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Efeitos fisiológicos da imersão e prática de exercícios na água para os sistemas cardiovascular e respiratório: Segundo Jakaitis (2007), os efeitos fisiológicos da imersão e da prática de exercícios dentro da água podem ser variados, resultados dos princípios físico-químicos (mecânicos e térmicos) que regem a água. Existem efeitos sobre o sistema vascular periférico, melhorando o retorno venoso a partir do aumento da pressão exercida nos membros inferiores. Esse efeito estimula o crescimento de volume sanguíneo até as veias cavas, aumentando a pré-carga cardíaca e distendendo o miocárdio direito. Em um primeiro momento, tem-se o aumento da pressão arterial com distensões da carótida e pequenas inibições do controle simpático cardiovascular, gerando diminuição posterior das resistências vasculares e facilitando a diurese e eliminação de edemas (JAKAITIS, 2007). Melhoras do rendimento cardíaco podem ser observadas com o aumento de volume sanguíneo em cada sístole. O aumento da pressão também pode gerar desenvolvimento de fluxo renal, o que facilita o processo de filtragem glomerular e a secreção de detritos do organismo. Sobre o tórax, o efeito da pressão hidrostática resulta na elevação do diafragma, sobrecarga dos músculos inspiratórios e facilitação da espiração, diminuindo o volume residual. Em um indivíduo saudável, tais efeitos são compensados por movimentos voluntários dos músculos respiratórios, mas, em indivíduos com patologias cardíacas ou pulmonares, traduz-se em dispneia e aumento da pressão torácica. De forma geral, a pressão hidrostática faz o organismo diminuir seu metabolismo basal entre 5% e 8%, baixando o consumo de oxigênio e substâncias energéticas (JAKAITIS, 2007). Já os efeitos fisiológicos derivados dos princípios térmicos gerados a partir da utilização da água quente para os sistemas cardiovascular e respiratório: Na geração de calor (água quente), para que ocorra um efetivo estímulo térmico saudável para o organismo humano, a água deve estar entre 36,6°C e 40,5°C. Nesta faixa de temperatura, mudanças orgânicas são produzidas, pois começam a funcionar no organismo mecanismos termorreguladores associados ao Sistema Nervoso Central e ao sistema hormonal. Temperaturas acima dos 45°C se traduzem em estímulos dolorosos (HEBERT, 1998). O calor também produz dilatação venosa, o que diminui a fluxo venoso e facilita a perda de calor. Ele resulta em repercussões em todo o sistema cardiorrespiratório, melhorando a frequência cardíaca, baixando as resistências periféricas, principalmente da pressão diastólica. Se o estímulo de calor persiste, produz-se hiperemia na mucosa respiratória, o que melhora o trofismo celular e a broncodilatação, auxiliando no processo de expectoração. Inclusive, depois de banhos quentes termais, o organismo libera hormônios do tipo endorfinas e encefalinas, os quais produzem ação analgésica.
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