Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
PERCEPÇÃO DOS ALUNOS DO ENSINO MÉDIO SOBRE EDUCAÇÃO FINANCEIRA Ana Aparecida Ribeiro1 Fábio André Teixeira2 Ricardo Freitas Martins da Costa3 RESUMO: O artigo visa descrever as percepções dos estudantes do 2º e 3º ano do ensino médio, referente ao tema educação financeira. O mesmo foi baseado nos resultados auferidos pelo projeto de extensão “Educação Financeira: aprendendo a lidar com dinheiro” financiado pelo PIBEX/UFV- Programa Institucional de Bolsas de Extensão Universitária pela Universidade Federal de Viçosa - Campus Rio Paranaíba no ano de 2014 a 2016. A elaboração desta pesquisa foi realizada através do método qualitativo, quantitativo e descritivo. A pesquisa ocorreu nas cidades de São Gotardo, Patrocínio, Rio Paranaíba e no distrito de Guarda dos Ferreiros localizados no estado de Minas Gerais, a amostra é composta por 524 alunos. Esta pesquisa evidenciou que os estudantes entendem a importância de ter conhecimentos na área de finanças, para resolver e lidar com imprevistos e situações do cotidiano que envolve o uso de dinheiro, além da necessidade de se planejarem financeiramente para alcançar seus sonhos e objetivos. PALAVRAS-CHAVE: Educação Financeira; Aprendizagem; Ensino Médio. PERCEPTION OF MIDDLE SCHOOL STUDENTS ON THE IMPORTANCE OF FINANCIAL EDUCATION ABSTRACT: The article aims to describe the perceptions of the students of the 2nd and 3rd year of high school, referring to the subject of financial education. The same was based on the results obtained by the "Financial Education: Learning to deal with money" project financed by the PIBEX / UFV - Institutional Program of University Extension Scholarships by the Federal University of Viçosa - Rio Paranaíba Campus in 2014 to 2016. The elaboration of this research was done through the qualitative, quantitative and descriptive method. The research was carried out in the cities of São Gotardo, Patrocínio, Rio Paranaíba and in the district of Guarda dos Ferreiros located in the state of Minas Gerais, the sample is composed of 524 students. This research evidenced that students understand the importance of having knowledge in the area of finance, to solve and deal with unforeseen situations and everyday life that involves the use of money, as well as the need to plan financially to achieve their dreams and goals KEYWORDS: Financial Education; Learning; High school. 1Estudante do curso de Administração do Instituto de Ciências Humanas e Sociais da Universidade Federal de Viçosa - Campus Rio Paranaíba. Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/7015236455818186. 2Doutor em Economia pela Universidade Federal de Uberlândia - UFU. Docente do Instituto de Ciências Humanas e Sociais da Universidade Federal de Viçosa - Campus Rio Paranaíba. Coordenador do projeto. Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/2311130632500023. 3Mestre em Administração pelo Centro Universitário do Triângulo - UNITRI. Docente do Instituto de Ciências Humanas e Sociais da Universidade Federal de Viçosa - Campus Rio Paranaíba. Orientador do projeto. Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/0486951243384401. http://lattes.cnpq.br/7015236455818186 1. INTRODUÇÃO A Estratégia Nacional de Educação Financeira - ENEF (2016) relata que a educação financeira propícia aos indivíduos ampliar seu entendimento em relação a escolhas financeiras, esse conhecimento permite o desenvolvimento de um convívio equilibrado com o dinheiro. Possuir informações sobre educação financeira possibilita conduzir os recursos disponíveis para equilibrar as contas pendentes e estabelecer reservas. Ter reservas constitui uma maneira inteligente para concretizar metas ou realizar desejos, ou seja, proporcionar aos indivíduos menores preocupações (SEBRAE, 2013). Andrade (2012, p.17) salienta que: [...] a educação recebida na escola e o convívio com outras pessoas, certamente exercem grande influência em nossas finanças pessoais. No Brasil, de maneira geral, somos pouco educados financeiramente, extremamente emocionais e, assim, facilmente fisgados por campanhas de marketing que nos estimulam ao consumismo. Em casa, os pais acreditam que dinheiro não é assunto de criança. Na escola e no convívio com amigos, questões relacionadas às finanças pessoais dificilmente aparecem. De acordo com Donato (2016), em sua matéria publicada no site do G1, o Brasil no primeiro semestre de 2016 teve em torno de 61 milhões de inadimplentes. Entre os inadimplentes encontram-se os jovens de 18 a 25 anos, os mesmos correspondem 20% do total. Esses jovens dispõem de pouca experiência com crédito, os mesmos ainda apresentam atitudes impulsivas na hora de realizar suas compras, além disso, estão iniciando sua vida profissional, por isso estão mais propensos ao endividamento. Segundo Yazbek (2015), em sua matéria no site Exame.com, o Brasil ocupa 74º posição no ranking global de educação financeira em 2015. Esse ranking mediu o grau de educação financeira de 144 países. A pesquisa