Geologia- Contaminação de subsolo

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Paraná
Campus Toledo
1º semestre de 2022
Disposição de resíduos; contaminação do subsolo - Cascavel-PR
Geologia Aplicada À Engenharia
CV44G-CV44
ACADÊMICOS
Emanuela Britzke Batista RA:2387832
Luan Vinícius Ramos da Silva RA:2420112
Sedenir Vitorino RA:2411806
Yorrana Pilon Araújo RA: 2265656
CURSO
Engenharia Civil
1. INTRODUÇÃO
Nesse material didático será
apresentado uma análise no que prescreve
disposição de resíduos sólidos no meio
ambiente e toda contaminação que produz
sobre o subsolo, portanto será discutido
conceitos técnicos sobre os tipos de
luresíduos, a forma de contaminação e a
recuperação desses locais que são afetados
pela estratificação humana, através de
maneiras indiretas e diretas.
Telles D. em seu livro “Os Resíduos
sólidos: Gestão responsável e sustentável”
classifica como materiais ou substâncias que
são produzidos e descartados, derivados das
atividades humanas em sociedade, da qual a
destinação final desses podem estar nos
estados sólidos, semi sólidos, líquidos ou os gases contidos nos recipientes ou
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gerados através do meio exposto, tornando-se inviável seu despejo na rede pública
de esgoto ou em corpos d'água, com base nas melhores tecnologias e soluções
técnicas atuais.
2. CONCEITO DE RESÍDUOS SÓLIDOS
Quanto à definição da Legislação Federal temos a Lei nº 12.305/2010 que
institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos, apresentando sobre seus princípios
os objetivos e instrumentos, bem como sobre os métodos em relação à gestão
integrada e ao gerenciamento de resíduos sólidos, com a inclusão de rejeitos
perigosos, e às responsabilidades de quem produz bem como seus deveres e
direitos junto ao poder público e podendo resultar, caso infringida a lei, em autos
econô micos como multas, e atas e documentos aplicáveis para gerenciamento dos
resíduos sólidos. A lei abrange todo território nacional sendo de obrigatoriedade para
pessoas físicas ou jurídicas, de direito público ou privado, responsáveis, direta ou
indiretamente, pela geração de resíduos sólidos, e as que desenvolvam ações que
estejam relacionadas à gestão indiretamente/integrada ou ao gerenciamento de
resíduos sólidos, nessa mesma publicação a lei define da seguinte forma:
“Resíduos sólidos: material, substância, objeto ou bem
descartado resultante de atividades humanas em sociedade, a
cuja destinação final se procede, se propõe proceder ou se
está obrigado a proceder, nos estados sólido ou semissólido,
bem como gases contidos em recipientes e líquidos cujas
particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede
pública de esgotos ou em corpos d’água, ou exijam para isso
soluções técnica ou economicamente inviáveis em face da
melhor tecnologia disponível;”
3. CLASSIFICAÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS
A classificação ocorre analisando de maneira técnica quanto a sua
periculosidade, origem, estado químico, capacidade de causar impactos ambientais
e a possibilidade de realizar a reciclagem ou sua logística reversa, assim temos:
I. Quanto à periculosidade.
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II. Quanto à origem.
III. Classificação em orgânicos e não orgânicos.
IV. Classificação quanto a influências de impactos ambientais.
V. Passíveis de logística reversa
Cada um desses itens tem suas definições através da Normativa da
Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) onde as Leis publicadas e
vigentes até a data de publicação deste material, exige a sua separação e
classificação para o descarte de maneira correta, o IBAMA (Instituto Brasileiro do
Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) para auxiliar na identificação e
gerenciamento publicou a Normativa nº 13, em 18 de dezembro de 2012, conhecida
com Lista de Resíduos Sólidos onde cada item da lista são classificado analisando:
I. Classificação quanto à periculosidade
A NBR 10.004/04 junto com o certificado ISO 14.0011 discorre
quanto à classificação dos resíduos, analisa os riscos que podem
causar ao meio ambiente e à saúde pública, dividindo-se em 3 grupos:
1. Resíduos Classe I: Perigosos
São considerados perigosos devido às suas propriedades
químicas e físicas, e com capacidade de ser infectológicos ou
inflamáveis, causando corrosão e possíveis patologias clínicas
ao ser humano, além de impactos ambientais se ocorrer o
descarte de maneira incorreta.
