,6%
	87,4
	Estagiário
	9
	4,2%
	91,6
	Desempregado
	18
	8,4%
	100
	Total
	214
	100%
	
Fonte: Dados da Pesquisa (2022).
Tabela 6 - Faixa salarial
Na última pergunta da primeira seção, foram questionados sobre a faixa salarial dos mesmos. Sendo 50,5% dos participantes com o salário no valor de até R$1000,00, 34,1% com o salário de mais de R$1000,00 até R$2000,00, 5,1% com o salário entre R$2000,00 e R$3000,00 e apenas 3,7% com salário entre R$3000,00 e R$5000,00.
	
	Frequência
	Percentual
	Porcentagem Acumulada
	Até R$1.000
	108
	50,5%
	50,5%
	Mais R$1.000,00 até R$2.000,00 
	73
	34,1%
	84,1%
	R$ 2.000,00 até R$ 3.000,00
	11
	5,1%
	89,2%
	Mais R$ 3.000,00 até R$ 5.000,00
	8
	3,7%
	92,9%
	Total
	214
	100%
	
Fonte: Dados da Pesquisa (2022).
4.2 Conhecimento sobre finanças
	A segunda seção de perguntas do questionário buscou identificarqual o nível de conhecimento sobre finanças pessoais e investimento. 
	De início os respondentes apontaram se de fato tinham conhecimento sobre o assunto de planejamento financeiro. Os dados obtidos apontaram uma porcentagem de 65% atrelada a uma frequência de 139 respondentes que sim, sabem o que é o planejamento financeiro. Seguido de uma porcentagem de 35% e frequência com o resultado de 75 respondentes que não, não tem discernimento sobre o planejamento financeiro.
Tabela 7 - Conhecimento sobre planejamento financeiro
	
	Frequência
	Percentual
	Porcentagem Acumulada
	Sim
	139
	65%
	65%
	Não 
	75
	35%
	100%
	Total
	214
	100%
	
Fonte: Dados da Pesquisa (2022).
Gráfico 1 - Nível de conhecimento em educação financeira
	Na pergunta seguinte os participantes apontaram o seu nível de conhecimento sobre educação financeira numa escala de 0 a 10, de forma que o 0 representava nenhum domínio e o 10 total domínio. Os resultados mostram que os respondentes estão em níveis bem distribuídos, assumindo as três maiores posições de nível o 7,5, 6 e 8, onde os níveis 6 e 8 assumiram o mesmo percentual. Representado pelo gráfico abaixo visualizamos que o maior percentual (16,8%), obteve uma frequência de 36 respondentes. 
Fonte: Dados da Pesquisa (2022).
Gráfico 2 - Conhecimento sobre qual seria a taxa básica de juros da economia brasileira
	Um dos principais instrumentos utilizados pelos Bancos Centrais de todo o mundo para a preservação do poder de compra da moeda é a taxa básica de juros. No Brasil, a taxa básica de juros é a SELIC. 
Quando questionados sobre o conhecimento de qual seria a taxa básica de juros da economia brasileira, os respondentes escolheram entre as alternativas dadas: CDI( Certificado de Depósito Interbancário), CDB(Certificado de Depósito Bancário), LCI(Letra de Crédito Imobiliário) e Selic. O gráfico aponta que a maioria dos respondentes compreende que a Selic é a nossa taxa básica de juros, atingindo um percentual de 70,6%.
Fonte: Dados da Pesquisa (2022).
Gráfico 3- Conhecimento sobre o significado da palavra inflação
	
Na pergunta seguinte, o respondente marcou a partir das assertivas sim e não sobre o seu conhecimento da palavra inflação. Já que a inflação é o aumento do preço de bens e serviços, impactando diretamente na vida das pessoas. Sabendo-se que o percentual elevado impacta negativamente no desenvolvimento de uma sociedade, ela representa um papel chave na tomada de decisões econômicas. 
O gráfico aponta que 89,3% dos participantes sabem o significado da palavra inflação.
	
