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Aula 5_Exames bioquímicos

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Exames Bioquímicos
Provas Funcionais
Prof. Dr. Lucas Nojosa Oliveira
FacUnicamps – Farmácia – Bioquímica Clínica
O que é Diabetes Mellitus (DM)?
O Diabetes mellitus consiste em um distúrbio metabólico 
caracterizado por hiperglicemia persistente, decorrente de 
deficiência na produção da insulina e/ou na sua ação. 
Fonte: Diretrizes Sociedade Brasileira de Diabetes 2019-2020
• 424,9 milhões de pessoas
• 1 bilhão de dólares
https://diretriz.diabetes.org.br/
https://diretriz.diabetes.org.br/
Classificação da DM
Fonte: Diretrizes Sociedade Brasileira de Diabetes 2019-2020
Hiperglicemia
DM 1 DM 2
Destruição das células beta do 
pâncreas (genética, imunológica)
Diminuição da produção da insulina
Resistência à insulina
 Produção nula (zero) de insulina
 Insulinodependente
 Diagnosticado na idade infantil
 Produz insulina, mas ela não age corretamente
 Em estágios avançados utilizam insulina
 Diagnosticado em qualquer idade
Glicose
Glicogênio
Piruvato
Ácidos 
Graxos
GLUT
Insulina
Recepto
r de 
insulina
Diabetes 
Gestacional
Fonte: Diretrizes Sociedade Brasileira de Diabetes 2019-2020
1
• Puberdade, gestação e envelhecimento
2
• Obesidade, hipertensão e dislipidemia
3
• Etnia
4
• Doenças autoimunes, infecções e estresse
5
• Medicamentos: corticoides e inibidores de proteases
Principais fatores que contribuem para a resistência à insulina
Fonte: Diretrizes Sociedade Brasileira de Diabetes 2019-2020
Consequências do DM?
• Fome frequente;
• Sede constante;
• Vontade de urinar várias vezes ao dia;
• Formigamento de pés e mãos;
• Fadiga.
• DM1: perda de peso, fraqueza, mudanças de humor.
• DM2: Visão embaçada, Feridas que demoram para cicatrizar 
infecções frequentes.
Fonte: Ministério da Saúde, http://antigo.saude.gov.br/saude-de-a-z/diabetes
Sinais e sintomas
http://antigo.saude.gov.br/saude-de-a-z/diabetes
• Doenças cardiovasculares: aterosclerose, doença coronariana, 
danos no microvasos, hipertensão;
• Doenças renais: dano no glomérulo – insuficiência renal;
• Doenças neurológicas – neuropatia, danos nos nervos periféricos 
com perda de sensibilidade;
• Perda da visão (retinopatia) e pé diabético;
• Cetoacidose diabética – mudança do pH sanguíneo.
Fonte: Ministério da Saúde, http://antigo.saude.gov.br/saude-de-a-z/diabetes
Riscos
http://antigo.saude.gov.br/saude-de-a-z/diabetes
• Comer diariamente verduras, legumes e, pelo menos, três porções de frutas;
• Reduzir o consumo de sal, açúcar e gorduras;
• Parar de fumar;
• Praticar exercícios físicos regularmente, (pelo menos 30 minutos todos os 
dias);
• Manter o peso controlado.
Fonte: Ministério da Saúde, http://antigo.saude.gov.br/saude-de-a-z/diabetes
Prevenção
• Insulina – aplicação diária;
• Medicamentos - inibidores da alfaglicosidase, sulfonilureias e glinidas;
• Cirurgia – bariátrica, transplante de pâncreas;
Tratamento
Não se aplica ao DM1
http://antigo.saude.gov.br/saude-de-a-z/diabetes
• Glicemia de jejum;
• Taxa de glicose no sangue após jejum de 8 a 10 horas.
• Glicemia ao acaso:
• Taxa de glicose em qualquer parte do dia.