Alguns exemplos são: Agrotóxicos, lâmpadas, óleos,
resíduos da saúde, etc, que se enquadram nas propriedades:
1 ISO14.001 - Certificado internacional que define o comprimento e requisitos necessários para o
sistema de gerenciamento de resíduos sólidos.
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● Inflamabilidade.
● Corrosividade.
● Toxicidade.
● Reatividade/Patogenicidade.
2. Resíduos Classe IIA: Não perigosos e não inertes.
Resíduos que não apresentam as propriedades como ser
inflamáveis, corrosivos, tóxicos ou patogênicos, mas possuem
capacidade de reação química, não se pode determinar que
eles causam impactos ao meio ambiente ou aos seres humanos,
os itens dessa classificação são biodegradáveis.
Exemplos são: bagaço de cana, folhas de árvores,
produtos alimentícios com prazo de validade vencido, etc.
Apesar de não possuírem perigo e não serem inertes, o
seu acúmulo em locais inapropriados trazem complicações
ambientais, pois as reações químicas geram líquidos como
chorume2 que podem contaminar o subsolo.
3. Resíduos Classe IIB: Não perigosos inertes:
Essa classe de resíduos tem propriedades físicas
diferentes da Classe I e estes não possuem qualquer tipo de
reação química de solubilidade quando exposto a água
destilada ou deionizada em temperatura ambiente.
Esse tipo de resíduo existe em grande quantidade em
diversos meios, seu acúmulo em locais incorretos ou descarte
pode trazer inúmeras adversidades que acarretam em
2 Resíduo líquido formado a partir da decomposição de matéria orgânica presente nos resíduos
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problemas ambientais.
Alguns exemplos temos: entulho da Construção, latas de
alumínio, vidro, sucatas como lataria de veículos, madeiras,
isopor, etc.
II. Classificação quanto à origem
A lei nº12.305 sancionada em 2 de agosto 2010 institui a Política
Nacional de Resíduos Sólidos-PNRS, aponta e define sobre quanto a origem
desses resíduos classificando conforme seu Artigo 13 :
Resíduos:
1. Domiciliares.
2. Limpeza urbana.
3. De estabelecimentos comerciais e prestadores de serviços.
4. Dos serviços públicos de saneamento básico.
5. Industriais.
6. Serviços de saúde.
7. Construção civil.
8. Agrossilvopastoris
9. Serviços de transportes.
10.De mineração.
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III. Classificação em orgânicos e não orgânicos.
● Orgânicos - Conhecido também como resíduo úmido, nesse
grupo se enquadra grande parte do lixo doméstico, como sobra
de alimentos, folhas, restos de proteínas incluindo ossos, etc.
Esse tipo de resíduo quando acondicionado ou
descartado de maneira incorreta, torna-se altamente poluente
ao solo, onde foi descartado.
● Não orgânicos - A nomenclatura pode ser descrita como
resíduo seco, nesse sendo classificado conforme a origem e
produção, conforme previsto em lei, citado na Classificação
quanto à origem (Página 5).
IV. Classificação quanto às influências de impactos ambientais.
A realização dessa classificação ocorre através de uma análise entre
os resíduos gerados e suas origens de fabricação quanto seu estado físico.
● Agrossilvopastoris: São resíduos de origem de agronegócios
(Agrossilvopastoris: Agro-Agropecuária; silv-Silviculturais3:
pastoris- pecuária) sendo um grupo grandede geradores de
agrotóxicos.
● Cemiteriais: Resíduos de atividades produzidas por cemitérios,
como exumações, velórios, manutenção de jazigos e se
destacam-se enterros.
● Construção Civil: Resultante de construções, reformas de
infraestruturas, neste se enquadram fornecedores de matéria
3 Silviculturais- A silvicultura é a arborização por meio do manejo agrícola para produzir madeira e
outros produtos derivados para atender a demanda do mercado, promovendo o uso racional das
florestas.
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prima, equipamentos e setores de serviços de manutenção
periódica.