revelou que o Brasil ficou atrás de alguns dos países considerados mais pobres do mundo como, por exemplo, Madagascar, Togo e Zimbábue. Esta pesquisa justifica-se pelo fato de que á Educação Financeira no Brasil ainda é pouco discutida e praticada pela população. O tema é imprescindível para formação de cidadãos conscientes, no que tange o modo de gerenciar seus recursos. O artigo visa responder o seguinte questionamento: Qual é a percepção dos alunos do ensino médio sobre o tema Educação Financeira? A partir deste cenário, o objetivo geral deste artigo consistiu em analisar a percepção dos alunos do 2º e 3º ano do ensino médio sobre a educação financeira, a pesquisa será realizada em Minas Gerais nas cidades de Rio Paranaíba, Patrocínio, São Gotardo e no distrito de Guarda dos Ferreiros. Especificamente buscou-se, verificar a compreensão dos alunos, quanto ao tema abordado e identificar o assunto “Educação Financeira” no âmbito escolar. Inspirado em Potrich et al. (2014) a relevância deste estudo reside em disseminar os benefícios da educação financeira no ambiente escolar, agregando aos estudantes conhecimentos que irão auxiliar na tomada de decisões, as deixando mais coesas, de modo que ajudem a alcançar suas metas e aspirações. Quando as crianças e jovens possuem contato com o tema, podem levar este conhecimento para o âmbito familiar, sendo possível desencadear um efeito multiplicador, onde o conhecimento adquirido é transmitido para outras pessoas. Para alcançar os objetivos propostos pelo estudo, o artigo encontra-se estruturado da seguinte maneira, inicialmente uma breve introdução sobre o assunto e em seguida apresentam- se o referencial teórico adotado. Na terceira seção, expõem-se os procedimentos metodológicos, acompanhados sequencialmente pelos resultados e por último têm-se as considerações finais. 2. REFERENCIAL TEÓRICO 2.1 RELAÇÃO COM O DINHEIRO De acordo com o BACEN (2014), o ser humano começa a lidar com situações que envolvem dinheiro desde muito cedo. Para tornar mais proveitoso este relacionamento, é relevante saber utilizar o dinheiro de forma adequada. Desta maneira, ter conhecimentos sobre educação financeira, auxilia os indivíduos a melhorar a gestão de seus recursos monetários, consequentemente ajudando a equilibrar sua vida financeira. Segundo SEBRAE (2013, p.6) É correto afirmar que dinheiro foi feito para gastar. No entanto, a sua utilização requer controle e o mínimo de planejamento. Antes de realizar qualquer gasto pergunte para si mesmo: isso realmente é necessário nesse momento? Ou é apenas um desejo? Seja um administrador das suas finanças, aprenda a gastar bem o recurso que possui. Na concepção de Savóia, Saitoe Santana (2007) a educação financeira é imprescindível na sociedade, uma vez que influência de modo direto as decisões financeiras tanto no nível pessoal como profissional. Martins (2004), ressalta que o sucesso ou insucesso na administração dos recursos financeiros é resultado da capacidade dos indivíduos, em como os mesmos ganham, poupam, gastam e investem seu dinheiro. A ausência de conhecimento sobre educação financeira, seguido da facilidade de acesso ao crédito, representa uma combinação perigosa, podendo ocasionar endividamento. Quando ocorre esse contexto, parte da renda do indivíduo estará comprometida, já que possui prestações mensais firmadas com os credores, assim reduzindo sua capacidade de consumo (BACEN, 2014). Em consonância com Wisniewski (2011), a inexistência de informações e planejamento financeiro são aspectos que influenciam a saúde financeira, neste sentido cria-se um ambiente favorável para o surgimento do consumismo, podendo induzir o endividamento até mesmo a inadimplência. O consumismo, não afeta exclusivamente os adultos, pode atingir as crianças e jovens, que estimulados pelas propagandas publicitárias, marketing, podem vincular seu bem estar á aquisição constate de produtos, podendo agravar o estado financeiro de sua família. Na visão do SEBRAE (2013), o planejamento consiste em organizar-se antes de agir, analisando e avaliando as possibilidades de alcançar objetivos e metas almejadas. A elaboração de um controle financeiro é uma alternativa viável que permite ter noção do estado financeiro onde o indivíduo se encontra. Vale ressaltar, que a facilidade de acesso ao crédito é um dos elementos que atuam para o aumento do consumo. Deve-se frisar que o crédito utilizado de maneira adequada, pode se torna vantajoso para a economia, pois possibilita o crescimento econômico do país, através do aumento da aquisição de bens e serviços, além do aumento da produção dos mesmos (WISNIEWSKI, 2011). O autor ainda reforça que o endividamento das famílias em virtude do aumento do consumo e a inexistência de planejamento financeiro sensibilizam a saúde financeira pessoal, além da evolução da economia. Portanto, a ausência de informações em como resolver questões que envolvem dinheiro pode acarretar várias consequências como estresse, endividamento, inadimplência, baixa autoestima e baixa produtividade no trabalho entre outros. Possuir informações sobre educação financeira pode minimizar essas situações, uma vez que obterão conhecimentos de como agir (BACEN, 2014). 