• TOTG – Teste oral de tolerância a glicose:
• Glicose 2 horas após sobrecarga com 75 g de glicose (mg/dL).
• Hemoglobina glicada (HbA1c):
• Porcentagem de glicose aderida às moléculas de hemoglobina.
Exames
Fonte: Diretrizes Sociedade Brasileira de Diabetes 2019-2020
Critérios laboratoriais para diagnóstico
Glicose em 
Jejum
TOTG Glicose ao acaso
Hemoglobina 
HbA1c
Normoglicemia < 100 mg/dL < 140 mg/dL - <5,7 %
Pré-diabetes 100 a 125 mg/dL 140 a 199 mg/dL - 5,7 a 6,4 %
Diabetes 
estabelecido
≥ 126 mg/dL ≥ 200 mg/dL
≥ 200 com 
sintomas 
inequívocos de 
hiperglicemia
≥ 6,5 %
No indivíduo assintomático, É RECOMENDADO utilizar como critério de diagnóstico 
de DM a glicemia plasmática de jejum maior ou igual a 126 mg/dl, a glicemia duas 
horas após uma sobrecarga de 75 g de glicose igual ou superior a 200 mg/dl ou a 
HbA1c maior ou igual a 6,5%. É necessário que dois exames estejam alterados. Se 
somente um exame estiver alterado, este deverá ser repetido para confirmação.
Fonte: Diretrizes Sociedade Brasileira de Diabetes 2022
Lipoproteínas
Complexos solúveis de proteínas e lipídeos
As lipoproteínas permitem a
solubilização e o transporte dos
lípides, que são substâncias
geralmente hidrofóbicas, no
meio aquoso plasmático.
Existem quatro grandes 
classes de lipoproteínas 
separadas em dois 
grupos: (1) as ricas em 
triglicérides, maiores e 
menos densas, 
representadas pelos 
quilomícrons, de origem 
intestinal, e pelas 
lipoproteínas de 
densidade muito baixa 
ou very low density 
lipoprotein (VLDL), de 
origem hepática; e (2) as 
ricas em colesterol, 
incluindo as de 
densidade baixa ou low 
density lipoprotein (LDL) 
e as de densidade alta 
ou high density 
lipoprotein (HDL).
Perfil Lipídico
• Componentes:
• Colesterol totais (CT) e 
frações;
• Colesterol HDL
• Colesterol VLDL
• Colesterol LDL
• Colesterol não-HDL
• Triglicérides (TG);
 não-HDL = CT - HDL
 VLDL = TG/5
 LDL: calculado pela fórmula de Friedwald 
LDL-C = CT – (HDL-C + TG/5)*
(*não aplicável com TG > 400 mg/dL).
Dislipidemias - classificação
• Tantoas hiperlip idemias quanto as hipolipidemias podem ter 
causas primárias ou secundárias:
• Causas primárias: são aquelas nas quais o distúrbio lipídico é
de origem genética.
• Causas secundárias: a dislipidemia é decorrente de estilo de
vida inadequado, de certas condições mórbidas, ou de
medicamentos.
Classificação etiológica
HF é uma mutação no gene específico do receptor para LDL
plasmático, PCSK9 ou na ApoB.
A HF, uma das doenças monogênicas mais comuns, foi descrita
como doença de herança autossômica dominante, sendo
caracterizada pela elevação do CTe do LDL-c.
Hipercolesterolemia familiar
https://cardiopapers.com.br/novidades-da-diretriz-de-hipercolesterolemia-familiar/
https://cardiopapers.com.br/novidades-da-diretriz-de-hipercolesterolemia-familiar/
Causas secundárias
Dislipidemias - classificação
As dislipidemias podem ser classificadas de acordo com a fração 
lipídica alterada em:
• Hipercolesterolemia isolada: aumento iso lado do LDL-c (LDL-c
≥160 mg/dL).