● Equipamentos Eletrônicos: São produtos que possuem placas
eletrônicas junto com diversos outros componentes, a maior
parte resulta de equipamentos obsoletos devido a evolução
tecnológica.
● Estabelecimentos comerciais e prestadores de serviços: É
definido como o resíduo gerado por essas atividades, excluídos
os resíduos de limpeza urbana, serviços de saneamento básico,
serviços médicos, construção civil e transporte. Determinado
pela exclusão, portanto em um espaço ambíguo.
● Limpeza Urbana: Resultantes dos serviços públicos que se
enquadram como a capina, poda de árvores em vias públicas e
serviços de saneamento básico, drenagem de águas pluviais.
● Mineração: Consiste num conjunto de atividades para extração
de minerais para atividades industriais, em maiorias dos seus
processos ocorre grande mudanças nas áreas de extração, e os
produtos para obtenção de minerais.
V. Passíveis de logística reversa
A PNRS ressalta uma divisão dos resíduos que são possíveis de fazer
a logística reversa e aqueles que apresentam uma considerável capacidade
de ocasionar impactos ambientais, temos exemplos como pilhas, baterias,
pneus, etc.
3. FORMAS DE DISPOSIÇÃO
Os resíduos sólidos que não são passíveis de realizar a reciclagem possuem
outros destinos finais, alguns deles quando ocorre a disposição final causam
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grandes impactos ambientais caso não realize o processo correto, e no mundo todo
possuem esse problema, pois esses resíduos causam diretamente a falta de
abastecimento de água potável.
No Brasil, até pouco tempo, cerca de 30 anos, os resíduos urbanos e
industriais se caracterizavam por não serem recicláveis, causando um grande
acúmulo em locais que muitas vezes não poderia estar, provocando contaminação
na região e principalmente no sub-solo. O aproveitamento desses resíduos fica
limitado nas cadeias que trazem resultados econômicos, como sucatas de ferro,
aços, alumínios, cobre, papel, vidro e alguns plásticos, mesmo com legislação que
criou a PNGRS onde se tornou necessário o manejo correto de resíduos, e ainda
possui diversos dificuldades para atender a norma prevista em lei. Segundo JARDIM
e YOSHIDA afirma em seus Livro Política Nacional. Gestão e Gerenciamento de
Resíduos Sólidos, que a falta de fiscalização de maneira legal e um sistema de
informação de controle acaba acarretando em impactos ambientais. Em 2010 uma
reformulação da lei foi feita, ampliou-se aos detalhes e hoje é obrigatório um
descarte correto, onde aqueles que estão em desacordo sofrem sanções como
multas e em casos excepcionais até mesmo a prisão conforme o impacto realizado,
atualmente alguns municípios têm dificuldades para o descarte ou estão em
processo de recuperação de solo e de águas subterrâneas, pois algumas vezes o
processo de recuperação se torna demorado, mas diversas ações em conjunto com
a iniciativa públicas e privada, trabalham junto para atender os decretos
constituintes da PNRS para redução de resíduos foi:
● A não geração: Será feita a análise da necessidade do produto se é
possível ficar sem esse ou usar outros que não gera resíduos.
● A redução: Planejamento adequado de maneira que possa reduzir
resíduos, podemos citar como exemplo uma construção bem
executada e projetada por profissionais e realizar construções
alternativas com menor quantidade de resíduos.(figura 01)
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Uma ótima alternativa de construção com menor volume de
resíduos é a construção a seco, como sistema Light Steel Frame.
● Reutilização: Produtos ou atividades que possam fazer diversas
utilizações, exemplos: Contêineres em obras podem ser realocados em
outros locais após finalização, sacolas ecológicas de algodão, garrafas
de retornáveis de bebidas, etc.(figura 02)
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● Reciclagem: A reciclagem é a mais utilizada por ter valor econômico
agregado, contendo uma grande cadeia de resíduos que são passíveis
de reciclagem, podemos citar o aço, sucatas de ferro, cobre, alumínio,
etc.(figura 03)
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● Tratamento dos resíduos: Trabalho realizado para tratamento dos
compostos de maneira que seu despejo não cause impactos
ambientais e não cause patologias nos homens e animais, exemplos
são os esgotos gerados na área urbana .(figura 04)
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● Disposição final: Local ou processo ambientalmente apropriado
conforme instituições regulamentadoras, como aterros sanitários e
utilização de resíduos em usinas termelétricas.