2.2 EDUCAÇÃO FINANCEIRA NO BRASIL A educação financeira no Brasil, segundo Savóia, Saito e Santana (2007), encontra-se em fase inicial, comparada a de outros países como Estados Unidos e Reino Unido. Os autores relatam que no Brasil o ensino sobre essa temática não é obrigatório na grade curricular e quando é ofertado, não é realizado de maneira efetiva e duradoura. De acordo com Martins (2004, p.5): O aluno não estuda noções de comércio, economia, finanças ou impostos. O sistema educacional ignora o assunto “dinheiro”, algo incompreensível, já que a alfabetização financeira é fundamental para ser bem sucedido em um mundo complexo. Nesse sentido, o BACEN (2014) menciona que a maior parte das pessoas não procuram informações que contribuam para melhorar o gerenciamento de suas finanças. Além disso, no Brasil não existe uma preocupação da sociedade com o assunto, assim sendo o tema, nas escolas, empresas e inclusive no convívio familiar abordado superficialmente ou simplesmente é deixado de lado. Apesar de todos possuírem contato direto com o dinheiro, pode-se destacar que poucos se preocupam em gerenciar devidamente os seus recursos monetários (BACEN, 2014). Por outro lado, esse desinteresse pelo tema pode decorrer do fato das pessoas julgarem saber lidar com o uso do dinheiro, porém, podem estar equivocados, ou seja, podem promover uma falsa impressão de domínio do assunto, que na realidade não dispõem (BACEN, 2014). Candido e Fernandes (2014) também expõem essa carência, e afirmam que o ensino sobre este tema deve ser realizado, nas escolas e no ambiente familiar. Apenas uma população ativa no mercado financeiro, obterá prosperidade ao longo do tempo. Diante disso, Kiyosaki e Lechter, (2000, p. 13) citam que “escolas se concentram nas habilidades acadêmicas e profissionais, mas não nas habilidades financeiras”. Conforme, Wisniewski (2011, p.163), através da educação financeira torna-se possível: [...] conscientizar os investidores acerca da importância de criar o hábito de poupar; de como melhor distribuir seus rendimentos entre consumo e poupança; das alternativas de investimento que melhor atendem seu perfil; e de como a boa gestão de suas finanças pessoais pode contribuir para uma melhor qualidade de vida, eliminando fatores como estresse e outras preocupações frequentes que incidem sobre pessoas inadimplentes ou com as finanças agravadas. Para que esse tema seja desenvolvido, requer do setor privado dedicação e acompanhamento e, do setor público, a função de disseminar. A participação das escolas e centros universitários configura-se sendo um alicerce para o sucesso desta iniciativa (SAVÓIA; SAITO; SANTANA, 2007). Em vista disso, pode-se perceber que à educação financeira é imprescindível para a sociedade, de modo que esse conhecimento permite que todos possam agir de maneira adequada no gerenciamento dos recursos pessoais, em relação à maneira de como ganhar, gastar, poupar e investir, essas habilidades são valorosas e necessitam ser desenvolvidas por todas as pessoas (MARTINS, 2004). 2.3 EDUCAÇÃO FINANCEIRA A Educação Financeira, segundo BACEN (2014), proporciona aos indivíduos aprimorar sua percepção de conceitos que estão presentes no cotidiano, por meio de informações e orientações, de modo que os mesmos possam tornar-se indivíduos mais conscientes das oportunidades e riscos inerentes da tomada de decisões. Sendo possível realizar escolhas assertivas com base nos recursos disponíveis, sem deixar de lado o seu próprio bem-estar. Para Wisniewski (2011, p.155) a educação financeira, “[...] configura como uma ferramenta essencial para a boa gestão das finanças pessoais, contribuindo para a formação do hábito da poupança e para o acesso do investidor a novas modalidades de investimento”. Segundo o mesmo autor, investimento consiste em aplicações de recursos financeiros, que tem como expectativa receber no futuro um valor superior ao que investiu, ou seja, que gratifique o período que o dinheiro ficou investido, recebendo em forma de juros ou lucro. Já para Dornela et al. (2014), o assunto está essencialmente vinculado à compreensão do que é a capacidade de endividamento, onde a mesma está inteiramente interligada a restrição orçamentária. A ausência de conhecimento sobre este assunto pode ocasionar aumento de endividamento e, em decorrência disso pode levar a inadimplência de seus compromissos. De acordo com o BACEN (2014, p.11), apresentar conhecimento sobre educação financeira: [...] pode trazer diversos benefícios, entre os quais, possibilitar o equilíbrio das finanças pessoais, preparar para o enfrentamento de imprevistos financeiros e para a aposentadoria, qualificar para o bom uso do sistema financeiro, reduzir a possibilidade de o indivíduo cair em fraudes, preparar o caminho para a realização de sonhos, enfim, tornar a vida