• Hipertrigliceridemia isolada: aumento isolado dos triglicérides
(TG ≥150 mg/dL ou ≥175 mg/dL, se a amostra for obtida sem
jejum).
Classificação laboratorial
• Hiperlipidemiamista: aumento do LDL-c (LDL-c ≥160 mg/dL) e
dos TG (TG ≥ 150 mg/dL ou ≥ 175 mg/ dL, se a amostra for
obtida sem jejum).
• Se TG ≥ 400 mg/dL, o cálculo do LDL-c pela fórmula de Friedewald é
inadequado, devendo-se considerar a hiperlipidemia mista quando o
não HDL-c ≥190 mg/dL.
• HDL-c baixo: redução do HDL-c (homens < 40 mg/dL e
mulheres < 50 mg/dL) isolada ou em associação ao aumento
de LDL-c ou de TG.
Influência - hábitos
Perda de peso (5Kg)
• ↓ LDL- C de 5 a 8%
• ↓ TG 15%
Exercício regular
• ↓ TG 24%
• Não altera o Colesterol e LDL- C
• ↑ HDL-C 8%
Dieta
• ↓ G ordura saturada (↓ LDL- C de 8%a 10%)
• ↓ Colesterol - 200mg/dia - (↓LDL- C de 3% a 5%)
• ↑ Fibras solúve is 5 a 10g/dia (↓LDL- C de 3%a 5%)
• Fitoesteróis 2g/dia (↓ LDL- C 6% a 15%)
Doença Aterosclerótica
A aterosclerose é uma inflamação, com a formação de placas de 
gordura, cálc io e outros elementos na parede das artérias do 
coração e de outras localidades do corpo humano, como por 
exemplo cérebro, membros inferiores, entre outros, de forma 
difusa ou localizada.
Ela se caracteriza pelo estreitamento e enrijecimento das artérias 
devido ao acúmulo de gordura em suas paredes, conhecido 
como ateroma.
https://www.einstein.br/especialidades/cardiologia/doencas-sintomas/aterosclerose
https://www.einstein.br/especialidades/cardiologia/doencas-sintomas/aterosclerose
New England Journal of Medicine, 365(19), 1812–1823. 2011 doi:10.1056/nejmra1104901
• A HDL transporta o colesterol até o fígado, no qual ela é captada
pelos receptores SR-B1. O circuito de transporte do colesterol dos
tecidos periféricospara o fígado é denominado transporte reverso
do colesterol.
• A HDL também tem outras ações que contribuem para a proteção
do leito vascular contra a aterogênese, como a remoção de lípides
oxidados da LDL, a inibição da fixação de moléculas de adesão e
monócitos ao endotélio e a estimulação da liberação de óxido
nítrico.
Importância da HDL
O Escorede RiscoGlobal (ERG), que estima o risco de infarto do 
miocárdio, AVC ou insuficiência cardíaca, fatais ou não fatais, ou 
insuficiência vascular periférica em 10 anos.