Todo esse quadro hoje pode ser representado por uma pirâmide de ordem
quantitativa.
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Atualmente no Brasil temos 3 tipos principais de disposição de resíduos, são
eles, aterros sanitários, aterro controlado e lixões, possuem as seguintes
características:
I. Lixões
É uma forma inadequada de disposição final de resíduos, é
caracterizado pela descarga do lixo sobre o solo sem nenhum tipo de preparo
prévio, sem medidas de proteção ambiental ou a saúde pública. O
equivalente à descarga de resíduos a céu aberto (IPT,1995).
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Neste tipo de disposição denominada lixão (ou vazadouro), não há
nenhum tipo de controle ou fiscalização dos resíduos depositados, nem
mesmo no local de disposição desses rejeitos. Como são ilegais, os resíduos
não são classificados devidamente,tendo resíduos domiciliares e comerciais
de baixa periculosidade, em conjunto com resíduos industriais e hospitalares,
de alto poder poluidor.
É um método de disposição de resíduos que apesar de ser proibido por
lei em todo Brasil ainda é muito utilizado, é causador de várias doenças, além
de ser um grande contribuidor para o poluição do solo e de lençóis
freáticos.(figura 06)
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II. Aterros sanitários
Diferentemente dos lixões, os aterros sanitários são a forma mais
adequada de disposição dos resíduos, é um método que visa utilizar
princípios da engenharia para reduzir esses resíduos em uma menor área e
com o menor volume possível, cobrindo-os com uma camada de terra na
conclusão da jornada de trabalho ou a intervalos menores, se necessário
(IPT, 1995). Dessa forma temos seu funcionamento:
● Sua base é constituída por um sistema de drenagem de chorume;
● Em baixo da base existe uma camada impermeável de polietileno de
alta densidade (PEAD), em cima de uma camada de solo compactado
para que seja evitado vazamento de líquidos para o solo, também para
prevenir a contaminação do lençol freático. Já em sua camada mais
interna, o aterro possui um sistema de drenagem de gases, o qual
possibilita a coleta do biogás (constituído por metano, CO2 e vapor de
água) até a atmosfera. Para geração de energia esse biogás é
aproveitado.● Esses resíduos são cobertos por camadas de argila e para a
proteção do aterro ele também possui um sistema de drenagem de
águas pluviais, protegendo de infiltrações de água de chuva no
interior do aterro;
● O aterro deve ser constantemente monitorado;
● Para impedir a passagem de animais esse aterro deve ser
cercado;
● Possui sempre uma balança que estabelece o controle da
quantidade de resíduos que estão entrando;
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● Para aterros que atendem uma população acima de 30 mil
habitantes, é necessário o uso de cercas limítrofes ou muros,um
sistema de controle de entrada de resíduos ( por exemplo: uma
balança rodoviária ).
● Para a segurança e controle do aterro é necessário que contenha
uma guarita de entrada;
● Prédio administrativo para que se possa resolver problemas
imediatos;
● Oficina para fazer o ajuste dos equipamentos usados no aterro;
● Também deve-se manter uma distância de no mínimo 200m de
qualquer curso d'água .
A imagem abaixo mostra as principais diferenças das duas formas de
disposição de resíduos apresentadas:
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fonte - Leonel Costa
III. Aterro controlado
Pode ser denominado como local onde é destinado os resíduos de origem
hospitalar(resíduos sanitários).Seu propósito é minimizar os impactos ambientais
causados pelo descarte do lixo.
É considerado um meio intermediário entre os aterros sanitários e os
lixões,devido a sua forma de funcionamento, a qual se isenta de uma prévia
preparação do solo e tratamento para efluentes líquidos.
O aterro controlado tem como principal objetivo evitar a exposição do lixo e
prevenir a disseminação de doenças,para isso esse tipo de método usa materiais
como grama,terra e argila,tais materiais ajudam a atenuar o mau cheiro e evita a
propagação de insetos e animais à procura de alimento.
A principal desvantagem desse tipo de disposição final é a falta de um
tratamento do material descartado, que como consequência gera poluição
localizada,diferentemente do aterro sanitário,que realiza um tratamento prévio dos
resíduos.