melhor. A partir desta citação o BACEN (2014), mostra que quando os indivíduos detêm conhecimento sobre o tema, fazem seus recursos rederem mais, estabelecem reservas visto que sabem que imprevistos podem ocorrer, em outras palavras eles possuem visão de longo prazo. Além disso, não são facilmente manipulados, pois sabem como os processos financeiros ocorrem. Logo, Potrich et al. (2014) salientam que a educação financeira é um método que propíciaaos indivíduos informações que ajudam na tomada de decisões mais coesas no cenário financeiro onde se encontram. Para Wisniewski, (2011, p. 158) “o ponto crucial da educação financeira está no desenvolvimento do hábito da poupança, haja vista que a maior parte da renda das famílias tem sido destinada ao consumo”. Nesse sentido, a educação financeira pode ser considerada uma ferramenta para alavancar o desenvolvimento econômico. Uma vez que as decisões financeiras influenciam, todo o conjunto da economia, por estar estreitamente vinculadas ao grau de endividamento e de inadimplência dos indivíduos, além da capacidade de investimento dos países (BACEN, 2014). Nesse sentido, a educação financeira refere-se ao momento em que o indivíduo age diante das possibilidades de consumo, estimulando ou desestimulando a produção e renda, que podem gerar grande impacto no cenário econômico do país. Candido e Fernandes (2014) ressaltam que não existe uma concordância em qual momento deve-se realizar a formação do indivíduo sobre educação financeira. Candido e Fernandes (2014, p.896) citam que: Enquanto o assunto é negligenciado pelas instituições de ensino básico e programas públicos de conscientização, a instabilidade desta balança de endividamento e educação financeira privada vem se inclinando para o descontrole financeiro e os altos níveis de endividamento começam a ganhar esta disputa. A citação do autor Fernandes (2014), revela que quando existe o ensinamento sobre educação financeira na sociedade, questões relacionadas ao endividamento tentem a ocorrer com menor frequência. Uma vez que os indivíduos desta sociedade saberão como gerenciar seus recursos e lidar com situações que envolvam conhecimento sobre a temática. Com o desenvolvimento do mercado financeiro e do crescente aumento na concessão de crédito, evidência que a sociedade necessita estar preparada para gerenciar seus recursos financeiros, isto é, deve possuir maior conhecimento sobre educação financeira (POTRICH et al., 2014). Para Savóia, Saito e Santana (2007), é imprescindível que os indivíduos dominem vários conjuntos de informações que possibilitam ter um entendimento coerente e sem erros dos fatores que interferem o ambiente econômico. Parte desse conhecimento é obtida por intermédio da educação financeira, que possibilita desenvolver habilidades, onde os mesmos possam optar por decisões embasadas, assim aperfeiçoando a administração de suas finanças. A educação financeira tornou-se relevante, visto que decisões precipitadas podem levar o consumidor, a aumentar os gastos com juros e taxas (CANDIDO; FERNANDES, 2014). Candido e Fernandes (2014) ainda ressaltam que as gerações atuais não se encontram preparadas para lidar com questões pertinentes ao gerenciamento de suas finanças, apresentam dificuldades em gerenciar suas finanças e com tendência ao endividamento. Kiyosaki e Lechter , (2000, p.10), destacam que “da mesma forma que as habilidades acadêmicas são importantes, as habilidades financeiras e de comunicação também o são”. Desta maneira, pode-se evidenciar que o aprendizado sobre educação financeira no âmbito escolar é imprescindível para a formação de adultos conscientes de seus atos e que estejam preparados para lidar com situações que envolvam dinheiro. 3. METODOLOGIA Os dados desse artigo fazem parte de uma pesquisa do projeto de extensão “Educação Financeira: Aprendendo a Lidar com Dinheiro” financiado pelo PIBEX/UFV - Programa Institucional de Bolsas de Extensão Universitária pela Universidade Federal de Viçosa - Campus Rio Paranaíba durante o ano de 2014 a 2016. Neste período foram beneficiados pelo projeto 524 alunos da rede pública de ensino médio. O referido projeto de extensão tem como objetivo principal propiciar ações voltadas à educação financeira para estudantes do ensino médio. O projeto promove a disseminação de conhecimentos básicos de economia e finanças, além de cursos de curta duração e palestras introdutórias, que permitem ampliar o campo de visão desses estudantes. A elaboração deste artigo foi realizada através do método qualitativo, quantitativo e descritivo. Segundo Kauark, Manhães e Medeiros (2010, p.26), evidenciam que a: Pesquisa Qualitativa: considera que há uma relação dinâmica entre o mundo real e o sujeito, isto é, um vínculo indissociável entre o mundo objetivo e a subjetividade do sujeito que não pode ser traduzido em números. A interpretação dos fenômenos e a atribuição de significados são básicas no processo de pesquisa qualitativa [...]