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Unidade 3 Seção 1 iStock 2018 Literaturas de LínguaLiteraturas de Língua Portuguesa IIPortuguesa II 1. Acesse a loja de aplicativos do seu smartphone e baixe um leitor de QR CODE. 2. Abra o leitor e fotografe o código. 3. Você será direcionado a este conteúdo. Bons estudos! Acesse este conteúdo pelo smartphone O que é isso? Clique no código e saiba mais. 1 Webaula 1 Os primeiros modernistas brasileiros A Semana de Arte de 1922 Em 1922, um grupo de jovens artistas, naturalmente insatisfeitos e questionadores, aluga o Teatro Municipal de São Paulo. Nas noites dos dias 13, 15 e 17 de fevereiro são apresentadas as propostas modernistas em vários campos das artes, lideradas pela literatura. A semana de arte moderna propõe, do ponto de vista formal e temático, uma ruptura com o status quo por meio de um ataque à burguesia e à aristocracia. A poesia parnasiana foi o principal alvo dos poetas da Semana de 1922. Preocupados com a estética perfeita, os chamados poetas-joalheiros deixaram de lado a poesia de caráter político-social, indignando os jovens modernistas. 2 A biografia de Mário de Andrade Mário de Andrade (1893-1945), professor de música e estudioso do folclore brasileiro, foi diretor do Departamento de Cultura de São Paulo. Com as pintoras Anita Malfatti e Tarsila do Amaral e os escritores Oswald de Andrade e Menotti del Picchia, compôs o chamado “grupo dos cinco”, responsável direto pela formação do Modernismo. Destacou-se por sua liderança nata, tornando-se rapidamente o centro das atenções modernistas. iStock 20183 Poesia e prosa de Mário de Andrade Na poesia, Mário de Andrade estreou em 1917 com a obra “Há uma gota de sangue em cada poema”, uma das tentativas de iniciação do Modernismo. Poucos anos depois, com a publicação de “Pauliceia desvairada”, o poeta engajou-se definitivamente na corrente modernista. Como prosador, na obra “Amar, verbo intransitivo”, denuncia valores burgueses ao contar a história da alemã Elza, contratada, aparentemente, para governar a mansão do rico industrial Sousa Costa. Entretanto, a verdadeira intenção de contratá-la era a de iniciar Carlos, o filho mais velho, na vida sexual. 4 A biografia de Oswald de Andrade José Oswald de Sousa Andrade (1890-1954) nasceu em São Paulo e formou-se bacharel em direito em 1919. Poeta, romancista e teatrólogo, teve participação fundamental no Modernismo ao criar manifestos, revistas e grupos, órgãos divulgadores da nova escola. Dez anos antes da Semana de Arte Moderna, o poeta já divulgava no Brasil o Futurismo, que ele havia conhecido em uma de suas viagens à Europa. Casou-se seis vezes, e de suas esposas tiveram grande destaque no cenário modernista, Tarsila do Amaral e Patrícia Galvão, conhecida como Pagu. iStock 20185 Poesia e prosa de Oswald de Andrade Poesia Prosa Conheça aspectos da poesia e da prosa de Oswald de Andrade clicando nas abas. Explorou o poema-piada, o poema-pílula (“obter, em comprimidos, minutos de poesia”), a paródia, o nacionalismo, não raro de maneira crítica. Colocou em pauta o atraso da cultura brasileira em relação à europeia, além de combater o purismo na língua portuguesa, num ataque direto aos poetas parnasianos, lutando bravamente por uma língua “brasileira”. 6 A biografia de Manuel Bandeira Para saber mais sobre a vida de Bandeira, clique aqui 7 Manuel Carneiro de Sousa Bandeira Filho (1886-1968) nasceu na cidade do Recife, mas viveu a maior parte de sua vida na cidade do Rio de Janeiro. Chamado por Mário de Andrade de o “São João Batista do Modernismo”, Manuel Bandeira optou por não participar da Semana de Arte Moderna. Com a intenção de ser apenas um poeta, assim como quis o romântico Casimiro de Abreu, Manuel Bandeira passou a publicar seus livros de maneira independente, com o auxílio de vários amigos, entre eles, João Cabral de Melo Neto, que possuía uma prensa manual. Bandeira estreia com “A cinza das horas” numa linha parnasiana, ou mesmo pós- simbolista. Com a obra “Libertinagem”, engaja-se definitivamente no Modernismo. A poesia de Manuel Bandeira Entre suas principais características da obra Modernista de Manuel Bandeira, destaca-se a evasão. Um clássico exemplo desse aspecto está em seu poema Vou-me embora pra Pasárgada. Aos 15 anos de idade, deparou-se, enquanto traduzia um poema grego para o português com uma palavra um tanto exótica: “pasárgada”. Atraído por tal palavra, guardou-a para si. Após certo tempo, o poeta dizia-se angustiado por uma poesia que não conseguia escrever. Sentimento que o perseguiu durante 20 anos. Até que criou um mundo utópico, um mundo perfeito: Pasárgada. Assim, conseguiu escrever o poema Vou-me embora pra Pasárgada, pertencente à sua obra “Libertinagem”. 8 No entusiasmo gerado pela Semana de Arte Moderna, a poesia e a prosa modernista alavancaram uma série de discussões estéticas que, assim como em Portugal, sofreram forte reação dos mais conservadores, justamente por confrontarem os modelos considerados “clássicos”, como a poesia parnasiana, por exemplo. iStock 20189 Android: https://goo.gl/yAL2Mv iPhone e iPad - IOS: https://goo.gl/OFWqcq Aqui você tem na palma da sua mão a biblioteca digital para sua formação profissional. Estude no celular, tablet ou PC em qualquer hora e lugar sem pagar mais nada por isso. Mais de 450 livros com interatividade, vídeos, animações e jogos para você. Você já conhece o Saber? 0:00 10 Bons estudos! 11
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