4. ESTUDO PARA ESCOLHA DE LOCAIS
Primeiramente deve ser feito por uma equipe que seja capaz de considerar
fatores físicos e biológicos, de preferência multidisciplinares, que observe também
aspectos sociais, econômicos e imobiliários.
Cunha e Consoni (1995) definiram 6 etapas para a realização do estudo de
locais,são elas : Então….. Acabou o tempo! O trabalho já foi enviado….
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● Primeiramente deve ser feito um diagnóstico da atual situação dos resíduos
da região que está sendo estudada assim como uma hipótese da situação
futura ;
● Para seleção dessas áreas também deve ser realizado um estudo
geológico-geotécnico e ambiental;
● estudo do seu impacto ambiental juntamente com seu relatório;
● Projeto de via;
● Viabilidade técnica e econômica do aterro;
● Definição de um órgão gestor para o empreendimento .
Segundo o IPT (1995) existe a concepção básica de cada alternativa no
estabelecimento das diretrizes para a disposição de resíduo:
● Remediação de lixão: É um processo que objetiva reduzir os impactos
negativos causados por uma possível disposição inadequada do lixo urbano
no solo,tendo em vista o possível cancelamento da operação no local.
● Transformação de lixão em aterro sanitário: Trata- se de um processo que
busca a recuperação gradual de uma área degradada por esses
resíduos,portanto é necessário que haja no futuro,espaço suficiente para
dispor o lixo.é uma alternativa mais avançada que a apresentada
anteriormente.
● Estudos de ares que possam vir a ser viabilizados para a instalação de um
aterro : Abrange uma sequência de atividades para a identificação e análise
da aptidão de áreas para a instalação de aterros.
● Projeto de aterro sanitário em áreas novas: É todo o estudo de critérios,
dados e elementos a serem considerados na concepção da instalação de um
aterro.
Para a escolha do local também devemos analisar alguns fatores como
topografia,solo,proteção contra enchentes,distância dos corpos hídricos,distância ao
centro atendido,distância mínima de núcleos populacionais,vida útil e suas
dimensões.
A seguir temos um fluxograma para o estudo desses locais:
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fonte - unesp
5. PRINCIPAIS CAUSAS DE SOLOS CONTAMINADOS
Atividade Industrial
A atividade industrial foi a que mais contribuiu para o problema ao longo do
último século, especialmente com o aumento da mineração e da manufatura.
A maioria das indústrias depende da extração de minerais da Terra.
Seja minério de ferro ou carvão, os subprodutos são contaminados e não são
descartados de forma correta. Isso faz com que os resíduos industriais
permaneçam na superfície por muito tempo, tornando-os impróprios para uso.
Atividades Agrícolas
O uso de produtos químicos aumentou muito desde que a tecnologia nos deu
pesticidas e fertilizantes modernos. Eles estão cheios de produtos químicos
que a natureza não produz e não podem se decompor. Isso resulta na
penetração da mistura da água e produto químico pelo solo reduzindo
lentamente a fertilidade do solo.
Outros produtos químicos danificam a composição do solo e facilitam a
erosão pela água e pelo ar. As plantas absorvem muitos desses pesticidas e,
quando se tornam parte da terra pela decomposição, causam poluição no
solo.
Derramamentos Acidentais de Óleo
Derramamentos de óleo podem ocorrer durante o armazenamento e
transporte de produtos químicos. Isso pode ser visto na maioria dos postos de
combustível. Os produtos químicos presentes no combustível podem
prejudicar a qualidade do solo, tornando-o impróprio para a agricultura. Esses
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produtos químicos podem passar pelo solo para as águas subterrâneas,
tornando a água imprópria para beber.
Descarte de Resíduos
Todo mundo produz uma certa quantidade de resíduos pessoais através da
urina e fezes.
Enquanto a maior parte vai para o sistema de esgoto, uma quantidade
significativa vai direto para o aterro na forma de fraldas.Até mesmo os sistemas de
esgoto acabam em aterros sanitários, onde os resíduos biológicos podem
contaminar o solo e a água. Isso ocorre porque nossos corpos estão cheios de
toxinas e produtos químicos que agora estão se infiltrando na terra e causando
poluição do solo.