Fonte: Dados da Pesquisa (2022).
4.3 Planejamento do futuro financeiro
Gráfico 4 - Frequência que o respondente realiza o seu (ou da sua família) planejamento financeiro 
	Em busca de compreender melhor qual a opção de espaço de tempo dos respondentes na realização do seu planejamento financeiro(ou da sua família), a pesquisa apontou a maioria do percentual alocada na opção mensalmente (50,5%), seguindo por não faço (28,5%). 
	Mediante esse resultado enfatizamos que um indivíduo que organiza suas próprias finanças consegue desenvolver sensos tanto na esfera pessoal como na social, de forma que acarretem conhecimentos necessários para tomar decisões econômicas corretas, poupando seu capital, investindo, contribuindo de fato para a manutenção do bem-estar social. (COSTA et al., 2021; MARQUES; TAKAMATSU; AVELINO, 2018).
Fonte: Dados da Pesquisa (2022).
Gráfico 5 - Forma de realização do planejamento financeiro
	Em relação a forma que realizam o seu planejamento financeiro, destacaram-se o caderno(43,9%), não realizo (26,6%) e na mente (18,7%). 
Corroboramos os dados segundo Sousa e Galvão Júnior (2021), a melhor forma para o controle financeiro é por meio de planilhas orçamentárias, pois elas apresentam de forma detalhada todas as entradas e saídas de recursos, com o intuito de entender o fluxo do dinheiro e o seu destino, apontando gastos realmente necessários e despesas supérfluas que podem ser evitadas. 
Fonte: Dados da Pesquisa (2022). 
4.4 Compras e dívidas 
Gráfico 6 - O motivo para a realização de compras
Os resultados obtidos mostram que (50,5%) dos respondentes afirmaram que o motivo para a realização de compras foi por necessidade, seguindo com (7,5%) dos respondentes que compraram necessariamente por impulso, assim também como (30,8%) afirmaram se planejar com antecedência para a realização de suas compras. 
Segundo Assaf Neto (2018) um importante trabalho a ser realizado para acontecer uma boa eficiência de aplicação de recursos é a gestão dos investimentos. Assim, a administração dos créditos de maneira planejada e equilibrada, com decisões altamente fundamentais quanto a sua escolha de quais investimentos a se fazer.
Fonte: Dados da Pesquisa (2022). 
Gráfico 7 - A finalidade dada ao 13° ou bonificações
Observa-se no gráfico que a maioria dos participantes da pesquisa que chega a (49,1%) afirmam não receber 13° ou bonificações, seguindo que (14%) antecipa o pagamento de prestações e obrigações, juntamente com os outros (14%) que opta por quitar suas prestações e obrigações em atraso. Já os outros (13,6%) afirmaram utilizá-lo para investir, com isso somente (7,9%) optam por fazer a utilização em seu período de férias.
 
Fonte: Dados da Pesquisa (2022).
Gráfico 8 - Preocupação com o futuro financeiro
	De acordo com a pesquisa, (51,9%) dos respondentes dizem que já tem seu planejamento, mas ainda não foram colocados em prática por alguns fatores particulares de cada um dos respondentes, seguido de (28%) que tem suas preocupações com seu futuro, mas não faz nada em relação a ele. Já (18,2%) tem seu planejamento, já o colocou em prática e o segue rigorosamente, para que assim consiga alcançar grandes êxitos no seu processo de futuro financeiro equilibrado. 
	Para Assaf Neto (2018), investimento é o crescimento de capital em alternativas que proporcionem no futuro o aumento de riquezas, as chamadas rendas. Nos quais corroborando Domingos (2019) define que investir é potencializar mais ainda o dinheiro guardado.
Fonte: Dados da Pesquisa (2022).
Gráfico 9 - Quais as principais dificuldades que você encontra para gerenciar seus recursos financeiros pessoais
 	Segundo o percentual de participantes (30,4%) encontra o fato de escassez de tempo como o vilão de dificuldade para se gerenciar seus recursos financeiros pessoais, acompanhado de (24,8%) por falta de conhecimento técnico não consegue gerenciar suas próprias finanças pessoais, afirmando também que os outros (24,3%) tem como a principal objeção a falta de orientação especializada para controlar seus recursos pessoais. Além de que os outros (20,6%) não têm a capacidade de realizar seus próprios gerenciamentos financeiros. 
	Dessa maneira, Conto et. al (2015), destaca que indivíduos que adquirem uma certa orientação de finanças, tendem a ter um percentual maior e mais acertado de tomadas de decisão, ainda sobre sua visão, a saída para reduzir a inexecução aqui no Brasil, seria implantar estudos de finanças pessoais na grade curricular de ensino básico. Complementando essa perspectiva, Savoia et.al 2007.
Fonte: Dados da Pesquisa (2022).
Gráfico 10 - Você possui dívidas
De acordo com o gráfico 10 observa-se que (68,2%) afirmaram possuir algum tipo de dívidas sendo elas as mais variadas possíveis, seguido da situação que (31,8%) não se encontra em situações de endividamento. Já que assim parcialmente a situação mostra que há uma certa distância entre endividados e não endividados, refletindo assim muito na forma que a sua educação financeira foi adquirida e colocada em prática. 
Fonte: Dados da Pesquisa (2022).
Gráfico 11- Se você tem dívidas, em quanto elas impactam o seu orçamento mensal?
 