. Pesquisa Quantitativa considera o que pode ser quantificável, o que significa traduzir em números opiniões e informações para classificá-las e analisá-las [...]. Martins (2007, p. 36), define que a pesquisa descritiva tem por finalidade “[...] a descrição das características de determinada população ou fenômeno, bem como o estabelecimento de relações entre variáveis e fatos”. Os procedimentos científicos utilizados nesta pesquisa foram de caráter bibliográfico. Segundo Pádua (2004), a pesquisa bibliográfica consiste em colocar o observador em contato com conteúdos existentes e registrados sobre determinado tema pesquisado. A amostra é predominantemente composta por alunos do 2º e 3º ano do ensino médio da rede pública, as cidades que participaram da pesquisa foram Rio Paranaíba, Patrocínio, São Gotardo e do Distrito de Guarda dos Ferreiros localizados no Estado de Minas Gerais. A pesquisa teve como intuito verificar as percepções dos alunos e suas expectativas em relação ao assunto abordado. A técnica de coleta de dados utilizada foi um questionário estruturado com perguntas fechadas de múltipla escolha, entregues aos alunos após as palestras sobre o tema, em seguida recolhidos para tabulação. Os dados obtidos foram analisados mediante a estatística descritiva simples. Para melhor visualização dos resultados nos três anos, os dados foram organizados em planilhas do Microsoft Excel em forma de tabelas, apresentado a frequência, porcentagem e somatório, assim proporcionando uma melhor visualização e avaliação das informações coletadas. 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO Nesta seção os resultados da pesquisa foram separados em duas partes. No primeiro foi descrito o perfil dos entrevistados, posteriormente será apresentado às percepções dos alunos quando ao tema abordado e como à educação financeira é vista pelos entrevistados no ambiente escolar. 4.1 Perfil Deve-se ressaltar que a amostra usada neste artigo é composta por alunos do ensino médio. Para tornar mais fácil a visualização, utilizou-se o ano da execução do projeto de extensão, para demostrar os resultados alcançados. Realizou-se uma análise descritiva do conjunto de observações. Do total de 524 participantes, obtiveram três observações de dados disponíveis para realizar a análise do comportamento dos estudantes. A Tabela 01 sintetiza as informações sobre o perfil dos entrevistados no período de 2014-2016. Pode-se verificar que na amostra, 62,98% corresponde ao gênero feminino, seguido de 37,02% do gênero masculino. Segundo o site Portal Brasil (2016), “[...] as mulheres são a maioria nas escolas, universidades, cursos de qualificação [...]”, sendo possível constatar que o gênero feminino tem maior predominância nesse ambiente. Tabela 01- Amostra: Gênero 2014 2015 2016 ∑ Porcentagem Feminino 40 152 138 330 62,98% Masculino 27 91 76 194 37,02% ∑ 67 243 214 524 100% Faixa etária 2014 2015 2016 ∑ Porcentagem Entre 16 e 18 anos 67 233 193 493 94,08% Entre 19 e 24 anos 0 10 21 31 5,92% ∑ 67 243 214 524 100% Fonte: Projeto de extensão “Educação Financeira: Aprendendo a Lidar com Dinheiro” Quanto à faixa etária, pode-se destacar que a maioria dos participantes possuem idade entre 16 a 18 anos, com um percentual de 94,08%, evidenciandoa sua predominância. Já o grupo de 19 a 23 anos é minoria contendo somente 5,92% de representatividade. Tal resultado já era esperado uma vez que os alunos do ensino médio, que cursam o 2º e 3º ano do ensino médio estão nessa faixa etária. Pesquisas mostram que jovens que se encontram nessas faixas etárias, apresentam dificuldades em administrar suas dívidas. Assim, torna-se fundamental possuir conhecimento para gerenciar essas situações. Conforme Domingos (2013), em sua matéria publicada no site DSOP- Educação Financeira, jovens entre 15 a 24 anos já apresentam dívidas, os motivos que ocasionam essa situação são os mais diversificados. Segundo Serasa Experian, o que leva os jovens ao endividamento na maioria das vezes são produtos como celulares e carros. Um fator propulsor para este cenário são os meios midiáticos que impulsionam os jovens por meio do marketing a adquirirem produtos. Vale ressaltar que esses alunos vivem na iminência de entrar no mercado de trabalho ou aspiram um curso superior, e tal fato torna essencial um prévio conhecimento sobre educação financeira. 