6. CHUVA ÁCIDA
Chuva ácida é um fenômeno atmosférico que consiste na precipitação com
elevada acidez. É considerada um problema ambiental que ocorre principalmente
em áreas industrializadas.
Origem da chuva ácida
A chuva constantemente tem alguma acidez pela presença de óxidos no ar.
A acidez é medida usando uma escala numérica chamada pH. Nessa escala, uma
solução com pH 7 é considerada neutra.. A chuva normalmente acaba tendo cerca
de 5,6 pH, então quanto mais baixo o pH, mais ácida a solução. Para ser
considerado ácido, o pH da chuva deve ser inferior a 5,5 ph.
A chuva ácida, pode ser classificada como natural ou artificial. As principais
fontes naturais de chuva ácida são os, gás, partículas, compostos de enxofre.
Como a chuva ácida se forma ?
A chuva altamente ácida ocorre quando altas concentrações de gases, como
dióxido de enxofre e nitrogênio, estão presentes na atmosfera de um determinado
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local. Esses gases reagem com gotículas de água no ar para formar ácido, que é
gerado quando começa a chover.
Vale ressaltar que a chuva ácida não ocorre apenasonde o gás é liberado
na atmosfera. Esses gases podem ser transportados pelo vento para áreas mais
distantes, o que pode levar à chuva ácida em outras áreas.
Consequências da chuva ácida
A ocorrência de chuvas ácidas traz muitos inconvenientes econômicos e,
sobretudo, ao meio ambiente. Desde da Revolução Industrial, à medida que a
indústria e os produtos industriais cresceram, a poluição do ar aumentou, com isso
esse fenômeno poluentes que promovem o surto de gás estão aumentando.
Os principais resultados da chuva ácida são:
1. Quando a chuva ácida atinge a superfície e a acidifica, o solo pode mudar.
2. A poluição do solo também pode levar à poluição de cursos d'água, como rios e
lagos e reservatórios subterrâneos
3. A contaminação de cursos d'água pode levar à perda de biodiversidade à medida
que as concentrações de ácido aumentam, impedindo o desenvolvimento de
organismos aquáticos.
4. As plantas também são danificadas quando ocorre o excesso de ácido que
prejudica seu desenvolvimento ao atingir os vegetais e retarda seu crescimento.
5. Dependendo da concentração de ácido, a saúde humana também pode ser
comprometida. Isso ocorre porque o acúmulo de dióxido de enxofre no corpo pode
levar a doenças respiratórias.
7. FATORES INTERVENIENTES
A poluição do solo afeta o desenvolvimento da flora e da fauna e pode
contaminar as águas subterrâneas e superficiais utilizadas para abastecer as
cidades, causando diversos danos ambientais. E pela grande probabilidade dessa
destruição, empresas e moradores precisam ser ecologicamente corretos para evitar
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que esse cenário se torne realidade. Embora a poluição do solo ocorra tanto no
meio rural quanto no meio urbano.
Grande parte das espécies de animais depende do solo, que sustenta a
grande variedade de plantas e alimentos que consumimos. Além disso, a condição
afeta diretamente a qualidade das águas subterrâneas, que são amplamente
utilizadas para abastecer a população. Por tudo que é importante para a vida
humana, a sociedade e as empresas são responsáveis pelas ações que poluem o
solo. Os principais poluentes do solo incluem metais pesados, produtos
farmacêuticos, fertilizantes, produtos químicos, óleos e solventes.
CAUSA DA POLUIÇÃO DO SOLO
A poluição do solo ocorre de diversas maneiras, como uso de agrotóxicos e
pesticidas, acidentes ambientais, processo de produção industrial etc.O processo da
contaminação ocorre conforme o tipo de solo e o estado físico do resíduo, para solos
que possuem uma permeabilidade alta e porosidade alta, a infiltração de pesticidas
diluído alta concentração ocorre em um menor tempo e a pluma de contaminação
aumenta com tempo se espalhando local até o nível do lençol freático.(figura 07).