Fonte: Dados da Pesquisa (2022).
	Observando os resultados constata-se que (28,5%) não possui dívidas a respeito da pergunta feita anteriormente na pesquisa, seguindo de que (19,2%) afirmaram está com até 50% do seu orçamento mensal comprometido com dívidas, seguido de (17,8%) estarem com 30% do seu orçamentomensal comprometido novamente com dívidas. Assim como também (15%) dos respondentes estarem com até 70% do seu orçamento mensal comprometido com dívidas. Além de (11,7%) estarem novamente com uma porcentagem de até 15% no seu orçamento mensal comprometido com dívidas. E uma outra pequena parcela de (7,9%) está com mais de 70% do seu orçamento mensal comprometido com as mais diversificadas dívidas. 
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
A falta da educação financeira inserida, de maneira oficial e efetiva nas grades curriculares, gera nos indivíduos a falta de administração e o controle sobre suas finanças pessoais, o que provoca uma menor qualidade de vida. É fato que, está cada vez mais fácil a acessibilidade ao crédito, no entanto, tal fácil acesso, gera pessoas mais endividadas, com seu rendimento comprometido com obrigações, levando assim a muitas dívidas.
O conhecimento em educação financeira influencia nas decisões financeiras tomadas pelas pessoas, do mesmo modo que elas aprendem: a fazer escolhas; desenvolve a capacidade de planejar; controlar; investir; ter responsabilidade e principalmente o equilíbrio e ética. Vai ensinar também que, o importante não é o quanto se ganha em dinheiro, mas sim como se administra. Gerenciar é ter controle sobre as receitas e despesas, saber em que investir ou financiar, é chefiar a renda para conseguir bens e serviços através dela.
Compreendendo a importância sobre conhecimento e gestão financeira e como esta ajuda no desenvolvimento da capacidade de investir, ajudando assim na renda pessoal, esta pesquisa teve como objetivo, identificar os níveis de conhecimento em educação financeira e sua aplicação em relação ao planejamento financeiro, de forma a avaliar como esses elementos podem impactar na capacidade de investimento dos indivíduos.
No que tange a educação financeira, observou-se numa escala de 0 a 10 sobre o quanto consideram o seu nível de conhecimento, onde 0 representa “nenhum domínio sobre educação financeira” e 10 “total domínio sobre educação financeira”, os respondentes avaliaram seu conhecimento em níveis como 7,5,6 e 8, no qual, os níveis 6 e 8 assumiram posições de igualdade. Os resultados mostraram também o perfil socioeconômico dos entrevistados, onde observou-se com 46,7%, que são pessoas jovens, com faixa etária de 21 a 25 anos de idade.
Em relação a frequência e forma da realização do planejamento financeiro seu (ou da sua família), destacou-se na pesquisa com maioria de 50,5% que realizam mensalmente, seguido com 28,5% por não faço. Quanto a forma de realização do planejamento foi através do caderno, com 43,9%.
Já sobre as dificuldades para gerenciar seus recursos financeiros, 30,4% afirmam que a falta de tempo é o maior causador das dificuldades, 24,8% a falta de conhecimento técnico, 24,3% a falta de orientação especializada, e 20,6% que não realiza o próprio gerenciamento.
Em relação sobre a realização de compras, destaca-se com 50,5% que o motivo para realização de compras é por necessidade e 30,8% afirmam se planejar com antecedência para realizar compras.
Quanto a ideia de analisar o perfil de endividamento e o impacto no orçamento mensal, constatou-se que a maioria dos entrevistados 68,2% possuem dívidas, para 31,8% que afirmam não possuir dívidas; sobre o impacto no orçamento mensal, 19,2% afirmaram que o seu salário está comprometido em até (50%) com essas dívidas. A pesquisa constatou também que 51,9% não recebem o 13o ou bonificações, e que os que recebem, com igualdade de 14%, utilizam para quitar prestações em atraso ou para antecipar o pagamento de contas/obrigações futuras.
Com isso, é compreendido que os respondentes possuem um conhecimento de médio a bom, sobre educação e planejamento financeiro, onde estão sabendo gerenciar suas finanças pessoais. No entanto, o número de endividamento mostrou-se alto, mas comparado que o motivo de realizar compras é por necessidade, esse fato torna-se justificável.
Apesar das evidências dos achados do estudo, destaca-se suas limitações, tendo em vista, o curto tempo de aplicação da pesquisa, bem como, o número abaixo do esperado de respondentes, dado que é uma pesquisa sem delimitação.
Por tanto, gera-se tópicos que podem ser lavados como sugestões para pesquisas futuras, como: a delimitação da pesquisa para outros estados ou cidade, a fim de comparar os resultados; a realização da pesquisa com alunos de graduação ou com especialização nesta área.
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