4.1 Percepções dos alunos Pode-se destacar de acordo com a Tabela 02, que a maioria dos participantes da pesquisa 79,58% considerou possuir conhecimentos sobre o tema proposto, 13,93% dos entrevistados consideram que não dispõem de conhecimentos sobre esta temática e uma minoria de 6,49%, não souberam avaliar esta questão. Neste contexto, identificou-se que o conhecimento sobre educação financeira é proveniente principalmente das discussões que ocorrem no âmbito familiar 56,11%, sendo ensinamentos que foram passados de pais para filhos. Pode-se concluir que o papel dos pais na educação financeira dos filhos é relevante. Dar bom exemplo de como gerenciar recursos financeiros e resolver imprevistos são ensinamentos importantes para a formação de cidadãos conscientes. Desta maneira o comportamento dos filhos é reflexo das atitudes dos responsáveis. Na prática o que os filhos praticam decorre do comportamento dos pais. Tabela 02- Percepções dos alunos quando ao tema abordado: Conhecimento em Educação Financeira Possuo conhecimento sobre este tema Não possuo Não sei avaliar ∑ 2014 61 03 03 67 2015 180 47 16 243 2016 176 23 15 214 ∑ 417 73 34 524 Porcentagem 79,58% 13,93% 6,49% 100% Local onde obtive contato com a Educação Financeira No âmbito familiar Na escola inserida nas Disciplinas Em cursos e Palestras Não sei avaliar ∑ 2014 39 02 22 04 67 2015 141 18 34 50 243 2016 114 17 55 28 214 ∑ 294 37 111 82 524 Porcentagem 56,11% 7,06% 21,18% 15,65% 100% Fonte: Projeto de extensão “Educação Financeira: Aprendendo a Lidar com Dinheiro” Em seguida, com uma porcentagem inferior ficou a escola com apenas 7,06%, demostrando que na percepção dos estudantes a escola não aborda esse assunto com muita periodicidade. O baixo índice de contato com educação financeira na escola é reforçado por estudo publicado pelo SEBRAE, onde o mesmo destaca que as escolas não estão preparando adequadamente os jovens e crianças para lidar com situações corriqueiras do cotidiano e problemas que envolvem dinheiro na vida adulta. Quando existe entendimento por parte dos indivíduos em relação ao tema, isto possibilita melhorar a qualidade de vida dos mesmos SEBRAE (2013). A terceira forma de contato com o tema é por meio de palestras e cursos, o mesmo obteve 21,18%, esta forma de aprendizado contribui para formação do conhecimento dos participantes. Isso mostra o interesse dos participantes, pois a palestra ou curso é uma opção. Por fim, dentre os entrevistados, 15,65% não souberam avaliar esta questão. Por meio, do projeto de extensão foi possível realizar diversas palestras voltadas para a educação financeira, como mostra as Figuras 1 e 2. Todas as palestras buscaram disseminar conhecimentos básicos de economia e finanças, tendo como intuito despertar o interesse dos estudantes sobre o tema proposto. Figuras 1: Palestra efetuada pelo projeto de extensão na Escola Estadual Doutor Adiron Gonçalves Boaventura na cidade de Rio Paranaíba /MG no dia 08 de junho de 2016. Autoria da foto: Ricardo Freitas Martins da Costa. Figura 2: Palestra efetuada pelo projeto de extensão na Escola Estadual Coronel Hermenegildo Ladeira, Distrito de Guarda dos Ferreiros, São Gotardo/MG no dia 05 de maio de 2016. Autoria da foto: Ana Aparecida Ribeiro. A partir dos resultados apresentados na Tabela 03, pode-se ressaltar que 85,3% dos participantes demostraram considerar importante o conhecimento sobre educação financeira. Uma minoria de 14,69% dos estudantes indicou que não tem opinião formada sobre essa temática. A educação financeira é relevante em todas as etapas da vida, nossas decisões influenciam diretamente no presente e consequentemente no futuro, quando aprendemos desde cedo sobre o tema, isso nos auxilia no comportamento em como agir para manter uma situação equilibrada (ENEF, 2016). Desta forma, estar ciente da importância de aprofundar no tema, espera-se pessoas mais conscientes quanto ao gerenciamento de seus recursos pessoais. Tabela 03 – Aprendizagem: Importância desses conhecimentos A escola é adequada para discutir o tema Considero importante Não tenho opinião formada ∑ Sim Não Não sei avaliar ∑ 2014 64 03 67 66 01 0 67 2015 214 29 243 190 51 02 243 2016 169 45 214 166 46 02 214 ∑ 447 77 524 422 98 04 524 Total 85,31% 14,69% 100% 80,53% 18,70% 0,76% 100% Fonte: Projeto de extensão “Educação Financeira: Aprendendo a Lidar com Dinheiro” Nota-se que os estudantes consideram o ambiente escolar um local apropriado para discutir o tema educação financeira, como mostra a Tabela 03. Relacionando á tabela anterior com a atual, pode-se perceber que apesar da escola não desenvolver práticas sobre o tema, a maioria dos participantes veem o ambiente escolar como sendo o lugar, mas apropriado para desenvolver o tema. Krüger (2014) destaca que no ambiente familiar e escolar, as noções sobre finanças não são abordadas com a devida atenção merecida, essa falta de conhecimento e informações sobre essa temática podem resultar em tomadas de decisões equivocadas que poderão ocasionar o declínio financeiro dos indivíduos. Ademais, o conhecimento sobre educação financeira está diretamente relacionado com experiências práticas e ensinamentos vivenciados e repassados para os jovens. Tabela 04- Preocupação dos estudantes sobre a negativação de seu nome: Ter seu nome negativado representa uma preocupação Sim Não ∑ 2014 65 13 67 2015 230 02 243 2016 206 08 214 ∑ 501 23 524 Total 95,61% 4,39% 100% Fonte: Projeto de extensão “Educação Financeira: Aprendendo a Lidar com Dinheiro” Denota-se que 95,61% dos estudantes se consideram preocupados em ter seu nome negativado como mostra a Tabela 04, e somente 4,39% não consideram relevante essa situação. Os meios midiáticos divulgam pesquisas que mostram a situação em que se