Escore de risco global (ERG) de Framingham
https://linhasdecuidado.saude.gov.br/portal/obesidade-no-adulto/unidade-de-atencao-primaria/planejamento-terapeutico/escore-risco-global-framingham/
https://linhasdecuidado.saude.gov.br/portal/obesidade-no-adulto/unidade-de-atencao-primaria/planejamento-terapeutico/escore-risco-global-framingham/
Teste:
https://www.unimedteresina.com.br/portalunimed/medicinapreventivanas/framingham#:~:text=O%20Escore%20de%20Risco%20de,de%2 
0certos%20fatores%20de%20risco.&text=Idade%3A,mais%20recente%20do%20colesterol%20LDL%3F
https://linhasdecuidado.saude.gov.br/portal/obesidade-no-adulto/unidade-de-atencao-primaria/planejamento-terapeutico/escore-risco-global-framingham/
https://www.unimedteresina.com.br/portalunimed/medicinapreventivanas/framingham#%3A~%3Atext%3DO%20Escore%20de%20Risco%20de%2Cde%20certos%20fatores%20de%20risco.%26text%3DIdade%3A%2Cmais%20recente%20do%20colesterol%20LDL%3F
https://linhasdecuidado.saude.gov.br/portal/obesidade-no-adulto/unidade-de-atencao-primaria/planejamento-terapeutico/escore-risco-global-framingham/
Fatores não-modificáveis
• Obesidade
• HAS
• DM-2
• Dislipidemia
• Síndrome Metaból ica
Fatores modificáveis
• Sedentarismo
• Tabagismo
• Etilismo
Fatores de risco para doença cardiovasculares
https://www.tudoporemail.com.br/content.aspx?emailid=14102
https://www.tudoporemail.com.br/content.aspx?emailid=14102
Doença Isquêmica
Coágulo ou Placa de 
Colesterol
“Ataque do Coração"
INFARTO AGUDO DO 
MIOCÁRDIO
Músculo 
Enfartado
Artéria
Coronariana
Músculo 
Saudável
3
0
Novos Marcadores Bioquímicos
 CK-MB
 Troponina T e I
 Mioglobina
Creatina + ATP Creatina + ADP
Creatina Quinase (CK)
P
Esta enzima catalisa a seguinte reação:
Características:
Possui 3 isoenzimas, cada uma formada por duas cadeias (B e M em
combinações diferentes)
A Isoenzima CK-MB é encontrada predominantemente no miocárdio;
• Tem ampla distribuição no tecido muscular esquelético e cardíaco e 
cérebro;
• CKMM-músculo esquelético;
• CKMB-miocárdio;
• CKBB-cérebro
• Os valores normais não ultrapassam 4 a 6% da atividade da CK total;
• Índice relativo: CKMB/CK x 100. 
Apresenta alta sensibilidade ( 1ng / mL) 
Alta especificidade
Rápido tempo de execução 
Maior estabilidade da amostra
No IAM:
• Começa a subir 4-6h após o episódio agudo;
• Pico: 24h e normaliza após 2-3 dias;
• Faz o maior pico relativo: 10 a 25x o VR;
• Passa a corresponder a 10-30% da atividade da CK no IAM típico.
• Desvantagens: presente no músculo cardíaco e esquelético
• CK-MB/CK total diferencia lesão tecidual de lesão cardíaca
• Em angina: indica pior prognóstico, maior risco de morte do que em 
pacientes em que CK-MB não se eleva
Troponinas (Tn)
São proteínas presentes nas células musculares do aparelho
miofibrilar do sarcômero, formando o Complexo Troponina
Fonte: Bruce Alberts, Alexander Johnson, Julian Lewis, Martin 
Raff, Keith Roberts e Peter Walter Biologia Molecular da célula/, 
trad. Ana Beatriz da Veiga et al – 4 °ed. – Porto Alegre: Artmed, 
2004
Troponinas T,C e I
Características
 A TnTc e a TnIc são específicas da lesão do miocárdio, pois diferem das troponinas T e I 
do músculo esquelético pela sequência de aminoácidos;
 Aparecem de 6 a 18h após o infarto.
IMPORTÂNCIA CLÍNICA
• Alta sensibilidade e especificidade na detecção ou exclusão de
Infarto do Miocárdio;
• Avaliação do risco em doentes com angina do peito instável
(detecção dos Microinfartos);
• Possibilidade de diagnóstico tardio de infarto do miocárdio até 1 a 2
semanas após o início da dor;
• Monitorização não invasiva de terapêutica trombolítica;
• Monitorização de lesão cardíaca durante cirurgia geral.