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Uso de fertilizantes e pesticidas: O uso descontrolado de fertilizantes pode
contaminar o solo e levar à sobrecarga de nutrientes, o que acaba alterando a
composição natural do solo. Além disso, pode conter grandes quantidades de metais
pesados que aumentam a toxicidade do solo. Isso pode danificar a colheita e a água
da chuva pode transportar contaminantes para o lençol freático e contaminar o corpo
d'água. Pesticidas agrícolas, como herbicidas e pesticidas, são amplamente
utilizados para controlar insetos e pragas. Mas eles podem poluir os alimentos e o
solo e até torná-lo infértil.
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● Descarte inadequado de resíduos sólidos: A falta de gestão eficiente de
resíduos significa que contaminantes de resíduos domésticos, industriais e
rurais entram em contato com a natureza. Vale destacar que o lançamento de
efluentes não tratados no meio ambiente é um dos maiores problemas do
Brasil.
● Desastres ambientais: Por exemplo, colapsos de barragens e acidentes em
usinas nucleares têm consequências muito sérias porque liberam
naturalmente elementos muito nocivos, como materiais radioativos e metais
pesados. O solo pode ficar contaminado por anos, e as pessoas que entram
em contato com esses tipos de contaminantes podem desenvolver câncer ou
até mesmo morrer.
● Processo de produção industrial:Os processos de produção industrial
podem resultar em postos de gasolina e algumas empresas que lidam com
produtos químicos. Isso é especialmente verdadeiro se for um processo
antigo ou se estiver conectado a uma estrutura subterrânea onde os produtos
químicos podem penetrar e se deslocar para locais externos. O solo irá ficar
contaminado por anos, e as pessoas que entram em contato com esses tipos
de resíduos podem contrair câncer no decorrer de sua vida ou até mesmo
morrer. É importante lembrar que também pode ocorrer movimentação para
águas subterrâneas e córregos/rios. As principais consequências da presença
de poluentes do solo no meio ambiente incluem redução da fertilidade do
solo, erosão, desertificação, redução da vegetação, emissões de poluentes,
poluição de alimentos e disseminação de doenças entre a população.
POLUENTES DO SOLO POSSÍVEIS TRATAMENTOS DE MITIGAÇÃO DE DANOS
O tipo de tratamento para restaurar uma área contaminada depende dos
contaminantes do solo presentes na área. Portanto, para locais contaminados, um
levantamento preliminar deve ser realizado como primeiro passo. Este primeiro
estudo é abrangente e inclui o histórico da área afetada, identificação de
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contaminantes do solo, níveis de poluição e análise de risco. Pode ser usado esse
diagnóstico para determinar a técnica de reparo que deve ser usada nessa área.
Alguns exemplos são:
● Lavagem do solo: É adequada para áreas muito contaminadas e em solos
compostos por argilas. A parte do solo afetada é removida e lavada com
surfactantes ou químicos em ambientes apropriados. Após este processo esta
porção é reposta no seu lugar de origem.
● Integração:Uma técnica muito complexa. Baseia-se na cimentação do solo
para retardar ou parar a poluição. O cimento utilizado é diferente porque ele
deve solidificar após o momento em que atinge a contaminação para que não
solidifique o solo não contaminado.
● Biorremediação:A biorremediação consiste no uso de microrganismos e
plantas para purificar ou descontaminar áreas ambientais afetadas por
diversos poluentes. Antigamente, a solução encontrada para reconstruir as
áreas afetadas era coletar e retirar o material contaminado sem saber o que
fazer com ele. Essa prática causou outro problema, além de ser cara e
perigosa. E também tendo o risco de contaminação de outra área durante o
transporte do material ou sua deposição em local temporário.
● Fitorremediação:A fitorremediação é uma tecnologia que utiliza plantas para
reduzir os poluentes presentes no meio ambiente. Esta é uma técnica que
surgiu na década de 1990 após estudos realizados em diversas áreas
contaminadas que mostraram que a presença de plantas reduzia
gradativamente a quantidade de poluentes.
● Remoção:Não é uma forma de tratamento, mas apenas desloca o solo
contaminado para um aterro adequado ou forno de cimento (se o solo não
contiver determinados tipos de contaminantes). Essa medida é
frequentemente usada para tratamentos complexos de solo e outros motivos.
Não é prático.
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Ministério da Educação
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Campus Toledo
1º semestre de 2022
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