encontram a população brasileira sobre a negativação, podendo perceber de onde vem à preocupação desses alunos com essa questão. Segundo o site do G1 (2016) o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), realizaram uma pesquisa no início de 2015 a março de 2016, e divulgaram que os brasileiros possuem contas em atraso, existe no Brasil 58,7 milhões de devedores, o equivalente a 39,64% da população entre idade de 18 a 95 anos. Pode-se observar que os estudantes tem preocupação com essa questão, já que á população brasileira encontra-se em uma situação preocupante, no não cumprimento de suas obrigações com terceiros. Os estudantes compreendem a importância de gerenciar os seus rendimentos, não gastar além do que possuem, paraque não se tornem endividados ou inadimplentes. Tabela 05 – Itens que os estudantes consideram investimento: Alternativas que os participantes consideram como investimento 2014 a 2016 ∑ Porcentagem Poupança 269 51,34% Estudos 220 41,98% Imóveis 156 29,77% Bolsa de Valores 123 23,47% Aposentadoria 77 14,69% Alimentação 52 9,92% Trocar seu carro por um novo 40 7,63% Imposto de Renda 19 3,63% Comprar um tênis novo 04 0,76% Fazer uma festa de aniversário 01 0,19% Fonte: Projeto de extensão “Educação Financeira: Aprendendo a Lidar com Dinheiro” Do total de 524 alunos, contrariamente ao que ensina a economia, os alunos consideram como investimentos os seguintes itens: estudos 41,98%, aposentadoria 14,69%; alimentação 9,92%; imposto de renda 3,63% entre outros. Isso mostra que ainda existe uma ideia equivocada do significado de investimento para esses indivíduos. De acordo com BECAN (2014), investimento consiste sendo uma aplicação dos recursos que poupamos com a perspectiva de adquirir um valor sobre a mesma, em outras palavras, investimento é toda aplicação com expectativa de lucro. Conforme Paiva e Cunha (2008), na economia, investimento representa aplicação de capital, que tem a finalidade de aumentar a capacidade produtiva como instalações, máquinas e meios de transporte. Segundo a pesquisa realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) em 2016, apontou que a poupança é a aplicação preferida por 69,5% dos brasileiros, indicando que a mesma está relacionada ao baixo nível de perda, de acordo com Almeida (2016), em sua matéria publicada no site Exame.com. Pode-se observar que o item que apresentou maior porcentagem pelos estudantes foi justamente a poupança indicando sua presença ativa no cenário brasileiro. Almeida (2016) ainda cita que os investimentos elegidos pelos brasileiros, foram Poupança 69,50%, Imóveis 28,80%, Previdência privada 8,90%, Fundos de investimento 5,90%, Dólar 5,50%, CDB 1,80%, Bolsa de Valores 0,40% entre outros investimentos de acordo com a pesquisa realizada pelo SPC Brasil. Nota-se que imóveis e bolsa de valores também foram citados pelos estudantes, porém representam uma pequena parcela dos participantes que sabem que os mesmos são investimentos. Pode-se concluir que apesar da maioria dos estudantes acreditarem que possuem conhecimento sobre educação financeira, muitos possuem dificuldades em dissociar o que é investimento. Assim, mostrando a carência do tema “educação financeira” na sociedade onde estão inseridos, já que investimento é uma das linhas de aprendizagem abordada na educação financeira. 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS Este artigo analisou a percepção dos alunos do segundo e terceiro ano do ensino médio sobre a educação financeira. Identificou-se que a maioria dos entrevistados sabem da importância de se organizarem financeiramente, para que suas metas e aspirações possam ser concretizadas com sucesso. Além disso, os resultados ainda expõem que o tema: Educação Financeira no âmbito escolar é pouco discutida. Sendo que a maioria dos entrevistados aprendem sobre finanças no ambiente familiar. Embora o tema não seja abordado nas escolas com a devida atenção e periodicidade, os estudantes reconhecem a relevância de seu aprendizado nesse ambiente. As palestras realizadas pelo projeto de extensão possibilitou um primeiro contato dos estudantes com a área de economia e finanças. As palestras têm como objetivo principal despertar o interesse dos jovens dessas comunidades sobre o assunto. A partir dos resultados alcançados, notou-se que o endividamento é uma preocupação atual dos participantes. Os mesmos reconhecem que sua ocorrência implica em consequências como, por exemplo, limitação de consumo. Pode-se destacar que os participantes da pesquisa ainda têm dificuldades em dissociar o que é investimento. Assim, pode detectar a necessidade de maiores informações sobre o tema, para que os mesmos tenham maiores compreensões sobre o assunto. Este artigo revela que o conhecimento adquirido por esses jovens ao longo de sua trajetória até o ensino médio são insuficientes para distinguir o que é investimento, mostrando que muitos alunos, ainda não detém conhecimento suficiente para dissociar. Assim, evidencia- se a necessidade de se implantar programas mais efetivos que abordam o assunto “Educação Financeira” no âmbito escolar. Recomenda-se para futuras pesquisas, a realização de outros estudos nas escolas da região para averiguar como os estudantes do ensino médio ainda lindam com situações que envolvem conhecimento sobre educação financeira e orçamento pessoal. Assim sendo possível apurar seus anseios em relação a essa temática. 