Troponina I
TnIc
• Absoluta especificidade como marcador cardíaco
• Não se expressa na regeneração de músculos esqueléticos
• Elevação da dosagem em angina instável
• Dor peitoral devido à falha das artérias coronarianas sem suficiente
diminuição de O2 ao músculo cardíaco
• Cinética comparável ao CK-MB
• Maior tempo de normalização que CK-MB
Níveis de Marcadores Cardíacos vs. Tempo após IAM
Quadro comparativo da vida média dos marcadores bioquímicos 
no IAM
Início Pico Normalização
Mioglobina 1 a 3 horas 6 a 9 horas 24 horas
Troponina T 2 a 4 horas 12 horas 7 a 10 dias
Troponina I 4 a 6 horas 12 horas 7 a 10 dias
CK-MB 3 a 5 horas 24 horas 2 a 4 dias
CK-T 4 a 8 horas 12 a 24 horas 3 a 4 dias
Avaliação da Função Hepática
• Maior órgão glandular;
• Possui inúmeras funções metabólicas: síntese de 
proteínas, ureia, bile, modificação de gorduras, 
armazenamento de glicose, vitaminas, ferro, 
remoção de substâncias tóxicas-drogas;
• Conteúdo enzimático variado.
O termo “testes de função hepática” é comumente visto 
como impróprio, isso devido ao fato que os testes aqui 
utilizados não descrevem de forma efetiva a função 
fisiológica e ou bioquímica desse órgão, mas são somente 
marcadores da disrupção do hepatócito.
• Enzimas: quando liberadas do fígado, 
tem acesso imediato à corrente 
sanguínea.
• Enzimas hepáticas: ALT, AST, LDH, 
FAL, GGT.
+ BILIRRUBINAS
• AST, ALT, GGT: identificam 95% das 
formas de lesão hepática.
• Os exames podem ser classificados de modo didático em:
Testes para avaliação de lesão 
hepatocelular
Alanina transaminase (ALT)
• Alanina transaminase (ALT), também chamada transaminase 
glutâmica pirúvica sérica (SGPT ou TGP) ou alanina aminotransferase
(ALAT).
• É encontrada em altas concentrações apenas no citoplasma do 
fígado, o que torna o seu aumento mais específico de lesão 
hepática.
• Quando há lesão celular, a ALT atinge a corrente sanguínea e seus 
níveis séricos podem, portanto, ser mensurados. 
• ALT aumenta drasticamente em lesões hepáticas agudas, como na 
hepatite viral ou overdose de paracetamol. 
Aspartato transaminase (AST)
• Aspartato transaminase (AST), também chamada de transaminase 
glutâmica oxalacética sérica (SGOT ou TGO) ou aspartato
aminotransferase (ASAT). 
• É encontrada em altas concentrações: 
• no citoplasma e nas mitocôndrias do fígado, 
• músculos esquelético e cardíaco, 
• rins e pâncreas,
• eritrócitos (glóbulos vermelhos do sangue); 
• Quando qualquer um desses tecidos é danificado, a AST é liberada 
no sangue.
TOME NOTA!
• ALT > AST: lesão mais extensa e menos profunda.
• AST > ALT: maior gravidade da lesão - lesão mais 
profunda.
Lactato desidrogenase (LDH)
• Lactato desidrogenase é uma proteína que se eleva no caso de lesão 
hepática, mas que também está presente em pequenas quantidades 
por diversos outros órgãos. 
• Os níveis elevados de LDH também podem significar insuficiência 
cardíaca, hipotireoidismo, anemia hemolítica, pré-eclâmpsia, 
meningite, encefalite, pancreatite aguda, HIV, doença pulmonar ou 
câncer.
 especificidade e  valor diagnóstico
Testes para avaliação do fluxo biliar e 
lesão de vias biliares
Fosfatase alcalina (FAL ou ALP)
• Fosfatase alcalina (FAL ou ALP) é uma enzima presente nas células 
que delineam os ductos biliares do fígado. 
• Os níveis de FAL no plasma irão aumentar com grandes obstruções 
do ducto biliar, colestase intrahepática ou doenças infiltrativas do 
fígado.
• O aumento da fosfatase alcalina hepática é mais evidente na 
obstrução biliar, aonde o acúmulo de sais biliares a solubilizam e a 
obstrução promove a sua regurgitação entre as células hepáticas até 
o sangue
Gama glutamil transpeptidase ou 
gama-GT (GGT)
• Embora razoavelmenteespecífica para o fígado e ser um marcador 
mais sensível para lesões colestáticas que a ALP, a gama glutamil
transpeptidase (GGT ou gama GT) pode estar elevada até mesmo em 
pequenos níveis subclínicos de disfunção hepática. 
• Ela também pode ser útil em identificar a causa de uma elevação 
isolada da ALP. 
• A GGT está aumentada em casos de toxicidade alcoólica (aguda e 
crônica). Em alguns laboratórios, a GGT não faz parte dos testes de 
função hepática padrões e deve ser solicitada especificamente.
Bilirrubina total (TBIL)
• A bilirrubina, principal componente dos pigmentos biliares, é o 
produto final da destruição da porção "heme" da hemoglobina e 
outras hemoproteínas. 
• A primeira bilirrubina a ser produzida nesse processo é a bilirrubina 
indireta (também chamada de bilirrubina não conjugada). 
• Essa bilirrubina sofre o processo de conjugação e passa a ser 
bilirrubina direta (ou conjugada); 
• O fígado é responsável por limpar a bilirrubina do sangue. Ele faz isso 
através do seguinte mecanismo: a bilirrubina é absorvida nos 
hepatócitos, conjugada (modificada para tornar-se solúvel em água), 
e secretada na bile, que é excretada dentro do intestino.
O QUE É ICTERÍCIA
• A icterícia é um sinal clínico que se caracteriza pela cor amarelada da 
pele, mucosas e olhos. Ela surge quando há excesso de uma 
substância chamada bilirrubina. 
• A icterícia é um sintoma típico das doenças do fígado e das vias 
biliares, sendo as hepatites, a cirrose e a obstrução das vias biliares 
suas principais causas. 
CAUSAS DE ICTERÍCIA: A icterícia 
surge, basicamente, quando há uma 
produção excessiva de bilirrubina 
e/ou quando há uma eliminação 
deficiente da mesma.
ICTERÍCIA NEONATAL
• A icterícia neonatal ocorre habitualmente por elevação da bilirrubina 
indireta, devido aos seguintes motivos: 
1) As hemácias dos recém-nascidos apresentam uma vida média mais curta que 
as dos adultos. Enquanto uma hemácia adulta vive, em média, 120 dias, as 
hemácias dos bebês duram cerca de 80 dias apenas. 
2) Os bebês têm proporcionalmente mais hemácias no sangue que os adultos. 
Enquanto 40% do sangue do adulto é composto por glóbulos vermelhos, nos 
recém-nascidos essa taxa chega a ser de 60%. 
3) O fígado do recém-nascido é imaturo e sua capacidade de conjugação e 
excreção de bilirrubina é limitada. 
ICTERÍCIA NEONATAL -
KERNICTERUS
• Em níveis muito elevados, a bilirrubina é tóxica para o cérebro. Os primeiros 
sinais clínicos de intoxicação pela bilirrubina incluem sonolência, diminuição do 
tônus muscular e recusa alimentar. Com o tempo, o bebê passa a ter espasmos, 
choro inconsolável, vômitos e fica febril. 
• Se o excesso de bilirrubina não for corrigido, o neonato pode evoluir para lesão 
permanente do cérebro, que é chamada de Kernicterus. Essa complicação 
ocorre, em geral, quando há níveis de bilirrubina acima dos 25 mg/dl. 
• As principais complicações do Kernicterus podem só se tornar nítidas após o 
primeiro ano de vida e incluem:
• Dificuldade em sentar, engatinhar e, posteriormente, andar. 
• Tremores e movimentos involuntários. 
• Alterações na audição e visão.
• Retardo do desenvolvimento neurológico. 
• Alterações na arcada dentária.

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