5. REFERÊNCIAS ALMEIDA, Marília. EXAME.com. Por medo de riscos, brasileiro continua apegado à poupança. 2016. Disponível em: <http://exame.abril.com.br/seu-dinheiro/noticias/por-medo- de-riscos-brasileiro-continua-apegado-a-poupanca>. Acesso em: 28 de agosto de 2016. ANDRADE, Elisson de. As 5 etapas do Planejamento Financeiro: conhecimento técnico e Emocional para atingir objetivos – Piracicaba; Ed O autos, 2012. Disponível em: <http://profelisson.com.br/wp-content/uploads/2013/04/As-5-etapas-eBook.pdf>. Acesso em: 28 de agosto de 2016. BACEN - Banco Central do Brasil, Caderno de Educação Financeira Gestão de Finanças Pessoais (Conteúdo Básico). Brasília, 2014. CANDIDO, J. G.; FERNANDES, A. H. S. Educação financeira e nível do endividamento: relato de pesquisa entre os estudantes de uma instituição de ensino da cidade de São Paulo. Revista Eletrônica Gestão e Serviços, v. 5, n. 2, p. 894-913, 2014. DOMINGOS, Reinaldo. DSOP-Educação Financeira. Educação financeira para jovens: por que ela é importante? 2013. Disponível em: <http://www.dsop.com.br/blog/educacao- financeira-jovens-por-que-importante>. Acesso em: 28 de agosto de 2016. DONATO, Veruska. G1. Jornal Hoje. Quase 60 milhões de brasileiros estão inadimplentes. 2016. Disponível em: < http://g1.globo.com/jornal-hoje/noticia/2016/07/quase-60-milhoes-de- brasileiros-estao-inadimplentes.html >. Acesso em: 28 de agosto de 2016. DORNELA, F. J.; TEIXEIRA, F. A.; COSTA, R. F. M. da; JÚNIOR, W. L. dos S.; SOUZA, L. M.. Educação financeira: aprendendo a lidar com dinheiro. Revista Raízes e Rumos, v. 2, n. 1, p. 93-155, 2014. ENEF - Estratégia Nacional de Educação Financeira. No Brasil. 2016. Disponível em: < http://www.vidaedinheiro.gov.br/pagina-23-no-brasil.html>. Acesso em: 15 jul. 2016. ENEF - Estratégia Nacional de Educação Financeira. Para crianças e jovens. 2016. Disponível em: <http://www.vidaedinheiro.gov.br/programas-26-para_criancas_e_jovens.html>. Acesso em: 15 jul. 2016. G1. Economia. Número de inadimplentes cresce e atinge 58,7 milhões de pessoas. 2016. Disponível em: <http://g1.globo.com/economia/noticia/2016/04/numero-de-inadimplentes- cresce-e-atinge-587-milhoes-de-pessoas.html>. Acesso em: 28 de agosto de 2016. KAUARK, F.; MANHÃES, F. C.; MEDEIROS, C. H. Metodologia da Pesquisa: Um Guia Prático. 1º ed. Itabuna: Via Litterarum, 2010. KIYOSAKI, R. T.; LECHTER, S. L. Pai Rico, Pai Pobre. 56. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2000. KRÜGER, Fernanda. TCC: Avaliação da educação financeira no orçamento familiar. 2014. Concórdia - Santa Catarina. Faculdade de Tecnologia Pedro Rogério Garcia – FATTEP. Disponível em: < http://www.educacaofinanceira.com.br/tcc/fernandakruger.pdf>. Acesso em: 28 de agosto de 2016. MARTINS, G. de A. Manual para elaboração de monografias e dissertações. 3º ed. São Paulo: Atlas, 2007. MARTINS, José Pio. Educação financeira ao alcance de todos. 01. ed. São Paulo, SP. Fundamento, 2004. PÁDUA, E. M. M. de. Metodologia da pesquisa: Abordagem teórica - prática. 10º. ed. Campinas: Papirus, 2004. PAIVA, C. Á. N.; CUNHA,A. M.. Noções de economia. 01.ed. Brasília: Fundação Alexandre de Gusmão, 2008. Portal do Brasil. Mulheres são maioria em universidades e cursos de qualificação. 2016. Disponível em: <http://www.brasil.gov.br/economia-e-emprego/2016/03/mulheres-sao- maioria-em-universidades-e-cursos-de-qualificacao>. Acesso em: 28 de agosto de 2016. POTRICH, A. C. G.; VIEIRA, K. M.; CAMPARA, J. P.; FRAGA, L. D. S.; SANTOS, L. F. O. Educação Financeira dos Gaúchos: Proposição de uma Medida e Relação com as Variáveis Socioeconômicas e Demográficas. Sociedade, Contabilidade e Gestão, v. 9, n. 3, p. 109-129, 2014. SAVÓIA, J. R. F.; SAITO, A. T.; SANTANA, F. A. Paradigmas da educação financeira no Brasil, Rev. Adm. Pública, Rio de Janeiro, v. 41, n. 6, p. 1.121-1.141, nov./dez. 2007. SEBRAE - Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas Bahia. Pessoa Física: Planejamento e Controle Financeiro Pessoal. 2013. Disponível em: <http://www.bibliotecas.sebrae.com.br/chronus/ARQUIVOS_CHRONUS/bds/bds.nsf/3c27b4 6226d68958621f1f121cdf8f22/$File/4577.pdf >. Acesso em: 28 de agosto de 2016. WISNIEWSKI, M. L. G.. A importância da educação financeira na gestão das finanças pessoais: uma ênfase na popularização do mercado de capitais brasileiro. Revista Intersaberes, Curitiba, a.6, n.12, p. 155-172. v. 6, n. 11, 2011. YAZBEK, Priscila. Exame.com. Brasil é o 74º em ranking global de educação financeira. 2015. Disponível em: <http://exame.abril.com.br/seu-dinheiro/noticias/brasil-e-o-74o-em- ranking-global-de-educacao-financeira>. Acesso em: 28 de agosto de 2016.
Compartilhar